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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

RAFAEL DE SOUSA DE MOURA


MATRÍCULA: 201710147411

Trabalho textual destinado a disciplina Políticas Públicas em Educação.


Disciplina ministrada pelo Professor Rodolfo dos Santos Ferreira

Rio de Janeiro
2019
INFORMAÇÕES ACERCA DO ARTIGO ESCOLHIDO

Artigo selecionado

“História e cultura afro-brasileira: uma política curricular de afirmação da população


negra no Brasil”1.

Resumo do artigo:

O trabalho discute a institucionalização da obrigatoriedade do ensino de história e


cultura afro-brasileira, compreendida como política curricular de promoção da
igualdade racial e como referencial na luta por uma educação antirracista no Brasil.
Trata-se de um estudo exploratório realizado a partir da produção acadêmica e da
legislação referente ao tema. Para melhor compreender a trajetória da luta antirracista
dos movimentos negros brasileiros, dialogamos com a perspectiva epistêmica dos
estudos pós-coloniais latino-americanos. Problematizamos os fundamentos e o
contexto de elaboração de uma política de educação para as relações étnico-raciais
no Brasil, no conjunto das políticas de promoção da igualdade racial; e discutimos os
dispositivos legais que institucionalizam a política educacional.

1 Disponível em: http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1019-


94032016000100003&lang=en. Acessado em 20 de junho de 2019.
A ESCOLHA DO ARTIGO E SUA JUSTIFICATIVA

O artigo intitulado “História e cultura afro-brasileira: uma política curricular de


afirmação da população negra no Brasil” tem como intuito nortear e discutir a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira no ensino brasileiro a
partir de perspectiva antirracista. Tal discussão e implementação do ensino da cultura
afro-brasileira permeiam debates que aparecem constantemente conectados a
politica de ensino em seus variados gêneros e graus. Assim, tal escolha se respalda
na demanda contemporânea de inclusão do ensino de historia e cultura afro-brasileiro.
Respectivo artigo irá nortear todo um pensamento que auxiliará a compreender tal
demanda através de um conciso debate sobre políticas educacionais de inclusão.
Atrelado a este enquadramento, pode-se incluir o fato do atual aluno ser estudante do
curso de História e consequentemente tal debate irá auxilia-lo a compreender e
maximizar sua análise com relação às questões problematizadas no artigo e desta
forma ampliar seu horizonte de entendimento com relação a tal questão abordada.
ANÁLISE CRÍTICA

O artigo intitulado “História e cultura afro-brasileira: uma política curricular de


afirmação da população negra no Brasil”, possui como cerne caracterizar e aprofundar
a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e utilizar a educação
como mecanismo para buscar uma igualdade. Assim, o mesmo utiliza diferenciados
artifícios para debater tal questão, como por exemplo a produção de âmbito
acadêmico e também toda legislação como forma de demonstrar a progressão de tal
ensino e consecutivamente sua obrigatoriedade.
O tema que norteia tal artigo e toda sua problemática se fazem de suma
importância para a compreensão de uma educação que reúna diversos segmentos
sociais e étnicos. Desta forma, respectivo artigo levanta um panorama histórico com
relação a escravidão e seus resquícios para a contemporaneidade. Logo, a discussão
inicial se faz através de um silenciamento que a população negra sofre perante a
sociedade brasileira, o que é corroborado com a politica de branqueamento, iniciada
na metade no século XIX e contribuiu para potencializar a marginalização da
população negra. Assim, no âmbito contemporâneo, a educação seria um mecanismo
para atingir o reconhecimento de que a sociedade brasileira se caracteriza pela
pluralidade étnico-racial. Atrelado a este reconhecimento, o artigo visa debater sobre
a institucionalização de determinadas leis (que serão apontadas no decorrer do
vigente texto). Desta maneira, o artigo aponta três áreas no campo da educação que
viabilizam a promoção da igualdade racial para a população negra, são elas: o acesso
à universidade, as especificidades da educação quilombola e o ensino da História e
Cultura Afro-Brasileira. Assim, destaca-se o último ponto, que é o tema central do
artigo. Portanto, toda a concepção do artigo visa expor a necessidade no âmbito
educacional curricular de incluir tais pautas para desta forma criar um campo de
afirmação e representação e consequentemente compor um ideal de luta antirracista
no Brasil. Dentro deste panorama, o debate promovido por tal artigo e todas as suas
articulações desenvolvidas são de primordial importância para a compreensão desta
questão em um país que possui como sua raiz mais profunda a escravidão. O artigo
compõe uma análise sucinta acerca da diversidade e aponta que a mesma deve ser
alvo constante de explanações no ambiente escolar e trabalhada de forma dinâmica
no aludido ambiente. De modo consequente, quando respectivo ambiente não constrói
esse tipo de conhecimento o mesmo tende a atuar na manutenção das estruturas do
racismo. Assim, postulada afirmação serve como base para a necessidade de se criar
um ambiente escolar que possua como alicerce central de sua estrutura a diversidade
tanto cultural como étnica.
Dentro deste contexto de luta por uma educação igualitária, o artigo aponta a
participação do Movimento Negro no Brasil no campo educacional. Este ângulo nos
permite compreender que a educação sempre foi uma pauta interna do Movimento
Negro e que o mesmo buscou mecanismos para a inclusão negra na educação pública
em distintos níveis. À vista disso, tal participação caracterizada no artigo, nos
possibilita engendrar um olhar de luta da população negra para a obtenção da
educação e ascensão social por intermédio da mesma.
Buscando aprofundar a problemática que o artigo tem por intuito central, o
mesmo aponta variadas leis que constatam a evolução do ensino afro-brasileiro na
educação. Nesse aspecto, a Lei n.º 10.639/2003 é citada e desenvolvida no artigo. A
mesma determina a obrigatoriedade do ensino de historia e cultura afro-brasileira, e
também estabelece o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra
nos calendários escolares. Logo, compreende-se que a construção de tal
obrigatoriedade se faz de suma importância para englobar a população negra e
consequentemente sua cultura no âmbito social. Tais conquistas possuem como
características a sua construção de modo paulatino, o que é evidenciado no artigo em
questão.
Portanto, respectivo artigo serve como base para a compreensão e constatação
da evolução das leis no que tange o ensino da cultura afro-brasileira e também
compõe um importante fundamento de orientação para o docente. Tal artigo possui
bases que podem ajudar o docente a se guiar em suas aulas e ter noção deste campo
em construção.

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