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Índice
1Etimologia
2História
o 2.1Descobrimento pelos europeus
o 2.2A guerra holandesa
o 2.3Palmares
o 2.4Criação da comarca
o 2.5Capitania independente
o 2.6Mudança da capital
o 2.7República
o 2.8Século XXI
3Geografia
4Demografia
o 4.1Indicadores
o 4.2Crescimento populacional
o 4.3Povos indígenas
o 4.4Religiões
5Subdivisões
6Economia
o 6.1Setor primário
o 6.2Setor secundário
o 6.3Setor terciário
o 6.4Exportações
7Infraestrutura
o 7.1Educação
o 7.2Segurança pública
o 7.3Comunicações
o 7.4Transportes
o 7.5Energia elétrica
8Cultura
o 8.1Pontos turísticos
9Referências
10Ver também
11Ligações externas
Vista da capital
Filipe Camarão
No princípio do século XVII, Penedo, Porto Calvo e Alagoas já
eram freguesias,[24] admitindo-se que tais títulos lhes tivessem sido conferidos ainda no
século anterior. Foram vilas, porém, em 1636.[24] Repousando a economia regional
na atividade açucareira, tornaram-se os engenhos de açúcar os núcleos principais da
ocupação da terra.[22] A partir de 1630, Alagoas, atingida pela invasão
holandesa,[25] teve povoados, igrejas e engenhos incendiados e saqueados.[22]
Os portugueses reagiram duramente.[22] Batidos por sucessivos reveses, os holandeses já
desanimavam, pensando em retirar-se, quando para eles se passa o mameluco Domingos
Fernandes Calabar, de Porto Calvo.[26] Grande conhecedor do terreno, orientou os
holandeses em uma nova expedição a Alagoas.[26] Os invasores aportaram à Barra
Grande, de onde passaram a vários pontos, sempre com bom êxito.[22] Em Santa Luzia do
Norte, a população, prevenida, ofereceu resistência.[27] Após encarniçada peleja,
os holandeses recuaram e retornaram a Recife. Mas, caindo em seu poder o arraial do
Bom Jesus, entre Recife e Olinda, obtiveram várias vitórias.[22]
Alagoas, Penedo e Porto Calvo: eis os pontos principais onde se trava a luta em terras
alagoanas.[22] Por fim, os portugueses retomaram Porto Calvo e aprisionaram Calabar, que
morreu na forca em 1635.[26] Clara Camarão, uma porto-calvense de sangue indígena,
também se salientou na luta contra os holandeses.[28] Acompanhou o marido, o índio Filipe
Camarão, em quase todos os lances e arregimentou outras mulheres, tomando-lhes a
frente.[22]
Por volta de 1641, afirmava um chefe holandês estar quase despovoada a região.[29] João
Maurício de Nassau pensou em repovoá-la,[29] mas o projeto não foi adiante. Na época
também se produzia fumo em Alagoas, considerado de excelente qualidade o de Barra
Grande.[22] Em 1645, a população participou da reação nacionalista, integrando-se na luta
sob o comando de Cristóvão Lins, neto e homônimo do primeiro povoador de Porto Calvo.
Expulsos os holandeses do território alagoano, em setembro de 1645,[30] prossegue a
população em sua luta contra eles, já agora, todavia, em território pernambucano.[22]
Em fins do século XVII, intensificam-se as lutas contra os quilombos negros reunidos
nos Palmares.[31] Frustradas as primeiras tentativas de Domingos Jorge Velho, sobretudo
em 1692,[32] dois anos depois o quilombo é derrotado,[33]com o ataque simultâneo de três
colunas: uma, dos paulistas de Domingos Jorge; outra, de pernambucanos, sob o
comando de Bernardo Vieira de Melo; e a terceira, de alagoanos, comandados por
Sebastião Dias.[22] Palmarescomeçara a formar-se ainda nos fins do século XVI, e resistiu a
sucessivos ataques durante quase um século.[34]
O Quilombo dos Palmares, criado em terras do atual município de União dos Palmares em Alagoas,
é considerado o berço da capoeira.[35]
D. João VI de Portugal
Três anos depois, em 1819, novo recenseamento acusou uma população de 111 973
pessoas.[41] Contavam-se, então, na província, oito vilas.[41] Alagoas já se
constituíra capitania independente da de Pernambuco, criada pelo alvará de 16 de
setembro de 1817.[46] A repercussão da Revolução Pernambucana desse ano contribuiu
para facilitar o processo de emancipação. O ouvidor Batalha foi o principal mentor da
gente alagoana. Aproveitando-se da situação e infringindo as próprias leis régias,
desmembrou a comarca da jurisdição de Pernambuco e nela constituiu um governo
provisório. Esses atos foram suficientes para abrir caminhos que levaram D. João a
sancionar o desmembramento.[41] Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, governador
nomeado, só assumiu o governo a 22 de janeiro de 1819.[47]
Acentuou-se, a partir de então, o surto de prosperidade de Alagoas.[41] Em 17 de agosto de
1831, apareceu o Íris Alagoense, primeiro jornal publicado na província, assim considerada
a partir da independência do Brasil e organização do império.[48] É certo que os primeiros
anos de independência não foram fáceis. Uma sequência de movimentos abalou a vida
provincial: em 1824, a Confederação do Equador; em 1832-1835, a Cabanada; em 1844, a
rebelião conhecida como Lisos e Cabeludos; em 1849, a repercussão da revolução
praieira.[41]
Em 1839, a capital, então situada na velha cidade das Alagoas, foi transferida para a vila
de Maceió, localizada à beira-mar, no caminho entre o norte, o centro e
o sul da província.[49] No processo de mudança defrontaram-se as duas facções políticas
mais importantes, uma chefiada pelo mais tarde visconde de Sinimbu, outra pelo
juiz Tavares Bastos,[41] pai do futuro pensador Tavares Bastos, nascido, aliás, nesse ano
de 1839.[50] Naquele momento, a província possuía oito vilas. Desde 1835 funcionava
a assembleia provincial.[41]
No governo da província, sucediam-se os presidentes nomeados pelo imperador, nem
sempre interessados pelos destinos da terra, outras vezes envolvidos por lutas partidárias.
A província, contudo, progredia.[41] No campo da economia, vale salientar a fundação, em
1857, da primeira fábrica alagoana de tecidos, a Companhia União Mercantil, no distrito
de Fernão Velho.[51] Idealizou-a o barão de Jaraguá, contribuindo dessa forma para o
fomento da economia regional.[41] Trinta anos mais tarde, fundou-se a Companhia
Alagoana de Fiação e Tecidos, que em 15 de outubro de 1888 se instalou em Rio
Largo.[52] Seguiu-se a esta, em 30 de setembro de 1892, a fundação da Companhia
Progresso Alagoano, em Cachoeira.[51] Dessa atividade têxtil surgiram, com grande
prestígio nacional, as toalhas da Alagoana.[41]
O ensino recebeu incentivo com a instalação em 1849, do Liceu Alagoano, destinado
ao nível médio; é hoje o Colégio Estadual de Alagoas.[51] O ensino primário, já beneficiado
em 1864 pelo estabelecimento de uma escola normal, hoje funcionando sob a
denominação de Instituto de Educação, recebeu expressivo impulso com a criação de
novas escolas.[41] Com a fundação, em 1869, do Instituto Arqueológico e Geográfico
Alagoano, hoje Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas,[53] desenvolveram-se
os estudos históricos e geográficos.[41] Do final do império ao início da república,
incrementou-se o movimento para a construção de engenhos centrais e aperfeiçoamento
técnico da fabricação de açúcar, o que iria dar origem às usinas, a primeira delas
constituída, todavia, já no período republicano.[54]
Os movimentos abolicionista e republicano dos últimos anos da monarquia atingiriam
a província, o primeiro deles através da Sociedade Libertadora Alagoana[54] e dos
jornais Gutenberg e Lincoln.[55] A campanha abolicionista mobilizou
a intelectualidade alagoana, sem entretanto chegar aos excessos
da violência. Professores e jornalistas atraíram a mocidade para a campanha, e após
a abolição, em 1888, foi um mestre como Francisco Domingues da Silva que teve a
iniciativa da criação de um instituto de ensino profissional, destinado aos filhos dos ex-
escravos.[54]
Até 1930, o Partido Democrata manteve a situação, através dos governadores que
sucederam a Clodoaldo. Cada um deles deu uma contribuição para o progresso do estado.
Abriram-se estradas de rodagem em direção ao norte e ao centro, e posteriormente o
trecho de Atalaia e a Palmeira dos Índios, estrada de penetração para a zona sertaneja;
construíram-se grupos escolares em quase todos os municípios; Maceió renovou-se com a
abertura de ruase avenidas; combateu-se a criminalidade, principalmente com o
movimento contra o banditismo, que culminaria, em 1938, com o extermínio do grupo
de Lampião; promoveram-se pesquisas petrolíferas. As sucessões políticas praticamente
se fizeram sem luta, pois quase sempre predominava o candidato único, oriundo do
Partido Democrata.[57]
Com a vitória da revolução de outubro de 1930, também sem luta armada no estado,
iniciou-se o sistema de interventores (com breve interrupção entre 1935 e 1937) até 1947,
quando a redemocratização do país propiciou a promulgação de uma
nova constituição para o estado. O chamado período das interventorias foi igualmente
fecundo, malgrado a falta de continuidade nas administrações, quase sempre de curtos
períodos. Nesse período, entre outros fatos marcantes destacaram-se os trabalhos de
pesquisa do petróleo;[57] a construção do porto de Maceió, inaugurado em 1940;[58] o
incremento das atividades econômicas, sobretudo com a diversificação da produção
agrícola e a implantação da indústria leiteira em Jacaré dos Homens, constituindo-se a
cooperativa de laticínios para a produção de leite, manteiga e queijo; o incremento do
ensino rural e a ampliação do cooperativismo. Tal desenvolvimento possibilitou que, no
período da segunda guerra mundial, Alagoas contribuísse, de maneira efetiva, para o
abastecimento de estados vizinhos, sem prejuízo de sua colaboração para o esforço de
guerra. Constituiu-se, com a criação da usina Caeté, a primeira cooperativa de plantadores
de cana.[57]
As atividades intelectuais também se desenvolveram, não apenas com o Instituto
Histórico, mas ainda com a criação da Academia Alagoana de Letras, em 1919,[59] e a
formação de centros literários de jovens como a Academia dos Dez Unidos, o Cenáculo
Alagoano de Letras e o Grêmio Literário Guimarães Passos.[57] Em 1931, fundou-se a
Faculdade de Direito,[60] e em 1954 a Faculdade de Ciências Econômicas.[61] Depois essas
duas faculdades, e mais as de odontologia, medicina, engenharia e serviço social uniram-
se para formar a Universidade Federal de Alagoas.[57]
As lutas políticas estaduais ganharam força na década de 1950. Quando da tentativa de
impeachment do governador Muniz Falcão, em 1957, um tiroteio na assembleia
legislativa causou a morte do deputado Humberto Mendes, sogro do governador. E em
toda a segunda metade do século XX manteve-se a tensão política, enquanto os ganhos
oriundos do sal-gema, do açúcar e do petróleo não beneficiavam a população.[57]
Em 1979, o ex-governador Arnon de Melo, então senador, conseguiu do governo militar a
nomeação de seu filho Fernando Afonso Collor de Melo, para prefeito de Maceió.[62] Em
1988, um acordo entre Collor, já então governador, e as usinas de açúcar e álcool,
principais contribuintes do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços no estado,
permitiu que estas reduzissem sua carga tributária.[57] A queda de receita agravou a
histórica crise social e econômica do estado e gerou um quadro falimentar que levou o
governo federal a uma intervenção não-oficial em 1997.[63] Depois de nomeado um novo
secretário de Fazenda, o governador Divaldo Suruagy se afastou, cedendo o posto
ao vice-governador.[63]
Praia do gunga
A divisão mais atual é com base na divisão de Jurandir. L. S. Ross, feita para o Brasil.
Essa divisão transforma boa parte do planalto em depressões e a região banhada pelo
São Francisco é classificada como terras baixas Sanfranciscana. Na porção oeste do
estado, destaca-se o Pediplano do Baixo São Francisco, uma região marcada tanto por
depressões como por maiores altitudes. Na microrregião do Sertão do São Francisco, por
exemplo, é possível encontrar vales de paredes abruptas (cânions) e terrenos com fortes
desníveis (serras). Enquanto isso, no extremo oeste, mais precisamente na microrregião
da Serra do São Francisco, encontram-se os pediplanos mais ondulados. Constituídos por
embasamentos cristalinos (gnaisses, granitos, xistos), sua formação data do período Pré-
Cambriano. É nesta porção do território que está situado o ponto mais alto de Alagoas, a
Serra da Onça, no município de Mata Grande. Sua altitude é de 1016 metros.
Rio Bálsamo
Rio Camarajibe
Rio Capiá
Rio Coruripe
Rio Inhaúma
Rio Ipanema
Rio Jacuípe
Rio Manguaba
Rio Marituba
Rio Moxotó
Rio Mundaú
Rio Paraíba do Meio
Rio Paraibinha
Rio Porongaba
Rio Santo Antônio Grande
Rio São Francisco
Rio São Miguel
Rio Traipu
Brancos 36%
Negros 3%
Pardos 59%
Ano Habitantes
1872 348 009
1890 511 440
1900 649 273
1920 978 748
1940 951 300
1950 1 093 137
1960 1 258 107
1970 1 588 109
1980 1 982 591
1991 2 512 991
1996 2 633 251
2000 2 819 172
2007 3 037 103
2010 3 120 922
2013 3 300 938
Fontes: Barsa Planeta Ltda e IBGE[83]
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Municípios mais populosos de Alagoas
(estimativa 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[84]
Aconã
Carapotó
Kariri-Xocó
Caruazu
Catokinn
Jeripancó
Kalankó
Koiupanká
Tingui-botó
Uassu-cocal
Xukuru-Kariri
Religiões[editar | editar código-fonte]
Religiõ
Afro- Outr Sem
Católic Evangélicos/Protes Espírit es
Estado brasile as Religi
os (%) tantes (%) as (%) asiátic
ira (%) (%) ão (%)
as (%)
Alag
72,2% 15,9% 0,5% 0,1% 1,5% 9,7% 0,1%
oas
Além disso, o Estado possui 13.454 Testemunhas de Jeová no Estado, 0,43% da
população.
Fonte: IBGE, Censo 2010.[85]
Maceió 270001 13
Porto Calvo-
São Luís do 270002 13
Quitunde
Penedo 270003 7
Maceió 2701 52
São Miguel
270004 6
dos Campos
União dos
270005 6
Palmares
Atalaia 270006 7
Palmeira dos
270008 9
Índios
Delmiro
270009 7
Gouveia
Santana do
270010 9
Ipanema
Pão de
Açúcar-Olho
d'Água das 270011 8
Flores-
Batalha
Praia do gunga
Galés de Maragogi.
Exportações de Alagoas - (2012)[88]
VLT de Maceió
Ipioca em Alagoas
Praia do Toque em noite de lua cheia, Alagoas, Brasil.
Jorge de Lima.