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Povos indígenas no Brasil

*Modo de vida

Á povos indígenas em quase todos os cantos do Brasil. Por aqui, boa parte
da população indígena vive em áreas chamadas de Terras Indígenas.
Existem hoje 690 terras indígenas no país.
Em quase todos os estados brasileiros existem terras indígenas
reconhecidas exceto no Piauí e no Rio Grande do Norte. Mas os índios não
vivem apenas nas terras indígenas.
Há comunidades indígenas circulando por beiradões de rios, em cidades
amazônicas e até em algumas capitais brasileiras. Isso acontece
principalmente porque, para os povos indígenas, os espaços em que se
mora, planta, caça ou caminha vão além das fronteiras criadas pelo homem
branco. E porque ninguém deixa de ser índio por estar em uma região
considerada urbana, fora das fronteiras definidas para suas terras.
Para os índios, o lugar em que se vive não é apenas um cenário, é um
território: um espaço totalmente conectado com um jeito tradicional de estar
no mundo, conectado com suas culturas. Por isso, cada povo tem um jeito
de explicar seus modos próprios de ocupar um território.
Hoje em dia muitos povos sofrem com o fato de não poderem circular como
antes da invenção das cidades, das fronteiras, do mundo dos brancos.
Cerca de 55% da população indígena vive na chamada Amazônia Legal.
Essa região abrange os Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará,
Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e a parte oeste do Maranhão.
As Terras Indígenas localizadas nessa região são maiores do que aquelas
existentes em outras regiões do país. A ocupação do território brasileiro
pelos não índios, desde 1500, começou com a expulsão dos índios que
viviam em áreas mais ou menos próximas ao litoral. Assim, as áreas mais
afastadas, no interior do país, como a Amazônia Legal, foram as últimas a
serem ocupadas, e é por isso que hoje em dia as Terras Indígenas lá são
maiores. Para os povos que habitam a região isso significa uma melhor
qualidade de vida, pois eles dependem diretamente do tamanho da área
que ocupam para manter sua vida e sua cultura. Quanto maior é a Terra
Indígena, mais plantas e animais existem e, assim, mais alimentos, mais
remédios, mais matéria-prima para a fabricação de objetos e casas, etc.
*Forma de trabalho e divisão
Divisão do trabalho entre índios e índias

Homens:
- Caçam e pescam.
- Constroem as habitações.
- Preparam a terra para a prática da agricultura.
- Fazem canoas e produzem os instrumentos de trabalho.
Mulheres:
- Coletam frutos e raízes.
- Elaboram a comida.
- Cuidam das crianças.
- Fazem objetos de cerâmica, redes e cestos.
*Costumes
Embora cada nação indígena possua sua própria cultura com hábitos e
costumes próprios, existem algumas formas de organização, que são comuns a
praticamente todos os povos indígenas brasileiros. São estes que relacionamos
abaixo:
- Os índios brasileiros se alimentam exclusivamente de alimentos retirados da
natureza (peixes, carnes de animais, frutos, legumes e tubérculos);
- Costumam tomar banho várias vezes por dia em rios, lagos e riachos;
- Os homens saem para caçar em grupos;
- Fazem cerimônias e rituais com muita dança e música. Costumam pintar o
corpo nestes eventos.
- Desde pequenas as crianças são treinadas para as atividades que deverão
desempenhar na vida adulta;
- Realizam rituais de passagem entre a fase de criança e a adulta;
- Moram em habitações feitas de elementos da natureza (troncos e galhos de
árvores, palhas, folhas secas, barro);
- Fazem objetos de arte (potes e vasos de cerâmica, máscaras, colares) com
materiais da natureza. Esta atividade é desempenhada pelas mulheres das
tribos;
- Tratam as doenças com ervas da natureza e costumam realizar rituais de
cura, dirigidas por um pajé;
- Têm o costume de dividir quase tudo que possuem, principalmente os
alimentos;
- Possuem uma religião baseada na existência de forças e espíritos da
natureza.
- A arma mais conhecida dos indígenas brasileiros é o arco e a flecha. Porém,
eles fazem e usam outros tipos de armas como, por exemplo, o chuço (madeira
com ponta de ferro afiada), a borduna (porrete de madeira) e a zarabatana
(tubos feitos de bambu que servem
para atirar setas através do sopro).
*Principais grupos indígenas

Aimoré: grupo não-tupi, também chamado de botocudo, vivia do sul da Bahia


ao norte do Espírito Santo. Grandes corredores e guerreiros temíveis, foram os
responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito
Santo. Só foram vencidos no início do Século XX.

Avá-Canoeiro: povo da família Tupi-Guarani que vivia entre os rios Formoso e


Javarés, em Goiás. Em 1973, foram pegos "a laço" por uma equipe chefiada
por Apoena Meireles, e transferidos para o Parque Indígena do Araguaia (Ilha
do Bananal) e colocados ao lado de seus maiores inimigos históricos, os
Javaé.

Bororós: também chamados Coroados ou Porrudos e autodenominados Boe.


Os Bororós Ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem
leste do rio Paraguai, onde, no início do Séc. XVII, os jesuítas espanh óis
fundaram várias aldeias de missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos
brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos bandeirantes.
Desapareceram como povo, tanto pelas moléstias contraídas, quanto pelos
casamentos com não-índios.

Caeté: os deglutidores do bispo Sardinha viviam desde a Ilha de Itamaracá até


as margens do Rio São Francisco. Depois de comerem o bispo, foram
considerados "inimigos da civilização". Em 1562, Men de Sá determinou que
fossem "escravizados todos, sem exceção".

Caiapós: explorando a riqueza existente nos 3,3 milhões de hectares de sua


reserva no sul do Pará (especialmente o mogno e o ouro), os caiapós viraram
os índios mais ricos do Brasil. Movimentaram cerca de U$$15 milhões por ano,
derrubando, em média, 20 árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil litros
anuais de óleo de castanha. Quem iniciou a expansão capitalista dos caiapós
foi o controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994). Para isso destituiu o
lendário Raoni e enfrentou a oposição de outro caiapó, Paulinho Paiakan.
Carijó: seu território estendia-se de Cananeia (SP) até a Lagoa dos Patos
(RS). Vistos como "o melhor gentio da costa", foram receptivos à catequese.
Isso não impediu sua escravização em massa por parte dos colonos de São
Vicente.

Goitacá: ocupavam a foz do Rio Paraíba. Tidos como os índios mais


selvagens e cruéis do Brasil, encheram os portugueses de terror. Grandes
canibais e intrépidos pescadores de tubarão. Eram cerca de 12 mil.

Ianomâmi: povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem à


mesma família. Denominada anteriormente Xiriâna, Xirianá e Waiká.

*Contribuição indígena no vocabulário, costumes e culinárias


brasileiras
Culinária
A culinária brasileira traz de herança muitos costumes de diversos povos
indígenas, que se alimentavam principalmente de ingredientes como a
mandioca (também conhecida como macaxeira ou aipim), castanhas, coco,
milhos, raízes e algumas folhas e frutos.
Além desses ingredientes, os índios caçavam animais como anta, veados,
capivaras e tatus para sua alimentação e também praticavam a pesca para se
alimentar dos mais variados tipos de peixes (alguns são o pirarucu, tucunaré,
traíra) tanto de água salgada como de água doce.
Na cultura indígena o preparo dessas comidas sempre foi uma atividade
exercida pelas mulheres. Elas usavam do fogo para cozinhar os alimentos no
“biaribi” (forno feito com um buraco no chão) ou no “demoquen” (grelha de
madeira).
De todos os ingredientes, os que mais se destacam são o milho, usado para
fazer pamonha, canjica e a popular pipoca. Também a mandioca, que é muito
usada até hoje e
aparece em pratos como o Tacacá, prato tradicional do Pará que usa a goma
de tapioca e o tucupi, ambos derivados da macaxeira.
Com relação às bebidas, o suco do açaí e o famoso guaraná, eram cultivados
no norte pelo povo Mawé, e hoje rompeu fronteiras e é consumido pelo mundo
todo.

Línguas e Costumes
Muitos costumes básicos do nosso povo brasileiro também tem origem na
cultura indígena, como o de dormir em redes, que por sua vez ficavam dentro
das ocas, ou de andar descalço quando chegamos cansados em casa.
Da mesma forma, a nossa língua também sofre grande influência da cultura
indígena, principalmente em palavras ligadas a flora e a fauna, como: abacaxi,
tatu, mandioca, caju e muitas outras palavras usadas no cotidiano de todo
brasileiro.
O próprio parque Ibirapuera de São Paulo – que quer dizer “lugar que já foi
mato” - ou o Rio Tietê – que significa “rio verdadeiro” – são derivados do Tupi-
Guarani. Estes são grandes exemplos de como essa cultura está entrelaçada
ao nosso cotidiano.

CONTRIBUÍÇÕES VOCABULARES INDÍGENAS

Não poderia ser diferente, visto que muito dos vocábulos indígenas são
formados por elementos simples ou justaposição de radicais e sufixos, a
maioria das contribuições traz essa formatação.
Nos elementos indígenas de origem Tupi são exemplos de sufixos:
aumentativos: guaçú (grande), e suas variantes: uçú e açú;
diminutivos: mirim (pequeno);e
coletivos: tyba e suas variantes: tuba,- nduba, -nduva, -ndiba.
Nos elementos indígenas de origem Guarani são exemplos de sufixos:
aumentativos: ete ou katu;
diminutivos: i, mi, ou michĩ; e
coletivos: ty.
*Principais problemas que os indígenas enfrentam na atualidade
Quando se fala em problemática atual das comunidades indígenas, não se
pode dizer que nasceram na atualidade, mas sim que são resquícios de
problemas que nasceram ainda na colonização, nos primeiros séculos do
“descobrimento” do Brasil.
Os principais problemas que as comunidades indígenas enfrentam hoje são a
consequência daqueles que surgiram há anos. Nos dias atuais há problemas
como a miséria, o alcoolismo, o suicídio, a violência interpessoal, que afetam
consideravelmente essa população.
Além do processo de colonização, conforme Eliane Potiguara, houve no Brasil
o processo de Neocolonização, que foi o período em que o interior do Brasil
passou a ser ocupado, acabando de inúmeras formas com as comunidades
indígenas, período este que foi até em meados do século XX. Assim, houve
intromissão de inúmeros segmentos, como as madeireiras, os garimpeiros,
latifundiários, mineradoras, hidrelétricas, rodovias, entre outros. De acordo com
a autora, esta intromissão “causou nas últimas décadas o desmatamento, o
assoreamento de rios, a poluição ambiental e a diminuição da diversidade
local, trazendo as enfermidades, a fome e o empobrecimento compulsório da
população indígena.”
Vamos ver a seguir os problemas que estes povos enfrentam, com enfoque na
questão fundiária e na relação do índio com a natureza.
Referencias:
http://busca.ebc.com.br/?site_id=portal&q=forma++de+trabalho+e+divisoes+do
s+ind genas+no+brasil
https://www.suapesquisa.com/indios/trabalho_indios.htm
https://www.sohistoria.com.br/ef2/indios/p2.php
https://terravistabrasil.com.br/?s=influencia+vocabulario+indigenas+no+brasiloo
+brasill
https://www.mundovestibular.com.br/articles/9550/1/Comunidades-Indigenas-e-
os-problemas-atuais/Paacutegina1.html
Povos
indígenas no
Brasil

Escola: Escola Estadual Renato Filgueiras


Nome: Hícaro Moisés Rezende Sousa
Professora: Renália Vasconcelos
Assinatura do responsável: *

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