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Por que eu não acredito em um arrebatamento secreto da igreja

Além de expor o que está no título, esse post servirá como uma espécie de retrospectiva.

Eu, ao dar início a esse trabalho era adepto da ideia de um arrebatamento da igreja antes da
vinda triunfal de Cristo. Porém, ao longo das minhas mais de cem postagens neste blogue
durante o ano, percebi que sustentar essa ideia de um arrebatamento invisível era contradizer,
em muito, tudo o que aqui era exposto. Para demonstrar aos leitores, venho fazer um panorama
que justifique a minha descrença a um arrebatamento secreto, exemplificando com os meus
próprios verbetes, e com a própria bíblia como apoio principal.

1º Os adeptos de um arrebatamento secreto se baseiam principalmente na velha contagem de


sete anos de grande tribulação, sendo que o que separaria os supostos dois períodos de três
anos e meio seria o arrebatamento. Em julho expus minha opinião contrária em relação a esta
forma de contagem:

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/07/esclarecimentos-sobre-os-sete-anos.html

2º A segunda base de sustentação da tese do arrebatamento invisível está na crença das setenta
semanas encontradas no livro de Daniel. Em maio me posicionei a respeito do livro de Daniel ser
sobretudo para a nação de Israel, em que devemos discernir com precisão aquilo que vale para
tal e aquilo que vale para o todo.

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/05/o-livro-de-daniel-e-para-israel-de-fato.html

3º Dos que defendem o arrebatamento da igreja antes da vinda de Cristo o fazem em sua
maioria se baseando em uma visão extremamente futurista dos acontecimentos descritos neste
livro, algo que em outubro tratei de ir contra, alegando que o apocalipse é uma revelação, aliás
esse é o seu significado, mas uma revelação para trás e para frente, e não tão somente para
frente.

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/10/antes-de-tudo.html
4º Essa abordagem totalmente futurista se dá principalmente em cima do capítulo 20 do livro,
que ao meu ver é uma narrativa histórica da era de Cristo até a soltura de Satanás, como em
maio abordei. Ai quebro a lógica de que existam pessoas que resistiram a uma tribulação
enquanto outras foram livradas da mesma, pois coloco todos os cristãos, desde os da igreja
primitiva, em um mesmo patamar.

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/05/estudo-sobre-apocalipse-20.html

5º O maior motivo por rejeitar a ideia de um arrebatamento invisível é que a literatura referente
a esta vertente de pensamento dentro das igrejas modernas é arquitetada de modo a criar uma
relação para com seus adeptos de controle e recompensa. O controle está no fato de uma
possível volta de Cristo a qualquer momento e a necessidade da pessoa "vigiar e orar" para essa
não "ficar", sendo a igreja o órgão que fiscaliza de acordo com suas diretrizes que, ao admitir o
quadro de apostasia da mesma no atual cenário, nem de longe recebe o mesmo teor da
advertência de Cristo. A recompensa está na ideia de poupar o colaborador da igreja do "terrível
período de grande tribulação e perseguição pelo anticristo sobrenaturalmente maligno".

Esse é, de fato, o principal ponto: o da apostasia. Quem defende um "rapto iminente" se faz
valer do fenômeno de um arrebatamento da massa cristã no planeta, mas que massa? Essa
música abaixo mostra o que o bolo evangélico acredita ser o apocalipse. Quando escrevi "As
crianças e o arrebatamento" foi em cima da ideia de que, mesmo se todas as crianças do mundo
fossem arrebatadas, ainda assim não seria o suficiente para haver uma comoção como se é
formulado no imaginário cristão, a qual é sustentada pelas empresas eclesiásticas, músicas como
essa e filmes como "deixados para trás".

Em relação à manifestação do iníquo, e a nossa reunião com Cristo (II Ts 2) é simples:

A apostasia abre caminho para o surgimento dos anticristãos, como coloquei em:
http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/09/os-neo-ateistas-sao-cobras-criadas.html

Isso acaba por criar um mundo sem fé, inclusive dentro do próprio meio cristão como pontuei
em:

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/08/objeto-de-culto.html

Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? Lucas 18:8

Em um mundo que não há a fé que salva, nós cristão não nos encaixamos e acabamos sendo
expelidos do meio e perdendo qualquer relevância. Sem relevância perdemos a capacidade de
anunciar a palavra, isso é o que apontei como sendo a morte das duas testemunhas. Aliás, no
livro de apocalipse a única passagem que mais se aproxima do que chamam de arrebatamento
está naquela em que as duas testemunhas são chamadas para cima, e não há nada de secreto
em "os seus inimigos os viram". Perceba que este acontecimento se dá anteriormente ao sétimo
anjo (não confundir com a teoria adventista) que toca a sétima trombeta anunciar "os Reinos do
mundo passaram a ser do Nosso Senhor e do seu Cristo".

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/07/a-morte-dos-santos.html

O que é essa voz senão a voz do próprio Cristo que há de nos chamar em sua vinda? Se, e
somente se, alguém porventura estiver vivo nessa ocasião, esse sim será arrebatado em vida,
porém a grande maioria esmagadora estará morta sem sombra de dúvidas.

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor. 1 Tessalonicenses 4:16-17

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no
último dia. João 6:54

Devemos lembrar que "dia" para DEUS não possui limites de 24 horas, mas "último dia" se refere
ao último acontecimento antes do julgamento final. a Voz de arcanjo está estreitamente
relacionada a passagem de Daniel 12, em que Miguel* o arcanjo aparece no momento em que
"os que dormem no pó da terra ressuscitarão".

Miguel* - Perceba que é Cristo visto da perspectiva de Israel, com a limitação da época, o que
está de acordo com o que disse outrora a respeito de saber lidar com o livro de Daniel.

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/07/o-anjo-senhor.html

E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu
povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele
tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E
muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para
vergonha e desprezo eterno. Daniel 12:1-2

A trombeta da salvação

Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará,
os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15.52

Há na internet um estudo de um site apologético de prestígio, a CACP, em que coloca essa


trombeta como sinônimo para anunciação do evangelho:

A dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma “trombeta” e terminará


com uma trombeta. [...] podemos dizer que a pregação do Evangelho “repercutiu”, “ressoou” ou
foi “trombeteada”.

Em minha análise considero o número de duas testemunhas como algo que simboliza o mínimo
de anunciadores da palavra no últimos tempos.

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/08/a-ferida-mortal.html

Assim sendo, a última "trombeteada" não pode ser nada senão a última anunciação do
evangelho pelas duas testemunhas.
Mas o erro que vemos nesse mesmo estudo da CACP é absurdo, quando encontramos "Depois
do arrebatamento virá o opressor, o anticristo". Isso está em contradição total à passagem de II
Tessalonicenses 2.

Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e,
então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. 2 Tessalonicenses 2:3

Aqui fica claro que antes de nossa reunião com Cristo virá o opressor, ou seja, não pode haver
arrebatamento se não houver a manifestação do filho da perdição, principalmente pelo fato dele
ser o responsável pela morte das duas testemunhas.

E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os
vencerá, e os matará. Apocalipse 11:7

Com o testemunho finalizado, ou seja, com o evangelho do reino sido pregado em todo o
mundo, então é o fim.

E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e
então virá o fim. Mateus 24:14

Fonte: http://blogestaporvir.blogspot.com/2013/12/por-que-eu-nao-acredito-em-um.html

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