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Aula 09

UTÁRIO - TCE-PE - A
Curso de Teoria e Questões Co
Aula 09 - Prof. Fábio Dutra

AULA 09: Extinção do Crédito Tributário

SUMÁRIO PÁGINA
Observac;ões sobre a aula 01
Extinc;ão do Crédito Tributário 02
Lista das Questões Comentadas em Aula 76
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 95
Leaislacão Pertinente 96
Súmulas Abordadas Durante a Aula 102
Principais Jurisprudências Abordadas Durante a Aula 104
Resumo da Aula 106

Observações sobre a Aula

Olá amigo (a), tudo bem?

É sempre um enorme prazer estar aqui com você! Nesta aula,


trabalharemos exclusivamente o assunto "extinção do crédito tributário", que é
rico em detalhes e sempre é cobrado em provas de concurso público!

No decorrer desse estudo, estudaremos o assunto "pagamento indevido


e repetição do indébito". Pode ter certeza de que todo esse conteúdo foi
preparado com o máximo de cuidado, a fim de que se torne 100%
compreensível.

É claro que, se surgir alguma dúvida, você pode me chamar no fórum! ©

Vamos começar!

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1 - EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

O art. 156 do CTN estabelece como causas de extinção do crédito


tributário as seguintes:

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos


termos do disposto no artigo 150 e seus§§ 1º e 4 °;

VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2 ° do


artigo 164;

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva


na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação
anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições


estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

Observação: Dação em pagamento não se confunde com pagamento. Aquela


ocorre quando o credor aceita receber a obrigação de forma diversa do que
foi estabelecido inicialmente. Como as obrigações tributárias são pecuniárias
(em dinheiro), pagar com bens imóveis é uma forma de dação em
pagamento.

Para o ilustre professor Leandro Paulsen 1 , o crédito tributário se extingue


quando for (grifamos):

1
PAUSEN, Leandro. Curso de Direito Tributário Completo. 6ª Edição. 2014.
Pág. 268.

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Satisfeito mediante pagamento, pagamento seguido de homologação no caso


dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, compensação, conversão
em renda de valores depositados ou consignados ou dação em pagamento de
bens imóveis na forma e condições estabelecidas por lei (incisos I, II, VI,
VII, VIII e XI), ainda que mediante transação (inciso III);

Desconstituído por decisão administrativa ou judicial (incisos IX e X);

Perdoado (inciso IV: remissão);

Precluso o direito do Fisco de lançar ou de cobrar o crédito judicialmente


(inciso V: decadência e prescrição).

Observação: Preclusão significa perda de direito de se manifestar no


processo, por ter esgotado o prazo. No Direito Tributário, a decadência é
perda do prazo para lançar; a prescrição, perda do prazo para propor ação de
cobrança.

Uma questão muito discutida e controvertida é se a lista do art. 156 é


taxativa (ou exaustiva) ou se é exemplificativa.

Nas provas de concursos públicos, normalmente se considera que as


causas extintivas previstas no art. 156 do CTN são exaustivas, tendo em
vista que no art. 141 do CTN, o próprio legislador estabelece que o crédito
tributário somente se extingue nos casos previstos no próprio CTN.

Embora haja quem entenda de forma diferente, no sentido da


possibilidade de lei de outro ente estabelecer outras formas de extinção do
crédito tributário (o STF, inclusive, já decidiu nesse sentido), a decisão mais
emblemática e que mais é cobrada em provas é a que diz respeito da
impossibilidade de se estabelecer como causa de extinção do crédito
tributário a dação em pagamento em bens móveis, por ofensa ao
princípio da licitação, conforme resta claro pela jurisprudência transcrita a
seguir:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUICIONALIDADE. OFENSA AO


PRINCÍPIO DA LICITAÇÃO (CF, ART. 37, XXI). I - Lei ordinária distrital -
pagamento de débitos tributários por meio de dação em pagamento.
II - Hipótese de criação de nova causa de extinção do crédito
tributário. III - Ofensa ao princípio da licitação na aquisição de
materiais pela administração pública. IV - Confirmação do julgamento
cautelar em que se declarou a inconstitucionalidade da lei ordinária distrital
1.624/1997.

(STF, ADI 1.917/DF, Plenário, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, Julgamento


em 26/04/2007)

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Nessa ocasião, o STF teve a oportunidade de apreciar uma situação em


que a lei ordinária permitia que as empresas quitassem seus débitos tributários
por meio de dação em pagamento em bens móveis. De acordo com a
Suprema Corte, essa possibilidade ofende o princípio da licitação.

1.1 - Pagamento

O pagamento é a principal forma de extinção do crédito


tributário. Isso também ocorre nas demais obrigações, como as civis,
trabalhistas ou empresariais.

Por esse motivo, o CTN estabeleceu diversas regras específicas ao Direito


Tributário, no que se refere ao pagamento. Algumas delas serão estudadas
em tópicos específicos. As demais são explicadas a seguir.

Com o fito de deixar nosso curso sempre mais didático, alteramos a


ordem seguida pela legislador, sendo que, de início, vamos tratar das formas
em que o pagamento pode ser efetuado.

A regra geral, prevista no art. 162 do CTN, I, é a de que o pagamento


seja efetuado em moeda corrente, cheque ou vale postal.

Observação: O vale postal é uma ordem de pagamento, realizada por


intermédio da empresa de correios.

Também é possível que o pagamento seja efetuado em estampilha,


papel selado ou processo mecânico, apenas nos casos estabelecidos em
lei.

Observação:
Estampilha e Papel selado: São selos adquiridos do fisco, após entrega de
dinheiro, para comprovar a quitação da dívida tributária.

Processo mecânico: É a autenticação fiscal que atesta pagamento de


tributo.

De todo modo, em qualquer dessas modalidades, o pagamento acaba


sendo feito em dinheiro. No que se refere ao cheque e ao vale postal, percebe­
se que são instrumentos de transferência de valores. Já em relação à
estampilha, papel selado e ao processo mecânico trata-se de mecanismos de
comprovação de que o pagamento foi realizado, em dinheiro.

A seguir, veremos algumas regras sobre as modalidades de pagamento.


São assuntos que não costumam ser cobrados em prova, mas o conhecimento
da literalidade do CTN é sempre essencial para enfrentar qualquer prova de
Direito Tributário! ©

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Primeiramente, destacamos que a legislação tributária pode determinar


que o contribuinte preste garantias para efetuar o pagamento por cheque ou
vale postal. Contudo, tais exigências não podem tornar o pagamento
impossível ou mais oneroso do que o pagamento em moeda (CTN, art.
162, § 1º). Na prática, o dispositivo quer dizer que o fisco pode até tentar se
proteger contra o "cheque sem fundo", mas não pode, com esse objetivo,
onerar o contribuinte ou impossibilitar o pagamento.

Ainda no que se refere ao pagamento por cheque, a extinção do crédito


tributário não ocorre com a entrega do cheque, mas apenas com o resgate
deste pelo sacado, que é basicamente a compensação bancária CTN, art.
162, § 2º).

No que concerne ao pagamento feito em estampilha, a extinção do


crédito tributário ocorre com a inutilização regular daquela (CTN, art. 162, §
3° ). Por exemplo, o "selo-pedágio" (uma espécie de estampilha), quando
afixado no para-brisa do automóvel (inutilização regular), era utilizado para
comprovar o pagamento do pedágio (considerado taxa, neste caso
especíco).

Observação: O § 3º do art. 162 excetua o disposto no art. 150 (referente ao


lançamento por homologação). A exceção é bastante óbvia, tendo em vista
que nesta modalidade de lançamento o pagamento fica sujeito à posterior
homologação da autoridade fiscal.

Contudo, se houver a perda ou destruição da estampilha, ou mesmo erro


no pagamento por esta modalidade, não há qualquer restituição ao
contribuinte, salvo nos casos previstos na legislação tributária ou
quando o erro seja imputável à autoridade administrativa (CTN, art.
162, § 4 ° ). Ora, se o servidor público errar, o contribuinte não pode ser punido
por isso.

Prescreve o § 5° do mesmo artigo que o pagamento em papel selado ou


por processo mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha. Como
havíamos dito, todos eles são semelhantes, e têm por objetivo comprovar
pagamento já realizado.

Dando continuidade ao estudo do pagamento - e o que veremos a


partir de agora é importante-, veja o que diz o art. 157 do CTN:

Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do


crédito tributário.

O que o dispositivo estabelece é que a imposição de multa se acumula


com o pagamento do tributo, ou seja, se o contribuinte é multado, não deixa
de continuar obrigado ao cumprimento da obrigação tributária relativa
ao tributo. Bastante óbvio, não?

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Acrescente-se que em Direito tributário não há presunção de


pagamento. Logo, se o sujeito passivo paga a última prestação de um crédito
tributário, não se presume que as demais foram pagas. Do mesmo modo, ao
pagar um tributo, não se presume que outros créditos relativos ao
mesmo ou a outro tributo tenha sido pago.

Como exemplo, se o contribuinte possui dois apartamentos na cidade do


Rio de Janeiro, ao quitar o IPTU de um dos apartamentos, não se presume que
o IPTU relativo ao outro imóvel tenha sido pago. Tudo isso em consonância
com o art. 158, I e II, do CTN.

No tocante ao local do pagamento do tributo, se a legislação tributária


não dispuser nada a respeito, deve ser feito na repartição competente do
domicílio do sujeito passivo (CTN, art. 159). Contudo, na prática atual, o
pagamento é feito em rede bancária, credenciada pelo Fisco.

A obrigação de pagar tributo é portável, ou seja, o


ão
i!!!!!!!::===�===i devedor deve procurar o credor paga efetuar o
pagamento.

Observação: O recolhimento do tributo pelo estabelecimento bancário


(pessoa jurídica de direito privado) encontra respaldo no art. 7°, § 3°, do
CTN, já que isso não se confunde com a capacidade tributária ativa.

Quanto ao prazo de pagamento do tributo, em regra, é o próprio ente


instituidor que o define. No entanto, se não houver disposição a respeito, o
prazo é de 30 dias, a contar da notificação do lançamento ao sujeito
passivo.

Observação: Não se esqueça de que, com a notificação, o sujeito passivo


tem a opção de pagar ou impugnar o lançamento.

Cumpre ressaltar que a regra dos "30 dias" não é aplicável ao


lançamento por homologação. O motivo é bastante óbvio: como nessa
modalidade o contribuinte deve antecipar o pagamento, não há notificação de
lançamento. Sendo assim, cabe à legislação tributária definir o prazo
para pagamento dos tributos lançados por homologação.

Lembre-se: de acordo com o STF (RE 195.218/MG), a


ão definição do prazo para recolhimento do tributo
i!!!!!!!!::====::::1 não se sujeita ao princípio da legalidade.

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Se o pagamento for efetuado antecipadamente, a legislação tributária


pode conceder desconto, respeitadas as condições. O mais correto seria que o
legislador tivesse dito lei em vez de legislação tributária, já que, como visto,
esta compreende também os atos infralegais, e a concessão de desconto
deve somente pode ser feita por lei em sentido estrito.

1.1.1 - Efeitos da mora

Quando o sujeito passivo não efetua o pagamento do tributo até a data


de vencimento, começam a surtir os efeitos da mora automaticamente.

ão No Direito Tributário, os efeitos da mora ocorrem


i!!!!!!!::===�===i automaticamente (mora ex re).

Vamos ver o que diz o art. 161 do CTN:

Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é


acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da
falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da
aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei
ou em lei tributária.

§ 1 º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são


calculados à taxa de um por cento ao mês.

Repare que além dos juros de mora, o contribuinte também se sujeita


ao pagamento de penalidades. Trata-se da multa moratória, que é a sanção
pelo não cumprimento da obrigação tributária no tempo previsto na legislação
tributária.

Se a lei não definir a taxa que servirá de base para o cálculo dos juros de
mora, estes serão calculados à taxa de 1 % ao mês, conforme prevê o § 1 °,
do art. 161, do CTN.

Nesse sentido, o STJ já decidiu que a taxa SELIC é composta da taxa de


juros e da correção monetária, não podendo, portanto, ser cumulada com
outro índice de correção:

"(... ) A taxa SELIC é composta de taxa de juros e taxa de correção


monetária, não podendo ser cumulada com qualquer outro índice de
correçao - . (...)"

(STJ, REsp 447.690/PR, Segunda Turma, Rei. Min Eliana Calmon, Julgamento
em 05/06/2003)

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1.1.2 - Consulta tributária

A consulta tributária é um procedimento administrativo com o objetivo


de que o contribuinte satisfaça suas dúvidas relativas à legislação
tributária. Vamos repetir novamente o texto do art. 161 do CTN, acrescido do
seu§ 2°:

Art. 161: (. .. ):

§ 2° O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta


formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do
crédito.

Sendo assim, se o contribuinte formula consulta tributária, dentro do


prazo legal para pagamento do tributo, não há fluência de juros de mora
nem mesmo aplicação de multa moratória.

Embora não se possam cobrar juros de mora, deve ficar claro que não
estamos falando em mais um caso de suspensão do crédito tributário,
já que a exigibilidade não fica suspensa. Além disso, não se trata de uma
hipótese prevista no art. 151 do CTN.

1.1.3 - Imputação em pagamento

A imputação em pagamento ocorre quando um mesmo sujeito passivo


deve dois ou mais créditos tributários a uma mesma Fazenda Pública. Nesse
caso, o recebimento deve ser feito obedecendo a ordem prevista no art. 163
do CTN.

Observação: Como atualmente os pagamentos são feitos diretamente na


rede bancária, não há supervisão da autoridade administrativa para
determinar a ordem em que os créditos devem ser pagos. Contudo, para fins
de prova, tudo isso que será visto adiante é plenamente válido.

Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do


mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de
direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou
provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade
administrativa competente para receber o pagamento
determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras,
na ordem em que enumeradas:

I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo


lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;

II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por


fim aos impostos;

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III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;


IV - na ordem decrescente dos montantes.
Os incisos do art. 163 devem ser seguidos de forma hierárquica. Assim,
em primeiro lugar, deve-se dar prioridade aos débitos em que o
contribuinte figura como contribuinte, e só depois àqueles pelos quais é
responsável.

Não sendo possível tal distinção, ou seja, digamos que em todos os


débitos o sujeito passivo seja contribuinte. Neste caso, o segundo critérios diz
respeito ao caráter contraprestacional do tributo. Assim, deve-se dar
prioridade àqueles que são "mais vinculados" (contribuições de
melhoria), e só depois receber os débitos que são "menos vinculados", até que
se chegue aos impostos (tributos não vinculados).

Se ainda assim persistirem as dúvidas, o prox1mo critério é o prazo


prescricional. A autoridade administrativa deve dar prioridade àqueles cuja
data de prescrição esteja mais curta. Faz todo o sentido, já que se não
forem cobrados, há o risco de serem extintos pelas prescrição (como ainda
vamos estudar).

Por último, caso os prazos de prescrição coincidam, a prioridade gira em


torno do valor dos créditos. Nessa linha, têm prioridade os créditos
tributários de maior valor.

Deve-se, então, seguir essa ordem, avançando para o prox1mo critério


apenas se os dois créditos empatarem na primeira etapa, e assim
sucessivamente até que se consiga estabelecer uma ordem de prioridade aos
créditos objetos de pagamento.

Vamos esquematizar:

CRITÉRIO PRIORIDADE + � -
Pessoal Contribuinte/Responsável
Vinculacão do Fato Gerador Contribuição de Melhoria/Taxas/Imoostos
Prescricão Prazo mais curto/mais lonao
Valor do Crédito Valor maior/Valor menor

1.1.4 - Pagamento indevido e restituição

Em Direito Tributário, não há vontade das partes para surgimento


da obrigação. Ocorrendo o fato gerador, surge a obrigação tributária. Do
mesmo modo, se o cumprimento da obrigação (pagamento) foi maior do que o
devido ou se é indevido, não há qualquer discussão acerca da devolução: o
sujeito passivo possui o direito ser restituído. Nas palavras do legislador
do CTN, o direito à restituição surge independentemente de prévio
protesto.

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ão Não importa quem calculou o montante devido, se


..-====�==a foi o Fisco ou o sujeito passivo.

É comum encontrarmos questões de provas que mencionem "repetição


do indébito tributário". Não se assuste, pois se refere unica e
exclusivamente ao direito do contribuinte de pleitear a restituição do que foi
pago indevidamente.

Vamos ver o que diz o art. 165 do CTN:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio


protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a
modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no§ 4 º do
artigo 162, nos seguintes casos:

I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que


o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou
circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;

II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota


aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou
conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

Observação: O disposto no § 4º do art. 162 se refere à perda ou destruição


da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade. Não há
restituição neste caso.

As três hipóteses previstas no art. 165 do CTN se resumem basicamente


em duas: restituição sem instauração de litígio (incisos I e II) e
restituição com instauração de litígio (inciso III). Mais à frente, você
entenderá o porquê de tal divisão, quando estudarmos os prazos que o sujeito
passivo possui para pleitear a restituição.

1.1.5 - Restituição de tributo indireto

Lembre-se, inicialmente, que os tributos indiretos são aqueles em que o


contribuinte de direito é efetua apenas o recolhimento da obrigação tributária,
mas quem realmente arca com o ônus tributário é o contribuinte de fato.
Assim, ao realizar, por exemplo, a venda de mercadorias, o comerciante inclui
o valor do tributo nos preço da mercadoria.

Nosso foco neste momento está em verificar como é feita a restituição


dos tributos indiretos. Vamos recorrer, como sempre, ao CTN:

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Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza,


transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita
a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de
tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente
autorizado a recebê-la.

Percebe-se, portanto, que a restituição somente será feita em duas


situações:

• Se o contribuinte de direito comprovar ter assumido o encardo do tributo,


isto é, não o ter transferido;
• Se o contribuinte de fato autorizar expressamente o contribuinte de direito
a receber a restituição.

Em síntese, o contribuinte de direito (quem efetuou o recolhimento) deve


comprovar que não houve transferência do ônus tributário a terceiro. Se
houver transferido, que o contribuinte de fato o autorize a pleitear a
restituição. Caso contrário, não haverá restituição.

O entendimento do STF tem seguido essa linha, conforme fica


demonstrado na seguinte súmula:

Súmula STF 546 - Cabe a restituição do tributo pago indevidamente,


quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou
do contribuinte "de facto" o "quantum" respectivo.

Deve-se destacar também que o entendimento do STJ (REsp


903.394/AL) é no sentido de que o contribuinte de fato não possui
legitimidade para pleitear a restituição do que foi pago indevidamente,
no que se refere aos tributos indiretos.

ão Somente o contribuinte de direito pode pleitear a


..-=======a restituição de tributo indireto.

1.1.6 - Restituição de juros e multas

Ao pleitear a restituição do tributo pago indevidamente, o sujeito passivo


também possui direito à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora
e da multa moratória paga a maior.

Vamos ver um exemplo: Geraldo deve R$ 100,00, a título de tributo. A


multa e os juros por atraso de pagamento são calculados pelas respectivas
taxas de 10% e 5%. Supondo que Geraldo, por equívoco, entendeu que o

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tributo devido era de R$ 200,00 e efetuou o pagamento com atraso, acabou


recolhendo o valor total de R$ 230,00.

No entanto, ao tomar conta de que o pagamento foi efetuado a maior,


Geraldo tem direito de ser restituído em R$ 115,00 (R$ 100,00 de tributo, R$
10,00 de juros e R$ 5,00 de multa moratória).

Vejamos, então, o que diz o caput art. 167 do CTN:

Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição,


na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades
pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não
prejudicadas pela causa da restituição.

Com relação às infrações de caráter formal, ou seja, multas punitivas,


não há qualquer restituição, pois não decorrem do atraso do pagamento.

1.1.7 - Juros de mora e correção monetária na restituição

No tópico anterior, nós estudamos a restituição das multas e juros pagos


indevidamente, em função do recolhimento do valor incorreto do tributo.
Portanto, não se confunde com o que veremos a partir de agora: correção
monetária e juros devidos sobre o valor a ser restituído. O que seria isso?

Da mesma forma que o contribuinte, ao recolher o tributo em atraso,


deve arcar com os encargos financeiros, o Fisco também está sujeito ao
pagamento de juros e correção monetária sobre o valor a ser restituído
ao sujeito passivo. Vamos, então, neste tópico, estudar o termo inicial da
fluência dos juros de mora e da correção monetária.

No que se refere aos juros de mora, o par. único do art. 167 estabelece
que eles incidem sobre o valor da restituição, a partir do trânsito em julgado
da decisão definitiva que determinar a restituição:

Art. 167. (. ..):

Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir


do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.

Observação: Juros não capitalizáveis são os juros simples.

Essa regra também tem sido adotada pelo STJ, conforme se expõe a
seguir:

Súmula STJ 188 - Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário,


são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença.

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Dessa forma, a partir do trânsito em julgado da decisão judicial, inicia-se


a incidência dos juros de mora.

Contudo, com a inscrição do precatório até 1 de julho até o final do °


exercício seguinte (31 de dezembro do próximo ano), não há incidência de
juros de mora. A incidência só volta a ocorrer se o precatório não for pago
dentro do prazo, que é, como se afirmou, 31 de dezembro do ano seguinte. É
a jurisprudência pacífica do STF:

Súmula Vinculante 17 - Durante o período previsto no parágrafo 1 do °


artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios
que nele sejam pagos.

Vejamos o que consta no art. 100, § 1° , da CF/88:

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,


Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far­
se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n ° 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional n ° 62, de
2009)

§ 1 ° Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles


decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte
ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2 °
deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n ° 62, de
2009).

Observação: Precatório é o documento expedido pelo Poder Judiciário para


inclusão da verba necessária no orçamento público do ano seguinte. É o meio
pelo qual as dívidas da Fazenda, decorrentes de sentenças judiciais, são
pagas.

Segue abaixo uma ilustração do que foi visto até o momento, adaptada
da obra do professor Ricardo Alexandre2 :

2 ALEXANDRE Ricardo. Direito tributário esquematizado. 4ª Edição. 2010. Pág. 436.


,

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Não incidem juros de


mora
Súmula Vinculante 17

Juros de mora
Súmula STJ 188 ,�--
A___\ Juros de mora
Se o pagamento
CTN, art. 167, par. não foi feito
único
..,_______,,.•••••••••••••••••. ..,______llllil)•

)
Pagamento Ação de repetição Trânsito 01/07/Xl 31/12/X2
Indevido do indébito em julgado

No que se refere à correção monetária - atualização monetária em face


da inflação -, a contagem é diferente, já que o valor da restituição deve ser
corrigido desde a data do pagamento indevido. Vejamos a pacífica
jurisprudência do STJ, cristalizada na Súmula 162:

Súmula STJ 162 - Na repetição de indébito tributário, a correção monetária


incide a partir do pagamento indevido.

Esses são os conhecimentos que devemos levar para a prova. O


candidato precisa memorizar as Súmulas 162 e 188 do STJ.

Destaque-se que a jurisprudência mais recente do STJ tem caminhado


no sentido de que, após a edição da Lei 9.250/1995, aplica-se a taxa SELIC
desde o recolhimento indevido, não podendo ser cumulada com
qualquer outro índice de juros ou atualização monetária.

Se a questão cobrar restituição, citando a taxa SELIC,


entenda que deve ser aplicada desde o recolhimento
indevido, vedada qualquer cumulatividade com outros
ão índices.

Caso contrário, considere as Súmulas 162 e 188, ambas


do STJ.

1.1.8 - Prazo para pleitear a restituição

Você se lembra quando estudamos o art. 165 do CTN? Naquele


momento, eu havia dito que os incisos desse artigo se referem, basicamente, a
duas situações distintas: restituição sem instauração de litígio (incisos I e
II) e restituição com instauração de litígio (inciso III).

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Pois bem, a partir de agora, estudaremos os prazos para pleitear a


restituição nas duas situações. O que você deve saber, de antemão, é que o
prazo é sempre de 5 anos, variando apenas o termo inicial da contagem
desse prazo.

Os incisos I e II do art. 165 do CTN querem dizer a mesma coisa.


Podemos dizer que se referem as mais diversas situações que levam o
contribuinte a realizar o pagamento indevidamente, com exceção da hipótese
prevista no inciso III do mesmo artigo, referente ao pagamento indevido
realizado no curso de processo administrativo ou judicial.

Seguindo o raciocínio esposado acima, o art. 168, I, determina que o


prazo para pleitear a restituição nas hipóteses tratadas nos incisos I e II do
art. 165 é de 5 anos, contados da data da extinção do crédito tributário.

Uma observação deve ser feita neste ponto: na sistemática do


lançamento de ofício e por declaração, o pagamento extingue de imediato o
crédito tributário. Contudo, no lançamento por homologação, não é bem assim
que acontece.

Quando o tributo é lançado por homologação, o sujeito passivo tem o


dever de efetuar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
de sorte que a extinção definitiva do crédito tributário só ocorre com a
homologação.

Como sabemos que o prazo que a autoridade possui para homologar é


de 5 anos, e que muitas vezes a homologação ocorre tacitamente (automática,
após o curso do prazo quinquenal), na prática, o sujeito passivo teria o prazo
de 10 anos para pleitear a restituição.

Explique-se melhor: se a autoridade administrativa deixar ocorrer a


homologação tácita, a extinção definitiva do crédito tributário ocorre 5 anos
após a data do fato gerador. A partir daí, inicia-se a contagem do prazo para o
contribuinte pleitear a restituição. Foi com base nesse raciocínio que o STJ
sustentou a tese dos "5+5".

Contudo, com o advento da LC 118/05, foi estabelecida a seguinte regra:

Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no


5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, a
extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a
lançamento por homologação, no momento do pagamento
antecipado de que trata o§ lo do art. 150 da referida Lei.

Com base no dispositivo acima citado, podemos afirmar que o prazo


estabelecido no art. 168, I, é contado a partir do momento do pagamento
antecipado, nos tributos que seguem a sistemática do lançamento por

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homologação. Desse modo, o prazo de 5 anos conta-se do pagamento, da


mesma forma como ocorre com as outras modalidades de lançamento.

Pode-se afirmar que o prazo para buscar restituição, com


ão base no art. 168, I, é de 5 anos, contados do
i!!!!!!!!::====::::1 pagamento indevido.

Observação: O art. 4°, da LC 118/05, determinou que o art. 3º produz


efeitos retroativos. O raciocínio do legislador era de que a norma era
meramente interpretativa (CTN, art. 106, I).
Contudo, a jurisprudência do STF e STJ já se encontra pacífica no
sentido de que o citado art. 3 º produz efeitos prospectivos. Sendo
assim, todas as ações ajuizadas após a vigência da LC 118/05 estão
submetidas ao novo prazo (apenas 5 anos}, ainda que se refiram a
paqamentos anteriores à viqência da referida LC.

Finalizado o estudo do inciso I, do art. 168, vamos avançar para o inciso


II deste artigo, que se refere ao prazo para pleitear restituição de pagamento
indevido, realizado no curso de processo administrativo ou judicial, em que se
discute a legitimidade do lançamento.

Trata-se de situação de difícil verificação prática, que consiste no


seguinte: o sujeito passivo ao obter uma decisão desfavorável, seja ela
administrativa ou judicial, paga o tributo, oferecendo, em seguida, recurso
contra a decisão condenatória.

Na realidade, o que é mais comum de acontecer é o não pagamento no


âmbito do processo administrativo, pois as reclamações e os recursos
nessa esfera têm o condão de suspender a exigibilidade do crédito
tributário. No que se refere ao processo judicial, o sujeito passivo
normalmente efetua o depósito do montante integral, que também
suspende o crédito tributário, em vez de pagar o tributo.

O que se quis dizer na redação do dispositivo foi que o pagamento foi


efetuado diante de decisão condenatória contra a qual cabia recurso. No
julgamento desse recurso, o sujeito passivo obteve anulação da decisão
anterior, obtendo decisão favorável. É nesse momento que se inicia a
contagem do prazo de 5 anos para pleitear a restituição.

Por último, ressalte-se que a contagem do prazo limite para pleitear


a restituição não é afetada se o tributo, ou melhor, a lei instituidora do
tributo for declarada inconstitucional. Guarde isso!

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1.1.9 - Prazo para anular decisão administrativa denegatória

Após a realização do pagamento indevido, o sujeito passivo pode pleitear


a restituição tanto no âmbito administrativo como no Judiciário. Em qualquer
caso, o prazo é de 5 anos.

Havendo opção pela via administrativa, tendo obtido decisão final


desfavorável, o contribuinte tem o direito de acionar o Poder Judiciário,
com vistas a anular a decisão administrativa que denegou a restituição
do tributo pago indevidamente.

Vejamos o que diz o art. 169 do CTN:

Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão


administrativa que denegar a restituição.

Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da


ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data
da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda
Pública interessada.

Repare que o dispositivo cria um evidente privilégio ao Fisco, devedor da


ação de restituição proposta pelo sujeito passivo: o prazo exíguo de 2 anos.

O dispositivo também prescreve que ocorre a interrupção do prazo


prescricional pelo início da ação judicial, que ocorre com a distribuição da
ação.

Ademais, em vez de devolver o prazo integralmente, como é típico do


fenômeno da interrupção, optou-se por recomeçar o prazo da metade, a partir
da data da intimação (ou citação) feita ao representante judicial da Fazenda
Pública. Trata-se de mais um privilégio, que impede que o prazo de 2 anos
seja estendido.

Destaque-se que se o prazo for interrompido com 2 meses, por exemplo,


o seu curso não será reiniciado pela metade, já que não se pode reduzir o
prazo, para torná-lo inferior a 2 anos. No caso exemplificado, será reiniciada a
contagem de mais 1 ano e 10 meses.

A regra se refere à prescrição intercorrente, que ocorre caso o


processo judicial não se conclua no prazo fixado. É claro que esse prazo só se
exaure se o autor da ação (sujeito passivo) for o responsável pela paralisação
do processo.

Embora possa parecer complexo, saiba que, nas provas deconcurso


público, normalmente o assunto costuma ser cobrado pela literalidade do art.
169, o que torna a resolução das questões muito simples.

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1.2 - Compensação

A essência da compensação ocorre quando duas pessoas são devedoras


e credoras uma da outra, simultaneamente. Por exemplo: Sebastião deve ao
Município de Salvador R$ 250,00, e este deve a Sebastião R$ 100,00. As
dívidas podem ser extintas até o montante em que se compensarem. No
exemplo citado, Sebastião continuará devendo à Fazenda Municipal o valor de
R$ 150,00.

Nesse sentido, o art. 170 do CTN estabelece o seguinte:

Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou
cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa,
autorizar a compensação de créditos tributários com créditos
líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo
contra a Fazenda pública. (Vide Decreto n ° 7.212, de 2010)

Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei


determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante,
não podendo, porém, cominar redução maior que a
correspondente ao juro de l % (um por cento) ao mês pelo tempo a
decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.

De início, cumpre-nos destacar que o art. 170 traz apenas as regras


gerais acerca do instituto da compensação. Os detalhes devem ser
estabelecidos na lei do ente federativo com o qual o contribuinte deseja
realizar a compensação. Nesse ponto, vale frisar: a compensação somente
se faz possível se houver lei autorizativa, estipulando quais os créditos
que podem ser compensados.

Não é suficiente a previsão no CTN para realizar a


ão compensação. Cada ente federativo deve editar lei
..-====�==a versando sobre a matéria.

Dito isso, vamos entender o dispositivo!

Os créditos tributários são aqueles devidos pelo sujeito passivo, ou


seja, são créditos da Fazenda Pública, mas representam débitos para o sujeito
passivo. No que se refere aos créditos do sujeito passivo contra a
Fazenda, a situação é oposta e bastante óbvia: o sujeito passivo é o credor, e
a Fazenda, devedora.

Observação: Os créditos do sujeito passivo não necessariamente


possuem natureza tributária.

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Os créditos tributários devem sempre estar vencidos, ou seja, quando o


legislador permite que a compensação pode ter como objeto créditos vencidos
ou vincendos, diz respeito aos créditos do sujeito passivo contra a
Fazenda Pública.

Nessa esteira, se os créditos do sujeito passivo forem vincendos, ou seja,


ainda estiverem por vencer, serão reduzidos (ajustados a valor presente)
conforme os critérios definidos na lei autorizativa, desde que a redação não
seja superior ao juro de 1 % ao mês.

Os créditos do sujeito passivo contra a Fazenda também devem


ser certos (quanto à existência) e líquidos (quanto ao valor). Para
ilustrar essa regra, vamos ver um exemplo prático de compensação: imagine
que a lei tenha autorizado a compensação de créditos gerados por pagamento
indevidos a título de tributo. Em vez de pleitear a restituição, seria muito mais
simples ao sujeito passivo compensar com os créditos tributários que deve a
Fazenda, correto?

Entretanto, como vimos em tópicos anteriores, a discussão da


legitimidade de valor já pago ao Fisco indevidamente. Até que ocorra o trânsito
em julgado da decisão judicial, o crédito do sujeito passivo não é certo (na
decisão final, pode ser julgado que ele não existe), não podendo se
tornar objeto de compensação, até que a decisão se torne irrecorrível.

Com base nesse raciocínio, a LC 104/2001 incluiu a seguinte regra no


CTN:

Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento


de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.

Ora, se não se pode compensar antes do trânsito em julgado,


obviamente também não é possível realizar a compensação com base em
medida liminar:

Súmula STJ 212 - A compensação de créditos tributários não pode ser


deferida por medida liminar.

Não caia em pegadinhas! Não é possível compensar


créditos objetos de decisão judicial recorrível,
ão medidas cautelares ou liminares ou, ainda, tutela
antecipada.

Não obstante a proibição da compensação com base em liminar em


mandado de segurança, a jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que o

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mandado de segurança constitui ação adequada para declarar direito à


compensação tributária:

Súmula STJ 213 - O mandado de segurança constitui ação adequada para a


declaração do direito à compensação tributária.

1.3 - Transação

No âmbito do Direito Tributário, a transação tem por objetivo por fim a


um litígio - administrativo ou judicial - instaurado entre o sujeito passivo e a
Fazenda Pública.

Trata-se de uma forma alternativa para solucionar os conflitos entre as


partes, mediante concessões mútuas, ou seja, cada parte cede parte de seu
direito, a fim de que se chegue a um consenso.

Diferentemente do Direito Civil, no Direito Tributário, a


ão transação é terminativa (guarde essa palavra), ou seja,
i!!!!!!!::===�===i só existe diante de um litígio.

Não obstante a autorização da transação seja feita pela autoridade


competente, nos termos do par. único do art. 171, a transação só pode
ocorrer mediante lei autorizativa.

Como exemplo, a lei pode autorizar a Fazenda a deixar de receber parte


do crédito tributário, com a condição de que o sujeito passivo desista do litígio
e pague a parcela restante do crédito tributário dentro do prazo previsto.

Observação: Veja que a extinção do crédito tributário pode ocorrer de forma


combinada. No exemplo acima, uma parte foi extinta pela transação e a
outra, pelo pagamento.

1.4 - Remissão

A remissão é conceituada como o perdão da dívida. Por se tratar de


benefício fiscal, deve ser regulada em lei específica, conforme estabelece o
art. 150, § 6°, da CF/88.

Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a


conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial
do crédito tributário, atendendo:

I - à situação econômica do sujeito passivo;

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II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a


matéria de fato;

III - à diminuta importância do crédito tributário;

IV - a considerações de equidade, em relação com as características


pessoais ou materiais do caso;

V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade


tributante.

Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito


adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.

Observe que o art. 172 do CTN traz regras direcionadas ao legislador. Ou


seja, ao editar a lei específica concessora da remissão, o legislador deve seguir
as diretrizes estabelecidas na norma acima.

Uma observação a ser feita é que não há conflito entre o que está
previsto no art. 108, § 2º, do CTN, com o art. 172, IV. Quando estudamos as
técnicas de integração, vimos que o aplicador da lei não pode utilizar da
equidade como forma de dispensa do pagamento de tributo devido.
Diferentemente disso, o art. 172, IV, permite que o legislador conceda
remissão, considerando as características pessoais o materiais do caso, com
base na equidade.

Destaque-se que a remissão pode se referir ao perdão tanto de


tributo como de multas, desde que já tenha sido constituído o crédito
tributário. Se, por outro lado, ainda não tiver havido o lançamento, o
benefício será concedido sob a forma de isenção (para tributos) ou anistia
(para multas), hipóteses de exclusão do crédito tributário, que são estudadas
em tópico próprio.

Se o crédito tributário está constituído = Remissão


(tributo ou multa)
ão
Se o crédito tributário não está constituído = Isenção
(tributo) ou Anistia (multa)

Por fim, vamos relembrar do mnemônico MARIPA. Aplicam-se as regras


da moratória concedida em caráter individual (CTN, art. 155) à remissão,
quando também estiver sendo concedida individualmente.

Vamos, então, relembrar como funciona: você deve saber que a


remissão individual não gera direito adquirido. Por isso, em alguns casos,
basta que o sujeito passivo comprove que faz parte do rol daqueles alcançados
pela remissão.

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De qualquer modo, não estando satisfeitos os requisitos ou as condições,


a remissão é revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o
crédito tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado que
houve dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se beneficiar
ilicitamente da remissão, haverá, ainda, imposição de penalidade.

Cabe ressaltar também que há outra consequência, em se tratando da


revogação da remissão: a contagem do prazo de prescrição. Se houve dolo ou
simulação, o tempo decorrido entre a concessão da remissão e sua revogação
não é contado para fins de prescrição. Por outro lado, se não houve dolo ou
simulação, a revogação da remissão só pode ocorrer antes de findar o prazo
prescricional.

1.5 - Decadência

Sabe-se que, com a ocorrência do fato gerador, surge a obrigação


tributária. No entanto, a dívida somente se torna exigível com o lançamento,
que é o procedimento administrativo que constitui o crédito tributário. O prazo
decadencial é justamente o prazo que a autoridade administrativa
possui para promover o lançamento. No fim do prazo decadencial, ocorre a
decadência.

Já o prazo prescricional é aquele que a Fazenda Pública possui,


após o lançamento definitivo do tributo, para promover a ação de
execução fiscal, com o objetivo de satisfazer o crédito tributário. No fim do
prazo prescricional, ocorre a prescrição.

Veja, então, que, antes do lançamento corre prazo decadencial, e após o


lançamento, prazo prescricional. Pode-se dizer, a grosso modo, que o
lançamento é marco que divide o prazo decadencial do prazo
prescricional.

Nesse ponto do nosso estudo, alguns detalhes devem ser frisados:

• Tanto o prazo decadencial como o prescricional são de 5 anos (a distinção


ocorre na fixação do termo inicial de contagem);
• Tanto a decadência como a prescrição são causas de extinção do crédito
tributário (art. 156, V).
• O lançamento é o marco que divide o prazo decadencial do prazo
prescricional.

Conforme o entendimento da jurisprudência e da doutrina, extinto o


crédito, seja pela decadência ou pela prescrição, não há qualquer direito da
Fazenda Pública em receber o crédito. Portanto, se o contribuinte paga
crédito prescrito ou decaído, faz jus à restituição.

Deve-se destacar que, de acordo com o art. 146, III, b, da CF/88, cabe
à lei complementar dispor sobre normas gerais em matéria de

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prescnçao e decadência tributárias. Sendo assim, não poderia, por


exemplo, uma lei ordinária estabelecer prazos diferentes do que foi previsto no
CTN (norma recepcionada com status de lei complementar).

Foi nessa linha que a Súmula Vinculante n ° 8 do STF declarou


inconstitucionais os dispositivos que previam prazo decadencial e
prescricional de 10 anos, contrariando o disposto no CTN.

Além desse conhecimento básico acerca do instituto da decadência, é


necessário conhecer as diferentes formas de contagem do prazo de 5 anos.
Vamos, a partir deste momento, estudar cada uma delas.

1.5.1 - Regra geral de contagem

A regra geral de contagem do prazo decadencial está prevista no art.


173, I, do CTN. De acordo com esse dispositivo, o direito de a Fazenda Pública
constituir o crédito tributário (decadência) extingue-se em 5 anos, contados
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado.

Em tese, o lançamento pode ser efetuado logo após a ocorrência


do fato gerador. Portanto, o início da contagem do lapso temporal de 5 anos
ocorre no dia 1 ° de janeiro do ano seguinte em relação à data de ocorrência do
fato gerador.

A título de exemplo, imagine que o fato gerador de determinado tributo


ocorra no dia 10 de janeiro de 2014. Nesse caso, o prazo decadencial começa
a ser contado a partir de 01 de janeiro de 2015. A decadência, então, se
consome no dia 01 de janeiro de 2020, exatamente 5 anos depois.

É muito importante que você perceba que, muito embora o prazo seja de
5 anos, as regras de contagem podem fazer com que o prazo chegue
praticamente aos 6 anos, se o fato gerador tiver ocorrido no dia 01 de janeiro,
por exemplo.

Cumpre-nos destacar que a regra geral não se aplica aos tributos


lançados por homologação. A contagem do prazo decadencial nos tributos
em que se aplica tal modalidade de lançamento recebeu tratamento específico,
o qual será estudado mais adiante.

ão O prazo decadencial possui regras específicas para os


..-====�==a tributos lançados por homologação.

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1.5.2 - Regra da antecipação da contagem

A regra da antecipação da contagem do prazo decadencial está prevista


no par. único do art. 173, do CTN, que estabelece o seguinte:

Art.173-(. . .):

Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se


definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data
em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento.

Nós vimos que a regra geral é que o prazo decadencial seja contado a
partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado, correto?

Ocorre que, se nesse intervalo ( entre a data do fato gerador e o primeiro


dia do exercício seguinte) a autoridade fiscal notificar o sujeito passivo de
alguma medida indispensável ao lançamento, como o início de um
procedimento de fiscalização, por exemplo, haverá antecipação da
contagem do prazo decadencial para a data em que o sujeito passivo
toma ciência do termo de início de fiscalização.

Se a notificação do início de procedimento fiscal ocorrer


ão após o "primeiro dia do exercício seguinte", não haverá
i!!!!!!!!::====::::1 impacto sobre o curso do prazo decadencial.

1.5.3 - Regra da anulação do lançamento por vício formal

Consoante o disposto no art. 173, II, do CTN, o direito de a Fazenda


Pública constituir o crédito tributário extingue-se após o prazo de 5 anos,
contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

Trata-se de uma regra bastante tranquila de se entender. Vamos ver um


exemplo prático:

Determinado sujeito passivo é notificado do lançamento de um tributo


contra ele efetuado. Discordando de alguns aspectos descritos na notificação, o
sujeito passivo impugna o lançamento. Ao final do litígio, chega-se à conclusão
que, embora o fato gerador tenha ocorrido, a autoridade que promoveu o
lançamento não possuía competência para o ato. A consequência disso é a
anulação do lançamento.

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De acordo com o que estudamos até o momento, se houve lançamento,


não há mais contagem de prazo decadencial, e sim prescricional. Contudo,
veja que o lançamento foi anulado em decorrência de vício formal.

Observação:
Vício formal: diz respeito aos requisitos burocráticos.
Exemplo: competência da autoridade.

Vício material: diz respeito à obrigação tributária.


Exemplo: não ocorrência do fato gerador.

Em decorrência da anulação, a Fazenda Pública deverá promover novo


lançamento, corrigindo os erros formais ocorridos no lançamento anterior. Para
isso, ela possui novamente à sua disposição o prazo de 5 anos, contados da
data da decisão definitiva que anulou o lançamento.

A devolução do prazo decadencial ocorre integralmente,


ou seja, mais 5 anos para a Fazenda realizar novamente
ão o lançamento. Contudo, a regra somente se aplica
quando o o vício do lançamento é formal.

A devolução integral do prazo decadencial é denominada


interrupção de prazo decadencial. Esse é o entendimento de parte da
doutrina. Há quem entenda também que se trata de novo prazo decadencial,
não havendo interrupção.

Observação:
A interrupção de um prazo, seja ele decadencial ou prescricional, indica
que o prazo antigo é abandonado e novo prazo começar a ser contado
novamente. Ou seja, o prazo é integralmente devolvido.

A suspensão de um prazo indica que a contagem é suspensa, retornando,


quando legalmente determinado, do momento em que havia parado.

1.5.4 - Prazo decadencial nos tributos lançados por homologação

Na modalidade de lançamento por homologação, o sujeito passivo efetua


o pagamento antecipado, sem prévio exame da autoridade administrativa.
Posteriormente, esta homologa o lançamento, extinguindo o crédito tributário.

O prazo para homologação, como já foi visto no nosso curso, é de 5


anos, contados da data da ocorrência do fato gerador (CTN, art. 150, §
4°). Se a homologação não ocorrer dentro do prazo, haverá a homologação
tácita, ou seja, considera-se que o procedimento levado a cabo pelo
contribuinte estava correto.

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O curso desse prazo também possui outra função, que é a possibilidade


de a Fazenda Pública constatar eventuais diferenças que deixaram de
ser pagas e constituir de ofício tais valores, com base no art. 149, V, do
CTN.

Portanto, o prazo de 5 anos, contados da data da ocorrência do


fato gerador é o prazo decadencial que a Fazenda possui para homologar a
atividade do sujeito passivo e, sendo o caso, efetuar lançamento suplementar.

Contudo, nem sempre o prazo quinquenal é contado a partir da


data de ocorrência do fato gerador (CTN, art. 150, § 4º). Há algumas
exceções que serão vista a partir de agora.

Nos casos em que o sujeito passivo não declara nem paga qualquer
valor até a data do vencimento, aplica-se a regra geral das demais
modalidades de lançamento, ou seja, o prazo de 5 anos é contado a partir
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado (CTN, art. 173, I).

Por outro lado, se o sujeito passivo declara e paga o crédito


tributário apenas de forma parcial, a regra é aquela típica dos tributos
lançados por homologação, ou seja, conta-se 5 anos a partir da data do
fato gerador (CTN, art. 150, § 4 ° ).

Observação: Neste caso, como Ja foi dito, eventuais diferenças ficam


sujeitas ao lançamento suplementar, realizado de ofício, com base no art.
149, V, do CTN.

Cabe destacar que o próprio § 4°, do art. 150, do CTN, excetua da regra
dos tributos lançados por homologação quando for comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Diante da inexistência de regra
específica sobre o assunto, aplica-se também nesta situação a regra geral
da decadência, prevista no art. 173, I, do CTN.

Por último, temos também a situação em que o contribuinte presta a


declaração, mas não efetua o pagamento devido no vencimento. Nesse
caso, entende o STJ que a declaração do sujeito passivo é suficiente para
constituir o crédito tributário (sem o respectivo lançamento), não havendo
mais que se falar em decadência, mas sim em prescrição:

1. Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, considera-se


constituído o crédito tributário no momento da declaração realizada
pelo contribuinte.

2. A declaração do contribuinte elide a necessidade da constituição formal do


crédito tributário, sendo este exigível independentemente de qualquer
procedimento administrativo, de forma que, não sendo o caso de

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homologação tácita, não se opera a incidência do instituto da


decadência (CTN, art. 150, § 4° ), incidindo apenas prescrição nos
termos delineados no art. 174 do CTN.

(STJ, AgRg no Ag 884.833/SC, Segunda Turma, Rei. Min. João Otávio de


Noronha, Julgamento em 25/09/2007)

Nesse sentido, veja a Súmula 436, lavrada pelo STJ:

Súmula STJ 436 - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo


débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra
providência por parte do fisco.

Vejamos um exemplo prático: a Declaração de Débitos e Créditos


Tributários Federais (DCTF) é uma declaração obrigatória para pessoas
jurídicas em geral, referindo-se a diversos impostos e contribuições federais. O
objetivo é informar o fisco sobre os tributos apurados pela empresa. A entrega
dessa declaração constitui o crédito tributário, dispensando as providências do
fisco nesse sentido.

Há que se destacar que, prestando a declaração desacompanhada de


pagamento no vencimento, o sujeito ativo da obrigação tributária pode
inscrever o sujeito passivo em dívida ativa, atividade preparatória para
promover a ação de execução fiscal.

Vamos esquematizar o que vimos até o momento:

-- --
Contribuinte
declara e Art. 150, § 40 Conta-se da data do fato gerador
paga

Contribuinte
não declara
-- Art. 173, I
-
., °
Conta-se do 1 dia do ano seguinte
nada

Dolo, fraude
ou
-
- Art. 173, I -
., °
Conta-se do 1 dia do ano seguinte
simulação

Contribuinte
declara e -., � Ocorre a constituição do crédito tributário.
� Terá início o prazo prescricional (data da declaração ou
não paga vencimento, o que for posterior).

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Observação: Para entender melhor o nosso esquema, lembre-se que o prazo


é sempre de 5 anos, alterando apenas a data a partir da qual se conta o
referido prazo.

1.6 - Prescrição

Como já foi dito, opera-se a prescrição quando não há propositura de


ação de execução fiscal dentro do prazo estabelecido no CTN, com o
objetivo de cobrar do sujeito passivo o crédito tributário na via judicial.

O prazo para que se promova a ação de execução fiscal é de 5 anos,


contados da data da constituição definitiva do crédito tributário.
Dissemos anteriormente que, após o lançamento, o prazo era prescricional, e
de fato é. Contudo, tal prazo só começa a ser contado a partir do dia em que
não mais se discute a legitimidade do lançamento, ou seja, a partir do dia
em que o crédito tributário é considerado definitivamente constituído.

Importa-nos saber quando ocorre a constituição definitiva do crédito.


Novamente, vamos nos lembrar: ao ser notificado do lançamento, o sujeito
passivo tem um prazo fixado em lei para pagar ou impugnar o lançamento.

Caso o sujeito passivo cumpra com a obrigação tributária, pagando o


tributo contra ele lançado, o crédito tributário é extinto pelo próprio
pagamento (CTN, art. 156, I).

Se, por outro lado, o sujeito passivo impugnar o lançamento, instaura-se


um litígio entre a Fazenda Pública e o contribuinte ou responsável, em que se
discute o crédito tributário. Ao final, caso a decisão seja desfavorável ao
sujeito passivo, mantendo o crédito lançado, ocorre a constituição
definitiva do crédito tributário.

Imaginemos, ainda, que o sujeito passivo, notificado do lançamento, não


tome qualquer medida para efetuar o pagamento ou impugnar o lançamento.
Nesse caso, também haverá a constituição definitiva do crédito tributário.

Perceba, então, que a constituição definitiva está relacionada ao fato de


o lançamento não poder mais ser discutido. Afinal de contas, se o prazo
prescricional é o prazo para a Fazenda promover a execução fiscal do sujeito
passivo, não faz sentido algum executar algo que não se sabe ao certo
se continuará existindo (a impugnação pode resultar na anulação do
cancelamento).

Novamente, vale lembrar que o art. 146, III, b, da CF/88, determina que
cabe à lei complementar definir normas gerais acerca da decadência e
prescrição tributária. Portanto, somente outra lei complementar poderia
alterar os prazos ou criar outras regras e restrições.

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Estando o crédito tributário prescrito, ao fim do prazo quinquenal


previsto no CTN, o que ocorre se a Fazenda Pública ainda assim
executar o sujeito passivo?

Neste caso, vale a Súmula 409 do STJ, cuja redação é a seguinte: "Em
execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser
s
decretada de ofício (art. 219, § 0, do CPC). H

Veja que a prescrição será decretada de ofício pelo juiz, e isso pode se dar
mesmo sem a oitiva da Fazenda Pública, conforme demonstra a
jurisprudência do STJ, na ementa do julgamento do REsp 733.286-RS.

Vale observar que a Súmula 409 considera o antigo CPC. No Novo CPC (Lei
13.105/2015), o dispositivo que embasa a decretação da prescrição é o art.
332, & 1°.

1.6.1 - Prescrição para Tributos Lançados por Homologação

Estudamos acima que o termo inicial do prazo prescricional é a data de


constituição definitiva do crédito tributário. Contudo, em se tratando de
tributos lançados por homologação, é preciso tomar cuidado, pois a entrega da
declaração, confessando a dívida, constitui o crédito tributário.

Neste caso, o prazo prescricional será contado a partir de que momento?


Vejamos a jurisprudência do STJ sobre o tema:

"(...)1. A Primeira Seção deste STJ no julgamento do REsp 1.120.295/SP,


processado sob o rito do art. 543-C do CPC, confirmou entendimento no
sentido de que o termo inicial do prazo prescricional quinquenal para
cobrança dos tributos sujeitos a lançamento por homologação é a
data do vencimento da obrigação tributária, e, quando não houver
pagamento, a data da entrega da declaração, sendo esta posterior.
( . . . )"
(STJ, AgRg no AREsp 349.146/SP, Primeira Turma, Rei. Min. Sérgio Kukina,
Julgamento em 07/11/2013)

Portanto, o termo inicial do prazo prescricional é a data do vencimento


da obrigação tributária ou a data da entrega da declaração, caso esta
entrega ocorra em momento posterior ao vencimento da referida
obrigação. Para não se perder no raciocínio, é sempre recomendável ter em
mente que é a declaração que vai constituir o crédito tributário. Se a

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declaração não foi entregue, não há que se falar em prescrição, mas


ainda na decadência!

Tributos lançados por homologação

Termo inicial da prescrição:


ão
Data do vencimento; ou

Data da entre a da declara ão se esta for osterior.

1.6.2 - Interrupção do prazo prescricional

O legislador do CTN estabeleceu algumas situações que interrompem o


prazo prescricional. Interromper significa que o prazo é integralmente
devolvido, contado do "zero" novamente.

Vejamos, então, o que diz o art. 174 do CTN:

Art. 174 - (. . .):

Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;


(Redação dada pela Lcp n ° 118, de 2005)

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que


importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

São quatro hipóteses de interrupção do prazo prescricional. Nas três


primeiras, a interrupção é consequência de ato judicial. Apenas a última se
refere à possibilidade de o ato ser realizado na órbita administrativa
(extrajudicia 1).

Observação: O inciso IV traz também a única hipótese em que ocorre


interrupção da prescrição por iniciativa do devedor.

Se cair na prova uma questão afirmando a


possibilidade de o prazo prescricional ser
ão interrompido por iniciativa do devedor, a assertiva
estará correta!

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O art. 174, I, traz como hipótese interruptiva do prazo prescricional o


despacho do juiz que ordena citação em execução fiscal. Vamos
entender o que vem a ser isso!

Ao admitir a ação de execução fiscal, o juiz realiza o despacho que


ordena a citação do devedor, e é esse despacho que faz com que se
interrompa a prescrição, devolvendo integralmente o prazo de 5 anos à
Fazenda Pública.

Tome muito cuidado, pois antes da LC 118/05, a redação desse inciso


era "pela citação pessoal feita ao devedor". Ou seja, não era o despacho, mas
a notificação pessoal ao devedor. Na prática, o devedor poderia "fugir", e não
ser notificado. Por esse motivo, alterou-se para o momento do despacho
que ordena a citação.

ão O que interrompe a prescnçao é o despacho, e não a


..-====�==a citação pessoal! Guarde muito bem isso!

No tocante ao protesto judicial, previsto no art. 174, II, do CTN, trata­


se de medida judicial intentada pelo credor (Fazenda Pública), com o objetivo
de manifestar sua intenção de ver satisfeito o seu direito.

De acordo com Eduardo Sabbag3 ,

À luz do crédito tributário, o protesto judicial somente se justifica na


hipótese de a Fazenda estar impossibilitada de ajuizar a execução fiscal,
diante da iminência do término do prazo prescricional.

Em relação aos atos judiciais que constituam em mora o devedor


(CTN, art. 174, III), deve-se destacar que são as notificações, intimações ou
interpelações judiciais, com a finalidade de manifestar a intenção do credor em
receber a dívida. Podemos afirmar, então, que o protesto judicial, disposto no
inciso anterior, está contido entre os atos judiciais que constituam em mora o
devedor.

Por último, quando o art. 174, IV, mencionou ato do devedor, ainda
que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito, não quis
dizer nada além da conhecida confissão de dívida, que pode ocorrer tanto
na esfera administrativa como na judicial.

3
SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. Sª Edição. 2013. Pág. 829.

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Imagine que a autoridade administrativa tenha realizado o lançamento


de algum tributo e notificou o devedor. Considere ainda que o contribuinte
manteve-se inerte, ou seja, não pagou nem impugnou o lançamento dentro do
prazo previsto na legislação do respectivo ente federativo. Ocorrida a
constituição definitiva do crédito tributário, tem início o prazo prescricional,
para que se promova a ação de execução fiscal.

Passados dois anos, o devedor solicita à Fazenda o parcelamento de


referido débito. Obviamente, o sujeito passivo está nesse momento
reconhecendo que possui uma dívida com o Fisco. Interrompe-se, então,
a prescrição, fazendo com que o Fisco tenha novamente 5 anos para promover
a execução fiscal.

ão São exemplos típicos de confissão de dívida: pedido de


i!!!!!!!!::====::::1 parcelamento e pedido de compensação de débito.

Por fim, é importante ressaltar que a consulta administrativa não é


modo de interrupção de prescrição. Guarde muito bem isso, pois esse é o
entendimento do STJ (EDcl no REsp 87 .840/BA).

1.6.3 - Suspensão do prazo prescricional

Distintamente do que ocorre com a interrupção da prescrição, na


suspensão, o prazo deixa de ser contado, até que se encerre a situação
o que suspendeu. Após esse evento, continua-se o curso do prazo
prescricional do ponto onde havia parado. Ou seja, não há devolução
integral do prazo, mas apenas suspensão temporária.

O CTN não dispôs expressamente sobre a suspensão da


prescrição, mas a doutrina e a jurisprudência reconhecem hipóteses de
prescrição, previstas indiretamente no CTN, em decorrência da lógica de
aplicação dos dispositivos ali prescritos.

Em primeiro lugar, vamos nos lembrar das hipóteses de suspensão do


crédito tributário. Vimos que o que se suspende não é o direito de lançar, mas
sim a exigibilidade do crédito, impedindo a Fazenda Pública de promover
a ação de execução fiscal.

Observação: A execução fiscal é disciplinada pela Lei 6.830/1980, a


conhecida Lei de Execuções Fiscais, ou simplesmente LEF.

Nessa esteira, se a Fazenda está impedida de promover a ação de


execução fiscal, não há lógica alguma em correr o prazo prescricional, que tem
como objetivo justamente punir o sujeito ativo, por se manter inerte em
relação ao seu direito de exigir a dívida tributária, por meio da execução fiscal.

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Dessa forma, devemos memorizar que, se há suspensão da


exigibilidade do crédito tributário, também estará suspenso o curso do
prazo prescricional.

ão A suspensão do prazo prescricional permanecerá até que


..-====�==a o crédito se torne exigível.

Cabe destacar também que quando a moratória em caráter individual


for obtida fraudulentamente (dolo ou simulação), o tempo decorrido entre
a sua concessão e a revogação não é contado para fins de prescrição,
conforme consta no par. único do art. 155. Sendo assim, pode-se
visualizar mais uma hipótese de suspensão do prazo prescricional.

Como o art. 155 também se aplica aos outros benefícios fiscais


(MARIPA) previstos no CTN, quando concedidos de modo individual, podemos
dizer que também haverá suspensão da prescrição, se houver situação
semelhante à qual acabamos de estudar, ou seja, a obtenção fraudulenta de
moratória, anistia, remissão, isenção e parcelamento.

A título de exemplo, caso o sujeito passivo se passe por outra pessoa


para fazer jus à isenção de caráter individual no ano de 2013, e o Fisco
descubra a fraude perpetrada em 2015, revogando-a, esses dois anos ( entre a
concessão e a revogação) não são contados para fins de prescrição. Portanto,
houve suspensão do prazo prescricional por dois anos.

Outro caso de suspensão da prescrição é o disposto no art. 2°, § 3°, da


Lei 6.830/1980 (LEF), cuja redação é a seguinte:

§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da


legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e
certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de
direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se
esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

Como funciona isso? Lembre-se de que, com o lançamento, a dívida se


torna exigível, mas é somente após a inscrição do crédito tributário em
dívida ativa que este se torna exequível, isto é, passível de execução
judicial. Portanto, para promover a ação de execução fiscal, é necessário que a
Fazenda Pública inscreva o crédito tributário em dívida ativa.

Observação: No âmbito federal, essa tarefa cabe à Procuradoria-Geral da


Fazenda Nacional (PGFN), responsável por efetuar o exame de legalidade,
certeza e liquidez.

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Desse modo, a LEF definiu que a inscrição do crédito tributário em dívida


ativa suspende a prescrição por 180 dias, ou até a distribuição da execução
fiscal, se esta ocorrer antes daquele prazo.

Isso significa que, inscrito o crédito, a Fazenda Pública tem um


acréscimo de até 180 dias para promover a ação de execução fiscal, até que
esta seja distribuída. Depois disso, o prazo volta a fluir, mas logo a seguir, com
o despacho do juiz ordenando a citação (CTN, art. 174, I), ocorre a interrupção
da prescrição, o que faz com que o prazo de 5 anos seja integralmente
restituído.

A grande discussão doutrinária e jurisprudencial é que a LEF não poderia


tratar de prescrição tributária, por ser tema cuja regulamentação compete
exclusivamente à lei complementar, nos termos do art. 146, III, b, da CF/88.

Nesse sentido, para o STJ (REsp 249.262/DF), a LEF não pode estipular
causa de suspensão do prazo prescricional não prevista no CTN. Sendo assim,
o art. 2°, § 3°, da LEF, não pode ser aplicado para execuções fiscais de
dívida ativa de natureza tributária.

1.6.3.1 - Prescrição Intercorrente

Há, na LEF, mais uma previsão de suspensão do prazo prescricional.


Trata-se dos casos em que, no curso da ação de execução fiscal, não for
localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a
penhora (art. 40):

Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for


localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a
penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.

Desta forma, enquanto não localizado o devedor ou enconrados bens


sobre os quais possa recair a penhora, admite-se a suspensão da execução
fiscal, e a consequente suspensão da prescrição pelo prazo máximo de
um ano. Se até então não for localizado o devedor ou encontrados bens
penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos (LEF, art. 40, § 2º ):

Art. 40:

(. . .)

§ 2° - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado


o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o
arquivamento dos autos.

Findo o prazo de um ano, com o arquivamento dos autos, tem início o


curso do prazo prescricional. Isso significa que, após o prazo de cinco anos
(prescrição), o Juiz poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente, e

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decretá-la de imediato, extinguindo o processo, com a extinção do crédito


tributário.

Nesse sentido, o STJ editou a seguinte súmula:

Súmula STJ 314 - Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,


suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da
prescrição quinquenal intercorrente.

É importante que o candidato esteja ciente de que o prazo prescricional,


na realidade, se inicia com a constituição definitiva do crédito tributário. Não
se esqueça, no entanto, que com a propositura de ação de execução fiscal, a
prescrição se interrompe pelo despacho do juiz que ordenar a citação do
executado (devedor). Portanto, o prazo prescricional retorna ao início.

Quando o prazo quinquenal começa a ser novamente contado? Neste


caso, é interessante seguir a supracitada Súmula 314 do STJ, ou seja, a partir
da data em que se encerra o período de um ano de suspensão do processo.

ão O prazo prescricional também pode ser citado na prova


i!!!!!!!::===�===i como "interregno preclusivo". Fique atento(a) !

1.6.3.2 - Resumo das Hipóteses de Suspensão da Prescrição

Podemos citar como situações em que o prazo prescricional é suspenso


as seguintes:

• Suspende-se o prazo prescricional enquanto o crédito tiver sua


exigibilidade suspensa, nos termos do art. 151 (moratória, depósito do
montante integral, reclamações e recursos administrativos, liminares ou
tutelas antecipadas e parcelamento).
• Suspende-se o prazo prescricional quando a moratória for concedida
individualmente, em decorrência de artifício doloso, até que ocorra
a revogação do benefício. Tal regra também se aplica aos seguintes
benefícios fiscais: anistia, remissão, isenção e parcelamento.
• Suspende-se o prazo prescricional com a inscrição do crédito
tributário em dívida ativa por 180 dias, ou até a distribuição da execução
fiscal, se esta se der primeiro.
• Suspende-se por até um ano o prazo prescricional, quando não for
localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, no curso do
processo de execução fiscal.

1.7 - Consignação em pagamento

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A consignação em pagamento tem tudo a ver com a forma de extinção


"pagamento", tanto é que o próprio CTN a incluiu dentro da seção que cuida
daquela modalidade de extinção do crédito tributário.

A ação de consignação em pagamento é movida no âmbito do


Poder Judiciário, com o objetivo de que o sujeito passivo exerça o seu
direito de pagar e quitar a obrigação tributária, quando se encontra
impedido pelo próprio credor.

"Como assim, professor?" É isso mesmo o que você ouviu: pode


acontecer, entre outras situações possíveis, de o credor recusar o pagamento
do tributo, condicionando-o ao pagamento de outra obrigação.

Vamos ver as hipóteses que foram previstas no art. 164 do CTN:

Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada


judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:

I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao


pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento
de obrigação acessória;

II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências


administrativas sem fundamento legal;

III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito


público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.

§ 1 ° A consignação só pode versar sobre o crédito que o


consignante se propõe pagar.

§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa


efetuado e a importância consignada é convertida em renda;
julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra­
se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.

As hipóteses elencadas nos incisos I e II são os casos em que a Fazenda


credora impõe condições absurdas ao contribuinte que não tem outra saída
senão socorrer ao Judiciário.

Isso se deve ao fato de que, não pagando, o contribuinte fica sujeito


também aos encargos moratórios (juros e multa), além da ação de
execução fiscal, já que, se nenhuma medida for tomada, o crédito
tributária continua plenamente exigível.

Imagine agora a situação prevista no inciso III: o contribuinte possui um


apartamento no Município de Guarulhos, e recebe notificações de lançamento

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de IPTU tanto do Município de São Paulo como do Município de Guarulhos.


Trata-se de bitributação. O que fazer se não se sabe exatamente quem é
credor da obrigação? Move-se, então, uma ação judicial de consignação em
pagamento.

Destaque-se que, de acordo com o § 1 ° do art. 164, a consignação


somente pode versar sobre o crédito que o consignante (sujeito passivo) se
propõe a pagar. Portanto, o sujeito passivo deve depositar o valor que
entende devido.

Embora seja discutível no âmbito da doutrina e da jurisprudência qual


valor deve ser depositado, se aquele exigido pelo fisco ou o que o sujeito
passivo entende devido, devemos levar para a prova a literalidade do CTN,
que parece se referir a este.

Ao término da ação, julgada procedente a consignação proposta pelo


sujeito passivo, o pagamento tem-se por efetuado e o valor que foi
consignado judicialmente é convertido em renda.

Observação: Converter-se em renda significa transferir para o credor, com o


objetivo de quitar o tributo devido.

Por outro lado, se a consignação for julgada improcedente, deve-se


proceder ao pagamento da diferença devida, bem como dos acréscimos
legais (juros de mora e penalidades cabíveis).

A extinção do crédito tributário não ocorre com a ação de


ão consignação em pagamento, mas sim quando estiver
..-=======a julgada procedente.

Por último, deve ser salientada a distinção entre o depósito do montante


integral e a ação de consignação em pagamento. Embora haja depósito do
sujeito passivo em ambos os casos, o depósito do montante integral se refere
a um ato isolado do sujeito passivo, podendo ocorrer tanto na via
administrativa quando na judicial, com o objetivo de suspender o crédito
tributário.

Por outro lado, a ação de consignação em pagamento consiste em um


processo judicial, cujo objetivo é exercer o direito de pagar o crédito que tenha
sido obstado pelo Fisco ou que tenha suscitado dúvida quanto ao real credor.
Neste caso, o objetivo é pagar e extinguir o crédito.

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Na consignação, o sujeito passivo quer pagar.

.:a No depósito, o sujeito passivo quer discutir ou evitar o


...-====�ã=O
débito.

1.8 - Pagamento antecipado e a posterior homologação

Na sistemática do lançamento por homologação, como já foi diversas


vezes explicado no nosso curso, o sujeito passivo paga o tributo sem prévio
exame da autoridade administrativa.

Após o pagamento do sujeito passivo, a autoridade administrativa possui


determinado prazo para atestar a correção do procedimento e do valor
recolhido, e só então homologa a atividade do contribuinte.

Nessa esteira, pode-se dizer a extinção definitiva do crédito tributário, no


que se refere aos tributos lançados por homologação, apenas ocorre com a
homologação do lançamento, ato que, como regra, pode levar até 5 anos,
contados do fato gerador.

Note bem que, embora a extinção do crédito só se dê com a


homologação do lançamento, para fins de definição do prazo inicial para
pleitear a restituição, a LC 118/05 estabeleceu que é considerado extinto
na data do pagamento.

O crédito lançado por homologação não é extinto na data


ão do lançamento! Considera-se extinto apenas para
..-=======a fins de contagem de prazo para restituição.

1.9 - Conversão do depósito em renda

Com o depósito do montante integral, exigido pela Fazenda Pública, o


sujeito passivo suspende a exigibilidade do crédito tributário. Havendo decisão
em favor da Fazenda Pública, ocorre a conversão do depósito em renda do
vencedor da ação.

Portanto, o crédito que anteriormente estava com a exigibilidade


suspensa, com a decisão definitiva torna-se extinto.

1.10 - Decisão administrativa final

Ao ser notificado do lançamento contra ele efetuado, o sujeito passivo,


como já foi visto, possui duas opções: pagar ou impugnar o lançamento.

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Ao impugnar administrativamente o lançamento, o sujeito passivo dá


início ao processo administrativo fiscal, seguindo as normas específicas do ente
federativo que detém a competência tributária do tributo objeto de discussão.

Se a decisão final no âmbito administrativo for favorável ao


sujeito passivo, o crédito tributário fica definitivamente extinto, com
base no art. 156, IX.

"E se a decisão final for desfavorável, professor?"

Nesse caso, cabe ao contribuinte pagar o crédito tributário ou aJu1zar


ação judicial para discutir no Poder Judiciário a legitimidade do lançamento
contra ele efetuado.

1.11- Decisão judicial transitada em julgado

Dando continuidade ao que foi dito no tópico anterior, caso o contribuinte


recorra ao Judiciário para discutir a procedência do lançamento, é a decisão
transitada em julgado (contra a qual não cabe recurso) que determinará se o
crédito tributário subsistirá ou não.

Caso a decisão seja favorável ao sujeito passivo, tem-se por


extinto o crédito tributário. Se, por outro lado, a decisão for em favor da
Fazenda Pública, não haverá outra opção ao sujeito passivo, senão o
pagamento.

1.12 - Dação em pagamento em bens imóveis

A dação em pagamento é instituto do direito privado, regulado pelos


arts. 356 a 359 do Código Civil. Trata-se de "pagamento" efetuado por meio da
entrega de bem ou direito que não seja moeda.

Na seara do Direito Tributário, a dação em pagamento somente passou a


ser prevista como modalidade de extinção do crédito tributário com advento da
LC 104/2001

Destacamos que a extinção só pode ser feita com bens imóveis. É


muito comum as questões de prova armarem verdadeiras pegadinhas para
fazer o candidato bem preparado tropeçar por descuido na rápida leitura da
questão. Portanto, tome muito cuidado com isso. Repita-se: BENS IMÓVEIS.

Mas como funciona isso? O contribuinte pode "sair" transferindo imóvel


para a Fazenda, como forma de quitar a obrigação tributária? Não é bem
assim!

Para que se realize a extinção do crédito tributário mediante dação em


pagamento em bens imóveis é necessário que cada ente federado edite

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lei autorizativa para disciplinar como será feita essa transferência e em que
hipóteses pode ser feita.

ão A dação em pagamento depende de lei autorizativa,


i!!!!!!::===:::!::= editada por cada esfera do Estado.

Há quem entenda que a previsão da dação em pagamento como forma


de extinção do crédito tributário tenha promovido a derrogação (revogação
parcial) do art. 3° do CTN, que disciplina que o tributo deve ser uma prestação
"em moeda".

O raciocínio esposado não merece prosperar, haja vista que o próprio


art. do CTN permite que o tributo pode ser prestação "em moeda ou cujo

valor nela se possa exprimir". Com base nisso, eu te pergunto: os bens
imóveis inegavelmente podem ser expressos em moeda. É evidente que sim.

HORA OE
raticar!

IQuestão 01 - CESPE/PC-PE-Delegado/2016
1
De acordo com as disposições do CTN, é causa de extinção da exigibilidade do
crédito tributário
a) a consignação em pagamento.
b) as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo
tributário administrativo.
c) a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies
de ação judicial.
d) o parcelamento.
e) a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

Comentário:

Alternativa A: A consignação foi prevista no art. 156, VIII, do CTN, como


causa de extinção do crédito tributário. Alternativa correta.

Alternativa B: As reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras


do processo tributário administrativo suspendem a exigibilidade do crédito
tributário, nos termos do art. 151, III, do CTN. Alternativa errada.

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Alternativa C: A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em


outras espécies de ação judicial suspende a exigibilidade do crédito tributário,
nos termos do art. 151, V, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa D: O parcelamento constitui causa de suspensão da exigibilidade


do crédito tributário, nos termos do art. 151, VI, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa E: A concessão de medida liminar em mandado de segurança


suspende a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 151, IV, do
CTN. Alternativa errada.

Gabarito: Letra A

IQuestão 02 - CESPE/PC-PE-Delegado/2016
1
No que diz respeito aos institutos da prescrição e da decadência, assinale a
opção correta.
a) A prescrição e a decadência estão previstas no CTN como formas de
exclusão do crédito tributário.
b) O direito de ação para a cobrança do crédito tributário decai em cinco anos,
contados da data da sua constituição definitiva.
c) O protesto judicial é uma forma de interrupção da prescrição.
d) O direito de a fazenda pública constituir o crédito tributário prescreve após
cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado.
e) As normas gerais sobre prescrição e decadência na matéria tributária devem
ser estabelecidas por meio de lei ordinária.

Comentário:

Alternativa A: Na realidade, em conformidade com o art. 156, V, do CTN, a


prescrição e a decadência constituem formas de extinção do crédito tributário.
Alternativa errada.

Alternativa B: Na verdade, o que ocorre é a prescnçao no prazo citado na


assertiva, e não decadência, como informado. Alternativa errada.

Alternativa C: Nos termos do art. 174, par. único, II, do CTN, o protesto
judicial configura uma forma de interrupção da prescrição. Alternativa errada.

Alternativa D: Novamente na tentativa de confundir o candidato, a banca


substitui a decadência pela prescrição, tornando a assertiva incorreta.
Alternativa errada.

Alternativa E: De acordo com o art. 146, III, "b", da CF/88, as normas gerais
sobre prescrição e decadência na matéria tributária devem ser estabelecidas
por meio de lei complementar.

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Gabarito: Letra e
IQuestão 03 - CESPE/PC-PE-Delegado/2016
1
A repetição do indébito tributário refere-se à possibilidade de o contribuinte
requerer às autoridades fazendárias a devolução de valores pagos
indevidamente a título de tributo. A respeito desse assunto, assinale a opção
correta.
a) Os juros moratórios na repetição do indébito tributário são devidos a partir
da data do fato gerador.
b) Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que
denegar a restituição.
c) Na repetição do indébito tributário, a correção monetária incide desde a data
do fato gerador.
d) O direito do sujeito passivo à restituição total ou parcial do tributo depende
necessariamente de prévio protesto.
e) O direito de pleitear a restituição extingue-se após dois anos do pagamento
espontâneo do tributo.

Comentário:

Alternativa A: De acordo com o art. 167, par. único, do CTN, a restituição


vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão
definitiva que a determinar. Este é, inclusive, o entendimento do STJ, contido
em sua Súmula 188. Alternativa errada.

Alternativa B: Trata-se da literalidade do art. 169, do CTN: Prescreve em dois


anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.
Alternativa correta.

Alternativa C: De acordo com a Súmula 162, do STJ, na repetição de indébito


tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento indevido, e não
do pagamento indevido. Alternativa errada.

Alternativa D: O art. 165, do CTN, foi bastante claro, ao estabelecer que o


sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à
restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu
pagamento, nos casos ali previstos. Alternativa errada.

Alternativa E: O direito de pleitear a restituição extingue-se após cinco anos,


e não dois, como informado. Ademais, regra geral, a contagem se dá a partir
da data da extinção do crédito tributário, que pode ocorrer com o pagamento,
nos termos do art. 156, I, do CTN. No caso dos tributos lançados por
homologação, considera-se como termo inicial para a contagem do referido
prazo a data do pagamento antecipado. Alternativa errada.

Gabarito: Letra B

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No exercício do controle fiscal, o tribunal de contas identificou que a secretaria


de fazenda do estado vinha, de forma contumaz, retardando por mais de cinco
anos a constituição de muitos dos créditos tributários oriundos de tributos
sujeitos a lançamento de ofício, fato que gerou, como consectário lógico, a
impossibilidade de cobrar do contribuinte o crédito tributário.
Nesses casos, não havia possibilidade de a autoridade competente realizar o
lançamento.
A respeito dessa situação hipotética e de aspectos legais a ela relacionados,
julgue os itens que se seguem.

Questão 04 - CESPE/TCE-SC-Auditor Fiscal de Controle Externo/2016

1 - Considerando-se que, nessa situação, não tenha havido anulação de


lançamento por vício formal, os tributos referidos deveriam ter sido lançados
em até cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter sido efetuado.

Comentário: Exatamente! Em se tratando de tributos lançados de ofício,


aplica-se o prazo previsto no art. 173, I, do CTN: o direito de a Fazenda
Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado. Questão correta.

Questão 05 - CESPE/TCE-SC-Auditor Fiscal de Controle Externo/2016

2 - Caso um contribuinte apresente a declaração exigida por lei e efetive o


pagamento antecipado de tributos sujeitos ao lançamento por homologação,
desde que inexistente lei estadual que fixe prazo distinto, o prazo para a
homologação será de cinco anos, contados da efetiva ocorrência do fato
gerador de cada tributo.

Comentário: No que concerne aos tributos lançados por homologação,


modalidade em que cabe ao contribuinte apresentar declaração e efetivar o
pagamento antecipado do tributo devido, o prazo decadencial de cinco anos é
contado da data de ocorrência do fato gerador, desde que inexistente lei
estadual que fixe prazo distinto, em conformidade com o art. 150, § 4°, do
CTN. Questão correta.

Questão 06 - CESPE/TCE-SC-Auditor Fiscal de Controle Externo/2016

3 - A situação hipotética diz respeito à prescrição tributária de tributos


estaduais.

Comentário: A perda do prazo para lançar o tributo caracteriza a extinção do


crédito tributário pela decadência, e não prescrição. Questão errada.

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Questão 07 - CESPE/CGE-PI-Auditor Governamental/2015

Se houver pagamento indevido de ICMS, só será possível a restituição do


tributo pago ao sujeito passivo de direito se ele provar ter assumido o encargo
financeiro ou, no caso de ter havido repercussão econômica, ter expressa
autorização do contribuinte de fato.

Comentário: A restituição de tributos indiretos, como o ICMS, foi tratada no


art. 166, cuja redação é a seguinte: "a restituição de tributos que comportem,
por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será
feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo
transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la".
Portanto, a questão está correta.

Questão 08 - CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2015

Caso determinado contribuinte tenha dois ou mais débitos tributários vencidos


com a União, estes deverão ser cobrados na seguinte ordem de precedência:
impostos, taxas e contribuição de melhoria.

Comentário: Em caso de imputação em pagamento, a autoridade


administrativa deve respeitar a ordem prevista no art. 163, do CTN. Com
relação às espécies tributárias, o art. 163, II, determina que a ordem de
precedência é a seguinte: contribuições de melhoria, taxas e impostos.
Questão errada.

Questão 09 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Caso ocorra fato gerador em setembro de 2014 de tributo cujo lançamento


tenha sido feito de ofício, o direito de a fazenda pública constituir o respectivo
crédito tributário se extinguirá em setembro de 2019.

Comentário: Como se trata de tributo lançado de ofício, o prazo decadencial


segue a regra do art. 173, I, do CTN, tendo o seu termo inicial no primeiro dia
do exercício financeiro seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado. Portanto, conta-se a partir de 01/01/2015. Consequentemente, o
crédito tributário se extinguirá em 01/01/2020.

A banca examinadora talvez tenha gerado dúvida nos candidatos, ao dizer que
o lançamento "tenha sido feito de ofício", pois se o tributo foi lançado, não há
que se falar em direito de a fazenda pública constituir o crédito tributário
(extinto pela decadência). De qualquer modo, tal direito não se extingue em
setembro de 2019, independentemente de ter havido o lançamento ou não.
Questão errada.

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Questão 10 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

A dúvida acerca do pagamento do IPTU incidente sobre imóvel situado em


localidade limítrofe entre dois municípios autoriza o ajuizamento de ação de
consignação em pagamento pelo proprietário.

Comentário: Uma das hipóteses que enseja o ajuizamento de ação de


consignação em pagamento é a exigência, por mais de uma pessoa jurídica de
direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. Logo, se há
dúvida acerca do pagamento do IPTU incidente sobre imóvel situado em
localidade limítrofe entre dois municípios é porque o sujeito passivo foi cobrado
pelos dois entes, razão pela qual se justifica o ajuizamento da referida ação
judicial. Questão correta.

Questão 11 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

O direito à restituição do crédito tributário pago indevidamente extingue-se


após cinco anos contados da data do pagamento, ainda que o tributo seja
submetido ao lançamento por homologação.

Comentário: Em relação aos tributos não lançados por homologação, o prazo


para pleitear a restituição do indébito tributário é de 05 anos, contados da data
da extinção do crédito tributário, que normalmente ocorre na data do
pagamento (CTN, art. 156, I). Em relação aos tributos lançados por
homologação, o art. 3º, da LC 118/05, determina que o prazo de 05 anos seja
contado a partir da data do pagamento. Portanto, a questão está correta.

Questão 12 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Como condição da ação de repetição de indébito, exige-se que o contribuinte,


para reaver o que tenha sido pago indevidamente, proteste o crédito tributário
devido.

Comentário: O art. 165, do CTN, estabelece que o direito à repetição do


indébito tributário independe de prévio protesto pelo sujeito passivo. Questão
errada.

Questão 13 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Na ação de consignação em pagamento movida pelo contribuinte, a


procedência do pedido extingue o crédito tributário, e o valor do depósito
realizado é convertido em renda.

Comentário: De fato, na ação de consignação em pagamento movida pelo


contribuinte, a procedência do pedido (pagamento do valor que entende

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devido) extingue o crédito tributário, e o valor do depósito realizado é


convertido em renda, em favor da Fazenda. Questão correta.

Questão 14 CESPE/Câmara dos Deputados-Analista


Legislativo/2014

O parcelamento requerido pelo contribuinte depois de transcorrido o prazo


prescricional não restabelece a exigibilidade do crédito tributário.

Comentário: Ao fim do prazo prescricional, o crédito tributário é extinto pela


prescrição, não havendo que se falar em restabelecimento de sua exigibilidade.
Portanto, a questão está correta.

Questão 15 CESPE/Câmara dos Deputados-Analista


Legislativo/ 2014

A regra de imputação de pagamento prevista no Código Civil de que a


amortização da dívida ocorre primeiro sobre os juros e, somente depois, sobre
o principal do crédito não se aplica à compensação de natureza tributária.

Comentário: Tal regra não se aplica ao crédito tributário, cuja imputação em


pagamento segue o regramento do Código Tributário Nacional, mais
precisamente em seu art. 163. Questão correta.

Questão 16 CESPE/Câmara dos Deputados-Analista


Legislativo/ 2014

Não é possível a compensação de débitos tributários federais com precatório


estadual ofertado pelo contribuinte, a despeito de o Código Tributário Nacional
prever a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos,
vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a fazenda pública.

Comentário: A compensação tributária ocorre quando o sujeito passivo e o


sujeito ativo são devedores e credores um do outro. Portanto, não é possível a
compensação de débitos tributários federais com precatório estadual. Questão
correta.

Questão 17 - CESPE/TJ-SE-Titular de Serviços de Notas e de


Registros/2014

No que se refere à prescrição e à decadência em matéria tributária, assinale a


opção correta.
a) À fazenda pública será concedido o prazo de cinco anos para constituir o
crédito tributário, a partir da data em que se tornar definitiva a decisão que
anular, por vício formal, lançamento anteriormente efetuado.
b) A prescrição pode ser definida como a perda do direito de lançar, ou seja,
de constituir o crédito tributário.

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c) A decadência pode ocorrer antes ou após a constituição definitiva do crédito


tributário.
d) Ocorre a decadência, em regra, após cinco anos contados da data do
pagamento do tributo pelo contribuinte.
e) Não é legalmente admissível a interrupção da prescrição nem da
decadência, podendo, entretanto, ambas ser suspensas nas hipóteses legais.

Comentário:

Alternativa A: É exatamente o que consta no art. 173, II, do CTN. Trata-se


do prazo decadencial para que a Fazenda promova novo lançamento em
virtude de lançamento anteriormente anulado por vício formal. Alternativa
correta.

Alternativa B: A prescnçao se refere à perda do direito de ajuizamento da


ação de execução fiscal. Alternativa errada.

Alternativa C: A decadência opera-se apenas antes da constituição definitiva


do crédito tributário. Após tal momento, inicia-se o curso do prazo
prescricional. Alternativa errada.

Alternativa D: Em regra, a decadência ocorre após 05 anos, contados do


primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado. Alternativa errada.

Alternativa E: Tão somente com o conhecimento do CTN, é possível eliminar


esta assertiva, haja vista ser admissível em tal norma a interrupção da
prescrição. Alternativa errada.

Gabarito: Letra A

Questão 18 - CESPE/Tl-DF-luiz de Direito Substituto/2014

A administração tributária do DF procedeu à análise dos livros fiscais e


registros contábeis da sociedade empresária WYZ Ltda., em diligência de
fiscalização realizada entre os dias l.º/5/2014 e 10/5/2014, com notificação à
contribuinte, em l.º/5/2014, acerca do início da ação fiscal, tendo verificado o
que se segue.
Durante os meses de janeiro a junho de 2010, a contribuinte declarou em guia
específica as operações de circulação de mercadoria, mas não recolhera ao DF
qualquer valor referente ao ICMS.
Durante os meses de julho a dezembro de 2010, a contribuinte declarou, em
guia específica, as operações de circulação de mercadoria, mas recolhera
parcialmente o montante devido de ICMS ao DF. Durante os meses de janeiro
a dezembro de 2011, a contribuinte não declarou nem recolheu o ICMS devido
pela realização das operações de circulação de mercadorias.

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Durante o período de fiscalização que se iniciou em l.º/5/2014, a


administração tributária do DF verificou que não fora declarada nem recolhida
nenhuma obrigação tributária de ICMS no ano de 2014, razão por que notificou
a contribuinte, solicitando esclarecimentos adicionais.
Considerando os dados acima apresentados, assinale a opção correta com base
no CTN e na jurisprudência do STJ.
a) As diversas obrigações em apreço têm, em comum, o início e o fim do prazo
decadencial: início em l.º/5/2014 e término em 30/4/2019.
b) Para evitar a decadência dos diretos referentes às obrigações tributárias
geradas entre os meses de janeiro a junho de 2010, o fisco do DF deve lançar
o tributo até 31/12/2014, data após a qual começará a correr o prazo de
prescrição.
c) Com relação às obrigações tributárias referentes aos meses de julho a
dezembro de 2010, o lançamento tributário de ofício é prescindível porque o
crédito já foi constituído pelo contribuinte.
d) No que se refere às obrigações tributárias referentes aos meses de janeiro a
dezembro de 2011, o fisco deve efetuar o lançamento dentro do prazo
decadencial de cinco anos, que se iniciou no dia da ocorrência de cada fato
gerador de obrigação fiscal não recolhida.
e) No caso das obrigações tributárias de ICMS referentes aos meses de janeiro
a maio de 2014, o fisco do DF deve efetuar o lançamento tributário de todas as
obrigações em aberto até 31/12/2019, para evitar a decadência do direito.

Comentário:

Alternativa A: Nenhuma das obrigações citadas tem como termo inicial do


prazo decadencial o dia 01/05/2014 e o término em 30/04/2019. Alternativa
errada.

Alternativa B: Como a contribuinte declarou os débitos de 01/2010 a


06/2010, mas não os pagou, o crédito tributário foi constituído pela entrega da
declaração, não havendo prazo decadencial, mas sim prescricional. Alternativa
errada.

Alternativa C: Como os débitos de 07/2010 a 12/2010 foram integralmente


declarados, o crédito tributário já foi constituído, quando da entrega da
declaração pelo contribuinte. Alternativa correta.

Alternativa D: Como se trata de tributo lançado por homologação, e não


havendo declaração pelo contribuinte relativamente aos débitos de 01/2011 a
12/2011, o início do prazo decadencial se dá em 01/01/2012, conforme prevê
o art. 173, I, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa E: Como se trata de tributo lançado por homologação, e não


havendo declaração pelo contribuinte relativamente aos débitos de 01/2014 a
05/2014, o início do prazo decadencial se dá em 01/01/2015, conforme prevê
o art. 173, I, do CTN, tendo seu término em 01/01/2010. Alternativa errada.

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Gabarito: Letra c

IQuestão 19 - CESPE/DPE-T0/2013

A conversão do depósito em renda é modalidade de suspensão do crédito


tributário.

Comentário: A conversão do depósito em renda é modalidade de extinção do


crédito tributário, conforme previsão no art. 156, VI, do CTN. Questão errada.

IQuestão 20 - CESPE/DPE-T0/2013

O vencimento do crédito tributário ocorre dez dias depois da data em que se


considera o sujeito passivo notificado do cálculo do montante do tributo
devido.

Comentário: De acordo com o art. 160 do CTN, quando a legislação tributária


não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias
depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do
lançamento. Ou seja, a legislação do ente federativo pode determinar que o
prazo para pagamento é de 10 dias, mas, se isso não for feito, a regra é o
prazo de 30 dias. Questão errada.

IQuestão 21 - CESPE/DPE-T0/2013

Caso a legislação tributária não disponha a respeito do local de pagamento do


tributo, ele deve ser efetuado na repartição competente do local da ocorrência
do fato gerador.

Comentário: Caso a legislação tributária não disponha a respeito do local de


pagamento do tributo, ele deve ser efetuado na repartição competente do
domicílio do sujeito passivo. Questão errada.

IQuestão 22 - CESPE/DPE-T0/2013

A lei pode autorizar a compensação de crédito tributário com créditos vencidos,


líquidos e certos, possibilidade vedada para os vincendos.

Comentário: O crédito tributário pode ser compensado com créditos líquidos e


certos, vencidos ou vincendos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública.
Questão errada.

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IQuestão 23 - CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃ0/2013

Opera-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo


crédito tributário regularmente constituído, por meio da:
a) isenção.
b)prescrição.
c)decadência.
d) imunidade.
e) remissão.

Comentário: Dispensa legal de pagamento de tributo pode ser tanto remissão


quanto isenção. Nesse caso, devemos observar as demais informações
fornecidas pela questão. Veja que foi dito que o crédito tributário já foi
constituído, logo, só pode ser remissão, típica modalidade de extinção do
crédito tributário. A resposta correta é a letra E.

IQuestão 24 - CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Somente nos casos previstos no CTN pode ser modificado ou extinto o crédito
tributário regularmente constituído.

Comentário: De acordo com o art. 141 do CTN, o crédito regularmente


constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade
suspensa ou excluída, nos casos previstos no próprio CTN. Questão correta.

IQuestão 25 - CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011

A compensação, modalidade de suspensão do crédito tributário, depende de lei


regulamentadora que a autorize.

Comentário: De fato, a compensação depende de lei regulamentadora que a


autorize. Contudo, trata-se de modalidade de extinção, e não suspensão, do
crédito tributário. Questão errada.

IQuestão 26 - CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃ0/2011

De acordo com o CTN, constitui caso de extinção do crédito tributário:

a) a concessão de isenção tributária.


b) o transcorrer do prazo de cinco anos contados da constituição do crédito.
c) a concessão de anistia.
d) o depósito do montante integral do crédito.
e) a concessão de parcelamento do crédito.

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Comentário: Com o transcorrer do prazo qüinqüenal, a contar da constituição


definitiva do crédito tributário, este estará extinto pela prescrição. As demais
modalidades se referem à suspensão ou exclusão do crédito tributário. A
resposta, portanto, é a Letra B.

IQuestão 27 - CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2010

Pela remissão, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator


da legislação tributária, impedindo a constituição do respectivo crédito
tributário.

Comentário: A remissão é causa de extinção do crédito tributário. Portanto,


no momento da remissão, o crédito tributário já foi constituído. Questão
errada.

Questão 28 - FCC/Pref. Campinas-SP-Procurador/2016

Há autorização legal para a repetição de pagamento de crédito tributário já


realizado na hipótese de:
a) lei que passou a definir para a situação prevista como fato gerador uma
isenção em caráter específico na qual o contribuinte se enquadra
perfeitamente.
b) revogação da lei instituidora do tributo, pois a lei que exclui a incidência
tributária deve retroagir para beneficiar o contribuinte.
c) lei que diminui a alíquota do imposto devido, desde que o recolhimento
tenha acontecido no mesmo exercício financeiro em que a lei entrou em vigor,
pois a lei nova mais benéfica ao contribuinte deve retroagir.
d) controle concentrado e abstrato de constitucionalidade em que o tributo foi
declarado inconstitucional com efeito erga omnes e ex tunc.
e) quando o contribuinte de direito recuperou do contribuinte de fato o valor
do tributo recolhido indevidamente.

Comentário:

Alternativa A: De acordo com o art. 106, do CTN, a lei tributária apenas


retroage no caso de lei nova expressamente interpretativa ou, em se tratando
de penalidades, lei mais benéfica ao sujeito passivo. Em se tratando de
isenção, não há que se falar na aplicação retroativa, haja vista se tratar de
dispensa do pagamento de tributos. Alternativa errada.

Alternativa B: A lei que exclui a incidência tributária não retroage, por não
enquadrar nas hipóteses previstas no art. 106, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa C: A lei tributária apenas retroage no caso de lei nova


expressamente interpretativa ou, em se tratando de penalidades, lei mais
benéfica ao sujeito passivo. Alternativa errada.

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Alternativa D: Exige-se, para resolver a questão, um pouco de conhecimento


de Direito Constitucional. Quando se diz que o efeito da decisão é erga omnes,
quer dizer que é extensível a todos. Ao mencionar que a decisão possui efeito
ex tunc, inferimos que a decisão do STF produziu efeitos retroativos.

Assim, se o tributo foi declarado inconstitucional com efeito erga omnes e ex


tunc, em sede de controle concentrado e abstrato de constitucionalidade, a
referida decisão produzirá efeitos retroativos e, evidentemente, sendo a
cobrança inconstitucional, os contribuintes poderão pleitear a restituição do
valor pago referente ao tributo. Alternativa correta.

Alternativa E: No caso dos tributos indiretos, só cabe repetição do indébito se


o contribuinte de direito comprovar não ter recuperado o valor do tributo
indevido. Alternativa errada.

Gabarito: Letra D

Questão 29 - FCC/TJ-PE-Juiz Substituto/2015

Proposta a ação fiscal no prazo fixado para o seu exerc1c10, a demora na


citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o
acolhimento da arguição de prescrição ou decadência.

Comentário: A prescrição e a decadência são institutos que extinguem o


crédito tributário quando a Fazenda Pública não age no sentido de constituir o
crédito tributário ou promover a ação de execução fiscal dentro do prazo
previsto na legislação tributária. Portanto, se a ação fiscal foi proposta dentro
do prazo previsto, a demora na citação do executado, por motivos inerentes ao
mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou
decadência. Questão correta.

Questão 30 - FCC/TJ-PE-Juiz Substituto/2015

A concessão de medida liminar em mandado de segurança suspende tanto a


prescrição quanto a decadência do crédito tributário, impedindo a Fazenda
Pública de realizar o lançamento do tributo, inscrevê-lo em Dívida Ativa e
ajuizar Execução Fiscal visando sua cobrança.

Comentário: Embora a concessão de medida liminar em mandado de


segurança tenha o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário,
não há óbice à constituição do crédito tributário pelo lançamento, com o
objetivo de evitar a decadência tributária. Questão errada.

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Questão 31 - FCC/TJ-GO-Juiz Substituto/2015

A prescrição intercorrente pode se operar durante o curso da execução fiscal,


se o executado não for localizado ou não forem encontrados bens suficientes
para garantir a execução.

Comentário: Vimos durante a aula que o Juiz suspenderá o curso da execução


fiscal, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os
quais possa recair a penhora. Contudo, decorrido o prazo máximo de um ano,
sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz
ordenará o arquivamento dos autos, momento em que tem início o curso da
prescrição intercorrente. Questão correta.

Questão 32 - FCC/SEFAZ-PE-Julgador Administrativo Tributário do


Tesouro Estadual/2015

O Sr. Antônio dos Santos, em abril de 2010, foi notificado de um Auto de


Infração lavrado pelo Estado do Pernambuco, exigindo um débito de ITCMD, no
importe de R$ 34.659,67, supostamente devido em razão de uma doação
realizada em outubro de 2007. O contribuinte apresentou tempestivamente
impugnação administrativa, alegando que o auto de infração não continha a
descrição do fato constitutivo da suposta infração fiscal, como exigia a
legislação que disciplinava o processo administrativo fiscal do Estado do
Pernambuco, razão pela qual o débito tributário deveria ser desconstituído. O
julgador de primeira instância administrativa, em janeiro de 2011, contudo,
não acolheu a defesa administrativa do contribuinte, mantendo incólume o
débito fiscal. O Sr. Antônio dos Santos, então, interpôs recurso administrativo
para instância administrativa superior, que, em setembro de 2013, deu
provimento ao recurso, para anular o crédito tributário, asseverando que a
Fiscalização não teria observado os requisitos de validade do auto de infração
exigidos na mencionada legislação estadual. Diante do caso hipotético, o
Estado do Pernambuco
a) não poderá lavrar outro auto de infração, pois ocorreu a decadência, uma
vez que o lançamento de ofício anterior foi anulado por vício formal, que não
tem o condão de interromper o prazo decadencial, não havendo o reinício da
sua contagem.
b) poderá lavrar outro auto de infração, visto que não ocorreu a decadência,
porquanto o lançamento de ofício anterior foi anulado por vício formal, o que
interrompe o prazo decadencial, reiniciando a sua contagem.
c) poderá lavrar outro auto de infração, pois não ocorreu a decadência, uma
vez que o lançamento de ofício anterior foi anulado por vício material, o que
interrompe o prazo decadencial, reiniciando a sua contagem.
d) não poderá lavrar outro auto de infração, pois ocorreu a decadência, posto
que não houve, no lançamento de ofício anterior, dolo, fraude ou simulação, o
que interromperia o prazo decadencial, reiniciando a sua contagem.
e) não poderá lavrar outro auto de infração, pois ocorreu a decadência, uma
vez que o prazo decadencial não se suspende ou se interrompe.

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Comentário: A alegação do sujeito passivo na impugnação administrativa se


referia a um elemento formal do lançamento, que seria a descrição do fato
constitutivo da infração fiscal. Assim sendo, como o lançamento foi anulado
por vício formal por decisão administrativa, a Fazenda Pública possui o prazo
decadencial de cinco anos para constituir o crédito tributário (lavratura de auto
de infração) contado da data em que se tornou definitiva a decisão
administrativa, em razão da interrupção do prazo decadencial, nos termos do
art. 173, II, do CTN.

Gabarito: Letra B

Questão 33 - FCC/TCM-GO-Auditor Conselheiro Substituto/2015

De acordo com o Código Tributário Nacional, são causas de extinção, de


suspensão de exigibilidade e de exclusão do crédito tributário,
respectivamente, nessa ordem,
a) a moratória; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em
outras espécies de ação judicial; a isenção.
b) a isenção; a prescrição; a concessão de medida liminar em mandado de
segurança.
c) a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; o depósito
do seu montante integral; a anistia.
d) o parcelamento; a consignação em pagamento, nos termos do disposto no §
2 ° do artigo 164 do CTN; a moratória.
e) a anistia; as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo; a decisão judicial passada em julgado.

Comentário:

Alternativa A: A moratória é causa de suspensão da exigibilidade do crédito


tributário; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada é causa de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário; a isenção constitui hipótese de
exclusão do crédito tributário. Alternativa errada.

Alternativa B: A isenção é modalidade de exclusão do crédito tributário; a


prescrição é modalidade de extinção do crédito tributário; a concessão de
medida liminar em mandado de segurança é causa de suspensão da
exigibilidade do crédito tributário. Alternativa errada.

Alternativa C: A decisão administrativa irreformável é modalidade de extinção


do crédito tributário; o depósito do seu montante integral é causa de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário; a anistia constitui hipótese de
exclusão do crédito tributário. Alternativa correta.

Alternativa D: O parcelamento é modalidade de suspensão da exigibilidade do


crédito tributário; a consignação em pagamento julgada procedente é

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modalidade de extinção do crédito tributário; a moratória também constitui


hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Alternativa errada.

Alternativa E: A anistia constitui modalidade de exclusão do crédito


tributário; as reclamações e os recursos administrativos caracterizam-se como
hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário; a decisão judicial
transitada em julgado é modalidade de extinção do crédito tributário.
Alternativa errada.

Gabarito: Letra e
Questão 34 - FCC/SEFAZ-PI-Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/2015

A lei municipal que instituiu o IPTU no Município de São Simão das Setes
Cruzes fixou o dia 1° de janeiro de cada exercício como data de ocorrência do
fato gerador desse imposto, que é lançado de ofício, por expressa previsão
legal.
O Poder Executivo Municipal promove, anualmente, o lançamento de ofício
desse imposto, logo no início do mês de fevereiro.
No exercício de 2012, porém, excepcionalmente, por motivos de ordens
técnica e jurídica, esse lançamento acabou não sendo efetuado na ocasião
programada.
Considerando os fatos acima e as normas do Código Tributário Nacional acerca
da extinção do crédito tributário, é correto afirmar que o prazo
a) para homologação tácita do lançamento de ofício, por decurso de prazo,
teve início a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado.
b) decadencial para se efetuar o lançamento de ofício desse imposto teve início
a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado.
c) para homologação tácita do lançamento de ofício, por decurso de prazo,
teve início a partir da data da ocorrência do fato gerador.
d) decadencial para se efetuar o lançamento de ofício desse imposto teve início
a partir da data da ocorrência do fato gerador.
e) prescricional para se efetuar o lançamento por declaração teve início a partir
da data da ocorrência do fato gerador.

Comentário:

Alternativa A: Se o lançamento é realizado de ofício, não há que se falar em


homologação tácita, o que só pode ocorrer nos tributos lançados por
homologação. Alternativa errada.

Alternativa B: Em conformidade com o disposto no art. 173, I, do CTN, o


prazo decadencial para se efetuar o lançamento de ofício tem início a partir do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado. Alternativa correta.

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Alternativa C: Se o lançamento é realizado de ofício, não há que se falar em


homologação tácita, o que só pode ocorrer nos tributos lançados por
homologação. Alternativa errada.

Alternativa D: A regra de contagem do prazo decadencial aplicável aos


tributos lançados de ofício é a prevista no art. 173, I, já exposta no comentário
de outra alternativa. Alternativa errada.

Alternativa E: O prazo para efetuar o lançamento é decadencial, e não


prescricional. Alternativa errada.

Gabarito: Letra B

Questão 35 - FCC/PGE-RN-Procurador do Estado/2014

Uma lei estadual que autorize o Procurador do Estado a não ingressar com
Execução Fiscal para cobrança de créditos tributários inferiores a um
determinado valor, renunciando portanto a esta receita, está prevendo
hipótese de
a) extinção do crédito tributário, na modalidade transação.
b) suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na modalidade moratória
específica.
c) exclusão do crédito tributário, na modalidade isenção em caráter específico.
d) extinção do crédito tributário, na modalidade remissão.
e) suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na modalidade anistia.
Comentário: Ao estabelecer legalmente o perdão da dívida tributária,
autorizando o Procurador do Estado a não ingressar com Execução Fiscal para
cobrança de créditos tributários inferiores a um determinado valor, o Estado
previu uma modalidade de extinção do crédito tributário denominada remissão,
prevista no art. 156, IV, do CTN.

Gabarito: Letra D

Questão 36 - FCC/TCE-GO-Analista de Controle Externo/2014

Sobre isenção, imunidade e remissão é correto afirmar que


a) todas são causas de exclusão do crédito tributário.
b) somente a imunidade e a isenção são causas de exclusão do crédito
tributário.
c) somente a isenção e a remissão são causas de extinção do crédito
tributário.
d) somente a imunidade define a incompetência tributária.
e) todas impedem o surgimento da obrigação tributária diante da
incompetência nas hipóteses por elas previstas.

Comentário:

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Alternativa A: Apenas a isenção é modalidade de exclusão do crédito


tributário. Alternativa errada.

Alternativa B: Apenas a isenção é modalidade de exclusão do crédito


tributário. Alternativa errada.

Alternativa C: Apenas a remissão constitui causa de extinção do crédito


tributário. Alternativa errada.

Alternativa D: Realmente, apenas a imunidade situa-se no patamar de


definição de incompetência tributária, sendo prevista na própria Constituição
Federal. Alternativa correta.

Alternativa E: Apenas na imunidade não ocorre o surgimento da obrigação


tributária, por se tratar de não incidência tributária. Alternativa errada.

Gabarito: Letra D

Questão 37 - FCC/PGE-BA-Analista de Procuradoria/2013

A ação para cobrança do crédito tributário


a) decai em 5 anos, contados da constituição definitiva do crédito.
b) decai em 5 anos, contados do primeiro dia do exercício financeiro seguinte
ao que deveria ter ocorrido o lançamento.
c) prescreve em 5 anos, contados da ocorrência do fato gerador.
d) prescreve em 5 anos, contados da constituição definitiva do crédito.
e) decai em 5 anos, contados do lançamento.

Comentário: A ação para cobrança do crédito tributário prescreve, e não


decai, em 5 anos, contados a partir da contados da constituição definitiva do
crédito, conforme prevê o art. 174, caput, do CTN.

Gabarito: Letra D

Questão 38 - FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Considere as seguintes afirmações:

1. No Código Tributário Nacional há uma causa de extinção do crédito tributário


que, cronologicamente, ocorre antes de sua própria constituição.

II. O parcelamento, por ser forma de pagamento, é causa de extinção do


crédito tributário.

III. Isenção e remissão são cronologicamente anteriores ao nascimento do


crédito tributário.

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IV. A lei que dispensa o pagamento de valor de multa decorrente de auto de


infração configura anistia, causa de exclusão do crédito tributário já constituí
do, nos termos do disposto no Código Tributário Nacional.

V. Na normatização brasileira, não há possibilidade de extinção do crédito


tributário mediante a entrega ao fisco de algo que não seja dinheiro.

Está correto APENAS o que se afirma em


a) I e IV.
b) IV e V.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) III e V.

Comentário:

Item I: De fato, existe uma causa de extinção do crédito tributário que,


cronologicamente, ocorre antes de sua própria constituição: a decadência. O
crédito decaído não chega a ser constituído. Item correto.

Item II: O parcelamento constitui causa de suspensão da exigibilidade do


crédito tributário, nos termos do art. 151, VI, do CTN. Item errado.

Item III: A isenção de fato é cronologicamente anterior ao nascimento do


crédito tributário, uma vez que a exclusão do crédito tributário impede a sua
constituição pelo lançamento. Contudo, a remissão, sendo modalidade de
extinção do crédito tributário, ocorre em momento posterior à sua constituição.
Item errado.
Item IV: A FCC adotou nesta questão o posicionamento do jurista Luciano
Amaro, para quem a anistia pode se referir a multas lançadas ou não. O jurista
também considera que a remissão se refere apenas aos tributos, sejam ele
lançados ou não. Preste atenção, pois ainda que adotemos tal posicionamento,
isso não torna o Item III correto, já que a remissão pode ou não ser
cronologicamente anterior ao nascimento do crédito tributário. Item correto.

Item V: Na realidade, o art. 156, XI, do CTN, permite a extinção do crédito


tributário mediante dação em pagamento com bens imóveis, na forma e
condições estabelecidas em lei. Item errado.

Gabarito: Letra A

IQuestão 39 - FCC/TJ-PE-Juiz/2013

O contribuinte tem o direito de fazer consulta sobre dispositivos legais acerca


de matéria tributária. Neste caso,

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a) julgada procedente a consulta, ou seja, reconhecendo o fisco que o sujeito


passivo consulente não tem obrigação tributária, o crédito tributário sequer
será constituído, razão pela qual a consulta é causa de exclusão do crédito
tributário.
b) somente a consulta judicial é causa de extinção do crédito tributário quando
julgada procedente, ou seja, quando o fisco reconhece que o crédito tributário
é ilegal.
c) a consulta é procedimento judicial, que deve ser proposto antes da data do
vencimento do tributo.
d) a consulta formulada antes da notificação válida ao sujeito passivo,
relativamente ao crédito tributário, suspende a exigibilidade do crédito
tributário.
e) não haverá mora e, portanto, incidência de juros moratórios, quando o
sujeito passivo deixa de pagar o crédito na data vencimento, desde que
pendente de resposta à consulta formulada antes do vencimento do tributo.

Comentário:

Alternativa A: A consulta tributária é um procedimento administrativo de


iniciativa do sujeito passivo com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a
legislação tributária. Logo, não há que se falar em exclusão do crédito
tributário. Alternativa errada.

Alternativa B: Não há previsão para extinção do crédito tributário mediante


consulta judicial. Alternativa errada.

Alternativa C: A consulta, como comentado, é um procedimento


administrativo de iniciativa do sujeito passivo com o objetivo de esclarecer
dúvidas sobre a legislação tributária. Alternativa errada.

Alternativa D: Tal situação não foi prevista no art. 151, do CTN, ao


estabelecer as hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
Alternativa errada.

Alternativa E: Em regra, O crédito não integralmente pago no vencimento é


acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta.
Contudo, não há mora na pendência de consulta formulada pelo devedor
dentro do prazo legal para pagamento do crédito. Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

Questão 40 - FCC/DPE-AM-Defensor Público/2013

O contribuinte pretende quitar seu débito com a Fazenda Pública através da


entrega de bem imóvel de sua propriedade. Neste caso, esta medida só terá
cabimento se

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a) houver lei do ente competente especificando a forma e as condições para a


realização da dação em pagamento, hipótese em que será admitida como
causa de extinção do crédito tributário.
b) o bem imóvel estiver garantindo o juízo da execução e desde que haja
interesse por parte do ente em receber aquele bem imóvel na forma de
depósito, hipótese em que será admitida como causa de exclusão do crédito
tributário.
c) estiver o débito em fase de cobrança judicial e não houver sido apresentado
embargos à execução fiscal pelo executado, bem assim que haja lei
autorizando esta transação como forma de extinção do crédito tributário.
d) for feita em juízo, nos autos da execução fiscal e mediante homologação
judicial desta forma de compensação do crédito tributário como causa de
extinção do crédito tributário.
e) houver previsão legal do ente competente admitindo a entrega de bem
imóvel como forma de pagamento direto, causa de extinção do crédito
tributário, já que o tributo pode ser pago em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir.

Comentário:

Alternativa A: A dação em pagamento com bens imóveis é prevista no art.


156, XI, do CTN, como causa de extinção do crédito tributário. Contudo, esta
modalidade de extinção do crédito tributário só pode ocorrer na forma e
condições estabelecidas em lei do ente competente. Alternativa correta.

Alternativa B: Não há que se falar nesta condição. Ademais, não se trata de


causa de exclusão do crédito tributário, mas sim de extinção. Alternativa
errada.

Alternativa C: Não há que se falar nesta condição. Será a lei do ente


competente que definirá a forma e condições em que se dará a dação em
pagamento. Alternativa errada.

Alternativa D: Não há que se falar nesta condição. Será a lei do ente


competente que definirá a forma e condições em que se dará a dação em
pagamento. Alternativa errada.

Alternativa E: Esta alternativa está quase correta, ressalvado o fato de ter


mencionado se tratar de "forma de pagamento direto", o que não é verdadeiro.
Seria forma de pagamento direto se houvesse o pagamento em moeda. A
dação em pagamento, assim como a compensação e a transação, por exemplo,
caracterizam-se como pagamento indireto. Alternativa errada.

Gabarito: Letra A

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IQuestão 41 - FCC/ICMS-SP/2013

A Lei Estadual no 12.605/2012, do Estado da Bahia, aprovada pela Assembleia


Legislativa daquele Estado, em seu artigo 11, assim prescreveu:
"Art. 11 - Ficam extintos, independentemente de requerimento do sujeito
passivo, os débitos vencidos até 30 de setembro de 2012, por veículo,
relativos ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA,
cujo valor atualizado em 31 de outubro de 2012 seja igual ou inferior a R$
500,00 (quinhentos reais)."
Esse é um típico caso de
a) remição.
b) anistia.
c) remissão.
d) isenção.
e) moratória.

Comentário: Trata-se do perdão de dívida tributária, hipótese de extinção de


crédito tributário já constituído denominada remissão ( e não remição,
cuidado!). Destaque-se para o fato de que a CF/88 determina, em seu art.
150, § 6 ° , que a remissão deve ser regulada em lei específica. O gabarito da
questão é a letra C.

IQuestão 42 - FCC/ICMS-SP/2013

A empresa Argonautas Unidos S.A. obteve a concessão de medida liminar em


mandado de segurança preventivo que impetrara contra a Fazenda Pública
Estadual a fim de não pagar determinado tributo por entender indevido. Em
razão desta concessão, a empresa realizou operação mercantil sem o devido
destaque do imposto, deixando também de cumprir as obrigações acessórias
relacionadas. O Fisco, por sua vez, a fim de prevenir a decadência do direito de
lançar, lavrou auto de infração contra o contribuinte. Passados 121 dias, o
mandado de segurança foi julgado no mérito desfavoravelmente ao
contribuinte, tendo transitado em julgado. Surpreendido com a decisão, o
contribuinte foi até a repartição fiscal e entregou documentos relativos a
apartamento de sua propriedade, alegando que poderia pagar o tributo
mediante dação em pagamento de bem imóvel. Em face da situação hipotética
apresentada e do ordenamento jurídico vigente,
a) a medida liminar em mandado de segurança e a remissão praeter tempus,
espécies de suspensão do crédito tributário, ficam sem efeito quando
denegado o mandado de segurança pela sentença, retroagindo os efeitos da
decisão contrária.
b) justifica-se o não cumprimento pela empresa das obrigações acessórias
relacionadas com o tributo cujo pagamento foi obstado pela ordem judicial
obtida pela empresa, pois nesta situação há dispensa legal do cumprimento
das obrigações acessórias.

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c) o pagamento de tributos mediante dação em pagamento de bem imóvel é


uma das formas previstas de exclusão do crédito tributário, devendo o
contribuinte cumprir a forma e as condições estabelecidas em lei.
d) a suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial impede o
Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança de seu
crédito, tais como inscrição em dívida, execução e penhora, mas não
impossibilita a Fazenda de proceder a regular constituição do crédito tributário
para prevenir a decadência do direito de lançar.
e) caso fosse previsto em lei ordinária, o contribuinte poderia fazer a
compensação do tributo devido com bem imóvel, exercendo seu direito
subjetivo ao uso de uma das espécies de extinção do crédito tributário.

Comentário:

Alternativa A: A remissão não é espécie de suspensão, mas sim de extinção


do crédito tributário. Item errado.

Alternativa B: Foi estudado durante a aula que a suspensão da exigibilidade


do crédito tributário não dispensa o sujeito passivo do cumprimento das
obrigações acessórias. Item errado.

Alternativa C: A dação em pagamento em bens imóveis é hipótese de


extinção do crédito tributário, a ser promovida pelo sujeito passivo na forma e
condições estabelecidas em lei. Item errado.

Alternativa D: De fato, com o objetivo de prevenir a decadência do direito de


lançar, o Fisco pode praticar os atos cabíveis para promover o lançamento do
tributo devido, ainda que este esteja com sua exigibilidade suspensa. Item
correto.

Alternativa E: A compensação tributária é efetuada com base em créditos


líquidos e certos que o sujeito passivo tenha contra a Fazenda Pública, e não
mediante entrega de bem imóvel, pois esta configura a dação em pagamento,
e não a compensação. Item errado.

Gabarito: Letra D

Questão 43 - FCC/PGM-João Pessoa-PS-Procurador Municipal/2012

Sobre as causas de extinção do crédito tributário, é correto afirmar que,


havendo previsão em lei autorizativa, a remissão pode ser concedida por
despacho fundamentado de autoridade administrativa, em razão da situação
econômica do sujeito passivo.
Comentário: Realmente, o art. 172, I, permite que a lei autorize a autoridade
administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou
parcial do crédito tributário, atendendo à situação econômica do sujeito
passivo. Questão correta.

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Questão 44 - FCC/PGM-João Pessoa-PS-Procurador Municipal/2012

Sobre as causas de extinção do crédito tributário, é correto afirmar que a ação


para cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos contados da
ocorrência do fato gerador, extinguindo-se para o Fisco o direito ao crédito.

Comentário: Na realidade, a ação de cobrança do crédito tributário prescreve


em cinco anos contados da data da constituição definitiva do crédito tributário,
nos termos do art. 174, caput, do CTN. A partir de então, fica extinto o direito
ao crédito. Questão errada.

Questão 45 - FCC/PGM-João Pessoa-PS-Procurador Municipal/2012

Sobre as causas de extinção do crédito tributário, é correto afirmar que


quando existe parcelamento do crédito tributário, o pagamento da última
parcela gera presunção relativa de que as prestações anteriores estão pagas.

Comentário: De acordo com o art. 158, I, do CTN, o pagamento parcial de


um crédito não importa em presunção de pagamento das demais prestações
em que se decomponha. Questão errada.

1 Questão 46 - FCC/ICMS-SP/2009

Em abril de 2008, foi realizada fiscalização em empresa atacadista, na qual


constatou-se, em sua escrita fiscal, em relação ao ICMS devido no período de
setembro de 2002 a novembro de 2003, que não teria havido o
correspondente pagamento antecipado por parte do contribuinte e, em relação
ao ICMS devido no período de dezembro de 2003 a março de 2005, teria
havido pagamento antecipado a menor. Em virtude de tais fatos, foi lavrado
Auto de Infração e Imposição de Multa com cobrança das diferenças de ICMS
devido, mais multa e juros de mora. A regular notificação do Auto de Infração
deu-se em abril de 2008. Nesse caso,
a) os débitos de novembro de 2002 a novembro de 2003 estão prescritos.
b) os débitos de dezembro de 2003 a abril de 2004 estão prescritos.
c) houve decadência em relação aos débitos do período de setembro de 2002 a
novembro de 2002.
d) houve decadência em relação aos débitos do período de novembro de 2002
a março de 2003.
e) houve decadência e prescrição em relação aos débitos do período de
novembro de 2002 a março de 2003.

Comentário:

Alternativa A: Não há que se falar em prescnçao, mas sim em prazo


decadencial, já que não houve constituição do crédito tributário no período de
setembro de 2002 a novembro de 2003. Item errado.

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Alternativa B: Não há prescnçao em relação aos débitos declarados, já que


não transcorreu o prazo de 5 anos, a partir da data de vencimento (presume­
se que seja em 30 dias após a data de surgimento do débito), quando
ocorreria, em tese, o início do prazo prescricional. Item errado.

Alternativa C: Se os débitos não foram declarados nem pagos, o prazo se


inicia, como foi explicado durante a aula, a partir do primeiro dia do exercício
seguinte, in casu, Ol/jan/03. Assim, em Ol/jan/08 ocorre a decadência de tais
débitos. Portanto, o item está correto.

Alternativa D: Não houve decadência em relação aos débitos a partir de


janeiro de 2003. Item errado.

Alternativa E: Não é possível haver concomitantemente decadência e


prescrição para o mesmo débito já que, se uma delas extingue o crédito
tributário, não há que se falar na ocorrência de outra causa de extinção. Item
errado.

Gabarito: Letra e
IQuestão 47 - FCC/ICMS-SP/2009

Sobre os prazos de natureza decadencial, previstos no CTN e correndo contra a


Fazenda Pública, seja para homologar lançamento efetuado pelo contribuinte,
seja para efetuar lançamento de ofício, é correto afirmar que são de
a) cinco anos contados da ocorrência do fato gerador para efetuar o
lançamento de ofício e cinco anos contatos a partir do primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado para homologar o
realizado pelo contribuinte.
b) cinco anos contados da constituição definitiva do crédito tributário para
efetuar o lançamento de ofício e cinco anos contados da ocorrência do fato
gerador para homologar o lançamento efetuado pelo contribuinte.
c) cinco anos contados da ocorrência do fato gerador, seja para efetuar o
lançamento de ofício, seja para homologar o lançamento efetuado pelo
contribuinte.
d) cinco anos contados da ocorrência do fato gerador para homologar
lançamento efetuado pelo contribuinte e cinco anos contados a partir do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser
efetuado, para o lançamento de ofício.
e) dez anos contados da constituição definitiva do crédito tributário, seja para
efetuar o lançamento de ofício seja para homologar o lançamento efetuado
pelo contribuinte.

Comentário: O prazo para homologar o lançamento efetuado pelo


contribuinte (a FCC entende que o lançamento é efetuado pelo contribuinte!

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Veja que interessante!) consiste na regra geral do lançamento por


homologação: 05 anos a contar da data de ocorrência do fato gerador.

Já o prazo para promover lançamento de ofício, que ocorre quando o


contribuinte não declara e, consequentemente, não paga qualquer débito é de
05 anos, a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ser efetuado. Portanto, a única alternativa correta nesta
questão é a Letra D.

1 Questão 48 - FCC/ICMS-SP/2006

A respeito do lançamento, é correto afirmar que sua formalização no


quinquênio legal impede a conservação da prescrição tributária.

Comentário: A formalização do lançamento impede a decadência, e não a


prescrição. Questão errada.

Questão 49 - FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

Um contribuinte é devedor do Município em relação aos seguintes créditos


tributários de impostos:
IPTU - R$ 1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/10/13;
ITBIM - R$ 500,00, na qualidade de responsável, vencido em 02/10/13;
IPTU - R$ 400,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13;
ISS - R$ 2.000,00, na qualidade de responsável, vencido em 02/10/12;
ISS - R$ 1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13.
O contribuinte realiza um único pagamento. De acordo com as normas do CTN,
a autoridade administrativa competente para receber o pagamento
determinará a respectiva imputação em primeiro lugar para o seguinte crédito
tributário:
a) IPTU - R$ 1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/10/13;
b) ITBIM - R$ 500,00, na qualidade de responsável, vencido em 02/10/13;
c) IPTU - R$ 400,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13;
d) ISS - R$ 2.000,00, na qualidade de responsável, vencido em 02/10/12;
e) ISS - R$ 1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13.

Comentário: De acordo com o art. 163, a imputação deve seguir as seguintes


regras:
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar
aos decorrentes de responsabilidade tributária;
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos
impostos;
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV - na ordem decrescente dos montantes.

O candidato deveria conhecer tais regras para que fosse possível determinar a
alternativa correta. Veja que a solução ao caso apresentado ensejou a

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utilização das quatro regras previstas, isso ocorreu porque há mais de um


débito por obrigação própria (1ª Regra), há mais de um débito com natureza
de imposto (2 ª Regra), assim como também há mais de um débito com o
mesmo prazo de prescrição (3ª Regra).

Dessa forma, ficamos com os débitos de IPTU, no valor de R$ 400,00, e o


valor de ISS, no valor de R$ 1.000,00, pois possuem prazo prescricional
inferior. Como a última regra estabelece que se dê prioridade aos débitos de
maior valor (ordem decrescente), a resposta correta é a Letra E: ISS - R$
1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13.

Gabarito: Letra E

Questão 50 - FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

Um contribuinte do Município, inconformado com a imposição de um auto de


infração do ISS, decide discutir em juízo a incidência ou não do tributo,
ingressa com a ação judicial que considera oportuna e efetua o depósito
integral e em dinheiro do valor do crédito tributário em discussão. Nesse caso:
a) o depósito judicial é condição inafastável para o regular processamento da
ação;
b) com a decisão definitiva do processo contrária ao contribuinte, a quantia
depositada deverá ser convertida em renda da Fazenda, suspendendo a
exigibilidade do crédito tributário;
c) o depósito da quantia questionada, integral ou parcial, suspende a
exigibilidade do crédito tributário;
d) com a decisão definitiva do processo contrária ao contribuinte, a quantia
depositada deverá ser convertida em renda da Fazenda, extinguindo o crédito
tributário;
e) o depósito judicial é desnecessário, pois o mero ajuizamento da ação
suspende a exigibilidade do crédito tributário.

Comentário:

Alternativa A: O depósito do montante integral é facultativo, conforme


jurisprudência do STF (Súmula Vinculante 28). Alternativa errada.

Alternativa B: Na realidade, com a decisão definitiva em favor da União, o


depósito integral é convertido em renda em favor da Fazenda, extinguindo o
crédito tributário, com base no art. 156, VI, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa C: Apenas o depósito integral e em dinheiro suspende a


exigibilidade do crédito tributário, conforme Súmula 112 do STJ. Alternativa
errada.

Alternativa D: Com a decisão definitiva no processo administrativo em favor


da União, o depósito integral é convertido em renda em favor da Fazenda,

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extinguindo o crédito tributário, com base no art. 156, VI, do CTN. Alternativa
correta.

Alternativa E: O mero ajuizamento da ação não suspende a exigibilidade do


crédito tributário, devendo o sujeito passivo realizar o depósito do montante
integral, caso não consiga obter a concessão de medida liminar ou tutela
antecipada. Alternativa errada.

Gabarito: Letra D

1 Questão 51 - FGV /CGE-MA/ 2014

O INSS ingressou com execução fiscal em face do Estado Beta, pela falta de
pagamento da contribuição previdenciária de alguns de seus agentes
administrativos. Está provado nos autos que os créditos remontam aos anos de
1991 a 1994 e não há comprovação de qualquer pagamento.
O lançamento do tributo devido efetivou-se em março de 2001 e a inscrição
em dívida ativa em setembro de 2003. O juiz de 1 ° grau extinguiu o processo
com base na constatação de ter havido a decadência.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) O Juiz errou, já que por se tratar de tributo lançado por homologação são 5
anos para homologar e mais 5 anos para inscrever o crédito tributário.
b) O juiz errou, visto que no caso da contribuição previdenciária deve haver
antecipação do pagamento do tributo, não mais se falando de decadência.
c) O juiz está correto, visto que o prazo decadencial, nesta espécie de tributo,
conta-se da data do fato gerador.
d) O juiz errou, havendo a aplicação, cumulativa e concorrente, dos prazos
previstos no Código Tributário Nacional.
e) O juiz está correto, contando-se o prazo decadencial do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

Comentário: A contribuição previdenciária é tributo submetido à sistemática


do lançamento por homologação, ou seja, cabe ao contribuinte efetuar o
pagamento antecipado do referido tributo.

Logo, a regra seria contar o prazo decadencial a partir do fato gerador.


Contudo, como não houve qualquer pagamento, o prazo decadencial se inicia
no primeiro dia do exercício seguinte (1992, 1993, 1994 e 1995).

Contando cinco anos a partir do crédito mais recente (1995), percebe-se que
houve decadência (há mais de cinco anos entre 1995 e 2001). Portanto, se o
crédito mais recente decaiu, os demais também tiveram a mesma
consequência. Portanto, não há que se falar em lançamento, nem em inscrição
em dívida ativa e muito menos em execução fiscal.

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Desse modo, a resposta é que o juiz está correto, contando-se o prazo


decadencial do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado. Sendo assim, o gabarito é a Letra E.

IQuestão 52 - FGV/Juiz-TJ-AM/2013

O contribuinte realiza o fato gerador de ICMS em 01.03.2004. Em março de


2008 a fiscalização, percebendo que o contribuinte não havia declarado nem
recolhido o tributo, promove a autuação fiscal. No mesmo mês (março/2008) o
contribuinte promove a impugnação administrativa da exigência fiscal. Em
março de 2012 sobrevém a decisão administrativa definitiva (assim entendida
a decisão insuscetível de novo recurso do contribuinte na fase administrativa).
Permanecendo inadimplido o crédito fiscal, a Fazenda Pública ajuíza, em março
de 2013, a competente Execução Fiscal, à qual o contribuinte opõe Embargos
de Devedor alegando a extinção do crédito por força da decadência e/ou da
prescrição.
Diante do exposto, o magistrado incumbido de solucionar a causa deverá
a) acolher o argumento de decadência do direito da Fazenda constituir o
crédito tributário, ante o decurso de oito anos entre o fato gerador e a decisão
administrativa definitiva.
b) acolher o argumento de prescrição do direito da Fazenda ajuizar a Execução
Fiscal, ante o decurso de nove anos entre o fato gerador e o ajuizamento da
Execução Fiscal.
c) acolher tanto o argumento da decadência quanto o argumento da
prescrição.
d) acolher o argumento da Fazenda, na impugnação aos Embargos de
Devedor, no sentido de que não se consumou nem a decadência nem a
prescrição.
e) acolher o argumento de prescrição do direito da Fazenda constituir o crédito
tributário, ante o decurso de oito anos entre o fato gerador e a decisão
administrativa definitiva.

Comentário: A decadência refere-se basicamente à perda do direito de lançar


o crédito tributário, e a prescrição, a perda do direito da Fazenda Pública de
promover a execução fiscal. Tudo bem até aqui? Vamos analisar a situação, e
verificar se houve decadência ou prescrição.

Como o ICMS é tributo lançado por homologação, e considerando o fato de não


ter havido qualquer declaração e pagamento, o prazo decadencial é contato a
partir do primeiro dia do exercício seguinte ao da ocorrência do fato gerador.
Como o prazo decadencial se inicia em 2005, em 2008 (data da autuação) não
houve ainda o término do prazo qüinqüenal. Portanto, não ocorreu o instituto
da decadência.

No que se refere à prescnçao, a contagem se dá a partir da constituição


definitiva do crédito tributário, o que ocorreu em março de 2012. Em março de

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2013, data em que foi promovida a ação de execução fiscal, não houve a
prescrição, por ter transcorrido apenas 1 ano, e não 5.

Com base no exposto, cabe ao juiz acolher o argumento da Fazenda, na


impugnação aos Embargos de Devedor, no sentido de que não se consumou
nem a decadência nem a prescrição. Portanto, o gabarito é a Letra D.

1Questão 53 - FGV/Consultor-AL-MA/2013

Em relação à extinção do crédito tributário, assinale a afirmativa correta.


a) Sempre sucede com a satisfação da obrigação tributária principal.
b) Só advém se houver o pagamento integral do débito.
c) Pode ocorrer por decreto instituidor de dação em pagamento.
d) Acontece quando firmado acordo de parcelamento da dívida.
e) Ocorre pela conversão de depósito judicial em renda da Fazenda.

Comentário:

Alternativa A: Nem sempre ocorre a satisfação da obrigação tributária. A


extinção pode ocorrer, por exemplo, por meio da decadência. Item errado.

Alternativa B: Conforme explicado na assertiva anterior, se houver


decadência, o crédito se extingue sem que haja pagamento integral. Item
errado.

Alternativa C: A dação em pagamento só pode ocorre mediante previsão em


lei. Item errado.

Alternativa D: O parcelamento é causa suspensiva do crédito tributário, e não


extintiva. Item errado.

Alternativa E: Conforme prevê o art. 156, VI, do CTN, a conversão de


depósito em renda extingue o crédito tributário. Item correto.

Gabarito: Letra E

IQuestão 54 - FGV/Consultor-AL-MA/2013

Todos os tributos são restituíveis, sempre que for provado que tenham sido
pagos de forma indevida.

Comentário: Se o tributo foi pago indevidamente, a regra é a restituição.


Contudo, nem sempre isso acontece, quando se trata de tributos indiretos.
Neste caso, a restituição só é feita a quem prove haver assumido o referido
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este
expressamente autorizado a recebê-la, nos termos do art. 166 do CTN.
Questão errada.

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1Questão 55 - FGV/Consultor-AL-MA/2013

A prova negativa da repercussão da carga tributária é condição para a


repetição do indébito.

Comentário: Não necessariamente deve se provar ter assumido o encargo


financeiro (prova negativa de repercussão da carga tributária), podendo
também tê-lo transferido a terceiro e estar por este expressamente autorizado
a receber a restituição. Questão errada.

Questão 56 - FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

Miguel pretende pagar tributo devido à Fazenda Estadual, especificando valor,


espécie e exercício. A Fazenda, entretanto, verificou que Miguel tem outra
dívida tributária, mais antiga, da qual ela é a credora.
Com base na situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
(A) Cabe à Fazenda Estadual imputar o pagamento à dívida mais antiga para
que não ocorra a prescrição.
(B) A escolha da dívida a ser quitada é do contribuinte, em função do princípio
da menor onerosidade.
(C) O princípio da autonomia das dívidas tributárias só se aplica a débitos de
Fazendas distintas.
(D) A imputação ex officio do pagamento efetivada pela Fazenda, decorre do
poder de império.
(E) O direcionamento do pagamento pela Fazenda só pode ocorrer
judicialmente.

Comentário: A imputação em pagamento ocorre quando um mesmo sujeito


passivo deve dois ou mais créditos tributários a uma mesma Fazenda Pública.
Nesse caso, o recebimento deve ser feito obedecendo a ordem prevista no
CTN. No art. 163, III, desta norma, o legislador estabelece que se deve dar
prioridade ao crédito que possuir menor prazo de prescrição, isto é, à dívida
mais antiga do contribuinte.

Gabarito: Letra A

IQuestão 57 - FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo
que seja objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito
em julgado da respectiva decisão judicial.

Comentário: Dispõe o art. 170-A, do CTN, que é vedada a compensação


mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo

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sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão


judicial. Questão correta.

IQuestão 58 - FGV/AFRE-RJ/2011-Adaptada

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que a lei permite à autoridade administrativa conceder remissão
total ou parcial do crédito tributário em virtude de erro ou ignorância
escusáveis do sujeito passivo quanto à matéria de direito.

Comentário: O art. 172, II, do CTN, permite que a lei autoriza a autoridade
administrativa a conceder remissão total ou parcial do crédito tributário,
atendendo ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a
matéria de fato. Questão errada.

IQuestão 59 - FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que no caso de consignação do pagamento pelo sujeito passivo,
caso seja julgada procedente, o montante consignado é convertido em renda,
ao passo que, na improcedência, o crédito tributário é cobrado acrescido de
juros de mora, sem aplicação de qualquer penalidade.

Comentário: O erro da questão está em dizer que, diante de consignação


judicial julgada improcedente, não há aplicação de penalidade, contrariando o
disposto no art. 164, § 2°, do CTN. Questão errada.

IQuestão 60 - FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que caso haja dois ou mais débitos simultâneos do mesmo sujeito
passivo para com o mesmo sujeito ativo, a imputação do pagamento compete,
em primeiro lugar, ao contribuinte ou responsável pelo pagamento. Somente
na hipótese de abstenção deste, a autoridade administrativa fará a imputação.

Comentário: De acordo com o art. 163, I, do CTN, a imputação será feita em


primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos
decorrentes de responsabilidade tributária. Questão errada.

IQuestão 61 - FGV/Sead-Fiscal-AP /2010

De acordo com o CTN, não se afigura como causa de extinção do crédito


tributário:
A) a decadência.
B) a prescrição.

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C) a anistia.
D) a remissão.
E) a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória.

Comentário:

Alternativa A: Trata-se de modalidade de extinção do crédito tributário, de


acordo com o art. 156, V, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa B: Trata-se de modalidade de extinção do crédito tributário, de


acordo com o art. 156, V, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa C: Trata-se de modalidade de exclusão do crédito tributário, de


acordo com o art. 175, II, do CTN. Alternativa correta.

Alternativa D: Trata-se de modalidade de extinção do crédito tributário, de


acordo com o art. 156, IV, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa E: Trata-se de modalidade de extinção do crédito tributário, de


acordo com o art. 156, IX, do CTN. Alternativa errada.

Gabarito: Letra c

IQuestão 62 - FGV/AFRE-RJ/2010

O Código Tributário Nacional, em seu artigo 156, relaciona expressamente as


hipóteses de extinção do crédito tributário. As alternativas a seguir apresentam
hipóteses que estão inseridas na extinção do crédito tributário, à exceção de
uma. Assinale-a.
a) Novação.
b) Dação em pagamento com bens imóveis.
c) Transação.
d) Compensação.
e) Pagamento antecipado e homologação do lançamento.

Comentário: Essa questão é bastante simples. Basta a simples memorização


das hipóteses de extinção do crédito tributário. A novação não foi prevista no
art. 156 do CTN como causa de extinção do crédito tributário. Portanto, a Letra
A é a resposta da questão.

IQuestão 63 - FGV/Advogado-BADESC/2010-Adaptada

O crédito tributário não se extingue com a morte do contribuinte devedor.

Comentário: A morte do contribuinte não foi prevista no art. 156 do CTN


como causa de extinção do crédito tributário. Nesse caso, o crédito continua

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existindo, havendo a transferência da responsabilidade tributária. Questão


correta.

1 Questão 64 - FGV / AFRE-RJ / 2008

O direito à repetição do indébito tributário extingue-se no prazo de ___


anos, a contar ___. Assinale a alternativa que complete corretamente as
lacunas da frase acima.
a) cinco + cinco/ da extinção do crédito tributário
b) cinco/ da suspensão do crédito tributário
c) cinco + cinco/ da suspensão do crédito tributário
d) cinco/ da extinção do crédito tributário, salvo para o ICMS e o ISS
e) cinco/ da extinção do crédito tributário

Comentário: Podemos dizer que, em regra, o direito à repetição do indébito


tributário extingue-se no prazo de 5 anos, a contar da data da extinção do
crédito tributário, conforme previsto no art. 168, I, do CTN. Portanto, a
alternativa correta é a Letra E.

Gabarito: Letra E

Questão 65 - FGV / Fiscal de Rendas-RJ / 2008

Em relação a débito de tributo ainda não objeto de lançamento, o contribuinte


pode:
I. conseguir uma liminar em mandado de segurança.
II. obter parcelamento.
III. vê-lo abrangido por decadência.
IV. alcançar êxito em ação de consignação de pagamento.
Em tais hipóteses, o crédito tributário, respectivamente, terá sido objeto de:
A) extinção, suspensão de sua exigibilidade, suspensão de sua exigibilidade,
extinção.
B) suspensão de sua exigibilidade, exclusão, extinção e suspensão de sua
exigibilidade.
C) exclusão, suspensão de sua exigibilidade, extinção e exclusão.
D) suspensão de sua exigibilidade, suspensão de sua exigibilidade, exclusão e
exclusão.
E) suspensão de sua exigibilidade, suspensão de sua exigibilidade, extinção e
extinção.

Comentário:

Item I: Trata-se de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (CTN, art.


151, IV).
Item II: Trata-se de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (CTN,
art. 151, VI).

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Item III: Trata-se extinção do crédito tributário (CTN, art. 156, V).

Item IV: Trata-se extinção do crédito tributário (CTN, art. 156, VIII).

Gabarito: Letra E

1 Questão 66 - ESAF/AFRFB/2009

Notificado o sujeito passivo do lançamento, inicia-se o prazo decadencial de


cinco anos para extinção do crédito.

Comentário: O prazo decadencial não tem início com a notificação do


lançamento, mas sim, como regra, no primeiro dia do exercício seguinte
àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Questão errada.

IQuestão 67 - ESAF/ACE-MDIC/2012

O mandado de segurança não constitui ação adequada para a declaração do


direito à compensação tributária.

Comentário: De acordo com a Súmula 213 do STJ, o mandado de segurança


constitui ação adequada para declarar direito à compensação tributária.
Portanto, a questão está errada.

IQuestão 68 - ESAF/AFTM-Natal/2001

A decadência é forma de extinção do crédito tributário, que ocorre quando a


obrigação tributária principal é excluída em decorrência de determinação legal.

Comentário: A decadência ocorre quando a Fazenda Pública perde o direito de


constituir o crédito tributário. Trata-se de hipótese de extinção do crédito
tributário. Questão errada.

1Questão 69 - ESAF/AFRFB/2009

O pagamento de débitos prescritos não gera o direito a sua repetição, na


medida em que, embora extinta a pretensão, subsiste o direito material.

Comentário: O pagamento de débitos decaídos ou prescritos gera direito á


sua repetição (restituição). Não se esqueça disso. Questão errada.

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1 Questão 70 - ESAF/AFRFB /2009

A Constituição Federal autoriza que lei ordinária, em situações específicas,


estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre decadência e prescrição.

Comentário: De acordo com o art. 146, III, b, da CF/88, cabe à lei


complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre decadência e prescrição. Dessa forma, a questão está
errada.

Questão 71 - ESAF/Agente Tributário-MT/2002

É sabido que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por


meio do lançamento, extingue- se em cinco anos, contados a partir do primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado. Esse modo de extinção do crédito tributário é a decadência.

Comentário: A questão apresenta a regra geral de contagem do prazo


decadencial: primeiro dia do ano seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado. Ressalte-se que a decadência é modalidade de extinção do
crédito tributário. Questão correta.

Chegamos ao final de mais uma aula! Um abraço e até a próxima!

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2 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

IQuestão 01 - CESPE/PC-PE-Delegado/2016
1
De acordo com as disposições do CTN, é causa de extinção da exigibilidade do
crédito tributário
a) a consignação em pagamento.
b) as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo
tributário administrativo.
c) a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies
de ação judicial.
d) o parcelamento.
e) a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

IQuestão 02 - CESPE/PC-PE-Delegado/2016
1
No que diz respeito aos institutos da prescrição e da decadência, assinale a
opção correta.
a) A prescrição e a decadência estão previstas no CTN como formas de
exclusão do crédito tributário.
b) O direito de ação para a cobrança do crédito tributário decai em cinco anos,
contados da data da sua constituição definitiva.
c) O protesto judicial é uma forma de interrupção da prescrição.
d) O direito de a fazenda pública constituir o crédito tributário prescreve após
cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado.
e) As normas gerais sobre prescrição e decadência na matéria tributária devem
ser estabelecidas por meio de lei ordinária.

IQuestão 03 - CESPE/PC-PE-Delegado/2016
1
A repetição do indébito tributário refere-se à possibilidade de o contribuinte
requerer às autoridades fazendárias a devolução de valores pagos
indevidamente a título de tributo. A respeito desse assunto, assinale a opção
correta.
a) Os juros moratórios na repetição do indébito tributário são devidos a partir
da data do fato gerador.
b) Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que
denegar a restituição.
c) Na repetição do indébito tributário, a correção monetária incide desde a data
do fato gerador.
d) O direito do sujeito passivo à restituição total ou parcial do tributo depende
necessariamente de prévio protesto.
e) O direito de pleitear a restituição extingue-se após dois anos do pagamento
espontâneo do tributo.

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No exercício do controle fiscal, o tribunal de contas identificou que a secretaria


de fazenda do estado vinha, de forma contumaz, retardando por mais de cinco
anos a constituição de muitos dos créditos tributários oriundos de tributos
sujeitos a lançamento de ofício, fato que gerou, como consectário lógico, a
impossibilidade de cobrar do contribuinte o crédito tributário.
Nesses casos, não havia possibilidade de a autoridade competente realizar o
lançamento.
A respeito dessa situação hipotética e de aspectos legais a ela relacionados,
julgue os itens que se seguem.

Questão 04 CESPE/TCE se Auditor Fiscal de Controle Externo/2016

1 - Considerando-se que, nessa situação, não tenha havido anulação de


lançamento por vício formal, os tributos referidos deveriam ter sido lançados
em até cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter sido efetuado.

Questão 05 - CESPE/TCE-SC-Auditor Fiscal de Controle Externo/2016

2 - Caso um contribuinte apresente a declaração exigida por lei e efetive o


pagamento antecipado de tributos sujeitos ao lançamento por homologação,
desde que inexistente lei estadual que fixe prazo distinto, o prazo para a
homologação será de cinco anos, contados da efetiva ocorrência do fato
gerador de cada tributo.

Questão 06 - CESPE/TCE-SC-Auditor Fiscal de Controle Externo/2016

3 - A situação hipotética diz respeito à prescrição tributária de tributos


estaduais.

Questão 07 - CESPE/CGE-PI-Auditor Governamental/2015

Se houver pagamento indevido de ICMS, só será possível a restituição do


tributo pago ao sujeito passivo de direito se ele provar ter assumido o encargo
financeiro ou, no caso de ter havido repercussão econômica, ter expressa
autorização do contribuinte de fato.

Questão 08 - CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2015

Caso determinado contribuinte tenha dois ou mais débitos tributários vencidos


com a União, estes deverão ser cobrados na seguinte ordem de precedência:
impostos, taxas e contribuição de melhoria.

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Questão 09 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Caso ocorra fato gerador em setembro de 2014 de tributo cujo lançamento


tenha sido feito de ofício, o direito de a fazenda pública constituir o respectivo
crédito tributário se extinguirá em setembro de 2019.

Questão 10 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

A dúvida acerca do pagamento do IPTU incidente sobre imóvel situado em


localidade limítrofe entre dois municípios autoriza o ajuizamento de ação de
consignação em pagamento pelo proprietário.

Questão 11 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

O direito à restituição do crédito tributário pago indevidamente extingue-se


após cinco anos contados da data do pagamento, ainda que o tributo seja
submetido ao lançamento por homologação.

Questão 12 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Como condição da ação de repetição de indébito, exige-se que o contribuinte,


para reaver o que tenha sido pago indevidamente, proteste o crédito tributário
devido.

Questão 13 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Na ação de consignação em pagamento movida pelo contribuinte, a


procedência do pedido extingue o crédito tributário, e o valor do depósito
realizado é convertido em renda.

Questão 14 CESPE/Câmara dos Deputados-Analista


Legislativo/2014

O parcelamento requerido pelo contribuinte depois de transcorrido o prazo


prescricional não restabelece a exigibilidade do crédito tributário.

Questão 15 CESPE/Câmara dos Deputados-Analista


Legislativo/2014

A regra de imputação de pagamento prevista no Código Civil de que a


amortização da dívida ocorre primeiro sobre os juros e, somente depois, sobre
o principal do crédito não se aplica à compensação de natureza tributária.

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Questão 16 CESPE/Câmara dos Deputados-Analista


Legislativo/2014

Não é possível a compensação de débitos tributários federais com precatório


estadual ofertado pelo contribuinte, a despeito de o Código Tributário Nacional
prever a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos,
vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a fazenda pública.

Questão 17 CESPE/TJ SE Titular de Serviços de Notas e de


Registros/2014

No que se refere à prescrição e à decadência em matéria tributária, assinale a


opção correta.
a) À fazenda pública será concedido o prazo de cinco anos para constituir o
crédito tributário, a partir da data em que se tornar definitiva a decisão que
anular, por vício formal, lançamento anteriormente efetuado.
b) A prescrição pode ser definida como a perda do direito de lançar, ou seja,
de constituir o crédito tributário.
c) A decadência pode ocorrer antes ou após a constituição definitiva do crédito
tributário.
d) Ocorre a decadência, em regra, após cinco anos contados da data do
pagamento do tributo pelo contribuinte.
e) Não é legalmente admissível a interrupção da prescrição nem da
decadência, podendo, entretanto, ambas ser suspensas nas hipóteses legais.

Questão 18 - CESPE/TJ-DF-Juiz de Direito Substituto/2014

A administração tributária do DF procedeu à análise dos livros fiscais e


registros contábeis da sociedade empresária WYZ Ltda., em diligência de
fiscalização realizada entre os dias l.º/5/2014 e 10/5/2014, com notificação à
contribuinte, em l.º/5/2014, acerca do início da ação fiscal, tendo verificado o
que se segue.
Durante os meses de janeiro a junho de 2010, a contribuinte declarou em guia
específica as operações de circulação de mercadoria, mas não recolhera ao DF
qualquer valor referente ao ICMS.
Durante os meses de julho a dezembro de 2010, a contribuinte declarou, em
guia específica, as operações de circulação de mercadoria, mas recolhera
parcialmente o montante devido de ICMS ao DF. Durante os meses de janeiro
a dezembro de 2011, a contribuinte não declarou nem recolheu o ICMS devido
pela realização das operações de circulação de mercadorias.
Durante o período de fiscalização que se iniciou em l.º/5/2014, a
administração tributária do DF verificou que não fora declarada nem recolhida
nenhuma obrigação tributária de ICMS no ano de 2014, razão por que notificou
a contribuinte, solicitando esclarecimentos adicionais.
Considerando os dados acima apresentados, assinale a opção correta com base
no CTN e na jurisprudência do STJ.

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a) As diversas obrigações em apreço têm, em comum, o início e o fim do prazo


decadencial: início em l.º/5/2014 e término em 30/4/2019.
b) Para evitar a decadência dos diretos referentes às obrigações tributárias
geradas entre os meses de janeiro a junho de 2010, o fisco do DF deve lançar
o tributo até 31/12/2014, data após a qual começará a correr o prazo de
prescrição.
c) Com relação às obrigações tributárias referentes aos meses de julho a
dezembro de 2010, o lançamento tributário de ofício é prescindível porque o
crédito já foi constituído pelo contribuinte.
d) No que se refere às obrigações tributárias referentes aos meses de janeiro a
dezembro de 2011, o fisco deve efetuar o lançamento dentro do prazo
decadencial de cinco anos, que se iniciou no dia da ocorrência de cada fato
gerador de obrigação fiscal não recolhida.
e) No caso das obrigações tributárias de ICMS referentes aos meses de janeiro
a maio de 2014, o fisco do DF deve efetuar o lançamento tributário de todas as
obrigações em aberto até 31/12/2019, para evitar a decadência do direito.

IQuestão 19 - CESPE/DPE-T0/2013

A conversão do depósito em renda é modalidade de suspensão do crédito


tributário.

IQuestão 20 - CESPE/DPE-T0/2013

O vencimento do crédito tributário ocorre dez dias depois da data em que se


considera o sujeito passivo notificado do cálculo do montante do tributo
devido.

IQuestão 21 - CESPE/DPE-T0/2013

Caso a legislação tributária não disponha a respeito do local de pagamento do


tributo, ele deve ser efetuado na repartição competente do local da ocorrência
do fato gerador.

IQuestão 22 - CESPE/DPE-T0/2013

A lei pode autorizar a compensação de crédito tributário com créditos vencidos,


líquidos e certos, possibilidade vedada para os vincendos.

IQuestão 23 - CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃ0/2013

Opera-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo


crédito tributário regularmente constituído, por meio da:
a) isenção.

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b)prescrição.
c)decadência.
d) imunidade.
e) remissão.

IQuestão 24 - CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Somente nos casos previstos no CTN pode ser modificado ou extinto o crédito
tributário regularmente constituído.

IQuestão 25 - CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011

A compensação, modalidade de suspensão do crédito tributário, depende de lei


regulamentadora que a autorize.

IQuestão 26 - CESPE/JUIZ FEDERAL-2 ª REGIÃ0/2011

De acordo com o CTN, constitui caso de extinção do crédito tributário:

a) a concessão de isenção tributária.


b) o transcorrer do prazo de cinco anos contados da constituição do crédito.
c) a concessão de anistia.
d) o depósito do montante integral do crédito.
e) a concessão de parcelamento do crédito.

IQuestão 27 - CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2010

Pela remissão, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator


da legislação tributária, impedindo a constituição do respectivo crédito
tributário.

Questão 28 - FCC/Pref. Campinas-SP-Procurador/2016

Há autorização legal para a repetição de pagamento de crédito tributário já


realizado na hipótese de:
a) lei que passou a definir para a situação prevista como fato gerador uma
isenção em caráter específico na qual o contribuinte se enquadra
perfeitamente.
b) revogação da lei instituidora do tributo, pois a lei que exclui a incidência
tributária deve retroagir para beneficiar o contribuinte.
c) lei que diminui a alíquota do imposto devido, desde que o recolhimento
tenha acontecido no mesmo exercício financeiro em que a lei entrou em vigor,
pois a lei nova mais benéfica ao contribuinte deve retroagir.

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d) controle concentrado e abstrato de constitucionalidade em que o tributo foi


declarado inconstitucional com efeito erga omnes e ex tunc.
e) quando o contribuinte de direito recuperou do contribuinte de fato o valor
do tributo recolhido indevidamente.

Questão 29 - FCC/TJ-PE-Juiz Substituto/2015

Proposta a ação fiscal no prazo fixado para o seu exercício, a demora na


citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o
acolhimento da arguição de prescrição ou decadência.

Questão 30 - FCC/TJ-PE-Juiz Substituto/2015

A concessão de medida liminar em mandado de segurança suspende tanto a


prescrição quanto a decadência do crédito tributário, impedindo a Fazenda
Pública de realizar o lançamento do tributo, inscrevê-lo em Dívida Ativa e
ajuizar Execução Fiscal visando sua cobrança.

Questão 31 - FCC/TJ-GO-Juiz Substituto/2015

A prescrição intercorrente pode se operar durante o curso da execução fiscal,


se o executado não for localizado ou não forem encontrados bens suficientes
para garantir a execução.

Questão 32 - FCC/SEFAZ-PE-Julgador Administrativo Tributário do


Tesouro Estadual/2015

O Sr. Antônio dos Santos, em abril de 2010, foi notificado de um Auto de


Infração lavrado pelo Estado do Pernambuco, exigindo um débito de ITCMD, no
importe de R$ 34.659,67, supostamente devido em razão de uma doação
realizada em outubro de 2007. O contribuinte apresentou tempestivamente
impugnação administrativa, alegando que o auto de infração não continha a
descrição do fato constitutivo da suposta infração fiscal, como exigia a
legislação que disciplinava o processo administrativo fiscal do Estado do
Pernambuco, razão pela qual o débito tributário deveria ser desconstituído. O
julgador de primeira instância administrativa, em janeiro de 2011, contudo,
não acolheu a defesa administrativa do contribuinte, mantendo incólume o
débito fiscal. O Sr. Antônio dos Santos, então, interpôs recurso administrativo
para instância administrativa superior, que, em setembro de 2013, deu
provimento ao recurso, para anular o crédito tributário, asseverando que a
Fiscalização não teria observado os requisitos de validade do auto de infração
exigidos na mencionada legislação estadual. Diante do caso hipotético, o
Estado do Pernambuco
a) não poderá lavrar outro auto de infração, pois ocorreu a decadência, uma
vez que o lançamento de ofício anterior foi anulado por vício formal, que não

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tem o condão de interromper o prazo decadencial, não havendo o reinício da


sua contagem.
b) poderá lavrar outro auto de infração, visto que não ocorreu a decadência,
porquanto o lançamento de ofício anterior foi anulado por vício formal, o que
interrompe o prazo decadencial, reiniciando a sua contagem.
c) poderá lavrar outro auto de infração, pois não ocorreu a decadência, uma
vez que o lançamento de ofício anterior foi anulado por vício material, o que
interrompe o prazo decadencial, reiniciando a sua contagem.
d) não poderá lavrar outro auto de infração, pois ocorreu a decadência, posto
que não houve, no lançamento de ofício anterior, dolo, fraude ou simulação, o
que interromperia o prazo decadencial, reiniciando a sua contagem.
e) não poderá lavrar outro auto de infração, pois ocorreu a decadência, uma
vez que o prazo decadencial não se suspende ou se interrompe.

Questão 33 - FCC/TCM-GO-Auditor Conselheiro Substituto/2015

De acordo com o Código Tributário Nacional, são causas de extinção, de


suspensão de exigibilidade e de exclusão do crédito tributário,
respectivamente, nessa ordem,
a) a moratória; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em
outras espécies de ação judicial; a isenção.
b) a isenção; a prescrição; a concessão de medida liminar em mandado de
segurança.
c) a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; o depósito
do seu montante integral; a anistia.
d) o parcelamento; a consignação em pagamento, nos termos do disposto no §
2 ° do artigo 164 do CTN; a moratória.
e) a anistia; as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo; a decisão judicial passada em julgado.

Questão 34 - FCC/SEFAZ-PI-Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/2015

A lei municipal que instituiu o IPTU no Município de São Simão das Setes
Cruzes fixou o dia 1 ° de janeiro de cada exercício como data de ocorrência do
fato gerador desse imposto, que é lançado de ofício, por expressa previsão
legal.
O Poder Executivo Municipal promove, anualmente, o lançamento de ofício
desse imposto, logo no início do mês de fevereiro.
No exercício de 2012, porém, excepcionalmente, por motivos de ordens
técnica e jurídica, esse lançamento acabou não sendo efetuado na ocasião
programada.
Considerando os fatos acima e as normas do Código Tributário Nacional acerca
da extinção do crédito tributário, é correto afirmar que o prazo
a) para homologação tácita do lançamento de ofício, por decurso de prazo,
teve início a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado.

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b) decadencial para se efetuar o lançamento de ofício desse imposto teve início


a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado.
c) para homologação tácita do lançamento de ofício, por decurso de prazo,
teve início a partir da data da ocorrência do fato gerador.
d) decadencial para se efetuar o lançamento de ofício desse imposto teve início
a partir da data da ocorrência do fato gerador.
e) prescricional para se efetuar o lançamento por declaração teve início a partir
da data da ocorrência do fato gerador.

Questão 35 - FCC/PGE-RN-Procurador do Estado/2014

Uma lei estadual que autorize o Procurador do Estado a não ingressar com
Execução Fiscal para cobrança de créditos tributários inferiores a um
determinado valor, renunciando portanto a esta receita, está prevendo
hipótese de
a) extinção do crédito tributário, na modalidade transação.
b) suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na modalidade moratória
específica.
c) exclusão do crédito tributário, na modalidade isenção em caráter específico.
d) extinção do crédito tributário, na modalidade remissão.
e) suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na modalidade anistia.

Questão 36 - FCC/TCE-GO-Analista de Controle Externo/2014

Sobre isenção, imunidade e remissão é correto afirmar que


a) todas são causas de exclusão do crédito tributário.
b) somente a imunidade e a isenção são causas de exclusão do crédito
tributário.
c) somente a isenção e a remissão são causas de extinção do crédito
tributário.
d) somente a imunidade define a incompetência tributária.
e) todas impedem o surgimento da obrigação tributária diante da
incompetência nas hipóteses por elas previstas.

Questão 37 - FCC/PGE-BA-Analista de Procuradoria/2013

A ação para cobrança do crédito tributário


a) decai em 5 anos, contados da constituição definitiva do crédito.
b) decai em 5 anos, contados do primeiro dia do exercício financeiro seguinte
ao que deveria ter ocorrido o lançamento.
c) prescreve em 5 anos, contados da ocorrência do fato gerador.
d) prescreve em 5 anos, contados da constituição definitiva do crédito.
e) decai em 5 anos, contados do lançamento.

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Questão 38 - FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Considere as seguintes afirmações:

1. No Código Tributário Nacional há uma causa de extinção do crédito tributário


que, cronologicamente, ocorre antes de sua própria constituição.

II. O parcelamento, por ser forma de pagamento, é causa de extinção do


crédito tributário.

III. Isenção e remissão são cronologicamente anteriores ao nascimento do


crédito tributário.

IV. A lei que dispensa o pagamento de valor de multa decorrente de auto de


infração configura anistia, causa de exclusão do crédito tributário já constituí
do, nos termos do disposto no Código Tributário Nacional.

V. Na normatização brasileira, não há possibilidade de extinção do crédito


tributário mediante a entrega ao fisco de algo que não seja dinheiro.

Está correto APENAS o que se afirma em


a) I e IV.
b) IV e V.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) III e V.

IQuestão 39 - FCC/TJ-PE-Juiz/2013

O contribuinte tem o direito de fazer consulta sobre dispositivos legais acerca


de matéria tributária. Neste caso,
a) julgada procedente a consulta, ou seja, reconhecendo o fisco que o sujeito
passivo consulente não tem obrigação tributária, o crédito tributário sequer
será constituído, razão pela qual a consulta é causa de exclusão do crédito
tributário.
b) somente a consulta judicial é causa de extinção do crédito tributário quando
julgada procedente, ou seja, quando o fisco reconhece que o crédito tributário
é ilegal.
c) a consulta é procedimento judicial, que deve ser proposto antes da data do
vencimento do tributo.
d) a consulta formulada antes da notificação válida ao sujeito passivo,
relativamente ao crédito tributário, suspende a exigibilidade do crédito
tributário.
e) não haverá mora e, portanto, incidência de juros moratórios, quando o
sujeito passivo deixa de pagar o crédito na data vencimento, desde que
pendente de resposta à consulta formulada antes do vencimento do tributo.

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Questão 40 - FCC/DPE-AM-Defensor Público/2013

O contribuinte pretende quitar seu débito com a Fazenda Pública através da


entrega de bem imóvel de sua propriedade. Neste caso, esta medida só terá
cabimento se
a) houver lei do ente competente especificando a forma e as condições para a
realização da dação em pagamento, hipótese em que será admitida como
causa de extinção do crédito tributário.
b) o bem imóvel estiver garantindo o juízo da execução e desde que haja
interesse por parte do ente em receber aquele bem imóvel na forma de
depósito, hipótese em que será admitida como causa de exclusão do crédito
tributário.
c) estiver o débito em fase de cobrança judicial e não houver sido apresentado
embargos à execução fiscal pelo executado, bem assim que haja lei
autorizando esta transação como forma de extinção do crédito tributário.
d) for feita em juízo, nos autos da execução fiscal e mediante homologação
judicial desta forma de compensação do crédito tributário como causa de
extinção do crédito tributário.
e) houver previsão legal do ente competente admitindo a entrega de bem
imóvel como forma de pagamento direto, causa de extinção do crédito
tributário, já que o tributo pode ser pago em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir.

IQuestão 41 - FCC/ICMS-SP/2013

A Lei Estadual no 12.605/2012, do Estado da Bahia, aprovada pela Assembleia


Legislativa daquele Estado, em seu artigo 11, assim prescreveu:
"Art. 11 - Ficam extintos, independentemente de requerimento do sujeito
passivo, os débitos vencidos até 30 de setembro de 2012, por veículo,
relativos ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA,
cujo valor atualizado em 31 de outubro de 2012 seja igual ou inferior a R$
500,00 (quinhentos reais)."
Esse é um típico caso de
a) remição.
b) anistia.
c) remissão.
d) isenção.
e) moratória.

IQuestão 42 - FCC/ICMS-SP/2013

A empresa Argonautas Unidos S.A. obteve a concessão de medida liminar em


mandado de segurança preventivo que impetrara contra a Fazenda Pública
Estadual a fim de não pagar determinado tributo por entender indevido. Em
razão desta concessão, a empresa realizou operação mercantil sem o devido
destaque do imposto, deixando também de cumprir as obrigações acessórias

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relacionadas. O Fisco, por sua vez, a fim de prevenir a decadência do direito de


lançar, lavrou auto de infração contra o contribuinte. Passados 121 dias, o
mandado de segurança foi julgado no mérito desfavoravelmente ao
contribuinte, tendo transitado em julgado. Surpreendido com a decisão, o
contribuinte foi até a repartição fiscal e entregou documentos relativos a
apartamento de sua propriedade, alegando que poderia pagar o tributo
mediante dação em pagamento de bem imóvel. Em face da situação hipotética
apresentada e do ordenamento jurídico vigente,
a) a medida liminar em mandado de segurança e a remissão praeter tempus,
espécies de suspensão do crédito tributário, ficam sem efeito quando
denegado o mandado de segurança pela sentença, retroagindo os efeitos da
decisão contrária.
b) justifica-se o não cumprimento pela empresa das obrigações acessórias
relacionadas com o tributo cujo pagamento foi obstado pela ordem judicial
obtida pela empresa, pois nesta situação há dispensa legal do cumprimento
das obrigações acessórias.
c) o pagamento de tributos mediante dação em pagamento de bem imóvel é
uma das formas previstas de exclusão do crédito tributário, devendo o
contribuinte cumprir a forma e as condições estabelecidas em lei.
d) a suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial impede o
Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança de seu
crédito, tais como inscrição em dívida, execução e penhora, mas não
impossibilita a Fazenda de proceder a regular constituição do crédito tributário
para prevenir a decadência do direito de lançar.
e) caso fosse previsto em lei ordinária, o contribuinte poderia fazer a
compensação do tributo devido com bem imóvel, exercendo seu direito
subjetivo ao uso de uma das espécies de extinção do crédito tributário.

Questão 43 - FCC/PGM-João Pessoa-PS-Procurador Municipal/2012

Sobre as causas de extinção do crédito tributário, é correto afirmar que,


havendo previsão em lei autorizativa, a remissão pode ser concedida por
despacho fundamentado de autoridade administrativa, em razão da situação
econômica do sujeito passivo.

Questão 44 - FCC/PGM-João Pessoa-PS-Procurador Municipal/2012

Sobre as causas de extinção do crédito tributário, é correto afirmar que a ação


para cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos contados da
ocorrência do fato gerador, extinguindo-se para o Fisco o direito ao crédito.

Questão 45 - FCC/PGM-João Pessoa-PS-Procurador Municipal/2012

Sobre as causas de extinção do crédito tributário, é correto afirmar que


quando existe parcelamento do crédito tributário, o pagamento da última
parcela gera presunção relativa de que as prestações anteriores estão pagas.

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1 Questão 46 - FCC/ICMS-SP/2009

Em abril de 2008, foi realizada fiscalização em empresa atacadista, na qual


constatou-se, em sua escrita fiscal, em relação ao ICMS devido no período de
setembro de 2002 a novembro de 2003, que não teria havido o
correspondente pagamento antecipado por parte do contribuinte e, em relação
ao ICMS devido no período de dezembro de 2003 a março de 2005, teria
havido pagamento antecipado a menor. Em virtude de tais fatos, foi lavrado
Auto de Infração e Imposição de Multa com cobrança das diferenças de ICMS
devido, mais multa e juros de mora. A regular notificação do Auto de Infração
deu-se em abril de 2008. Nesse caso,
a) os débitos de novembro de 2002 a novembro de 2003 estão prescritos.
b) os débitos de dezembro de 2003 a abril de 2004 estão prescritos.
c) houve decadência em relação aos débitos do período de setembro de 2002 a
novembro de 2002.
d) houve decadência em relação aos débitos do período de novembro de 2002
a março de 2003.
e) houve decadência e prescrição em relação aos débitos do período de
novembro de 2002 a março de 2003.

IQuestão 47 - FCC/ICMS-SP/2009

Sobre os prazos de natureza decadencial, previstos no CTN e correndo contra a


Fazenda Pública, seja para homologar lançamento efetuado pelo contribuinte,
seja para efetuar lançamento de ofício, é correto afirmar que são de
a) cinco anos contados da ocorrência do fato gerador para efetuar o
lançamento de ofício e cinco anos contatos a partir do primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado para homologar o
realizado pelo contribuinte.
b) cinco anos contados da constituição definitiva do crédito tributário para
efetuar o lançamento de ofício e cinco anos contados da ocorrência do fato
gerador para homologar o lançamento efetuado pelo contribuinte.
c) cinco anos contados da ocorrência do fato gerador, seja para efetuar o
lançamento de ofício, seja para homologar o lançamento efetuado pelo
contribuinte.
d) cinco anos contados da ocorrência do fato gerador para homologar
lançamento efetuado pelo contribuinte e cinco anos contados a partir do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser
efetuado, para o lançamento de ofício.
e) dez anos contados da constituição definitiva do crédito tributário, seja para
efetuar o lançamento de ofício seja para homologar o lançamento efetuado
pelo contribuinte.

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1 Questão 48 - FCC/ICMS-SP/2006

A respeito do lançamento, é correto afirmar que sua formalização no


quinquênio legal impede a conservação da prescrição tributária.

Questão 49 - FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

Um contribuinte é devedor do Município em relação aos seguintes créditos


tributários de impostos:
IPTU - R$ 1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/10/13;
ITBIM - R$ 500,00, na qualidade de responsável, vencido em 02/10/13;
IPTU - R$ 400,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13;
ISS - R$ 2.000,00, na qualidade de responsável, vencido em 02/10/12;
ISS - R$ 1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13.
O contribuinte realiza um único pagamento. De acordo com as normas do CTN,
a autoridade administrativa competente para receber o pagamento
determinará a respectiva imputação em primeiro lugar para o seguinte crédito
tributário:
a) IPTU - R$ 1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/10/13;
b) ITBIM - R$ 500,00, na qualidade de responsável, vencido em 02/10/13;
c) IPTU - R$ 400,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13;
d) ISS - R$ 2.000,00, na qualidade de responsável, vencido em 02/10/12;
e) ISS - R$ 1.000,00, na qualidade de contribuinte, vencido em 02/09/13.

Questão 50 - FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

Um contribuinte do Município, inconformado com a imposição de um auto de


infração do ISS, decide discutir em juízo a incidência ou não do tributo,
ingressa com a ação judicial que considera oportuna e efetua o depósito
integral e em dinheiro do valor do crédito tributário em discussão. Nesse caso:
a) o depósito judicial é condição inafastável para o regular processamento da
ação;
b) com a decisão definitiva do processo contrária ao contribuinte, a quantia
depositada deverá ser convertida em renda da Fazenda, suspendendo a
exigibilidade do crédito tributário;
c) o depósito da quantia questionada, integral ou parcial, suspende a
exigibilidade do crédito tributário;
d) com a decisão definitiva do processo contrária ao contribuinte, a quantia
depositada deverá ser convertida em renda da Fazenda, extinguindo o crédito
tributário;
e) o depósito judicial é desnecessário, pois o mero ajuizamento da ação
suspende a exigibilidade do crédito tributário.

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IQuestão 51 - FGV/CGE-MA/2014

O INSS ingressou com execução fiscal em face do Estado Beta, pela falta de
pagamento da contribuição previdenciária de alguns de seus agentes
administrativos. Está provado nos autos que os créditos remontam aos anos de
1991 a 1994 e não há comprovação de qualquer pagamento.
O lançamento do tributo devido efetivou-se em março de 2001 e a inscrição
em dívida ativa em setembro de 2003. O juiz de 1 ° grau extinguiu o processo
com base na constatação de ter havido a decadência.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) O Juiz errou, já que por se tratar de tributo lançado por homologação são 5
anos para homologar e mais 5 anos para inscrever o crédito tributário.
b) O juiz errou, visto que no caso da contribuição previdenciária deve haver
antecipação do pagamento do tributo, não mais se falando de decadência.
c) O juiz está correto, visto que o prazo decadencial, nesta espécie de tributo,
conta-se da data do fato gerador.
d) O juiz errou, havendo a aplicação, cumulativa e concorrente, dos prazos
previstos no Código Tributário Nacional.
e) O juiz está correto, contando-se o prazo decadencial do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

IQuestão 52 - FGV/Juiz-TJ-AM/2013

O contribuinte realiza o fato gerador de ICMS em 01.03.2004. Em março de


2008 a fiscalização, percebendo que o contribuinte não havia declarado nem
recolhido o tributo, promove a autuação fiscal. No mesmo mês (março/2008) o
contribuinte promove a impugnação administrativa da exigência fiscal. Em
março de 2012 sobrevém a decisão administrativa definitiva (assim entendida
a decisão insuscetível de novo recurso do contribuinte na fase administrativa).
Permanecendo inadimplido o crédito fiscal, a Fazenda Pública ajuíza, em março
de 2013, a competente Execução Fiscal, à qual o contribuinte opõe Embargos
de Devedor alegando a extinção do crédito por força da decadência e/ou da
prescrição.
Diante do exposto, o magistrado incumbido de solucionar a causa deverá
a) acolher o argumento de decadência do direito da Fazenda constituir o
crédito tributário, ante o decurso de oito anos entre o fato gerador e a decisão
administrativa definitiva.
b) acolher o argumento de prescrição do direito da Fazenda ajuizar a Execução
Fiscal, ante o decurso de nove anos entre o fato gerador e o ajuizamento da
Execução Fiscal.
c) acolher tanto o argumento da decadência quanto o argumento da
prescrição.
d) acolher o argumento da Fazenda, na impugnação aos Embargos de
Devedor, no sentido de que não se consumou nem a decadência nem a
prescrição.

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e) acolher o argumento de prescrição do direito da Fazenda constituir o crédito


tributário, ante o decurso de oito anos entre o fato gerador e a decisão
administrativa definitiva.

IQuestão 53 - FGV/Consultor-AL-MA/2013

Em relação à extinção do crédito tributário, assinale a afirmativa correta.


a) Sempre sucede com a satisfação da obrigação tributária principal.
b) Só advém se houver o pagamento integral do débito.
c) Pode ocorrer por decreto instituidor de dação em pagamento.
d) Acontece quando firmado acordo de parcelamento da dívida.
e) Ocorre pela conversão de depósito judicial em renda da Fazenda.

1Questão 54 - FGV/Consultor-AL-MA/2013

Todos os tributos são restituíveis, sempre que for provado que tenham sido
pagos de forma indevida.

1Questão 55 - FGV/Consultor-AL-MA/2013

A prova negativa da repercussão da carga tributária é condição para a


repetição do indébito.

Questão 56 - FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

Miguel pretende pagar tributo devido à Fazenda Estadual, especificando valor,


espécie e exercício. A Fazenda, entretanto, verificou que Miguel tem outra
dívida tributária, mais antiga, da qual ela é a credora.
Com base na situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
(A) Cabe à Fazenda Estadual imputar o pagamento à dívida mais antiga para
que não ocorra a prescrição.
(B) A escolha da dívida a ser quitada é do contribuinte, em função do princípio
da menor onerosidade.
(C) O princípio da autonomia das dívidas tributárias só se aplica a débitos de
Fazendas distintas.
(D) A imputação ex officio do pagamento efetivada pela Fazenda, decorre do
poder de império.
(E) O direcionamento do pagamento pela Fazenda só pode ocorrer
judicialmente.

IQuestão 57 - FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo

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que seja objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito
em julgado da respectiva decisão judicial.

IQuestão 58 - FGV/AFRE-RJ/2011-Adaptada

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que a lei permite à autoridade administrativa conceder remissão
total ou parcial do crédito tributário em virtude de erro ou ignorância
escusáveis do sujeito passivo quanto à matéria de direito.

IQuestão 59 - FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que no caso de consignação do pagamento pelo sujeito passivo,
caso seja julgada procedente, o montante consignado é convertido em renda,
ao passo que, na improcedência, o crédito tributário é cobrado acrescido de
juros de mora, sem aplicação de qualquer penalidade.

IQuestão 60 - FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que caso haja dois ou mais débitos simultâneos do mesmo sujeito
passivo para com o mesmo sujeito ativo, a imputação do pagamento compete,
em primeiro lugar, ao contribuinte ou responsável pelo pagamento. Somente
na hipótese de abstenção deste, a autoridade administrativa fará a imputação.

IQuestão 61 - FGV/Sead-Fiscal-AP /2010

De acordo com o CTN, não se afigura como causa de extinção do crédito


tributário:
A) a decadência.
B) a prescrição.
C) a anistia.
D) a remissão.
E) a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória.

IQuestão 62 - FGV/AFRE-RJ/2010

O Código Tributário Nacional, em seu artigo 156, relaciona expressamente as


hipóteses de extinção do crédito tributário. As alternativas a seguir apresentam
hipóteses que estão inseridas na extinção do crédito tributário, à exceção de
uma. Assinale-a.
a) Nevação.

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b) Dação em pagamento com bens imóveis.


c) Transação.
d) Compensação.
e) Pagamento antecipado e homologação do lançamento.

IQuestão 63 - FGV /Advogado-BADESC/2010-Adaptada

O crédito tributário não se extingue com a morte do contribuinte devedor.

1 Questão 64 - FGV /AFRE-RJ /2008

O direito à repetição do indébito tributário extingue-se no prazo de ___


anos, a contar ___. Assinale a alternativa que complete corretamente as
lacunas da frase acima.
a) cinco + cinco/ da extinção do crédito tributário
b) cinco/ da suspensão do crédito tributário
c) cinco + cinco/ da suspensão do crédito tributário
d) cinco/ da extinção do crédito tributário, salvo para o ICMS e o ISS
e) cinco/ da extinção do crédito tributário

Questão 65 - FGV /Fiscal de Rendas-RJ /2008

Em relação a débito de tributo ainda não objeto de lançamento, o contribuinte


pode:
I. conseguir uma liminar em mandado de segurança.
II. obter parcelamento.
III. vê-lo abrangido por decadência.
IV. alcançar êxito em ação de consignação de pagamento.
Em tais hipóteses, o crédito tributário, respectivamente, terá sido objeto de:
A) extinção, suspensão de sua exigibilidade, suspensão de sua exigibilidade,
extinção.
B) suspensão de sua exigibilidade, exclusão, extinção e suspensão de sua
exigibilidade.
C) exclusão, suspensão de sua exigibilidade, extinção e exclusão.
D) suspensão de sua exigibilidade, suspensão de sua exigibilidade, exclusão e
exclusão.
E) suspensão de sua exigibilidade, suspensão de sua exigibilidade, extinção e
extinção.

1 Questão 66 - ESAF/AFRFB/2009

Notificado o sujeito passivo do lançamento, inicia-se o prazo decadencial de


cinco anos para extinção do crédito.

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IQuestão 67 - ESAF/ACE-MDIC/2012

O mandado de segurança não constitui ação adequada para a declaração do


direito à compensação tributária.

IQuestão 68 - ESAF/AFTM-Natal/2001

A decadência é forma de extinção do crédito tributário, que ocorre quando a


obrigação tributária principal é excluída em decorrência de determinação legal.

1Questão 69 - ESAF/AFRFB/2009

O pagamento de débitos prescritos não gera o direito a sua repetição, na


medida em que, embora extinta a pretensão, subsiste o direito material.

1Questão 70 - ESAF/AFRFB/2009

A Constituição Federal autoriza que lei ordinária, em situações específicas,


estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre decadência e prescrição.

Questão 71 - ESAF/Agente Tributário-MT/2002

É sabido que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por


meio do lançamento, extingue- se em cinco anos, contados a partir do primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado. Esse modo de extinção do crédito tributário é a decadência.

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3 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

�Gabarito
1 LETRA A 25 ERRADA 49 LETRA E
2 LETRA C 26 LETRA B 50 LETRA D
3 LETRA B 27 ERRADA 51 LETRA E
4 CORRETA 28 LETRA D 52 LETRA D
5 CORRETA 29 CORRETA 53 LETRA E
6 ERRADA 30 ERRADA 54 ERRADA
7 CORRETA 31 CORRETA 55 ERRADA
8 ERRADA 32 LETRA B 56 LETRA A
9 ERRADA 33 LETRA C 57 CORRETA
10 CORRETA 34 LETRA B 58 ERRADA
11 CORRETA 35 LETRA D 59 ERRADA
12 ERRADA 36 LETRA D 60 ERRADA
13 CORRETA 37 LETRA D 61 LETRA C
14 CORRETA 38 LETRA A 62 LETRA A
15 CORRETA 39 LETRA E 63 CORRETA
16 CORRETA 40 LETRA A 64 LETRA E
17 LETRA A 41 LETRA C 65 LETRA E
18 LETRA C 42 LETRA D 66 ERRADA
19 ERRADA 43 CORRETA 67 ERRADA
20 ERRADA 44 ERRADA 68 ERRADA
21 ERRADA 45 ERRADA 69 ERRADA
22 ERRADA 46 LETRA C 70 ERRADA
23 47 71
24
LETRA E
CORRETA 48
LETRA D
ERRADA - CORRETA
-

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4 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

�Art. 156: causas de extinção do crédito tributário:

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do


disposto no artigo 150 e seus§§ 1º e 4 °;

VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2 ° do artigo


164·I

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na


órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições


estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do
crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição,
observado o disposto nos artigos 144 e 149.

�Arts. 157 a 164: regras sobre pagamento:

Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do


crédito tributário.

Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção de


pagamento:

I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;

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II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros


tributos.

Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento


é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo.

Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o


vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se
considera o sujeito passivo notificado do lançamento.

Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela


antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça.

Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido


de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem
prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de
quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.

§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são


calculados à taxa de um por cento ao mês.

§ 2° O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada


pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito.

Art. 162. O pagamento é efetuado:

I- em moeda corrente, cheque ou vale postal;

II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por


processo mecânico.

§ 1 ° A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o


pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou
mais oneroso que o pagamento em moeda corrente.

§ 2° O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate


deste pelo sacado.

§ 3° O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a inutilização


regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150.

§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta


modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos expressamente
previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à
autoridade administrativa.

§ 5° O pagamento em papel selado ou por processo mecânico equipara-se ao


pagamento em estampilha.

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�Art. 163: regras sobre imputação em pagamento:

Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo


sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público,
relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade
pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente
para receber o pagamento determinará a respectiva imputação,
obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:

I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar


aos decorrentes de responsabilidade tributária;

II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos


impostos;

III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;

IV - na ordem decrescente dos montantes.

�Art. 164: regras sobre consignação em pagamento:

Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada


judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:

I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro


tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;

II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências


administrativas sem fundamento legal;

III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de


tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.

§ 1 ° A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se


propõe pagar.

§ 2 º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa


efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada
improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido
de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.

�Arts. 165 a 169: regras sobre pagamento indevido e sua restituição:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio


protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a
modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4 º do artigo
162, nos seguintes casos:

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I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o


devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou
circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;

II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota


aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência
de qualquer documento relativo ao pagamento;

III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza,


transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a
quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo
transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a
recebê-la.

Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na


mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias,
salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela
causa da restituição.

Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do


trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.

Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo


de 5 (cinco) anos, contados:

I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito


tributário; (Vide art 3 da LCp n ° 118, de 2005)

II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva


a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha
reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.

Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão


administrativa que denegar a restituição.

Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação


judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação
validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.

�Arts. 170 e 170-A: regras sobre compensação:

Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja
estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a
compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos,
vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública.
(Vide Decreto n ° 7.212, de 2010)

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Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei


determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não
podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro
de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da
compensação e a do vencimento.

Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de


tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito
em julgado da respectiva decisão judicial.

�Art. 171: regras sobre transação:

Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e
passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões
mútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de
crédito tributário.

Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a


transação em cada caso.

�Art. 172: regras sobre remissão:

Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder,


por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito
tributário, atendendo:

I - à situação econômica do sujeito passivo;

II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de


fato;

III - à diminuta importância do crédito tributário;

IV - a considerações de equidade, em relação com as características pessoais


ou materiais do caso;

V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade


tributante.

Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido,
aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.

�Art. 173: regras sobre decadência:

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue­


se após 5 (cinco) anos, contados:

I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia


ter sido efetuado;

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II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por


vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se


definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em
que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento.

�Art. 174: regras sobre prescrição:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco


anos, contados da data da sua constituição definitiva.

Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;


(Redação dada pela Lcp n ° 118, de 2005)

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em


reconhecimento do débito pelo devedor.

LC 118/2005

�Art. 3 ° : regra para contagem de prazo para pleitear restituição, nos


casos de tributo sujeito a lançamento por homologação:

Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no


5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, a
extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a
lançamento por homologação, no momento do pagamento
antecipado de que trata o § lo do art. 150 da referida Lei.

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5 - SÚMULAS ABORDADAS DURANTE A AULA

Súmula STF 546: A jurisprudência do STF, quanto à restituição de tributos


indiretos, é que cabe restituição do tributo indevidamente pago se o
contribuinte de direito comprovar que não recuperou do contribuinte de fato o
valor correspondente ao pagamento indevido:

Súmula STF 546 - Cabe a restituição do tributo pago indevidamente,


quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou
do contribuinte "de facto" o "quantum" respectivo.

Súmula STJ 188: De acordo com o STJ, na restituição do indébito tributário,


os juros moratórios são devidos somente a partir do trânsito em julgado da
sentença:

Súmula STJ 188 - Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário,


são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença.

Súmula Vinculante 17: Com a inscrição do precatório até 1º de julho até o


final do exercício seguinte (31 de dezembro do próximo ano), não há
incidência de juros de mora. A incidência só volta a ocorrer se o precatório não
for pago dentro do prazo, que é, como se afirmou, 31 de dezembro do ano
seguinte. É a jurisprudência pacífica do STF:

Súmula Vinculante 17 - Durante o período previsto no parágrafo 1 ° do


artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios
que nele sejam pagos.

Súmula STJ 162: No que se refere à correção monetária - atualização


monetária em face da inflação -, a jurisprudência do STJ é que o valor da
restituição deve ser corrigido desde a data do pagamento indevido:

Súmula STJ 162 - Na repetição de indébito tributário, a correção monetária


incide a partir do pagamento indevido.

Súmula STJ 212:

Súmula STJ 212 - A compensação de créditos tributários não pode ser


deferida por medida liminar.

Súmula STJ 213: Não obstante a proibição da compensação com base em


liminar em mandado de segurança, a jurisprudência do STJ é pacífica no
sentido de que o mandado de segurança constitui ação adequada para
declarar direito à compensação tributária:

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Súmula STJ 213 - O mandado de segurança constitui ação adequada para a


declaração do direito à compensação tributária.

Súmula STJ 436: De acordo com a jurisprudência do STJ, O reconhecimento


da dívida pelo contribuinte, configurado pela entrega de declaração, constitui o
crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco:

Súmula STJ 436 - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo


débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra
providência por parte do fisco.

Súmula STJ 314: Na execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,


suspende-se o processo por um ano. Findo tal prazo, com o arquivamento dos
autos, tem início o curso do prazo prescricional. É a jurisprudência do STJ:

Súmula STJ 314 - Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,


suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da
prescrição quinquenal intercorrente.

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6 - PRINCIPAIS JURISPRUDÊNCIAS ABORDADAS DURANTE A AULA

• O STF já decidiu que ofende ao princípio da licitação lei ordinária que


estabeleça o pagamento de débitos tributários por meio de dação
em pagamento móveis:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUICIONALIDADE. OFENSA AO


PRINCÍPIO DA LICITAÇÃO (CF, ART. 37, XXI). I - Lei ordinária distrital -
pagamento de débitos tributários por meio de dação em pagamento.
II - Hipótese de criação de nova causa de extinção do crédito
tributário. III - Ofensa ao princípio da licitação na aquisição de
materiais pela administração pública. IV - Confirmação do julgamento
cautelar em que se declarou a inconstitucionalidade da lei ordinária distrital
1.624/1997.

(STF, ADI 1.917/DF, Plenário, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, Julgamento


em 26/04/2007)

• O STJ já decidiu que a taxa SELIC é composta da taxa de juros e da


correção monetária, não podendo, portanto, ser cumulada com outro
índice de correção:

"(...) A taxa SELIC é composta de taxa de juros e taxa de correção


monetária, não podendo ser cumulada com qualquer outro índice de
correçao- . (...)"

(STJ, REsp 447.690/PR, Segunda Turma, Rei. Min Eliana Calmon, Julgamento
em 05/06/2003)

• O STJ já decidiu que a declaração do sujeito passivo é suficiente para


constituir o crédito tributário, não havendo mais que se falar em
decadência, mas sim em prescrição:

1. Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, considera-se


constituído o crédito tributário no momento da declaração realizada
pelo contribuinte.

2. A declaração do contribuinte elide a necessidade da constituição formal do


crédito tributário, sendo este exigível independentemente de qualquer
procedimento administrativo, de forma que, não sendo o caso de
homologação tácita, não se opera a incidência do instituto da
decadência (CTN, art. 150, § 4 ° ), incidindo apenas prescrição nos
termos delineados no art. 174 do CTN.

(STJ, AgRg no Ag 884.833/SC, Segunda Turma, Rei. Min. João Otávio de


Noronha, Julgamento em 25/09/2007)

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• O STJ também já decidiu que o termo inicial do prazo prescricional, quanto


aos tributos lançados por homologação, é a data do vencimento da
obrigação tributária ou a data da entrega da declaração, caso esta
entrega ocorra em momento posterior ao vencimento da referida
obrigação:

"(... )1. A Primeira Seção deste STJ no julgamento do REsp 1.120.295/SP,


processado sob o rito do art. 543-C do CPC, confirmou entendimento no
sentido de que o termo inicial do prazo prescricional quinquenal para
cobrança dos tributos sujeitos a lançamento por homologação é a
data do vencimento da obrigação tributária, e, quando não houver
pagamento, a data da entrega da declaração, sendo esta posterior.
( ••• ) li
(STJ, AgRg no AREsp 349.146/SP, Primeira Turma, Rei. Min. Sérgio Kukina,
Julgamento em 07/11/2013)

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7 - RESUMO DA AULA

1 - EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

• São causas de extinção do crédito tributário (CTN, art. 156):

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento;

VIII - a consignação em pagamento julgada procedente;

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na


órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições


estabelecidas em lei.

• De acordo com o CTN, o crédito tributário só se extingue nos casos


previstos em seu texto.

• De acordo com o STF, não se admite dação em pagamento em bens


móveis, por ofensa ao princípio da licitação.

1.1 - Pagamento

• O pagamento extingue o crédito tributário e normalmente é realizado


em moeda (O CTN estabelece outras modalidades, como cheque, por
exemplo).

• A imposição de penalidade não exclui o pagamento integral do


crédito tributário.

• O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento


das outras prestações em que se decomponha ou de outros créditos
referentes ao mesmo ou a outros tributos.

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• Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o


vencimento do crédito ocorre 30 dias depois da data em que se
considera o sujeito passivo notificado do lançamento.

• O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de


mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da
imposição das penalidades cabíveis, não se aplicando tal regra no caso
de pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo
legal para pagamento do crédito.

• Regras para imputação em pagamento (existência simultânea de dois ou


mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma
pessoa jurídica de direito público):

Ordem CRITÉRIO PRIORIDADE


1º Pessoal Contribuinte� Responsável
2º Vinculação do Fato Gerador Contribuição de Melhoria� Taxas
�Impostos
30 Prescrição Prazo mais curto � mais longo
40 Valor do Crédito Valor maior� Valor menor

1.1.4 - Pagamento indevido e restituição

• Se o tributo foi pago indevidamente, o sujeito passivo faz jus à restituição,


independentemente de prévio protesto, seja qual for a modalidade de
pagamento.

• No caso de restituição de tributos indiretos, a restituição somente será


realizada em duas situações:

• Se o contribuinte de direito comprovar ter assumido o encargo do


tributo, isto é, não o ter transferido;
• Se o contribuinte de fato autorizar expressamente o contribuinte de
direito a receber a restituição.

• Ao pleitear a restituição do tributo pago indevidamente, o sujeito passivo


também possui direito à restituição, na mesma proporção, dos juros de
mora e da multa moratória paga a maior.

• Com relação às infrações de caráter formal, ou seja, multas punitivas, não


há qualquer restituição, pois não decorrem do atraso do pagamento.

• O prazo para pleitear a restituição é de OS anos, contados:

• da data da extinção do crédito tributário (data do pagamento


antecipado, para tributos sujeitos ao lançamento por homologação);

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• da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou


passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado,
revogado ou rescindido a decisão condenatória.

• Prescreve em 02 anos a ação anulatória da decisão administrativa que


denegar a restituição.

1.2 - Compensação

O CTN prevê a possibilidade de haver compensação de créditos tributários com


créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo
contra a Fazenda pública.

• A transação depende de lei.

1.3 - Transação

• A transação é uma forma alternativa para solucionar os conflitos entre as


partes (sujeito ativo e sujeito passivo), mediante concessões mútuas, ou
seja, cada parte cede parte de seu direito, a fim de que se chegue a um
consenso.

• A transação depende de lei.

1.4 - Remissão

• O CTN prevê a possibilidade de ser concedida remissão (perdão)


total ou parcial do crédito tributário.

• A transação depende de lei, que deve atender aos requisitos previstos


nos incisos do art. 172.

1.5 - Decadência

A decadência refere-se à perda do direito de efetuar a constituição do


crédito tributário pelo lançamento. O prazo decadencial é de OS anos.

Existem três regras para contagem do prazo decadencial:

Regra geral � Tem início a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele
em que o lançamento poderia ter sido efetuado. É a regra observada pelos
tributos sujeitos a lançamento de ofício ou por declaração.

Anulação do lançamento por vício formal � O prazo de OS anos é contado


novamente, a partir da data da decisão definitiva que tenha anulado o
lançamento. Aplica-se aos casos em que o lançamento, já efetuado, foi
posteriormente anulado em decorrência de vício formal, subsistindo o direito
da Fazenda na constituição do crédito tributário novamente, mediante

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realização de novo lançamento.

Antecipação da contagem do prazo -+ Ocorre a antecipação do termo inicial


do prazo decadencial de 05 anos, que passa a ser a data em que tenha sido
iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo,
de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Nesta situação,
o prazo decadencial ainda não teve início (apenas com o primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado).

• Deve-se conhecer ainda as regras de contagem do prazo decadencial


quanto aos tributos lançados por homologação. A regra específica é
apresentada no art. 150, § 4º, do CTN, mas o entendimento jurisprudencial
aponta algumas situações em que se utiliza a regra geral já apresentada
acima, conforme o esquema a seguir apresentado:

Contribuinte
declara e
-- Art. 150, § 40 -
,. Conta-se da data do fato gerador
paga

Contribuinte
não declara
-- Art. 173, I
-
, °
Conta-se do 1 dia do ano seguinte
nada

Dolo, fraude
ou -- Art. 173, I -
, °
Conta-se do 1 dia do ano seguinte
simulação

Contribuinte � Ocorre a constituição do crédito tributário.


declara e -- � Terá início o prazo prescricional (data da declaração ou
não paga vencimento, o que for posterior).

1.6 - Prescrição

• Opera-se a prescrição quando não há propositura de ação de execução


fiscal dentro do prazo estabelecido no CTN, com o objetivo de cobrar
do sujeito passivo o crédito tributário na via judicial. O prazo prescricional é
de OS anos.

• Tal prazo só começa a ser contado a partir do dia em que não mais se
discute a legitimidade do lançamento, ou seja, a partir do dia em que o
crédito tributário é considerado definitivamente constituído.

• No caso dos tributos lançados por homologação, o prazo prescricional tem


início na data do vencimento da obrigação tributária ou na data da
entrega da declaração, caso esta entrega ocorra em momento
posterior ao vencimento da referida obrigação.

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• São situações que interrompem o prazo prescricional (prazo integralmente


devolvido à Fazenda Pública):

I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;


II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor.

1.7 - Consignação em pagamento

• A ação de consignação em pagamento é movida no âmbito do Poder


Judiciário, com o objetivo de que o sujeito passivo exerça o seu
direito de pagar e quitar a obrigação tributária, quando se encontra
impedido pelo próprio credor. A extinção do crédito tributário somente
ocorre quando a ação judicial consignatória é julgada procedente (CTN, art.
164, § 2 º ).

1.8 - Pagamento antecipado e a posterior homologação

• A extinção definitiva do crédito tributário, no que se refere aos tributos


lançados por homologação, apenas ocorre com a homologação do
lançamento, ato que, como regra, pode levar até 5 anos, contados do
fato gerador.

1.9 - Conversão do depósito em renda

• Com o depósito do montante integral, exigido pela Fazenda Pública, o


sujeito passivo suspende a exigibilidade do crédito tributário. Havendo
decisão em favor da Fazenda Pública, ocorre a conversão do depósito
em renda do vencedor da ação.

1.10 - Decisão administrativa final

• Ao impugnar administrativamente o lançamento, o sujeito passivo dá início


ao processo administrativo fiscal, seguindo as normas específicas do ente
federativo que detém a competência tributária do tributo objeto de
discussão. Se a decisão final no âmbito administrativo for favorável
ao sujeito passivo, o crédito tributário fica definitivamente extinto.

1.11- Decisão judicial transitada em julgado

• Caso o contribuinte recorra ao Judiciário para discutir a procedência do


lançamento, é a decisão transitada em julgado (contra a qual não cabe
recurso) que determinará se o crédito tributário subsistirá ou não. Caso a
decisão seja favorável ao sujeito passivo, tem-se por extinto o
crédito tributário.

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1.12 - Dação em pagamento em bens imóveis

• Atualmente, o CTN admite a extinção do crédito tributário mediante


dação em pagamento em bens imóveis. Para que se realize a extinção
do crédito tributário mediante dação em pagamento em bens imóveis é
necessário que cada ente federado edite lei autorizativa.

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