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1 Índice....................................................................................................................... 2
2 Introdução............................................................................................................... 4
3 História do Papel...................................................................................................... 5
3.1 Evolução............................................................................................................ 5
3.2 O Papel em Portugal.......................................................................................... 7
4 A Floresta................................................................................................................. 9
5 Celulose................................................................................................................. 10
5.1 Fontes de Celulose - Tipos de Fibra.................................................................10
5.2 Processos de Preparação.................................................................................12
5.2.1 Processo Mecânico - MP............................................................................12
5.2.2 Processo Termomecânico - TMP.................................................................12
5.2.3 Processo Semiquímico..............................................................................13
5.2.4 Processo Químico – Kraft...........................................................................13
5.2.5 Processo Químico – Sulfito........................................................................13
5.2.6 Processo Químico – Sulfato.......................................................................14
5.3 Branqueamento............................................................................................... 14
5.4 Fluxograma da Obtenção de Celulose.............................................................15
5.4.1 Preparação da Madeira.............................................................................16
5.4.2 Alimentação do Digestor...........................................................................16
5.4.3 Cozimento.................................................................................................16
5.4.4 Lavagem e Depuração..............................................................................17
5.4.5 Branqueamento........................................................................................17
5.4.6 Depuração Adicional.................................................................................18
5.4.7 Secagem................................................................................................... 18
6 O Papel.................................................................................................................. 19
6.1 Matérias-Primas Fibrosas.................................................................................19
6.2 Matérias-Primas Não Fibrosas..........................................................................19
6.2.1 Cargas....................................................................................................... 19
6.2.2 Agentes de Colagem.................................................................................21
6.2.3 Amido........................................................................................................ 21
6.2.4 Corantes e Pigmentos...............................................................................22
6.2.5 Aditivos..................................................................................................... 23
6.3 Fluxograma da Fabricação do Papel................................................................23
6.3.1 Preparação de Massa................................................................................24
6.3.2 Máquina de Papel......................................................................................25
2 INTRODUÇÃO
7 Reciclagem de Papel.............................................................................................. 29
7.1 O "Papel Velho" e seus Contaminantes...........................................................30
7.2 Desagregação.................................................................................................30
7.3 Pré-Depuração................................................................................................. 31
7.4 Depuração Fina................................................................................................31
7.5 Crivagem Fina.................................................................................................. 32
7.6 Primeira Lavagem...........................................................................................32
7.7 Dispersão........................................................................................................ 33
7.8 Flotação........................................................................................................... 34
7.9 Segunda Lavagem........................................................................................... 34
7.10 Branqueamento............................................................................................... 34
Embora o ramo papeleiro tenha evoluído numa indústria complexa com capacidade
de produzir uma larga variedade de produtos por muitos e diversos processos, a
verdade é que persiste uma similitude subjacente a todos os papéis e cartões no
aspecto do respectivo fabrico.
1.1 Evolução
Nesta época, o papel chegava ao Ocidente através dos Árabes, que faziam o seu
transporte pelo deserto, em caravanas. Estas longas viagens tornavam,
naturalmente, o papel muito caro para os Europeus.
Até então, várias eram as substâncias que entravam na confecção do papel, desde as
fibras de bambu e amoreira, às fibras do linho e cânhamo, papiro, palmeira etc..
Por ter um preço demasiado elevado e por ser visto, na época, como um produto
pouco durável, o papel foi, durante os primeiros tempos, preterido em relação ao
pergaminho.
Apesar disso, esta industria crescia, de dia para dia, e o seu consumo aumentava,
reconhecendo-se cada vez mais o valor do papel como meio transmissor de cultura,
especialmente depois da descoberta da imprensa por Gutenberg, o que permitiu
alargar o alcance e a divulgação dos papéis escritos.
A madeira como matéria prima para a indústria do papel
Apesar de outras fibras de plantas serem utilizadas, a fibra da madeira é vista como a
mais adequada para a elaboração de papel, nas melhores condições.
Apesar de já no tempo de D.Afonso III o papel ter sido utilizado em Portugal, o seu uso
apenas se tornou frequente no reinado de D.Diniz.
De acordo com o investigador João Pedro Ribeiro , o documento mais antigo de papel
encontrado, no nosso país, foi um original das Inquirições de D.Dinis relativas aos
Julgados de Linhares, Penha Garcia e Aranhas, datada de 1288.
O fabrico de papel em Portugal foi iniciado em Leiria, num moinho de papel situado
na margem do rio Liz, a 29 de Abril de 1411, tendo-se mantido esse local como o
único produtor de papel do Reino, durante todo o Sec. XV e parte do XVI.
4 A FLORESTA
Estudos feitos por técnicos e cientistas, ao longo de vários anos, demonstraram que a
produção de celulose e papel é inviável a partir da madeira de florestas nativas e,
comprovaram que, papéis feitos a partir de florestas plantadas de eucaliptos e pinus
resultam em produtos com alta qualidade e produtividade.
Este capitulo pretende dar algumas noções sobre a celulose, suas fontes, tipos de
fibras e processos de obtenção que, deverão contribuir para solidificar o
conhecimento sobre o assunto.
A preparação da pasta celulósica para papéis ou outros fins (pasta solúvel para a
produção de celofane, rayon etc.) consiste na separação das fibras dos demais
componentes constituintes do organismo vegetal, em particular a lignina que atua
como um cimento, ligando as células entre si e que proporciona rigidez à madeira.
A quase totalidade das pastas de celulose é obtida a partir da madeira, sendo uma
pequena parte derivada de outras fontes como sisal, linho, algodão, bambu, bagaço
da cana etc. No algodão, a celulose está na forma praticamente pura (99%).
Existe ainda um terceiro grupo de celulose cujas fibras não são obtidas da madeira,
como no caso do:
algodão (semente) ou
linho, juta, kenaf, cânhamo, rami, crotalária etc. (caule) ou ainda
sisal, fórmio, pita etc. (Folhas).
As fibras extraídas desses vegetais são muito longas e por isso mesmo denominadas
“fibras têxteis”, amplamente utilizadas na indústria de tecelagem. Ainda dentro deste
grupo, porém com fibras de menor comprimento, temos o bambu e o bagaço de
cana.
pinho cipreste
abeto
eucalipto gmelina
álamo bétula
carvalho
algodão Rami
linho Crotalária
juta Sisal
kenaf Fórmio
cânhamo
Neste processo não ocorre uma separação completa das fibras dos demais
constituintes do vegetal, obtendo-se então uma pasta barata cuja aplicação é
limitada, pois o papel produzido com ela tende a escurecer com certa rapidez, mesmo
depois de passar pela etapa de branqueamento, devido a oxidação da lignina
residual.
A madeira, sob forma de cavacos, sofre um aquecimento com vapor (em torno de
140° C) provocando na madeira e na lignina uma transição do estado rígido para um
estado plástico, seguindo para o processo de desfibramento em refinador de disco.
A pasta obtida desta forma tem um rendimento um pouco menor do que no
processo mecânico (92 a 95 %), mas resulta em celulose para a produção de papéis
de melhor qualidade, pois proporciona maior resistência mecânica e melhor
imprimabilidade, entre outras características.
Porém, vem ganhando muito interesse um tipo de pasta derivado da TMP, onde um
pré-tratamento com sulfito de sódio ou álcali é feito antes da desfibragem, no
refinador a disco. Esta pasta é denominada pasta quimiotermomecânica - CTMP.
É muito empregada para a produção de papéis cuja resistência seja o principal factor,
como para sacos para cimento, etc.
Este processo, que era muito utilizado para a confecção de papéis para imprimir e
escrever, tem sido substituído pelo processo sulfato (principalmente após a
introdução do dióxido de cloro no branqueamento), devido a dificuldade de
regeneração dos produtos químicos e os consequentes problemas com a poluição das
águas.
As celulose (ou pastas de celulose) obtidas por esse processo não apresentam
nenhuma restrição ao uso.
1.5 Branqueamento
Branqueia-se para obter uma celulose mais estável (que não se altere com o tempo),
que permita um tingimento controlado, mas principalmente para se obter um papel
branco com as vantagens que ele traz para a impressão.
1.6.3 Cozimento
Nos digestores contínuos, mais comuns, o material entra pelo topo e sai por meio da
válvula de descarga (extremidade oposta). O tempo de permanência é regulado de
acordo com o material e os químicos empregados.
1.6.5 Branqueamento
No caso de uso próprio, a celulose é enviada para a fábrica de papel, onde será
refinada antes de ser utilizada para a produção de papel.
1.6.7 Secagem
1.8.1 Cargas
Das mais usadas podemos destacar: caulino, dióxido de titânio, carbonato de cálcio,
talco etc.
Para que um material seja usado como carga, alguns requisitos devem ser
obedecidos: deve ter brancura compatível com o tipo de papel a ser fabricado, alto
índice de refracção, além de ser quimicamente inerte para que não promova reacções
desfavoráveis com os outros constituintes da massa.
A) Caulino
Tipos de papéis que utilizam caulino: impressão e escrita, de uma forma geral.
B) Dióxido de Titânio
O custo elevado e a difícil retenção faz com que o dióxido de titânio tenha uso
limitado, sendo empregado em papéis de alta qualidade, onde se requer pequena
quantidade de carga para se obter a opacidade necessária, com pouca redução de
resistência da folha.
C) Carbonato de Cálcio
A) Colagem Ácida
Para que a cola de resina exerça sua função é preciso adicionar sulfato de alumínio, o
qual tem a função de baixar o pH (meio ácido), favorecendo a precipitação da resina
e depositando os flocos de resinato de alumínio, insolúvel, sobre as fibras de celulose.
B) Colagem Alcalina
Neste caso utiliza-se um composto químico denominado alquilceteno, que reage com
a celulose.
1.8.3 Amido
Pigmentos. São cargas coloridas para dar cor ao papel. Trata-se de óxido de
metálicos e produtos orgânicos sintéticos.
1.8.5 Aditivos
1
Compostos formados pela aglomeração de diversos polímeros (grandes moléculas formadas pela união de duas ou mais
B) Refinação
C) Preparação da Receita
D) Depuração
Após passar pelo sistema de depuração, a suspensão de fibras com cargas minerais,
químicos etc., alcança a máquina de papel propriamente dita.
A) Caixa de Entrada
B) Mesa Plana
Esta suspensão tem uma concentração que varia entre 2 a 15 g/l (grama de sólidos
por litro de suspensão), dependendo da máquina, do tipo de papel, da velocidade etc.
A tela formadora é feita de plástico ou metal (bronze fosforoso ou aço inox) e tem a
malha bastante fechada (80 mesh para papéis grossos e 100 mesh para papéis finos).
Ao desaguar sobre a tela, as fibras ficam retidas na superfície e a água passa através
da tela, caindo em calhas apropriadas. Esta água, rica em partículas de fibras e
cargas, é recirculada para diluir a massa e realimentar a máquina.
C) Prensas
Ao sair das prensas para a fase seguinte do processo (secagem), a folha de papel
ainda contêm 60 a 65 % de água. Em algumas máquinas, com determinados tipos de
papel, se pode chegar a 50 - 55 %.
D) Secagem
E) Calandra e Enroladeira
A produção de papel e a sua conversão num produto acabado pode ser realizada
utilizando diferentes processos de fabrico que exigem a introdução de uma grande
diversidade de materiais - tintas, colas, polietileno, cargas minerais, etc..
Durante o uso de produtos de papel e até que se chegue aos circuitos de recuperação
de "papéis velhos", muitas oportunidades há para a entrada de materiais não-fibrosos
- clips, agrafos, plásticos, borracha, colas, tinta, etc.. Como consequência, o papel
recuperado apresenta uma contaminação que pode ir desde peças de sucata
metálica até microcápsulas de tinta.
1.11 Desagregação
1.12 Pré-Depuração
Uma boa eficiência nesta etapa tem efeitos muito importantes na produtividade das
máquinas de produção de tissue, pois permite remover com eficiência partículas
adesivas (stikies) que de outra forma se iriam depositar em teias de formação e
feltros, obrigando a paragens frequentes para limpeza.
Uma das exigências para a produção de papel tissue é que o teor em cargas minerais
presentes na suspensão fibrosa não ultrapasse os 5%. Na Divisão de Reciclagem da
Renova existem duas etapas de lavagem que asseguram a remoção das cargas
minerais presentes no papel velho desde um valor de 25% para valores abaixo de 5%
na pasta final. Na 1ª etapa de lavagem, imediatamente após a crivagem fina, o teor
em cargas minerais passa de 25% para aproximadamente 10%, sendo a ajuste final
realizado pela 2ª lavagem, etapa que se segue à flotação.
1.16 Dispersão
1.17 Flotação
Durante a flotação são rejeitadas partículas de tinta de maior dimensão que não
foram removidas durante a operação de lavagem.
1.19 Branqueamento