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Uma mulher que professa a crença “Testemunha de Jeová”, chega ao hospital após
sofrer um acidente de carro. A mulher está em estado grave, mas está consciente. Ela
afirma que não se opõe a realização de cirurgia, mas não quer que seja realizada
transfusão de sangue.
O primeiro médico afirma que, se for necessário, realizará a transfusão de sangue, pois a
vida é o maior bem existente e como essa atitude da paciente não pode ser
universalizável, está errada.
Um segundo médico afirma que realizará a cirurgia e caso seja necessário fará a
transfusão de sangue, pois não se sentiria bem e deixar a paciente morrer em razão de
crença religiosa.
O Diretor do Hospital emite opinião afirmando que a função do médico é ser o grande
garantidor da saúde dos indivíduos e que o juramento de Hipócrates determina que os
médicos levem a felicidade e a cura das doenças a um maior numero possível de
pessoas.
Mesmo tendo essa opinião, o Diretor do Hospital opta em ouvir a opinião do advogado
do hospital que afirma que existem normas de direito positivo, elaboradas por seres
racionais que afirmam pela liberdade do paciente em se negar a receber tratamento e,
além disso, existe uma determinação expressa Conselho Federal de Medicina que afirma
que caso o paciente esteja consciente, poderá se negar a sofrer algum procedimento
médico, e portanto, para a realização da cirurgia, depende de uma autorização judicial.
Em relação ao caso narrado, afirme quais teorias éticas foram utilizadas pelo primeiro
médico, pelo segundo médico, pelo Direto do Hospital e pelo Advogado do hospital
conceituando as mesmas.
(4 pontos)
R: O primeiro médico está utilizando a teoria ética kantiana que acredita que existem
valores universais, valores que independentemente de posição geográfica, credo, etc,
deve sempre ser respeitados, e se não forem será sempre um erro. Já o segundo médico
utilizou-se da teoria ética do egoísmo pesicológico, onde opta-se por uma escolha que
traga um maior conforto, uma maior paz interior, independente dos efeitos a terceiros. O
Diretor do hospital tem opinião baseada na ética utilitarista, onde opta-se pela escolha
que leve felicidade a um maior número possível de pessoas. Os adeptos dessa ética
sabem da impossibilidade de se levar a felicidade, ou escolhas mais felizes a todas as
pessoas, sendo assim, deve-se faze ruma escolhe que beneficie um maior numero
possível de pessoas. Por fim, o advogado do hospital tem entendimento com base na
teoria da ética contratualista, que entende que as normas que foram devidamente
elaboradas por seres racionais e de forma racional, devem ser respeitadas pelos demais,
sob o risco da escolha ser irracional, pois aquele que descumpre uma escolha racional
não está usando a sua racionalidade de forma correta.