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I Consulta
II Resposta
Note-se, pois, que o citado diploma legal condiciona a validade jurídica dos
documentos de engenharia à assinatura de profissional habilitado, ou seja, o engenheiro.
Assim, de acordo com os meandros legais, ao que nos parece, a assinatura da proposta
pelo engenheiro é condição de validade da mesma.
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Cabe ressaltar que responsável técnico é o cidadão habilitado, na forma da lei que regulamentou
sua profissão, ao qual é conferida atribuição para exercer responsabilidade técnica de um empreendimento.
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“Art. 1º - É obrigatória a menção do título profissional e número da Carteira Profissional em todos
os trabalhos gráficos que envolvam conhecimentos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, afins e
correlatos, de caráter técnico-científico a seguir discriminados: I - publicações, inclusive em diários e
periódicos de divulgação específica ou ordinária; II - livros, monografias, artigos e outros documentos
relativos à matéria de ensino; III - laudos e/ou pareceres referentes a avaliações, vistorias, consultorias,
auditorias e perícias judiciais ou extrajudiciais; IV - orçamentos e especificações para quaisquer fins; V -
laudos, atestados, certificados, resultados ou relatórios relativos à fiscalização de obras ou serviços, ensaios,
análises, experimentos, pesquisas, prospecções, padronizações, mensurações e controle de qualidade,
receituário técnico; VI - planejamentos, programas, planos, anteprojetos e projetos; VII - pareceres sobre
estudos de previabilidade e de viabilidade técnico-econômica; VIII - documentos de caráter técnico que
integrem processos licitatórios; IX - anúncios publicitários relativos à oferta de trabalhos técnicos de
profissionais, em órgãos de divulgação ou qualquer tipo de propaganda; X - outros trabalhos técnicos não
especificados nos itens anteriores.” Disponível em:
<http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=330&idTipoEmenta=5&Numero=>.
Acesso em: 15/07/15.
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TCU. Acórdão 2.606/07. Órgão Julgador: Segunda Câmara. Relator: Ministro Aroldo Cedraz. DOU:
27/09/07.
financeiro não sofrem qualquer questionamento quanto a sua fidedignidade, ferindo o objetivo
do certame a desclassificação de licitante por mera aposição de rubrica no lugar de
assinatura. Recurso ordinário da Encop Engenharia, sustentando que as rubricas do
responsável técnico não foram reconhecidas em cartório, que o processo licitatório deve
obedecer à forma estreita e rigorosa traçada pelo edital e que a Lei Federal nº 5.194/66, que
regula o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, prevê a
assinatura e o número do registro do profissional, nos orçamentos que este apresentar.
Contra-razões do Estado do Rio Grande do Sul e da SD Consultoria pugnando pelo
improvimento do recurso. Pareceres dos Ministérios Públicos Estadual e Federal pelo
improvimento do recurso ordinário.
2. Mera particularidade formal na composição de documento, sequer classificada
como irregularidade, não possui o condão de prejudicar os pressupostos de
legalidade do ato administrativo praticado, dentre os quais cite-se a
impessoalidade, moralidade, publicidade e transparência.
3. Na espécie, restou sobejamente evidenciado que a aposição de rubrica e não de assinatura
do perito, no trabalho técnico produzido, não resultou em qualquer irregularidade no certame
licitatório, posto que ausente qualquer mácula nos procedimentos substanciais praticado pela
Administração Pública4 (sem grifos no original).
Ressalte-se, uma vez mais que a matéria é assaz controvertida, razão pela qual
resta prejudicada a possibilidade de um posicionamento terminativo sobre a matéria.
Contudo, ao que parece a Lei 5.194/66 deve ser observada (especialmente se já expressa
no presente instrumento convocatório).
Sem embargo do exposto, considerada a peculiaridade da questão e a carência de
posicionamentos doutrinários sobre a matéria, recomenda-se que seja realizado consulta
junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) local, com vistas a obter
um mais sólido embasamento teórico, bem como ao próprio TCU para seguir suas atuais
orientações sobre o tema.
Salvo melhor juízo, considerados os elementos fáticos fornecidos pela Consulente,
esse é o entendimento da Orientação Jurídica Negócios Públicos.
Curitiba, 15 de julho de 2015.
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RMS 18254/RS. Órgão Julgador: Primeira Turma. Relator: Ministro José Delgado. DOU: 27/06/05.