You are on page 1of 14

Justificativa da ‘pedagogia

do oprimido’

Davi Rebouças
Universidade Federal Fluminense | PPG Mídia e Cotidiano | Disp. Mídia e Segregação
O homem O homem conhece pouco de si;

como A visão de humanização, de humano,


problema: sempre foi percebida axiologicamente;

justificativas A desumanização como uma realidade


histórica;

Ambas precisam ser vistas por meio do


contexto real, concreto.

Humanização compreendida como


vocação dos homens, mas negada pela
injustiça, exploração, opressão.
O protagonismo do oprimido
A violência leva o oprimido (desumanizado pelo opressor) a lutar por sua
liberdade, sem se tornar um opressor dos opressores, mas apenas
buscando recuperar sua humanização.

A tarefa do oprimido é libertar a si e aos opressores.


Opressor vs. A injusta lógica de poder que está posta
no mundo faz com que os opressores se
Oprimidos enxerguem como generosos e, para que
a generosidade se mantenha, é
necessário que haja a quem oprimir.

A verdadeira generosidade precisa ser


conquistada pelos oprimidos.

Os oprimidos hospedam o opressor,


vêem este como ‘necessário’.
Compreende o homem como sujeito
Uma Pedagogia
ativo;
do Oprimido
É uma pedagogia que pede a
reflexão dos oprimidos;

Leva ao engajamento e à luta por sua


libertação;

É o ensinamento do que é opressão,


para, a partir da reflexão crítica,
promover a libertação;

Humanista e libertadora.
Liberdade em pauta

Os oprimidos, imersos na realidade


opressora, não reconhecem sua
condição e têm medo da liberdade,
mas “quando descobrem em si o
anseio por libertar-se, percebem que
este anseio somente se faz
concretude na concretude de outros
anseios”.
O medo de A dualidade em que vive o oprimido
(liberdade x opressão; luta x inércia;
ser liberto espectador x ator; oprimido x opressor) o
cega, causa medo da libertação.

Essa realidade social é uma produção


do homem, uma realidade opressora
que domesticaliza, imerge as
consciências.

Superar tal realidade requer a práxis, a


reflexão e a ação sobre o mundo.
Objetividade e
subjetividade em diálogo
Freire prega a superação da objetificação
da contradição opressor-oprimido.

Pensar criticamente é uma ação sobre a


lógica opressora.

É preciso agir sobre as situações


concretas de opressão, considerando tanto
as objetividades (científicas) quanto as
subjetividades da relação opressora.
A concreticidade da
opressão
Contemplando objetividade e subjetividade
das situações concretas, percebe-se que a
opressão nasce em um ato de violência.

Uma visão dialética e crítica tem papel


fundamental na pedagogia do oprimido.
A realidade do opressor
e sua opressão
O opressor se sentirá um oprimido com
a liberdade, com as conquistas, com a
humanização dos oprimidos de outrora.
Sempre há violência na relação
opressora.
O opressor, contudo, não se vê como
opressor, como violentador ou como
privilegiado, pois percebe o oprimido
como sua posse.
A educação é um
método (com
intencionalidades)
para libertar o
oprimido. Libertar o
oprimido é um ato de
amor.
Obrigado!
davi.mreboucas@gmail.com

You might also like