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AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM:
CONTRIBUIÇÕES PARA AS PRÁTICAS EDUCATIVAS
Resumo - A Teoria Social Cognitiva tem sido base para diversos estudos teóricos e
empíricos sobre a Autorregulação da Aprendizagem com vistas a compreender as variáveis
que interferem ou contribuem nos esforços dos estudantes para obtenção de metas
pessoais. O presente artigo tem como objetivo apresentar um panorama compreensivo dos
modelos de autorregulação consolidados à teoria sócio cognitiva de Albert Bandura e um
breve levantamento dos instrumentos de averiguação da aprendizagem autorregulada. A
partir de uma pesquisa bibliográfica exploratória fez-se um levantamento dos modelos
formulados e/ou adaptados que já possuem antecedentes teóricos e empíricos consolidados
como Winne e Hadwin (1998), Pintrich (2000; 2004), Boekaerts (1992; 2011) e
Zimmerman (1989; 2000; 2009), afim de refletir no construto da autorregulação da
aprendizagem e na complexidade da sua avaliação, buscando compreender as abordagens
teóricas e as suas contribuições e desafios para as práticas educativas.
Abstract - Cognitive Social Theory has been the basis for several theoretical and empirical
studies on Self-Regulation of Learning in order to understand the variables that influence
or contribute to students' efforts to achieve personal goals. The present article aims to
present a comprehensive overview of the models of self - regulation consolidated to Albert
Bandura’ Social Cognitive theory and a brief survey of self-regulated learning tools. From
an exploratory bibliographic research was done a survey of the models formulated and
adapted that already have a consolidated theoretical and empirical antecedents such as
Winne and Hadwin (1996, 1998), Pintrich (2000; 2004), Boekaerts (1992; 2011) and
Zimmerman (1989; 2000; 2009), in order to reflect on the construct of self-regulation of
learning and the complexity of its evaluation, seeking to understand the theoretical
approaches and their contributions and challenges to the educational practices.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Em relação às teorias que abordam o construto da autorregulação da
aprendizagem (Self Regulation Learning – SRL), apesar de não se ter uma definição
consensual, todas têm compartilhado aspectos similares das variáveis cognitivas,
motivacionais, volitivas e sociais para analisar o modo como o indivíduo aprende e
gerencia suas ações, em direção ao sucesso nos estudos. Assim, a aprendizagem
autorregulada envolve pensamentos, sentimentos e ações autogeradas que são planejadas
e ciclicamente adaptadas para a realização de metas pessoais. (ZIMMERMAN, 1989;
2000; BOEKARTS, 2000; CORNO, 2001, VEIGA SIMÃO; FRISON, 2013).
A partir dessas inquietações emergiram diversos modelos investigativos e
interventivos que buscam desenvolver uma postura autorregulada em alunos de diferentes
níveis de escolaridade. Assim, por meio de uma pesquisa bibliográfica, esse estudo
objetivou apresentar um panorama dos modelos de SRL, formulados e/ou adaptados que
já possuem antecedentes teóricos e empíricos consolidados e apontar suas contribuições
para as práticas educativas a partir de aporte teórico e empírico relacionados à temática
abordada.
2 A APRENDIZAGEM AUTORREGULADA
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo das duas últimas décadas, a SRL tornou-se uma das principais áreas de
pesquisa em psicologia educacional e os seus avanços atuais no campo escolar indica que
sua relevância continuará. É certo que os modelos de SRL tem trazido grandes
contribuições para o sucesso das intervenções feitas no âmbito da aprendizagem, porém
é fundamental a criação de uma cultura que valorize e promova o aprender a aprender e
o desenvolvimento do estudante autorregulado.
Se desejamos que o futuro professor ajude seus alunos a autorregularem a sua
aprendizagem, então devemos capacitá-lo a autorregular também a sua aprendizagem
para examinar a si próprio por meio de um diálogo interno entre o seu papel de estudante
e o de futuro professor (BORUCHOVITCH, 2014; SIMÃO VEIGA E FRISON; 2013).
Inserir a autorregulação nos cursos de formação de professores - Capacitar a díade aluno
– futuro professor é ultrapassar o caráter remediativo dessas intervenções e caminhar em
direção a um enfoque preventivo, que institua a SRL nos processos de ensino e
aprendizagem.
REFERÊNCIAS: