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MERCOSUL-UNIÃO EUROPEIA
4 de julho de 2019
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IMPORTÂNCIA E SIGNIFICADO
O MERCOSUL e a UE representam, somados, PIB de cerca de US$ 20 trilhões,
aproximadamente 25% da economia mundial, e mercado de aproximadamente 780
milhões de pessoas. O acordo constituirá uma das maiores áreas de livre comércio
do mundo. A UE é o segundo parceiro comercial do MERCOSUL, que é o 8º principal
parceiro extrarregional da UE. A corrente de comércio birregional foi de mais de US$
90 bilhões em 2018. O Brasil exportou mais de US$ 42 bilhões para a UE,
aproximadamente 18% do total exportado pelo país.
COMÉRCIO DE BENS
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Setor agrícola
No caso das carnes, tabaco, frutas, açúcar, gorduras e óleos vegetais, o Brasil
é um relevante fornecedor extrazona que terá suas condições de acesso
melhoradas.
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Outros produtos terão acesso ampliado ao mercado europeu por meio de
quotas:
Produto Tratamento
Carne bovina 99 mil toneladas peso carcaça, 55% resfriada e 45% congelada, com intraquota de 7.5% e volume
crescente em 6 estágios. Cota Hilton (10 mil toneladas): intraquota passará de 20% a 0% na entrada
em vigor do acordo
Carne de aves 180 mil toneladas peso carcaça, intraquota zero, 50% com osso e 50% desossada e volume crescente
em 6 estágios
Açúcar 180 mil toneladas (WTO quota), intraquota zero na entrada em vigor do acordo. Quota específica
para o Paraguai de 10 mil toneladas, com intraquota zero
Etanol 450 mil toneladas de etanol industrial, intraquota zero na entrada em vigor do acordo. 200 mil
toneladas de etanol para outros usos (inclusive combustível), intraquota com 1/3 da tarifa aplicada
europeia (6,4 ou 3,4 euros/hectolitro), volume crescente em 6 estágios
Arroz 60 mil toneladas, intraquota zero na entrada em vigor, volume crescente em 6 estágios
Mel 45 mil toneladas, intraquota zero na entrada em vigor, volume crescente em 6 estágios
Milho (sweetcorn) 1 milhão de toneladas, intraquota zero na entrada em vigor do acordo, volume crescente em 6
estágios
Produto Tratamento
Suco de laranja suco com preço acima de € 30/100kg será beneficiado com desgravação de 12% para zero em 7
anos, de 15% para zero em 10 anos e de 34% para zero em 10 anos (valores ad valorizados). Suco
com valor não superior a € 30/100kg terá preferência fixa de 50% da alíquota de
15,2 + 20,6 €/100 kg e 33,6 + 20,6 €/100 kg
Cachaça garrafas inferiores a 2 litros terão seu comércio liberalizado em 4 anos. A cachaça a granel terá
quota de 2.400 toneladas com intraquota zero e volume crescente em 5 anos. Atualmente a
aguardente paga alíquota de aproximadamente 8%
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No comércio agrícola, o MERCOSUL liberalizará 96% do volume de comércio
e 94% das linhas tarifárias. A UE liberalizará 82% do volume de comércio e
77% das linhas tarifárias.
Produto Tratamento
Queijos 30 mil toneladas com volume crescente e intraquota decrescente em 10 anos (exclusão de
muçarela)
Fórmula infantil 5 mil toneladas com volume crescente e intraquota decrescente em 10 anos
Vinhos liberalização tarifária em 8 anos (garrafas de até 5 litros e champanhe). Exclusão de vinho a
granel, mostos e suco de uva
Espumantes Preço acima de USD 8 FOB/litro livre de gravames na entrada em vigor do acordo. Liberalização
tarifária após 12 anos
Chocolates e Chocolate, chocolate branco e achocolatados: quota crescente de 12.581 mil toneladas a 34.160
intermediários de mil toneladas em 10 ou 15 anos, com preferência intraquota de zero em 10 ou 15 anos. Durante o
cacau período de transição, a tarifa extraquota é de 18%-20%. Livre mercado após 15 anos.
Manteiga, pasta e pó: desgravação em 15 anos, com exceção da pasta desengordurada (10 anos)
Setor industrial
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Entre as melhorias a serem obtidas pelas exportações do MERCOSUL no
mercado europeu, estão:
Produto Tratamento
Metais 80% da eliminação tarifária na entrada em vigor do acordo. Restante ocorrerá de 4 a 10 anos.
OUTROS TEMAS
SERVIÇOS
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Serviços financeiros: foram resguardadas as prerrogativas de autoridades
monetárias e reguladores do mercado em adotar medidas prudenciais para
manter a estabilidade macroeconômica, proteger correntistas e combater
fraudes. Houve entendimento para permitir a transferência de informação
financeira para processamento no exterior em condições estabelecidas na
jurisdição de origem dos dados.
COMPRAS GOVERNAMENTAIS
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Estão salvaguardadas políticas públicas em desenvolvimento tecnológico,
saúde pública, promoção das micro e pequenas empresas e segurança
alimentar.
FACILITAÇÃO DE COMÉRCIO
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compromisso de cooperar para o reconhecimento mútuo de Operadores
Econômicos Autorizados (OEA). O reconhecimento mútuo de Programas OEA
contribui de maneira significativa para a facilitação e o controle das
mercadorias que circulam entre os dois blocos, uma vez que permite que os
operadores certificados como operadores econômicos autorizados de um
país sejam reconhecidos como de baixo risco pelos demais parceiros.
ANEXO AUTOMOTIVO
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reconhecimento de testes de segurança realizados em outros países, sem a
necessidade de nova realização dos testes no território do país importador.
Embora não seja parte da UNECE, o Brasil, por meio do DENATRAN -que é o
órgão regulamentador na matéria-, já reconhece alguns desses testes, em
razão de sua adequação aos regulamentos nacionais e às exigências de
segurança. O Anexo Automotivo consolidou a situação atual: será dada
publicidade aos testes já reconhecidos automaticamente pela autoridade
nacional brasileira e dos demais países do MERCOSUL.
REGRAS DE ORIGEM
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No caso das regras de valor, foram flexibilizadas entre 5 e 10 pontos
percentuais as regras de origem vigentes em outros acordos do MERCOSUL.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL
DEFESA COMERCIAL
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liberalização birregional. Esse mecanismo pode ser utilizado tanto para
produtos industrializados como para produtos agrícolas.
CONCORRÊNCIA
EMPRESAS ESTATAIS
SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS
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Fica preservado o direito de recurso aos mecanismos da OMC.
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O acordo inclui benefícios específicos para pequenas e médias empresas, com o
objetivo de facilitar sua integração nas cadeias globais de valor: participação em
compras governamentais, joint ventures, programas de capacitação, parcerias,
redes empresarias, entre outros.
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PRÓXIMOS PASSOS
O acordo não produz efeitos imediatos e deve ser ratificado pelas partes antes que possa
entrar em vigor.
Após o anúncio político, é feita uma revisão técnica e jurídica do acordo, e realizada a
tradução do texto nas línguas oficiais das partes. No caso da UE, o texto estará disponível
em 23 idiomas.
Quando o texto do acordo estiver devidamente revisado e traduzido, ele estará pronto para
assinatura. A Comissão Europeia encaminhará o acordo ao Conselho da UE, que decide
sobre a assinatura formal. Será definida uma data com o MERCOSUL para a assinatura
do acordo. Nos últimos acordos comerciais concluídos pela UE, esse processo levou de 7
meses a 3 anos.
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LINHA DO TEMPO
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RELAÇÕES BILATERAIS E BIRREGIONAIS – ANEXO ESTATÍSTICO
Fonte: TradeMap
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Importações da União Europeia pelos países do MERCOSUL (2014-2018)
Fonte: TradeMap
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Evolução do comércio Brasil- União Europeia – 2008 a 2018
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Produtos exportados pelo Brasil para a União Europeia em 2018
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Evolução do comércio MERCOSUL- União Europeia – 2007 a abril de 2019
Fonte: MERCOSUL
Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap
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Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap
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