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5.

3 Sistema da Cache
Quando um processador pede informações mais rapidamente do que a RAM pode
disponibilizar, diz-se que o processador entra em estado de espera, “wait-state”.
Essencialmente, o processador está parado sem fazer nada, enquanto a memória está pronta a
fornecer a informação pedida. Isto diminui imenso a performance do sistema. Quando o
sistema está a trabalhar sem encontrar “wait-atates”, diz-se que está a trabalhar com zero
wait-states e trabalha com maior performance.

A velocidade da memória é medida em nanossegundos. Os chips DRAM mais económicos são


de 60-70 ns. Para um processador operar em zero wait-states numa placa a 33 MHz (por
exemplo, com 486 DX/33, 486DX2/66 e 486DX4/100), o sistema de memória deverá ter uma
velocidade de 30 ns, que tem um preço extremamente elevado. Para termos zero wait-states
numa placa a 66 MHz (Pentium a 66 MHz, 100 MHz e 133 MHz), a memória deveria operar a
15 ns! Mais, teria de ser SRAM, que é bastante mais cara que a DRAM, mas são mais rápidas
porque não necessitam que o sistema refresque o seu conteúdo periodicamente. Uma SRAM
de 15 ns é cerca de dez vezes o custo de uma DRAM de 70 ns.

É aqui que entra a memória cache, tornando possível os sistemas actuais a um preço razoável.
Deve estar familiarizado com o uso de cache de disco, como o SmartDrive da Microsoft, que
usa uma pequena porção de memória como buffer para acelerar a acesso aos discos. A cache
de memória usa um pequeno buffer de memória muito rápida para acelerar um grande bloco
de RAM mais lenta.

Todos os processadores Intel desde o 486 estão equipados com uma cache interna de 8 KB, 16
KB ou 32 KB. Quando a cache está integrada no CPU, diz-se cache de nível 1 “L1”, quando a
cache está integrada na placa do computador, isto é, externa ao CPU, diz-se cache de nível 2
“L2”.

5.3.1 Controlador da Cache


O controlador da cache tem como função manter em funcionamento o sistema de cache (fig.
5.9). Para isso, ele gere o sistema de cache de forma a que a memória cache mantenha em seu
poder a informação que provavelmente o processador irá utilizar com maior frequência.

Todo este processo tem como base um algoritmo que mantém em cache os dados que o
processador utilizou recentemente. Este algoritmo utiliza um conceito prático da
programação, que tem a ver com os ciclos dos programas.

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Todos os processadores repetem rotinas mais de uma vez. Da primeira vez que o ciclo utiliza
dados, o processador vai buscar a informação à memória principal e carrega-a para a cache,
mas nos seguintes iterações do ciclo, esta informação já está situada na cache, tornando a
operação muito mais rápida. Para gerir a informação existente na cache, o controlador guarda
todos os endereços de memória utilizados, no directório da memória cache, que não é mais do
que uma tabela onde está toda a informação referente aos dados que estão residentes na
cache. A cada entrada nova de dados , a tabela é actualizada.
5.3.2 Cache Hit
O cache hit é o resultado de busca de informação pelo processador. Quando este programa
determina informação através do barramento de endereços e o controlador da cache a
encontra na memória cache, diz-se que ocorreu um cache hit (fig. 5.10).

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5.3.3 Cache Miss


A situação de cache miss acontece quando o processador não encontra os dados pretendidos
na memória cache. Como alternativa, procura a informação requisitada na memória principal
(fig. 5.11)

5.3.4 Hit Rate


O hit rate é um valor encontrado entre os cache hit e os cache miss e serve para medir a
eficiência do sistema de cache. Este valor é apresentado em termos de proporção.

5.3.5 Técnicas de Pesquisa

5.3.5.1 Técnica look aside


A técnica look aside tem um funcionamento muito simples e directo (fig. 5.12). Quando o
processador procura determinados dados, vai enviar um sinal pelo barramento ao sistema de
cache e à memória principal.

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Se ocorrer um cache hit, ou seja, se a informação pretendida estiver na memória cache, é


enviada para o processador e este informa o sistema da memória principal que os dados já
foram encontrados.

5.3.5.1 Técnica look through


O look through é uma técnica mais evoluída do que o look aside. O processador, ao enviar um
determinado endereço pelo barramento do sistema, impede que o sinal passe para a memória
principal; a procura desse endereço é então feita primeiro no sistema de cache.

Quando acontece um cache hit, o processo de pesquisa é concluído sem que o endereço seja
pesquisado na memória RAM (fig. 5.13). Uma das vantagens é reduzir a utilização do
barramento.

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A outra vantagem desta técnica é que, quando ocorre um cache miss, a informação não se
encontra na memória cache (fig. 5.14). Neste caso, o endereço é enviado para a memória
principal e o controlador da cache diz ao processador que encontrou o endereço na cache, isto
é, simula um cache hit.
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5.4 Guia de Instalação de Memórias

5.4.1 Instalação de SIMM


O primeiro passo para instalar memória num computador é determinar se temos o tipo de
memória correcto, assim como a quantidade de SIMM necessária.

As SIMM de 30 pinos são usadas em máquinas 386 e 486 (fig. 5.15). Normalmente são
necessárias 4 SIMM para fazer uma expansão de memória. A maior parte das máquinas 386 só
admite a utilização de SIMM de 1 MB, enquanto as máquinas 486 podem usar SIMM de 1 MB
ou 4 MB.

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Alinhe o entalho (Groove) lateral do módulo para que a SIMM entre no socket num ângulo de
45 0. Quando a SIMM estiver correctamente colocada, com os dedos nas extremidades puxe-a
para a frente quando estiver num ângulo de 60 0. Os clips do socket abrir-se-ão assegurando a
sua perfeita colocação num ângulo de 90 0; logo que isso aconteça, os clips fecham e prendem
a SIMM (figs. 5.16 e 5.17).

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5.4.2 Instalação de DIMM


Quando se vai instalar uma DIMM, convém ter em atenção as seguintes especificações:

• É uma DIMM de 3,3 ou 5 volts?


• É buffered ou unbuffered?
• Requer detecção de presença paralela ou série?
• É FPM, EDO, ECC, SDRAM, etc.

Para inserir uma DIMM, temos de a alinhar correctamente em relação ao socket, pois ela é
introduzida de cima para baixo. Abrimos clips do socket e pressionamos a DIMM para baixo
até que os clips se fechem novamente (fig. 5.18).

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No caso das RIMM e das DDR, o processo de instalação é precisamente o mesmo do das
memórias DIMM.

5.4.3 Metodologia para reconhecimento das DIMM


A forma de reconhecimento do funcionamento das SDRAM pode ser feita através das ranhuras
existentes nas mesmas, como mostra a figura 5.19.

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