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1.- Introdução
O estado de dissolução -ou para sermos mais precisos, de insuficiente delimitação- das
fronteiras entre o campo político e o religioso, se baseia na configuração de um mapa
institucional complexo, onde o político, o religioso, o simbólico e o social se entrecruzam,
gerando um cenário de interferências múltiplas.
A riqueza da história no Brasil e na Argentina radica na quantidade e variedade de
acontecimentos que atestam a combinação de legitimidades e condicionamentos recíprocos
como mecanismo de articulação entre as questões religiosa e política. Alguns episódios nos
permitem compreender em profundidade as modalidades de uma cultura política e religiosa
predominante, que perpetuam um esquema institucional com vasos comunicantes entre ambas
as esferas.
Em 1995, a bancada católica no Congresso brasileiro reunia cerca de 50 deputados, do
total de 513. A bancada evangélica contava naquela época com 27 deputados e 4 senadores,
do total de 81. Seis anos depois, o Grupo Parlamentar Católico -assim se autodenominava-
tinha 114 deputados e 17 senadores. Em tanto bloco suprapartidário, confluíam parlamentares
do PT, PDB, PSDB, PFL e PMDB. Como poderá se advertir abrangia o amplo leque dos
partidos políticos, de direita a esquerda. A identidade religiosa ultrapassava as pertenças
políticas.
Embora faziam questão de ressaltar que cada um votava conforme sua convicção e seu
partido, o certo é que esses parlamentares não se juntavam apenas para rezar. Tinham
posições em comum sobre temas de alta sensibilidade católica, relacionados com os princípios
de moral cristã. Um dos participantes, o deputado Luís Roberto Ponte (PMDB-RS), frisou que
o objetivo do grupo era se fortalecer na fé, que não havia um plano estratégico, e sim a idéia
de definir a melhor forma de cumprir as obrigações de acordo com Deus. E aqui, nos
perguntamos sobre a fonte de legitimidade da representação destes parlamentares. Emana de
um Ser Superior ou do segmento da sociedade que votou neles? A prestação de contas pelo
mandato é ante Deus ou ante a cidadania?
Em março de 2001, uma pesquisa no mesmo Congresso sobre a questão do aborto
indicou que 87,2% dos parlamentares se mostraram condizentes com uma legislação que
obrigasse a rede pública de saúde a realizar o aborto nos casos previstos em lei1. Cerca de
64% dos parlamentares foram mais longe: disseram ser favoráveis à ampliação dos motivos
legais para a interrupção da gravidez. No entanto, em alguma seqüência intermediária, suas
convicções entraram em curto-circuito com suas decisões. Diante do projeto de lei de autoria
dos deputados petistas Eduardo Jorge e Sandra Starling, que estabelecia que o SUS -Sistema
Único de Saúde- incluísse em seus serviços os abortos permitidos por lei, optaram por adiar a
resolução. Como pano de fundo da determinação dos legisladores, estava a pressão da Igreja
Católica que lançou mão a todos seus recursos institucionais e redes de contato para evitar a
sanção da lei em questão.
1
Segundo o Código Penal, o aborto só não é crime quando a gravidez é causada por estupro ou quando a mãe
corre risco de morte.
O entrecruzamento entre religião e política, entre Igreja e Estado, abre o espaço para
arrebatamentos mútuos. Arrebatamento religioso do político: a Igreja não pode tornar sua toda
a agenda política, mas não renuncia a evangelizar aqueles nós que comprometem sua presença
social e sua concepção do homem. Arrebatamento político do religioso: o Estado e os partidos
políticos, imersos em crise de legitimidade, têm pugnado por beneficiar-se do ganho de
sentido extrapolítico que deriva da alta credibilidade social da Igreja Católica (Meccia, 2000).
Dom Eduardo Koaik, bispo emérito de Piracicaba - SP, sintetizou, com uma particular
interpretação, a lógica das relações entre o Estado laico, a Igreja e a Nação: “O Brasil não é
um país ateu. A Lei Magna promulgada ''sob a proteção de Deus'' confirma o valor da
religião refletindo o sentimento da quase totalidade da população brasileira. Portanto, há
que se ter muito cuidado quando se proclama a laicidade do Estado e, com menos sentido
ainda, o ensino laico. Em que sentido se pode afirmar a laicidade do Estado? Não se trata de
expressão cunhada na atual Constituição. O Estado é laico apenas no sentido de não adotar
religião oficial. Compete-lhe a todas respeitar e proteger. No caso de privilegiar a religião
católica, é por razões de tradição cultural do país. A tradição cultural compõe a identidade
de uma nação. Em toda nação merece reconhecimento e respeito o que constitui as raízes da
sua história” (FSP, 15/4/1996).
Os seguintes enunciados e disposições na Argentina deixam a descoberto o modus
operandi que marcou a interpelação da política pela religião e vice-versa nesse país. As
coações e manipulações são parte das regras de jogo subjacentes na relação entre ambas as
esferas.
♦ En 1990, o Senado da Nação excluiu a descriminalização do aborto no projeto de
reforma do Código Penal.
♦ Em 1993, o ministro de Saúde e Ação Social, Alberto Mazza, retirou de seu cargo
Alfredo Miroli, diretor do Programa de Luta contra a AIDS. Veiculou-se que o principal
motivo da demissão esteve condicionado pelas inumeráveis queixas provenientes das fileiras
eclesiásticas. Miroli havia promovido dois vídeos -‘As coisas boas da vida’ e ‘Um caminho
para dois’- como instrumentos de educação sexual nas escolas públicas. Tomada a decisão, o
ministro declarou que o programa retomaria “os valores religiosos essenciais e a Igreja deve
promover suas convicções a respeito e participar do traçado do mesmo” (BO-AICA Nº
1916).
♦ Em 1994, os deputados da província de San Juan enfatizaram a necessidade de
repudiar “toda tentativa de condicionar a ajuda econômica internacional à aplicação de
determinados planos de controle de natalidade, por configurar uma ingerência inaceitável e
uma violação da soberania dos povos” (BO-AICA Nº 1967).
♦ Veto parcial do Prefeito da cidade de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, à Lei 481 -
sancionada em 5 de agosto de 2000-, que estipulava a criação de um Programa para a
eliminação de estereótipos de gênero em textos escolares e material didático.
♦ “Reconstruir a família, consolidá-la através de sua unidade (...). Se deve apoiar a
Igreja Católica como entidade básica de nosso povo e seguiremos nessa atitude, pois em
nosso povo há ampla maioria católica. Devem ratificar-se as disposições constitucionais
vigentes. Não há nada a inovar [em relação à obrigatoriedade constitucional do presidente e
vice de serem católicos]” (Vicente Saadi, ex-senador nacional de Catamarca, BO-AICA Nº
1575).
♦ “Profundo agradecimento aos constituintes provinciais que permitiram incorporar
Deus em nossa Constituição e ao governo provincial pela inclusão da escola pública de
gestão privada na educação provincial e pelo reconhecimento do labor da Igreja Católica na
história da educação chaquenha” (bispo José Sartori, BO-AICA Nº 1982).
Uma pesquisa de estudo de casos, tal como a abordada até aqui, abre obrigatoriamente
a lente da comparação. Aliás, a comparação não pode ser desfeiteada como método para
analisar realidades sociológicas. Ela responde a uma aptidão inata de todo pesquisador. Por
outro lado, constitui uma ferramenta de grande utilidade na produção do conhecimento, desde
que se evite a tendência de transpolar mecanicamente modelos de um lugar para outro.
O problema centra-se então na propensão a ‘universalizar’ os modelos. Uma
construção tipológica válida para um contexto social não necessariamente é pertinente em
outro cenário político, social, cultural e institucional. Os parâmetros utilizados para o estudo
de uma realidade determinada são sempre intrínsecos a essa mesma realidade. Dessa
perspectiva analítica, a tentativa de generalizar esquemas conceptuais elaborados a partir de
parâmetros específicos de uma sociedade em particular, ou mesmo impô-los automaticamente
em outra configuração social, vai nos levar a conclusões simplificadas. A derivação lógica
desse proceder nos conduziria a determinar até que ponto as outras sociedades se ajustam às
dimensões de análise, ou em que medida se ‘desviam’ delas.
Essa abordagem evidencia um reducionismo da complexidade da realidade social. A
especificidade histórica de cada sociedade fica completamente no plano do esquecimento. Por
outro lado, “os modelos analíticos têm (...) um caráter ordenador de iluminar determinado
aspecto da realidade” (Moraes, 2003, p.106). Com muita clareza, o sociólogo chileno Hugo
Zemelman complementa que “o modelo não reflete a realidade, mas constitui uma leitura de
uma realidade feita desde um ângulo particular” (Zemelman, 2003, p.86). Como seria
possível então, aplicar essa interpretação particular a outros contextos temporais e espaciais?
Seguindo a linha de pensamento do mesmo autor, “não se trata de ajustar contextos
históricos e sociais a exigências normativas de um modelo” (Zemelman, 2003, p.88-89).
No que tange a nosso estudo sobre os episcopados brasileiro e argentino, notadamente
percebemos a inviabilidade de desenhar um marco referencial de análise para ambas as
entidades. Deve-se evitar estabelecer qualquer equivalência entre tipologias, para além das
afinidades eletivas entre algumas delas. Inúmeros elementos foram patenteando a
complexidade e especificidade de cada contexto eclesiástico.
Em primeiro lugar, observamos dissímeis enquadramentos institucionais. A prematura
separação entre a Igreja e o Estado no Brasil não teve correspondências na Argentina.
Indubitavelmente, essa configuração político-institucional acarretou divergentes cosmovisões
e posicionamentos no alto clero dos dois países. Embora não aceito desde o começo, o
afastamento do poder civil obrigou a instituição católica brasileira a procurar outras fontes de
sustentação. A experiência argentina mostrou uma continuidade na estratégia de penetrar as
estruturais estatais para, desde ali, espalhar os valores cristãos a toda a sociedade.
A gênese da conformação das Conferências Episcopais aparece como outra dimensão
que ocasionou andares divergentes. A presença leiga no processo de fundação da CNBB
delineou um perfil episcopal menos clerical. A própria metodologia da Ação Católica na
década de cinqüenta do século passado ‘ver-julgar-agir’, perpassa a pastoral pregoada pela
cúpula eclesiástica até os dias atuais. Desde sua constituição, a CEA teve um perfil mais
ensimesmado, concentrado na própria estrutura episcopal. Decorrente disso, foi surgindo um
contraste nos esquemas de articulação com os outros segmentos do campo católico. A
dinâmica de participação de assessores e peritos nas Assembléias da CNBB, as apelações à
co-responsabilidade assim como o entrosamento com um leque de organismos anexos, não
registram antecedentes no episcopado argentino.
Essas camadas de leigos e religiosos serviram de correia de transmissão das mudanças
contextuais no mundo contemporâneo. A disposição para um diálogo com a modernidade no
caso brasileiro tem a ver com aquele vínculo menos hierarquizado. O processo de
inculturação salientado através da retórica e das práticas eclesiásticas foi também
conseqüência de uma maior permeabilidade da realidade social naquele episcopado. O
espírito mais canonista e doutrinário do alto clero argentino imprimiu uma ação pastoral com
um viés pré-determinado e pré-moldado.
O processo de formação religiosa também incidiu na singularidade do episcopado
brasileiro. Primou um aprendizado de ‘portas abertas’, no qual os seminaristas podiam estudar
algumas disciplinas em universidades públicas. A socialização não apenas em espaços
religiosos permitiu uma maior abertura e outra modalidade no contato com a realidade social.
Justamente, o contexto social de cada diocese parece influenciar radicalmente sobre as
orientações pastorais dos prelados no Brasil. Embora também relevante, não resulta tão
determinante entre os dignatários argentinos. Situações de extrema gravidade tem deixado
uma marca carimbada na idiossincrasia de muitos bispos brasileiros. Tal o caso de Dom
Erwin Krautler, austríaco de nascimento. Ao pouco tempo de nomeado titular da diocese de
Xingu, no Estado de Pará, viveu a obstrução da estrada Transamazônica por colonos e
operários por conta da falta de pagamento de salários em fevereiro de 1982. A violenta
liberação da rodovia pela polícia ocasionou a morte de dois lavradores. As palavras de Dom
Erwin Krautler testemunham a incidência dessa realidade nas suas prioridades pastorais:
“Como ficar no recinto fechado de uma igreja ou capela, quando o Povo de Deus está
acampado na estrada?” (CM N° 368: 700). “Jamais deixarei de defender os pobres, de
interceder para que seus direitos sejam respeitados (...). É para isso que fui enviado. E aos
poucos estou descobrindo o que significa ser Servo de Cristo Jesus” (CM N° 368: 703).
Por último, as relações com o Vaticano, mais estreitas no contexto argentino,
ressaltaram diversas trajetórias assumidas por ambos os episcopados. No Brasil, a Igreja
exibiu um perfil institucional com componentes de maior autonomia, se comparada com o
itinerário seguido pela instituição católica do país vizinho. No entanto, as decididas políticas
homogeneizadoras da Cúria Romana sobre os episcopados de todo o mundo começaram a dar
resultados. A afinação da CNBB pelas diretrizes da Santa Sé é hoje um dado inquestionável.
Todas essas variáveis mostram a singularidade de cada realidade eclesiástica e, por
tanto, a impossibilidade de edificar um sistema tipológico unificado. Questões históricas,
políticas, institucionais, organizacionais e até idiossincráticas, entrelaçadas todas elas,
explicam a unicidade de cada corpo episcopal.
O desafio visa, então, a desentranhar a complexidade a partir de um enfoque capaz de
estabelecer comparações, mas reconhecendo a especificidade histórica que envolve ambas as
entidades eclesiásticas. Os sistemas tipológicos a idear não devem ter o propósito de se
instalar no campo do conhecimento universal, mas de oferecer ferramentas para uma análise
de realidades situadas espacial e temporalmente.
Apesar dos contrastes sinalizados entre a CNBB e a CEA, sob certos aspectos, há uma
matriz de pensamento compartilhada. As definições no que diz respeito à moral familiar, ao
direito à vida, as posições sobre o aborto, a eutanásia, a esterilização, o controle da natalidade
e a concepção sobre a família, monogâmica e indissolúvel, patenteiam uma concordância
expressiva. Do mesmo modo, a visão referente ao papel da educação religiosa e à obrigação
do Estado em subsidiá-la.
Os procedimentos com relação a todos esses tópicos denotaram uma mesma
modalidade entre os bispos de um e outro país. Eles lançaram mão ao peso institucional da
Igreja e à rede de influências com a tentativa de pressionar o poder político para que legislasse
ou desenvolvesse políticas em consonância com os princípios e as convicções católicas. Nesse
modus operandi, os episcopados do Brasil e da Argentina se identificam. Se bem que dentro
dos episcopados, foram os prelados mais identificados com a ortodoxia romana quem tiveram
destaque na atitude de intransigência sobre essas matérias, não surgiram outras vozes
discordantes da metodologia utilizada. Sem exprimir uma dissidência, outros optaram por um
critério de maior flexibilidade no contexto de suas dioceses.
Cada uma a sua maneira, as Igrejas Católicas do Brasil e da Argentina se esforçaram
por garantir uma presença pública ao longo da história. Uma, auto-situada no espaço da
sociedade civil; a outra, entrelaçada no plano da sociedade política. De fato, histórica e
mundialmente, a Igreja tem justificado sua participação no cenário público pela defesa dos
direitos humanos e as liberdades civis; pela disputa entabulada contra a autonomia das esferas
seculares; ou pela proteção de certas normas e valores tradicionais (Casanova, 1999).
A CNBB orientou suas prioridades pastorais na defesa dos direitos humanos, no
acompanhamento às organizações ligadas à problemática da terra e na contribuição para a
recuperação democrática em um primeiro momento e o aprimoramento da mesma depois. A
formação de uma consciência crítica na população, o encorajamento para a participação da
coisa pública e o exercício do voto responsável revelaram as principais preocupações do
episcopado brasileiro. Engajado na realidade social, as questões internas da Igreja e a ênfase
nos aspectos espirituais assomaram por influência vaticana e diante do avanço de outros
grupos religiosos a expensas da hegemonia católica no mercado religioso.
Inverso foi o processo transitado pela CEA. Tradicionalmente, o eixo da ação pastoral
esteve centrado na pregação da doutrina católica, com um marcante perfil espiritualista.
Lançou uma cruzada contra os valores do mundo contemporâneo decorrentes da modernidade
-hedonismo, consumismo, individualismo, relativização da família como núcleo da sociedade.
A primazia da evangelização da cultura se inscreve nessa linha. A educação católica foi outro
dos pilares das políticas eclesiásticas na Argentina. A internalização das pautas valorativas
cristãs supunha um processo formativo do indivíduo desde os começos. A utilização das
estruturas estatais potencializou e espalhou o projeto católico ao conjunto da sociedade. Se
bem que a problemática social não foi desatendida, com a crise econômica desatada na década
de noventa e a crescente desigualdade social, a Igreja assumiu o assunto como prioritário. Sua
presença nos conflitos sociais veio acompanhada de um maior distanciamento do poder
político.
Transitando dois caminhos divergentes, a Igreja Católica no Brasil e na Argentina se
coloca entre as instituições de maior credibilidade social. No entanto, essa legitimidade social
não lhe reporta dividendos no campo religioso. Concentrada nas questões sociais ou nas
espirituais, em ambos os países o catolicismo sofreu uma persistente perda no número de
fiéis.
5.- Os dilemas do catolicismo de hoje
6.- Bibliografia
- ___________. A Igreja do Brasil. De João XXIII a João Paulo II, de Medellín a Santo
Domingo. Editora Vozes, Petrópolis RJ, 1993.
- CASANOVA, José. Public Religions in the Modern Word. Chicago, University of Chicago
Press, 1994.
- DELLA CAVA, Ralph. Igreja e Estado no Brasil do século XX. Estudos CEBRAP N° 12,
1975.
- ESQUIVEL, Juan Cruz. Notas sobre las esferas diferenciadas de valor en Max Weber.
Revista Ciências Sociais e Religião nº 1, 2000.
- GIDDENS, Anthony. Las nuevas reglas del método sociológico. Buenos Aires, Amorrortu,
1967.
- LÖWY, Michael. Guerra de Dioses. Religión y política en América Latina. Siglo XXI
Editores, México DF, 1999.
- MOREIRA ALVES, Márcio. A Igreja e a política no Brasil. São Paulo, Editora Brasiliense,
1979.
- PACE, Enzo. “Globalização: um conceito polivalente”. In: ORO, Ari e STEIL, Carlos
(orgs.). Globalização e Religião. Petrópolis, Vozes, 1997.
- PIERUCCI, Antônio Flávio. A encruzilhada da fé. In: Folha de São Paulo/Revista Mais. 19
de maio de 2002.
- POULAT, Emile. L’Eglise Romaine. Le savoir et le pouvoir. Archives de sciences sociales
des religions nº 37. Paris, 1974.
- ROMANO, Roberto. Brasil: Igreja contra Estado. Kairos, São Paulo, 1979.
- WEBER, Max. Economía y Sociedad. México DF, Fondo de Cultura Econômica, 1944.
Fontes consultadas