Pensar na questão da morte na teoria psicanalítica deve partir de sua possibilidade de representação ou seja, a possibilidade de significação de morte nesse psiquismo.
De acordo com Freud (1915/1996), afirma que o inconsciente não apresenta representações negativas, onde não seria possível falar de uma representação direta da morte, onde deveria significar ausência de vida. Significando isso que todos os impulsos de desejos do homem são positivos...
Pensar na questão da morte na teoria psicanalítica deve partir de sua possibilidade de representação ou seja, a possibilidade de significação de morte nesse psiquismo.
De acordo com Freud (1915/1996), afirma que o inconsciente não apresenta representações negativas, onde não seria possível falar de uma representação direta da morte, onde deveria significar ausência de vida. Significando isso que todos os impulsos de desejos do homem são positivos...
Pensar na questão da morte na teoria psicanalítica deve partir de sua possibilidade de representação ou seja, a possibilidade de significação de morte nesse psiquismo.
De acordo com Freud (1915/1996), afirma que o inconsciente não apresenta representações negativas, onde não seria possível falar de uma representação direta da morte, onde deveria significar ausência de vida. Significando isso que todos os impulsos de desejos do homem são positivos...
Freudiana- Casos Clínicos, pelo Curso de Especialização em Clínica Psicanalítica da Universidade Estácio, ministrada pelo(a) professor(a) Larissa Arruda Aguiar Alverne.
Fortaleza/Ceará 2019 A Morte e o Luto na Psicanálise
Pensar na questão da morte na teoria psicanalítica deve partir de sua
possibilidade de representação ou seja, a possibilidade de significação de morte nesse psiquismo. De acordo com Freud (1915/1996), afirma que o inconsciente não apresenta representações negativas, onde não seria possível falar de uma representação direta da morte, onde deveria significar ausência de vida. Significando isso que todos os impulsos de desejos do homem são positivos, onde as fantasias possuem objetos terminados para sua realização. Segundo Freud (1920/1996) afirma que a pulsão de morte é o princípio conservador, onde a compulsão à repetição expressa aquilo que é o mais pulsional da pulsão, onde a pulsão de morte se constitui como uma problemática na constituição do psiquismo. Boa parte da Psicanálise a partir de Freud, entende-se sendo o psiquismo como um modelo representacional, um conjunto de representações ideativas e afetivas organizadas entre si, onde são alimentados por uma energia endógena. Na segunda teoria pulsional, Freud faz das pulsões algo essencial da Psicanálise. As pulsões de vida constituiriam a força de ligação em jogo no aparelho psíquico, com oposição à pulsão de morte, que se caracteriza por uma força de desligamento. Tudo que é representação com o objetivo de organização da pulsão de vida, enquanto toda ruptura e traumatismo à organização desse psiquismo é expressão da pulsão de morte. Sendo assim, essa pulsão de morte age de forma muda no psiquismo, sabotando-o. Sua expressão só pode ser deduzida de forma indireta, com fenômenos da compulsão à repetição da reação terapêutica negativa, do sentimento inconsciente de culpa e da agressividade. A pulsão de morte não se expressa sozinha, ela está sempre combinada em maior ou menor grau com as pulsões de vida, de onde extraímos a ideia de que a libido será sempre uma fusão de componentes eróticos e tanáticos. Segundo Freud, existiam dois aspectos nos quadros melancólicos que chamam atenção: os afetos depressivos e a auto recriminação do ego. Uma analogia entre a patologia é a normalidade ao comparar a fantasia melancólica com o trabalho de luto. A libido que antes era investida no objeto de amor perdido, precisa ser redistribuídos. Elaborar a perda, reencontrando uma nova forma de caminhar leva um certo tempo e também gera algum pesar. Através desses percursos esses objetos de amor podem ser desinvestidos, onde o sujeito passa a encontrar novos substitutos. Não é algo tão simples, onde envolve encontrar um novo objeto substituto, mas elaborar as fantasias conscientes e inconscientes que passam a ser ativadas com a perda do objeto. O processo de luto, é um redimensionamento das fantasias e defesas do psiquismo, na busca de um novo equilíbrio de forças. Quando esse luto não é bem elaborado, onde além do luto patológico, onde se cronifica e cristaliza, temos algo paralelo com a melancolia, onde há uma identificação com o objeto perdido de amor. Segundo Freud (1917/1996), a sombra do objeto recai sobre o ego do sujeito, onde esse ideal de ego inatingível e mortífero é o que causa a auto recriminação do ego, característica da melancolia em relação ao trabalho normal de luto. Sendo assim, conseguimos entender que o afeto depressivo e o luto pelo objeto em Psicanálise. Não basta mostrar a pulsão de morte, mas entender a identificação e elaboração quanto ao objeto desencandeando regressões e fixações da libido. Do ponto de vista psicanalítico, os lutos patológicos e as tendências suicidas que se desenvolvem ao longo da vida, são entendidos como um reflexo da estruturação mais básica da personalidade, e que são constituídos por meio das identificações narcísicos e edípicos ao longo da infância. As suas simbolizações são quem irá ressignificar os eventos traumáticos da vida do sujeito, sendo assim, uma perda poderá trazer uma nova significação para um conjunto de fantasias e afetos inconscientes desse sujeito. Diante de tal elaboração feitos para alguns e para outros não, a perda de alguém é algo tão difícil para algumas pessoas e para outros não. Perder um ente querido pode ser um desencadeador de uma série de patologias, em especial os quadros depressivos, sendo que em ambos é a angústia da perda desse objeto sendo mais evidente. Segundo (Freud, 1926/1996), não foi explorando as angústias para além da castração, preferindo marcar a centralidade da fase fálica, como o ponto estruturante da dinâmica da personalidade. Para um bom entendimento dos quadros depressivos e dos lutos patológicos, a ideia de uma angústia de perda de objeto e não para a pulsão de morte, se expressa na angústia originária ou se desintegrando. Na perspectiva de Klein, sobre o modelo freudiano, onde este era dado à angústia de perda do objeto, já para Klein, essa perda do objeto estava associada a uma fantasia primitiva de destruição do objeto, sendo inconsciente, o sujeito não só se ressente do objeto que o abandonou, mas se culpa pela destruição do objeto de amor. Todo esse complexo de fantasias e defesas é uma identificação melancólica antes descrita, onde o sujeito passa a identificar-se com esse objeto perdido/ destruído e perde com isso seu investimento egóico, ocorrendo a diminuição da “autoestima”. Através da pulsão de morte na Psicanálise, nos ajuda a compreender a forma de estruturação psíquica desse indivíduo que vive um luto patológico ou um processo depressivo com ideações suicidas do lugar da morte na sociedade atual. REFERÊNCIAS:
Revista de Psicologia da UNESP 12(1), 2013. 24
Considerações sobre a morte e o luto na psicanálise ÉRICO BRUNO VIANA CAMPOS Faculdade de Ciências – UNESP Bauru.