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PARIRI A PLANTA QUE TEM PODER DE CURAR O

CANCER

Tudo começou quando o pariri, planta medicinal difundida


por toda a população de Mateus Leme, foi usado por um
morador, o dentista Wilmar Salomão, que teria sido curado
de leucemia depois de ter tomado o chá da folha. Desde o
fato, em 1995, muitas pessoas passaram a acreditar nos
“poderes” milagrosos da planta e a usá-la.

De acordo com o dentista, o chá aumenta as plaquetas, a


hemoglobina, as hemácias e os leucócitos, diminui o enjoo, as
doenças oportunistas e a debilidade. Ele teve leucemia
mieloblástica. As sessões de quimioterapia, provocaram nele
uma septicemia, a primeira de uma série de três; depois,
pegou uma pneumonia que o levou em coma ao CTI. Foi
parar no Hospital das Clinicas e o doutor falou que seu caso
era para transplante. Feito o transplante, teve alta. Retornava
três vezes por semana ao HC para verificar se ainda havia
células cancerosas. Descobriram que foram transplantadas
células insuficientes e que não tinham medicamento para
aumentar plaquetas, e que todo o sucesso do transplante
dependeria do seu organismo. Isto o levou à Hemominas, três
vezes na semana, uns três meses para receber plaquetas.

Convencido a tomar o chá de Pariri, natural do Amazonas e


Pará, pôde ver nos hemogramas o aumento considerável de
plaquetas, hemoglobina, leucócitos, hemácias. Com 20 dias
de uso, suas plaquetas, que estavam em menos de 20 mil,
foram para mais de 90 mil. Nunca mais voltou à Hemominas.

Hoje, após 13 anos de transplante, continua doando esta


folha. Já a enviou para vários estados do Brasil, para
Espanha, Líbano, Estados Unidos, Síria, Argentina, com
noticia de muito bom proveito.

Vice-presidente teve regressão do tumor

Já distribuiu 200 pacotes de 80 gramas de folhas para chá


em infusão. Segundo ele, é surpreendente a rapidez nos
efeitos, após uns quatro dias de uso do chá, uma vez ao dia.
O vice-presidente do Brasil, José Alencar, sobre a planta,
conversou com Wilmar por mais de meia hora ao telefone.
Tempo depois, uma reportagem de Maria Gabriela informou
que os tumores de Alencar estavam regredindo e ele admitiu
estar usando também a fitoterapia e umas ervas que lhe
mandaram.

Estudo

Para comprovar o potencial medicinal do Pariri, além do caso


de Wilmar Salomão, os alunos foram a campo consultar
outras pessoas que usavam a folha. Em seguida, realizaram a
prospecção química, para descobrir as propriedades da
planta, e aplicaram o extrato do vegetal em quatro placas de
bactérias patogênicas (Salmonella, Lactobacillus, E.coli e
Shigella). De posse do resultado dos experimentos, eles
descobriram que a planta tem ação antimicrobiana, anti-
inflamatória e cicatrizante. Funciona no tratamento de
anemia, dores intestinais, hemorragia e diarreia
sanguinolenta. Ao final, os alunos produziram produtos
fitoterápicos como pomada, sabonete e hidratante. E o mais
importante: auxilia no tratamento de câncer. De acordo com
Jaqueline, “quando alguém faz quimioterapia ou radioterapia,
sofre uma queda de hemácias. Ao tomar o chá, aumenta-se a
hemoglobina no sangue”.

A equipe de Azurita faturou cinco prêmios na Feira Brasileira


de Ciências e Engenharia, realizada na USP. E foi uma das
quatro selecionadas para participar de um evento mundial,
nos Estados Unidos, em maio. A Intel ISEF (International
Science and Engineering Fair) é a maior feira para estudantes
que ainda não chegaram ao nível universitário. Os melhores
colocados ganham bolsas de estudos para ingressar na
Universidade de Harvard.

Pariri ou Crajiru dos contos de José de Alencar


Também conhecida como Arrabidea chica, Verlot, ou
popularmente falando “Pariri” é uma planta medicinal
arbustiva brasileira, comumente encontrada na Floresta
Amazônica.

Seu chá tanto pode ser utilizado para higiene íntima, com
lavagens, como também pode ser ingerido agindo como um
antiinflamatório natural. O chá é preparado das verdes folhas
do crajiru e transforma-se num chamativo líquido vermelho.

Algumas tribos preparam uma infusão das folhas, utilizando-


a no tratamento contra conjuntivite aguda.

Também é um forte aliado no combate à anemia, por sua


grande concentração de ferro.

Largamente utilizada contra as seguintes doenças:


Adstrigente, Afecção da pele, Afrodisíaca, Albuminúria,
Anemia, Antidisenterica, antiúlcera, bactericida, Catarro do
intestino, Cólica intestinal, Conjuntivite, Diabetes, Diarreia,
Diarréia de sangue, Emoliente, Expectorante, Ferida,
Fortificante, Hemorragia, Icterícia, Inflamação, Inflamação no
útero, Leucemia.

As folhas submetidas à fermentação e manipuladas com a


anileira fornecem um corante vermelho-escuro. Esse corante,
há tempos, é utilizado pelos índios para pintura de seus
corpos e utensílios.

José de Alencar, em seu famoso romance Iracema, já citava a


planta como meio para se obter o corante vermelho-escuro:
“Ao romper d’alva, Poti partiu para colher as sementes de
crajiru que dão a bela tinta vermelha, e a casca do angico de
onde se extrai a cor negra mais lustrosa.”

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