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DIREITO EMPRESARIAL I

Prof. Helmuth

Aula dia 08/08/2006


A caracterização do empresário encontra-se no artigo 966 do CC/2002, é a teoria da empresa. É
considerado empresário aquele que profissionalmente exerce atividade econômica destinada a
produção e circulação de bens ou serviços.
O artigo 967 CC/2002 a lei determina a obrigatoriedade do registro do empresário individual ou
sociedade. Sem o registro também são considerados empresários, pois se enquadram no art.966.
Não se registrando o empresário ou a sociedade empresária sofrem conseqüências. A teoria da
empresa abrangeu a prestação de serviço, e as atividades rurais também.

Atividade empresária
Artigo 971 do CC/2002, confere uma opção a quem exerce trabalho rural. Se optar por registrar na
junta comercial, se torna empresário. Se não se registrar é uma pessoa natural que exerce atividade
rural, não revestida da qualidade de empresário.
O registro na qualidade de empresário é declarativo, e não constitutivo. No entanto no caso do
exercente da atividade rural ele continua sendo declarativo, apenas a lei lhe atribui a qualidade de
empresário, ou seja o registro continua produzindo efeitos meramente declarativos. O efeito do
registro na Junta Comercial é declarativo. Estarei atribuindo a mim a qualidade de empresário.
Embora exista a possibilidade de nunca a exercer ativamente a condição de empresário.

Capacidade para exercício da atividade empresária


Pela regra geral expressa no artigo 972 CC/2002, não podem exercer a atividade empresária:
Art. 972: Podem exercer atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade
civil, e não estiverem legalmente impedidos.
A capacidade para empresariar está ligada à capacidade civil.
Regras para aquisição da capacidade:

Art. 5º CC: Tem que estar em plena capacidade civil, para exercer a atividade empresária, ou seja
completar 18 anos;
Há os incapazes, os relativamente incapazes e os emancipados

Art. 3ºCC: Absolutamente incapazes não podem exercer a atividade empresária:


menores de 16 anos;
enfermidade ou deficiência mental;
causas transitórias que a pessoa não consiga exprimir sua vontade.

Art. 4ºCC: Relativamente incapazes, não pode exercer atividade empresária:


os maiores de 16 e menores de 18 anos;
Ébrios habituais, alcoólatra. A adaptação do ébrio ao 972 é relativa, há alcólatra que exerce
atividade empresária.
No exame de Ordem a questão embriaguez habitual para efeitos de aplicação do art.972, enquadra
na lei
viciados em tóxicos, é caso de interdição de atividade empresária. Na prática é bem diferente
(relativa), mas na lei enquadra no 972.
- e deficientes com capacidade reduzida
Excepcional sem desenvolvimento mental completo: comprovado através de laudo
Prodigalidade, os pródigos
Parágrafo ùnico:
- Os índios, regulados pelo Estatuto do Índio.

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Emancipação:
Art.5º CC: Parágrafo ùnico:
Emancipação por consentimento dos pais. Ou seja, maior de 16, menor de 18, os pais comparecem
ao cartório, e emancipam o pirralho. Está habilitado para atividade empresária, pode ser declarado
falido também.
Emancipação por pelo casamento, casou-se , menor de 18, maior de 16, está emancipado, pode ser
declarado empresário, e pode falir também.
Art. 1517 CC: Autorização dos pais para casar. Com 16 anos podem casar com autorização dos
pais.
Art. 1520 CC: Menor casar com menos de 16 anos, esta hipótese só pode nos requisitos. Pode
exercer atividade empresária? Não. Não pode exercer atividade empresária, pois este casamento
atende às duas condições do artigo, desta forma não adquiriu a plena capacidade civil.
Art.5º CC: Cessa a incapacidade pelo exercício de emprego público efetivo. (pelo estatuto do
funcionário público, funcionário público não pode exercer atividade empresária). A administração
pública não admite menor de 18. Deveria ter sido adaptado à realidade atual.
No exame da Ordem : é caso de emancipação para fins de aquisição da capacidade emprsarial? É!
Pela colação de grau em ensino superior; se formou antes dos 18 anos, está emancipado, e pode
exercer atividade empresária.

Para prova de que pode exercer atividade empresária


da emancipação, escritura pública do tabelionato
do casamento, pela certidão de casamento
certidão do exercício do emprego público
pelo diploma universitário
pelo estabelecimento

Estabelecimento: O conjunto de bens materiais ou imateriais, destinados para o exercício da


atividade empresária. São ferramentas, papéis. Organização de bens materiais, ou imateriais
(marca), esta é a idéia primária de estabelecimento.
Pelo estabelecimento, art. 1142 CC/2002, vincula os bens ao exercício da atividade, é o conjunto de
bens, o estabelecimento.
Pela existência de relação de emprego
Pelo emprego, assinou carteira maior de 16, consegue sustentar-se. Estou emancipado.
Art. 5º, economia própria, está emancipado
O maior de 16 que possui outras fontes de renda, e o que ganha no emprego, é um complemento, é
emancipado. È enquadrado como economia própria.
Estabelecimento comercial com economia própria, é caso de emancipação.
Como provar: Menor requer empréstimo, o credor lhe exige prova de que se sustenta; Propõe uma
ação declaratória para provar que se sustenta. Para que o juiz o declare.
O menor se estabeleceu, situação fática, deu prejuízo, faliu. Ônus da prova se inverte, incumbe aos
credores.
Relação de emprego, está emancipado, pode ou não exercer atividade empresária? Pode, mas trata-
se de uma emancipação dupla. Pode exercer atividade empresária. Art. 972 emancipado para fins de
atividade empresária.

Aula do dia 11/8/2006

Emancipação relativamente aos maiores de 16 e menores de 18 anos.


ART 5º, § único
Temos cinco incisos que tratam de emancipação. Preciso saber quais das hipóteses são ou não
aplicadas ao direito empresarial.

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Pela concessão dos pais, aplica-se integralmente ao ART 972. Está emancipado para todos os
efeitos do direito empresarial. O casamento também aplica integralmente. Emprego público e
efetivo aplica integralmente, com as anotações que já fizemos. Colação de grau em curso de ensino
superior. Aplica-se integralmente o ART 972.
Nessas quatro hipóteses é fácil de se provar documentalmente. Não tem problema nenhum. Ou seja,
o relativamente incapaz prova através de um documento que está emancipado. Problema apenas de
prova.

No inciso V temos pelo estabelecimento civil, que não diz respeito a atividade empresária. Não nos
interessa. Ta fora do âmbito do ART 972. Importa o estabelecimento comercial. Este sim interessa.
Para saber o que é estabelecimento temos que ir no ART 1142 do Código Civil. Estabelecimento
comercial é o conjunto de bens materiais e imateriais destinados ao exercício da atividade
empresária. Isso não é sociedade. É apenas um conjunto de bens. Nada a ver com sociedade. O
estabelecimento vincula os bens ao exercício da atividade.
No caso, o menor conseguiu formar um conjunto de bens e organizou para o exercício da atividade
empresaria com economia própria. Como se prova isso? Essa situação é fática. Não existe prova
documental como nos casos anterior. Isso é um problema de prova. O Código estabelece que quem
se organiza e destina bens ao exercício da atividade empresária, se considera emancipado. Como
provar é outra situação.

Na prova vão ter duas situações. Primeiro: o menor tem interesse em provar que se estabeleceu
com economia própria. O menor pode precisar de recursos e quem os tem pode alegar que não vai
negociar com um menor. Daí para provar isso o menor terá que pedir ação declaratória pedindo que
o juiz declare e reconheça por sentença que ele está estabelecido com economia própria. Ação
declaratória. Essa sentença é rapidinha porque ninguém vai contestar. Dá pra tirar ela ligeirinho.
Passando pro outro lado, esse menor contraiu dívidas e os credores querem requerer-lhe a falência.
Aos credores é que se vai incumbir o ônus da prova de que o menor está estabelecido com
economia própria. Essas duas situações estão no campo da prova. É aí que o inciso V se diferencia
dos quatro anteriores, pois neles a prova é extremamente fácil. O inciso V é uma situação fática e
não há documento que prove isso. Primeira forma de prova o próprio menor com a ação
declaratória. E a segunda aos credores incumbe o ônus da prova, que podem provar através de
qualquer meio de prova. Perícia, documentos ou testemunhas.

A outra hipótese de emancipação é uma novidade. Não existia no sistema anterior. É a relação de
emprego. Desde que o menor se mantenha com o que recebe dessa relação de emprego. Outra
hipótese de emancipação é a relação de emprego. O menor conseguiu emprego e está
automaticamente emancipado, pela simples existência do vínculo empregatício. Pode ter tido a
carteira assinada hoje. Terá sido emancipado para todos os fins empresariais. Pela existência de
relação de emprego. Não precisa nem ter carteira de trabalho, profissional. Fez 16 anos, foi
contratado, está emancipado.
O que interessa é que essa existência de relação de emprego não interessa ao direito empresarial. É
uma forma de emancipação pela existência pura e simples da relação de emprego. Não interessa o
estabelecimento civil nem a relação de emprego ao direito empresarial. Isso caracteriza apenas a
emancipação. Pela relação de emprego e exercício da atividade empresária pode acontecer de ele
estar duplamente emancipado. Mas, a rigor, não há uma dupla emancipação.
Se pela relação de emprego ele exerce a atividade empresária, daí sim interessa. Aí ele será
considerado emancipado anteriormente. Pela simples existência da relação de emprego e pelos bens
que ele formou com a economia própria. Bens esses que serão destinados ao exercício da atividade
empresária.
As hipóteses de emancipação não interessam, do ART 5º, § único do Código Civil, o
estabelecimento civil e a relação de emprego. Mas a relação de emprego pode coexistir com a do
estabelecimento comercial.

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MENOR NO CAMPO DE SOCIEDADES
Se o menor incapaz ou relativamente incapaz pode participar de sociedade. Os bens do menor de 16
anos são protegidos pelo código civil. Temos que considerar a natureza dos tipos jurídicos de
sociedade previstas no Código Civil. Aqui vamos antecipar algumas características da sociedade.

Lei 6404/76 – Lei das S/As (Sociedade anônima por ações). Capital dividido em partes iguais
chamados de ações. Os acionistas não respondem pelas dívidas contraídas pela sociedade, porque é
uma sociedade de capital e não sociedade de pessoas. Portanto, o menor pode ser acionista desde
que suas ações estejam integralizadas, pois seus bens não correm riscos. Integralizadas significam
pagas. O menor adquiriu ações em seu nome, elas foram pagas e ele se torna um acionista de uma
sociedade anônima. Os seus bens particulares não correm qualquer tipo de risco. Os acionistas não
respondem, só os administradores. Sociedade de capital. Os acionistas não respondem.
ART 280, Lei 6404/76 – Sociedade em Comandita por ações: sócios, diretores, gerentes ou
administradores que em razão de exercerem a administração da sociedade os seus bens são passíveis
de responder pelas dívidas contraídas pela sociedade Conclusão: aqui o menor não pode assumir a
posição de sócio administrador. Mas pode ser um sócio meramente acionista. O mero acionista não
responde. Apenas contribui com o capital. Paga as ações e está isento de qualquer espécie de risco.
Para responder tem que administrar, pela natureza jurídica.
ART 1039, Código Civil – Sociedade em nome coletivo: o maior de 16 e menos de 18 não
emancipado. Só pessoas físicas podem fazer parte desta sociedade. A pessoa que participar como
sócia desse tipo jurídico de sociedade, ela automaticamente arrisca o seu patrimônio pessoa. É da
própria natureza desse tipo de sociedade em nome coletivo que os sócios respondem com o seu
patrimônio pessoal com as dívidas da sociedade. Os sócios respondem solidária e ilimitadamente
pela obrigações sociais. O menor aqui não pode participar, em qualquer título, porque arriscaria seu
patrimônio pessoal. No parágrafo único limita, mas continua respondendo. Pelo risco latente que o
menor não pode fazer parte desse tipo de sociedade.
ART 1045, Código Civil – Sociedade em Comandita Simples: o menor não pode nunca ser sócio
comanditado, que é o sócio com poderes de administração e que portanto, responde ilimitadamente
pelas dívidas sociais. Na segunda categoria o menor pode participar, pois pode investir seu capital.
Pode ser comanditório. Apenas aporta com capital. Apenas contribuem com o investimento de
capital. Aí o menor pode, porque nada impede que o menor invista seus recursos em qualquer tipo
de proposta. Ele pode investir em uma sociedade de comandita simples na qualidade de sócio
comanditório. Comanditado, nunca.
ART 1052, Código Civil – Sociedade Limitada: a característica básica da sociedade limitada é a
responsabilidade dos sócios, que se limita a integralização do capital social. Pago o capital social,
todo integralizado, os sócios não respondem mais pelas dívidas da sociedade. Não tem mais
nenhum tipo de responsabilidade. Uma coisa são as dívidas sociais, outra coisa são as pessoas dos
sócios. Personalidade jurídica da sociedade diferente da personalidade jurídica dos sócios. A
empresa é a sociedade e não os sócios que a integram. Mas para o capital social a responsabilidade
é solidária até o limite da integralização. Ou seja, o credor pode escolher qualquer um deles para
integralizar o capital daquele que não integralizou. O que paga duas vezes tem direito de regresso
depois, mas o credor escolhe quem ele quiser, porque a responsabilidade é sempre solidária. Sobre o
menor, se lêem todos os artigos da sociedade limitada e não se acha resposta. Não há solução
prevista na lei. Tem que ir por coerência. A matéria é altamente discutível.
Professor põe duas posições:
Na primeira delas o menor pode integrar uma Ltda mediante as seguintes condições:
1 – que o capital seja todo integralizado no ato da constituição da sociedade. Não pode ser por
prestações. Porque a responsabilidade dos sócios nesse caso é solidária. Tem que integralizar no
ato, necessariamente, porque daí o patrimônio do menor não responde mais.
2 – O sócio menor não pode exercer poderes de administração, nem assistido, nem representado.
Tem que ficar quieto como sócio. Porque para efeitos do Direito Tributário o sócio administrador

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responde. E pode, também, o sócio responder no caso de despersonalização no caso da
personalidade jurídica da sociedade.
3 – que o menor, no ato da constituição do contrato, esteja devidamente assistido ou representado.
Preenchidas as três condições entende-se que nada impede que o menor faça parte de uma
sociedade Ltda.

Na segunda posição sustenta-se que a sociedade Ltda, uma vez constituída, nada impede que por
decisão dos sócios, o capital venha a ser aumentado ou modificado. Convenciona-se um aumento do
capital e alguns dos sócios não integralizam. Como a responsabilidade é solidária, os bens dos
sócios podem vir a ser comprometidos. É uma situação que escapa ao controle dos interesses do
menor. Conclusão: é sempre um risco o menor fazer parte de uma sociedade Ltda.
Entre as duas posições, prepondera a primeira posição.

Empresário individual. A sociedade tem personalidade jurídica diversa. Uma coisa são os bens da
sociedade e outra coisa são os bens particulares dos sócios que os integram. Mesmo que os sócios
respondam, os bens não se confundem. Jamais se misturam. Os sócios podem, dependendo do tipo
de sociedade, os bens deles podem responder ilimitadamente pelos bens da sociedade. Mas isso não
quer dizer que os bens se confundem. Tanto que numa sociedade coletiva, se os bens dela forem
suficientes para conter as dívidas, os bens dos sócios nunca vão responder. Apenas respondem se os
bens da sociedade não forem suficientes.
Quanto à pessoa empresária, não há como distinguir o patrimônio adquirido com a empresa e com o
pessoal. É tudo um bem só. O direito brasileiro não conhece divisão entre os bens do empresário
individual. Quando se inscreve na Junta Comercial, o empresário individual arrisca todo o seu
patrimônio. Não divide bens civis e empresariais. Automaticamente arrisca todo seu patrimônio,
salvo os bens impenhoráveis. Não há como distinguir, separar patrimônio civil de empresarial.

ART 974, Código Civil – Alguém que era capaz sofre processo de interdição. Se torna incapaz. Ex:
Alguém que era capaz sofreu processo de interdição. Foi interditado por todos os atos da vida civil.
Se tornou incapaz. Um menos de dois anos. O pai dele era um empresário registrado na junta
comercial. Veio a falecer. O menor absolutamente incapaz. Antes o menor recebia a herança e a
atividade empresária era encerrada. Agora o código autorizou a continuidade da atividade
empresária que o pai deixou. Autoriza a titularidade da atividade empresária que antes era exercida
pelo pai que faleceu. O Código civil autoriza a continuidade da atividade empresária. Pedido
formulado pelo representante do menor ao juiz. O juiz de acordo com um critério de conveniência
autoriza ou não. Utiliza o princípio do convencimento. Se ele entender que cabe a continuidade,
autoriza, e assume o risco da continuidade. O juiz, a pedido dos interessados, representantes do
menor, de acordo com um critério de conveniência, é que vai decidir se autoriza ou não. Se se
convence que o risco é grande, não autoriza. Daí só resta apurar o ativo e pagar o passivo. Se sobrar
alguma coisa, vai para o menor. Se o juiz entender que cabe a continuidade, daí autoriza e assume-
se o risco da continuidade da empresa. Normalmente o juiz não tem conhecimento técnico para isso.
Então ele se vale do laudo de um perito indicado por ele para ver os riscos. Por esse laudo avalia se
é conveniente ou não.

ART 975, Código Civil – Se o representante do incapaz não pode exercer atividade de empresário,
o juiz nomeia um gerente. Um ou mais gerentes. O juiz nomeia pessoas em condições de
administrar a continuidade da atividade empresária em nome do menor.

Aula do dia 15/08/2006


Para o empresário individual não existe divisão de patrimônio, ao dar início a atividade empresária,
a pessoa natural arrisca todo o seu patrimônio pessoal. Porque o direito brasileiro não conhece a
separação de bens, o patrimônio é um só.

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Na sociedade, os bens da empresa são separados dos bens dos sócios. Mas dependendo do tipo de
sociedade, os bens particulares dos sócios respondem pelas dívidas da sociedade, é a
responsabilidade ilimitada. Mas não pode confundir a responsabilidade ilimitada, com a mistura do
patrimônio da sociedade com o patrimônio dos sócios. A responsabilidade ilimitada é sempre
subsidiária, os bens dos sócios só passam a responder depois que os bens da empresa se esgotarem.
O pressuposto é que os bens sociais tenham sido esgotados.
Se um empresário está ou não está registrado na junta, importa em alguma coisa? Não. Só que se
não estiver registrado incumbe o ônus da prova aos credores de provar que ele exerce, ou exerceu
atividade empresária conforme art. 966.

Art. 974 – Alguém que exercia atividade empresária, no decorrer do exercício da atividade foi
declarado interdito, incapaz. Esta situação não nos interessa.
Um menor de dois anos, seu pai era empresário individual, e veio a falecer. Em sitiução normal
apuraria o ativo, pagaria o passivo e destinar os bens que sobraram decorente ao exercício da
atividade empresária do pai ao menor.
Agora no art.974 §1º O juiz a pedido dos interessados, representantes do menor, considerando o
critério de conveniência, de acordo com o princípio do livre convencimento, (que interessa ao
menor a autorização para continuidade das atividades), dará autorização através de alvará judicial.
Se entender que não é conveniente, não vai autorizar. Existe um autor ( Rubens Requião) que se
opõe de que o juiz possa decidir este caso, pois o juiz não tem condições técnicas para auferir, se o
patrimônio deixado ao menor não vai correr risco, quem vai decidir é quem não está em contato
com a atividade empresária, que é das mais variadas possíveis. Mesmo valendo-se de laudo pericial,
o juiz não teria como avaliar se o patrimônio do menor não está sendo colocado em risco. Este art.
É de 1964, (não é aplicável a atualidade), é direito positivo, a lei conferiu ao juiz decidir.
Art. 975, 976: O juiz vai nomear um gerente, que tenha experiência naquele ramo de atividade
empresária, o juiz autoriza através da expedição de um alvará. O gerente vai ser responsável pela
atividade empresária, e deve dar ciência ao juiz das alterações da empresa, ou seja, condições do
mercado (responsabilidade do gerente é em termos: exemplo se neste tipo de atividade houver uma
retração do mercado, não consegue superar o decréscimo do mercado). A responsabilidade só é
imputada ao gerente se ele der motivos para isto. A revogação da gerência pode ser dada a qualquer
momento, pelo juiz. O que não é perdoado ao gerente é não dar notícias ao juiz da alteração do
quadro em relação do exercício daquele ramo da atividade empresária.
Autorizando ou não autorizando a continuidade da atividade empresária: Se o Juiz se convence que
não convém aos interesses do menor a continuidade do exercício: não autoriza, resta apuração do
ativo e pagamento do passivo, e destinar ao menor o que sobrou ou seja a liquidação do exercício da
atividade empresária.
Se o juiz entender que convém ao interesse do menor, ele autoriza a continuidade do exercício da
atividade empresária.
O titular da empresa é o menor, o exercício é do gerente. Ele atua em nome do menor.
Regime de reserva = bens reservados em interesse do menor absolutamente incapaz
Art. 974 § 2º “Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao
tempo da sucessão ou interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar
do alvará que conceder a autorização.”
Este artigo separou o patrimônio empresarial do incapaz. Ex: Recebeu como hernaça alguns bens,
foi autorizada a continuidade da atividade empresária em nome do menor através de um gerente,
passou-se 3 anos da gerência, foram adquiridos outros bens, resultantes do exercício da atividade
empresária. Estes bens serão separados daqueles que ele recebeu.
A herança é uma coisa a continuidade da atividade é outra. (a empresa não é herança, é
continuidade da atividade).
Quando a lei fala “empresa” é o exercício da atividade empresária.
É uma exceção, a lei distinguiu o patrimônio formado em dois momentos distintos. O patrimônio
adquirido pela continuidade da atividade empresária responde pelas dívidas. O patrimônio recebido

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antes (herança), não responde pelas dívidas atuais. (exceto se ao apurar a herança houver cobrança
de credores relativos a atividade do pai, aí se para os credores, e o restante é herança do menor).

De acordo com a lei 11.101 Art. 1º c/c art. 94 Lei de falências


São passíveis de serem declarados falidos todos aqueles que exercem atividade empresária. O
requerimento da falência é um direito dos credores, é para impedir que o empresário acabe com seu
patrimônio, é de interesse público. È a garantia comum do pagamento de coletividade de credores.
Declarada falência, o falido perde a livre administração dos seus bens e negócios. O empresário
falido não poderá alienar nem onerar os seus bens, vai tudo para massa falida.
Vamos analisar o 974 com a falência: O juiz autorizou a continuidade da atividade empresária, e o
gerente está indo de mal a pior e o patrimônio está sendo diminuído, o que justifica o requerimento
de falência. No entanto para requerer a falência, devemos nos reportar ao problema da capacidade.
Para exercer a atividade empresária é preciso ser capaz. Art. 972 “ Os maiores de 18 anos e os
menores de 18 e maiores de 16 anos se emancipados. Então os credores tem um problema pois o
titular da empresa é absolutamente incapaz, e a continuidade da atividade empresária foi dada pelo
juiz. Os credores estão assistindo o patrimônio do incapaz se desfazendo.
O problema do interesse público são os credores (resolve-se o problema dos credores com o § 1º do
Art. 974 ). Requerer ao juiz a revogação da autorização do gerente.

Não há como resolver o problema da incapacidade, não tem como ser declarado falido um
absolutamente incapaz. Não tem a capacidade para o exercício da atividade empresária. O gerente é
apenas para exercer, não é titular de direito. O titular de direito é o incapaz.
Autorizar o exercício da atividade empresária, em que o titular é um incapaz.
É o regime de reserva, pela primeira vez se permite a separação patrimonial do empresário.
Não é possível a declaração da falência do menor empresário neste caso.

Parte do Art. 974 §2º “ ...desde que estranhos ao acervo daquela” Ex: o patrimônio que o menor
recebeu a título de herança que ficou reservado, foi utilizado na atividade pois o gerente entendeu
que ....acabou a fita perdi o fio da meada, socorro.....

Art. 977 “Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade contratar sociedade, entre si ou com
terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no de
separação obrigatória.”
Regime de comunhão universal, comunhão parcial e os de separação, que se dividem em consensual
(na opinião do professor é o mais certo), e regime da separação obrigatória.
Separação obrigatória: após os 60 anos só pode casar com separação obrigatória de bens (está livre
do golpe do baú ah, ah, ah...) Art. 1341
Eu só posso constituir sociedade com meu cônjuge se o regime de casamento for comunhão parcial
ou consensual. Pensar neste artigo até a aula do 22/08.

Art. 978 “O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o
regime de bens, alienar os imóveis que integram o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus
real.”
È sabido que pela regra geral do código civil para alienar bens imóveis ou para dar em garantia é
necessária a consentimento do outro conjuge, regra geral do regime de bens.
Três itens para interpretar o 978:
Empresa como sinônimo de sociedade;
Empresa como exercício da atividade empresária
Empresa como sinônimo de estabelecimento comercial art. 1142...para o dia 22/08

Aula do dia 18/8/2006

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ART 973 – Pessoa legalmente impedida de exercer atividade empresária. Temos pessoas proibidas
de exercer atividade empresária, em razão do próprio direito empresarial. Em razão de regras,
motivos e princípios do direito empresarial. E outros casos em que se proíbe a atividade empresária
em virtude dos outros ramos do direito. Ex.: funcionários públicos em geral. O seu estatuto os
proíbe de exercer atividade empresária.
Vamos para os proibidos de exercer em razão do próprio direito empresarial. São três hipóteses:
Lei 11101/2005, ART 102 – lei de falências. Empresário individual declarado falido fica impedido
de exercer atividade empresária, inabilitado de exercer qualquer atividade empresarial. Se foi
declarado falido, perdeu a livre administração de seus bens e a administração dos seus negócios.
Isso é um efeito decorrente da própria sentença que declara a falência da pessoa natural empresária.
Alguns detectam a interferência do princípio constitucional do livre exercício de profissão. Essa
matéria não tem mais razão de ser, pois se alguém foi declarado falido, tem que proteger o interesse
público. Não se admite que o empresário volte, mesmo em ramo diverso do falido. Ele fica proibido
de exercer atividade empresária em razão daquele tipo de negócio. Mas nada o impediria de iniciar
a sua vida exercendo outro tipo de atividade empresária. Declarada a falência, hoje não se admite
que o empresário volte a desenvolver atividade empresária, mesmo que em ramo diverso daquele
em que foi declarado falido. O pressuposto para a inabilitação empresarial é a existência de uma
sentença declaratória da falência. Enquanto ela não existir não pode permitir o exercício da
atividade.
A proibição inicia com a sentença declaratória da falência. E vai até que sejam julgadas extintas as
sua obrigações. Tem um outro detalhe. Existe sentença que declara encerrado o processo de
falência. Aqui encerra a tramitação do processo de falência. Aquela que põe fim ao processo, só.
Mas não quer dizer que a coisa falida foi extinta.
O processo se encerra, em geral, quando se levanta o ativo, são vendidos os bens, os credores foram
pagos e não há mais o que ser feito, pois os bens da massa falida foram todos vendidos. Daí vem
uma sentença de encerramento da falência. Simplesmente encerra o processo de falência.
Encerrado o processo, se inicia nova fase, cuja iniciativa é do próprio falido. Requere ao juiz que
sejam extintas as suas obrigações. Aí inicia uma nova fase, que nada tem a ver com a fase de
encerramento. A existência de uma sentença declaratória de encerramento é o pressuposto para o
falido habilita-se a inicia a nova fase. Depois tem sentença que declara as extinções das obrigações
do falido. Sentença declaratória de extinção das obrigações do falido. Até que ela transite em
julgado. Porque credores do Ministério Público podem recorrer. Enquanto ela estiver pendente de
recursos, o falido não se considera reabilitado. Encerrou a falência, só está reabilitado com o
trânsito em julgado de sentença própria. Ou seja, sentença declaratória das extinções das
obrigações. Pelos motivos que a lei de falências autoriza (reabilitação). Não é qualquer motivo. A
lei elenca as causas em relação as quais se autoriza a reabilitação do falido. Essas causas iniciam a
partir da sentença que encerrou o processo. Antes disso, não tem como. O falido tem que esperar
que se encerre o processo pra pedir pro juiz a sentença de extinção das obrigações. Transitando em
julgado ele se considera de novo reabilitado.
Recuperação judicial só de cinco em cinco anos. Se estiver reabilitado, pode exercer atividade e
falir de novo.
O primeiro proibido de exercer atividade empresária é o falido. Pessoa natural empresária. Se não
está registrado na junta pode ser declarado falido também. É o empresário de fato. ART 967 – uma
das primeiras obrigações e registrar-se na junta. Se não está registrado na junta, não tem, em
princípio, como provar, mas como ele é empresário (se enquadra no ART 966) ele incumbe ao
credor o ônus da prova de que ele exerce atividade empresária.

Noção primária da falência: o direito do credor requerer a falência. Saber sempre o que o credor
visa ao requerer a falência. Esse é um direito dele. A falência requerida por credor é baseada no
título executivo. Tenho que ter um título executivo devidamente protestado. Esse título autoriza o
credor a propor uma ação de execução (ex.: cheques sem fundos). Se não tem bens, a execução é
frustrada. A opção do credor é nenhuma. Mas na falência é diferente. Seus bens são todos eles

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arrecadados. É passível de ser preso se incorrer em crime falimentar. A vida é pesquisada pelo
administrador judicial. Ele toda hora presta contas.
O que autoriza o credor, ao invés de propor a execução, propor a falência? Na falência o credor
evita, faz com que os bens sejam preservados em interesse de uma coletividade. Na ação de
execução não tem força nenhuma. O credor visa preservar bens existentes. O efeito da proteção da
falência é maior. Beneficia coletividade de credores. Existe todo um interesse público a ser
preservado. Visa preservar os bens. Se o empresário tiver créditos a receber, esses créditos vão para
a massa falida. Os efeitos da falência são muito maiores. Visa fundamentalmente preservar o
interesse público, e não o interesse egoístico. Se o credor desconfia que o devedor está desviando
bens, pede falência. Porque o primeiro efeito do pedido de falência é que o devedor perde a livre
administração dos seus bens. E até o período anterior, determinados atos se tornam ineficazes ou
são revogados pelos efeitos retroativos da sentença declaratória da falência. É o chamado Termo
Legal da Falência.

Lei 8934/94 – ART 35, II: é a segunda categoria de pessoa proibida de exercer atividade
empresária. É a pessoa condenada por crime. Pessoas condenadas por prática de crime porque a
pena determina isso.

A terceira categoria é a de Leiloeiros públicos: Também não podem exercer a atividade


empresária. Em razão de instrução normativa de departamento nacional do registro do comércio.

Vale referência aos funcionários públicos em geral, que não são proibidos, mas sim impedidos de
exercer atividade empresária em função de legislação que não diz respeito ao direito empresarial.
Mas se um funcionário público exercer atividade empresária, embora conste do impedimento, será
empresário e funcionário público. É as duas coisas. Estão sujeitos a falência os empresários e as
sociedades empresárias. É evidente que o funcionário público não vai estar registrado na Junta
Comercial. Só incumbe ao credor provar que ele exerceu atividade empresária. Provado, vai ser
declarado falido. Será um funcionário público falido. Pro direito empresarial não faz diferença se
ele é funcionário público ou não. Se enquadra-se no ART 966 não faz diferença. No administrativo
sofrerá outras penas e será passível de perda do cargo e exclusão do quadro. Isso é um problema do
direito administrativo e não mais do direito empresarial.

Nada impede que um funcionário público seja sócio de uma sociedade. A personalidade da
sociedade não se confunde com a personalidade dos sócios. Bens da sociedade são uns, bens dos
sócios são outros. Quem é empresário é a sociedade e não a pessoa dos sócios. Em princípio nada
impede que um funcionário público venha a ser sócio de uma sociedade. Pela regra geral. Quem é
empresário é a sociedade e não a pessoa dos sócios. No entanto, chega-se a conclusão que o
funcionário público não poderia ser sócio-administrador, não teria autorização para administrar.
Mas pode desde que não esteja investido em poderes de administração. Pode integrar as sociedades,
desde que não as administre. Não pode exercer poderes de administração, porque daí exerceria
atividade empresária. No estatuto do funcionário público a vedação tem um motivo: ele não pode se
dedicar ao funcionalismo público e ao mesmo tempo a uma atividade empresária. Então estaria
prejudicando o interesse público em interesse de uma atividade empresária. Tem que se dedicar ao
emprego público. Não pode exercer atividade de administração, mas pode participar dos lucros.
Muitas vezes se compram ações para investir. Pode ser acionista. Pode ser sócio cotista de
sociedade Ltda desde que não a administre. Na Ltda sócios respondem até o limite do capital
integral. Pode ser sócio desde que não administre. Em razão da sociedade de tipo coletivo, entende-
se que não pode. Não pode ser sócio comanditário em sociedade de comandita simples. Em
comandita por ações não pode ser sócio administrador.
Mas esse argumento é furado, tecnicamente infundado. Mesmo que ele administre, se ele exerce a
atividade administrativa ele exerce em nome da sociedade. Ele apenas investe de poderes de
administração, mas que são em nome da sociedade e não em nome próprio. Ele não se torna, por

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esse motivo, empresário. Por isso a falha desse argumento. O funcionário público não pode exercer
poderes de administração em uma sociedade. Mas pode ser acionista.

ART 1142, Código Civil – Estabelecimento


Essa matéria não tinha regulação anterior, mas tinha-se um certo entendimento fragmentado.
Algumas leis tratavam do estabelecimento. Agora ele foi devidamente regulamentado, mas ainda de
uma forma incompleta. Mas agora há um sistema aplicado ao estabelecimento. Sua característica e
definição estão no ART 1142. Estabelecimento é o conjunto de bens móveis e imóveis e imateriais
organizados e destinados pelo empresário ao exercício da atividade empresária. Estabelecimento é
um conjunto de bens. Conjunto integrado e harmonizado para atender essa atividade.. Existem dois
pontos centrais. A organização e a sua destinação ao exercício da atividade empresária.
Ta bem caracterizada um tríplice configuração: empresa – empresário – estabelecimento. São os
três elementos indissociáveis para o exercício da atividade empresária. Empresário necessita
organização dos bens para exercício da atividade empresária. Pode existir o estabelecimento civil e
o estabelecimento empresarial.
Existe o estabelecimento civil e estabelecimento empresarial. O estabelecimento comercial está
superado.

ART 1143 – pode o estabelecimento ser objeto de direitos e de negócios. O estabelecimento


jurídico não tem personalidade jurídica. Evidentemente que não. É apenas um conjunto de bens
direcionados ao exercício da atividade empresária. Uma coisa são os bens individuais. Outra coisa é
o conjunto. A organização que o empresário imprime ao conjunto de bens representa um sobrevalor.
Valor agregado. O mercado considera isso. Bens podem ser considerados juntos ou separados. Se
considerar o conjunto de bens e alienar, evidentemente que o valor será maior, porque eles
produzem pela organização que o empresário lhes deu. Juntos eles produzem lucro. Então tem valor
agregado. Se o estabelecimento é alienado, seu valor se dá pela capacidade de gerar lucros. Quanto
maior a capacidade de gerar lucros, maior o valor.
Pode-se alienar o estabelecimento e não a sociedade. Estabelecimento é passível de ser negociado,
no todo ou em partes. Normalmente no todo. Pode-se alienar o estabelecimento e a sociedade se
formar em novo estabelecimento. Dá mesma forma a pessoa natural. O empresário individual forma
um estabelecimento, o vende e se instala em outro.
O sobrevalor ou valor agregado que a doutrina fala, alguns autores chama de fundo de comércio. No
direito norte-americano é “Goodwill” of trade..Toda sociedade, se tem estabelecimento, tem o
estabelecimento e o valor agregado, que muitos chama de fundo de comercio. Representa a
capacidade do estabelecimento de gerar lucro.
Quando um sócio se retira de uma sociedade tem todo o direito de ser pago de seus haveres.
Balanço especial baseado no financiamento contábil, calcula tudo o que existe na sociedade.
Calculado o valor, seu calculam todos os bens que integram o estabelecimento e o sobrevalor, que
normalmente não está no balanço geral. O problema está em como se calcular esse sobrevalor? A
lei não indica. Tem-se admitido que o sobrevalor seja calculado com um percentual variável de
nunca menos de 3% e limitado em 5% sobre o lucro líquido dos últimos 5 anos da empresa. Com
isso se alcança mais ou menos o valor agregado do estabelecimento. A capacidade de eles
produzirem lucro. Mas vai depender das circunstâncias de cada tipo de sociedade. Não há critério
legal para mensurar o sobrevalor. Por isso o sócio que se retira não é obrigado a ser pago de acordo
com o balanço geral. Tem o direito de receber mais. Mas tem muitos que não sabem o que é isso.

Aula do dia 22-08-2006

Art. 977 “Faculta-se aos conjuges contratar sociedade contratar sociedade, entre si ou com terceiros,
desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no de separação
obrigatória.”

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Art. 978 “O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o
regime de bens, alienar os imóveis que integram o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus
real.”
Só posso constituir sociedade com meu cônjuge se o regime de casamento for comunhão parcial ou
consensual.
Porque a restrição em relação a dois regimes. Porque na obrigatória os cônjuges não podem
constituir sociedade empresária? Faz diferença o regime de bens? Porquê?
Já existe a sociedade conjugal, e decidem constituir entre si sociedade empresária. Os bens que os
sócios designarem serão da sociedade. Na opinião do professor não há motivo para restrição do 977.
Art. 978 Interpretar a palavra empresa como sinônimo de sociedade. Sociedade limitada, dois sócios
tem poderes para alienar imóveis. Nada tem a ver com os bens do cônjuge, está alienando bens da
sociedade empresária. Mas o 978 está situado no capítulo que trata da capacidade.
Interpretar a palavra empresa como atividade empresária no art. 978. O patrimônio do empresário
individual seu patrimônio é um só, está todo arriscado. Poderia alienar bens que integram seu
patrimônio, interferindo no regime de bens. Conflito.
Art. 977 e 978 em aberto...de acordo com o entendimento de cada um.
Exame de ordem, é que está escrito.
Não há quem intérprete 978... não há jurisprudência a respeito ainda. O que está escrito é que o
empresário pode alienar os bens sem consentimento do cônjuge.

Art. 1142 e 1143 - Estabelecimento


Conjunto de bens móveis e imóveis e incorpóreos aos quais é dada uma certa organização dada pelo
empresário os bens são destinados ao exercício da atividade empresária. Formam um todo
conhecido como estabelecimento empresarial. Esses bens individualmente, tem valor unitário, mas
se organizados e destinados a atividade empresária eles produzem lucros e são agregados,
sobrevalor, ou plus ou valor agregado. Por isto o estabelecimento passa a valer mais, se negociado.
Ex. O sócio que se retira da sociedade tem direito a ser pago pelos seus haves, e se inclui o
sobrevalor. A lei não dispõe de critérios sobre o calculo do valor agregado, nem no capítulo do
estabelecimento. O entendimento é de que o valor agregado é calculado a partir do lucro líquido dos
últimos 5 anos, corrige tudo até a data atual e aplica o percentual nunca inferior a 3%, podendo
variar para mais dependendo de cada situação. Este é o critério mais utilizado para o calculo do
sobrevalor quanto ao estabelecimento. Este cálculo não consta no balanço geral, e vai ter que ser
elaborado balanço especial, levantado especialmente para apurar os haveres do sócio retirante.
Então estes bens que integram o estabelecimento são chamados de fundo de comércio, outros
autores chamam de fundo de empresa, e outros de fundo de negócio.
O estabelecimento representa também a potencialidade de gerar lucro, quanto mais potencializado
maior valor o mercado vai oferecer. Esta potencialidade de gerar lucros é chamada de aviamento.

Art. 1144 “O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição
do empresário, ou sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de
publicado na imprensa oficial.”
O titular do estabelecimento o está negociando, alienação. Para a eficácia da alienação a lei impõe
duas formalidades.
Averbação na junta comercial: torna a alienação pública, torna público que o estabelecimento foi
alienado. Mas ocorre que os credores não vão semanalmente na junta comercial para saber que o
estabelecimento foi alienado.
Publicação no diário oficial.
A lei quer que os credores tomem ciência da alienação do estabelecimento, pois o patrimônio do
estabelecimento é a garantia do pagamento dos credores. A lei diz que deve atingir o máximo
possível de credores com a informação. “imprensa oficial” está mal empregado pela lei. (poderia ser
o jornal de maior circulação da região) mas entende-se que é o diário oficial do Estado. Estas

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formalidades interessam as duas partes, interessam mais aos terceiros, aos credores. Se a transação
for considerada ineficaz , a ineficácia diz respeito aos credores, o contrato em si ele é válido e
eficaz entre adquirente e alienante, é atingindo pela ineficácia? Art. 1144 è perfeitamente válido e
eficaz entre alienante e adquirente, é que cada credor individualmente pode alegar que em relação
a seus interesses o contrato é ineficaz e portanto os bens, objetos da alienação continuam
respondendo, para um ou para mais credores. O credor pode atacar os bens, como se o contrato não
produziu efeitos. O credor pode valer-se dos bens que foram objeto do contrato. O contrato de
alienação do estabelecimento comercial tem o nome próprio: é o contrato de trespasse, ou
transpasse. As formalidades vão interessar mais ao adquirente, do que ao alienante, pois os terceiros
poderão valer-se dos bens para pagamento de suas dívidas. Na prática se eu for o adquirente, eu
tenho que cuidar se as duas formalidades foram cumpridas, publica no diário oficial, e também na
imprensa local, pois aí ninguém pode alegar ineficácia na alienação do estabelecimento.

Art. 1145 “ Se ao alienante não restaram bens suficientes para solver seu passivo, a eficácia da
alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento
destes, de modo expresso e tácito, em 30 dias a partir de sua notificação.”
Problema da eficácia: a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os
credores, então passivo maior que o ativo, e os bens que constituem a garantia comum de
pagamento dos credores são insuficientes para proporcionar-lhes essa garantia. Normalmente não há
dinheiro em caixa para pagar os credores, e dar ciência (notificação) aos credores de que o
estabelecimento está sendo alienado, e não há bens suficientes para garantir o pagamento dos
créditos. Se a notificação for por edital em jornal com nome dos credores, poderá ser contestada. O
correto de notificar seria o AR (aviso de recebimento) e aguardar 30 dias. O que interessa é a prova
escrita da notificação. As notificações via internet são discutíveis. Se eu sou o adquirente e sei que o
valor do passivo é maior, e não quero perder o negócio, a saída é interpelar judicialmente (art.867
CPC) os credores não encontrados. Estes trâmites são segurança para o adquirente. O ônus da prova
cabe ao adquirente. Já são aceitos pela jurisprudência notificações por e mail.
Invertendo o raciocínio do art. 1145...os bens se revelam suficientes, a notificação fica dispensada.

Aula do dia 25/8/2006


O adquirente tem que exigir do alienante a prova da cientificação dos credores.
Edital publicado na imprensa ou aviso dando ciência aos credores, nominando-os individualmente,
todos eles. Seria considerado como meio suficientemente hábil? Há prova que o jornal circulou.
Mas não há a prova que de que ele foi devidamente lido. Na dúvida, colher a assinatura. Isso tem
relevância porque dependendo da situação a publicação pode se tornar ineficaz, dando prejuízo ao
adquirente.
A pior situação é quando foram obtidas provas, assinaturas de alguns credores, mas outros credores
não foram encontrados. Não houve condições de se lhes dar a devida ciência. Daí só resta uma
alternativa. Parte para o edital. Cautelas sem as quais a alienação pode ser ineficaz.
ART 867 CPC – interpelação judicial. Juiz determina notificação através do oficial de justiça.
Cautelas a serem tomadas para que a alienação não seja ineficaz. Veja como o código é omisso. Ele
só fala em notificação e temos que deduzir como será isso. Dar a devida ciência. Como provar se foi
devidamente cientificado? É com a sua assinatura. Tem empresas que se tornam simplesmente
inativas, que não se encontra mais ninguém. Daí simplesmente não tem solução. Daí só com o
edital.

ART 1145 – notificação. Obtenção da notificação pessoal. Assinou o temo. Tem 30 dias para se
opor. Não se opôs, consentiu. Não foi encontrado: ART 867 CPC. Interpelação Judicial. O oficial
de justiça não o encontra, certifica, e parte para o edital. Dado o edital, o prazo é de 30 dias. Daí sim
o adquirente estaria devidamente protegido em relação a qualquer eventual alegação de ineficácia
quanto a alienação do estabelecimento.

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ARTs 1144 e 1145 são providências não cumulativas. O ART 1144 é publicação na junta e na
imprensa oficiais. Para tornar a publicação eficaz tem que averbar na Junta e publicar na imprensa
oficial. Com o ART 1145 temos três formalidades, mas aplica-se o ART 1145 apenas se não
restarem bens suficientes. Só é obrigado providenciar a notificação do ART 1145 se ao alienante
não lhe restar bens suficientes. Ou seja, nem sempre está obrigado. Só é obrigado a cumprir o ART
1145 se não restarem bens suficientes. Pra saber sobre os bens, o adquirente faz um levantamento
contábil. Mas tanto o alienante quanto o adquirente, por ocasião do contrato, vão saber se restam ou
não bens suficientes. Dentro de um princípio de razoabilidade, não cabe ao adquirente e alienante
alegar que não saberiam se ia ou não sobrar bens. Pelo critério de razoabilidade, dizer que não sabe
se sobram bens é uma justificativa um tanto quanto infundada. É evidente que tanto alienante
quanto adquirente vão saber, pelo estabelecimento do contrato, que não vão restar bens suficientes.
Aqui o código também é omisso, mas posso extrair esse tipo de interpretação da entrelinhas do
ART 1145.
Esses dois artigos, 1144 e 1145 interessam totalmente ao adquirente.

ART 1146: “O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.” Se não estiverem devidamente
contabilizados, ele não vai responder. Se não estiverem contabilizados, o adquirente não responde.
Quando adquirir um estabelecimento tem a obrigação de se certificar de como anda o
estabelecimento. Levantamento com base e documentos que existem. Se não estiver devidamente
regularizado, o adquirente não vai responder. E como justificar a aquisição do estabelecimento, sem
providenciar uma auditoria? Mas até uma auditoria pode não detectar débitos não contabilizados,
como no caso do alienante ocultar documentos. Uma auditoria se baseia no levantamento de
documentos que existem. Não pode responsabilizar o auditor sobre documento que não existem.
Assim, o adquirente não responde quando tomou todas as cautelas e mesmo assim não havia como
constatar a existência dos débitos escondidos.
Passado um ano o alienante se libera. Porque um ano é tempo suficiente para o adquirente
familiarizar-se com o negócio e constatar a existência de eventuais irregularidades, e também para
os credores reclamarem. O prazo de um ano é a partir da publicação de conhecimento público.
Averbação na Junta Comercial ou publicidade na imprensa, pois é o meio que tem maior
divulgação. É o meio mais amplo. A averbação na junta comercial torna público o ato. A junta é um
órgão inerente do sistema de registro público. Qualquer ato nela levado a registro presume-se de
conhecimento do público. Embora seja publicidade restrita. Na imprensa oficial a publicidade é
ampla. Embora a Junta Comercial seja um órgão público, não pode exigir do público em geral que
temporariamente vá até a junta e requeira certidões para ver alteração no registro de uma empresa
individual ou sociedade empresária.

ART 1147 – Contrato de Trespasse. Entramos no contrato propriamente dito. Cláusula de não
restabelecimento. O contrato é omisso, pois tratou de matéria relativa a preço, transferência,
nova titularidade, ressalvas eventuais, etc. Não se convencionou se o alienante poderia ou não
operar no mesmo ramo de atividade empresária. Houve a celebração de um contrato de
trespasse, transferência do estabelecimento. A questão é se pode o alienante estabelecer-se, em
seguida, com o mesmo ramo de atividade ao lado do estabelecimento que ele alienou? Antes
não existia lei nesse sentido, só discussão a respeito. Se alegava que não se pode cercear a
liberdade de profissão. Então não poderia celebrar num contrato a vedação para o alienante
que não se estabelecer mais. Mesmo que fosse no mesmo ramo de atividade. Porque o
mercado é livre concorrência e não se pode restringir o exercício de profissão alguma. Se
revela até inconstitucional. No mercado, o adquirente assume todos os riscos inerentes a
transação. O risco é sempre inerente a qualquer tipo de contrato, mesmo fora do âmbito
empresarial. A outra vertente dizia que ele não podia se estabelecer com o mesmo ramo de

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negócio porque estaria captando a mesma clientela. Como ele recebeu pagamento, estaria
ocorrendo o enriquecimento sem justa causa. O lucro do alienante às custas do adquirente, o
que também o direito repugna. O resumo de toda a discussão está mais ou menos nessas duas
correntes. Uns entendiam que as partes poderiam dispor no contrato, outros achavam que
não poderia e tinha ainda uma corrente eclética, que dizia que poderia dispor desde que se
fixasse critério de objeto, espaço e tempo.
Isso era a matéria antes da vigência do código de 2003. Essa matéria toda se resolve agora
analisando o ART 1147. A primeira constatação é se o contrato for omisso. Se o contrato for
omisso, nada dispuser, a solução é que o alienante fica de molho por cinco anos. Não pode se
estabelecer no mesmo ramo de negócio no prazo de 5 anos. Não pode exercer a mesma profissão
nesse prazo. Pode exercer outro negócio, atividade empresária, menos aquele que está alienado. Se
celebrar um contrato de trespasse e o contrato foi omisso, automaticamente o alienante não pode
atuar no ramo por 5 anos. O que se levou em consideração é que não pode vender, receber o
dinheiro e em seguida se reestabelecer na vizinhança, captando toda a clientela que era minha.
Pode no contrato dispor ao contrário, que o adquirente abre mão do prazo de 5 anos permitindo que
o alienante atue no mesmo ramo de negócio. Existe a livre autonomia contratual das partes. Se for
omisso, não pode fazer concorrência por cinco anos. Se o prazo for aumentado pode ser por questão
de preço. Só Aplica o ART 1147 se o contrato for omisso. É parte integrante do contrato de
Trespasse.Essa regra é inerente ao contrato de trespasse. O prazo de 5 anos é disponível para mais,
para menos ou até no sentido de excluí-lo, desde que convencionado por escrito. Se aumentar o
prazo de cinco para 10 anos, provavelmente o preço foi maior. O adquirente quis se assegurar de
que durante 10 anos ele resgataria o preço que pagou.
O artigo estabeleceu apenas limite temporal e não territorial, espacial. Daí vai depender do tipo de
negócio, de atividade empresária. Sobre isso a lei foi omissa, pois não tem como prever a limitação
espacial, principalmente nos dias de hoje, quando muito se opera por meios eletrônicos. Depende do
tipo de mercadoria. O critério que se usa para saber se houve ou não concorrência do alienante em
relação ao adquirente é que não interfira na clientela. Fica preservado o exercício da liberdade de
profissão. Não pode ser concorrente. Aplicar o critério do mercado atingido. O alienante pode se
estabelecer em outro ramo de negócio desde que não atinja a clientela.
O alienante pode acabar, em nome do cônjuge, abrindo o negócio no mesmo ramo. Isso é forjar. Há
muitos meios para descobrir. Mas às vezes é tão sutil que não dá para provar. Mas daí não tem
saída.

O limite espacial, hoje em dia, é muito difícil de ser definido. Por isso que o ART 1147 não dispôs
sobre isso. Aqueles que se sentirem prejudicados cabe recorrer ao judiciário. E o juiz, em cada caso,
vai decidir dentro do princípio da livre concorrência, pra saber se o adquirente está ou não sendo
atingido. Isso se pode provar com testemunha ou prova pericial. As provas têm que ser
convincentes. O ônus da prova é de quem alega. O ART 1147 coloca o critério do mercado
atingido. Tem que se ver o benefício para o público. Alienante não pode interferir no mercado do
adquirente. No contrato entra a limitação temporal. O limite espacial é muito difícil de ser definido.
Pode até acontecer de na esquina estabelecer o mesmo ramo de atividade e não interferir, pelo tipo
de produto que não permite. Mas pode se estabelecer no outro canto da cidade, oferecer o mesmo
produto, raro, mais barato, com assistência técnica e com entrega grátis. Daí interfere. Mas neste
caso o público está sendo beneficiado. Neste caso o juiz vai decidir a favor do público e contra o
adquirente. Vai depender de cada caso concreto.
O alienante não pode interferir no mercado do adquirente. É esse o sentido do ART 1147. Cláusula
de não restabelecimento: não pode restabelecer-se no mesmo ramo de negócio pelo prazo de cinco
anos, regra do ART 1147. Observar caso a caso o limite espacial. Vai depender da fixação do limite
espacial de cada caso particular.
Os cinco anos passam a contar da data de assinatura do contrato. A partir desse momento ele faz lei
entre as partes. A publicação é para interesse de terceiros.
Parágrafo único: tudo se aplica no caso de usufruto e arrendamento do estabelecimento, do contrato.

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ART 1148 – contratos celebrados pelo alienante e que dizem respeito a sua vinculação no
estabelecimento. Contratos relativos a sua atividade empresária. A lei ressalva que se disponha
em sentido contrário, ou que alguns contratos sejam transferidos e outro não. Se o contrato
for omisso, a conseqüência é que os contratos que dizem respeito a atividade empresária são
transferidos automaticamente. Sub-rogação dos contratos. Os contratos podem ser
rescindidos a contar 30 dias da publicação da transferência. Publicação na imprensa. Se
ocorrer justa causa. Se o alienante causar prejuízo, o adquirente pode se ressarcir.

ART 1149 – cessão dos créditos. Faz respeito aos devedores depois da publicação na imprensa.
Pagou para o alienante, ao invés do adquirente. No caso de boa-fé, quem pagou fica liberado.

Aula dia 29/08/2006


1- Conceito de bens materiais: móveis, utensílios, a integração desses bens no estabelecimento.
Os bens sociais distingem-se dos bens dos sócios. Os bens da sociedade nada tem a ver com os bens
dos sócios. O patrimônio dos sócios só responde pelas dívidas se o patrimônio da sociedade for
insuficiente para atender as dívidas.
Empresário individual no momento que é registrado, seus bens são seu patrimônio pessoal. Uma
pessoa natural tem bens que integram o estabelecimento, e bens que não integram. Mas no
momento em que o empresário individual se registra na junta, todos os seus bens estão em risco, o
direito brasileiro não distingue bens empresariais dos bens não empresariais (do empresário
individual). Esta realidade não descaracteriza o estabelecimento do empresário. A legislação
brasileira foi omissa a respeito da separação dos bens particulares do empresário individual. A
Exceção que temos é a de separação de bens é o 974 §2º Regime de reserva, bens do absolutamente
incapaz, herança separada.
Não existe separação patrimonial para o empresário individual,
Os bens que o empresário não destina a atividade empresária não fazem parte do estabelecimento,
não obstante estes bens respondem pelo pagamento de suas dívidas, contraídas na atividade
empresária. Isto é matéria nova, não havia anteriormente esta matéria :Arts: 1142 a 1149 são
inovação no cc/2002. (Existe pouca coisa escrita a este respeito)

2 - Nome empresarial e Título do estabelecimento


Ao empresário individual corresponde seu nome, nome empresarial é genero, não integra o
estabelecimento é um simples elemento de identificação, e não um bem. (Cia Brahma Cervejaria)
O nome as vezes pode identificar o tipo de atividade da empresa.
Nome fantasia é o título do estabelecimento. O local onde o público comparece, o local em que é
situado. O título do estabelecimento é um bem integra o estabelecimento.

3- Lei 9279/1996 art. 2º “ A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerando o
interesse social e o desenvolvimento teconlógico do País, efetua-se mediante:
concessão de patentes de invenção e de modelo utilidade;
concessão de registro de desenho industrial;
concessão de registro de marca;
repressão às falsas indicações geográficas;
repressão à concorrência desleal.

Marca é a designação que identifica determinado produto ou serviço, estando registrada no INPI,
lhe confere proteção ao seu titular, o mesmo para o desenho industrial.
Patente do modelo de invenção e patente do modelo de utilidade, todos eles destinados a atividade
empresária, são criações intelectuais e vão seguramente integrar o estabelecimento como bens
incorpóreos.

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4- Art. 1148 “Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do
adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem
caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em 90 dias a contar da publicação da
transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienanate.”
Se o contrato for omisso, os contratos vão seguir o destino do estabelecimento.
A transferência importa na sub-rogação nos contratos. Não são integrantes do estabelecimento.
Contratos não são bens, não posso considerar integrante do estabelecimento.
Fundamento: não são bens.
Os contratos são decorrência do exercício da atividade empresária, é uma regra prestar a devida
proteção. Os contratos são relações jurídicas mas no art 1148 acompanham a transferência, é
discutível.
Qual a finalidade dos contratos acompanhar o estabelecimento, é uma regra protetiva, interessam o
adquirente.
É o confronto, posição discutível. A finalidade desta regra é conferir proteção ao adquirente, e aos
credores (garantindo o crédito)

5- Art. 1146 “O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos


anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de 1 ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação,
e, quanto aos outros, da data do vencimento.”
Débitos não são bens, eles oneram o estabelecimento. A lei quer dizer os bens acompanham a
trandsferência do estabelecimento. Não há como negar que foram juntos com a transferência. Regra
protetiva aos credores. No entanto no art.1146 dispõe que integram o estabelecimento para título de
transferência, matéria discutível.

6-Art. 1149 A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em
relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor
ficará exonerado se de boa fé pagar ao cedente.
Efeito da transferência (contrato de trespasse): os créditos foram junto, regra protetiva ao
adquirente. Todavia os créditos não são bens, representam direitos do credor.
Contratos, débitos, créditos não são bens, não integram o estabelecimento. Na analise dos textos
legais do novo código, esses três elementos acompanham a transferência do estabelecimento.
Confere aos interessados (adquirentes e credores) a devida proteção.
Conclusão final pra matar a pau!!!:matéria discutível na prova pode ser o posicionamento pessoal
de cada um, cabível ao caso, fundamentado. (é melhor guardar esta fita!!!)

7 e 8 – Aviamento e Clientela: Quando o empresário organiza o estabeleciemnto ele visa o lucro.


Empresário visa gerar lucro. Vai depender de cada administração, ramo de negócio, capacidade,
quanto maior a potencialidade = aviamento.
Capacidade de gerar lucro=aviamento
Tenho bens integrados aos estabelecimento, que tem um valor comercial, individual, mas se
avaliado como um todo podem valer até 10 vezes mais.
O preço da transferência é ditado pelo aviamento, é um sobre valor agregado ao estabelecimento
Potencialidade = a clientela está ligada ao aviamento
A existência de uma clientela, quanto mais qualificada, mais possibilidade de gerar lucro. A
clientela e o aviamento são bens integrantes do estabelecimento?

Art. 1147 “Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer
concorrência ao adquirente, nos 5 anos subseqüentes à transferência.”
Artigo que protege o adquirente. Não há dúvida que a clientela foi protegida pela lei nos interesses
do adquirente. A lei preservou o aviamento através da clientela.

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A clientela não é obrigada a ser fiel no contrato não tem como dispor sobre a clientela, a lei proíbe
que o alienante interfira na clientela.
A clientela é um atributo, uma qualidade, não é parte do estabelecimento, não é bem, nem o
aviamento.
A lei proíbe que o alienante interfira na clientela.
O aviamento é a capacidade de gerar lucro, a clientela não pertence a ninguém.
Matéria de certa forma discutível. Aviamento e clientela não são bens. Não podem neste aspecto
integrar o estabelecimento.

Aula do dia 1/9/2006


CF, ART 5º, XXIX
Decreto 916, 1890
Lei 8934/94
Decreto 1800/96
Código Civil Art 1155 e seguintes

Constituição Federal – ART 5º, XXIX


A lei assegurará proteção aos nomes de empresa. A proteção ao nome empresarial está em nível
constitucional. A própria constituição assegura a proteção. O que tem a se proteger no nome
empresarial é a segurança de que é vedado a terceiros usarem nome igual ou semelhante, capaz de
causar confusão. A certeza que tem que se ter em relação ao nome é a de que ninguém poderá usá-
lo. Assegurar que tenho direito de identificar-me perante o público se me preocupar com eventual
usurpação de terceiros. Essa é a proteção inicialmente fixada em nível constitucional.

Lei 8934/94 – ART 33 e 34


Nível de lei federal. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente com o arquivamento
dos atos constitutivos da sociedade na Junta Comercial. A sociedade registrou o seu contrato na
junta comercial, e aí seu nome está automaticamente protegido, no sentido de que ninguém poderá
usar nome idêntico ou semelhante capaz de gerar confusão entre o público. O início da proteção
ocorre com o arquivamento na junta comercial.
Com o ART 33 + o ART 5º o que se quer é estender essa proteção. A jurisdição da junta comercial
se estabelece em nível estadual. Mas em princípio, a proteção automática que decorre da extensão
do ART 33 se estabelece em nível estadual. Essa proteção pode ser estendida em nível nacional.

ART 34 - Princípios a que se sujeita o nome empresarial para obter a proteção que lhe é
dispensada: veracidade e novidade. Novidade é inerente ao próprio sistema de proteção. Para
que o nome empresarial mereça a proteção ele tem que obedecer primeiro o princípio da
novidade. Não pode existir outro nome semelhante ou idêntico por ocasião do arquivamento
dos atos constitutivos da sociedade. É caso da Junta indeferir arquivamento. Mas pode
acontecer da Junta registrar nome idêntico ou semelhante. Isso já aconteceu. Mas isso
veremos mais adiante. O princípio da veracidade é um princípio que vamos assimilar aos
poucos. Informar para o público, com relação ao nome empresarial que foi escolhido, a
verdade. Daí vai de um filósofo explicar o que é a verdade.

ART 1155 Código Civil


Do nome empresarial. A firma ou denominação adotada parta o exercício de atividade empresária,
de empresa. Nome empresarial é o gênero, firma ou denominação adotada são as espécies. Firma é
espécie de nome empresarial. Firma não quer dizer sociedade ou empresa. Nada a ver. Erro
elementar. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação.

1
Decreto 916/1890
Ainda em vigor. Nele o Código Civil se inspirou para tratar do capítulo do nome empresarial. A
firma ou razão comercial é o nome sob o qual o comerciante ou sociedade exerce o comércio e
assina-se nos atos a ele referentes. Essa regra foi mais ou menos repetida no ART 1156.

ART 1156 Código Civil


Empresário atua sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, habitando-lhe, se
quiser, designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. Quando o empresário
individual se registra na junta comercial, registra também a sua firma, que é agora também seu
nome empresarial. Firma é nome. Tratando-se de empresário individual, a base de sua firma está no
seu nome civil. Ou seja, em regra a firma de um empresário individual corresponde ao seu nome
civil. O nome pode ser completo ou abreviado. Vamos as variantes:
Ex.: Rui Bento Alves se registra na Junta. Opera como empresário individual com o mesmo nome
que consta na carteira de identidade. Ao mesmo tempo é nome civil e nome empresarial, da espécie
firma ou razão individual.

Nome completo ou abreviado: RBAlves, Rui B Alves, R Bento Alves.


Designação mais específica de sua pessoa: RBAlves: o português.
RB Alves CPF 041.598.364-00. Há uma discussão sobre se usar ou não o CPF. Ele é de
identificação na Receita Federal. Alguns dizem que é um simples elemento numérico de
identificação, de um órgão público federal, que é a Receita. Por isso não poderia identificar. Outros
dizem que pode sim identificar, pois o CPF é individual e caracteriza as pessoas. Trata de
designação mais específica da pessoa. O CPF é individual. Inclusive as identidades públicas e
privadas, quando existem homônimos, elas distingues os homônimos através dos CPF. Ou seja, é
um elemento de caracterização da pessoa e distinção das pessoas. Hoje, em qualquer tipo de
relação, por mais simples que ela seja, se pede CPF. A opinião do professor é de que o CPF vale. É
elemento da pessoa. Está de acordo com o ART 1156, como designação mais específica da sua
pessoa. Contudo, o CPF não ta dentro do exercício da atividade empresária, mas não há dúvida que
ele é um elemento de identificação da pessoa.
RB Alves, o confeiteiro: designação do gênero da atividade.
São sete variantes. A regra geral é que o nome do empresário individual está sempre no seu nome
civil, completo ou abreviadamente. Firma ou razão individual. Não confundir firma com sociedade.

ART 1039 – SOCIEDADE EM NOME COLETIVO


ART 1041 – Contrato deve mencionar a firma social. Primeira conclusão: a sociedade em nome
coletivo identifica-se perante o público através de uma firma ou razão social, também conhecida
como firma ou razão comercial e também como firma ou razão empresarial. Três expressões
absolutamente sinônimas.Firma ou razão social é o mais empregado. Firma ou razão social e firma
ou razão individual quando se tratar de sociedade. Firma ou razão empresarial é a designação mais
atual.
ART 1157 – A sociedade que tiver sócios de responsabilidade ilimitada, que é o caso da sociedade
em nome coletivo. Sócios que vão responder solidária e ilimitadamente pelas razões sociais. A
sociedade com responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente o nome daqueles
poderá figurar. Figura o nome dos sócios ou o nome de um deles e a expressão e companhia ou sua
abreviatura. O & Cia se usa só se não tiver o nome de todos os sócios. Aqui não se obriga a colocar
o tipo de sociedade.
Ex.: Sociedade em nome coletivo com três sócios: Luis Leão, Paulo Coelho e João Galo. O nome
da sociedade pode ser o nome dos três. Se não tiver os três, acrescentar & Cia. Aqui se aplica o
princípio da veracidade. Leão e Cia: se informa para o público que além do Leão existem um ou
mais sócios. O princípio da veracidade diz que eu sempre informe para o público a realidade da
sociedade. No caso, jamais poderia fazer Luis Leão, Paulo Coelho e João Galo & Cia, porque não
tem mais um sócio, só tem os três. Daí estaria mentindo para o público. Essa sociedade vai realizar

1
transações. Vai se identificar com o público. Se tem o & Cia, o público tem o direito de saber com
quem ele está operando. O & Cia indica que tem mais um e mais sócios. Se vai na Junta Comercial
e se sabe quem está por trás do & Cia.
O nome sempre tem que transmitir a verdade. O que está por trás do & Cia a Junta comercial
informa, por certidão ou fotocópia do contrato social. Conclusão: o & Cia só pode ser usado se não
for declinado do nome empresarial do tipo espécie firma social o nome de todos os sócios. Se todos
os nomes estiverem, não pode ser auditada a denominação & Cia. O que não foi informado é o tipo
jurídico de sociedade. Não se sabe se é nome coletivo, se é comandita simples, etc. A lei não exige
que se coloque o tipo jurídico de sociedade. Pra saber, tem que ir na junta comercial e exigir uma
certidão.

ART 1045 – SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES


Tem como base sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária
e ilimitadamente; e os comanditários.
ART 1047 – não pode o comanditário ter o nome na firma social. Nome dos sócios comanditados:
na sociedade de comandita simples. A sociedade em comandita simples também tem como nome
empresarial a espécie firma social. Ex.; Luis Leão, Paulo Coelho e João Galo ao invés de formarem
uma sociedade em nome coletivo resolveram formar uma sociedade em comandita simples.
A sociedade em nome coletivo tem sócios ilimitadamente responsáveis. Responde solidária,
subsidiaria e ilimitadamente. O ponto comum nas duas sociedade é que os sócios que administram a
sociedade em comandita também são solidária, subsidiária e ilimitadamente responsáveis. E é por
isso que na prática elas não existem. Elas costumam existir em concursos públicos e exame de
ordem. A grande diferença da sociedade em comandita simples para a sociedade em nome coletivo,
é que a comandita simples se caracteriza por ter duas categorias de sócios, os comanditados, que são
aqueles que administram a sociedade, e como tal se tornam subsidiária, solidária e ilimitadamente
responsáveis. A outra categoria de sócios é a de comanditários, que entram apenas com capital. Só
prestam capital a sociedade, e portanto não têm nenhum tipo de responsabilidade, e também não
podem administrar.
O nome da sociedade em comandita simples é formado através do nome dos sócios comanditados.
Sócio comanditário não empresta o nome a sociedade. Da mesma forma da sociedade em nome
coletivo, se deixar de fora o nome de um dos sócios comanditados acrescentará o & Cia. Só os
comanditados é que administram e emprestam seu nome a formação da firma social. Mas existindo
mais sócios comanditários, deve-se colocar o & Cia para informar que existem mais sócios além
daqueles que aparecem no nome? Embora a lei não se refira expressamente, é evidente, pelo
princípio da veracidade, se existirem mais sócios é obrigatório inserir o & Cia para mostrar ao
público que existe um ou mais comanditários, que por disposição expressa de lei não podem figurar
na firma social.
Se por acaso se incluir o nome de um comanditário, mesmo que por engano, que dizer que ele se
tornou ilimitadamente responsável.

ART 1052 + 1054. ART 1158 – Sociedade Limitada


A sociedade limitada pode adotar firma, razão social e denominação, integrada pela parte final
limitada ou sua abreviatura. A firma será composta pelo nome de um ou mais sócios. A sociedade
Ltda pode adotar o nome empresarial, firma ou razão social ou denominação. As duas sociedade
anteriores só poderiam adotar firma ou razão social.
Ex.: Luis Leão, Paulo Coelho e João Galo Ltda. São os três sócios que resolveram constituir uma
sociedade do tipo jurídicos Ltda. Eles estão informando que é uma sociedade Ltda formada apenas
pelos três. Nome empresarial escolhido, espécie firma social.
Ex.: Luis Leão, Paulo Coelho & Cia Ltda. Deixa de fora o nome de um deles e informa que nessa
sociedade Ltda existe mais um ou mais uns sócios. Para operar com essa sociedade tem que sempre
se certificar quem são os sócios escondidos atrás do & Cia.

1
Ex.: Transportadora Aurora Ltda. É uma expressão fantasia, denominação. Não é nome fantasia. É
expressão ou elemento fantasia. A denominação é constituída por isso.

Lei 6404/76 – LEI DAS S/As


ART 3º - A sociedade será designada por denominação, acompanhada das expressões Cia ou S/A,
expressas por extenso ou abreviadamente, mas vetada a utilização da primeira ao final.
Diferentemente da sociedade Ltda, a sociedade anônima só pode usar a espécie do nome
empresarial denominação. Negociação com as próprias ações. S/A pode no início, meio e fim.
Sociedade designada através da denominação. Cia só no início e meio.
Ex.: (1) Bahma Cia de Cervejas. Só não pode usar Cia no final. No início e no meio pode. (2)
Sociedade Anônima Construtora de Guindastes e Materiais pesados. (3) Construtora de materiais
pesados e Guindastes S/ª Pode. Início e fim. Também pode no meio.
A lei permite que o fundador, acionista ou alguém que concorreu para a fundação da empresa use a
sua denominação. Embora conste o nome dessa pessoa, esse nome consta da denominação. Nem
por isso a sociedade deixa de ser designada através da denominação.
Normalmente a firma social se forma com as pessoas dos sócios. O nome da pessoa normalmente
está vinculado a firma social. Aqui não, porque a lei permite que da denominação conste um nome
de acionista ou fundador, etc.

ART 281 DA LEI DAS S/As – SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES


Denominação ou firma deve ser seguida das palavras comandita por ações, por extenso ou
abreviadamente.
Sociedade por ações é igual a sociedade anônima.
Quanto ao nome, pode usar firma, razão social ou denominação.
Se optar, o nome será composto pelos nomes dos sócios gerentes ou administradores, acompanhado
das palavras comandita por ações.
A estrutura capitalística é a mesma.

05-09-2006
O Exame da OAB está disponível no site
Questões retiradas do Exame da OAB

1- Com relação ao nome empresarial assinale a assertiva incorreta:


A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social integrada pelas
expressões sociedade anônima ou companhia, por extenso ou abreviado. (art.3º 6404/1976)
Resposta: A sociedade anônima só se identifica perante o público através de denominação; A
expressão Sociedade Anônima pode ser usada por extenso ou abreviadamente no início meio e fim,
a Companhia só no início ou no meio. Assertiva correta.
Pode a sociedade Ltda adotar firma ou denominação integrada pela palavra final limitada ou sua
abreviatura. (art. 1158) Assertiva correta
A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. Resposta: Art. 991-
Quem opera é sócio ostensivo. Se ela é gerida em nome do sócio, só aparece o nome do sócio.
Assertiva correta
Na formação da denominação de uma sociedade limitada a designação do objeto social é
facultativa. Art. 1158 – Assertiva incorreta

2- Sobre as sociedades empresarias que adotam a forma societária de uma limitada assinale a
assertiva correta:
Sociedade limitada formada por sócios, a responsabilidade até o limite a integralização do capital
social, até que o capital seja integralizado, os sócios respondem solidariamente (art. 1052).
Qualquer credor pode obrigar o sócio que já integralizou a sua cota, a integralizar as cotas dos
demais. Integralizado capital os sócios não respondem mais pelas dívidas da sociedade, mesmo que

2
ela seja declarada falida, os sócios não respondem com seus bens particulares, nem por dívidas
contraídas pela sociedade.
O código civil veda a instituição de conselho fiscal nas sociedades limitadas: Resposta: Art.1066 –
Está previsto - Assertiva incorreta
A sociedade pode ser administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social
necessariamente sócios. Resposta: Art. 1061- Assertiva incorreta
Na omissão do contrato social o sócio pode ceder sua cota, total ou parcialmente independente de
outro sócio. Resposta: Art. 1057 – Assertiva incorreta
Aprovação das contas da administração depende de aprovação dos sócios em reunião ou
assembléia. Art. 1071, I – Assertiva correta
As deliberações infringentes do contrato social ou da lei tornam ilimitada a resposabilidade dos
sócios que expressamente às aprovaram. Art. 1080

Sociedade Comandita Simples


Só pode se identificar através de uma firma social, o nome que vai compor a sociedade comandita
simples, é o nome dos sócios comanditados que só podem ser sócios pessoas físicas.
Quanto aos sócios comanditários podem ser pessoas jurídicas, os comanditários não podem
emprestar seu nome para formação da firma social.

Sociedade Limitada

Pode optar em se apresentar como firma social ou denominação. A sociedade limitada tem que se
identificar sempre com limitada por extenso ou abreviado (ltda). Diferente da comanditada que só
com pesquisa na junta comercial.

Sociedade Anônima

Art. 3º - lei 6.404

Por extenso ou abreviadamente, no início, meio e fim. Sutileza quanto à denominação, que eu
inclua nela o nome do fundador acionista ou de um terceiro que tenha contribuído. Em regra a
denominação não permite a inclusão de nomes, mas na sociedade anônima da denominação conste
o nome do sócio ou terceiro.

Sociedade em Comandita por Ações

Art.281 § único lei 6404


“ A denominaçõ ou a firma deve ser seguida das palavras “Comandita por Ações”, por extenso ou
abreviadamente”.

Nome empresarial da sociedade comandita por ações podem optar em se identificar através de uma
firma social ou denominação, seguida das palavras comandita por ações por extenso ou
abreviadamente.

Confrontar este parágrafo com o 1161 cc, “ A sociedade comandita por ações pode, pode em lugar
de firma, adotar designação designativa do objeto social, aditada da expressão “comandita por
ações”.”

No confronto do 1161 com o parágrafo único do art. 281 (tem rosca!!!!)

2
1º-Pelo código civil só pode ser por extenso, segundo a lei especial pode ser abreviado. O código
civil não pode revogar um artigo da lei. Conclusão: Matéria discutível, segundo o professor o
código civil não tinha que meter o bedelho....
2º-Seguida da expressão”comandita por ações”:conclusão pode ser empregada por extenso ou
abreviada. Na opinião do professor é matéria discutível, na prova tomar posição pessoal, na opinião
dele vale a lei especial, o código não deveria meter o bedelho!!!!

Art. 1088 e 1089 também deixa a matéria discutível.


È pra chorar!!!

Lei 6404 art. 280 a 284

A sociedade comandita simples é formada por duas categorias de sócios, gerentes ou diretores, que
correspondem aos comanditados.
Embora as sociedades anônimas e sociedade em comandita por ações sejam sociedades de capital
prepondera o elemento capitalístico. Os acionistas não respondem pelas obrigações da sociedade, na
sociedade em comandita simples respondem os sócios comanditados. Em regra não tem como
responsabilizar sócios acionistas, mas na sociedade comandita por ações, embora sociedade de
capital, os administradores também respondem ilimitadamente pelas obrigações contraídas pela
sociedade.
Os sócios administradores da sociedade comandita por ações podem ser administradas por pessoas
jurídicas. (chega-se a esta conclusão após ler os arts.280 a 284 lei 6.404)
A sociedade comandita de ações sempre deve ser identificada pelo nome empresarial:
Luis Leão, Paulo Coelho e Cia Comandita por Ações
Leão, Coelho Cia Ltda Comandita por Ações = fechou a rosca!!!!

Refrigerantes do Sul S/A Cia Comandita por Ações = mais rosca!!!

Aula do dia 8/9/2006


ART 986 – DA SOCIEDADE EM COMUM
O próprio ART 986 caracteriza o que é uma sociedade em comum. Quando não inscritos os atos
constitutivos... O Código considerou uma sociedade comum toda aquela sociedade que não tem atos
constitutivos registrados na Junta Comercial. Sociedade não personificada, sem personalidade
jurídica. Mas alguém reconheceu a existência, porque não pode se ignorar que ela existe. Pessoas se
reuniram, formaram a sociedade, que pode ter um contrato social ou não. No contrato determinaram
as regras da sociedade e simplesmente não fizeram o registro na Junta Comercial. Ou se não existe
contrato por escrito, as pessoas simplesmente combinaram tudo. É uma sociedade de fato, que
existe no mundo dos fatos, e o Direito tem que dar conta dessa realidade e não pode ignorar a sua
existência. Pois ela deve credores, existe interesses em torno. Existe apenas no mundo dos fatos,
mas gera conseqüência no ramo do direito. Se regula pelas normas de sociedade simples.
Dos ARTs 986 ao ART 990, não há qualquer menção ao nome. Quanto ao nome, não há regra fixa.
Essa sociedade não tem como ser conhecida através de nome empresarial, porque não tem
personalidade jurídica. No campo jurídico, como ela não tem personalidade jurídica, não tem como
ser conhecida através de nome empresário. Mesmo que os sócios lhe atribuam um nome, do ponto
de vista jurídico não tem nome, porque simplesmente não tem personalidade jurídica.
Essa é a sociedade em comum ou sociedade de fato são expressões sinônimas.

ART 991 - DA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO


Sua característica é que ela é formada pelos sócios ostensivos e sócios participantes, que também
podem ser chamados de sócios ocultos. Quanto ao nome, vamos imaginar que tenha apenas um
sócio ostensivo. Do ART 991 ao 996, que são os artigos que tratam da sociedade em conta de

2
participação, não existe nenhuma alusão quanto ao nome empresarial. Uma constatação básica é
que essa sociedade se relaciona com o público através exclusivamente do sócio ostensivo. Os sócios
participantes não se identificam perante o público. Ou seja, o público não toma conhecimento dos
sócios ocultos. Só aparece o sócio ostensivo, que se obriga perante os terceiros aos quais contrata,
não em nome da sociedade, mas em nome dele, sócio ostensivo. Conclusão: não tem nome
empresarial. Motivo: o relacionamento com o público se dá através do nome do sócio ostensivo. É
uma sociedade sem nome empresarial.

ART 997 – SOCIEDADE SIMPLES


Não se trata de sociedade empresária, mas a sua legislação, dos ARTs 997 a 1051, serve de fonte
subsidiária para regular os demais tipos jurídicos de sociedade, inclusive a Ltda. Vou sempre aplica-
la subsidiariamente no que a legislação dos demais tipos jurídicos de sociedade for omissa. Ex.:
sociedade em nome coletivo, sociedade em conta de participação: tem seis artigos. Para regular
essas sociedades se aplicam as normas relativas a sociedade simples se elas não forem colidentes
com a natureza própria.
ART 997, II – o nome só pode ser por denominação. Só pode ter denominação.
Sociedade simples não é sociedade empresária. Mas, aplica sempre as normas da sociedade simples
as demais sociedade, com exceção das S/As e sociedade em comandita por ações, que são reguladas
por lei especial. Serve de fonte subsidiária aos demais tipos jurídicos de sociedade.

Quanto à firma e ao aditivo & Cia: firma individual é o nome do empresário individual, utilizada de
forma abreviada com o com o acréscimo do ramo de sua atividade.Firma ou razão social se forma
com o nome dos sócios. Se não tiver o nome de todos os sócios, deve acrescentar & Cia. Outras
expressões no lugar do & Cia: e filhos, e sobrinhos, e irmãos, e associados. E amigos, e parentes.
Desde que obedeça ao princípio da veracidade, nada se opõe que se substitua Cia por uma
expressão equivalente. O aditivo & Cia pode ser substituído por expressão equivalente, desde que
respeitado o princípio da veracidade.

ART 1158 – SOCIEDADE LTDA


§ 1º - a firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas. Contudo,
na sociedade Ltda não é proibido que os sócios sejam todos pessoas jurídicas. A característica da
firma, é que o nome empresarial é sempre composta pela pessoa dos sócios que as compõem. Na
omissão da lei não há vedação de que pessoas jurídicas possam compor sociedade Ltda. Daí o nome
será só por denominação, por analogia interpretativa ao § 1º.

PROTEÇÃO AO NOME EMPRESARIAL


1º - Constituição Federal, ART 5º, XXIX
2º - Lei 8934/94, ART 5º + ARTs 33 e 34
3º - Decreto 1800/96, ART 61 + § 1º e 2º
4º - Código Civil, ART 1166, § único
5º - Lei 6404/76, ART 3º, § 2º + ART 97
6º - Instrução Normativa (IN) 58/96, ART 13, § 1º + ART 7º (DNRC)

Limites da Jurisdição da Junta Comercial é em nível estadual. Registrado os atos constitutivos na


Junta, a proteção já se dá em nível estadual automaticamente. A proteção do nome empresarial
decorre automaticamente do arquivamento. Se registrou os atos constitutivo ou a pessoa natural
regulariza a declaração de firma individual na junta comercial, o nome empresarial já está
automaticamente protegido em nível estadual. Essa proteção pode ser estendida, de acordo com o
ART 61, § 2º do decreto 1800/96, a requerimento da empresa interessada, observada instrução
normativa do Departamento Nacional do Registro e do Comércio. O parágrafo único do ART 1166
do Código Civil convalidou isso, a extensão da proteção do nome empresarial em nível nacional.

2
Proteção especial dispensada a sociedade anônima no que diz respeito a usurpação. Toda a extensão
foi também para as S/As, que tem lei especial Essa lei acolheu a determinação prevista na
Constituição. Também a sociedade em comandita por ações. Também tiveram seu nome protegido,
mas na lei especial.

Possibilidade de extensão da proteção, que é em nível estadual para o nível nacional. A Instrução
Normativa também previu a extensão ART 13, § 1º. A extensão se dá da seguinte forma: registrei
uma sociedade aqui no RS. Ta registrada no Estado. Se pede uma certidão da junta comercial do RS
e se providencia na formalização dessa certidão algo nas Juntas Comerciais de todo o Brasil. Vai
requerer o registro da certidão nas outras juntas comerciais. A proteção se dá em nível estadual.
Pelo certo deveria haver um banco de dados para registro em todo país! Também não há como
prever a colisão entre marca e nome empresarial. Não há um banco de imagens interligando os dois
órgãos públicos. Através da certidão formaliza o registro delas nas Juntas Comerciais dos outros
estados. Isso só não será possível se naquele estado já existir registro de nome empresarial idêntico
ou semelhante. Aí é evidente que a Junta comercial do outro estado vai indeferir o registro, em
razão da existência anterior de nome empresarial idêntico ou semelhante. O que pode acontecer é
que aqui no estado se registre o nome empresarial e que em outro estado, dois ou três, ele não vai
ser registrado em razão de existência de nome idêntico ou semelhante.
Pode acontecer de registrar aqui e a minha atividade ser restrita a aqui e são Paulo. O que faço em
interesse próprio é registrar apenas nesses dois estados, sem se preocupar com os outros. Mas daí
corro o risco de alguém registrar um nome idêntico ou semelhante ao meu em outros estados.
Conclusão: se quero ter a certeza e segurança de que meu nome vai ser protegido em todo território
nacional, tenho que registrar em todas as juntas comerciais dos respectivos estados. Só sempre terei
o risco de que, como a proteção é sempre em nível estadual, de existir nome idêntico e semelhante
no outro estado. Se não tiver, aí terei a primazia do meu nome empresarial exclusivo em todo
território nacional.

Tudo isso que estamos vendo aqui não envolve marca. É só nome empresarial. Marca é um signo
identificador de um produto ou serviço. Nada a ver, mas a confusão é normal. Mais adiante veremos
colisão entre nome empresarial e marca. Mas agora estamos estudando a proteção ao nome
empresarial.
Com a abertura de filial em outros estados, o nome fica automaticamente protegido. Mas se no
outro estado já tiver o mesmo nome empresarial, a junta de lá vai indeferir.
A proteção sempre se dá em nível estadual. Não ultrapassa os limites do estado.

Lei 6015/73 – LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS


ART 114
Art 1155, § ÚNICO, Código Civil
Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades
simples, associações e fundações, que não são sociedades empresárias. A lei estipulou que no
registro civil das pessoas jurídicas serão inscritos os contratos para constituir as sociedades civis,
fundações e associações. Com isso se constata que elas tem seus atos constitutivos registrados no
cartório de registro civil das pessoas jurídicas. Equiparação de toda a proteção ao nome empresarial,
estendido a elas.
Seus atos constitutivos são registrados no cartório de registro civil das pessoas jurídicas. O
problema sutil é que o cartório do Registro Civil tem limitação na comarca para as pessoas
jurídicas. A proteção ao nome vai estar limitada aos limites da comarca. Daí a lei diz que foi
estendido para efeitos de equiparação. Mas na prática não funciona, porque não tem como ignorar
restrição. Registrando na cidade, não tem como pleitear proteção em nível estadual.

Aula do dia 12-09-2006

2
Distinção entre Firma, Razão Social e Denominação
Firma e razão social é o nome empresarial.
Decreto 916/1890

Contrato social
Determina que o sócio “Luis Leão” tem poderes de administração. Ex. Transportadora Aurora Ltda.
Maneira de assinar: Luis Leão
Sócio Gerente

Pode identificar como Leão e Cia Ltda (firma social)


Maneira de assinar: Leão e Cia Ltda
Luis Leão
Sócio-gerente

Leão é que tem poderes de admimistração. Firma social é o modo de assinar (é diferente da
assinatura da identidade do Luis Leão)
No exemplo, Luis Leão vem a falecer. Os outros dois sócios decidem continuar a sociedade. Não
admitem novo sócio.
Na outra hipótese, admitem os herdeirosdo falecido
A terceira hipótese é pagar os herdeiros e admitir novo sócio.
Nas três situções sou obrigado a alterar o nome da sociedade, deve ser dado novo nome a esta firma
social
Se aplicar o princípio da veracidade, o Leão (falaceu, se retirou) já era o nome, então tem que
mudar o nome da sociedade.
Por isso na ltda é preferível denominação “Transportadora Aurora Ltda”, se morre um sócio não
preciso mudar o nome.

Alienação do nome empresarial


Firma ou razão individual: corresponde ao nome civil, podendo ter elemento que o identifique. Seu
nome civil é inerente à sua personalidade. Não pode ser alienado.
Firma ou razão social: formada pelo nome de um, alguns ou todos sócios. Direito inerente a
personalidade. Pelo mesmo motivo não tem como alienar.
Denominação: palavras livremente escolhidas, onde prepondera o elemento fantasia. Embora não se
trate de um bem propriamente dito, a denominação não está vinculada aos direitos da personalidade.
Pode alienar. Pode dispor do próprio elemento de identificação. Contudo, desde 2003 com o código
civil, não se pode mais alienar denominação.
Art. 1164 “ O nome empresarial não pode ser objeto de alienação”
Para fins de concurso aplicar o artigo, que diz que não pode alienar. O que vale é o 1164, desde
2003 não pode mais alienar. Ou vende a empresa toda sociedade, ou não vende nada.

Nomes empresariais não registráveis


Decreto 1800/96-Regulamentador da lei do registro de empresa. Art. 62, §3º do decreto.
A lei atribui competência para o DNRC regulamentar matéria relativa ao nome empresarial
Departamento Nacional de Registro de Comércio
Isntrução Normativa 99/2005

Decreto 1800, art.62, caput “ O nome empresarial atenderá os princípios da veracidade e da


lumidade.§1º”
Hipótese de nome não registrável: se não corresponder a atividade da sociedade. Art. 1156 cc “ O
empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se
quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou gênero de atividade”
Se declarar atividade diversa, nome fica não registrável. A junta comercial indefere o registro.

2
Art.1158, § 2º “ A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar
o nome de um ou mais sócios”
Se a indicação da denominação não corresponder ao objeto do contrato social, não passa no
registro.
Art. 1160 “ A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada
pelas expressões “sociedade anônima” ou “companhia”, por extenso ou abreviadamente.
Ex. Cia Cervejaria Brahma, se fosse Cia de minérios Brahma... não registra.

Art.1161 “A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação
designativa do objeto social, aditada pela expressão “comandita por ações”.

IN 99/2005 – art. 4º, § único


O nome empresarial não pode ter palavras ou expressões atentatórias a moral e aos bons costumes.
Hipótese: que não atendam ao princípio da veracidade = Lei do registro de empresa art. 34
Art. 1156 cc “ O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado,
aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou gênero de atividade”
Art. 1157 cc” A sociedade em que houver sócio de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na
qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um
deles a expressão “e companhia” ou sua abrevetura.”
Art. 1158, § 1º “ A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas
físicas, de modo indicativo de relação social” ou seja Ltda não pode incluir nome de pessoas que
não são sócios
Art. 1156 – empresário individual não pode usar patronínico que não seja seu.

Essas são as principais incidências de nomes não registráveis.

Colidência de nomes empresariais


Existem nomes idênticos ou semelhantes que causam confusão no público consumidor.
Em princípio a junta comercial não pode registrar nomes idênticos ou semelhantes. Critérios para
diferenciação:
Lei 8934, arts:46, 47, 49
Processo na junta comercial para processar o usurpador do nome.
1ª etapa é administrativa, pretende o cancelamento do registro do usurpador do nome.art.46
Ser vencido na etapa administratriva, pode entrar no judiciário.
2ª etapa é judiciária.
Pode ignorar a instância administrativa e ir direto ao judiciário pedindo a cautelar antecipatória.
Pedindo que o juiz liminarmente cesse o uso do meu nome.
Competência estadual para julgar.
A ação é proposta contra o usurpador ou contra a junta e o usurpador? Pensar!!!
Legitimidade passiva.

Aula do dia 15/9/2006


Efeito suspensivo da ação
Muito embora não se constitua em garantia propriamente dita, mas há enormes chances de obter a
tutela antecipatória.

CRITÉRIOS DE IDENTIDADE E SEMELHANÇA


IN 99/2005 – ART 6º, § 1º e 2º
Não poderão coexistir dois nomes empresariais idênticos ou semelhantes. Aqui entra sempre uma
forte carga de subjetivismo na questão de semelhança de nomes. Para algumas pessoas os nomes
podem não dar a noção de semelhança. O critério não diz nada de mais. Se a firma for idêntica ou

2
semelhante deve ser notificada ou acrescida de designação que a distinga. É uma regra. ART 8º -
homografia: são esses os critérios
Critérios de identidade e semelhança: ficam estabelecidos:
entre firmas: consideram-se os nomes por inteiro, havendo identidade se homógrafos, e havendo
semelhança, se homófagos.
Entre denominações: consideram-se os nomes por inteiro quando compostos por expressões comuns
de fantasia, de uso generalizado do lugar ocorrendo identidade se homógrafos e ocorrendo
semelhança se Homófagos.

ART 62, § 3º, decreto 1.800/96 acrescido da IN 99/2005, ART 8º. Aqui está o fundamento legal
para distinguir-se nomes idênticos ou semelhantes.
Se a Junta arquivar nomes que não considerar semelhantes, caberá sempre ao interessado recorrer as
vias administrativas – Lei 8934/94, ARTs 46, 47 e 49, ou então o acesso direto a via judiciária. Ao
requerir o registro com junta, ela pode aplicar as regras de caráter subjetivo. E posso não concordar
com a aplicação do critério da Junta comercial. Então nada impede discutir a matéria em nível
administrativo ou judiciário.
Se quiser registrar e a Junta Comercial indeferir o registro sob o fundamento que existe registro
anterior semelhante e eu entender que não há semelhança, nada impede que obrigar a junta a
arquivar o nome empresarial, na via administrativa ou judicial.
Aí encerramos a colisão de nomes empresarial.

ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL


Regra geral: é lícito aos sócios, se lhes convier, a qualquer momento alterar o nome empresarial.
Existem, todavia, situações obrigatórias. Seria o caso de alteração vinculada ou obrigatória.
Quando se tratar do nome empresarial da tipo firma social e ocorrer o falecimento, a exclusão ou a
retirada de um sócio que emprestou o nome a firma social, atendendo o princípio da veracidade, o
nome dele tem que ser também excluído da firma. Daí a alteração se torna obrigatória. ART 1165
CC. Se isso não for levado a efeito se falta com o princípio da veracidade.
ART 1157 – alteração de categoria de sócio ilimitadamente responsável. Caso das sociedade em
comandita simples e comandita por ações. Ex.: sociedade em comandita simples. De sócio
comanditário passa para sócio comanditado. O sócio comanditado não pode emprestar seu nome a
formação da firma social. Então o nome tem que ser excluído. Terá que ser obrigatoriamente
acrescentado o nome do novo sócio comanditário. Se existissem dois sócios comanditários da
mesma forma a alteração seria necessária.. Ex.: sociedade em comandita por ações que adotou no
nome empresarial de firma social. Também se retira o nome do sócio que vier a falecer ou que se
retira. Um sócio administrador passa a categoria de sócio meramente acionista. O nome de tem que
ser excluído da firma social.
ART 282 da lei das S/As
ART 1164, § único. Contrato de trespasse. Alienante não pode fazer concorrência ao adquirente.
Ex.: Luis Leão, sucessor de Paulo Coelho foi obrigado ao ART 1164. Perante o público ele se
mostra como sucessor do estabelecimento. Foi obrigado a mudar o nome mas para fins de
identificar-se perante o público ele combinou com o alienante que ele estaria autorizado a usar o
antigo proprietário do estabelecimento para fins de facilitar a atividade empresária perante o
publico. Possível quando se tratar de contrato de trespasse. Mas as vezes o alienante altera tanto a
administração que não quer qualquer espécie de lembrança. Obrigação da alteração do nome,
permitindo, se for previsto no contrato, o adquirente se identificar como sucessor do alienante.

São essas as três hipóteses de alteração obrigatória ou alteração vinculada, quando a lei obriga a
alteração do nome empresarial. É uma alteração obrigatória. São três hipóteses de alteração:
retirada, exclusão ou falecimento de sócio, quando for firma social;
mudança de categoria de sócio quando for sócio com responsabilidade ilimitada, de sócio
comanditário para sócio comanditado, ou de sócio administrador para simples sócio acionista;

2
contrato de trespasse – neste pode continuar usando o nome do alienante, acrescentando a expressão
sucessor de, se o contrato permitir. Se as partes não convencionarem, não pode.

Lei 8245/91, ART 51 – Lei das Locações


Lei de luvas, de 1933. Essa lei foi revogada pela lei que vamos estudar. A matéria é sobre
empresário, com sociedade empresária, se estabelecem em determinado local, e ali exercem sua
atividade empresária. Comerciante ou atividade comercial. Naquele local eles formal uma
determinada clientela. Nesse local onde se encontra estabelecido o empresário ou a atividade
empresária passa a ser chamado de ponto. É o conhecido ponto comercial e agora alguns já estão
chamando de ponto empresarial. Significa o local onde o empresário ou a atividade empresária
estão estabelecidos a fim de exercer a sua atividade empresária. Se o imóvel é de propriedade dele
mesmo, se integra no estabelecimento. Se não é do empresário, é porque existe o contrato de
locação não residencial. Ou seja, o objeto de contrato de locação é imóvel destinado ao exercício de
uma determinada atividade empresária. Com o tempo o ponto começa a ser valorizado. Essa
valorização integra a própria valorização do estabelecimento. Durante alguns anos o empresário
formava a clientela, valorizava o ponto e o proprietário, olho grande, notificava imotivadamente,
rescindia o contrato de locação sem justa causa e após a saída do comerciante se instalava ou
instalava um terceiro e angariava toda a clientela formada pelo locatário. Se locupletava às custas
do trabalho alheio.
A lei de luvas surgiu para impedir isso, um enriquecimento injustificável. Protegia a pessoa do
locatário para impedir o locupletamento. O direito não pode chancelar o enriquecimento
injustificável ás custas do prejuízo de terceiro. No caso, o locatário A lei de luvas foi revogada em
1991 pela lei de locações, onde a matéria se encontra prevista no ART 51 se seguintes e mais
adiante no ART 72 e seguintes, que traz a sistematização de proteção do ponto. Também conhecida
como garantia do locatário.
O direito do locatário se resume em evitar que o locador venha a se locupletar as suas custas. A lei
conferiu o direito básico. O locatário faz-se ao seu esforço, ao seu trabalho. De um lado tenho a
garantia do direito de propriedade do locador, que está previsto em nível constitucional. De outro
tenho a renovação compulsória, que é o direito do locador de prosseguir naquele local. Renovar
contrato de locação. Prosseguir no exercício da atividade empresária naquele local. A lei concedeu
o direito de obrigar o locador a renovar o contrato. Renovação compulsória.
Mas se obriga o locador a renovar o contrato de locação, está interferindo no direito de propriedade.
Temos dois princípios básicos antagônicos: de uma lodo o direito de proprietário e de outro lado um
princípio geral do direito que não permite nunca a locupletação, o enriquecimento de alguém ás
custas de outrem.
Visando resguardar os dois princípios a lei tentou traçar determinadas condições, requisitos, normas
através das quais o locatário tem condições de obrigar o locador de renovar o contrato de locação.
Propondo a ação renovatória de locação. O locatário exerce o seu direito propondo ao locador a
ação renovatória de locação. Obrigar a renovar o contrato de locação não residencial.
É evidente que toda ação admite a ampla e irrestrita defesa. Tenho que admitir que o locador tem o
direito de se opor a pretensão esboçada pelo locatário. Essa defesa do locador se chama exceção de
retomada, que é o exercício do direito do locador em se opor ao locatário.

Requisitos para propor a ação


ART 51 da lei das locações
Contrato celebrado por escrito com prazo determinado. Não se admite locação verbal para esse fim.
Não pode ser vigorado por prazo indeterminado.
Prazo mínimo de cinco anos ou soma dos prazos ininterruptos dos contratos determinados. Ex.: 2
anos + 2 anos + 1 ano, 2 anos renovei por mais 3 anos, mas se ficar um mês sem pagar interrompe.
Contrato celebrado por prazo de 5 anos. Não pode passar um mês sem contrato, mesmo que faça
novo contrato depois.

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Locatário explorando comércio no mesmo ramo, por prazo mínimo e ininterrupto de 3 anos no
exercício da mesma atividade empresária. Tempo suficiente para lhe proteger os interesses. Tempo
necessário para formar patrimônio chamado de clientela. Tempo que a lei considerou suficiente para
proteger interesses. Prazo mínimo e ininterrupto de 3 anos. Ex.: teve um ano uma atividade, daí o
mercado mudou, e o empresário mudou a atividade por dois anos. Depois ele voltou a atividade do
primeiro ano e exerceu por mais dois anos. Não dá. O prazo tem que ser mínimo e ininterrupto de 3
anos.
A petição inicial tem que atingir esses três requisitos. O exercício do direito é extremamente frágil,
mas não importar. Esses são os requisitos. Conclusão: se for fazer contrato de locação, fazer
preferencialmente por prazo de cinco anos. Pelo menos se assegura do direito. Hipóteses/requisitos
que fundamentam e justificam a renovação.

§ 1º - direito pode ser exercido por cessionários ou sucessores da locação. Os herdeiros do locatário
se investem do mesmo direito, no caso de se tratar de locatário individual. Se tratar-se de locatário
societário e ela for negociada, no contrato social saem sócios e entram novos sócios ou até se a
sociedade for sucedida por outra, a sucessora também se investe dos mesmos direitos. Desde que
permaneça no mesmo ramo da atividade por prazo mínimo de três anos. Mudança de titularidade
dos sócios ou hipótese de transformação da sociedade. A lei foi genérica: sucessores ou
cessionários. O locatário pode sublocar. Nesse caso a legitimidade para propor a ação é do
sublocatário. O locatário perde a legitimidade, que passa a ser exercida pelo sublocatário. Ação
compulsória: ação de renovação. Obriga o locador compulsoriamente. Existem prazos decadenciais
para propor a ação.
§ 2º - quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de
que faça parte. Locatário é pessoa física e sócio de sociedade. O direito de renovação é exercido
pelo locatário ou sociedade. Duas legitimações ativas opcionais. Pode ser proposto pela pessoa
física ou pela sociedade.
§ 3º - dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios. O sócio sobrevivente fica sub-
rogado desde que continue no mesmo ramo. Aqui a sociedade é integrada por apenas dois sócios,
pelo menos é o que pinta a lei. ART 1033 CC, IV. Caso em que se dissolve a sociedade quando
ocorrer a falta de pluralidade de sócios. Só tinha dois sócios e um deles morreu. O sócio
remanescente pode exercer a atividade empresária pelo prazo de 180 dias. Prazo contado a partir da
data da morte. Prazo para admitir novos sócios. E daí continua normalmente a locação.
Entende-se que nos casos de dissolução de sociedade, mesmo que a maioria dissolva, se a minoria
quiser ela pode continuar, desde que pague os haveres da maioria. Durante 180 dias o sócio
sobrevivente pode continuar a exercer a atividade no imóvel locado. Com o término desse prazo ele
é obrigado a admitir um ou mais de um novos sócios. Daí continua normalmente a situação da
locação. A segunda situação é quando o sócio sobrevivente não querer mais sociedade e quer se
registrar como empresário individual. Vai na junta e se registra como empresário individual. Ele se
registra e quer prosseguir com o mesmo contrato, não mais em nome da sociedade, mas sim em
nome próprio. Pode? Sim.

19-09-2006

Objeto da ação renovatória


Obrigar o locador a renovar.
Evitar o locupletamento do locador as custas do trabalho.
Art. 51, I, II, III lei 8245/91 – Requisitos da ação renovatória
Contrato de prazo indeterminado passou de 2 anos,
Sócio sobrevivente pode continuar no local da locação, fica sub-rogado no direito a renovação.
Sócio de torna empresário. Titular da locação é outro agora. Sociedade foi extinta, mas sócio fica
sub-rogado.

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Caso de imposição ao locador, se depara com um terceiro, mudou de titularidade
Indústria e prestação de serviços são consideradas atividades empresárias.
Sociedades civis com fins lucrativos: não revestem atividade empresária, no caso a sociedade
simples cujo objeto não é empresarial.
Art.997 cc
Art 966 § único cc

A lei estendeu o direito de ação de renovação às sociedades que não revestem a forma empresária
Art. 51 lei 8245 § 5º- “decai” é decadência, não é precrição
EX. 5 renovações sucessivas de 1 ano, ininterruptas. Prazo para propor ação:

Contrato de 2 anos, segunda contratação, contrato de 3 anos.


Contrato de 3 anos + contrato de 4 anos
Prazo decadencial. Não tem interrupção nem suspensão.
Nas situações acima, se perde o prazo. Interrompe e começa a contar de novo. Perdido o prazo, 5
anos de novo? Pode propor ação? Vale?
Art. 51, I a III, e parágrafos- Condições da ação e situações específicas. Me enquadro no 51, passo
para 71.
Art. 71- Condições da petição inicial, preceitos do cpc, art. 282
Art. 71, IV – Condições para renovação da locação: valor do reajuste prova do que ele oferece é
compatível com as condições do mercado. O valor pode variar, de acordo com uma série de fatores.
Quem está habilitado para avaliar imóveis: Empresas sociedades corretoras para avaliar o valor
correto do imóvel. Poderia me valer de 3 laudos, opta pelo valor mais alto, de preferência.
Para avaliar imóveis o profissional habilitado é o engenheiro civil. Corretor não é
habilitado.Técnicamente é o engenheiro civil.
Corretor não é habilitado para avaliar valores locatícios.Corretor é uma sociedade para atuar na
locação ou intermediação do imóvel .

Art. 71, V Indicação do fiador


Art. 71, VI Substituição do fiador
Art. 71, VII conjuga com art. 51, § 1º
Parágrafo único:se o contrato permitiu a sublocação. Titular da ação: o sublocatário. Legitimidade
para propor a ação é do sublocador. São citados locador e locatário.

Defesa do locador
O objeto é retomar o imóvel. O locador quer tomar para si o imóvel
Exceção de retomada. CF art. 5º XXII e XXIII + art. 170, II
Direito de uso gozo e fruição da propriedade, assegurado ao locador, ao locatário a proteção está na
legislação ordinária.
Modificações no imóvel para valorizar é exercício do direito de propriedade, direito derivado da
propriedade – questões subjetivas. Ex. Modernização do prédio, para impedir que o locatário venha
a ter o direito da ação renovatória, para me livrar do locatário... o locatário vai entrar com
contestação, não vale a pena.
Art. 52, II – Para utilização dele próprio.
regime de bens. Não interessa o regime aqui. No caso só o cônjuge. E com união estável é matéria
discutível, não está resolvida.
Súmula 486 STF: retomada para a sociedade da qual o locador ou seu cônjuge, seja sócio com
participação predominante no capital social.
Súmula deixou fora ascendente e descendente.
O locador não pode retomar o imóvel se for para destinar ao mesmo ramo de atividade do locatário.
Restringe o direito de propriedade, passa a ser inconstitucional.
Há jurisprudência para todos os lados

3
Segunda parte do § 1º é a locação gerência. Locador loca o prédio e o negócio. Dá continuidade ao
negócio do locador. Não se fala em locupletamento.
Mas o locatário aumentou o negócio, o juiz terá de analisar o caso concreto

Aula do dia 22/9/2006


ART 51 – Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação
do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos
escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto
de três anos.
1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da
locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido
pelo sublocatário.
2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de
que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá
ser exercido pelo locatário ou pela sociedade.
3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub -
rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo.
4º O direito a renovação do contrato estende - se às locações celebradas por indústrias e
sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituídas, desde que ocorrentes os
pressupostos previstos neste artigo.
5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no
máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.

ART 51 contém os direitos e o ART 71 o processo. Matéria de defesa do locador é chamada de


exceção de retomada. A única intenção do locatário é obter a renovação compulsória do contrato de
locação. Motivos, fundamentos e peculiaridades devidamente analisadas.
O locador não pode instalar-se no imóvel para dar continuidade ao mesmo ramo de atividade do
locatário. A regra acaba por constituir uma inconstitucionalidade manifesta.
Sumula 486 do STF – caso do locador reivindicar o imóvel locado para nele instalar fundo de
comércio ou estabelecimento do qual tenha a titularidade de mais de 50%, para ele, para cônjuge,
para ascendente ou descendente. A súmula silencia quanto a ascendente e descendente.

ART 52, §2º - Nas locações de espaço em shopping centers , o locador não poderá recusar a
renovação do contrato com fundamento no inciso II deste artigo.
Locações relativas a espaços de shopping centers. Este parágrafo está deslocado. A rigor ele deveria
estar situado no ART 54. A lei de locações destina apenas um único artigo para regular locações de
espaços de shopping centers.

ART 52, § 3º - O locatário terá direito a indenização para ressarcimento dos prejuízos e dos
lucros cessantes que tiver que arcar com mudança, perda do lugar e desvalorização do fundo de
comércio, se a renovação não ocorrer em razão de proposta de terceiro, em melhores condições,
ou se o locador, no prazo de três meses da entrega do imóvel, não der o destino alegado ou não
iniciar as obras determinadas pelo Poder Público ou que declarou pretender realizar.
Essa indenização é a forma que a lei encontrou para prestigiar o direito de propriedade do locador e
para evitar o enriquecimento injustificável do locador as custas do locatário. A forma de
compatibilizar o direito de propriedade com o enriquecimento indevido foi exatamente a
indenização. Cabe analisar se a indenização efetivamente repõe as coisas a seu devido lugar. Ou
seja, evitar o enriquecimento do locador às custas do trabalho do locatário.

3
Lucros cessantes é o quanto ganharia se permanecesse no local. É só calcular pelo resultado do
lucro líquido calculado pelos balanços levantados no tempo em que exerceu a locação. Como
projetar no tempo esses lucros cessantes? Pelo prazo do contrato, ou pelos prazos que o contrato
viria a ser renovado sucessivamente? O prazo máximo de renovação vai depender dos prazos em
que ele foi sucessivamente ou unicamente renovado. Ex.: o contrato foi proposto por cinco anos e
no quinto ano já foi renovado. O locador se opõe a exceção de retomada e é vitorioso. Os lucros
projetados no tempo são de um ano.
O prazo mínimo que a lei exige para caracterizar-se um dos elementos da ação renovatória é o
exercício da mesma atividade empresária durante o prazo de 3 anos (ART 51). Raciocinando com
coerência, seria lógico fixar os lucros cessantes baseados numa média desses 3 anos e calculando-os
durante 36 meses. A média do lucro líquido vezes 36. É o prazo mínimo que a lei exige para
caracterizar-se o direito a ação renovatória de locação. O direito do locatário se consolida apenas no
caso de ele estar operando no mesmo ramo durante 3 anos ininterruptos. O problema é como
calcular os lucros cessantes em relação ao tempo.
Ex.: se durante cinco anos o contrato foi renovado a cada um ano, ele só teria direito aos lucros
cessantes durante um ano. Se o contrato foi celebrado por cinco anos e ele tivesse o direito a
renovatória, poderia pensar que ele tem direito a lucros cessantes sobre 5 anos. O critério adotado é
o tempo de duração dos contratos sucessivamente renovados ou o renovado por cinco anos. Mas é
uma matéria discutível. Se a lei exige a consolidação do direito do locatário tomando por base 3
anos, que é o prazo razoável para o trabalho produzir os devidos efeitos. Então três anos parece um
critério razoável.

De um lado o princípio constitucional da propriedade. De outro, o princípio que alguém se locuplete


às custas do trabalho de outrem. Deveria ser o caso da lei fixar prazos.
Perda do lugar em desvalorização do fundo de comércio. A clientela vai ser dissolvida. Depende
muito do ramo da atividade e de uma série de outras circunstâncias. Perda do fundo e
desvalorização do ponto. Uma coisa está ligada a outra. Se se instalar, se estabelecer de novo em
outro local, se o local for distante, o ponto foi completamente desvalorizado. Se conseguir um local
na proximidade, a desvalorização não será tanta. Aqui é tudo muito relativo.
Indenização devida por proposta de terceiros em melhores condições. O locatário oferece um valor
condizente com o mercado. Aí vem o locador e apresenta uma proposta de um terceiro que lhe
oferece três vezes mais. Não dá pra acompanhar. O problema é o direito do locador ancorado na
constituição. Uso, gozo e fruição da propriedade. Locador tem o direito de retomar o imóvel para
alugar a terceiro. É direito da propriedade. Pode retomar. Indeniza. Tem o direito de alugar o imóvel
para quem oferece mais. Aí entra a indenização e a quantificação do valor. Situação extremamente
delicada. Retoma o imóvel e indeniza. Locado pode locar para terceiro que atua no mesmo ramo do
locatário.

Primeira hipótese de indenização é proposta melhor de terceiro. Aqui está dentro do princípio
constitucional de propriedade. Tem-se o direito de alugar para quem oferece mais.
A segunda hipótese é quando o locador retoma o imóvel e não dá o destino alegado. Uso próprio. A
lei dá o prazo de três meses para o locador iniciar a utilização. Se nesse prazo não der a destinação,
vai ser obrigado a indenizar. O locador tem o direito de retomar o imóvel para uso próprio, com o
fundamento do direito de propriedade. Mas tem três meses para dar utilidade. Se deixa-lo vazio ou
usar para outros fins, será obrigado a indenizar.
Outra hipótese é quando o poder público determina ao locador a realização de obras que importam
na radical transformação do imóvel, de forma a impedir o exercício da atividade do locatário. É
obrigado iniciar as obras em três meses se o poder público assim exigir. Muitas vezes o poder
público determina mas fica de entregar plantas e projetos e não entrega. Como não entrega, passa os
três meses e o locador se vê diante da impossibilidade de iniciar as obras que importam. Mas não
por culpa dele, e sim por culpa do poder público. Aí se questiona, pois a indenização vai ter que ser
buscada pelo locatário no poder público.

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Outra hipótese é que o locador ter o direito de realizar obras no prédio locado que tem o projeto de
valorizá-lo. Alega em contestação a necessidade de realizar obras no prédio locado com a finalidade
de valorizá-lo. Se não iniciar a obra em três meses, vai ter que indenizar o locatário.
Se o pedido de retomada for insincero, também indeniza. Alega uma finalidade que não é a
verdadeira.

Art. 53 - Nas locações de imóveis utilizados por hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos,
estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, bem como
por entidades religiosas devidamente registradas, o contrato somente poderá ser rescindido.
I - nas hipóteses do art. 9º;
II - se o proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário, em caráter irrevogável e
imitido na posse, com título registrado, que haja quitado o preço da promessa ou que, não o tendo
feito, seja autorizado pelo proprietário, pedir o imóvel para demolição, edificação, licenciada ou
reforma que venha a resultar em aumento mínimo de cinqüenta por cento da área útil.
Nem vamos entrar nesse artigo porque isso não é locação empresarial. Não poderia ser exigida aqui
no concurso de direito empresarial. Apenas para saber que essa entidades tem previsões específicas
na Lei de Locações e a rescisão do contrato fica condicionada às hipóteses legais. Embora a lei
preveja casos de rescisão, na prática o judiciário sempre se baseia na finalidade social do
funcionamento dos hospitais. Fica devendo dez anos e não se recupera.

ART 55 – Considera - se locação não residencial quando o locatário for pessoa jurídica e o
imóvel, destinar - se ao uso de seus titulares, diretores, sócios, gerentes, executivos ou empregados.
É de uma sutileza extremamente simples. Caso de uma sociedade que está alugando. Pessoa jurídica
é qualquer tipo de sociedade, empresária ou não. Trata da locação não residencial dentro da qual
está a empresarial e também a não empresarial. As sociedades empresárias estão todas incluídas
dentro do ART 55. Neste caso não existe por parte do locatário nenhum estabelecimento. Ele
apenas destina o imóvel para que nele venham residir seus diretores, gerentes, empregados. A
questão a ser pensada é se nesse caso, como fundo de comércio não tem estabelecimento, se tem
direito a renovação compulsória. De um lado falta o elemento essencial, o objeto da ação
renovatória que é o locatário obter a renovação do contrato por motivo plenamente justificado.
Todavia, a lei “enfiou” o ART 55 na lei de locações o que pode levar a construi pelo raciocínio de
que se ela está localizada aqui é porque a lei quis obrigar o locador a renovar.

ART 72 – A contestação do locador, além da defesa de direito que possa caber, ficará adstrita,
quanto à matéria de fato, ao seguinte:
I - não preencher o autor os requisitos estabelecidos nesta lei;
II - não atender, a proposta do locatário, o valor locativo real do imóvel na época da renovação,
excluída a valorização trazida por aquele ao ponto ou lugar;
III - ter proposta de terceiro para a locação, em condições melhores;
IV - não estar obrigado a renovar a locação (incisos I e II do art. 52).
1° No caso do inciso II, o locador deverá apresentar, em contraproposta, as condições de locação
que repute compatíveis com o valor locativo real e atual do imóvel.
2° No caso do inciso III, o locador deverá juntar prova documental da proposta do terceiro,
subscrita por este e por duas testemunhas, com clara indicação do ramo a ser explorado, que não
poderá ser o mesmo do locatário. Nessa hipótese, o locatário poderá, em réplica, aceitar tais
condições para obter a renovação pretendida.
3° No caso do inciso I do art. 52, a contestação deverá trazer prova da determinação do Poder
Público ou relatório pormenorizado das obras a serem realizadas e da estimativa de valorização
que sofrerá o imóvel, assinado por engenheiro devidamente habilitado.
4° Na contestação, o locador, ou sublocador, poderá pedir, ainda, a fixação de aluguel provisório,
para vigorar a partir do primeiro mês do prazo do contrato a ser renovado, não excedente a

3
oitenta por cento do pedido, desde que apresentados elementos hábeis para aferição do justo valor
do aluguel.
5° Se pedido pelo locador, ou sublocador, a sentença poderá estabelecer periodicidade de
reajustamento do aluguel diversa daquela prevista no contrato renovando, bem como adotar outro
indexador para reajustamento do aluguel.
Esse artigo trata da apresentação de contestação. Exceção de retomada. Pelo inciso I, o autor tem
que preencher os requisitos desta lei, que estão no ART 51, os três incisos e cinco parágrafos.
Conclusão: vou eliminar a inicial e constatar se os requisitos estão todos preenchidos. Pode
acontecer que o locatário, embora não atenda um ou mais requisitos por falha da propositura da
petição inicial, o que leva o juiz a extinguir o processo sem julgamento do mérito, embora ele
tivesse as condições, é a falha do advogado, que pode não ter juntado um dos documentos
necessários. Extingue o processo sem julgamento do mérito. Propõe outra ação, mas agora está fora
do prazo de propositura da ação. Erro do advogado que responder por perdas e danos.
Pelo inciso II, o locatário oferece como valor locativo menos do que o mercado está pagando. Aqui
não é proposta de terceiro. A proposta é inferior a que o mercado paga na região. O locador alega
que é insuficiente. Normalmente nesses casos o juiz nomeia um perito em avaliação de imóveis
facultando as partes a indicação de assistente técnico para fixar o valor do mercado. O perito
necessariamente tem que ser um engenheiro civil, que é o profissional devidamente habilitado. Não
serve laudo emitido por sociedade corretora de imóveis ou corretor de imóveis, mesmo que
devidamente registrado.
O § 2º trata do conflito constitucional do enriquecimento de terceiro as custas do locatário. Existe
um entendimento acentuado de que o dispositivo é inconstitucional. Deve prevalecer, na dúvida,
embora a lei diga o contrário, a regra expressa na constituição. Não se pode vetar que o proprietário
usufrua mais rendimentos do imóvel em razão de se tratar do mesmo ramo de atividade. Neste caso
cabe a devida indenização. O locatário tem ainda a chance de cobrir a oferta feita por terceiro.
Cobrir ou igualar, pois sendo locatário tem o direito de preferência.
Pelo § 5º, dependendo da situação econômica em que estiver os indicadores para correção de
valores, faculta que o juiz adote outro indexador para reajustamento dos valores pagos
mensalmente.

ART 73 - Renovada a locação, as diferenças dos aluguéis vencidos serão executadas nos
próprios autos da ação e pagas de uma só vez.

ART 74 – Não sendo renovada a locação, o juiz fixará o prazo de até seis meses após o trânsito
em julgado da sentença para desocupação, se houver pedido na contestação.
É evidente que na contestação a retomada o locador deve pedir a desocupação do imóvel, que lhe
confere o prazo de seis meses a partir do trânsito em julgado da sentença. Pode haver recurso e lá se
vão anos.

ART 75 – Na hipótese do inciso III do art. 72, a sentença fixará desde logo a indenização devida
ao locatário em conseqüência da não prorrogação da locação, solidariamente devida pelo locador
e o proponente.
Indenização no caso de retomada baseado em proposta melhor de terceiro. Cabe sempre a
indenização. Ela é devida solidariamente, e aí está a sutileza, tanto pelo locador quanto pelo
terceiro.

SHOPPING CENTER
ART 54 – Nas relações entre lojistas e empreendedores de shopping center , prevalecerão as
condições livremente pactuadas nos contratos de locação respectivos e as disposições
procedimentais previstas nesta lei.
1º O empreendedor não poderá cobrar do locatário em shopping center :
a) as despesas referidas nas alíneas a , b e d do parágrafo único do art. 22; e

3
b) as despesas com obras ou substituições de equipamentos, que impliquem modificar o projeto ou
o memorial descritivo da data do habite - se e obras de paisagismo nas partes de uso comum.
2º As despesas cobradas do locatário devem ser previstas em orçamento, salvo casos de urgência
ou força maior, devidamente demonstradas, podendo o locatário, a cada sessenta dias, por si ou
entidade de classe exigir a comprovação das mesmas.

Princípio da autonomia da vontade das partes. Aqui existem certas normas de caráter público que
não podem ser arredadas, na locação não residencial comum, como o valor de locação fora do
mercado ou impor condições como reformas descabidas ao imóvel. Em relação a locação de
shopping centers a lei quis dar uma liberdade maior, descaracterizando o contrato de locação em
relação aos outros contratos de locação. Locação de shopping center é mais complexa que locação
empresarial.
Vamos para o ART 52, § 2º, que está um tanto fora de esquadro. Deveria estar junto ao ART 54. “
Nas locações de espaço em shopping centers , o locador não poderá recusar a renovação do
contrato com fundamento no inciso II deste artigo.” Considerando o caput do ART 54 e ART 52, §
2º, estabelecemos uma referência fundamental. Primeiro temos que pensar qual o sentido. Vamos
tentar caracterizar as locações de shopping centers. Só um artigo de uma lei de 1991, onde a
incidência de shoppings não era tamanha quanto é hoje, tratando do assunto.
Vamos situar três hipóteses concretas:
Locação empresarial: existe um proprietário de um ou mais imóveis. Pode ser uma pessoa natural
ou uma pessoa jurídica. O proprietário os aluga para deles auferir renda. Esse proprietário, por ação
dos aluguéis, não se torna um empresário. Mesmo que viva desse aluguel. É um simples
proprietário que vive da renda de aluguel.
Tenho um terreno e faço uma série de unidades autônomas para locação. Contrato um arquiteto ou
engenheiro e destino essas unidades autônomas para a locação. Faz galeria. Ali se estabelecem
barbearia, lancheria, loja de conveniências, etc. Espaços para interessados de diversas áreas. Esse
proprietário não é empresário por isso. É apenas investidor.
Um empreendedor constrói, assume uma série de riscos, investe planejamento e constrói shopping
center. A idéia central parte dae oferecer ao público consumidor a mais variada gama de produtos e
serviços. Local de fácil estacionamento e com segurança. Há nesse caso todo um planejamento.
Uma série de riscos assumidos pelo empreendedor. Em geral se procura que os locatários do
shopping não façam um concorrência ao outro. Tudo isso é gerenciado pelo empreendedor. Neste
caso a situação é diferente das anteriores. Ele é um empresário. Vai ser remunerado pelos locativos
das unidades autônomas. Se diferencia de um simples proprietário que faz locação de seus imóveis.
Aqui o locador é um empresário.

26-09-2006

Direito à Propriedade X Dispositivos Constitucionais


Confronto do direito à propriedade X Princípios Constitucionais X Enriquecimento sem justa causa;
Privilegiado o Princípio Constitucional, com o direito de uso e fruição da propriedade.

Locação em espaços de Shopping Center


3 Exemplos:
1º- Locador de um ou dois imóveis, ou constroi imóvel para locação não residencial – empresarial,
essse locador é um mero proprietário.
2º - Pessoa natural tem um terreno e constrói uma galeria, aluga unidades autonômas, e ali se
instalam lojas. Aufere rendimentos de locação de espaços, é um simples proprietário de unidades
desta galeria.
3º - Empresário, empreendedor exerce atividade empresária, planeja, contrata, constrói um
Shopping. Corre um tremendo risco, o empreendimento pode dar certo ou não. Se não der certo
pode falir. Colocar a disposição do público consumidor, esta é a idéia do empreendedor.

3
Lei 8.245/91 Art. 54 “ Nas relações entre lojistas e empreendedores de shoppinhg center,
prevalecerão as condições livremente pactuadas nos contratos de locação respectivos e e as posições
procedimentais previstas nesta lei”.
Ampla liberdade contratual. Como se nos outros contratos não existisse liberdade.
Aplica-se na íntegra sas ações reitegratórias, e exceção de retomada (da lei de locações)
A realidade da lei de locações não residenciais é de 1991. O legislador não pensou nas
peculiaridades das locações de shopping centers.
Apenas o §2º do art 52 e o artigo 54 e alguns dois parágrafos a regular toda a matéria de locação
de shopping center, é pouca legislação.
Nas relações de Shopping :

O Empreeendedor assume o risco ao construir o empreendimento.


A medida que os espaços vão sendo alugados, aumenta a lucratividade do shopping, e assim a
lucratividade de todos os demais.
O locatário que se instala primeiro no shopping também assume o riso do empreendimento dar certo
ou não.
Frequência no local aumenta o movimento de todas as lojas.
O empreendedor toma determinadas cautelas providencia para que não tenha concorrência
autofagica, ou seja que um locatário não concorra com outro, dependendo do tipo de produto ou
serviço, não há uma concorrência frontal Há uma espécie de auto-regulação de preços nas lojas do
mesmo ramo.
A celebração do contrato de locação é diferente dos demais.
Aluguel fixo e aluguel variável, variável de acordo com as vendas (faturamento). É previsto até um
percentual maior para as datas comemorativas, em que tem mais movimento.
O locatário permite que o locador fiscalize o movimento financeiro das lojas, tenha acesso a sua
contabilidade.
O locatário abre mão do direito previsto no art. 1190 cc , princípio da inviolabilidade do sigilo dos
livros empresariais. O locatário renuncia a este direito.
No contrato o próprio locador exige que o locatário se filie a uma associação de lojistas de
shoppings, que serve para dirimir questões de locatários de shopping e proprietários.

O contrato de locação de shopping é muito diferente.


Existem determinadas marcas que atraem o público, e estas marcas podem estar em diversos
estabelecimentos.
O poder de atração de uma marca produto ou serviço, é melhor para todos.
No declínio da marca, quando ela não atrai mais o público, as vezes o locatário continua, mesmo
com a marca sem potencial, sabe que não terá condições de se instalar em outro local e aproveita o
público de passagem do shopping.
O empresário locador não está mais tendo lucro, deixa de ganhar, e este prejuízo se reflete aos
demais locatários, pois a marca não atrai, então o locador pode, tem o direito de retomar o imóvel
para colocar uma marca que atraia mais público.
Alguns entendem que o locador tem o dever de retomar o imóvel, caso este não atraia mais o
público, pois está prejudicando toda coletividade
(o professor cita sua visita ao shopping, “se escondendo de parentes” em que não tinha intenção de
comprar e adquiriu um livro “dieta compatível com seu grupo sangüíneo”, está usando a dieta e
realmente funciona!!!)
A localização das lojas no mesmo local atrai público, isso comprova a extrema diferença do
contrato de locação de shopping com outra locação comum.

Natureza do contrato de locação de shopping


Tem natureza diversa e diferenciada, de contrato não-residencial, empresarial.

3
A natureza do contrato de locação de shopping é atípico e misto: contrato com uma série de outros
contratos, previstos no art. 54 lei 8245/91, são as “condições livremente pactuadas”
Coligação de contratos de espaços de shopping, inseridos outros contratos, é a coligação, nos quais
predomina o contrato de locação. Cada clausula estabelecida coliga a outro contrato.
Exemplo: No contrato de locação autorizar o locador a fiscalizar a contabilidade=coligação de
contrato; Aluguel variável=coligação de outro contrato
O locador oferece a infraestrutura do shopping (estacionamento, segurança...)
Há também uma corrente que entende que o contrato de shopping seria uma locação de
estabelecimento, (contrato de locação de estabelecimento) situado no shopping é uma denominação
para diferenciar a locação de shopping da locação comum.

Lei 8245/91 Art. 52 O locador não estará obrigado a renovar o contrato se:
§ 2º- “Nas locações de espaço em shopping centers, o locador não poderá recusar a renovação do
contrato com fundamento no inciso II deste artigo.
Art. 52, II - O imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de
comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge,
ascendente ou descendente.”

É proibido ao locador retomar o espaço para si.


Não é perfil do empreendedor de shopping usar este argumento, porque geralmente o locador
prefere administrar o shopping.
O professor não vê aplicação deste art (52,II) à locação de shopping. A estrutura que o shopping
tem é diferenciada. Esta regra está inserida na contestação da ação renovatória de locação.

Art. 54 “Nas relações entre lojistas e empreendedores de shopping center, prevalecerão as


condições livremente pactuadas nos contratos de locação respectivos e as disposições
procedimentais previstas nesta lei.”
Todo o processo de ação renovatória, e contestação de exceção de retomada, é regulada pelo
processo de locação não residenciais, aos espaços de shopping center, é uma norma de processo;
não é do direito material, não impede de adaptar a natureza da locação em shopping a realidade
social e econômica de hoje. Adaptar a lei a realidade social.
Exemplo: Empresário que já não tem mais sua marca como atrativa, os locatários vizinhos também
são prejudicados. Se questiona se aplica o direito à propriedade ou a renovação (desinteressante)
para o locador (e os demais locatários). O mais coerente seria inverter o ônus da prova deixando o
locador provar a circunstância, estará legitimado a retomar o imóvel, indenizando o locatário.
Locação de shopping:
Art. 54 c/c § 2º, 52
Art. 54 – a) e b)despesas não podem ser reportadas ao proprietário.
Existem despesas que pertencem ao proprietário

Lei 9279/1996 - Lei propriedade industrial


Art. 2º
Atos registráveis: marca, desenho industrial.
Patente (confere proteção): invenção, modelo de utilidade O órgão encarregado de expedir a patente
e o certificado de registro é uma autarquia: INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), a
apartir do momento da expedição da patente, existe a proteção e o uso exclusivo na pessoa do seu
titular.

Aula do dia 29/9/2006


Os quatro bens imateriais integrantes da propriedade industrial são: a invenção, o modelo de
utilidade, o desenho industrial e as marcas. São os quatro bens. A lei confere aos quatro bens a
proteção a seu titular. Conferir a proteção com seu uso exclusivo, evitando que outros venham a

3
utilizar. Conferir ao titular a proteção com seu uso exclusivo. Lei 9279/96 – código da propriedade
industrial. O código confere essa proteção a uma autarquia federal que é o INPI.
Quanto a invenção e modelo de utilidade, o ato que lhe confere a devida proteção legal é chamado
patente. Através da expedição pelo INPI da chamada Carta Patente. É o documento que confere
toda a proteção. Conclusão: invenção e modelos utilitários são bens patenteáveis.
Quanto ao desenho industrial e marcas, o ato que confere a devida proteção é o certificado de
registro. O desenho industrial é usualmente conhecido pela expressão design. Essa palavra é
sinônima. A própria lei a ela se refere assim.
Lei 9279/96, ART 2º, I a III. – está a designação desses quatro bens.
Ao autor da invenção ou modelo de utilidade, será lhe conferido o direito da patente, que assegura a
propriedade.
O ato inicial que visa obter a concessão definitiva da carta patente é o pedido de depósito. Pedido
junto ao INPI, onde o legitimado é a parte interessada. Para todos os efeitos essa pessoa é
considerada o inventor. O interessado como parte legitimada para requerer. Pessoa considerada o
inventor. Não tem como duvidar da legitimidade e sinceridade de quem faz o pedido. Presume-se a
boa-fé. Não dá para contestar a legitimidade e da sinceridade da pessoa que está ingressando com o
pedido. Alguém, mais tarde, pode reclamar.
Podem requerer a invenção, estão legitimados, o inventor, seus herdeiros ou sucessores. A
legitimação é estendida caso venha a falecer o inventor.
Pelo cessionário, cessão de direitos. O autor da herança pode ter transferido os direitos. Contrato de
cessão de direitos.

Contrato de trabalho ou prestação de serviços


Invento criado por empregado na vigência do contrato de trabalho. Invento no âmbito da empresa.
Empregador pessoa jurídica ou pessoa natural. Empregador teu tempo e condições para criar os
inventos. Empresa fornece os meios para empregado inventar. ART 80.
Também na prestação de serviços o prestador pode se dedicar a inventar. Nesses casos a patente
pode ser requerida por quem foi previsto no contrato.

ART 7º - dois ou mais requerem. A preferência é daquele que depositou o pedido antes. Vale quem
protocolou antes.
ART 8º - condições da patenteabilidade. Novidade, desimpedimento.
A lei não define o que é invenção. Formar idéia diante dos elementos da lei.
O desenho é apenas no campo do visual. A marca é um símbolo que identifica produtos e serviços.
Existem marcas com elementos identificadores do nome empresarial.

ART 18 – desimpedimento.
Programas de computador em si não é invento. Softwares fazem parte dos direitos autorais. Não são
patenteados, mas são registráveis.
ART 11 – algo não conhecido no mundo científico. Essa é a característica da novidade.
ART 13 – invento contém certa engenhosidade. É produto da inteligência humana.
ART 14 – atividade inventiva ou inventividade. Não decorra de maneira comum ou vulgar do
estado de técnica.
ART 15 – terceiro requisito de patenteabilidade . Ter aplicação industrial. A aplicação é um
requisito necessário para ser patenteado.
ART 18 – quarto e último requisito. Desimpedimento. Não são patenteáveis o que for contra a
moral e bons costumes.
Novidade, atividade inventiva, aplicação industrial e desimpedimento são os requisitos.

ART 30 – sigilo pelo prazo de 18 meses.


ART 75 – proibição de publicação de inventos que interessam à segurança nacional.

3
Depois de 18 meses tem que haver a publicação e todo público tem acesso. A liberação invade o
segredo do invento.
Se alguém usar meu invento, eu que tenho que buscar as medidas para impedir. Muitas vezes os
inventores preferem não registrar o invento. Mas correm o risco de alguém depositar antes.
A lei faculta que todos tenham acesso ao invento.

ART 31 – quem quiser se opor deve subsidiar o exame. Documentos que embasem as alegações.
Prazo de 60 dias contados a partir da publicação.
ART 38
ART 39 – requisitos da carta patente.
Vigência da patente de invenção e modelo de utilidade. 20 e 15 anos. Os prazos são renováveis?
Não há disposição na lei sobre isso.

ART 42 – proteção. Direito de controle do próprio autor do invento. Devia ter sido criado órgão
específico para controlar os inventos.
ART 44 – indenização pela exploração indevida do objeto.
ART 46 – possível obter declaração de nulidade. Principalmente de inventos que não tenham os
requisitos.
ART 56
ART 57 - Justiça Federal. Intervenção obrigatória do INPI.

Aula do dia 3/10/2006


Lei 9279/96

Invenção e Modelo de atividade


Competência da justição federal, intervenção do INPI
Intervenção art. 57 “ A ação de nulidade de patente será ajuizada no Foro da Justiça Federal, e o
INPI, quando não for autor, intervirá no feito”

Duas modalidades:
Licença Voluntária ou Convencional
Art. 61 – “ O titular da patente ou depositante poderá celebrar contrato de licença para exploração”.
É lícito licenciar o seu uso.
Art. 62 – “O contrato de licença deverá ser averbado no INPI para que produza efeitos em relação a
terceiros”. Contrato deve ser averbado no INPI “tem interesse público”
Art. 64 – “O titular da patente poderá solicitar ao INPI que coloque em oferta para fins de
exploração.
§ 1º - O INPI promoverá a publicação da oferta.”
O titular recorre ao INPI para oferecer sua oferta com o objetivo de atingir o maior número de
pessoas.

Licença Obrigatória ou Compulsória


Do modelo de utilidade ou invenção, da patente, a obrigatoriedade da sua destinação industrial visa
o interesse social, em favor do público em geral, é para beneficiar o maior número de interessados.
A lei obriga que seja compulsóriamente licitado. Toda licença tem um motivo, ou seja beneficiar
pessoas. Se a exploração da patente não está atendendo o interesse social, ou se o titular da patente
não está explorando, vem a lei e obriga que ela seja compulsoriamnete explorada.
Art. 68 - “ O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsóriamente se exercer os direitos
dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico
comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial.
§ 1º - Ensejam, igualmente, licença compulsória:

3
a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação
incompleta do produto , ou ainda a falta de uso integral do processo patenteado, ressalvado os
casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a importação; ou
a comercialização que não satisfazer as necessidades do mercado.”
Estou explorando a patente mas não estou atendendo a finalidade social, ou seja beneficie o maior
número possível de pessoas.

Art. 69 – “ A licença compulsória não será concedida se, à data do requerimento o titular:
justificar desuso por razões legítimas;
comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para exploração; ou
justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal.”

Matéria de defesa do titular da patente. Processo administrativo perante o INPI


A própria lei impede que explorasse convenientemente. Art. 69“matéria de contestação” do titular
da patente.
Art. 75- “patente de interesse da defesa nacional”

Causas de extinção da patente


Art. 78 – “ A patente extingue-se:
pela expiração do prazo de vigência;
pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros;
pela caducidade;
pela falta de pagamento de retribuição anual, nos prazos previstos no § 2º do art.84 e no art. 87;
e pela inobservância do disposto no art. 217.
Parágrafo único: Extinta a patente, o seu objeto cai em domínio público.
Art. 80- Caducará a patente, de ofício ou a requerimento de qualquer pessoa com legítimo
interesse, se, decorridos (2) dois anos da concessão da primeira licença compulsória, esse prazo não
tiver sido suficiente para prevenir ou sanar o abuso ou desuso, salvo motivos justificáveis”.

Patente na vigência do contrato de trabalho


Art. 88 a 93 – Patente na vigência do contrato de trabalho. Empregado cria equipamento, pertence
ao empregador. A retribuição do empregador ao empregado é o salário mensal.
Art. 88- Patente pertence exclusivamente ao empregador.
§ 2º:
“Salvo em contrário”: Até um ano após a extinção do vínculo empregatício. Se o empregado
requerer a patente um ano após o rompimento do contrato de trabalho, a propriedade é do
empregador (ainda que se passe um ano). O empregador deu os recursos necessários para criação do
invento.
Fora do prazo de um ano, o empregador prova que forneceu os recursos e que o empregado
deliberadamente deixou passar o prazo legal, para ele empregado apropriar-se indevidamente da
titularidade da patente
Art.867 do cpc pode ser aplicado ao caso citado, pode interromper o prazo, com base neste artigo.
O professor pede para analisarmos se é possível aplicar o art. 867 do cpc, ao caso citado.
Art. 89 – O empregador poderá pagar ao empregado uma remuneração adicional pelos recursos de
uso da patente. Ex. Está dando 10% dos lucros auferidos
A norma geral do direito do trabalho, é de que qualquer benefício incorpora ao salário do
empregado.
O parágrafo único determina que não incorpora ao salário do empregado.(alguns entendem que o
direito empresarial não pode interferir em questões de direito do trabalho, entendem que o
percentual incorpora ao salário)
Outros entendem que o vínculo empregatício é particular está embasado numa relação de de invento
ou modelo de utilidade.

4
O código da propriedade industrial não está mexendo na justiça do trabalho, e regulou conforme lhe
convinha esta situação particularizada.
A lei quis garantir que o empregador estimule a produção do empregado sem correr o risco de
tomar “um torpedo na justiça do trabalho”

Art. 90 – Pertencendo ao empregado a invenção, desvinculando o contrato de trabalho, não usou o


ambiente de trabalho. Criou o modelo de utilidade em casa, sem vínculo empregatício.
Existem situações que ficam na linha divisória: O empregador permite que o empregado no fim do
expediente, leve para casa emprestado algumas ferramentas. O empregador adianta dinheiro para
que o empregado dê andamento ao invento.
A situação é duvidosa, deve ser decidida no judiciário.
Ex. Se o empregador permito que o empregado crie e guarde seu invento no local de trabalho, mas
só isso, sem usar recursos do empregador. Pertence ao empregado.
Base legal da propriedade exclusiva na pessoa do empregado. Não há vínculo. Não há fornecimento
de recursos. Invento criado fora da empresa
Cria o modelo no local da empresa, pertence ao empregado, a empresa permitiu.
Art. 91 – Se houve colaboração de empregador e empregado nos recursos para criação do
invento=50 % para cada um se o contrato de trabalho for omisso
Se houver mas empregados para dividir 50% para o empregador e 50% entre os empregados
§ 2 º - É garantido ao empregador o uso exclusivo da licença, e assegurado ao empregado a justa
remuneração.
§ 3º - O empregador tem o prazo para exploração, um ano a contar da data da concessão, e não da
data do depósito, se não observar o prazo a patente passa para o empregado.
Art.93 – O funcionário público foi autor de invento. È comparado a empregado, e o Estado
empregador, mesma coisa as fundações.
Este tema da justiça do trabalho é discutível.

Desenho Industrial
Art. 94 – Cria-se um visual novo, art. 95, proporcionando visual novo e original, fabricação
industrial
Ex. Desenhista cria um novo projeto de uma “cadeira do papai”, inova, e o resultado é uma cadeira
desconfortável, isso não importa, o que importa é o aspecto novo.
Art. 97- A novidade é questão técnica, e a originalidade é questão estética.
Art. 98 – Não é considerado desenho industrial obra puramente artística.

Prazo de vigência do registro


Art. 108 – “ O registro vigorará pelo prazo de 10 anos contados da data do depósito, prorrogável
por 3 períodos de 5 anos cada.
Depósito:protocolizalção do pedido.
Passou os 25 anos, pode o proprietário requerer outra renovação?
Art. 133 – Prazo de vigência da patente de invenção – 20 anos, a lei não diz se é prorrogável ou não
Prazo de vigência do modelo de utilidade – 15 anos, a lei não diz se é prorrogável
Prazo de vigência do desenho industrial – 10 anos mais três prorrogações sucessivas de 5
anos.
Prazo de vigência da marca – 10 anos prorrogados por períodos iguais sucessivos.
Marca: A lei deixa em aberto para que o titular possa renovar sempre, não cai no domínio publico.
Nos demais (patente, modelo de utitlidade e desenho)passado o prazo cai em domínio público.

3 Categorias de Marcas
Art. 133
Marca normal de produto ou serviço, usada para distinguir. Fianlaidade de evitar confusão no
mercado consumidor. Proteger os interesses da concorrência.

4
Marca de certificação, qualidade, natureza, materiais utilizados ex Isso 9001.
Marca coletiva, produtos ou serviços de membros de associação de produtores ou importadores

Art. 124- Existem sinais não registréveis como marca.


Art. 125 – Reprodução ou imitação de titulo de estabelecimento, suscetível de causar confusão.
Preocupação com o título do estabelecimento. O título é nome que o torna conhecido, e o local onde
exerce sua atividade. O nome empresarial é identificação do empresário. Marca sinal distintivo de
produto ou serviço. Portanto nada a ver uma coisa com a outra.

Aula do dia 06/10/2006


Constituição federal, ART 5º, XXIX
NE 8934/94, ART 33 + ART 5º + 1800/96, ART 62, § 1º - Civ 1166 (Civ 1150 + 1155, § único)
ML 9279/96, ART 129 + ART 124, V (LRE, ART 32, II, e)

Marcas
Princípio da especificidade de proteção das marcas.
O INPI classifica as marcas por categorias, vestuários, etc. Classes específicas onde estão
determinados produtos. A proteção estende-se ao limite daquela categoria.
Ex.: fábrica de fornos mecânicos, fábrica de cuecas.
Por especificidades são categorias de produtos diferentes. Exceto ART 125 – a marca de alto
renome não pode.
Colidência entre nome empresarial e marca.
Legislação de proteção ao nome.
A partir do ART 1166 do CC a confirmação dessa.. Proteção em nível estadual da sociedade e dos
empresariais.
Sociedades simples, associados. ART 1150.
A sociedade simples se vincula ao cartório de registro civil.
A proteção do ART 1150 a 1155. Registro civil é em nível municipal a proteção. A lei não resolveu,
é uma restrição na prática. Situação paradoxal.

Marcas – ART 129 da Lei 9279.

Registro de documento do interesse do empresário. Requerer que a Junta tome as medidas cabíveis
senão o registro fica cristalizado no seu nome. Requerer que a Junta tome as providências cabíveis
no sentido de impedir que qualquer registro posterior contenha elementos característicos ou
diferenciados da sua marca.
Situação em que alguém tem a sua marca registrada e que a rigor, deve manifestar protegido,
porque a rigor, como vimos, a proteção se dá em nível nacional, Mas como não existe um banco de
dados integrado, o titular da marca sempre vai ficar desprotegido de que nomes empresariais que
são registrados futuramente se valham do elemento característico ou diferenciados integrante de sua
marca. Ou seja, previne dessa forma.
Embora a letra e não diga respeito diretamente, é fora de qualquer dúvida razoável que possa incluir
na letra e meu certificado de registro de marca. Porém ninguém faz isso. Esperam acontecer e aí,
passando o tempo, se não obtém uma liminar para impedir o usurpador a continuar usando o nome,
já era. Requer a liminar que pode ou não ser concedida.

A proteção da marca se dá em nível nacional. Certificado de registro de marca.


A proteção está em toda na Constituição Federal. Por isso devia ter um banco de dados que se
cruzasse, para qualquer pessoa que se registrasse estivesse protegida. No Brasil, pra se proteger, só
se se virar.

ART 126, Lei 9279/96.

4
ART 158, do Código da propriedade Industrial.
Protocolizado o pedido de registro de marca perante o INPI, passa-se perante um processo
administrativo de admissibilidade e final julgamento quanto ao requerimento do pedido de registro.
Passa por toda uma tramitação administrativa. Essa tramitação inclui apresentação de oposição no
prazo de 60 dias. Então ocorre a publicação no Diário Oficial de que foi feito o pedido de
determinada marca. Aí terá que ler sempre as notícias referentes aos pedidos de registro de marca.
Tenho um nome empresarial registrado na Junta Comercial e da leitura do diário oficial o que
constato que deu-se entrada ao pedido de registro de uma marca que contém elementos
caracterizadores do meu nome empresarial. Registrou o nome empresarial e por enquanto ninguém
Usou. É obrigado sempre que o INPI publicar pedidos de registro de marca acompanhar. Verificar
se aquele pedido contém ou não elementos característicos ou diferenciadores que integram o meu
nome empresarial. Se ocorrer, vou me obrigar a no prazo de 60 dias apresentar oposição. Corro o
risco de contestação. Provavelmente o INPI vai indeferir o pedido, se provar que aquele pedido de
marca tem elementos que integram no todo ou em parte o meu nome empresarial. Só saberei através
da publicação. Só através da leitura saberei dos pedido semelhante ao meu nome empresarial.
Tenho o direito de evitar que alguém se utilize indevidamente de elementos contido no meu nome
empresarial. Então a primeira solução é acompanhar a leitura do diário oficial, sempre que publicar
pedido de registro de marca. É algo que dá trabalho. Como a lei diz que a proteção é automática
mas não estabelece a devida fiscalização por parte do estado, para variar. A lei não promove a
fiscalização. Dá a proteção, mas não executa. Se registrar o nome empresarial hoje e não tomar
nenhuma providência, está sempre sujeito a amanhã ou depois alguém registrar parte do nome pra
ser utilizado na composição de uma marca.

Daí terá que ser tomada medida administrativa ou judiciária. E daí se arrisca a perder. Tem que
impedir. Mas não é certo que consiga convencer o juiz. Mas pelo menos manifesta oposição.
Manifestando provavelmente vai acontecer de impedir o outro registro.
Se o outro ainda não registrou, não houve efeito público, que prejudicasse a imagem do meu nome
empresarial. Se já registrou, fica sujeito a obtenção de uma liminar, o que é sempre duvidoso. Mas
se entro, pelo menos impeço que ele use elemento do meu nome empresarial.
A garantia maior do INPI, do órgão federal. Preferência pela proteção em nível nacional.
A outra opção seria ao registra ou até antes pleitear um registro como marca do elemento
característico ou diferenciador do nome empresarial. Essa seria a melhor opção. Antes de registrar o
nome empresarial fazer junto ao INPI o registro com marca do elemento característico ou
diferenciador do nome empresarial. È o duplo registro. E esse confere dupla segurança,
tranqüilidade. Mas a vida é feita de opções.
Mas no momento que deposito tenho a prioridade do depósito daquele elemento característico com
marca. O registro na junta comercial vai sair antes, mas já depositei o elemento característico com
marca perante o INPI.

Propriedade industrial
Bens imateriais. Patentes de invenção e patentes de modelo de atividade. Registro de desenho
industrial e de marca.
A proteção do INPI, que é uma autarquia federal. Em relação aos quatro bens de propriedade
industrial é atribuir ao seu titular o uso exclusivo do direito decorrente. Quanto aos dois primeiros,
o documento que confere a proteção é a patente ou carta patente. Quanto aos dois últimos o
documento que comprova a titularidade é o certificado de registro. Dois bens patenteáveis e dois
registráveis. A proteção aqui se dá em nível nacional.
Todos os demais aspectos relativos a proteção estão amparados aqui.

Aula do dia 13/10/2006


Pessoal, se alguém souber quem tem essa aula me avise. Foi a primeira depois da Prova, logo
depois do feriado do dia da criança e ninguém tem essa aula.

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Empresarial 17-10-2006

Obrigações do empresário e da sociedade empresária

1º-Inscrição do empresário no Registro:


Art. 967 cc: É obrigatória inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da
respectiva sede, antes do início de sua atividade.

2º-Escrituração e elaboração de balanços:


Art. 1179 cc: O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação respectiva e a levantar aualmente o balanço patrimonial o
de resultado econômico.

3º-Livros empresarias, livro obrigatório comum:


Art. 1180cc: Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser
substituido por fichas em caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

Há também além dos livros comuns os livros obrigatórios especiais:


3 hipóteses:
Em razão do tipo de atividade empresária exercida;
Em razão do sistema administrativo eleito pelo empresário ou pela sociedade empresária;
Livros especiais conforme o tipo de jurídico da sociedade;

Decreto 1102/1903 art. 7º- instui para os armazéns gerais o livro de registro de entrada e saída de
mercadorias. O armazém geral, é um depósito de objetos, arroz, parentes...O depositante pode exigir
do armazém Warrant, dois títulos de crédito, equivalente ao valor das mercadorias. O warrant é um
título que pode ser penhorado em caso de empréstimo. Ex. peço um empréstimo, meu credor pede
uma garantia, eu preencho o warrant, destaco e entrego ao credor, o credor tem os bens como
garantia. O meu credor pode transferir a titularidade do warrant. Posso também assinar o
conhecimento e vender as mercadorias. Se o meu credor quizer saber se as mercadorias existem, é
só consultar o livro de registros do depósito, entrada e saída de mercadorias. Esse é o motivo que a
lei exige o registro de entrada e saída de mercadorias

Lei 5474/68 art.19 – Duplicatas mercantis e duplicatas de prestação de serviços. Todos os


empresários podem valer-se do desconto de duplicatas. O empresário saca a duplicata pelo valor do
contrato de desconto bancário.
Ex. vendi mercadorias a prazo, o banco antecipa ao empresário o valor das duplicatas, é efetuados
um contrato de desconto, com base nas notas fiscais-fatura apresentados. Pode também endossar a
duplicata a um credor. È um título de fácil negociação.
A duplicata pode ser negociada através de um contrato de faturização. O faturizador antecipa
através de um contrato de faturização. Não é tão complexo como o contrato de desconto com o
banco, é mais simples, mas em compensação a taxa de desconto é maior. Se o empresário utiliza o
desconto das duplicatas, ele deve registrar é obrigatório, conforme artigo 19. Com a antecipação
obtém capital de giro antecipado.
Livros em razão do tipo jurídico da sociedade – lei 6404/76 art. 100 – Estão relacionados os
principais livros especiais. Além dos livros comuns obrigatórios e especiais obrigatórios permite-
se também os livros auxiliares, ou facultativos não são livros obrigatórios. Se faculta ao empresário
instituir, para auxiliá-lo nos negócios. Ex. Livro diário do caixa (principalmente se for parente).

4
A obrigação da escrituração dos livros não se estende a microempresários ou microempresas, e
pequenas empresas estão livres da obrigação do livro de registro. Art. 1179. Não pode se valer desta
regra os otantes pelo “simples” (sistema de recolhimento único de imposto)
Art. 1181 cc: Salvo disposição especial de lei, os livrois obrigatórios e, se for o caso, as fichas,
antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Púlico de Empresas Mercantis.
Art. 1180 cc: o livro pode ser substituído por fichas, folhas de computador, depois encaderna,
substitui o livro.
Art. 1181cc: As fichas soltas antes de usadas devem ser registradas, escrituradas na junta comercial.
Requisitos intrínsecos art. 1182- Sem prejuízo do disposto do art.1174 , a escrituração ficará sob
responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
A contratação de um contador – intrínseco
Art.1183- A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil,
por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões,
emendas ou transportes para as margens.
A escrituração deve atender os princípios da contabilidade
Parágrafo único: É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro
próprio, regularmente autenticado.
Art. 1184 – Documentos de suporte dos lançamentos contábeis, livros auxiliares, balanço
patrimonial.

Art. 1185 – Permitido o uso de fichas de escrituração, para substituir o livro diário.
Art. 1186- Posição diária.
Art. 1187 – Inventário
Art. 1188- Balanço patrimonial da empresa, ativo e passivo.
Art. 1189-Aplicação dos princípios gerais à contabilidade.
Estes são os requisitos intrínsecos a respeito da escrituração contábil

Eficácia Probatória dos Livros Empresariais


Art. 379 Cpc: Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam também
a favor do autor no litígio entre comerciantes.
Para ser eficaz o livro empresarial tem que atender os requisitos extrínsecos e intrínsecos, pois
produzem provas a favor do empresário.
Ex. Pago uma dívida em dinheiro, perdi o recibo, e agora exige prova de que paguei. Mas se eu
lancei no meu livro de saída. Prova de pagamento. O outro que prove o contrário.
E se a outra parte não for empresária (provam a favor do autor no litígio entre comerciantes), a
exclusão do 379 tem sido abrandada, no mínimo, admitem a prova indiciar, é um princípio de
prova, prova comprovar com outros documentos. Já teve casos em que o litígio entre empresário, e
não empresário, o juiz aceitar o registro no livro com prova.
Art. 378 Cpc: Os livros comerciais provam contra o seu autor.
Quando os livros evidentemente não estiverem revestidos dos requisitos intrínsecos ou extrínsecos,
serão considerados ineficazes para efeitos de prova.

Princípio da Inviolabilidade dos Livros Empresariais


Art. 1190 cc: Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob
qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou sociedade
empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas na lei.

O empresário tem o direito de não revelar, principalmente aos concorrentes a sua forma de
trabalhar.
A lei fala “ressalvados os casos previstos em lei”

4
Art. 1193 cc: As restrições estabelecidas neste capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por
inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de
impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
Os fiscais estaduais, fiscais da previdência, fiscalização da legislação do trabalho, podem ser
auditados pelas autoridades fazendárias. Este exame se restringe ao pagamento ou não dos
impostos, sonegação fiscal, o exame fica restrito do cumprimento da obrigação fiscal. Não pode
invadir a privacidade dos negócios da empresa.

Quanto às exceções ao princípio propriamente dito:


Art. 381 Cpc: O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibição integral dos livros
comerciais e dos documentos do arquivo:
I - na liquidação de sociedade;
(para encerrar a sociedade)
II – na sucessão por morte de sócio;
(pode interessar aos novos participantes que sucederam ao falecido ver os livros)
III - quando e como determinar a lei;

Exceção à regra geral “ exibição integral”


Regra geral “inviolabilidade dos livros”
Exceção: Exibição integral, exibição parcial – essas regras do Cpc, foram ampliadas pelo 1191 do
código civil.
Em caso de falência, a lei obriga que a sociedade falida apresente seus livros ao administrador da
falência, motivo: preservar o interesse dos credores.
Todas estas hipóteses de análise dos livros são restritas e plenamente justificáveis.
§1º art. 1191 O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação, pode a requerimento
ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas sejam examinadas na
presença do empresário ou da sociedade empresária que pertencerem, ou de pessoas por estes
nomeados, para deles se extrair o que interessar à questão. (exibição parcial)
Art. 1194 – O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda
toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não
ocorrer a prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
Existe uma idéia geral de que se deve guardar por 5 anos os livros. Isto não é o que está escrito no
art. 1194. Quando a lei não fixar prazo maior o prazo é de 10 anos, mas pode fixar prazo maior.
Depende do tipo de lançamento no livro.

Aula do dia 20/10/2006


Com a falência evita que o patrimônio seja mais comprometido.
Bens passam a servir de pagamento. Patrimônio fica a interesse dos credores.

ART 987 CC
Meios comuns de prova: documental, testemunhal e pericial
Qualquer tipo de documento por escrito serve para provar a sociedade. Provada a existência, pode
falir.
Vai falir a sociedade e os sócios. Ficam inabilitados de exercer atividade empresária. Depois de
saldadas as dívidas, tornam a estar habilitados.
ART 990 CC
Aqui estudamos sócios pessoas capazes.
ART 987, primeira parte – sócio que prova existência perante outro sócio, só por escrito. Existência
perante a outro sócio só por escrito. Qualquer declaração. Os terceiros podem provar de qualquer
modo.
Lei 11101/2005, ART 81

4
ART 988 – patrimônio pertence em comum a todos os sócios, já que não têm personalidade
jurídica.
Tem existência separada das pessoas de seus sócios. Patrimônio separado. Relação às dívidas
sociais.
O pacto entre os sócios não tem função com relação a terceiros porque não há personalidade
jurídica.
O nome está no mundo dos fatos e não tem proteção jurídica.

SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO


ART 991 – exercida unicamente pelo sócio ostensivo. Duas categorias de sócio. Um o ostensivo e
os outros os sócios participantes ou ocultos.

Aqui as regras são todas diferentes. Quem aparece é o sócio ostensivo. Quem contrata pode não
saber da sociedade. Quem põe a cara pra bater é o sócio ostensivo. A palavra sócios ocultos dá a
finalidade desse tipo de sociedade. Sócios que não querem aparecer.
As obrigações são contraídas em nome do sócio ostensivo (empresário). Os sócios participantes não
querem aparecer. O motivo é próprio de cada um.
Não se sabe que estão operando por meio de sócio ostensivo. Ex.: políticos.
Essa sociedade não tem personalidade jurídica.
A lei não se preocupa com o tipo de atividade.
Sociedade em conta de participação dispensada do registro. Protege para não se saber o nome dos
sócios ocultos. Dispensa o registro na junta comercial.
Legalmente existe e está amparada na lei.
Pode ser o sócio participante outra empresa, pessoas jurídicas ou pessoas naturais.
A finalidade do sócio oculto é não aparecer.
IN 31/2001
Não tem como fiscalizar essa sociedade. O fisco resolveu regular. Mas pode declarar o que quiser.
ART 992 – meios comuns de prova. Mas se está sempre diante da figura do sócio.
ART 993 – a finalidade básica é ocultar os sócios ocultos. A lei permite que o contrato dela vá ao
registro. Mas os efeitos são: conhecer os sócios (publicidade) e adquirir personalidade jurídica, mas
aqui esse efeito não se dá. Ninguém em sociedade em conta de participação tem interesse no
registro.
ART 993, § único – sócio participante não pode administrar sociedade. Sócio participante que
quiser administrar responde solidária e ilimitadamente.
ART 994 – os bens trazidos pelo sócio é patrimônio especial. Patrimônio vinculado aos sócios.
Sociedade não tem patrimônio.
ART 995 – a sociedade não pode ser declarada falida. A falência é do sócio ostensivo. Ele pode ser
declarado falido por exercício de atividade empresária paralela. A sociedade em conta de
participação não está sujeira a falência. A falência é apenas do sócio ostensivo.
Pode falir o sócio participante. Ele pode ser empresário individual. Podem falir os sócios e não a
sociedade.
ART 995 + ART 5º, XIX CF
ART 996 – todas as sociedades, quando terminam, passam por três fases: dissolução, liquidação e
extinção. Primeiro aparece a cláusula dissolutória. Extinção é a baixa na junta comercial. Isso
acontece com qualquer tipo de sociedade.
A sociedade em conta de participação não tem as três fases. Ela se liquida por prestação de contas.

Empresarial 24-10-2006

Sociedade em conta de participação


A sociedade em conta de participação não tem nome empresarial. A sociedade é levada a efeito pelo
sócio ostensivo.

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Art. 991 – Na sociedade em conta de partipação, a atividade cosntitutiva do objeto social é
exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individuale sob sua própria e exclusiva
responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.

Pode ter personalidade jurídica? Não. Sociedade em comum também não tem. Mas pode ter se os
sócios levarem a registro.
Mas na sociedade em conta de participação isto não acontece.
Art. 993 – O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu
instrumento em qualquer registro não confere personalidad jurídica à sociedade.
Arredou efeito automático do registro. Situçaõ anômala, mas prevista na lei. Contarria o comum.
O registro seria desinteressante pela pessoa dos sócios, que não querem ser identificados perante o
público. Ou seja, não tem nem adquire personalidad jurídica.

Essa sociedade não tem patrimônio. Não pode propor ação nem ser ré. Não titularidade patrimonial,
negocial e processual.
Não tem legitimidade para estar em juízo.

Pode ser levada à falência?


Lei 11.101-2005 Art. 1º- Esta lei disciplina a a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e
a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como
devedor.
Art. 994- A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio
especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
A sociedade não tem como ser declarada falida. Só o sócio ostensivo ou outros sócios. Não pode
requerer a falência, pois tem personalidade jurídica.
Dissolução, liquidação e extinção
Art. 996 – Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for
compatível, o disposto para sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à
prestação de contas na forma da lei processual.
Sua liquidação se dá pela prestação de contas. Ela não tem essas três fases na liquidação

Art. 914 Cpc – A ação de prestação de contas competirá a quem tiver:


o direito de exigi-las;
o direito de prestá-las.

Tem semelhança com a sociedade de fato, em comum. Mas esta, a qualquer momento, pode
adquirir personalidade jurídica.
A própria lei distingue as duas. A própria lei deu contornos difrentes. Uma não pode ser confundida
com a outra. Mas ambas existem no mundo dos fatos.

Uma sociedade irregular sempre tem personalidade jurídica. Sociedade em conta de participação
não pode ser irregular.
Tecnicamente não tem nada de sociedade. No fundo seria união de conjunto de interesse de pessoas.
Não podem optar pelo lucro presumido.
È evidente que a sociedade se prepara para sonegar imposto. Se presta muito para operações de
investimento.

Sociedade Simples
Este artigo serve de base as outras sociedades.
Requisitos do contrato social:
Art. 997 – A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de
clausulas estipuladas pelas partes, mencionará:

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I – nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais,
e a firmou denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
II – denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III – capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer
espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV – a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V – as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI – as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e
atribuições;
VII – a participação de cada sócio nos lucros e perdas;
VIII – se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

A sociedade pode ser formada por sócios pessoas naturais ou sócios pessoas jurídicas.
Tem que ter contrato por escrito.
Não pode usar a espécie firma ou razão social.
Seu objeto não pode ser do art. 966 caput. Seu objeto só pode ser o que está previsto no parágrafo
único.
A formação do capital social pode ser com dinheiro ou bens, que devem ser avaliados.
As prestações a que se obrigam os sócios são serviços.
Quem são os sócios administradores e qual o limite de seus poderes, livre combinação dos sócios.
Normalmente lucros e perdas são proporcionais ao capital social.
Conjugar o inciso VIII, com o artigo 1024:
VIII – se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
1024- Os bens particulares não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de
executados os bens sociais.
Antes de acabar o patrimônio da empresa não se toca nos bens dos sócios.
Inciso VIII arreda efeitos da cláusula do art. 1024, se mencionado no contrato. Lei permite que se
convencione.

Art. 998 – Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição
do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
Prazo de registro de 30 dias contado da data do contrato. Contrato no cartório de registro civil das
pessoas jurídica.
Art. 999 – As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997,
dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria
absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime.
Parágrafo único – Qualquer modificação do contrato social deverá ser averbada, cumprindo-se as
formalidades previstas no artigo antecedente.
Art. 1000 – A sociedade simples que instituir sucursal ou filial ou agência na circunscrição de
outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da
inscrição originária.
Parágrafo único – Em qualquer caso, a constituição de sucursal, filial ou agência deverá ser
averbada no Registro Civil de sua sede.
Extinção da responsabilidade dos sócios:
Art. 1001 – As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este não fixar
outra data, e terminam quando liquidada a sociedade, se extinguirem as responsabilidades
sociais.

Art. 1002 – O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento
dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social.

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Sócio não pode ser substituído sem o consentimento dos demais. Regra geral “affectio societatis” .
Afeto de sócio. Afeição recíproca. Confiança. O art. 1002 representa este princípio. Sócios não
podem se vincular a quem não tenha ligação, afeição.
A procuração não pode ser dada para: confessar crime, depoimento pessoal, depoimento
testamental. Nas demais hipóteses é permitido a qualquer um nomear procurador.
Art. 1018 – Ao administrador é vedado fazer-se substituir no exercício de suas funções, sedo-lhes
facultado, no limite de seus poderes, constituir mandatários da sociedade, especificados no
instrumento os atos e operações que poderão praticar.
É vedado ao administrador fazer-se substituir no exercício de suas funções.

Aula do dia 27/10/2006


Aqui falta o início

Indenização
Integralização de capital.

Exclusão do sócio remisso. A sociedade não quer a indenização então pode excluí-lo. Ou pode
querer a indenização. Ou reduzir o valor da cota.
São três opções: indenização, exclusão, redução e também, suprir. Se reduz, abre mão da exclusão.
Exclusão perde o vínculo de atividade societária.
ART 1031 – os sócios podem suprir a falta de pagamento do sócio remisso. Se optar pela exclusão,
abre mão da indenização. A preferência é pela indenização. Mas é optativo. Critério de preferência.
ART 1005
ART 1007 – regra geral de participação dos sócios nos lucros e perdas. Calculados com base nesse
percentual, mas as partes podem estipular diferente.
ART 1008 – não se pode convencionar que o sócio será excluído da participação do capital social.
Mas dependendo do valor, pode ser interpretado como exclusão.
ART 1009 – responsabilidade pessoal sobre lucros ilícitos.
ART 1010 – regra geral de deliberação dos sócios, de acordo com sua participação no capital social.
Maioria absoluta: metade mais um. Quem fizer 51% pode tudo. Na sociedade Ltda sé em parte.
Exceções estão contidas na Ltda.
§ 2º - empate na votação. São duas situações. Decisão onde está o maior número de pessoas. Ou vai
para o juiz resolver. Juiz fica administrando.
ART 1011, § 1º - crimes do Direito Penal. Administrador impedido.
A principal obrigação do procurador é de prestar contas quando exigido pelo mandante.
ART 914 CPC
ART 1013 – todos sócios autorizados para representar a sociedade. § 2º - perdas e danos. Sócio
realiza operações que a maioria não estava de acordo.
ART 1014
ART 1015 prática dos atos levada a efeito de forma isolada.
Saber se os sócios tem legitimidade pra fazer o que pretendem.
ART 1016 – responsabilidade pessoal dos administradores que causarem prejuízo a terceiros.
ART 1017 – restituição de créditos.
Sócio-administrador é vedado fazer-se substituir no exercício de suas funções. Normalmente os
sócios não tem muita visão e preferem passar a administração para gestores.
ART 1018 + ART 1002
Revogabilidade e irrevogabilidade de poderes – ART 1019
Só por justa causa ou juízo
É impedido de revogar os poderes salvo prova da justa causa.
Diversidade de tratamento para sócios.

Empresarial 31-10-2006

5
Art. 1019 – São irrevogáveis os poderes de sócio investido na administração por cláusula expressa
no contrato social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente a pedido de qualquer dos sócios.
Poderes ao sócio administrador concedidos em contrato:
Irrevogabilidade. Problema se poderes forem outorgados no contrato social. São irrevogáveis.
A exceção a irrevogabilidade é se for provada a justa causa. Os outros sócios tem promover ação
judicial para obter a revogação.
Ônus da prova incumbe a quem alega. Tem que provar.
A tendência do judiciário no recurso é prestigiar a primeira instância. Se não ganhar a liminar,
nunca mais tira ele da administração. Se conseguir a liminar, melhor.
Fica na dependência do judiciário, 99% não tem como revogar poderes de administração.
Poderes ao sócio concedidos fora do contrato:
E se os mesmos poderes forem concedidos fora do contrato, pode tudo, até imotivadamente.
Revogação imotivada. Não cometer o erro de nomear administrador no contrato. Corre o risco de
não conseguir revogar, se for em contrato.
Outro lado da moeda é se eu sou o cabeça e vou me aliar a “parentes”, se não der certo eu
permaneço e dispenso eles.
Jamais dar poderes a sócio administrador no contrato, com exceção deste caso.
1019- Revogar poderes dos sócios. Maldade instituída pelo Código Civil.
Art. 1020 – Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de sua
administração, e apresentar-lhes inventário anualmente, bem como balanço patrimonial de resultado
econômico.
Art. 1020 e art. 1179 – desdobramento
Art. 1179 - O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação respectiva e a levantar anualmente o balanço patrimonial o
de resultado econômico.
Art. 1021 – Salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a qualquer tempo,
examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da carteira da sociedade.
Sócio pode examinar a qualquer tempo os documentos . Pode fiscalizar a administração. Pode
fiscalizar os sócios que administram a sociedade.
Art. 1022 – A sociedade adquire direitos, assume obrigações e procede judicialmente, por meio de
administradores com poderes especiais, ou, não os havendo, por intermédio de qualquer
administrador.
Relações com terceiros. A sociedade é pessoa distinta dos sócios que a integram. Personalidade
jurídica distinta.
Art. 986 – Enquanto não escritos os atos constitutivos, reger-se-à a sociedade, exceto por ações em
organização, pelo disposto neste capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem
compatíveis, as normas da sociedade simples.
Sociedade em comum. Mesmo sem personalidade jurídica e distingue da pessoa dos sócios. A
sociedade em conta de participação não é sociedade.
Art. 1023 e 1024 - Clausula de responsabilidade subsidiária
1023 – Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na
proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
1024- Os bens particulares não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de
executados os bens sociais.
Regra geral:
Só após esgotado patrimônio da sociedade é que atinge o patrimônio dos sócios, quando forem
ilimitadamente responsáveis.
Isso não se aplica a sociedade limitada, pois o patrimônio dos sócios não responde. Respondem até
a integralização do capital social.
Art. 1025 – O sócio, admitido em sociedade já constituída, não exime das dívidas sociais anteriores
à admissão.

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Dívidas dos sócios anteriores à admissão. Quanto mais tempo tem a sociedade, maior o risco da
responsabilidade.
Art. 1026 – O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer
recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em
liquidação.
Parágrafo único: Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota
do devedor, cujo valor, apurado na forma do art.1031, será depositado em dinheiro, no juízo da
execução, até noventa dias após aquela liquidação.
Credor particular de sócio pode cair sobre lucros da sociedade, na insuficiência de outros bens do
devedor. Lucros vão para o credor. Credor particular, que não tem nada a ver com a sociedade.
Lucro não é natureza de verba alimentar. Isso é derivação de lucro social. Não precisa nem de
penhora aqui.
Na hipótese da sociedade estar sendo dissolvida, a sobra que seria destinada ao sócio seria
destinada a seu credor.
Valor das cotas e dos haveres sócio. Haveres são apurados através de balanço especial. Sociedade
paga valor relativo aos haveres. Se sociedade paga o valor equivalente aos haveres e como se
comprasse a cta. Exclui o sócio.
O sócio será desconstituído da sociedade. Poder de certa forma ilimitado ao credor.
Se prejudicar a saúde da sociedade, credor pode se dar conta e fazer acordo e receber em longas
parcelas ou coisa parecida. Se a sociedade não tem como pagar, dissolve. Direito de apurar
haveres do sócio.

Parentes:
Art. 1027 – Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se separou judicialmente, não
podem exigir desde logo a parte que lhes couber na quota social, mas concorrer à divisão periódica
dos lucros, até que se liquide a sociedade.

Art. 1028 – No caso de morte de sócio, liquidar-se-à sua quota, salvo:


I – se o contrato dispuser diferentemente;
II – se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
III – se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
Casal é sócio de sociedade, um deles apenas. O sócio vem a falecer. O cônjege dele é sócio. Cotas
vão para o inventário.
Sociedade não é obrigada a aceitar herdeiros como sócios.

Art. 1028-
Não querem mais, dissolve a sociedade. Mas se a minoria quer continuar, pode, desde que pague à
maioria que quer dissolver.

Caso de contrato omisso.


Pode admitir alguns e não admitir outros.
Herdeiros podem receber o equivalente ao que era pago ao sócio em vida, até que se conclua o
inventário.

Art. 1029-
Sociedades celebradas por prazo indeterminado – a maioria ou determinado
Princípio constitucional: ninguém é obrigado a permanecer sócio em sociedade por prazo
indeterminado.
Pode se retirar sem motivo. Mas se o prazo for determinado, a sociedade tem que permanecer. A
não ser que ocorra causa que justifique. Sócio não tem direito de se retirar imotivadamente.
O sócio que se retira deve receber seus haveres.

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Aula do dia 3/11/2006
ART 5º, XX CF
São dos dois os direitos do sócio: o de retirar-se e receber seus haveres. Não precisa ter motivo para
o sócio retirar-se da sociedade. E o sócio tem o direito de receber seus haveres até o momento de
retirada da sociedade.
ART 1031 – cálculo dos haveres
O direito de livre retirada do sócio não é possível de ser exercido quando se tratar de contrato social
com prazo de duração determinado. Porque se me associei a uma sociedade até dezembro, por
exemplo, me comprometi a permanecer associado aquelas pessoas por esse tempo. Não posso
quebrar a relação de confiança, porque pessoas acreditaram em mim tendo a certeza de que até
aquela data eu, com eles, permaneceria associado.

Não é justo retirar-me a não ser que tiver justo motivo, devidamente controlado.
Duas formas de celebrar contrato de acordo com o tempo: determinado e indeterminado. ART 1029.
Exercício desse direito é dar simples ciência aos demais sócios. Notificação com antecedência
mínima de 60 dias. Esses 60 dias foram exigidos pela lei para dar tempo para a sociedade calcular
os haveres do sócio retirante. Essa notificação obrigatória é requisito indispensável para o sócio
exercer o seu direito de retirada. Requisito ao direito de retirada, direito de recesso de sócio (duas
expressões com o mesmo significado). No momento em que a sociedade recebe a notificação do
sócio passa correr o prazo de 60 dias.
Pelo § único, por exemplo, no momento que o sócio que tem 30% do capital dá a noticia aos demais
sócios de que pretende se retirar. Pode a sociedade não ter dinheiro suficiente para pagar-lhe os
haveres. Normalmente o que se celebra nos contratos que os haveres do sócios retirantes devem ser
pagos de tal maneira. Mas normalmente é omisso e os haveres do sócio retirante devem ser pagos
em 90 dias. Se o contrato nada dispuser, o pagamento tem que ser efetivado em dinheiro. O direito
do sócio é receber os seus haveres em dinheiro. Pode também acontecer de no contrato estar
estabelecido que o pagamento se daria através de bens ou através de títulos ou duplicadas. È livre
convencionar-se no contrato social a forma e o prazo que o sócio deverá ser pago. Se nada for
convencionado o prazo é de 90 dias.

Se não houver dinheiro suficiente para pagar a solução, que está no § único, é que a lei confere aos
demais sócios majoritários, ao invés de pagarem o sócio, dissolverem a sociedade. Analisam que se
pagarem os 30% a sociedade ficaria inviabilizada. Diante disso, dissolvem a sociedade. Apuram o
ativo e paga o passivo. E sobra muito pouco para o pagamento dos sócios. Muitas vezes,
dependendo da situação da sociedade, do ponto de vista econômico, a saída da sociedade pode ser
um tiro no pé.
Na retirada se apuram os haveres. Para um sócio é mais interessante retira-se da sociedade do que
querer a dissolução da sociedade. E um problema estratégico ao retirar-se da sociedade saber como
ela está para que ela não seja dissolvida e não se ganhe nada.
No ponto de vista do direito, sociedade com prazo indeterminado tem o direito de retirar-se, não
interessa o motivo.
Na apuração dos haveres entra mais créditos do que débitos. Mensura o fundo de comércio para
pagar os haveres, coisa que não acontece quando há a dissolução. Entra tudo que está entre os ART
1142 a 1149 na apuração dos haveres. Na dissolução não entra nada disso. No processo de
liquidação não apura haveres, apura o ativo e paga o passivo, e na retirada apenas apura haveres.
Não calcula o aviamento, por exemplo.
Para um sócio individualmente é muito mais interessante retirar-se da sociedade do que pretender a
sua dissolução.

ART 1030 – ressalva do ART 1004: hipótese do sócio remisso, sócio que não integraliza o capital
social, que está em falta com a sua obrigação.. Sociedade pode optar entre indenização e exclusão.
Pelo ART 1030, o sócio pode ser excluído judicialmente por falta grave ou por incapacidade

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superveniente, judicialmente. A exclusão judicial já leva ao desespero, porque fica na dependência
da decisão do judiciário, que hoje leva séculos. Judicialmente incumbe o ônus da prova aos sócios
majoritários que pretendem a exclusão do sócio minoritário. Pode não existir como provar a falta
grave no cometimento de suas obrigações. Se não provar, ainda dá motivo ao sócio minoritário
querer uma ação de perdas e danos. Além de não conseguir retirar o sócio corre-se o risco ainda de
pagar perdas e danos.
Confrontando as duas situações, de um lado o sócio minoritário no exercício do direito de retirada é
livre. De outro lado, os sócios majoritários excluir condiciona a ação judicial. São duas situações
diferenciadas no exercício dos respectivos direitos. Dois pesos e duas medidas tecnicamente
considerando.
Na segunda parte, por incapacidade superveniente (fica louco), só quem tem legitimidade para pedir
a interdição são os parentes. Os sócios não têm essa legitimidade de pedir a interdição. Se o sócio
fizer loucuras, acaba por ser excluído por falta grave. Transforma a loucura em falta grave, pra ter
causa justificativa para sua exclusão. Sócios não têm legitimidade para interditar o louquinho. A lei
foi omissa ao não dizer que precisa ser interditado por sentença judicial. Se não foi, só podem
requerer as pessoas previstas no código civil.

§ único – um dos sócios, que é empresário individual, é declarado falido. A sociedade não é
obrigada a ter como sócio alguém que foi declarado falido. Isso porque perante o público, se ele é
declarado falido é só uma questão de tempo a sociedade ser declarada falida. A sociedade não é
obrigada e nem poderia mantê-lo, nem se quisesse, em razão da própria lei de falências, Lei
11101/2005, ART 123.
Massa falida é o conjunto de bens que antes estavam integrado ao conjunto de bens da sociedade.
Agora formam a massa falida, cujo representante é o administrador judicial. Falindo um, o
administrador é obrigado a arrecadar a cota social daquele empresário. A cota do sócio na sociedade
representa bens que serão convertidos em dinheiro. A sociedade vai calcular os haveres do sócio e
pagar a massa falida. No caso da falência já existe o interesse público. É obrigado a exigir o
pagamento. Já não é mais questão de acordo. Norma de ordem pública, não tem mais acordo.
Obrigação do administrador judicial. Obvio que o administrador tem que cumprir o contrato. Se
dizia que pagaria em 36 vezes, a massa terá que receber em 36 vezes. Tem que ser como dispõe o
contrato social. O ART 1233 manda que o administrador arrecade o valor da cota do falido e a
transforme em dinheiro.

ART 1031 – cálculo dos haveres do sócio que se retira da sociedade. Todo contrato social atribui
um valor as cotas sociais. Valor definido. Além do valor nominal das cotas, se entra no cálculo dos
haveres, que não tem nada a ver com o valor das cotas. São duas realidades completamente
diferentes.. Cotas e haveres não são a mesma coisa. O valor das cotas está no contrato social. Tem
que ser o valor das cotas devidamente atualizado. O sócio tem o direito de ser reembolsado do valor
de suas cotas. Isso porque contribuiu com o valor do capital. Se está se retirando tem o direito de ser
reembolsado do valor por ele colocado no capital social.
A apuração dos haveres. Balanço especialmente levantado, conhecido também como balanço de
determinação. Não tem nada a ver com o balanço geral. O balanço geral não se substitui a esse
balanço especial. A finalidade exclusiva é calcular os haveres do sócio retirante. Esse balanço
especial é fundado no chamado levantamento físico contábil. Conta tudo que a sociedade tiver
fisicamente mais os bens imateriais, como marcas. Em resumo, tudo o que se refere o ART 1142 do
CC, mais aviamento, fundo de comércio, potencialidade do empreendimento gerar lucros, tudo. Não
há critério legal. Os critérios são contábeis.
Quanto ao aviamento, calcula-se percentual de 3% a 5% sobre lucro líquido dos últimos 5 anos,
devidamente atualizado. Ou seja, retroagem até 5 anos, trago tudo para época atual e aplica 5%.
Comentaristas entendem que não tinha critério de cálculo pra aferição exata dos valores do sócio
que se retira, entendeu-se que é lícito ao juiz ultrapassar o percentual, o limite de 5%. Tudo pode

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variar. Tudo depende de cada caso, to tipo de sociedade e do ramo de atividade. Tudo varia de
acordo com as peculiaridades no caso concreto.
O cálculo é muito simples. O Juiz nomeia perito e às partes é facultada a indicação de assistentes
técnicos. Toma como valor o laudo do perito. Juiz então homologa os haveres do sócio baseado no
laudo do perito ou de um dos assistentes técnicos.
Se for proposta uma ação, se a sociedade no prazo de 60 dias não pagar os haveres ou comparecer
com haveres que o sócio retirante não concorda, aí vai propor a ação correspondente, que é a ação
de resilição parcial do contrato social. O único objetivo dessa ação é apurar os haveres do sócio
retirante. Ou seja, duas são as causas da propositura dessa ação: primeiro, a sociedade no prazo de
60 dias não deu a mínima pelota. A partir do 61º o sócio já pode propor a ação. Ou a sociedade deu
pelota, apresentou os cálculos, mas o sócio não concordou. Não concordando só tem uma solução:
ação de resilição parcial do contrato social, conhecido na prática como ação de dissolução parcial de
sociedade. Este último nome não parece correto porque não é a sociedade que está se dissolvendo, é
o sócio que está se retirando.
Tem que esperar completar o prazo de 60 dias para propor a ação.
A decretação da falência suspende o exercício do direito de retirada. Isso porque o crédito do sócio
será considerado crédito quirografado. ART 116 da lei de falências
A peculiaridade dessa ação de dissolução da sociedade é que ela será julgada sempre procedente.
Não tem como ser julgada improcedente, porque está lá na Constituição. A sociedade não pode
completar o pedido pretendendo obstar o exercício do direito de retirada. Isso é imotivado. Não tem
contestação e ainda por cima é condenado a pagar os honorários advocatícios, em razão da
procedência do pedido.

§ 1º - o capital social correspondente a redução. Há a redução do capital social, a não ser que os
sócios remanescentes integralizem o capital. Se 20% foi pago, tinha 100 de capital, então ficou só
80%. É facultativo que os sócios entrem com dinheiro para manter o capital inteiro e dividam entre
si os 20% que foram pagos. Se os sócios tiverem dinheiro, provavelmente vão fazer isso. Se não
tiverem, vão optar pela redução do capital social.

§ 2º - a cota liquidada será paga em dinheiro no prazo de 90 dias a partir da liquidação. Se o


contrato foi omisso, tem que pagar em dinheiro. Mas nada impede que as partes convencionem o
pagamento em qualquer outra forma. Se o contrato for omisso nada impede que as partes
convencionem o pagamento. Necessariamente não precisa ser em dinheiro conforme convenciona o
texto legal. Prazo de 90 dias a partir da liquidação, quando não couber mais recurso.
Sobre os 90 dias, temos duas opções. Primeiro, o pagamento foi realizado de uma forma espontânea
com os valores do balanço social. Acordou, 90 dias. Se tratar-se de ação judicial, daí temos sentença
que homologa os cálculos, recurso, vai para o STJ, alega ainda matéria inconstitucional, daí pode
levar dez anos. Finalmente, não tem mais recurso, daí tem mais 90 ou os 90 dias já passaram? A
essa altura, quem já esperou tanto tempo 90 dias a mais ou menos não faz diferença. Mas às vezes
pode acontecer que no prazo desses 90 dias a sociedade vai a falência e então o crédito é
quirografado. Crédito quirografado é crédito sem garantia. Ou seja, ele está em sexto lugares. São 8
categorias de credores na falência, os do sexto lugar só vão ser pagos quando os das cinco classes
anteriores forem anteriormente pagas. Na prática significa dizer que quem tiver sendo quirografado
será pago nunca.
Tecnicamente olhando diz que são 90 dias a partir da liquidação. Então só posso considerar a
liquidação efetivar quando a decisão judicial não for mais passível de recurso. A partir dessa data
vou contar os 90 dias. Pode ter ação de execução e requerimento de falência, que é o que ele menos
vai querer porque o crédito dele será de natureza quirografada. Normalmente não se chega a pagar
nem os créditos tributários na falência.

ART 1032 – retirada do sócio sem eximir parentes pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos
após averbada a resolução da sociedade. Ou seja, averbou na junta comercial a retirada do sócio a

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partir desse momento corre dois anos. O prazo só passa a contar da averbação, retirada ou exclusão
dos sócios depois de dois anos. Fica dois anos caminhando em brasas. No caso de exclusão, o sócio
tem o direito de ser pago, tanto do valor das cotas quanto dos haveres. Mas admite-se compensação
de prejuízos causados pelo sócio. Isso é doutrinário e jurisprudencial. Nada impede que o sócio
excluído conteste os prejuízos alegados na compensação. Se não houver prejuízo o sócio deve ser
integralmente pago dos seus haveres.

Aula do dia 10/11/2006


Contatando o liquidante que a sociedade não tem mais como pagar os réus credores ele é obrigado a
requer auto-falência. Lei 11101/2005 – ARTs 105 a 107. No entanto, o liquidante pode não
confessar a falência porque crê que recupera a empresa, que supera a crise. Então ele não requer.
Porém, qualquer credor pode requerer a falência da sociedade. Basta a qualquer credor, mesmo
estando em fase de liquidação, requerer a falência. E assim será declarada falida.
Quanto a concordata, isso está superado, porque hoje não existe mais concordata. Adaptar a figura
da concordata a recuperação judicial. Elas tinha um ponto em comum: o direito do empresário de
evitar a falência. Como a lei de falências é posterior ao Código Civil, eu teria então que adaptar a
figura da concordata a recuperação judicial. Porém a concordata tem um sistema e a recuperação
judicial outro. Nessa transposição a dúvida atroz que fica é se uma sociedade em liquidação tem
condições de superar a recuperação judicial. Porque ao tempo da concordata isso era possível. Com
a recuperação judicial mudou tudo. O cerne do problema está na lei de falências. ART 50.
Inevitavelmente um empresário ou sociedade empresaria, para se recuperar da crise financeira,
necessita dar continuidade a atividade empresaria. Aí se coloca a questão. Nem economicamente
nem financeiramente se constata qualquer viabilidade de uma sociedade em liquidação ter
condições de recuperar-se. Pode a sociedade legitimar-se para o direito ao acesso do pedido de
recuperação judicial? É só substituir concordata por recuperação judicial? É discutível. É um
enorme problema. Em princípio parece viável. Porque ambos os institutos tem a mesma finalidade.
Mas o sistema mudou tudo. Do ponto de vista do direito uma sociedade tem o direito da
recuperação judicial. Mas na prática não dá para apenas substituir uma pela outra. Do ponto de vista
operacional é inviável. Sociedade em liquidação pode pleitear pedido de recuperação judicial? O
juiz que vai ter que definir pra um lado ou pra outro. Do ponto de vista da aplicação do mecanismo
da aplicação da recuperação judicial se chega a conclusão que é inviável aplicar a recuperação
judicial a uma sociedade em liquidação.
No mecanismo legal se substitui uma por outra, no entanto. Mas do ponto de vista operacional não é
possível. Cabe ao juiz conceder ou não. A lei condiciona no ART 105 da lei de falências, que o
empresário ou sociedade empresária não tenham condições de cumprir a recuperação judicial. O
liquidante estaria obrigado a requerer recuperação judicial. O liquidante só pode confessar falência
se provar que não tem meios de cumprir uma recuperação judicial.

ART 1103, VIII – prestação de contas do liquidante.


ART 1103, IX – averbar a ata na Junta comercial. A junta dá andamento do expediente depois de
averbada a ata. Tem 30 dias pra processar o expediente. No fim deste item entra na fase de
extinção. A fase da extinção começa quando a ata da liquidação é levada para averbação na junta
comercial. Só não se sabe ainda se a junta vai acolher definitivamente a ata da liquidação.
Iniciada a fase de liquidação acrescenta-se ao nome da sociedade obrigatoriamente a expressão “em
liquidação”.
ART 1105 – poderes gerais do liquidante. Vai ultimar os negócios pendentes. A própria lei lhe
confere os necessários poderes. Também poderes especiais. São duas espécies de poderes: os gerais,
que dizem respeito aos negócios relativos a atividade empresária, e poderes especiais, que não estão
inseridos no âmbito propriamente dito da atividade empresária (alienar bens móveis ou imóveis)
A lei não diz nada sobre pedir autorização para os poderes especiais. Mas se sabe que se o
administrador se meter a vender imóveis, ele vai responder pessoalmente. Então é conveniente que
o liquidante obtenha autorização de todos os sócios para a prática dos atos. Os poderes especiais

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para serem exercidos necessitam de autorização especial. Mas ao que tudo indica a lei confere esses
poderes ao liquidante.
§ único - O liquidante não pode gravar de ônus real bens móveis e imóveis, nem mesmo alienar.
Quem não pode o mínimo não pode o máximo. O § único condiciona os poderes especiais a
obtenção de autorização.

ART 1106 – respeitados direitos de credores preferenciais, que são os que têm preferência no
pagamento. São os credores trabalhistas ou créditos para acidente do trabalho, direito real de
garantia, fisco e créditos tributários, credores com privilégio especial, credores com privilégios
gerais e credores sem garantia constituída, que são os credores quirografados.
Não se distinguem dívidas vencidas das que vão se vencer quando a sociedade está em liquidação.
As dívidas vincendas se consideram vencidas pela fase da liquidação. Pode considerar vencidas
quando iniciou processo de liquidação. Dentro dessa regra as dívidas que não se venceram serão
pagas com desconto. O desconto é proporcional ao tempo. Se vence daqui a dois anos, não pagará o
valor integral. Usará a taxa de desconto bancário. Reduz o valor considerando os dois anos em que
o credor vai receber seu pagamento antecipadamente. Diariamente a taxa varia. Então se aplica a
taxa do dia do pagamento. Se o ativo for superior ao passivo, cabe ao liquidante pagar integralmente
as dívidas vencidas, mas a lei diz que paga sob sua responsabilidade. A conclusão é que o liquidante
nunca vai pagar dívidas vencidas antecipadamente, mesmo com dinheiro em caixa. Porque a lei
ressalvou sua integral e pessoal responsabilidade. Pode pagar antes, pode, mas com o consentimento
de todos os sócios.

ART 1107 – rateios. Distribuição de dinheiro existente em caixa.


ART 1108 – assembléia para prestação de contas. Submete as contas aos sócios.
ART 1109 – a simples averbação não extingue ainda a sociedade. Precisa do arquivamento para
extinguir a sociedade e não a mera averbação.Se a averbação for acolhida e for dada a baixa na
junta comercial, a partir desse momento pode considerar a sociedade definitivamente extinta e sem
mais personalidade jurídica. Enquanto isso não ocorrer detectam um erro na prestação de contas ou
alguma irregularidade na fase da liquidação. Então indefere o expediente e determina a verificação.
Enquanto não verificarem não dá ainda a confirmação da validade da extinção. Há exemplos de
sociedades com dez, vinte anos, inativas. Não é arquivada a baixa e a sociedade permanece com sua
personalidade jurídica, responsabilizando a pessoa dos sócios.
§ único: pode não concordar com a prestação que pode estar fraudada. Considera a prestação
furada. Tem 30 dias para promover a ação que compete.

ART 1110 – sócios dividiram o que sobrou e credor não concorda com o que lhe foi pago. Pode
exigir dos sócios o pagamento de seu crédito, o que eles receberam a titulo de distribuição de
lucros, e ainda entrar com perdas e danos contra o liquidante.
ART 1111 – liquidação judicial, ou seja, se nenhum dos sócios se dispuser a iniciar a liquidação,
qualquer sócio tem o direito de pleitear a liquidação judicial. ART 1218, VIII CPC.
O sócio minoritário fica espremido. Recurso judicial, liquidação judicial.

ART 1112 – juiz convoca aos interesses da liquidação. Nenhum dos sócios quis tomar a iniciativa.
Agora estão sentados no banco dos réus. O juiz convocará os sócios na marra.

SOCIEDADE LIMITADA
Antes era chamada de sociedade por cotas ltda.
ART 1052 – característica básica: sócios se responsabilizam até o limite da integralização do capital
social. E essa é uma responsabilidade solidária. Os sócios respondem pelas cotas não integralizadas
dos outros sócios. Depois de integralizadas não respondem mais. Não podem mais ser
responsabilizados. Se aplica o aspecto da personalidade jurídica diversa da personalidade da pessoa
dos sócios. Se sou uma pessoa distinta do ente social não posso ser obrigado a responder pelas suas

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dívidas. As dívidas são assumidas pela sociedade. Não posso ser responsabilizado por dívidas que
não sejam por mim assumidas. Mas sócios devem integralizar a cota do sócios que não integralizou.
O credor pode exigir isso.
Isso não funciona na justiça do Trabalho. Simplesmente atropela o texto e natureza própria da
sociedade Ltda.. Responde com os bens pessoais. Pode o sócio que tem apenas 1% e tem bens, os
ter penhorados para servir de pagamento aos créditos dos trabalhadores. Tecnicamente não pode,
mas na justiça do trabalho não interessa. O argumento é que se não for feito assim, o trabalhador
não vai ser pago nunca. E em alguns aspectos também não funciona com o fisco. Quando é
responsabilidade do sócio recolher tributos e não recolhe, responde.
Outra exceção é a de despersonalização da sociedade. Sócio usa sociedade para fraudar.
Responsabiliza pessoa do sócio.
ART 1053 – sociedade Ltda se rege pelas regras da sociedade simples no que se omite o capítulo.
Sociedade Ltda tem regras próprias condizentes com a sua estrutura. No que a legislação é omissa,
estará autorizada a tratar do assunto com relação a atividade da sociedade simples.

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