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UERJ – UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Curso: Ciências Biológicas


Polo: Resende
Discente: Rhaíssa Maria Lemos
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a Organização Mundial de Saúde . Estudos apontam que a resistência
bacteriana pode matar uma pessoa a cada três segundos e que em 2050 será capaz de
causar cerca de 10 milhões, ultrapassando o projetado para o câncer. A classe dos
antimicrobianos abrange tanto os antibióticos, quanto os quimioterápicos que atuam sobre
microrganismos para inibir o seu crescimento ou tentar elimina-lo.

Uma das grandes barreiras é a falta de inovação na saúde em face à velocidade da


adaptação dos microrganismos, estudo feito em 2013 aponta menos de 5% dos
investimentos na área farmacêutica no desenvolvimento de antimicrobianos e isso decorre
da sua baixa lucratividade. Outra grande é o uso indiscriminado e acordo com pesquisas
nos Estados Unidos, mais do dobro de pacientes recebem anualmente prescrição
desnecessária de antibióticos para problemas respiratórios. Corroborando com esses
dados o relatório realizado pela OMS em 2018 aponta que o Brasil figura como maior
consumidor de antibiótico dos países pesquisados na região das américas, conforme
figura 1.

MECANISMOS DE RESISTENCIA DAS BACTÉRIAS

Para adquirir resistência, a bactéria deve alterar seu DNA, material genético, que ocorre
pela indução de mutação do DNA original, introdução de um DNA estranho que podem
ser transferidos entre gêneros ou espécies distintas de bactérias. Sendo possível trocas
de DNA cromossômico entre espécies, com subseqüente recombinação interespécies.

1. Alteração de Permeabilidade - Ocorre na membrana celular externa de


lipopolissacarídeo das bactérias Gram-negativas, onde as porinas (proteínas
especiais) realiza a seleção das substâncias que podem entrar na células.
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Discente: Rhaíssa Maria Lemos
2. Alteração do local de ação - A alteração do local-alvo onde atua determinado
antimicrobiano, de modo a impedir a ocorrência de qualquer efeito inibitório ou
bactericida, constitui um dos mais importantes mecanismos de resistência. As
bactérias podem adquirir um gene que codifica um novo produto resistente ao
antibiótico, substituindo o alvo original. Staphylococcus aureus resistente à
oxacilina e estafilococos coagulase-negativos adquiriram o gene cromossômico
Mec A e produzem uma proteína de ligação da penicilina (PBP ou PLP) resistente
aos β-lactâmicos, denominada 2a ou 2', que é suficiente para manter a integridade
da parede celular durante o crescimento, quando outras PBPs essenciais são
inativadas por antibimicrobianos β-lactâmicos. Alternativamente, um gene recém-
adquirido pode atuar para modificar um alvo, tomando-o menos vulnerável a
determinado antimicrobiano. Assim, um gene transportado por plasmídeo ou por
transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a ligação dos
antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina.
3. Bomba de efluxo – bombeamento ativo de antimicrobianos de dentro da célula
para fora. A resistência às tetraciclinas codificada por plasmídeos em Escherichia
coli resulta deste efluxo ativo.
4. Mecanismo enzimático – Mais importante e frequente, ocorre através da ação de
enzimas como os diversos tipos de β-lactamases que destroem o local onde os
antimicrobianos β-lactâmicos ligam-se às PBPs bacterianas e através do qual
exercem seu efeito antibacteriano. Os genes que codificam essas enzimas estão
sujeitos a mutações que expandem a atividade enzimática e que são transferidos
de modo relativamente fácil. Além disso, quando no periplasma, atuam em
conjunto com a barreira de permeabilidade da parede celular externa, produzindo
resistência clinicamente significativa a antimicrobianos.

POSSIVEIS CAUSAS

Antibiótico sem prescrição e/ou descarte inadequado dos mesmos, lixo hospitalar sem
devido tratamento, falta de controle no uso de antibióticos nas atividades agropecuárias.

POSSÍVEIS SOLUÇÕES

Controlar as metas para o uso de antibióticos na agricultura, Redução


do uso desnecessário de antibióticos, desenvolvimento de novos
antibióticos, vacinas e alternativas. realização de uma campanha global
para a conscientização pública sobre o problema, Melhorar hábitos de
higiene e reduzir contaminação, melhoria na qualidade da água e
aspectos sanitários.

CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Discente: Rhaíssa Maria Lemos

REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN:


1679-7353 Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação
semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF
e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. Rua
das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-
8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br. Ano VII – Número
12 – Janeiro de 2009 – Periódicos Semestral MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
BACTERIANA ANTONIO, Nayara da Silva OLIVEIRA, Amanda Claudia CANESINI,
Renato ROCHA, Jessé Ribeiro Acadêmicos da Associação Cultural e Educacional de
Garça - FAMED. amandaoliveir@hotmail.com PEREIRA, Rose Elisabeth Peres Docente
da Associação Cultural e Educacional de Garça – FAMED

AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA. RESISTENCIA


MICROBIANA – MECANISMOS E IMPACTO CLINICO.
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/
modulo3/mecanismos.htm

Leonardo Neves de Andrade & Ana Lúcia da Costa Darini Mecanismos de


resistência bacteriana aos antibióticos. Curso Básico de Antimicrobianos Divisão
de MI – CM – FMRP-USP. Apostila Digital.

TACKLING DRUG-RESISTANT INFECTIONS GLOBALLY: FINAL REPORT AND


RECOMMENDATIONS https://amr-
review.org/sites/default/files/160518_Final%20paper_with%20cover.pdf THE REVIEW
ON ANTIMICROBIAL RESISTANCE CHAIRED BY JIM O’NEIL MAY 2016

Resistência antimicrobiana: enfoque multilateral e resposta brasileira Tatiana Silva


Estrela1 Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde ❘ MS Saúde e Política
Externa: os 20 anos da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (1998-2018)

https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/277359/9789241514880-
eng.pdf?ua=1

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. WHO Report on Surveillance of Antibiotic


Consumption 2016 - 2018 Early implementation.
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/277359/9789241514880-
eng.pdf?ua=1

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