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Sermão do Monte

*** it-2 p. 552 Jesus Cristo ***

*** cf cap. 5 p. 46 “Todos os tesouros da sabedoria” ***


O discurso que Jesus fez naquele dia ficou conhecido como Sermão do Monte. Está registrado em Mateus 5:3–7:27,
contém 107 versículos e, provavelmente, levaria apenas cerca de 20 minutos para ser proferido.
5 Quando ele viu as multidões, subiu ao monte e, depois de se sentar, chegaram-se a ele os seus discípulos.
2
Então ele abriu a boca e começou a ensiná-los,
Jesus, porém, profere seu sermão visando beneficiar principalmente seus discípulos, que provavelmente estão
reunidos mais perto dele. Mas, para que nós também nos beneficiemos, tanto Mateus como Lucas o registraram.
As multidões ficaram “assombradas com o seu modo de ensinar; pois ele as ensinava como quem tinha
autoridade, e não como seus escribas”. (Mt 5:1,2;7:28, 29)

*** ct cap. 9 p. 152 Um Grande Instrutor nos revela mais a respeito do Criador ***

O sermão de inigualável grandeza

Por que não ler esse discurso relativamente curto, mas fascinante? Ele se acha em Mateus, capítulos 5 a 7, e em
Lucas 6:20-49. Apresentamos aqui alguns dos pontos altos desse sermão de inigualável grandeza:
Como ser feliz — Mateus 5:3-12; Lucas 6:20-23.
Mateus 5:3-12
3
“Felizes os que têm consciência de sua necessidade espiritual, porque a eles pertence o Reino dos céus.
4
“Felizes os que choram, porque serão consolados.
5
“Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.
6
“Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7
“Felizes os misericordiosos, porque serão tratados com misericórdia.
8
“Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
9
“Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
10
“Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque a eles pertence o Reino dos céus.
“Felizes são vocês quando as pessoas os insultam e perseguem, e, mentindo, dizem todo tipo de coisas más
11

contra vocês, por minha causa. 12 Alegrem-se e fiquem cheios de alegria, porque a sua recompensa é grande nos
céus; pois assim perseguiram os profetas antes de vocês.
Lucas 6:20-23.
20
E ele ergueu os olhos para os seus discípulos e disse:
“Felizes são vocês, pobres, pois o Reino de Deus é de vocês.
21
“Felizes são vocês que agora têm fome, pois serão saciados.
“Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir.
“Felizes serão vocês sempre que os homens os odiarem, e sempre que os excluírem, os insultarem e
22

declararem maldito o seu nome, por causa do Filho do Homem. 23 Alegrem-se quando isso acontecer e pulem de
alegria, porque a sua recompensa é grande no céu, pois essas são as mesmas coisas que os antepassados deles
faziam aos profetas.

Como manter o amor-próprio — Mateus 5:14-16, 37; 6:2-4, 16-18; Lucas 6:43-45.

Mateus 5:14-16, 37
14
“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. 15 As pessoas acendem
uma lâmpada e a colocam, não debaixo de um cesto, mas em cima de um suporte, e ela brilha sobre todos na casa.
16
Do mesmo modo, deixem brilhar sua luz perante os homens, para que vejam suas boas obras e deem glória ao
seu Pai, que está nos céus.
37
Deixem simplesmente que a sua palavra “sim” signifique sim, e o seu “não”, não; pois tudo o que for além disso é
do Maligno.
Mateus 6:2-4, 16-18
2
Portanto, quando você der algo a um pobre, não toque a trombeta diante de si, como fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas para serem glorificados pelos homens. Digo a vocês a verdade: Eles já têm plenamente a sua
recompensa. 3 Mas, quando você der algo a um pobre, não deixe a sua mão esquerda saber o que a direita está
fazendo, 4 para que suas dádivas fiquem em segredo. Então o seu Pai, que observa em secreto, o recompensará.
16
“Quando jejuarem, parem de ficar com o rosto triste, como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto
para que os homens vejam que estão jejuando. Digo a vocês a verdade: Eles já têm plenamente a sua recompensa.
17
Mas você, quando jejuar, ponha óleo sobre a cabeça e lave o rosto, 18 para que os homens não vejam que você
está jejuando, mas somente o seu Pai, que está em secreto. Então o seu Pai, que observa em secreto, o
recompensará.

Lucas 6:43-45
43
“Pois nenhuma árvore boa produz fruto ruim, e nenhuma árvore ruim produz fruto bom. 44 Pois toda árvore é
conhecida pelo seu próprio fruto. Por exemplo, não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de uma planta
espinhosa. 45 O homem bom tira o que é bom do bom tesouro do seu coração, mas o homem mau tira o que é mau
do seu mau tesouro; pois a sua boca fala do que o coração está cheio.

Como melhorar as relações com outros — Mateus 5:22-26, 38-48; 7:1-5, 12; Lucas 6:27-38, 41, 42.

Mateus 5:22-26, 38-48


22
No entanto, eu lhes digo que todo aquele que continuar irado com seu irmão terá de prestar contas ao tribunal
de justiça; e quem se dirigir a seu irmão com uma palavra imprópria de desprezo terá de prestar contas ao Supremo
Tribunal; ao passo que quem disser: ‘Tolo imprestável!’ estará sujeito à Geena ardente.
23
“Então, se você levar a sua dádiva ao altar e ali se lembrar de que o seu irmão tem algo contra você, 24 deixe a
sua dádiva ali na frente do altar e vá. Faça primeiro as pazes com o seu irmão, então volte e ofereça a sua dádiva.
“Resolva rapidamente as questões com seu adversário, enquanto está com ele a caminho do tribunal, para não
25

acontecer que o adversário o entregue ao juiz, e o juiz ao oficial de justiça, e você seja lançado na prisão. 26 Eu lhe
digo categoricamente: Você de modo algum sairá de lá até pagar a sua última pequena moeda.
“Vocês ouviram que se disse: ‘Olho por olho e dente por dente.’ 39 No entanto, eu lhes digo: Não resistam
38

àquele que é mau, mas a quem lhe der uma bofetada na face direita, ofereça também a outra. 40 E, se alguém quiser
levá-lo perante o tribunal para tomar a sua túnica, deixe-o ficar também com a sua capa. 41 E, se alguém em
autoridade o obrigar a prestar serviço por uma milha, vá com ele duas milhas. 42 Dê a quem lhe pede e não se desvie
de quem deseja tomar emprestado de você.
“Vocês ouviram que se disse: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo.’ 44 No entanto, eu lhes digo:
43

Continuem a amar os seus inimigos e a orar pelos que perseguem vocês, 45 para que vocês mostrem ser filhos de
seu Pai, que está nos céus, visto que ele faz o seu sol se levantar sobre os maus e sobre os bons, e faz chover sobre
os justos e sobre os injustos. 46 Pois, se vocês amarem aos que os amam, que recompensa terão? Não fazem a
mesma coisa os cobradores de impostos? 47 E, se cumprimentarem somente os seus irmãos, o que fazem de
extraordinário? Não fazem a mesma coisa as pessoas das nações? 48 Portanto, sejam perfeitos, assim como o seu
Pai celestial é perfeito.

Mateus 7:1-5, 12

7 “Parem de julgar, para que não sejam julgados; 2 pois, com o julgamento com que julgam, vocês serão julgados, e
com a medida com que medem, medirão a vocês. 3 Então, por que você olha para o cisco no olho do seu irmão, mas
não percebe que há uma trave no seu próprio olho? 4 Ou, como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco
do seu olho’, quando há uma trave no seu próprio olho? 5 Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu próprio olho e depois
verá claramente como tirar o cisco do olho do seu irmão.
12
“Portanto, todas as coisas que querem que os homens façam a vocês, façam também a eles. De fato, isso é o que
a Lei e os Profetas querem dizer.
Lucas 6:27-38, 41, 42

27
“Mas eu digo a vocês que estão escutando: Continuem a amar os seus inimigos, a fazer o bem aos que odeiam
vocês, 28 a abençoar os que os amaldiçoam, a orar pelos que os insultam. 29 Àquele que lhe bater numa face, ofereça
também a outra; e a quem lhe tirar a capa, não impeça de levar também a túnica. 30 Dê a todo aquele que lhe pedir e,
se alguém lhe tirar o que é seu, não peça isso de volta.
31
“Também, assim como querem que os homens façam a vocês, façam do mesmo modo a eles.
32
“Se amarem aos que os amam, que mérito há nisso para vocês? Pois até mesmo os pecadores amam aos que
os amam. 33 E, se fizerem o bem aos que lhes fazem o bem, que mérito há nisso para vocês? Até os pecadores
fazem o mesmo. 34 Também, se emprestarem àqueles de quem esperam restituição, que mérito há nisso para
vocês? Até mesmo pecadores emprestam a pecadores, para receberem de volta o mesmo. 35 Ao contrário,
continuem a amar os seus inimigos, a fazer o bem e a emprestar sem esperar nada de volta; e a sua recompensa
será grande, e vocês serão filhos do Altíssimo, pois ele é bondoso com os ingratos e maus. 36 Sejam sempre
misericordiosos, assim como o seu Pai é misericordioso.
37
“Além disso, parem de julgar, e de modo algum serão julgados; e parem de condenar, e de modo algum serão
condenados. Continuem a perdoar, e serão perdoados. 38 Pratiquem o dar, e lhes será dado. Derramarão na dobra
da sua roupa uma boa medida, comprimida, sacudida e transbordante. Pois, com a medida com que vocês medem,
medirão a vocês em troca.”

Como diminuir os problemas maritais — Mateus 5:27-32.

Mateus 5:27-32

27
“Vocês ouviram que se disse: ‘Não cometa adultério.’ 28 Mas eu lhes digo que todo aquele que persiste em olhar
para uma mulher, a ponto de sentir paixão por ela, já cometeu no coração adultério com ela. 29 Então, se seu olho
direito o faz tropeçar, arranque-o e lance-o para longe de você. Porque é melhor que você perca um dos seus
membros do que todo o seu corpo ser lançado na Geena. 30 Também, se a sua mão direita o faz tropeçar, corte-a e
lance-a para longe de você. Porque é melhor que você perca um dos seus membros do que todo o seu corpo acabar
na Geena.
31
“Além disso, foi dito: ‘Quem se divorcia da sua esposa dê a ela um certificado de divórcio.’ 32 No entanto, eu
lhes digo que todo aquele que se divorcia da sua esposa, a não ser por causa de imoralidade sexual, a expõe ao
adultério, e quem se casa com uma mulher divorciada comete adultério.

Como lidar com a ansiedade — Mateus 6:25-34.

Mateus 6:25-34

25
“Por essa razão, eu lhes digo: Parem de se preocupar tanto com a sua vida, quanto ao que comer ou quanto ao
que beber, e com o seu corpo, quanto ao que vestir. Não significa a vida mais do que o alimento e o corpo mais do
que a roupa? 26 Observem atentamente as aves do céu; elas não semeiam nem colhem, nem ajuntam em celeiros,
contudo o Pai de vocês, que está nos céus, as alimenta. Será que vocês não valem mais do que elas? 27 Quem de
vocês, por estar ansioso, pode acrescentar um só côvado à duração da sua vida? 28 Também, com respeito à roupa,
por que estão ansiosos? Aprendam uma lição dos lírios do campo, de como eles crescem; não trabalham nem fiam.
29
Mas eu lhes digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestia como um deles. 30 Então, se Deus
veste assim a vegetação do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vestirá ele ainda mais a
vocês, homens de pouca fé? 31 Portanto, nunca fiquem ansiosos, dizendo: ‘O que vamos comer?’ ou: ‘O que vamos
beber?’ ou: ‘O que vamos vestir?’ 32 Pois todas essas são as coisas pelas quais as nações se empenham
ansiosamente. O seu Pai celestial sabe que vocês necessitam de todas essas coisas.
33
“Persistam, então, em buscar primeiro o Reino e a justiça de Deus, e todas essas outras coisas lhes serão
acrescentadas. 34 Portanto, nunca fiquem ansiosos por causa do amanhã, pois o amanhã terá suas próprias
ansiedades. Bastam a cada dia suas próprias dificuldades.
Como reconhecer a fraude religiosa — Mateus 6:5-8, 16-18; 7:15-23.

Mateus 6:5-8, 16-18


5
“Também, quando orarem, não ajam como os hipócritas, pois eles gostam de orar em pé nas sinagogas e nas
esquinas das ruas principais, para serem vistos pelos homens. Digo a vocês a verdade: Eles já têm plenamente a
sua recompensa. 6 Mas, quando você orar, entre no seu aposento reservado e, depois de fechar a porta, ore a seu
Pai, que está em secreto. Então o seu Pai, que observa em secreto, o recompensará. 7 Quando orar, não diga as
mesmas coisas vez após vez, como fazem as pessoas das nações, pois imaginam que serão ouvidas por usarem
muitas palavras. 8 Não sejam como elas, porque o seu Pai sabe do que vocês necessitam, antes mesmo de lhe
pedirem.
16
“Quando jejuarem, parem de ficar com o rosto triste, como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto
para que os homens vejam que estão jejuando. Digo a vocês a verdade: Eles já têm plenamente a sua recompensa.
17
Mas você, quando jejuar, ponha óleo sobre a cabeça e lave o rosto, 18 para que os homens não vejam que você
está jejuando, mas somente o seu Pai, que está em secreto. Então o seu Pai, que observa em secreto, o
recompensará.

Mateus 7:15-23

“Tomem cuidado com os falsos profetas, que se chegam a vocês em pele de ovelha, mas que por dentro são
15

lobos vorazes. 16 Pelos seus frutos vocês os reconhecerão. Será que se colhem uvas dos espinheiros ou figos dos
abrolhos? 17 Do mesmo modo, toda árvore boa produz fruto bom, mas toda árvore ruim produz fruto imprestável. 18 A
árvore boa não pode dar fruto imprestável, nem pode a árvore ruim produzir fruto bom. 19 Toda árvore que não
produz fruto bom é cortada e lançada no fogo. 20 Realmente, então, pelos seus frutos vocês reconhecerão esses
homens.
21
“Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que fizer a
vontade do meu Pai, que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em seu
nome, não expulsamos demônios em seu nome e não fizemos muitas obras poderosas em seu nome?’ 23 Mas eu
lhes declararei, então: ‘Nunca os conheci! Afastem-se de mim, vocês que fazem o que é contra a lei!’

Como encontrar o sentido da vida — Mateus 6:9-13, 19-24, 33,34; 7:7-11, 13, 14, 24-27; Lucas 6:46-49.

Mateus 6:9-13, 19-24, 33,34


9
“Portanto, orem do seguinte modo:
“‘Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. 10 Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, como
no céu, assim também na terra. 11 Dá-nos hoje o nosso pão para este dia; 12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim
como nós também perdoamos os nossos devedores. 13 E não nos leves à tentação, mas livra-nos do Maligno.’
19
“Parem de acumular para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, e onde ladrões
arrombam e furtam. 20 Em vez disso, acumulem para vocês tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem
consomem, e onde ladrões não arrombam nem furtam. 21 Pois onde estiver o seu tesouro, ali estará também o seu
coração.
22
“A lâmpada do corpo é o olho. Então, se o seu olho for focado, todo o seu corpo será luminoso. 23 Mas, se o seu
olho for invejoso, todo o seu corpo será escuro. Se a luz que há em você na realidade é escuridão, como é grande
essa escuridão!
“Ninguém pode ser escravo de dois senhores; pois ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e
24

desprezará o outro. Vocês não podem ser escravos de Deus e das Riquezas.
“Persistam, então, em buscar primeiro o Reino e a justiça de Deus, e todas essas outras coisas lhes serão
33

acrescentadas.
34
Portanto, nunca fiquem ansiosos por causa do amanhã, pois o amanhã terá suas próprias ansiedades. Bastam
a cada dia suas próprias dificuldades.
Mateus 7:7-11, 13, 14, 24-27
7
“Persistam em pedir, e lhes será dado; persistam em buscar, e acharão; persistam em bater, e lhes será aberto;
8
pois todo aquele que pede, recebe; e todo aquele que busca, acha; e a todo aquele que bate, se abrirá.
9
Realmente, quem de vocês, se o seu filho lhe pedir pão, lhe entregará uma pedra? 10 Ou, se lhe pedir um peixe, lhe
entregará uma serpente? 11 Portanto, se vocês, embora maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o
seu Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem!
13
“Entrem pelo portão estreito, porque largo é o portão e espaçosa é a estrada que conduz à destruição, e muitos
entram por ele; 14 ao passo que estreito é o portão e apertada a estrada que conduz à vida, e poucos a acham.
24
“Portanto, todo aquele que ouve essas minhas palavras e as pratica será como um homem prudente, que construiu
sua casa sobre a rocha. 25 E caiu a chuva, vieram as inundações, e os ventos sopraram com força contra aquela
casa, mas ela não desmoronou, pois tinha sido fundada sobre a rocha. 26 Além disso, todo aquele que ouve essas
minhas palavras e não as pratica será como um homem tolo, que construiu sua casa sobre a areia. 27 E caiu a chuva,
vieram as inundações, e os ventos sopraram e bateram contra aquela casa, e ela desmoronou, e foi grande a sua
queda.”

Lucas 6:46-49
46
“Então, por que vocês me chamam ‘Senhor! Senhor!’ mas não fazem o que eu digo? 47 Todo aquele que vem a
mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu mostrarei a vocês a quem ele é semelhante: 48 Ele é como um
homem que, ao construir uma casa, cavou bem fundo e lançou o alicerce sobre a rocha. Assim, quando veio uma
inundação, o rio bateu com força contra aquela casa, mas não foi bastante forte para abalá-la, por ela ter sido bem
construída. 49 Por outro lado, quem ouve e não faz nada é semelhante a um homem que construiu uma casa no solo,
sem alicerce. O rio se lançou contra ela e ela desmoronou imediatamente, e foi grande a ruína daquela casa.”

Jesus - Um Homem de Ação

Jesus Cristo não era um recluso passivo. Era um homem de ação, decidido. Viajava às “aldeias num circuito,
ensinando”, ajudando pessoas “esfoladas e empurradas dum lado para outro como ovelhas sem pastor”. (Marcos 6:6;
Mateus 9:36; Lucas 8:1) Diferentemente de muitos líderes religiosos ricos da atualidade, Jesus não acumulou
riquezas; ele não tinha “onde deitar a cabeça”. — Mateus 8:20.
Embora concentrasse seus esforços em prover cura e alimento espirituais, Jesus não ignorava as necessidades
físicas das pessoas. Curava os doentes, os deficientes e os possessos por demônios. (Marcos 1:32-34) Em duas
ocasiões alimentou milhares de ouvintes atentos, porque sentiu pena deles. (Marcos 6:35-44; 8:1-8) Era sua
preocupação pelas pessoas que o motivava a realizar milagres. — Marcos 1:40-42.
Jesus agiu decisivamente ao limpar o templo de mercadores gananciosos. Os que o observavam lembraram-se das
palavras do salmista: “O zelo da tua casa me devorará.” (João 2:14-17) Ele não poupou palavras ao condenar líderes
religiosos hipócritas. (Mateus 23:1-39) Nem se deixou pressionar por políticos importantes. — Mateus 26:59-64; João
18:33-37.
Achará emocionante ler o relato sobre o ministério dinâmico de Jesus. Muitos que o fazem pela primeira vez
começam com o relato curto, porém dinâmico, de Marcos a respeito desse homem de ação.

*** si p. 189 par. 16 Livro bíblico número 42 — Lucas ***


16
Depois de passar a noite inteira orando a Deus, Jesus escolhe os 12 apóstolos de entre seus discípulos.
Seguem-se mais obras de cura. Daí, ele profere o sermão registrado em Lucas 6:20-49, que corresponde, em forma
abreviada, ao Sermão do Monte, em Mateus capítulos 5 a 7. Jesus traça o contraste: “Felizes sois vós, pobres,
porque vosso é o reino de Deus. Mas, ai de vós ricos, porque já tendes plenamente a vossa consolação.” (6:20, 24)
Ele admoesta seus ouvintes a amar seus inimigos, a serem misericordiosos, a praticar o dar, e a trazer para fora o
que é bom do bom tesouro do coração

*** w03 15/6 p. 6 Jesus Cristo — a evidência de que ele esteve na terra ***
Considere as seguintes palavras concisas e práticas encontradas no Sermão do Monte: “A quem te esbofetear a
face direita, oferece-lhe também a outra.” “Tomai muito cuidado em não praticardes a vossa justiça diante dos
homens.” “Nunca estejais ansiosos quanto ao dia seguinte, pois o dia seguinte terá as suas próprias ansiedades.”
“Não . . . lanceis as vossas pérolas diante dos porcos.” “Persisti em pedir, e dar-se-vos-á.” “Todas as coisas . . . que
quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” “Entrai pelo portão
estreito.” “Pelos seus frutos os reconhecereis.” “Toda árvore boa produz fruto excelente.” — Mateus 5:39; 6:1, 34; 7:6,
7, 12, 13, 16, 17.
Sem dúvida, já ouviu algumas dessas expressões ou algo parecido. Talvez se tenham tornado provérbios na sua
língua. Todas elas são do Sermão do Monte. A influência exercida por esse sermão sobre muitos povos e culturas
confirma eloqüentemente a existência do “grande instrutor”.
*** w08 15/2 pp. 31-32 Formandos de Gileade são incentivados a “começar a cavar” ***
O discurso principal do programa, feito por Geoffrey Jackson, também do Corpo Governante, teve o tema “Depois
de tudo tendo sido ouvido — o que fazer agora?”. O irmão Jackson, que serviu como missionário por quase 25 anos
no Pacífico Sul, analisou a conclusão do Sermão do Monte. Naquele discurso, Jesus falou de dois homens que
construíram casas, um deles discreto, ou precavido, e o outro, tolo. O orador destacou que as duas casas talvez
tenham sido construídas na mesma localidade. No entanto, o homem tolo construiu sem alicerce, na areia, ao passo
que o homem discreto cavou fundo até encontrar uma base de rocha sobre a qual construir. Quando veio uma forte
tempestade, a casa construída sobre a rocha ficou de pé, mas a construída sobre a areia desmoronou. — Mat. 7:24-
27; Luc. 6:48.
Jesus explicou que o homem tolo lembrava aqueles que não faziam nada mais do que ouvir Seus ensinos. O
homem sábio era comparável aos que ouviam a Jesus e agiam de acordo com as Suas palavras. O irmão Jackson
disse aos formandos: “Quando aplicarem no campo missionário o que aprenderam no estudo da Bíblia, vocês serão
como o homem discreto.” Em conclusão, ele incentivou os formandos a “começar a cavar” na sua designação
missionária.

*** w05 15/5 p. 32 Sobre que alicerce você está construindo? ***
Sobre que alicerce você está construindo?

A DURABILIDADE duma construção depende em grande parte da resistência da base ou do alicerce. A Bíblia usa
às vezes esse princípio em sentido figurativo.
Por exemplo, o profeta Isaías refere-se a Jeová Deus como aquele que “lançou o alicerce da terra”. (Isaías 51:13)
Esse alicerce consiste em imutáveis leis de Deus, que controlam o movimento da Terra e a mantêm no seu lugar.
(Salmo 104:5) A Palavra de Deus, a Bíblia, fala também dos “alicerces” em que a sociedade humana se baseia.
Estes são a justiça, a lei e a ordem. Quando esses são “derrubados”, ou minados, por meio de injustiça, corrupção e
violência, a ordem social desmorona. — Salmo 11:2-6; Provérbios 29:4.
Esse princípio tem também aplicação em base pessoal. No fim do seu famoso Sermão do Monte, Jesus Cristo
disse: “Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem discreto, que
construiu a sua casa sobre a rocha. E caiu a chuva, e vieram as inundações, e sopraram os ventos e açoitaram a
casa, mas ela não se desmoronou, pois tinha sido fundada na rocha. Além disso, todo aquele que ouve estas minhas
palavras e não as pratica será comparado a um homem tolo, que construiu a sua casa sobre a areia. E caiu a chuva,
e vieram as inundações, e sopraram os ventos e bateram contra aquela casa, e ela se desmoronou, e foi grande a
sua queda.” — Mateus 7:24-27.
Sobre que alicerce você está construindo sua vida? Sobre a areia instável da ímpia filosofia humana, que causará
um colapso estrutural? Ou está construindo sobre a rocha sólida da obediência às declarações de Jesus Cristo, que
o ajudará a enfrentar as tempestades figurativas da vida?
*** w08 15/5 Como devemos tratar os outros? ***
Como devemos tratar os outros?
“Assim como quereis que os homens façam a vós, fazei do mesmo modo a eles.” — LUC. 6:31.

JESUS CRISTO foi realmente o Grande Instrutor. Quando seus inimigos religiosos enviaram oficiais para prendê-
lo, estes voltaram de mãos vazias e disseram: “Nunca homem algum falou como este.” (João 7:32, 45, 46) Um dos
magistrais discursos de Jesus é o Sermão do Monte. Está registrado nos capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus, e
informações similares aparecem em Lucas 6:20-49.
2 Talvez a declaração mais famosa desse sermão seja a chamada Regra de Ouro. Ela diz respeito a como tratar

os outros. “Assim como quereis que os homens façam a vós, fazei do mesmo modo a eles”, disse Jesus. (Luc. 6:31)
E quantas coisas boas Jesus fez pelo povo! Curou doentes e até mesmo levantou os mortos. Mas as pessoas eram
especialmente beneficiadas quando aceitavam as boas novas que ele transmitia. (Leia Lucas 7:20-22.) Como
Testemunhas de Jeová, temos o prazer de participar numa similar obra de pregação do Reino. (Mat. 24:14; 28:19,
20) Neste artigo e no próximo, consideraremos o que Jesus disse a respeito dessa obra e outros pontos do Sermão
do Monte sobre como devemos tratar os outros.
Seja brando
3 Jesus disse: “Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.” (Mat. 5:5) Nas Escrituras, a

brandura nada tem a ver com fraqueza. Trata-se de mansidão ou cordialidade que exercemos em obediência aos
requisitos de Deus. Essa atitude se reflete em nossa conduta com relação aos nossos semelhantes. Por exemplo,
‘não retribuímos a ninguém mal por mal’. — Rom. 12:17-19.
4 Os de temperamento brando são felizes porque “herdarão a terra”. Jesus, que era de “temperamento brando e

humilde de coração”, é o ‘designado herdeiro de todas as coisas’ e, portanto, o principal Herdeiro da Terra. (Mat.
11:29; Heb. 1:2; Sal. 2:8) Foi predito que o messiânico “filho de homem” teria governantes associados no Reino
celestial. (Dan. 7:13, 14, 21, 22, 27) Como “co-herdeiros de Cristo”, 144 mil ungidos de temperamento brando
participarão com Jesus na herança da Terra. (Rom. 8:16, 17; Rev. 14:1) Outros de temperamento brando serão
abençoados com a vida eterna no domínio terrestre do Reino. — Sal. 37:11.
5 Se formos rudes, com certeza colocaremos à prova a paciência dos outros e os afastaremos de nós. No entanto,
sermos brandos à semelhança de Cristo nos torna agradáveis e espiritualmente edificantes membros da
congregação. A brandura é um dos frutos que a força ativa de Deus produzirá em nós se ‘vivermos e andarmos por
espírito’. (Leia Gálatas 5:22-25.) Com certeza desejamos estar incluídos entre os de temperamento brando, que são
guiados pelo espírito santo de Jeová.
Como são felizes os misericordiosos!
6 No Sermão do Monte, Jesus disse também: “Felizes os misericordiosos, porque serão tratados com

misericórdia.” (Mat. 5:7) “Os misericordiosos” são ternamente compassivos e mostram bondosa consideração, até
mesmo compaixão, pelos menos favorecidos. Jesus aliviou milagrosamente o sofrimento de certas pessoas porque
“teve pena” ou sentiu-se “penalizado”. (Mat. 14:14; 20:34) Portanto, a compaixão e a consideração devem nos
motivar a ser misericordiosos. — Tia. 2:13.
7 Certa vez, ao se dirigir a um lugar a fim de descansar um pouco, Jesus foi encontrado por uma multidão. Ele

“teve pena [das pessoas], porque eram como ovelhas sem pastor”. Assim, “principiou a ensinar-lhes muitas coisas”.
(Mar. 6:34) Quanta alegria sentimos quando nós, da mesma forma, transmitimos a mensagem do Reino a outros e
lhes falamos a respeito da grande misericórdia de Deus!
8 Os misericordiosos são felizes porque são “tratados com misericórdia”. Quando tratamos os outros com

misericórdia, eles em geral reagem de modo similar. (Luc. 6:38) Além do mais, Jesus disse: “Se perdoardes aos
homens as suas falhas, também o vosso Pai celestial vos perdoará.” (Mat. 6:14) Apenas os misericordiosos
conhecem a felicidade que vem de ter o perdão de pecados e a aprovação divina.
Por que “os pacíficos” são felizes?
9 Mencionando outro motivo para felicidade, Jesus disse: “Felizes os pacíficos, porque serão chamados ‘filhos de
Deus’.” (Mat. 5:9) A palavra grega aqui traduzida “pacíficos” literalmente significa “pacificadores”. Se formos
pacificadores, não concordaremos nem participaremos em nada que possa ‘separar os que estão familiarizados uns
com os outros’. Isso inclui conversa caluniosa. (Pro. 16:28) Por meio de palavras e ações, nos empenharemos pela
paz com as pessoas de dentro e de fora da congregação cristã. (Heb. 12:14) E em especial, faremos o máximo para
estar em paz com Jeová Deus. — Leia 1 Pedro 3:10-12.
10 Jesus disse que “os pacíficos” são felizes “porque serão chamados ‘filhos de Deus’”. Por exercerem fé em

Jesus como Messias, os cristãos ungidos recebem “autoridade para se tornarem filhos de Deus”. (João 1:12; 1 Ped.
2:24) Que dizer das pacíficas “outras ovelhas” de Jesus? Elas terão a ele como “Pai Eterno” durante Seu Reinado
Milenar com seus co-herdeiros celestiais. (João 10:14, 16; Isa. 9:6; Rev. 20:6) No fim do Reinado Milenar de Jesus,
tais pacificadores serão, no pleno sentido da palavra, filhos terrestres de Deus. — 1 Cor. 15:27, 28.
11 Para termos uma estreita relação com Jeová, “o Deus de paz”, temos de imitar suas qualidades, incluindo a de
ser pacífico. (Fil. 4:9) Se nos deixarmos guiar pela “sabedoria de cima”, trataremos os outros de modo pacífico. (Tia.
3:17) Sim, seremos felizes pacificadores.
“Deixai brilhar a vossa luz”
12 O melhor tratamento que podemos dar às pessoas é ajudá-las a receber a luz espiritual da parte de Deus. (Sal.

43:3) Jesus disse a seus discípulos que eles eram “a luz do mundo”. Exortou-os a deixar brilhar a sua luz para que as
pessoas vissem suas “obras excelentes”, ou boas ações, em favor de outros. Isso resultaria em iluminação espiritual
“perante os homens”, ou em benefício da humanidade. (Leia Mateus 5:14-16.) Hoje, deixamos brilhar a nossa luz por
praticar o bem em favor de nossos semelhantes e por participar na pregação das boas novas “em todo o mundo”, isto
é, “em todas as nações”. (Mat. 26:13; Mar. 13:10) Que privilégio nós temos!
13“Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte”, disse Jesus. É fácil ver uma cidade localizada
sobre um monte. De modo similar, somos observados por nossas obras excelentes como proclamadores do Reino e
por qualidades tais como moderação e castidade. — Tito 2:1-14.
14 Jesus falou de acender uma lâmpada e colocá-la, não debaixo de um cesto, mas num velador, para que
iluminasse a todos na casa. Uma lâmpada comum no primeiro século era um recipiente de barro com um pavio que
sugava um líquido (em geral azeite de oliva) por atração capilar a fim de alimentar uma chama. Em geral, a lâmpada
era colocada sobre um suporte de madeira, ou de metal, e ‘brilhava sobre todos na casa’. As pessoas não
acenderiam uma lâmpada e a colocariam debaixo de um “cesto de medida” — um recipiente grande com a
capacidade de uns 10 litros. Jesus não queria que seus discípulos escondessem a sua luz espiritual sob um
simbólico cesto de medida. Portanto, temos de deixar brilhar a nossa luz, nunca permitindo que oposição ou
perseguição nos levem a esconder as verdades bíblicas ou a guardá-las para nós mesmos.
15 Foi depois da menção de uma lâmpada acesa que Jesus disse aos seus discípulos: “Do mesmo modo, deixai
brilhar a vossa luz perante os homens, para que vejam as vossas obras excelentes e dêem glória ao vosso Pai, que
está nos céus.” Por causa de nossas “obras excelentes”, alguns ‘dão glória’ a Deus por se tornarem Seus servos.
Isso é um grande incentivo para continuarmos “brilhando como iluminadores no mundo”. — Fil. 2:15.
16Sermos “a luz do mundo” exige participarmos na obra de pregar o Reino e fazer discípulos. Mas algo mais se
requer de nós. “Prossegui andando como filhos da luz”, escreveu o apóstolo Paulo, ‘pois os frutos da luz consistem
em toda sorte de bondade, justiça e verdade’. (Efé. 5:8, 9) Precisamos ser exemplos ‘luminosos’ de conduta que
agrada a Deus. De fato, temos de acatar o conselho do apóstolo Pedro: “Mantende a vossa conduta excelente entre
as nações, para que, naquilo em que falam de vós como de malfeitores, eles, em resultado das vossas obras
excelentes, das quais são testemunhas oculares, glorifiquem a Deus no dia da sua inspeção.” (1 Ped. 2:12) Mas o
que deve ser feito caso surjam desacordos entre irmãos na fé?
“Faze primeiro as pazes com o teu irmão”
17 No Sermão do Monte, Jesus alertou seus discípulos contra abrigar ira e desprezo para com um irmão. Em vez
disso, deviam agir logo para fazer as pazes com um irmão ofendido. (Leia Mateus 5:21-25.) Observe bem o conselho
de Jesus. Se você estivesse levando sua dádiva ao altar e ali se lembrasse de que seu irmão tinha algo contra você,
o que você deveria fazer? Deveria deixar a dádiva em frente ao altar e ir fazer as pazes com o irmão. Depois poderia
voltar e oferecer a dádiva.
18 Em geral, a “dádiva” era uma oferta sacrificial que a pessoa podia apresentar no templo de Jeová. Os sacrifícios

de animais eram muito importantes, pois haviam sido ordenados por Deus e faziam parte da adoração de Israel sob a
Lei mosaica. Mas se você se lembrasse que seu irmão tinha algo contra você, resolver esse assunto seria ainda mais
urgente do que oferecer a dádiva. “Deixa a tua dádiva ali na frente do altar e vai”, disse Jesus. “Faze primeiro as
pazes com o teu irmão, e então, tendo voltado, oferece a tua dádiva.” Entre cumprir um dever estabelecido na Lei e
reconciliar-se com um irmão, a prioridade era fazer as pazes com o irmão.
19 Jesus não limitou sua declaração a ofertas e transgressões específicas. Assim, qualquer oferta devia ser adiada

caso a pessoa se lembrasse que seu irmão tinha algo contra ela. Se a oferta fosse um animal vivo, este devia ser
deixado no templo, “na frente do altar” de ofertas queimadas no pátio dos sacerdotes. Depois de resolver o problema,
o ofensor poderia voltar e fazer a oferta.
20 Do ponto de vista de Deus, nossa relação com nossos irmãos é uma parte importante da adoração verdadeira.

Os sacrifícios de animais não teriam valor para Jeová se aqueles que os oferecessem não tratassem bem o seu
próximo. (Miq. 6:6-8) Assim, Jesus exortou seus discípulos a ‘resolver prontamente os assuntos’. (Mat. 5:25) Paulo
escreveu algo semelhante: “Ficai furiosos, mas não pequeis; não se ponha o sol enquanto estais encolerizados, nem
deis margem ao Diabo.” (Efé. 4:26, 27) Se de fato temos motivo para nos irritar, devemos agir logo para resolver o
assunto a fim de não continuarmos com raiva, permitindo assim que o Diabo se aproveite de nós. — Luc. 17:3, 4.
Sempre trate os outros com respeito
21 Essa nossa recapitulação de certas declarações de Jesus no Sermão do Monte deve nos ajudar a tratar os

outros com bondade e respeito. Embora todos nós sejamos imperfeitos, não é impossível aplicar os conselhos de
Jesus, pois nem ele nem nosso Pai celestial esperam de nós mais do que podemos fazer. Com oração, esforço
sincero e as bênçãos de Jeová Deus, é possível sermos de temperamento brando, misericordiosos e pacíficos.
Podemos refletir a luz espiritual que brilha para a glória de Jeová. Além disso, temos condições de fazer as pazes
com nosso irmão quando isso é necessário.
22A adoração aceitável a Jeová inclui tratar bem o nosso próximo. (Mar. 12:31) No artigo seguinte,
consideraremos outras declarações do Sermão do Monte que devem nos ajudar a continuar a fazer o bem a outros.
Depois de meditar nos mencionados pontos do inigualável discurso de Jesus, porém, cada um de nós pode se
perguntar: ‘Como eu trato os outros?’
[Nota(s) de rodapé]
Na sua preparação pessoal, você com certeza achará muito proveitoso ler esses textos antes de considerar este
artigo e o próximo.

*** w08 15/5 pp. 7-11 Continue a fazer o bem ***


Continue a fazer o bem
“Continuai . . . a fazer o bem.” — LUC. 6:35.

FAZER o bem a outros pode ser um desafio. Por exemplo, os a quem mostramos amor talvez não correspondam
a isso. Ou, embora busquemos o bem-estar espiritual das pessoas por nos esforçar em falar-lhes sobre “as gloriosas
boas novas do Deus feliz” e de seu Filho, pode ser que muitas delas reajam com apatia ou ingratidão. (1 Tim. 1:11)
Outras mostram ser odiosas ‘inimigas da estaca de tortura do Cristo’. (Fil. 3:18) Como cristãos, de que maneira
devemos tratá-las?
2 Jesus Cristo disse a seus discípulos: “Continuai a amar os vossos inimigos e a fazer o bem.” (Luc. 6:35) Vamos

examinar essa exortação. Também nos beneficiaremos de outros comentários de Jesus sobre fazer o bem a outros.
‘Amai os vossos inimigos’
3 No seu famoso Sermão do Monte, Jesus disse aos ouvintes que eles deviam amar os inimigos e orar pelos que
os perseguiam. (Leia Mateus 5:43-45.) Os presentes naquela ocasião eram judeus, que conheciam este
mandamento de Deus: “Não deves tomar vingança nem ter ressentimento contra os filhos do teu povo; e tens de
amar o teu próximo como a ti mesmo.” (Lev. 19:18) Os líderes religiosos judaicos do primeiro século alegavam que
as expressões “filhos do teu povo” e “teu próximo” se referiam apenas aos judeus. A Lei mosaica exigia que os
israelitas se mantivessem separados de outras nações. No entanto, havia se desenvolvido o conceito de que todos
os não-judeus eram inimigos e deviam ser odiados.
4 Em contraste com isso, Jesus declarou: “Continuai a amar os vossos inimigos e a orar pelos que vos
perseguem.” (Mat. 5:44) Seus discípulos deviam agir com amor para com todos os que lhes mostrassem hostilidade.
Segundo o evangelista Lucas, Jesus disse: “Eu digo a vós, os que estais escutando: Continuai a amar os vossos
inimigos, a fazer o bem aos que vos odeiam, a abençoar os que vos amaldiçoam, a orar pelos que vos insultam.”
(Luc. 6:27, 28) Assim como aquelas pessoas do primeiro século que acataram as palavras de Jesus, nós ‘fazemos o
bem aos que nos odeiam’ por reagir à hostilidade deles com ações bondosas. ‘Abençoamos os que nos amaldiçoam’
por falar-lhes de modo amigável. E ‘oramos pelos que nos perseguem’ com violência física ou outras formas de
tratamento ‘insultante’. Tais orações são petições amorosas na esperança de que os perseguidores mudem de
atitude e venham a agir de forma a obter o favor de Jeová.
5 Por que mostrar amor pelos nossos inimigos? “Para que mostreis ser filhos de vosso Pai, que está nos céus”,
disse Jesus. (Mat. 5:45) Por acatarmos esse conselho, nos tornamos “filhos” de Deus no sentido de que imitamos a
Jeová, que “faz o seu sol levantar-se sobre iníquos e sobre bons, e faz chover sobre justos e sobre injustos”. Como
diz o relato de Lucas, Deus “é benigno para com os ingratos e os iníquos”. — Luc. 6:35.
6Enfatizando a importância de seus discípulos ‘continuarem a amar seus inimigos’, Jesus disse: “Se amardes aos
que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também a mesma coisa os cobradores de impostos? E, se
cumprimentardes somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem também a mesma coisa as
pessoas das nações?” (Mat. 5:46, 47) Se limitássemos o nosso amor apenas aos que correspondessem a ele, isso
não mereceria nenhuma “recompensa”, ou favor, da parte de Deus. Até mesmo os cobradores de impostos, que em
geral eram desprezados, mostravam amor pelas pessoas que os amavam. — Luc. 5:30; 7:34.
7 Uma típica saudação judaica incluía a palavra “paz”. (Juí. 19:20; João 20:19) Isso queria dizer que a pessoa
desejava saúde, bem-estar e prosperidade para aquele a quem cumprimentava. Não seria nada “extraordinário”
cumprimentar apenas os que consideramos ser nossos “irmãos”. Como Jesus destacou, as “pessoas das nações”
faziam algo similar.
8Por causa do pecado herdado, os discípulos de Cristo não podiam ser sem falhas, ou perfeitos. (Rom. 5:12) No
entanto, Jesus concluiu essa parte de seu discurso dizendo: “Tendes de ser perfeitos, assim como o vosso Pai
celestial é perfeito.” (Mat. 5:48) Com isso ele estava incentivando seus ouvintes a imitar seu “Pai celestial”, Jeová, por
aperfeiçoar seu amor — tornando-o completo por amar os inimigos. O mesmo se espera de nós.
Por que ser perdoador?
9 Nós ‘continuamos a fazer o bem’ quando misericordiosamente perdoamos a alguém que peca contra nós. De

fato, parte da oração-modelo de Jesus contém estas palavras: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós
também temos perdoado aos nossos devedores.” (Mat. 6:12) Naturalmente isso não se refere a perdoar dívidas
financeiras. O Evangelho de Lucas mostra que as “dívidas” às quais Jesus se referia eram pecados, pois ali diz:
“Perdoa-nos os nossos pecados, pois nós mesmos também perdoamos a todo aquele que está em dívida conosco.”
— Luc. 11:4.
10Temos de imitar a Deus, que liberalmente perdoa pecadores arrependidos. O apóstolo Paulo escreveu: “Tornai-
vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim
como também Deus vos perdoou liberalmente por Cristo.” (Efé. 4:32) O salmista Davi cantou: “Jeová é misericordioso
e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência. . . . Ele nem mesmo fez a nós segundo os nossos
pecados; nem trouxe sobre nós o que merecemos segundo os nossos erros. . . . Tão longe como o nascente é do
poente, tão longe pôs de nós as nossas transgressões. Assim como o pai é misericordioso para com os seus filhos,
Jeová tem sido misericordioso para com os que o temem. Porque ele mesmo conhece bem a nossa formação,
lembra-se de que somos pó.” — Sal. 103:8-14.
11 A pessoa só pode ser perdoada por Deus se já tiver perdoado os que pecaram contra ela. (Mar. 11:25)
Enfatizando esse ponto, Jesus acrescentou: “Se perdoardes aos homens as suas falhas, também o vosso Pai
celestial vos perdoará; ao passo que, se não perdoardes aos homens as suas falhas, tampouco o vosso Pai vos
perdoará as vossas falhas.” (Mat. 6:14, 15) Sim, Deus concede perdão apenas aos que liberalmente perdoam outros.
E uma das maneiras de continuar a fazer o bem é acatar o conselho de Paulo: “Assim como Jeová vos perdoou
liberalmente, vós também o fazei.” — Col. 3:13.
“Parai de julgar”
12 Outra maneira de fazer o bem foi mencionada no Sermão do Monte quando Jesus disse aos seus ouvintes que
parassem de julgar os outros e, em seguida, usou uma poderosa ilustração para enfatizar esse ponto. (Leia Mateus
7:1-5.) Vamos considerar o que Jesus quis dizer com as palavras: “Parai de julgar.”
13 O Evangelho de Mateus cita as seguintes palavras de Jesus: “Parai de julgar, para que não sejais julgados.”
(Mat. 7:1) De acordo com Lucas, Jesus disse: “Parai de julgar, e de modo algum sereis julgados; e parai de
condenar, e de modo algum sereis condenados. Persisti em livrar, e sereis livrados.” (Luc. 6:37) Os fariseus do
primeiro século julgavam severamente os outros, baseados em tradições não-bíblicas. Qualquer ouvinte de Jesus
que fizesse isso devia ‘parar de julgar’. Em vez disso, devia ‘persistir em livrar’, ou seja, perdoar as falhas dos outros.
O apóstolo Paulo deu conselhos semelhantes a respeito de perdoar, como já mencionado.
14Por serem perdoadores, os discípulos de Jesus motivariam as pessoas a também desenvolver um espírito de
perdão. “Com o julgamento com que julgais, vós sereis julgados”, disse Jesus, “e com a medida com que medis,
medirão a vós”. (Mat. 7:2) Quanto a tratar os outros, nós colhemos o que semeamos. — Gál. 6:7.
15 Lembre-se de que para mostrar como é errado ser excessivamente crítico, Jesus perguntou: “Por que olhas
para o argueiro [ou cisco] no olho do teu irmão, mas não tomas em consideração a trave [ou viga de madeira] no teu
próprio olho? Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Permite-me tirar o argueiro do teu olho’, quando, eis que há uma
trave no teu próprio olho?” (Mat. 7:3, 4) Quem tem a tendência de criticar os outros observa até um defeito bem
pequeno no “olho” de seu irmão. O crítico dá a entender que seu irmão tem fraca percepção e pouca capacidade de
julgamento. Embora a falha seja bem pequena — como um cisco — o crítico se oferece para “tirar o argueiro”.
Hipocritamente se prontifica a ajudar o irmão a ver as coisas com mais clareza.
16 Em especial os líderes religiosos judaicos eram muito críticos. Para ilustrar: quando um cego que havia sido

curado por Jesus declarou que este com certeza procedia de Deus, os fariseus replicaram: “Nasceste inteiramente
em pecados, e, contudo, ensinas tu a nós?” (João 9:30-34) Com relação à clara visão espiritual e à capacidade de
julgar de modo correto, os fariseus tinham uma “trave” nos olhos e eram totalmente cegos. Portanto, Jesus exclamou:
“Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e depois verás claramente como tirar o argueiro do olho do teu
irmão.” (Mat. 7:5; Luc. 6:42) Se estivermos decididos a fazer o que é bom e a tratar bem os outros, não seremos
críticos impiedosos, sempre procurando como que um cisco no olho de nosso irmão. Em vez disso, reconheceremos
que somos imperfeitos e, por isso, evitaremos procurar falhas nos nossos irmãos na fé.
Como devemos tratar os outros
17 No Sermão do Monte, Jesus destacou que Deus demonstra uma atitude paternal para com seus servos por

responder às orações deles. (Leia Mateus 7:7-12.) É digno de nota que Jesus estabeleceu a seguinte regra de
conduta: “Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo
modo a eles.” (Mat. 7:12) Apenas se tratarmos o nosso próximo dessa maneira nós poderemos provar que somos
verdadeiros seguidores de Jesus Cristo.
18 Depois de dizer que devemos tratar os outros assim como queremos que eles nos tratem, Jesus acrescentou:
“Isto, de fato, é o que a Lei e os Profetas querem dizer.” Tratar os outros como Jesus especificou significa agir em
harmonia com o espírito por trás da “Lei” — os escritos de Gênesis a Deuteronômio. Além de revelar o propósito de
Jeová, de produzir um descendente que acabaria com o mal, esses livros registram a Lei dada por Deus à nação de
Israel por meio de Moisés em 1513 AEC. (Gên. 3:15) Entre outras coisas, a Lei deixava claro que os israelitas deviam
ser justos, imparciais e fazer o bem aos aflitos e aos estrangeiros no país. — Lev. 19:9, 10, 15, 34.
19 Ao se referir aos “Profetas”, Jesus tinha em mente os livros proféticos das Escrituras Hebraicas. Elas contêm as
profecias messiânicas que se cumpriram no próprio Cristo. Tais escritos mostram também que Deus abençoa seus
servos quando fazem o que é certo aos Seus olhos e tratam os outros de modo apropriado. Por exemplo, numa das
profecias de Isaías, deu-se aos israelitas o seguinte conselho: “Assim disse Jeová: ‘Guardai o juízo e fazei o que é
justo. . . . Feliz o homem mortal que fizer isso, e o filho da humanidade que se agarrar a isso, . . . guardando a sua
mão, para não fazer nenhuma espécie de maldade.’” (Isa. 56:1, 2) Sim, Deus espera que seu povo continue a fazer o
bem.
Sempre faça o bem a outros
20 Consideramos apenas poucos dos muitos pontos vitais destacados por Jesus no seu inigualável Sermão do
Monte. Mesmo assim, não é difícil entender a reação dos que ouviram o que ele disse naquela ocasião. O registro
inspirado diz: “Quando Jesus tinha terminado com estas palavras, o efeito foi que as multidões ficaram assombradas
com o seu modo de ensinar; pois ele as ensinava como quem tinha autoridade, e não como seus escribas.” — Mat.
7:28, 29.
21Jesus Cristo provou sem sombra de dúvida ser o predito “Maravilhoso Conselheiro”. (Isa. 9:6) O Sermão do
Monte é um exemplo notável de como Jesus conhece o modo de seu Pai celestial encarar as coisas. Além dos
pontos que consideramos, esse discurso tem muito a dizer sobre a genuína felicidade, como evitar a imoralidade, o
modo de praticar a justiça, o que temos de fazer para ter um futuro seguro e feliz, e muitos outros assuntos. Que tal
ler mais uma vez Mateus, capítulos 5 a 7, com oração e muita atenção? Medite a respeito dos maravilhosos
conselhos de Jesus registrados ali. Aplique na vida o que ele disse no Sermão do Monte. Assim você terá melhores
condições de agradar a Jeová, de tratar apropriadamente os outros e de continuar a fazer o bem.
*** w08 1/11 pp. 29-31 Você está construindo sobre a areia ou sobre a rocha? ***
Você está construindo sobre a areia ou sobre a rocha?

GOSTA de ler a Bíblia? Você até mesmo reserva tempo para estudá-la regularmente com uma Testemunha de
Jeová? Se faz isso, sem dúvida sente que o conhecimento que está obtendo tem lhe ajudado a entender melhor por
que este mundo está mergulhado em problemas. (Revelação [Apocalipse] 12:9, 12) Além disso, muitas passagens
bíblicas lhe deram conforto em tempos de aflição e também esperança para o futuro. — Salmo 145:14; 147:3;
2 Pedro 3:13.
Obter conhecimento exato da Bíblia é um passo essencial para os que desejam se tornar seguidores de Cristo.
Mas será que é o único? Não. Para continuar sendo um cristão verdadeiro — especialmente quando a fé é testada
— o estudante da Bíblia precisa dar outro passo importante. Que passo é esse? Para saber a resposta,
consideremos brevemente o Sermão do Monte, um discurso proferido por Jesus num monte na Galiléia. — Mateus
5:1, 2.
Duas casas são testadas
Você conhece o Sermão do Monte? Esse famoso discurso encontra-se nos Evangelhos de Mateus e Lucas.
(Mateus 5:1–7:29; Lucas 6:20-49) É possível ler esse sermão inteiro em apenas 20 minutos. Ainda assim, ele contém
mais de 20 citações das Escrituras Hebraicas e mais de 50 figuras de linguagem. Uma dessas — envolvendo a
construção de duas casas — se destaca porque Jesus a usou para concluir o seu discurso. Se você entender o
significado dessa ilustração será ajudado a ver como continuar firme seguindo a Cristo não importa que provas de fé
talvez enfrente.
Jesus disse: “Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem discreto,
que construiu a sua casa sobre a rocha. E caiu a chuva, e vieram as inundações, e sopraram os ventos e açoitaram a
casa, mas ela não se desmoronou, pois tinha sido fundada na rocha. Além disso, todo aquele que ouve estas minhas
palavras e não as pratica será comparado a um homem tolo, que construiu a sua casa sobre a areia. E caiu a chuva,
e vieram as inundações, e sopraram os ventos e bateram contra aquela casa, e ela se desmoronou, e foi grande a
sua queda.” — Mateus 7:24-27.
Um homem “que cavou e desceu fundo”
Que importante verdade Jesus transmitiu aos seus discípulos com essa ilustração sobre dois construtores? Para
descobrir isso, examine as palavras de Jesus com mais atenção. O que você notou sobre as duas casas? Ambas
passaram pelas mesmas condições adversas. As casas talvez fossem parecidas. Pode ser que tenham sido
construídas no mesmo lugar — até mesmo lado a lado. No entanto, uma foi construída sobre a areia e a outra sobre
a rocha. Como pode ser isso? Conforme mencionado no Evangelho de Lucas, o homem discreto “cavou e desceu
fundo” para atingir uma camada de rocha. (Lucas 6:48) Por isso, a casa do homem discreto resistiu à tempestade.
Qual foi o ponto que Jesus quis destacar? Ele contou a ilustração para destacar as ações dos construtores, não a
aparência ou a localização das casas nem o poder dos elementos da natureza. Um homem cavou fundo, ao passo
que o outro não. Como você pode imitar o homem discreto e também cavar fundo? O próprio Jesus resumiu o ponto
principal da ilustração dizendo: “Por que, então, me chamais de ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo?
Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante: Ele é
semelhante a um homem . . . que cavou e desceu fundo, e lançou o alicerce sobre a rocha.” — Lucas 6:46-48.
De fato, apenas ouvir os ensinamentos da Bíblia ou lê-la em casa é como construir sobre a areia — não é preciso
cavar. Mas praticar, ou aplicar, os ensinamentos de Cristo é desafiador. Envolve cavar fundo para atingir a rocha.
Portanto, manter-se firme como seguidor de Cristo vai depender de você aplicar o que ouve. Quando pratica no
dia-a-dia o que aprende no seu estudo da Bíblia, você age como o homem discreto que cavou fundo. Assim, cada
estudante da Bíblia deve parar e se perguntar: ‘Sou apenas ouvinte ou sou cumpridor da Palavra? Simplesmente leio
e estudo a Bíblia, ou sigo os seus mandamentos ao tomar decisões?’
Os resultados de se cavar fundo
Veja o caso de José. Seus pais o ensinaram a respeitar as normas de moral da Bíblia, mas ele nunca estudou a
Palavra de Deus por conta própria. José disse: “Quando saí de casa, eu tentei ser uma boa pessoa, mas comecei a
andar com más companhias. Passei a usar drogas, me envolvi em imoralidade sexual e vivia brigando.”
Com o tempo, José decidiu mudar seu estilo de vida e passou a ter interesse sincero em estudar a Bíblia. Ele
disse: “Algo que realmente me motivou a mudar foi ler e entender o Sermão do Monte proferido por Jesus. Mas levou
tempo para eu fazer mudanças em minha personalidade e estilo de vida. No início, fiquei com medo do que os meus
‘amigos’ pensariam de mim, mas superei esse medo. Parei de mentir e de usar palavras obscenas e comecei a
assistir às reuniões das Testemunhas de Jeová. Aprendi que, assim como Jesus prometeu, levar uma vida simples e
aplicar os conselhos da Bíblia realmente traz felicidade duradoura.” — Mateus 5:3-12.
Qual será o resultado de você cavar fundo para construir sobre a rocha, ou seja, aplicar diligentemente o que lê
na Palavra de Deus? Jesus disse: “Quando veio uma enchente, o rio lançou-se contra aquela casa, mas não foi
bastante forte para abalá-la, por ter sido bem construída.” (Lucas 6:48) Com certeza, se você construir bem por
aplicar o que aprende, provas comparáveis a tempestades não derrubarão sua casa, nem mesmo a abalarão. Isso é
muito animador!
O discípulo Tiago, meio-irmão de Jesus, mencionou ainda outra bênção para os estudantes da Bíblia que não são
apenas ouvintes, mas verdadeiros cumpridores da Palavra escrita de Deus. Ele escreveu: “Tornai-vos cumpridores
da palavra e não apenas ouvintes . . . Aquele que olha de perto para a lei perfeita que pertence à liberdade e que
persiste nisso, este, porque se tornou, não ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, será feliz em fazê-la.” — Tiago
1:22-25.
Com certeza, os que aplicam os conselhos da Bíblia são realmente felizes. Por sua vez, essa felicidade dá aos
seguidores de Cristo força para se manterem firmes contra as provações tempestuosas que testam a sua fé e a
genuinidade de sua devoção a Deus.
O que você fará?
Quando Jesus proferiu o Sermão do Monte, ele enfatizou que servir a Jeová Deus muitas vezes não é uma
questão de isso e aquilo, mas sim de isso ou aquilo. Por exemplo, Jesus ensinou que uma pessoa ou tem olho
singelo ou tem olho iníquo, que ela é escrava de Deus ou das riquezas, que anda na estrada apertada ou na estrada
larga. (Mateus 6:22-24; 7:13, 14) Daí, na ilustração concludente sobre os dois construtores, Jesus deu aos seus
discípulos mais uma escolha: agir como homens discretos ou como homens tolos.
Se você continuar a aplicar de todo o coração o que está aprendendo no seu estudo da Bíblia, agirá
discretamente. De fato, cavar fundo para construir sobre a rocha lhe trará bênçãos agora e no futuro. — Provérbios
10:25.
[Fotos na página 30]
Permanecer firme depende de aplicar o que se aprende
*** w09 15/2 pp. 6-10 Como as palavras de Jesus promovem a felicidade ***
Como as palavras de Jesus promovem a felicidade
‘[Jesus] subiu ao monte e vieram a ele os seus discípulos; e ele começou a ensiná-los.’ — MAT. 5:1, 2.

É O ANO de 31 EC. Jesus interrompe brevemente sua viagem de pregação na Galiléia para comemorar a Páscoa
em Jerusalém. (João 5:1) Voltando à Galiléia, ele ora a noite inteira em busca de orientação divina para a escolha
dos 12 apóstolos. No dia seguinte ajunta-se uma multidão enquanto Jesus cura os doentes. Reunido com seus
discípulos e outros, ele se senta na encosta de um monte e começa a ensinar. — Mat. 4:23–5:2; Luc. 6:12-19.
2 Jesus inicia seu discurso — o Sermão do Monte — mostrando que a felicidade resulta de uma boa relação com

Deus. (Leia Mateus 5:1-12.) Felicidade é ‘uma condição de bem-estar que vai do contentamento à intensa alegria’. As
nove bem-aventuranças que Jesus considerou destacam o motivo da felicidade dos cristãos e essas palavras são tão
proveitosas hoje como eram uns 2 mil anos atrás. Examinemos agora cada uma dessas palavras.
“Os cônscios de sua necessidade espiritual”
3“Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual, porque a eles pertence o reino dos céus.” (Mat. 5:3) “Os
cônscios de sua necessidade espiritual” reconhecem sua carência nesse sentido e que precisam da misericórdia de
Deus.
4 Os cônscios de sua necessidade espiritual são felizes “porque a eles pertence o reino dos céus”. Aceitar a Jesus
como Messias abriu para seus discípulos a oportunidade de governar com ele no Reino celestial de Deus. (Luc.
22:28-30) Quer tenhamos a esperança de ser co-herdeiros de Cristo no céu, quer de viver para sempre no paraíso
terrestre sob o governo do Reino, podemos ser felizes se realmente estivermos cônscios de nossa necessidade
espiritual e bem cientes de que dependemos de Deus.
5 Nem todos estão cônscios de sua necessidade espiritual, pois muitos não têm fé e não dão valor às coisas
sagradas. (2 Tes. 3:1, 2; Heb. 12:16) Para suprir nossa necessidade espiritual temos o estudo diligente da Bíblia, a
atividade zelosa em fazer discípulos e a freqüência às reuniões cristãs. — Mat. 28:19, 20; Heb. 10:23-25.
Por que são “felizes” os que pranteiam?
6 “Felizes os que pranteiam, porque serão consolados.” (Mat. 5:4) “Os que pranteiam” são o mesmo tipo de

pessoas que os “cônscios de sua necessidade espiritual”. Eles não pranteiam no sentido de lamentar sua sorte na
vida. Seu pranto se deve à tristeza causada por sua própria condição pecaminosa e pelas condições existentes
devido à imperfeição humana. Por que os que pranteiam são “felizes”? Porque exercem fé em Deus e em Cristo e
são consolados por terem uma boa relação com Jeová. — João 3:36.
7 Será que pessoalmente lamentamos as injustiças, tão comuns no mundo de Satanás? Qual é, na realidade, o
nosso conceito sobre o que o mundo tem a oferecer? O apóstolo João escreveu: “Tudo o que há no mundo — o
desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai.”
(1 João 2:16) Mas que dizer se percebemos que nossa própria espiritualidade está sendo desgastada pelo “espírito
do mundo”, a força impelente que domina a sociedade humana alienada de Deus? Nesse caso, devemos orar
fervorosamente, estudar a Palavra de Deus e buscar a ajuda dos anciãos. Ao nos achegarmos cada vez mais a
Jeová ‘acharemos consolo’, seja qual for a causa de nossa aflição. — 1 Cor. 2:12; Sal. 119:52; Tia. 5:14, 15.
Felizes “os de temperamento brando”
8“Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.” (Mat. 5:5) “Temperamento brando”, ou
mansidão, não denota fraqueza ou delicadeza hipócrita. (1 Tim. 6:11) Se somos de temperamento brando,
demonstramos mansidão por fazer a vontade de Jeová e aceitar suas orientações. O temperamento brando também
se manifestará no modo como tratamos os irmãos na fé e outros. Tal mansidão se harmoniza com o conselho do
apóstolo Paulo. — Leia Romanos 12:17-19.
9 Por que os de temperamento brando são felizes? Porque “herdarão a terra”, disse Jesus, que sempre foi brando.
Ele é o principal Herdeiro da Terra. (Sal. 2:8; Mat. 11:29; Heb. 2:8, 9) No entanto, os “co-herdeiros de Cristo”, de
temperamento brando, compartilham com ele essa herança. (Rom. 8:16, 17) No domínio terrestre do Reino de Jesus,
muitos outros que demonstram mansidão viverão para sempre. — Sal. 37:10, 11.
10 Assim como Jesus, devemos ser brandos. Mas que dizer se somos conhecidos por ter um espírito beligerante?
Tal atitude agressiva e hostil pode fazer com que as pessoas nos evitem. Essa característica desqualifica os homens
cristãos que desejam ter responsabilidades na congregação. (1 Tim. 3:1, 3) Paulo disse a Tito que continuasse a
lembrar os cristãos em Creta de que não deviam ‘ser beligerantes, mas razoáveis, exibindo toda a brandura para com
todos os homens’. (Tito 3:1, 2) Que bênção é a brandura!
Os famintos da “justiça”
11 “Felizes os famintos e sedentos da justiça, porque serão saciados.” (Mat. 5:6) A “justiça” a que Jesus se referia

é a qualidade de fazer o que é correto por se ajustar à vontade e aos mandamentos de Deus. O salmista disse que
tinha enorme ‘anseio’ pelas justas decisões judiciais de Deus. (Sal. 119:20) Prezamos tanto assim a justiça a ponto
de sentir fome e sede dela?
12 Jesus chamou de felizes os famintos e sedentos de justiça porque seriam “saciados”, ou plenamente satisfeitos.
Isso se tornou possível depois do Pentecostes de 33 EC, pois o espírito santo de Jeová passou então a ‘dar ao
mundo evidência convincente a respeito da justiça’. (João 16:8) Por meio do espírito santo, Deus inspirou homens a
compilar as Escrituras Gregas Cristãs, muito proveitosas “para disciplinar em justiça”. (2 Tim. 3:16) Além disso, o
espírito de Deus torna possível nos “revestir da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em
verdadeira justiça”. (Efé. 4:24) Não é consolador saber que os arrependidos que buscam o perdão de seus pecados à
base do sacrifício resgatador de Jesus podem obter uma posição justa perante Deus? — Leia Romanos 3:23, 24.
13 Se temos a esperança terrestre, a fome e sede de justiça será totalmente saciada quando tivermos vida eterna

sob condições justas na Terra. Enquanto isso, estejamos decididos a viver em harmonia com as normas de Jeová.
Jesus disse que devemos ‘persistir em buscar primeiro o reino e a justiça’ de Deus. (Mat. 6:33) Fazer isso nos
manterá atarefados no serviço sagrado e encherá nosso coração de genuína felicidade. — 1 Cor. 15:58.
Por que “os misericordiosos” são felizes?
14 “Felizes os misericordiosos, porque serão tratados com misericórdia.” (Mat. 5:7) “Os misericordiosos” são
motivados por piedade ou compaixão. Jesus aliviou milagrosamente o sofrimento de muitos porque sentia compaixão
por eles. (Mat. 14:14) A misericórdia manifesta-se em sentido judicial quando a pessoa perdoa os que transgridem
contra ela, assim como Jeová misericordiosamente perdoa os arrependidos. (Êxo. 34:6, 7; Sal. 103:10) Podemos
mostrar misericórdia dessa forma e também por meio de palavras e ações bondosas que tragam alívio para os
menos favorecidos. Um modo excelente de mostrar misericórdia é ensinar verdades bíblicas a outros. Por sentir pena
de uma multidão, Jesus “principiou a ensinar-lhes muitas coisas”. — Mar. 6:34.
15 Temos bons motivos para concordar com a declaração de Jesus: “Felizes os misericordiosos, porque serão

tratados com misericórdia.” Se tratarmos outros com misericórdia, eles provavelmente nos tratarão da mesma
maneira. É possível que a misericórdia com que tratamos outros ‘triunfe’, ou seja levada em conta, quando Deus nos
levar a julgamento. (Tia. 2:13) Apenas aos misericordiosos se concede o perdão de pecados e a vida eterna. — Mat.
6:15.
Por que “os puros de coração” são felizes?
16“Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.” (Mat. 5:8) Se formos “puros de coração”, a pureza ficará
evidente nos nossos relacionamentos, desejos e motivações. Demonstraremos “o amor proveniente dum coração
puro”. (1 Tim. 1:5) Sendo puros no íntimo, ‘veremos a Deus’. Isso não significa necessariamente ver a Jeová de
modo literal, pois “homem algum pode ver [a Deus] e continuar vivo”. (Êxo. 33:20) Por ter refletido com perfeição a
personalidade de Deus, porém, Jesus podia dizer: “Quem me tem visto, tem visto também o Pai.” (João 14:7-9)
Como adoradores de Jeová na Terra, podemos ‘ver a Deus’ ao notarmos como ele age em nosso favor. (Jó 42:5) No
caso dos cristãos ungidos, ver a Deus atinge sua plenitude quando são ressuscitados para a vida espiritual e vêem a
Deus no verdadeiro sentido da palavra. — 1 João 3:2.
17 Por ser moral e espiritualmente limpo, o coração puro não abriga idéias impuras aos olhos de Jeová. (1 Crô.
28:9; Isa. 52:11) Se formos puros no coração, nossas palavras e ações serão marcadas pela pureza, e não haverá
nenhum vestígio de hipocrisia no nosso serviço a Jeová.
“Os pacíficos” tornam-se filhos de Deus
18 “Felizes os pacíficos, porque serão chamados ‘filhos de Deus’.” (Mat. 5:9) “Os pacíficos” são identificados tanto
pelo que fazem como pelo que se recusam fazer. Se formos o tipo de pessoa a que Jesus se referia, seremos
pacíficos e ‘não pagaremos a outro dano por dano’. Em vez disso, ‘sempre nos empenharemos pelo que é bom para
com os outros’. — 1 Tes. 5:15.
19 O termo grego traduzido “os pacíficos”, em Mateus 5:9, significa literalmente “pacificadores”. Para sermos
incluídos entre os pacíficos, temos de promover ativamente a paz. Os pacificadores não fazem nada que ‘separe os
que estão familiarizados uns com os outros’. (Pro. 16:28) Como pacíficos, tomamos medidas positivas para ‘nos
empenhar pela paz com todos’. — Heb. 12:14.
20 Os pacíficos são felizes porque “serão chamados ‘filhos de Deus’”. Os fiéis cristãos ungidos foram adotados por
Jeová e são “filhos de Deus”. Eles já têm uma estreita relação com Jeová como filhos porque exercem fé em Cristo e
adoram de todo coração “o Deus de amor e de paz”. (2 Cor. 13:11; João 1:12) Que dizer das pacíficas “outras
ovelhas” de Jesus? Ele será seu “Pai Eterno” durante o Reinado Milenar. No fim desse período, porém, Jesus se
sujeitará a Jeová e tais ovelhas se tornarão filhos de Deus no pleno sentido. — João 10:16; Isa. 9:6; Rom. 8:21;
1 Cor. 15:27, 28.
21 Se ‘vivermos por espírito’, o comportamento pacífico será uma das nossas qualidades que outros prontamente

perceberão. Não estaremos “atiçando competição entre uns e outros” ou “provocando uns aos outros”. (Gál. 5:22-26;
Nova Versão Internacional) Em vez disso, procuraremos ser “pacíficos para com todos os homens”. — Rom. 12:18.
Felizes, embora perseguidos
22 “Felizes os que têm sido perseguidos por causa da justiça, porque a eles pertence o reino dos céus.” (Mat. 5:10)
Jesus disse mais: “Felizes sois quando vos vituperarem e perseguirem, e, mentindo, disserem toda sorte de coisas
iníquas contra vós, por minha causa. Alegrai-vos e pulai de alegria, porque a vossa recompensa é grande nos céus;
pois assim perseguiram os profetas antes de vós.” — Mat. 5:11, 12.
23Assim como os profetas de Deus na antiguidade, os cristãos sabem que serão vituperados, perseguidos e
caluniados — tudo “por causa da justiça”. Suportar fielmente tais testes, porém, nos dá a satisfação de agradar e
honrar a Jeová. (1 Ped. 2:19-21) Esse sofrimento não diminui nosso prazer de servir a Jeová agora e no futuro.
Tampouco diminui a felicidade de reinar com Cristo no Reino celestial ou a alegria de ganhar a vida eterna como um
dos súditos terrestres desse governo. Tais bênçãos são evidência do favor, benevolência e generosidade de Deus.
24Há muito que aprender do Sermão do Monte. Várias lições serão consideradas nos próximos dois artigos de
estudo. Veremos como aplicar essas declarações de Jesus Cristo.

*** w09 15/2 pp. 10-14 Permita que as palavras de Jesus influenciem a sua atitude ***
Permita que as palavras de Jesus influenciem a sua atitude
“Aquele a quem Deus enviou fala as declarações de Deus.” — JOÃO 3:34.

UM DOS maiores diamantes lapidados conhecidos hoje é o Estrela da África, de 530 quilates. É uma pedra
realmente preciosa! Muito mais valiosas, porém, são as jóias espirituais que se encontram no Sermão do Monte, de
Jesus. Não é de admirar, pois a Fonte das declarações de Cristo é Jeová. Referindo-se a Jesus, a Bíblia diz: “Aquele
a quem Deus enviou fala as declarações de Deus.” — João 3:34-36.
2 Embora o Sermão do Monte talvez tenha sido proferido em menos de meia hora, ele contém 21 citações de oito

livros das Escrituras Hebraicas. Portanto, tem base sólida nas “declarações de Deus”. Vejamos como podemos
aplicar algumas das inestimáveis declarações desse magistral sermão do amado Filho de Deus.
“Faze primeiro as pazes com o teu irmão”
3 Como cristãos, somos felizes e pacíficos porque temos o espírito santo de Deus, cujo fruto inclui a alegria e a
paz. (Gál. 5:22, 23) Não desejando que seus discípulos perdessem a paz e a felicidade, Jesus os alertou contra os
efeitos mortíferos da ira prolongada. (Leia Mateus 5:21, 22.) Ele disse a seguir: “Se tu, pois, trouxeres a tua dádiva ao
altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua dádiva ali na frente do altar e vai; faze
primeiro as pazes com o teu irmão, e então, tendo voltado, oferece a tua dádiva.” — Mat. 5:23, 24.
4A “dádiva” a que Jesus se referia era qualquer oferta que fosse apresentada no templo em Jerusalém. Por
exemplo, os sacrifícios de animais eram importantes, pois faziam parte da adoração prestada a Jeová por seu povo.
Mas Jesus enfatizou algo de importância maior — fazer as pazes com um irmão ofendido antes de oferecer uma
dádiva a Deus.
5 ‘Fazer as pazes’ significa ‘reconciliar-se’. Assim, que lição podemos tirar dessa declaração de Jesus? Que, com
certeza, o nosso modo de tratar os outros afeta diretamente a nossa relação com Jeová. (1 João 4:20) Na realidade,
as ofertas a Deus nos tempos antigos perderiam seu valor caso o ofertante não tratasse seu semelhante de modo
adequado. — Leia Miquéias 6:6-8.
A humildade é essencial
6É provável que fazer as pazes com um irmão ofendido teste a nossa humildade. Pessoas humildes não
contendem ou brigam com irmãos na fé na tentativa de justificar supostos direitos. Isso criaria um clima prejudicial
— similar ao que existia entre os cristãos na Corinto antiga. Sobre essa situação, o apóstolo Paulo apresentou o
seguinte argumento que nos faz pensar: “Significa ao todo uma derrota para vós que tendes litígios entre vós. Por
que não deixais antes que se vos faça injustiça? Por que não vos deixais antes defraudar?” — 1 Cor. 6:7.
7 Jesus não disse que devemos procurar nosso irmão apenas para convencê-lo de que nós estamos certos e ele
está errado. Nosso objetivo deve ser fazer as pazes. Para isso, temos de expressar com sinceridade o que sentimos.
É preciso também reconhecer que os sentimentos da outra pessoa foram feridos. E se tivermos cometido um erro,
com certeza devemos nos desculpar de modo humilde.
‘Se teu olho direito te faz tropeçar’
8 No Sermão do Monte, Jesus deu sólidos conselhos sobre moral. Ele sabia que os membros de nosso corpo

imperfeito podem exercer uma influência perigosa sobre nós. Portanto, Jesus disse: “Se, pois, aquele olho direito teu
te faz tropeçar, arranca-o e lança-o para longe de ti. Porque é mais proveitoso para ti que percas um dos teus
membros, do que ser todo o teu corpo lançado na Geena. Também, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e
lança-a para longe de ti. Porque te é mais proveitoso perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo acabar
na Geena.” — Mat. 5:29, 30.
9 O “olho” a que Jesus se referia representa a capacidade ou habilidade de focalizar nossa atenção em algo, e a
“mão” diz respeito a como usamos as mãos. Se não tivermos cuidado, essas partes do corpo podem nos fazer
“tropeçar”, impedindo-nos de ‘andar com Deus’. (Gên. 5:22; 6:9) Então, quando tentados a desobedecer a Jeová,
temos de tomar uma ação drástica, comparável a arrancar um olho ou decepar uma das mãos.
10Como podemos restringir nossos olhos de se concentrarem em coisas imorais? “Concluí um pacto com os
meus olhos”, disse Jó, um homem temente a Deus. “Portanto, como poderia mostrar-me atento a uma virgem?”,
acrescentou. ( Jó 31:1) Jó era casado e estava decidido a não violar as leis de moral de Deus. Essa deve ser a nossa
atitude, sejamos casados ou solteiros. Para evitar a imoralidade sexual, temos de ser guiados pelo espírito santo de
Deus, que produz autodomínio nos que amam a Jeová. — Gál. 5:22-25.
11 Para evitar a imoralidade sexual, devemos nos perguntar: ‘Permito que meus olhos despertem em mim o desejo
por matéria imoral, facilmente encontrada em livros, na televisão ou na internet?’ Lembremo-nos também destas
palavras do discípulo Tiago: “Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo. Então o
desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado; o pecado, por sua vez, tendo sido consumado, produz a morte.”
(Tia. 1:14, 15) De fato, se uma pessoa dedicada a Deus “persiste em olhar” com intenções imorais para alguém do
sexo oposto, ela precisa fazer mudanças drásticas comparáveis a arrancar um olho e lançá-lo fora. — Leia Mateus
5:27, 28.
12Considerando que o uso impróprio das mãos pode resultar em graves violações das normas de moral de Jeová,
temos de ter a firme determinação de permanecer moralmente puros. Portanto, devemos acatar o conselho de Paulo:
“Amortecei . . . os membros do vosso corpo que estão na terra, com respeito a fornicação, impureza, apetite sexual,
desejo nocivo e cobiça, que é idolatria.” (Col. 3:5) A palavra ‘amortecer’ salienta as fortes medidas que temos de
tomar para combater desejos carnais imorais.
13 A fim de preservar a vida, é provável que a pessoa concorde em amputar um membro do corpo. O simbólico

‘lançar fora’ o olho e a mão é essencial para evitar pensamentos e ações imorais que nos levem a perder a vida
eterna. Manter-se puro em sentido mental, moral e espiritual é a única maneira de escapar da destruição eterna
simbolizada pela Geena.
14 Por causa do pecado e da imperfeição herdados, exige esforço manter a pureza moral. “Surro o meu corpo e o

conduzo como escravo”, disse Paulo, “para que, depois de ter pregado a outros, eu mesmo não venha a ser de
algum modo reprovado”. (1 Cor. 9:27) Estejamos, portanto, decididos a aplicar os conselhos de Jesus sobre moral,
jamais agindo de modo ingrato para com seu sacrifício de resgate. — Mat. 20:28; Heb. 6:4-6.
“Praticai o dar”
15As palavras de Jesus e seu superlativo exemplo promovem o espírito generoso. Ele demonstrou grande
generosidade por vir à Terra em benefício da humanidade imperfeita. (Leia 2 Coríntios 8:9.) Jesus voluntariamente
renunciou à glória celestial para se tornar humano e deu a sua vida em favor de humanos pecaminosos, alguns dos
quais viriam a ganhar riquezas no céu como co-herdeiros no Reino. (Rom. 8:16, 17) E ele certamente incentivou a
generosidade quando disse:
16“Praticai o dar, e dar-vos-ão. Derramarão em vosso regaço uma medida excelente, recalcada, sacudida e
transbordante. Pois, com a medida com que medis, medirão a vós em troca.” (Luc.6:38) ‘Derramar no regaço’ refere-
se ao costume de alguns vendedores encherem a dobra na parte superior da roupa do freguês, que, quando
amarrada, servia como bolsa para carregar os itens comprados. Nossa generosidade espontânea pode resultar em
sermos recompensados com uma “medida excelente”, talvez quando mais precisemos. — Ecl. 11:2.
17 Jeová ama e recompensa os que dão com alegria. Ele mesmo deu o melhor exemplo dando seu Filho unigênito
“a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna”. (João 3:16) Paulo
escreveu: “Quem semear generosamente, ceifará também generosamente. Faça cada um conforme tem resolvido no
seu coração, não de modo ressentido, nem sob compulsão, pois Deus ama o dador animado.” (2 Cor. 9:6, 7) Dar de
nosso tempo, energias e recursos materiais para promover a adoração verdadeira com certeza resulta em alegria e
grandes recompensas. — Leia Provérbios 19:17; Lucas 16:9.
“Não toques a trombeta diante de ti”
18 “Tomai muito cuidado em não praticardes a vossa justiça diante dos homens, a fim de serdes observados por
eles; do contrário não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus.” (Mat. 6:1) Por “justiça” Jesus se
referia à conduta que se harmoniza com a vontade divina. Ele não quis dizer que atos piedosos jamais deveriam ser
realizados em público, pois havia dito a seus discípulos que ‘deixassem brilhar a sua luz perante os homens’. (Mat.
5:14-16) Mas ‘não teremos recompensa’ de nosso Pai celestial se fizermos as coisas ‘a fim de sermos observados’ e
admirados, como atores num teatro. Se essa for a nossa motivação, não teremos uma relação achegada com Deus,
nem as bênçãos eternas do governo do Reino.
19 Se tivermos a atitude correta, acataremos a admoestação de Jesus: “Portanto, quando fizeres dádivas de

misericórdia, não toques a trombeta diante de ti, assim como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para
serem glorificados pelos homens. Deveras, eu vos digo: Eles já têm plenamente a sua recompensa.” (Mat. 6:2) A
expressão “dádivas de misericórdia” se refere a donativos para ajudar os necessitados. (Leia Isaías 58:6, 7.) Jesus e
seus apóstolos tinham um fundo comum que era usado para ajudar os pobres. (João 12:5-8; 13:29) Visto que não era
costume literalmente tocar a trombeta ao dar esmolas, é evidente que Jesus usou uma hipérbole quando disse que
não devemos “tocar a trombeta” ao fazer “dádivas de misericórdia”. Não devemos fazer alarde dessas dádivas, como
faziam os fariseus judeus. Jesus chamou-os de hipócritas porque “nas sinagogas e nas ruas” se vangloriavam de
suas doações de caridade. Esses hipócritas ‘já tinham plenamente a sua recompensa’. A admiração de homens, e
possivelmente um lugar nos primeiros assentos na sinagoga ao lado de rabinos eminentes, seria toda recompensa
que teriam, pois de Jeová nada receberiam. (Mat. 23:6) Como, porém, deviam agir os discípulos de Cristo? Jesus
disse a eles — e a nós:
20 “Mas tu, quando fizeres dádivas de misericórdia, não deixes a tua esquerda saber o que a tua direita está
fazendo, para que as tuas dádivas de misericórdia fiquem em secreto; então o teu Pai, que está olhando em secreto,
te pagará.” (Mat. 6:3, 4) Nossas mãos em geral trabalham juntas. Portanto, não deixar a mão esquerda saber o que a
direita está fazendo significa não alardear nossas ações de caridade, nem mesmo aos que são tão próximos de nós
como a mão esquerda é da direita.
21 Se não nos jactarmos a respeito de nossas ações de caridade, nossas “dádivas de misericórdia” ficarão em
secreto. Então nosso Pai, ‘que olha em secreto’, nos retribuirá. Por residir no céu e ser invisível a olhos humanos,
nosso Pai celestial permanece “em secreto” com relação à humanidade. (João 1:18) A retribuição da parte de Jeová,
que ‘olha em secreto’, inclui nos levar a uma relação bem achegada com ele, perdoar nossos pecados e nos dar a
vida eterna. (Pro. 3:32; João 17:3; Efé. 1:7) Isso é muito melhor do que receber louvor de humanos!
Preciosas palavras a valorizar
22 O Sermão do Monte certamente está repleto de jóias espirituais com muitas atraentes facetas. Sem dúvida,
contém inestimáveis palavras que podem nos alegrar mesmo neste mundo turbulento. De fato, seremos felizes se
valorizarmos as palavras de Jesus e permitirmos que influenciem nossa atitude e modo de vida.
23 Todo aquele que “ouve” e “pratica” o que Jesus ensinou será abençoado. (Leia Mateus 7:24, 25.) Portanto,
estejamos determinados a aceitar os conselhos de Jesus. Consideraremos outras de suas palavras no Sermão do
Monte no último artigo desta série.

*** w09 15/2 pp. 15-19 As palavras de Jesus influenciam suas orações? ***
As palavras de Jesus influenciam suas orações?
“Quando Jesus tinha terminado com estas palavras, o efeito foi que as multidões ficaram assombradas
com o seu modo de ensinar.” — MAT. 7:28.

DEVEMOS aceitar as palavras do Filho unigênito de Deus, Jesus Cristo, e aplicá-las em nossa vida. Certamente
ele falou como nenhum outro homem. De fato, as pessoas ficaram assombradas com seu modo de ensinar no
Sermão do Monte. — Leia Mateus 7:28, 29.
2O Filho de Jeová não ensinava como os escribas, que baseavam seus verbosos discursos nos ensinos de
humanos imperfeitos. Cristo ensinava “como quem tinha autoridade” porque o que dizia se originava de Deus. (João
12:50) Vejamos então como outras declarações de Jesus no Sermão do Monte podem e devem influenciar nossas
orações.
Nunca ore como os hipócritas
3A oração é parte importante da adoração verdadeira, e devemos orar a Jeová com regularidade. Mas nossas
orações devem ser influenciadas pelas palavras de Jesus no Sermão do Monte. Ele disse: “Quando orardes, não
deveis ser como os hipócritas; porque eles gostam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas largas,
para serem vistos pelos homens. Deveras, eu vos digo: Eles já têm plenamente a sua recompensa.” — Mat. 6:5.
4 Ao orar, os discípulos de Jesus não deviam imitar os “hipócritas”, tais como os autojustos fariseus, cuja exibição
pública de piedade era mero fingimento. (Mat. 23:13-32) Esses hipócritas gostavam de orar “em pé nas sinagogas e
nas esquinas das ruas largas”. Por quê? Para serem “vistos pelos homens”. Como congregação, os judeus do
primeiro século costumavam orar quando se ofereciam ofertas queimadas no templo, por volta das 9 horas da manhã
e 3 horas da tarde. Muitos moradores de Jerusalém se juntavam a uma multidão de adoradores que orava nos
recintos do templo. Fora da cidade, judeus devotos oravam geralmente duas vezes por dia “em pé nas sinagogas”.
— Note Lucas 18:11, 13.
5 Visto que a maioria das pessoas não estava perto do templo ou de uma sinagoga para essas orações, talvez
orassem onde quer que estivessem no momento. Alguns gostavam de fazer com que a hora das orações coincidisse
com estarem “nas esquinas das ruas largas”. Eles queriam ser “vistos pelos homens” que estivessem passando por
tais esquinas. Os “piedosos” hipócritas, ‘como pretexto, faziam longas orações’ a fim de serem admirados pelos
observadores. (Luc. 20:47) Não devemos ter essa atitude.
6 Jesus declarou que tais hipócritas ‘já tinham plenamente sua recompensa’. Eles desejavam muito o

reconhecimento e o louvor de outras pessoas — e era só isso o que conseguiriam. Essa seria sua única recompensa,
pois Jeová não responderia às suas orações hipócritas. Por outro lado, Deus responderia às orações dos verdadeiros
seguidores de Cristo, conforme o que este passou a dizer sobre o assunto.
7 “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto particular, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em

secreto; então o teu Pai, que olha em secreto, te pagará.” (Mat. 6:6) A exortação de Jesus, para orar num quarto
particular depois de fechar a porta, não significava que ninguém poderia representar a congregação em oração. O
objetivo desse conselho era desencorajar orações públicas que visassem atrair atenção e elogios para a pessoa que
orava. Devemos nos lembrar disso se tivermos o privilégio de representar o povo de Deus numa oração em público.
Acatemos também outras exortações que Jesus deu a respeito da oração.
8 “Ao orares, não digas as mesmas coisas vez após vez, assim como fazem os das nações, pois imaginam que

serão ouvidos por usarem de muitas palavras.” (Mat. 6:7) Jesus mencionou assim outro método errado de orar:
a repetição. Ele não quis dizer que nunca devemos repetir súplicas sinceras e agradecimentos ao orar. No jardim de
Getsêmani, na noite anterior à sua morte, Jesus usou repetidas vezes “a mesma palavra” em oração. — Mar. 14:32-
39.
9 Seria errado imitar as orações repetitivas de pessoas “das nações”. “Vez após vez” elas repetem frases
decoradas compostas de muitas palavras desnecessárias. Os adoradores de Baal clamaram inutilmente por esse
deus falso “desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: ‘Ó Baal, responde-nos!’”. (1 Reis 18:26) Milhões de pessoas
hoje fazem verbosas orações repetitivas, imaginando que desse modo ‘serão ouvidas’. Mas Jesus nos ajuda a
entender que o ‘uso de muitas palavras’, em orações longas e repetitivas, não tem valor do ponto de vista de Jeová.
Jesus acrescentou:
10 “Portanto, não vos façais semelhantes a eles, porque Deus, vosso Pai, sabe de que coisas necessitais antes de
lhe pedirdes.” (Mat. 6:8) Muitos líderes religiosos judaicos se assemelhavam aos gentios no uso excessivo de
palavras ao orarem. Orações sinceras de louvores, agradecimentos e pedidos são parte importante da adoração
verdadeira. (Fil. 4:6) Mas seria errado dizer as mesmas coisas vez após vez, achando que tal repetição é necessária
para informar a Deus do que necessitamos. Ao orarmos, devemos lembrar que nos dirigimos Àquele que ‘sabe de
que coisas necessitamos antes de lhe pedirmos’.
11 As palavras de Jesus sobre orações inaceitáveis devem nos lembrar de que Deus não se impressiona com

linguagem pomposa e palavras supérfluas. Também devemos reconhecer que a oração pública não é ocasião para
impressionar os ouvintes ou para fazê-los imaginar quanto tempo ainda terão de esperar para dizer o “Amém”. Usar a
oração para dar anúncios ou para aconselhar os ouvintes também não estaria em harmonia com o sentido das
palavras de Jesus no Sermão do Monte.
Jesus ensina-nos a orar
12 Embora Jesus advertisse contra o mau uso do grande privilégio da oração, ele também ensinou seus discípulos
a orar. (Leia Mateus 6:9-13.) Não se deve decorar a oração-modelo com o objetivo de recitá-la vez após vez. Ela
apenas fornece um modelo para nossas próprias orações. Por exemplo, Jesus colocou a Deus em primeiro lugar em
suas palavras iniciais: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.” (Mat. 6:9) É apropriado nos dirigir a Jeová
como “nosso Pai” porque ele é nosso Criador, que habita “nos céus”, muito acima da Terra. (Deut. 32:6; 2 Crô. 6:21;
Atos 17:24, 28) O uso do termo “nosso” deve nos lembrar de que nossos irmãos na fé também têm uma relação
achegada com Deus. “Santificado seja o teu nome” é um pedido para que Jeová santifique a si mesmo por tirar todo
o vitupério lançado sobre seu nome desde a rebelião no Éden. Em resposta a esse pedido, Jeová removerá da Terra
a perversidade, desse modo santificando a si mesmo. — Eze. 36:23.
13 “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mat. 6:10) Quanto a esse
pedido na oração-modelo, devemos nos lembrar de que o “reino” é o governo messiânico celestial, exercido por
Cristo junto com os “santos” ressuscitados. (Dan. 7:13, 14, 18; Isa. 9:6, 7) Orar para que o Reino de Deus “venha” é
um pedido para que esse Reino tome medidas contra todos os opositores terrestres do governo divino. Isso ocorrerá
em breve, abrindo caminho para um paraíso global de justiça, paz e prosperidade. (Sal. 72:1-15; Dan. 2:44; 2 Ped.
3:13) No céu já se faz a vontade de Jeová, e pedir que ela seja feita na Terra é um apelo a Deus para que ele realize
seus propósitos com relação ao nosso planeta, incluindo destruir seus atuais opositores, assim como fez nos tempos
antigos. — Leia o Salmo 83:1, 2, 13-18.
14 “Dá-nos hoje o nosso pão para este dia.” (Mat. 6:11; Luc. 11:3) Por meio desse pedido solicitamos a Deus o

alimento necessário “para este dia”. Isso mostra que temos fé na capacidade de Jeová cuidar das nossas
necessidades de cada dia. Não é uma oração pedindo um excedente de provisões. Esse pedido em favor de nossas
necessidades diárias talvez nos lembre de que Deus ordenou que os israelitas recolhessem ‘sua porção de maná dia
a dia’. — Êxo. 16:4.
15 O próximo pedido na oração-modelo dirige nossa atenção para algo que precisamos fazer. Jesus disse:

“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores.” (Mat. 6:12)
O Evangelho de Lucas mostra que essas “dívidas” são “pecados”. (Luc. 11:4) Somente após ‘termos perdoado’ os
que pecaram contra nós é que podemos esperar que Jeová nos perdoe. (Leia Mateus 6:14, 15.) Devemos perdoar
liberalmente. — Efé. 4:32; Col. 3:13.
16 “Não nos leves à tentação, mas livra-nos do iníquo.” (Mat. 6:13) Como devemos entender esses dois pedidos

relacionados entre si na oração-modelo de Jesus? Uma coisa é certa: Jeová não nos tenta a pecar. (Leia Tiago 1:13.)
O “Tentador” é Satanás — o “iníquo”. (Mat. 4:3) No entanto, a Bíblia fala de Deus como fazendo coisas quando, na
realidade, ele apenas as permite. (Rute 1:20, 21; Ecl. 11:5) Portanto, “não nos leves à tentação” é um pedido para
que Jeová não permita que sejamos vencidos ao ser tentados a desobedecê-lo. Por fim, o apelo “livra-nos do iníquo”
é um pedido para que Jeová não permita que Satanás nos derrube. E podemos confiar que ‘Deus não deixará que
sejamos tentados além daquilo que podemos agüentar’. — Leia 1 Coríntios 10:13.
‘Persista em pedir, buscar, bater’
17 O apóstolo Paulo exortou seus irmãos na fé: “Persisti em oração.” (Rom. 12:12) Nesse sentido, Jesus declarou

algo importante: “Persisti em pedir, e dar-se-vos-á; persisti em buscar, e achareis; persisti em bater, e abrir-se-vos-á.
Pois, todo o que persistir em pedir, receberá, e todo o que persistir em buscar, achará, e a todo o que persistir em
bater, abrir-se-á.” (Mat. 7:7, 8) É correto ‘persistir em pedir’ por qualquer coisa que se harmonize com a vontade de
Deus. Em sintonia com as palavras de Jesus, o apóstolo João escreveu: “Esta é a confiança que temos [em Deus],
que, não importa o que peçamos segundo a sua vontade, ele nos ouve.” — 1 João 5:14.
18O conselho de Jesus de ‘persistir em pedir e buscar’ significa que devemos orar com fervor, sem desistir.
Também é preciso ‘persistir em bater’ para ‘ter acesso’ ao Reino e desfrutar suas bênçãos, benefícios e
recompensas. Mas será que podemos ter certeza de que Deus responderá nossas orações? Podemos, sim, se
formos fiéis a Jeová, pois Cristo disse: “Todo o que persistir em pedir, receberá, e todo o que persistir em buscar,
achará, e a todo o que persistir em bater, abrir-se-á.” Muitas situações vivenciadas por servos de Jeová comprovam
que ele é realmente o “Ouvinte de oração”. — Sal. 65:2.
19Jesus comparou Deus a um pai amoroso que dá boas coisas para seus filhos. Imagine estar presente quando
Jesus proferiu o Sermão do Monte e ouvi-lo dizer: “Qual é o homem entre vós, cujo filho lhe peça pão — será que lhe
entregará uma pedra? Ou talvez lhe peça um peixe — será que lhe entregará uma serpente? Portanto, se vós,
embora iníquos, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai, que está nos céus, dará boas
coisas aos que lhe pedirem!” — Mat. 7:9-11.
20 Um pai humano, mesmo sendo relativamente ‘iníquo’ por causa do pecado herdado, tem afeição natural pelos
filhos. Ele não enganaria seu filho, mas se esforçaria em dar-lhe “boas dádivas”. Com disposição paternal, nosso
amoroso Pai celestial nos provê “boas dádivas”, tais como seu espírito santo. (Luc. 11:13) Esse espírito pode nos
fortalecer para prestarmos serviço aceitável a Jeová, o Provisor de “toda boa dádiva e todo presente perfeito”. — Tia.
1:17.
Continue a se beneficiar das palavras de Jesus
21 O Sermão do Monte foi realmente o maior discurso já proferido na Terra. Ele é notável por seu conteúdo
espiritual e clareza. Conforme mostram os destaques desse sermão apresentados nesta série de artigos, podemos
nos beneficiar muito por aplicarmos seus conselhos. Essas palavras de Jesus podem melhorar a qualidade de nossa
vida agora e nos dar a esperança de um futuro feliz.
22 Nesses artigos, analisamos apenas algumas das jóias espirituais do Sermão do Monte. Não é de admirar que
os que o ouviram ‘ficaram assombrados com o modo de ensinar’ de Jesus. (Mat. 7:28) Sem dúvida essa também
será a nossa reação ao enchermos a mente e o coração com essas e outras declarações inestimáveis do Grande
Instrutor, Jesus Cristo.

*** my hist. 91 Jesus ensina num monte ***


HISTÓRIA 91
Jesus ensina num monte

VÊ JESUS sentado aqui? Ele está ensinando essas pessoas num monte da Galileia. Os sentados mais perto dele
são seus discípulos. Ele escolheu 12 deles para ser apóstolos. Os apóstolos são discípulos especiais de Jesus. Sabe
os nomes deles?
Eram Simão Pedro e o irmão dele André. Depois, Tiago e João, que também eram irmãos. Outro apóstolo
também se chamava Tiago; e mais outro, Simão. Dois apóstolos tinham o nome de Judas. Um era Judas Iscariotes, e
o outro Judas chamava-se também Tadeu. Havia ainda Filipe e Natanael (também chamado Bartolomeu), e Mateus e
Tomé.
Depois de voltar de Samaria, Jesus começou a pregar pela primeira vez: ‘Está próximo o reino dos céus.’ Sabe o
que é esse Reino? É um verdadeiro governo de Deus. Jesus é seu rei. Ele governa desde o céu e vai trazer paz à
Terra. A Terra inteira vai ser feita um lindo paraíso pelo Reino de Deus.
Jesus estava aí ensinando às pessoas sobre o Reino. ‘Assim é que devem orar’, explicou. ‘Nosso Pai no céu,
honrado seja o teu nome. Venha teu Reino. Seja feita tua vontade na terra, assim como no céu.’ Muitos chamam
essa oração de “Pai-nosso”. Sabe dizer a oração inteira?
Jesus ensinou também ao povo como tratar os outros. ‘Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês’,
disse ele. Não gosta quando outros tratam você bem? Assim, Jesus disse que devemos tratar bem os outros. Não
será maravilhoso, na Terra paradísica, quando todos fizerem isso?

Mateus, capítulos 5 a 7; 10:1-4.


Perguntas de estudo

*** si pp. 177-178 pars. 14-16 Livro bíblico número 40 — Mateus ***
14 O Sermão do Monte (5:1–7:29). À medida que multidões começam a segui-lo, Jesus sobe num monte, senta-
se e começa a ensinar seus discípulos. Inicia este emocionante discurso com nove ‘felicidades’: felizes os cônscios
de sua necessidade espiritual, aqueles que pranteiam, os de temperamento brando, os famintos e os sedentos da
justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacíficos, os perseguidos por causa da justiça e os que são
vítimas de vitupérios e mentiras. “Alegrai-vos e pulai de alegria, porque sua recompensa é grande nos céus.” Chama
seus discípulos de “sal da terra” e de “luz do mundo”, e explica a justiça, tão diferente do formalismo dos escribas e
dos fariseus, que é requerida para se entrar no Reino dos céus. “Tendes de ser perfeitos, assim como o vosso Pai
celestial é perfeito.” — 5:12-14, 48.
15 Jesus adverte contra dádivas e orações hipócritas. Ensina seus discípulos a orar pela santificação do nome do
Pai, pela vinda do Seu Reino e pelo sustento diário. No transcorrer do inteiro sermão, Jesus mantém em foco o
Reino. Acautela os que o seguem para que não se preocupem e nem trabalhem apenas pelas riquezas materiais,
pois o Pai conhece suas necessidades reais. “Persisti, pois”, diz ele, “em buscar primeiro o reino e Sua justiça, e
todas estas outras coisas vos serão acrescentadas”. — 6:33.
16 O Amo dá conselhos sobre relações com outros, dizendo: “Todas as coisas, portanto, que quereis que os
homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” Os poucos que encontram a estrada da
vida serão os que fazem a vontade de seu Pai. Os obreiros do que é contra a lei serão conhecidos pelos seus frutos
e serão rejeitados. Jesus compara aquele que obedece às suas palavras ao “homem discreto, que construiu a sua
casa sobre a rocha”. Que efeito tem este discurso sobre as multidões que o ouvem? Ficam “assombradas com o seu
modo de ensinar”, pois ele ensina ‘como quem tem autoridade, e não como seus escribas’. — 7:12, 24-29.

*** it-2 p. 113 Felicidade ***


Conselho de Cristo Sobre a Felicidade. Jesus iniciou notavelmente seu Sermão do Monte por enumerar nove
felicidades, mencionando qualidades que colocam a pessoa no favor de Deus, com a perspectiva de herdar o Reino
dos céus. (Mt 5:1-12) Nestas felicidades, é notável que nem a condição em que alguém se encontra por causa do
tempo ou do imprevisto, nem os atos puramente humanitários que talvez realize, trazem a bênção de felicidade. A
verdadeira felicidade provém das coisas que têm que ver com a espiritualidade, a adoração de Deus e o
cumprimento das promessas de Deus. Por exemplo, Jesus diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito . . .” (Al), ou,
vertido de modo mais compreensível: “Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual, porque a eles pertence o
reino dos céus.” (Mt 5:3) Ele prossegue: “Felizes os que pranteiam, porque serão consolados.” (Mt 5:4) É evidente
que ele não se referia a todos os que pranteiam por algum motivo. O pranto seria por motivo de seu estado espiritual
pobre, sua condição pecaminosa e as circunstâncias aflitivas resultantes da pecaminosidade humana, bem como da
sua fome e sede da justiça. Tais pranteadores seriam notados e favorecidos por Deus com a bênção de satisfação
espiritual que Ele lhes daria, assim como Jesus prometeu: “Serão saciados.” — Veja 2Co 7:10; Is 61:1-3; Ez 9:4.

*** jy cap. 35 p. 85-p. 86 O famoso Sermão do Monte ***


QUEM É REALMENTE FELIZ?
Todos querem ser felizes. Sabendo disso, Jesus começa descrevendo os que são realmente felizes. Imagine
como isso prende a atenção dos seus ouvintes. Mas o que ele diz também os faz pensar.
Ele começa: “Felizes os que têm consciência de sua necessidade espiritual, porque a eles pertence o Reino dos
céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. . . . Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão
saciados. . . . Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque a eles pertence o Reino dos céus. Felizes
são vocês quando as pessoas os insultam e perseguem . . . por minha causa. Alegrem-se e fiquem cheios de
alegria.” — Mateus 5:3-12.
O que Jesus quer dizer com a palavra “felizes”? Ele não está se referindo a se sentir contente ou alegre, como
alguém que está se divertindo. A verdadeira felicidade é algo mais profundo. Envolve genuíno contentamento, um
senso de satisfação e realização na vida.
Jesus diz que as pessoas que são realmente felizes são as que reconhecem sua necessidade espiritual, ficam
tristes por causa de sua condição pecaminosa e vêm a conhecer e a servir a Deus. Mesmo que sejam odiadas ou
perseguidas por fazer a vontade de Deus, são felizes, pois sabem que estão agradando a ele e que serão
recompensadas com vida eterna.
Muitos acham que a riqueza e os prazeres dão felicidade, mas Jesus não diz isso. Fazendo um contraste que
deve deixar muitos dos seus ouvintes pensando, ele diz: “Ai de vocês, ricos, pois já receberam todo o seu conforto. Ai
de vocês que agora estão saciados, pois passarão fome. Ai de vocês que agora riem, pois lamentarão e chorarão. Ai
de vocês, sempre que todos os homens falarem bem de vocês, pois é isso que os antepassados deles fizeram aos
falsos profetas.” — Lucas 6:24-26.
Por que alguém deve se lamentar por ter riquezas, se divertir muito e receber elogios? Porque, quando uma
pessoa possui essas coisas e dá muito valor a elas, servir a Deus perde a importância, e ela acaba abrindo mão da
verdadeira felicidade. Jesus não quer dizer que apenas ser pobre ou passar fome faz alguém feliz. Mas geralmente
são os desfavorecidos que reagem aos ensinamentos de Cristo e recebem a bênção da verdadeira felicidade.

*** w09 15/2 pp. 6-10 Como as palavras de Jesus promovem a felicidade ***
Como as palavras de Jesus promovem a felicidade

‘[Jesus] subiu ao monte e vieram a ele os seus discípulos; e ele começou a ensiná-los.’ — MAT. 5:1, 2.
É O ANO de 31 EC. Jesus interrompe brevemente sua viagem de pregação na Galiléia para comemorar a Páscoa
em Jerusalém. (João 5:1) Voltando à Galiléia, ele ora a noite inteira em busca de orientação divina para a escolha
dos 12 apóstolos. No dia seguinte ajunta-se uma multidão enquanto Jesus cura os doentes. Reunido com seus
discípulos e outros, ele se senta na encosta de um monte e começa a ensinar. — Mat. 4:23–5:2; Luc. 6:12-19.
2Jesus inicia seu discurso — o Sermão do Monte — mostrando que a felicidade resulta de uma boa relação com
Deus. (Leia Mateus 5:1-12.) Felicidade é ‘uma condição de bem-estar que vai do contentamento à intensa alegria’. As
nove bem-aventuranças que Jesus considerou destacam o motivo da felicidade dos cristãos e essas palavras são tão
proveitosas hoje como eram uns 2 mil anos atrás. Examinemos agora cada uma dessas palavras.
“Os cônscios de sua necessidade espiritual”
3“Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual, porque a eles pertence o reino dos céus.” (Mat. 5:3) “Os
cônscios de sua necessidade espiritual” reconhecem sua carência nesse sentido e que precisam da misericórdia de
Deus.
4 Os cônscios de sua necessidade espiritual são felizes “porque a eles pertence o reino dos céus”. Aceitar a Jesus

como Messias abriu para seus discípulos a oportunidade de governar com ele no Reino celestial de Deus. (Luc.
22:28-30) Quer tenhamos a esperança de ser co-herdeiros de Cristo no céu, quer de viver para sempre no paraíso
terrestre sob o governo do Reino, podemos ser felizes se realmente estivermos cônscios de nossa necessidade
espiritual e bem cientes de que dependemos de Deus.
5 Nem todos estão cônscios de sua necessidade espiritual, pois muitos não têm fé e não dão valor às coisas
sagradas. (2 Tes. 3:1, 2; Heb. 12:16) Para suprir nossa necessidade espiritual temos o estudo diligente da Bíblia, a
atividade zelosa em fazer discípulos e a freqüência às reuniões cristãs. — Mat. 28:19, 20; Heb. 10:23-25.
Por que são “felizes” os que pranteiam?
6 “Felizes os que pranteiam, porque serão consolados.” (Mat. 5:4) “Os que pranteiam” são o mesmo tipo de
pessoas que os “cônscios de sua necessidade espiritual”. Eles não pranteiam no sentido de lamentar sua sorte na
vida. Seu pranto se deve à tristeza causada por sua própria condição pecaminosa e pelas condições existentes
devido à imperfeição humana. Por que os que pranteiam são “felizes”? Porque exercem fé em Deus e em Cristo e
são consolados por terem uma boa relação com Jeová. — João 3:36.
7 Será que pessoalmente lamentamos as injustiças, tão comuns no mundo de Satanás? Qual é, na realidade, o

nosso conceito sobre o que o mundo tem a oferecer? O apóstolo João escreveu: “Tudo o que há no mundo — o
desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai.”
(1 João 2:16) Mas que dizer se percebemos que nossa própria espiritualidade está sendo desgastada pelo “espírito
do mundo”, a força impelente que domina a sociedade humana alienada de Deus? Nesse caso, devemos orar
fervorosamente, estudar a Palavra de Deus e buscar a ajuda dos anciãos. Ao nos achegarmos cada vez mais a
Jeová ‘acharemos consolo’, seja qual for a causa de nossa aflição. — 1 Cor. 2:12; Sal. 119:52; Tia. 5:14, 15.
Felizes “os de temperamento brando”
8 “Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.” (Mat. 5:5) “Temperamento brando”, ou

mansidão, não denota fraqueza ou delicadeza hipócrita. (1 Tim. 6:11) Se somos de temperamento brando,
demonstramos mansidão por fazer a vontade de Jeová e aceitar suas orientações. O temperamento brando também
se manifestará no modo como tratamos os irmãos na fé e outros. Tal mansidão se harmoniza com o conselho do
apóstolo Paulo. — Leia Romanos 12:17-19.
9 Por que os de temperamento brando são felizes? Porque “herdarão a terra”, disse Jesus, que sempre foi brando.

Ele é o principal Herdeiro da Terra. (Sal. 2:8; Mat. 11:29; Heb. 2:8, 9) No entanto, os “co-herdeiros de Cristo”, de
temperamento brando, compartilham com ele essa herança. (Rom. 8:16, 17) No domínio terrestre do Reino de Jesus,
muitos outros que demonstram mansidão viverão para sempre. — Sal. 37:10, 11.
10 Assim como Jesus, devemos ser brandos. Mas que dizer se somos conhecidos por ter um espírito beligerante?

Tal atitude agressiva e hostil pode fazer com que as pessoas nos evitem. Essa característica desqualifica os homens
cristãos que desejam ter responsabilidades na congregação. (1 Tim. 3:1, 3) Paulo disse a Tito que continuasse a
lembrar os cristãos em Creta de que não deviam ‘ser beligerantes, mas razoáveis, exibindo toda a brandura para com
todos os homens’. (Tito 3:1, 2) Que bênção é a brandura!
Os famintos da “justiça”
11 “Felizes os famintos e sedentos da justiça, porque serão saciados.” (Mat. 5:6) A “justiça” a que Jesus se referia
é a qualidade de fazer o que é correto por se ajustar à vontade e aos mandamentos de Deus. O salmista disse que
tinha enorme ‘anseio’ pelas justas decisões judiciais de Deus. (Sal. 119:20) Prezamos tanto assim a justiça a ponto
de sentir fome e sede dela?
12 Jesus chamou de felizes os famintos e sedentos de justiça porque seriam “saciados”, ou plenamente satisfeitos.
Isso se tornou possível depois do Pentecostes de 33 EC, pois o espírito santo de Jeová passou então a ‘dar ao
mundo evidência convincente a respeito da justiça’. (João 16:8) Por meio do espírito santo, Deus inspirou homens a
compilar as Escrituras Gregas Cristãs, muito proveitosas “para disciplinar em justiça”. (2 Tim. 3:16) Além disso, o
espírito de Deus torna possível nos “revestir da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em
verdadeira justiça”. (Efé. 4:24) Não é consolador saber que os arrependidos que buscam o perdão de seus pecados à
base do sacrifício resgatador de Jesus podem obter uma posição justa perante Deus? — Leia Romanos 3:23, 24.
13Se temos a esperança terrestre, a fome e sede de justiça será totalmente saciada quando tivermos vida eterna
sob condições justas na Terra. Enquanto isso, estejamos decididos a viver em harmonia com as normas de Jeová.
Jesus disse que devemos ‘persistir em buscar primeiro o reino e a justiça’ de Deus. (Mat. 6:33) Fazer isso nos
manterá atarefados no serviço sagrado e encherá nosso coração de genuína felicidade. — 1 Cor. 15:58.
Por que “os misericordiosos” são felizes?
14 “Felizes os misericordiosos, porque serão tratados com misericórdia.” (Mat. 5:7) “Os misericordiosos” são

motivados por piedade ou compaixão. Jesus aliviou milagrosamente o sofrimento de muitos porque sentia compaixão
por eles. (Mat. 14:14) A misericórdia manifesta-se em sentido judicial quando a pessoa perdoa os que transgridem
contra ela, assim como Jeová misericordiosamente perdoa os arrependidos. (Êxo. 34:6, 7; Sal. 103:10) Podemos
mostrar misericórdia dessa forma e também por meio de palavras e ações bondosas que tragam alívio para os
menos favorecidos. Um modo excelente de mostrar misericórdia é ensinar verdades bíblicas a outros. Por sentir pena
de uma multidão, Jesus “principiou a ensinar-lhes muitas coisas”. — Mar. 6:34.
15 Temos bons motivos para concordar com a declaração de Jesus: “Felizes os misericordiosos, porque serão
tratados com misericórdia.” Se tratarmos outros com misericórdia, eles provavelmente nos tratarão da mesma
maneira. É possível que a misericórdia com que tratamos outros ‘triunfe’, ou seja levada em conta, quando Deus nos
levar a julgamento. (Tia. 2:13) Apenas aos misericordiosos se concede o perdão de pecados e a vida eterna. — Mat.
6:15.
Por que “os puros de coração” são felizes?
16 “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.” (Mat. 5:8) Se formos “puros de coração”, a pureza ficará

evidente nos nossos relacionamentos, desejos e motivações. Demonstraremos “o amor proveniente dum coração
puro”. (1 Tim. 1:5) Sendo puros no íntimo, ‘veremos a Deus’. Isso não significa necessariamente ver a Jeová de
modo literal, pois “homem algum pode ver [a Deus] e continuar vivo”. (Êxo. 33:20) Por ter refletido com perfeição a
personalidade de Deus, porém, Jesus podia dizer: “Quem me tem visto, tem visto também o Pai.” (João 14:7-9)
Como adoradores de Jeová na Terra, podemos ‘ver a Deus’ ao notarmos como ele age em nosso favor. (Jó 42:5) No
caso dos cristãos ungidos, ver a Deus atinge sua plenitude quando são ressuscitados para a vida espiritual e vêem a
Deus no verdadeiro sentido da palavra. — 1 João 3:2.
17 Por ser moral e espiritualmente limpo, o coração puro não abriga idéias impuras aos olhos de Jeová. (1 Crô.
28:9; Isa. 52:11) Se formos puros no coração, nossas palavras e ações serão marcadas pela pureza, e não haverá
nenhum vestígio de hipocrisia no nosso serviço a Jeová.
“Os pacíficos” tornam-se filhos de Deus
18 “Felizes os pacíficos, porque serão chamados ‘filhos de Deus’.” (Mat. 5:9) “Os pacíficos” são identificados tanto

pelo que fazem como pelo que se recusam fazer. Se formos o tipo de pessoa a que Jesus se referia, seremos
pacíficos e ‘não pagaremos a outro dano por dano’. Em vez disso, ‘sempre nos empenharemos pelo que é bom para
com os outros’. — 1 Tes. 5:15.
19 O termo grego traduzido “os pacíficos”, em Mateus 5:9, significa literalmente “pacificadores”. Para sermos

incluídos entre os pacíficos, temos de promover ativamente a paz. Os pacificadores não fazem nada que ‘separe os
que estão familiarizados uns com os outros’. (Pro. 16:28) Como pacíficos, tomamos medidas positivas para ‘nos
empenhar pela paz com todos’. — Heb. 12:14.
20 Os pacíficos são felizes porque “serão chamados ‘filhos de Deus’”. Os fiéis cristãos ungidos foram adotados por

Jeová e são “filhos de Deus”. Eles já têm uma estreita relação com Jeová como filhos porque exercem fé em Cristo e
adoram de todo coração “o Deus de amor e de paz”. (2 Cor. 13:11; João 1:12) Que dizer das pacíficas “outras
ovelhas” de Jesus? Ele será seu “Pai Eterno” durante o Reinado Milenar. No fim desse período, porém, Jesus se
sujeitará a Jeová e tais ovelhas se tornarão filhos de Deus no pleno sentido. — João 10:16; Isa. 9:6; Rom. 8:21;
1 Cor. 15:27, 28.
21Se ‘vivermos por espírito’, o comportamento pacífico será uma das nossas qualidades que outros prontamente
perceberão. Não estaremos “atiçando competição entre uns e outros” ou “provocando uns aos outros”. (Gál. 5:22-26;
Nova Versão Internacional) Em vez disso, procuraremos ser “pacíficos para com todos os homens”. — Rom. 12:18.
Felizes, embora perseguidos
22 “Felizes os que têm sido perseguidos por causa da justiça, porque a eles pertence o reino dos céus.” (Mat. 5:10)

Jesus disse mais: “Felizes sois quando vos vituperarem e perseguirem, e, mentindo, disserem toda sorte de coisas
iníquas contra vós, por minha causa. Alegrai-vos e pulai de alegria, porque a vossa recompensa é grande nos céus;
pois assim perseguiram os profetas antes de vós.” — Mat. 5:11, 12.
23 Assim como os profetas de Deus na antiguidade, os cristãos sabem que serão vituperados, perseguidos e

caluniados — tudo “por causa da justiça”. Suportar fielmente tais testes, porém, nos dá a satisfação de agradar e
honrar a Jeová. (1 Ped. 2:19-21) Esse sofrimento não diminui nosso prazer de servir a Jeová agora e no futuro.
Tampouco diminui a felicidade de reinar com Cristo no Reino celestial ou a alegria de ganhar a vida eterna como um
dos súditos terrestres desse governo. Tais bênçãos são evidência do favor, benevolência e generosidade de Deus.
24Há muito que aprender do Sermão do Monte. Várias lições serão consideradas nos próximos dois artigos de
estudo. Veremos como aplicar essas declarações de Jesus Cristo.
Como responderia?
• Por que “os cônscios de sua necessidade espiritual” são felizes?
• O que explica a felicidade dos “de temperamento brando”?
• Por que os cristãos são felizes mesmo quando são perseguidos?
• Que felicidade mencionada por Jesus é a mais impressionante para você?
[Perguntas de Estudo]
1, 2. (a) Sob que circunstâncias Jesus proferiu o Sermão do Monte? (b) Como Jesus iniciou seu discurso?
3. O que significa estar cônscio de nossa necessidade espiritual?
4, 5. (a) Por que os cônscios de sua necessidade espiritual são felizes? (b) Quais são os meios de suprir nossa
necessidade espiritual?
6. Quem são “os que pranteiam” e por que são “felizes”?
7. Qual deve ser o nosso conceito a respeito do mundo de Satanás?
8, 9. O que significa ser de temperamento brando, e por que os que o demonstram são felizes?
10. Como a falta de brandura afeta possíveis privilégios de serviço e as relações com outros?
11-13. (a) O que significa ter fome e sede de justiça? (b) Como são “saciados” os que têm fome e sede de justiça?
14, 15. Como podemos mostrar misericórdia, e por que “os misericordiosos” são felizes?
16. O que significa ser “puros de coração”, e em que sentido esses ‘vêem a Deus’?
17. Ser puro no coração terá que efeito sobre nós?
18, 19. Como agem “os pacíficos”?
20. Quem hoje são “filhos de Deus”, e por fim quem mais serão incluídos entre esses?
21. Como agiremos se estivermos “vivendo por espírito”?
22-24. (a) O que explica a felicidade dos que são perseguidos pela causa da justiça? (b) O que será considerado nos
próximos dois artigos de estudo?
[Foto na página 7]
As nove bem-aventuranças que Jesus destacou são tão proveitosas hoje como eram nos seus dias
[Foto na página 8]
Um modo excelente de mostrar misericórdia é ensinar verdades bíblicas a outros

*** Documento extraído ***


*** w04 1/9 pp. 4-5 O que é mesmo preciso para se ser feliz ***
No famoso Sermão do Monte, Jesus descreveu o que é preciso para se ser feliz. Ele declarou: “Felizes” (1) os
cônscios de sua necessidade espiritual, (2) os que pranteiam, (3) os de temperamento brando, (4) os famintos e
sedentos da justiça, (5) os misericordiosos, (6) os puros de coração, (7) os pacíficos, (8) os perseguidos por causa da
justiça, e (9) os vituperados e perseguidos por causa dele. — Mateus 5:3-11.
São corretas as declarações de Jesus?
A veracidade de algumas das declarações de Jesus precisa de pouca explicação. Quem negaria que alguém
brando, misericordioso e pacífico é mais feliz do que alguém zangado, beligerante e impiedoso?
No entanto, talvez nos perguntemos como os famintos e sedentos da justiça, ou os que pranteiam, podem ser
chamados de felizes. Essas pessoas têm um conceito realístico sobre as condições do mundo. Elas “suspiram e
gemem por causa de todas as coisas detestáveis que se fazem” em nossos dias. (Ezequiel 9:4) Isso não as torna
felizes. No entanto, quando ficam sabendo do propósito de Deus, de trazer justiça à Terra e aos oprimidos, sua
alegria é enorme. — Isaías 11:4.
O amor à justiça também move os que pranteiam por causa dos seus freqüentes fracassos pessoais a fazer o que
é direito. Estão assim cônscios de sua necessidade espiritual. Tais pessoas estão dispostas a recorrer a Deus em
busca de orientação, porque se dão conta de que só ele pode ajudá-las a superar suas fraquezas. — Provérbios
16:3, 9; 20:24.
Os que pranteiam, os que têm fome e sede da justiça, e os que estão cônscios da sua necessidade espiritual
reconhecem a importância de se ter um bom relacionamento com o Criador. Um bom relacionamento com as
pessoas contribui para a felicidade, mas um bom relacionamento com Deus contribui ainda mais para isso. Os que
amam de fato o que é direito e estão dispostos a aceitar a orientação divina podem ser chamados verdadeiramente
de felizes.
No entanto, talvez você ache difícil de acreditar que alguém perseguido e vituperado possa sentir-se feliz. Mas
isso deve ser verdade, pois o próprio Jesus o disse. Portanto, como devem ser entendidas as palavras dele?
Perseguidos, mas felizes — como pode ser?
Note que Jesus não disse que o vitupério e a perseguição por si só dariam felicidade. Ele especificou: “Felizes os
que têm sido perseguidos por causa da justiça, . . . quando vos vituperarem e perseguirem . . . por minha causa.”
(Mateus 5:10, 11) De modo que só quando alguém sofre vitupério por ser seguidor de Cristo e por ajustar a sua vida
aos princípios justos ensinados por Jesus é que resulta em felicidade.
Isso é ilustrado pelo que aconteceu aos primeiros cristãos. Membros do Sinédrio, o supremo tribunal judaico,
“mandaram chamar os apóstolos, chibatearam-nos e ordenaram-lhes que parassem de falar à base do nome de
Jesus, e soltaram-nos”. Como reagiram os apóstolos? “Estes, portanto, retiraram-se do Sinédrio, alegrando-se
porque tinham sido considerados dignos de ser desonrados a favor do nome dele. E cada dia, no templo e de casa
em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo, Jesus.” — Atos 5:40-42;
13:50-52.
O apóstolo Pedro forneceu mais esclarecimentos sobre a relação entre o vitupério e a felicidade. Escreveu: “Se
fordes vituperados pelo nome de Cristo, felizes sois, porque o espírito de glória, sim, o espírito de Deus, está
repousando sobre vós.” (1 Pedro 4:14) De fato, sofrer como cristão por fazer o que é direito, embora tal sofrimento
seja desagradável, resulta na felicidade proveniente de se saber que temos o espírito santo de Deus.

*** w04 1/9 p. 4 O que é mesmo preciso para se ser feliz ***
Cada uma dessas nove bem-aventuranças, como costumam ser chamadas, é precedida da palavra grega makárioi.
Em vez de traduzi-la por “benditos”, como algumas traduções fazem, a Tradução do Novo Mundo e algumas
outras traduções, tais como a Bíblia na Linguagem de Hoje, Bíblia Vozes e a Bíblia Sagrada Edição Pastoral,
usam o termo “felizes”, que é mais exato.
*** Documento extraído ***
*** w04 1/11 pp. 8-13 Servos felizes de Jeová ***
Servos felizes de Jeová
“Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual.” — MATEUS 5:3.

A FELICIDADE é um bem precioso do povo de Jeová. O salmista Davi exclamou: “Feliz o povo cujo Deus é
Jeová!” (Salmo 144:15) Felicidade pode ser definida como qualidade ou estado de bem-estar. A felicidade mais
profunda — que chega até o mais íntimo de nosso ser — resulta de termos consciência de que somos abençoados
por Jeová. (Provérbios 10:22) Essa felicidade é evidência de uma relação achegada com o nosso Pai celestial e de
saber que estamos fazendo a Sua vontade. (Salmo 112:1; 119:1, 2) É interessante que Jesus alistou nove razões
para sermos felizes. Um exame dessas chamadas felicidades, ou bem-aventuranças, neste e no próximo artigo nos
ajudará a ver o quanto podemos ser felizes se servirmos fielmente ao “Deus feliz”, Jeová. — 1 Timóteo 1:11.
Conscientes de nossa necessidade espiritual
2 Em 31 EC, Jesus proferiu um dos discursos mais famosos de todos os tempos. Chama-se Sermão do Monte,

porque Jesus o proferiu na encosta de um monte com vista para o mar da Galiléia. O Evangelho de Mateus relata:
“Quando [Jesus] viu as multidões, subiu ao monte; e, depois de se assentar, vieram a ele os seus discípulos; e ele
abriu a boca e começou a ensiná-los, dizendo: ‘Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual, porque a eles
pertence o reino dos céus.’” A tradução literal dessas palavras iniciais de Jesus é: “bem-aventurados os pobres em
espírito” ou “felizes os indigentes do espírito”. (Mateus 5:1-3; Almeida; nota, NM com Referências) A Bíblia na
Linguagem de Hoje diz: “Felizes os que sabem que são espiritualmente pobres.”
3No Sermão do Monte, Jesus destacou que a pessoa se sente bem mais feliz quando se apercebe de sua
necessidade espiritual. Cristãos humildes, plenamente conscientes de sua condição pecadora, suplicam a Jeová que
os perdoe à base do sacrifício resgatador de Cristo. (1 João 1:9) Desse modo eles encontram paz mental e felicidade
genuína. “Feliz é aquele cuja revolta é perdoada, cujo pecado é coberto.” — Salmo 32:1; 119:165.
4 Termos consciência de nossa necessidade espiritual nos move a ler a Bíblia diariamente, a ingerir alimento
espiritual fornecido “no tempo apropriado” pelo “escravo fiel e discreto”, e a assistir regularmente às reuniões cristãs.
(Mateus 24:45; Salmo 1:1, 2; 119:111; Hebreus 10:25) O amor ao próximo nos torna cientes da necessidade
espiritual de outros e nos impele a ser zelosos na pregação e no ensino das boas novas do Reino. (Marcos 13:10;
Romanos 1:14-16) Transmitir verdades bíblicas a outros nos traz felicidade. (Atos 20:20, 35) A felicidade aumenta
quando meditamos na esperança maravilhosa do Reino e as bênçãos que ele trará. Para o “pequeno rebanho” de
cristãos ungidos, a esperança do Reino significa vida imortal no céu como membros do governo do Reino de Cristo.
(Lucas 12:32; 1 Coríntios 15:50, 54) Para as “outras ovelhas” significa vida eterna numa Terra paradísica como
súditos desse governo. — João 10:16; Salmo 37:11; Mateus 25:34, 46.
Como os que pranteiam podem ser felizes
5 As palavras da segunda felicidade parecem contraditórias. Jesus disse: “Felizes os que pranteiam, porque serão
consolados.” (Mateus 5:4) Como pode uma pessoa prantear e, ao mesmo tempo, ser feliz? Para entender o sentido
da declaração de Jesus, temos de analisar o tipo de pranto a que ele se referia. O discípulo Tiago explica que a
nossa própria condição pecaminosa deve ser motivo de pranto. Ele escreveu: “Limpai as vossas mãos, ó pecadores,
e purificai os vossos corações, ó indecisos. Entregai-vos à mágoa, e pranteai e chorai. Transforme-se o vosso riso
em pranto e a vossa alegria em abatimento. Humilhai-vos aos olhos de Jeová, e ele vos enaltecerá.” (Tiago 4:8-10)
Os que genuinamente lamentam sua condição pecaminosa são consolados quando aprendem que os seus pecados
podem ser perdoados, se exercerem fé no sacrifício resgatador de Cristo e mostrarem arrependimento genuíno por
fazerem a vontade de Jeová. (João 3:16; 2 Coríntios 7:9, 10) Assim, eles podem ter uma relação valiosa com Jeová e
a esperança de viver para sempre a fim de servir e louvar a ele. Isso lhes dá profunda felicidade. — Romanos 4:7, 8.
6 A declaração de Jesus inclui também aqueles que “pranteiam” por causa das condições detestáveis que

prevalecem na Terra. Jesus aplicou a si mesmo a profecia de Isaías 61:1, 2, que diz: “O espírito do Soberano Senhor
Jeová está sobre mim, visto que Jeová me ungiu para anunciar boas novas aos mansos. Enviou-me para pensar os
quebrantados de coração, . . . para consolar a todos os que pranteiam.” Essa comissão aplica-se também aos
cristãos ungidos que ainda estão na Terra, e eles a cumprem com a ajuda de seus companheiros, as “outras
ovelhas”. Todos participam na obra de marcar simbolicamente as testas dos “homens que suspiram e gemem por
causa de todas as coisas detestáveis que se fazem no meio dela [a Jerusalém apóstata, prefigurando a cristandade]”.
(Ezequiel 9:4) Esses que pranteiam são consolados pelas “boas novas do reino”. (Mateus 24:14) Eles se alegram ao
saber que o perverso sistema de Satanás será em breve substituído pelo novo mundo justo de Jeová.
Felizes os de temperamento brando
7 Jesus continuou o Sermão do Monte dizendo: “Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.”
(Mateus 5:5) O temperamento brando é, às vezes, considerado uma fraqueza de personalidade. Mas esse não é o
caso. Explicando o sentido da palavra traduzida “temperamento brando”, certo erudito bíblico escreveu:
“A característica suprema do homem [de temperamento brando] é que ele se mantém sob perfeito controle. Não se
trata de mera gentileza [sem força moral], apego sentimental, tranqüilidade passiva. É força sob controle.” Jesus
disse a respeito de si mesmo: “Sou de temperamento brando e humilde de coração.” (Mateus 11:29) Não obstante,
Jesus era corajoso ao defender princípios justos. — Mateus 21:12, 13; 23:13-33.
8 O temperamento brando, portanto, está intimamente relacionado com o autodomínio. De fato, a brandura e o
autodomínio foram alistados juntos na relação dos “frutos do espírito” feita pelo apóstolo Paulo. (Gálatas 5:22, 23) O
temperamento brando precisa ser cultivado com a ajuda do espírito santo. É uma qualidade cristã que contribui para
a paz com pessoas de fora da congregação cristã e com as que fazem parte dela. Paulo escreveu: “Revesti-vos das
ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e longanimidade. Continuai a suportar-vos
uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente.” — Colossenses 3:12, 13.
9 O temperamento brando, no entanto, não se limita ao nosso relacionamento com outros humanos. Por nos

submetermos voluntariamente à soberania de Jeová, demonstramos que somos de temperamento brando. O


principal exemplo nesse sentido é Jesus Cristo, que quando esteve na Terra mostrou ter um temperamento brando e
foi completamente submisso à vontade de seu Pai. ( João 5:19, 30) Jesus, como Governante designado, é o mais
importante herdeiro da Terra. (Salmo 2:6-8; Daniel 7:13, 14) Ele compartilha sua herança com 144.000 “co-
herdeiros”, escolhidos “dentre a humanidade” para “reinar sobre a terra”. (Romanos 8:17; Revelação [Apocalipse] 5:9,
10; 14:1, 3, 4; Daniel 7:27) Cristo e seus regentes associados governarão milhões de homens e mulheres
comparáveis a ovelhas, nos quais este salmo profético terá seu feliz cumprimento: “Os próprios mansos possuirão a
terra e deveras se deleitarão na abundância de paz.” — Salmo 37:11; Mateus 25:33, 34, 46.
Felizes os famintos da justiça
10 A felicidade seguinte mencionada por Jesus ao discursar naquele monte da Galiléia foi: “Felizes os famintos e

sedentos da justiça, porque serão saciados.” (Mateus 5:6) Jeová estabelece padrões de justiça para os cristãos.
Assim, os famintos e sedentos da justiça na realidade têm fome e sede de orientação divina. Eles estão
profundamente apercebidos de sua condição pecaminosa e imperfeita e anseiam ter uma posição aceitável perante
Jeová. Ficam muito alegres quando aprendem da Palavra de Deus que, desde que se arrependam e busquem o
perdão à base do sacrifício resgatador de Cristo, estarão em condições de obter uma posição justa perante Deus.
— Atos 2:38; 10:43; 13:38, 39; Romanos 5:19.
11Jesus disse que esses seriam felizes, pois estariam “completamente satisfeitos”. (Mateus 5:6, BLH) Os cristãos
ungidos chamados para “reinar” com Cristo no céu são “declarados justos para a vida”. (Romanos 5:1, 9, 16-18)
Jeová os adota como filhos espirituais. Tornam-se co-herdeiros de Cristo, chamados para serem reis e sacerdotes no
Seu governo celestial do Reino. — João 3:3; 1 Pedro 2:9.
12 Os companheiros dos ungidos ainda não são declarados justos para a vida. No entanto, Jeová lhes atribui certa
medida de justiça por causa da fé que eles têm no sangue derramado de Cristo. (Tiago 2:22-25; Revelação 7:9, 10)
São considerados justos, como amigos de Jeová, com a perspectiva de sobreviver à “grande tribulação”. (Revelação
7:14) A sua sede de justiça será satisfeita ainda mais quando, sob os “novos céus”, eles se tornarem parte da nova
terra em que “há de morar a justiça”. — 2 Pedro 3:13; Salmo 37:29.
Felizes os misericordiosos
13 Continuando seu Sermão do Monte, Jesus disse: “Felizes os misericordiosos, porque serão tratados com
misericórdia.” (Mateus 5:7) Em sentido jurídico, misericórdia se refere ao ato de clemência de um juiz que, ao
condenar um criminoso, não aplica a pena máxima prevista por lei. Mas as palavras originais traduzidas
“misericórdia”, conforme usadas na Bíblia, referem-se geralmente a uma expressão de bondosa consideração ou
compaixão que dá alívio aos desfavorecidos. Assim, os misericordiosos demonstram sua compaixão de modo
prático. A parábola de Jesus a respeito do samaritano prestativo é um belo exemplo de alguém que “agiu
misericordiosamente” para com uma pessoa em necessidade. — Lucas 10:29-37.
14 Para sentir a felicidade que resulta de ser misericordioso, precisamos fazer ações de bondade aos que

necessitam. (Gálatas 6:10) Jesus sentia compaixão pelas pessoas que encontrava. “Teve pena [delas], porque eram
como ovelhas sem pastor. E principiou a ensinar-lhes muitas coisas.” (Marcos 6:34) Jesus sabia que a maior
necessidade da humanidade era espiritual. Nós também podemos ser compassivos e misericordiosos por partilhar
com outros o que eles mais precisam — as “boas novas do reino”. (Mateus 24:14) Podemos também oferecer ajuda
prática aos nossos irmãos cristãos mais idosos, às viúvas e aos órfãos, e “falar consoladoramente às almas
deprimidas”. (1 Tessalonicenses 5:14; Provérbios 12:25; Tiago 1:27) Por fazermos isso, não só teremos felicidade,
mas também receberemos a misericórdia de Jeová. — Atos 20:35; Tiago 2:13.
Puros de coração e pacíficos
15 Jesus descreveu a sexta e a sétima felicidades como segue: “Felizes os puros de coração, porque verão a

Deus. Felizes os pacíficos, porque serão chamados ‘filhos de Deus’.” (Mateus 5:8, 9) O coração puro é limpo em
sentido moral e espiritual, e completamente devotado a Jeová. (1 Crônicas 28:9; Salmo 86:11) A palavra no idioma
original traduzida “pacíficos” significa literalmente “pacificadores”. Os pacíficos vivem em paz com seus irmãos
cristãos e, no que depender deles, com todos os outros. (Romanos 12:17-21) Eles ‘buscam a paz e empenham-se
por ela’. — 1 Pedro 3:11.
16 Jesus prometeu que os pacíficos e puros de coração “serão chamados ‘filhos de Deus’” e “verão a Deus”. Os
cristãos ungidos são gerados pelo espírito e adotados como “filhos” por Jeová enquanto ainda estão na Terra.
(Romanos 8:14-17) Ao serem ressuscitados para estar com Cristo no céu, eles prestam serviço na presença de
Jeová e realmente o vêem. — 1 João 3:1, 2; Revelação 4:9-11.
17 As pacíficas “outras ovelhas” servem a Jeová sob a direção do Pastor Excelente, Jesus Cristo, que se torna seu
“Pai Eterno”. (João 10:14, 16; Isaías 9:6) Aqueles que passarem na prova final, depois do Reinado Milenar de Cristo,
serão adotados como filhos terrestres de Jeová e ‘terão a liberdade gloriosa dos filhos de Deus’. (Romanos 8:21;
Revelação 20:7, 9) Enquanto aguardam isso, eles dirigem-se a Jeová como Pai, visto que dedicaram sua vida a ele e
o reconhecem como Dador da Vida. (Isaías 64:8) Como Jó e Moisés, eles podem ‘ver a Deus’ com os olhos da fé. (Jó
42:5; Hebreus 11:27) Com ‘os olhos de seu coração’ e por meio do conhecimento exato sobre Deus, eles percebem
as maravilhosas qualidades Dele e esforçam-se a imitá-lo por fazer a Sua vontade. — Efésios 1:18; Romanos 1:19,
20; 3 João 11.
18 Vimos que os que reconhecem que têm necessidades espirituais, que pranteiam, que têm um temperamento

brando, os famintos e sedentos da justiça, os puros de coração e os pacíficos encontram verdadeira felicidade em
servir a Jeová. No entanto, eles sempre têm enfrentado oposição, até mesmo perseguição. Será que isso prejudica a
felicidade deles? Essa pergunta será considerada no próximo artigo.

*** w04 1/11 pp. 13-18 Perseguidos, porém felizes ***


Perseguidos, porém felizes
“Felizes sois quando vos vituperarem e perseguirem, e, mentindo, disserem toda sorte de coisas iníquas
contra vós, por minha causa.” — MATEUS 5:11.

QUANDO Jesus enviou seus apóstolos para pregar o Reino, ele avisou que enfrentariam oposição. Disse: “Sereis
pessoas odiadas por todos, por causa do meu nome.” (Mateus 10:5-18, 22) Antes, porém, no seu Sermão do Monte,
ele garantiu a seus apóstolos e a outros que essa oposição não necessariamente comprometeria a imensa felicidade
que eles tinham. Na realidade, Jesus até mesmo relacionou felicidade com perseguição! Como ser perseguido e
ainda assim ser feliz?
Sofrer pela causa da justiça
2 A oitava felicidade declarada por Jesus é: “Felizes os que têm sido perseguidos por causa da justiça, porque a
eles pertence o reino dos céus.” (Mateus 5:10) Aparentemente, não há nenhuma vantagem no sofrimento. O apóstolo
Pedro escreveu: “Que mérito há nisso se, quando estais pecando e estais sendo esbofeteados, perseverais? Mas, se
perseverais quando estais fazendo o bem e sofreis, isto é algo agradável a Deus.” E acrescentou: “No entanto,
nenhum de vós sofra como assassino, ou como ladrão, ou como malfeitor, ou como intrometido nos assuntos dos
outros. Mas, se ele sofrer como cristão, não se envergonhe, mas persista em glorificar a Deus neste nome.” (1 Pedro
2:20; 4:15, 16) Segundo as palavras de Jesus, o sofrimento traz felicidade quando é pela causa da justiça.
3A verdadeira justiça está em harmonia com a vontade e os mandamentos de Deus. Portanto, sofremos pela
causa da justiça quando somos de alguma maneira punidos porque não cedemos à pressão de violar as normas ou
requisitos de Deus. Os apóstolos foram perseguidos pelos líderes judaicos por se recusar a parar de pregar em nome
de Jesus. (Atos 4:18-20; 5:27-29, 40) Será que isso roubou a alegria deles ou acabou com a pregação? Claro que
não! “[Eles] retiraram-se do Sinédrio, alegrando-se porque tinham sido considerados dignos de ser desonrados a
favor do nome dele. E cada dia, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as
boas novas a respeito do Cristo, Jesus.” (Atos 5:41, 42) Essa perseguição lhes trouxe alegria e renovou seu zelo na
pregação. Mais tarde, os primeiros cristãos foram perseguidos pelos romanos porque se recusaram a adorar o
imperador.
4 Nos nossos dias, as Testemunhas de Jeová têm sido perseguidas porque se recusam a parar de pregar as

“boas novas do reino”. (Mateus 24:14) Quando proibidas de realizar suas reuniões cristãs, elas estão dispostas a
sofrer, mas não param de se reunir, como a Bíblia ordena. (Hebreus 10:24, 25) As Testemunhas de Jeová têm sido
perseguidas por causa de sua neutralidade cristã e porque obedecem fielmente a instrução bíblica sobre como usar o
sangue. ( João 17:14; Atos 15:28, 29) Não obstante, o povo de Deus, ao tomar essa posição a favor da justiça, tem
paz no íntimo e felicidade. — 1 Pedro 3:14.
Vituperados pela causa de Cristo
5 A nona felicidade considerada por Jesus no Sermão do Monte também diz respeito à perseguição. Ele declarou:
“Felizes sois quando vos vituperarem e perseguirem, e, mentindo, disserem toda sorte de coisas iníquas contra vós,
por minha causa.” (Mateus 5:11) Basicamente, o povo de Jeová é perseguido porque não faz parte deste mundo
mau. Jesus disse a seus discípulos: “Se vós fizésseis parte do mundo, o mundo estaria afeiçoado ao que é seu.
Agora, porque não fazeis parte do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por esta razão o mundo vos odeia.” ( João
15:19) O apóstolo Pedro fez uma declaração parecida: “Visto que não continuais a correr com eles neste proceder
para o mesmo antro vil de devassidão, ficam intrigados e falam de vós de modo ultrajante.” — 1 Pedro 4:4.
6 Já vimos que os primeiros cristãos foram perseguidos porque se recusaram a parar de pregar em nome de

Jesus. Cristo deu a seguinte comissão a seus seguidores: “Sereis testemunhas de mim . . . até à parte mais distante
da terra.” (Atos 1:8) O fiel restante dos irmãos ungidos de Cristo, auxiliado pelos seus leais companheiros, a “grande
multidão”, tem cumprido zelosamente essa comissão. (Revelação [Apocalipse] 7:9) É por isso que Satanás guerreia
contra “os remanescentes da sua semente [a semente da “mulher”, a parte celestial da organização de Deus], que
observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus”. (Revelação [Apocalipse] 12:9, 17)
Como Testemunhas de Jeová, damos testemunho de Jesus, o já empossado Rei do governo do Reino, o qual
destruirá os governos humanos, que se interpõem no caminho do novo mundo justo de Deus. (Daniel 2:44; 2 Pedro
3:13) Por esse motivo somos vituperados e perseguidos, mas nos consideramos felizes de sofrer por causa do nome
de Cristo. — 1 Pedro 4:14.
7 Jesus declarou que seus seguidores deviam considerar-se felizes mesmo quando as pessoas, ‘mentindo,

dissessem toda sorte de coisas iníquas’ contra eles por Sua causa. (Mateus 5:11) Isso realmente aconteceu com os
primeiros cristãos. Quando o apóstolo Paulo foi detido em Roma, cerca de 59-61 EC, os líderes judaicos locais
disseram a respeito dos cristãos: “Deveras, quanto a esta seita, é sabido por nós que em toda a parte se fala contra
ela.” (Atos 28:22) Paulo e Silas foram acusados de ter “subvertido a terra habitada”, agindo “em oposição aos
decretos de César”. — Atos 17:6, 7.
8 Escrevendo sobre os cristãos da época do Império Romano, o historiador K. S. Latourette declarou: “As

acusações eram das mais diversas. Visto que se negavam a participar em cerimônias pagãs, os cristãos foram
chamados de ateus. Por não se envolverem na maioria das atividades comunitárias — festas pagãs, diversões
públicas . . . —, foram tachados de odiadores da raça humana. . . . Dizia-se que homens e mulheres cristãos se
reuniam à noite . . . e depois tinham relações sexuais promíscuas. . . . O fato de que [a Comemoração da morte de
Cristo] era celebrada apenas na presença de crentes alimentava os boatos de que os cristãos sacrificavam
regularmente uma criancinha e depois consumiam o sangue e a carne dela.” Além disso, visto que os primeiros
cristãos se recusavam a adorar o imperador, eles eram acusados de ser inimigos do Estado.
9Essas acusações falsas não impediram que os primeiros cristãos cumprissem sua comissão de pregar as boas
novas do Reino. Em 60-61 EC, Paulo pôde falar das “boas novas” que ‘davam fruto e aumentavam em todo o mundo’
e que haviam sido “pregadas em toda a criação debaixo do céu”. (Colossenses 1:5, 6, 23) O mesmo acontece hoje.
As Testemunhas de Jeová são acusadas falsamente, assim como foram os cristãos do primeiro século. No entanto, a
obra de pregação da mensagem do Reino prospera e dá muita felicidade para quem participa nela.
Felizes de ser perseguidos como os profetas
10 Jesus terminou seus comentários sobre a nona felicidade dizendo: “Alegrai-vos . . . pois assim perseguiram os
profetas antes de vós.” (Mateus 5:12) Os profetas enviados por Jeová para alertar o Israel infiel não eram bem
recebidos e foram perseguidos muitas vezes. ( Jeremias 7:25, 26) O apóstolo Paulo confirmou isso, escrevendo:
“Que mais hei de dizer? Pois o tempo me faltaria se prosseguisse relatando sobre . . . os outros profetas, os quais,
pela fé . . . receberam a sua provação por mofas e por açoites, deveras, mais do que isso, por laços e prisões.”
— Hebreus 11:32-38.
11 Durante o reinado do perverso Rei Acabe e sua esposa, Jezabel, muitos profetas de Jeová foram mortos pela
espada. (1 Reis 18:4, 13; 19:10) O profeta Jeremias foi colocado no tronco e, mais tarde, jogado numa cisterna
lamacenta. ( Jeremias 20:1, 2; 38:6) O profeta Daniel foi lançado numa cova de leões. (Daniel 6:16, 17) Todos esses
profetas pré-cristãos foram perseguidos porque defenderam a adoração pura de Jeová. Muitos deles foram
perseguidos pelos líderes religiosos judaicos. Jesus se referiu aos escribas e fariseus como “filhos daqueles que
assassinaram os profetas”. — Mateus 23:31.
12Atualmente, nós, Testemunhas de Jeová, muitas vezes sofremos perseguição porque somos zelosos
pregadores das boas novas do Reino. Os inimigos nos acusam de fazer “proselitismo agressivo”, mas sabemos que
no passado os adoradores fiéis de Jeová também enfrentaram críticas similares. ( Jeremias 11:21; 20:8, 11) Para nós
é uma honra sofrer pela mesma razão que os fiéis profetas do passado sofreram. O discípulo Tiago escreveu:
“Irmãos, tomai por modelo do sofrimento do mal e do exercício da paciência os profetas, que falaram em nome de
Jeová. Eis que proclamamos felizes os que perseveraram.” — Tiago 5:10, 11.
Razões profundas para ser feliz
13 Longe de ficar desanimados por causa da perseguição, somos consolados pela idéia de que estamos seguindo
as pisadas dos profetas, dos primeiros cristãos e do próprio Jesus Cristo. (1 Pedro 2:21) Obtemos profunda
satisfação quando lemos nas Escrituras estas palavras do apóstolo Pedro: “Amados, não fiqueis intrigados com o
ardor entre vós, que vos está acontecendo como provação, como se vos sobreviesse coisa estranha. Se fordes
vituperados pelo nome de Cristo, felizes sois, porque o espírito de glória, sim, o espírito de Deus, está repousando
sobre vós.” (1 Pedro 4:12, 14) A experiência nos ensina que só conseguimos ficar firmes sob perseguição porque
temos o espírito de Jeová, e ele nos fortalece. O apoio do espírito santo é prova de que temos as bênçãos de Jeová,
e isso nos dá grande felicidade. — Salmo 5:12; Filipenses 1:27-29.
14 Outro motivo pelo qual a oposição e a perseguição pela causa da justiça nos tornam felizes é que são prova de
que estamos vivendo com devoção piedosa como verdadeiros cristãos. O apóstolo Paulo escreveu: “Todos os que
desejarem viver com devoção piedosa em associação com Cristo Jesus também serão perseguidos.” (2 Timóteo
3:12) É fonte de grande alegria saber que a nossa integridade sob provações dá mais uma resposta ao desafio de
Satanás de que todas as criaturas servem a Jeová por interesse egoísta. ( Jó 1:9-11; 2:3, 4) Ficamos muito alegres
por termos uma participação, mesmo que modesta, na vindicação da soberania justa de Jeová. — Provérbios 27:11.
Pular de alegria por causa da recompensa
15Jesus deu ainda outra razão para nos alegrarmos ao ser difamados e perseguidos como foram os profetas do
passado. Ao falar sobre a última felicidade, ele disse: “Alegrai-vos e pulai de alegria, porque a vossa recompensa é
grande nos céus.” (Mateus 5:12) O apóstolo Paulo escreveu: “O salário pago pelo pecado é a morte, mas o dom
dado por Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:23) Sim, embora não mereçamos, a
‘grande recompensa’ é a vida. Visto ser uma dádiva de Jeová, Jesus disse que a recompensa é “nos céus”.
16Os ungidos recebem a “coroa da vida” que, no caso deles, é a vida imortal com Cristo no céu. (Tiago 1:12, 17)
Aqueles que têm esperança terrestre, as “outras ovelhas”, esperam ganhar a vida eterna na Terra paradísica. ( João
10:16; Revelação 21:3-5) Para as duas classes, a “recompensa” é imerecida. Tanto os ungidos como as “outras
ovelhas” recebem sua recompensa devido à “sobrepujante benignidade imerecida” de Jeová, que moveu o apóstolo
Paulo a dizer: “Graças a Deus por sua indescritível dádiva.” —2 Coríntios 9:14, 15.
17 O apóstolo Paulo escreveu para os cristãos, alguns dos quais logo seriam cruelmente perseguidos pelo

Imperador Nero: “Exultemos enquanto em tribulações, visto que sabemos que tribulação produz perseverança;
perseverança, por sua vez, uma condição aprovada; a condição aprovada, por sua vez, esperança, e a esperança
não conduz a desapontamento.” Ele disse também: “Alegrai-vos na esperança. Perseverai em tribulação.” (Romanos
5:3-5; 12:12) Quer nossa esperança seja celeste quer terrestre, a nossa recompensa por sermos fiéis sob provação é
muito mais do que merecemos. A nossa alegria é imensa quando pensamos na perspectiva de viver para sempre
servindo e louvando o nosso amoroso Pai, Jeová, sob o governo de nosso Rei Jesus Cristo. Figurativamente, nós
‘pulamos de alegria’.
18 Em alguns países, as Testemunhas de Jeová foram e ainda são perseguidas. Na sua profecia a respeito da
terminação deste sistema, Jesus alertou os cristãos verdadeiros: “Sereis pessoas odiadas por todas as nações, por
causa do meu nome.” (Mateus 24:9) Ao nos aproximarmos do fim, Satanás fará com que as nações manifestem seu
ódio contra o povo de Jeová. (Ezequiel 38:10-12, 14-16) Isso indicará que chegou a hora de Jeová agir. “Eu hei de
magnificar-me, e santificar-me, e dar-me a conhecer aos olhos de muitas nações; e terão de saber que eu sou
Jeová.” (Ezequiel 38:23) Desse modo Jeová santificará seu grande nome e livrará seu povo da perseguição.
Portanto, “feliz o homem que estiver perseverando em provação”. — Tiago 1:12.
19 À medida que esse grande “dia de Jeová” se aproxima, devemos nos alegrar por ser “considerados dignos de
ser desonrados a favor do nome” de Jesus. (2 Pedro 3:10-13; Atos 5:41) Assim como os primeiros cristãos,
continuemos “sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo” e de seu governo do Reino,
enquanto aguardamos a nossa recompensa no novo mundo justo de Jeová. — Atos 5:42; Tiago 5:11.
*** w92 15/5 pp. 15-16 Há verdadeira felicidade em servir a Jeová ***
Conceito Diferente Sobre a Felicidade
3Jesus Cristo, no seu Sermão do Monte, não disse que a felicidade depende de boa saúde, de bens materiais e
de coisas semelhantes. Declarou verdadeiramente felizes “os cônscios de sua necessidade espiritual” e “os famintos
e sedentos da justiça”. Relacionado com estes dois fatores necessários para se ter verdadeira felicidade há a
declaração aparentemente paradoxal de Jesus: “Felizes os que pranteiam, porque serão consolados.” (Mateus 5:3-6)
É óbvio que Jesus não estava dizendo que se seria automaticamente feliz quando se perde um ente querido. Antes,
ele estava falando daqueles que lamentam a sua condição pecaminosa e as conseqüências dela.
4 O apóstolo Paulo falou sobre a criação humana gemer sob o pecado, fez isso à base da esperança de que ela
“será liberta da escravização à corrupção”. (Romanos 8:21, 22) Os humanos que aceitam a provisão expiatória de
pecados por meio do sacrifício de resgate de Cristo e que fazem a vontade de Deus são realmente consolados e
tornados felizes. (Romanos 4:6-8) No Sermão do Monte, Jesus declarou também felizes “os de temperamento
brando”, “os misericordiosos”, “os puros de coração” e “os pacíficos”. Garantiu que, mesmo perseguidos, esses
mansos não perderiam sua felicidade. (Mateus 5:5-11) É de interesse notar que esses elevados fatores de felicidade
colocam os ricos e os pobres em pé de igualdade.

*** cf cap. 5 pp. 46-48 “Todos os tesouros da sabedoria” ***


CAPÍTULO 5
“Todos os tesouros da sabedoria”

É PRIMAVERA de 31 EC. Jesus Cristo está perto de Cafarnaum, uma cidade movimentada que fica na margem
noroeste do mar da Galileia. Ele orou sozinho a noite inteira num monte não muito longe dali. Quando amanhece, ele
reúne seus discípulos, escolhe 12 dentre eles e lhes dá o nome de apóstolos. Enquanto isso, um grande número de
pessoas que o seguiram até aquele local, incluindo algumas que vêm de longe, estão reunidas num lugar plano na
montanha. Elas estão ansiosas para ouvi-lo e ser curadas de suas doenças. Jesus não as desaponta. — Lucas 6:12-
19.
2 Jesus aproxima-se da multidão e cura todos os doentes. Quando finalmente as pessoas ali ficam livres de seus

graves problemas de saúde, ele se senta e começa a ensinar. Suas palavras naquela fresca manhã de primavera
sem dúvida surpreendem os ouvintes. Eles nunca ouviram ninguém ensinar como Jesus. Ele não recorre às tradições
orais nem às palavras de algum famoso rabino para dar peso aos seus ensinamentos. Em vez disso, cita repetidas
vezes as inspiradas Escrituras Hebraicas. Sua mensagem é direta, suas palavras simples, e seu objetivo claro.
Quando ele conclui, a multidão está maravilhada! E não é para menos. Eles acabaram de ouvir o homem mais sábio
que já viveu! — Mateus 7:28, 29.

*** w92 1/1 p. 25 Genesaré — ‘maravilhosa e bela’ ***


Se viajasse ao longo da costa de Genesaré, provavelmente veria alguns lugares em que se diz terem ocorrido
certos eventos durante o ministério de Jesus. Um deles é uma colina verdejante na qual, segundo a tradição, Jesus
proferiu o Sermão do Monte. Esta localização não conflita com os relatos evangélicos, pois Jesus estava perto da
planície de Genesaré quando proferiu esse sermão. — Mateus 5:1-7:29; Lucas 6:17-7:1.
Outro local que se diz autêntico não se harmoniza com os fatos bíblicos. Há uma igreja construída supostamente
onde Jesus alimentou 4.000 pessoas com sete pães e alguns peixes. (Mateus 15:32-38; Marcos 8:1-9) Em vez de
situar este evento na planície de Genesaré, o relato de Marcos menciona as “regiões de Decápolis”, que ficavam do
outro lado do mar, a mais de 11 quilômetros de distância. — Marcos 7:31.

*** Documento extraído ***


*** cf cap. 12 pp. 119-120 par. 6 “Nada lhes falava sem ilustração” ***
O Sermão do Monte, registrado em Mateus 5:3–7:27, é um ótimo exemplo de como Jesus usava muitas
ilustrações. Segundo uma contagem, esse sermão tem mais de 50 figuras de linguagem. Para ter uma ideia, lembre-
se de que o Sermão do Monte pode ser lido em voz alta em cerca de 20 minutos. Nesse caso, em média uma figura
de linguagem é mencionada aproximadamente a cada 20 segundos!

*** cf cap. 12 p. 120 par. 8 “Nada lhes falava sem ilustração” ***
Por exemplo, ao incentivar seus discípulos a não estar ansiosos pelas necessidades diárias, Jesus mencionou “as
aves do céu” e os “lírios do campo”. As aves não semeiam nem colhem, os lírios não fiam nem tecem. Mesmo assim,
Deus cuida deles. É fácil entender o ponto, ou seja, se Deus cuida das aves e das flores, com certeza cuidará das
pessoas que ‘persistirem em buscar primeiro o reino’. — Mateus 6:26, 28-33.
*** cf cap. 10 pp. 103-104 pars. 13-14 “Está escrito” ***
13No Sermão do Monte, Jesus usou várias vezes a frase “ouvistes que se disse” antes de citar um mandamento
da Lei mosaica. Depois ele continuava com a frase “mas eu vos digo”, e então explicava um princípio que envolvia
muito mais do que apenas cumprir superficialmente a Lei. Será que Jesus estava falando contra a Lei? Não, ele a
estava defendendo. Por exemplo, as pessoas conheciam bem a lei “não deves assassinar”. Mas Jesus disse-lhes
que odiar uma pessoa já violava o princípio por trás daquela lei. Do mesmo modo, se alguém nutrisse sentimentos
românticos por uma pessoa que não fosse seu cônjuge, estaria violando o princípio no qual se baseava a lei de Deus
contra o adultério. — Mateus 5:17, 18, 21, 22, 27-39.
14Finalmente, Jesus declarou: “Ouvistes que se disse: ‘Tens de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo.’ No
entanto, eu vos digo: Continuai a amar os vossos inimigos e a orar pelos que vos perseguem.” (Mateus 5:43, 44)
Será que o mandamento de ‘odiar o seu inimigo’ constava na Palavra de Deus? Não, os próprios líderes religiosos
inventaram essa regra. Eles enfraqueciam a Lei perfeita de Deus com conceitos humanos. Jesus defendeu
corajosamente a Palavra de Deus contra os efeitos nocivos das tradições humanas.

*** w02 15/3 p. 6 Boa liderança — onde podemos encontrá-la? ***


No Sermão do Monte, Jesus introduziu seis vezes as suas declarações com a expressão “ouvistes que se disse”
ou “outrossim, foi dito”, mas depois apresentou outra idéia, dizendo: “No entanto, eu vos digo.” (Mateus 5:21, 22, 27,
28, 31-34, 38, 39, 43, 44) Isso indica que seus ouvintes estavam acostumados a agir de certo modo, segundo as
tradições orais, farisaicas. Mas, Jesus mostrou-lhes então um modo diferente — um que refletia o verdadeiro espírito
da Lei Mosaica. Jesus introduziu assim uma mudança, e fez isso dum modo fácil de ser aceito pelos seus
seguidores. Deveras, Jesus induziu as pessoas a fazer mudanças dramáticas na vida, em sentido espiritual e moral.
Isto é o que distingue um verdadeiro líder.

*** w01 15/12 Um remédio prático para aliviar o estresse ***


Ensinos que o ajudarão
Que proveito você pode tirar dos capítulos 5 a 7 de Mateus? Estes capítulos contêm ensinos dados pelo Instrutor-
Mestre, Jesus, num monte da Galiléia. Leia os versículos citados abaixo, usando seu próprio exemplar da Bíblia, e
faça a si mesmo as perguntas relacionadas.
1. 5:3-9 O que me diz isso a respeito da minha atitude geral? Como posso esforçar-me para ter mais felicidade?
Como posso dar mais atenção às minhas necessidades espirituais?
2. 5:25, 26 O que é melhor do que imitar o espírito contencioso de muitos? — Lucas 12:58, 59.
3. 5:27-30 O que destacam as palavras de Jesus a respeito de fantasias românticas? Evitá-las contribuirá de que
maneira para a minha felicidade e paz mental?
4. 5:38-42 Por que devo esforçar-me a evitar a ênfase que a sociedade moderna dá a se ser muito agressivo?
5. 5:43-48 De que proveito será para mim conhecer melhor aqueles com quem me associo e que eu talvez tenha
achado serem inimigos? O que isso poderá fazer para reduzir ou eliminar o estresse?
6. 6:14, 15 Se às vezes não estou inclinado a perdoar, seria o motivo básico disso a inveja ou o ressentimento?
Como posso mudar?
7. 6:16-18 Tenho a inclinação de me preocupar mais com as aparências do que com quem sou no íntimo? O que me
devia preocupar mais?
8. 6:19-32 Como me pode afetar ficar preocupado demais com dinheiro e com o que possuo? Refletir sobre o que
me ajudará a continuar equilibrado neste respeito?
9. 7:1-5 Como me sinto quando estou com pessoas de atitude condenatória e crítica, que sempre acham defeitos?
Por que é importante que eu evite ser assim?
10. 7:7-11 Se a persistência convém quando faço pedidos a Deus, que dizer dela em outros aspectos da vida?
— Lucas 11:5-13.
11. 7:12 Embora eu conheça a Regra de Ouro, com que freqüência aplico este conselho nos tratos com outros?
12. 7:24-27 Visto que sou responsável por orientar a minha própria vida, como posso preparar-me melhor para
enfrentar tempestades de dificuldades e ondas de problemas? Por que devo refletir sobre isso agora? — Lucas
6:46-49.
Ensinos adicionais que posso considerar:
13. 8:2, 3 Como posso mostrar compaixão pelos menos favorecidos, assim como Jesus mostrou muitas vezes?
14. 9:9-38 Que papel desempenha na minha vida eu ser misericordioso, e como posso ser ainda mais?
15. 12:19 Aprendendo da profecia a respeito de Jesus, esforço-me a evitar discussões contenciosas?
16. 12:20, 21 O que posso fazer de bem por não esmagar outros quer com palavras quer com ações?
17. 12:34-37 De que eu falo na maior parte do tempo? Sei que, quando espremo uma laranja, sai suco; portanto, por
que devo refletir no que há dentro de mim, no meu coração? — Marcos 7:20-23.
18. 15:4-6 Em vista dos comentários de Jesus, o que noto a respeito de ter cuidado amoroso para com os idosos?
19. 19:13-15 Para fazer o que devo tomar tempo?
20. 20:25-28 Por que não é proveitoso exercer autoridade à força? Como posso imitar Jesus neste respeito?
Idéias adicionais, registradas por Marcos:
21. 4:24, 25 De que importância é minha maneira de tratar os outros?
22. 9:50 Se aquilo que digo e faço for de bom gosto, qual será provavelmente o bom resultado disso?
Para finalizar, alguns ensinos registrados por Lucas:
23. 8:11, 14 Se eu deixar que preocupações, riquezas e prazeres dominem a minha vida, que resultado isso pode
ter?
24. 9:1-6 Embora Jesus tivesse a capacidade de curar doentes, a que ele dava prioridade?
25. 9:52-56 Fico logo ofendido? Evito o espírito de retaliação?
26. 9:62 Como devo encarar a minha responsabilidade de falar sobre o Reino de Deus?
27. 10:29-37 Como posso provar que para os outros sou um próximo, não um estranho?
28. 11:33-36 Que mudanças posso fazer para simplificar minha vida?
29. 12:15 Qual é a relação entre a vida e os bens que se possuem?
30. 14:28-30 Por tomar tempo para avaliar com cuidado as decisões a tomar, o que poderei evitar, e com que
proveito?
31. 16:10-12 Que benefícios posso obter de uma vida de integridade?
[Fotos na página 10]
A obra que salva vidas, sob o jugo de Jesus, é reanimadora

*** w02 15/3 pp. 5-6 Boa liderança — onde podemos encontrá-la? ***
Considere o mais famoso discurso dele — o Sermão do Monte. As palavras registradas nos capítulos 5 a 7 de
Mateus estão cheias de conselhos práticos.
Por exemplo, considere o conselho de Jesus a respeito de resolver divergências pessoais. Ele disse: “Se tu, pois,
trouxeres a tua dádiva ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua dádiva ali na frente
do altar e vai; faze primeiro as pazes com o teu irmão, e então, tendo voltado, oferece a tua dádiva.” (Mateus 5:23,
24) Tomar a iniciativa de fazer as pazes com outros tem a máxima prioridade — até mesmo acima do cumprimento
de deveres religiosos, tais como oferecer dádivas no altar do templo em Jerusalém, conforme exigia a Lei Mosaica.
Senão, os atos de adoração são inaceitáveis para Deus. O conselho de Jesus é tão prático hoje como foi séculos
atrás.
Jesus ajudou também seus ouvintes a evitar o laço da imoralidade. Admoestou-os: “Ouvistes que se disse: ‘Não
deves cometer adultério.’ Mas eu vos digo que todo aquele que persiste em olhar para uma mulher, a ponto de ter
paixão por ela, já cometeu no coração adultério com ela.” (Mateus 5:27, 28) Que advertência apropriada! Por que dar
o primeiro passo no caminho que leva ao adultério por nutrir pensamentos imorais? É no coração que se originam a
fornicação e o adultério, disse Jesus. (Mateus 15:18, 19) Seremos sábios se resguardarmos o coração. — Provérbios
4:23.
O Sermão do Monte também contém excelentes conselhos sobre amar nossos inimigos, demonstrar
generosidade, ter o modo correto de encarar coisas materiais e espirituais, e outros assuntos. (Mateus 5:43-47; 6:1-4,
19-21, 24-34) Jesus até mesmo mostrou aos seus ouvintes como procurar a ajuda de Deus por ensinar-lhes a orar.
(Mateus 6:9-13) O Messias, o Líder, fortalece seus seguidores e os prepara para lidarem com problemas comuns da
humanidade.
No Sermão do Monte, Jesus introduziu seis vezes as suas declarações com a expressão “ouvistes que se disse”
ou “outrossim, foi dito”, mas depois apresentou outra idéia, dizendo: “No entanto, eu vos digo.” (Mateus 5:21, 22, 27,
28, 31-34, 38, 39, 43, 44) Isso indica que seus ouvintes estavam acostumados a agir de certo modo, segundo as
tradições orais, farisaicas. Mas, Jesus mostrou-lhes então um modo diferente — um que refletia o verdadeiro espírito
da Lei Mosaica. Jesus introduziu assim uma mudança, e fez isso dum modo fácil de ser aceito pelos seus
seguidores. Deveras, Jesus induziu as pessoas a fazer mudanças dramáticas na vida, em sentido espiritual e moral.
Isto é o que distingue um verdadeiro líder.
*** kl cap. 2 p. 16 pars. 11-12 O livro que revela o conhecimento de Deus ***
Podemos ver isso facilmente no Sermão do Monte proferido por Jesus, que se encontra no livro de Mateus,
capítulos 5 a 7. Este sermão impressionou de tal maneira o falecido líder indiano Mahatma K. Gandhi que ele
alegadamente disse a uma autoridade britânica: “Quando o seu país e o meu se reunirem baseados nos ensinos de
Cristo no Sermão do Monte, teremos solucionado os problemas, não só de nossos países, mas do mundo inteiro.”
12Não é de admirar que as pessoas se impressionem com os ensinamentos de Jesus! No Sermão do Monte, ele
nos mostrou o caminho para a verdadeira felicidade. Explicou como resolver desentendimentos. Deu instruções
sobre como orar. Indicou qual é a atitude mais sensata com relação às necessidades materiais e deu a Regra de
Ouro para se ter boas relações com outros. Como detectar fraudes religiosas e como ter um futuro seguro também
foram abordados nesse sermão.

*** br78 p. 23 O valor prático das boas novas para a comunidade em que você vive ***
No mundo atual, muitas vezes ouvimos a opinião: “Os princípios do cristianismo não são práticos. Simplesmente
não funcionam na atual sociedade complexa.” Todavia, numa conversação que, segundo se divulgou, houve entre o
líder hindu Mohandas K. Gandhi e o ex-vice-rei britânico da Índia, Lorde Irwin, expressou-se um sentimento muito
diferente. Lorde Irwin perguntou a Gandhi o que ele achava que solucionaria os problemas entre a Grã-Bretanha e a
Índia. Gandhi apanhou uma Bíblia, abriu-a no quinto capítulo de Mateus e disse: “Quando seu país e o meu
chegarem a um acordo com base nos ensinos de Cristo neste Sermão do Monte, teremos solucionado os problemas,
não só de nossos países, mas do mundo inteiro.”
Este sermão fala sobre buscar espiritualidade e sobre ser de temperamento brando, pacífico, misericordioso,
amante da justiça. Condena não só o homicídio, mas também irar-se com outros; não só o adultério, mas também
pensamentos lascivos. Fala contra divórcios irresponsáveis que desfazem lares e vitimam crianças. Diz-nos: ‘Ame
até mesmo os que não gostam de você, dê algo aos necessitados, pare de julgar impiedosamente os outros, trate os
outros assim como você gostaria de ser tratado.’ Todos estes conselhos, se fossem aplicados, produziriam enormes
benefícios. Quanto maior o número de pessoas na sua comunidade que os praticar, tanto melhor esta se tornará!

*** w09 15/2 p. 10 par. 2 Permita que as palavras de Jesus influenciem a sua atitude ***
2 Embora o Sermão do Monte talvez tenha sido proferido em menos de meia hora, ele contém 21 citações de oito

livros das Escrituras Hebraicas.

*** w96 15/5 p. 19 par. 15 Leia a Palavra de Deus e sirva-o em verdade ***
O próprio Jesus usou este método de instrução. Quando proferiu seu Sermão do Monte, fez 21 citações das
Escrituras Hebraicas. Este discurso contém três citações de Êxodo, duas de Levítico, uma de Números, seis de
Deuteronômio, uma de Segundo dos Reis, quatro dos Salmos, três de Isaías e uma de Jeremias. Será que Jesus, ao
fazer isso, estava ‘simplesmente tentando dar apoio a qualquer argumento que quisesse provar’? Não, porque ‘ele
ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas’. Era assim porque Jesus apoiava seu ensino com a
autoridade da Palavra escrita de Deus. (Mateus 7:29)

*** it-2 p. 552 Jesus Cristo ***


Jesus mostrou ser o “Maravilhoso Conselheiro” prometido (Is 9:6), pelo seu conhecimento da Palavra e da
vontade de Deus, pelo seu entendimento da natureza humana, por sua habilidade de chegar ao âmago das questões
e das controvérsias, e por mostrar soluções para os problemas da vida diária. O bem-conhecido Sermão do Monte é
um exemplo destacado disto. (Mt 5-7) Nele, seu conselho mostrou como alcançar a verdadeira felicidade, como
resolver disputas, como evitar a imoralidade, como lidar com aqueles que demonstram inimizade, a maneira de
praticar a justiça livre de hipocrisia, a atitude correta para com as coisas materiais da vida, confiança na
generosidade de Deus, a regra de ouro para manter relações corretas com outros, os meios de detectar fraudes
religiosas, e como construir um futuro seguro. As multidões ficaram “assombradas com o seu modo de ensinar; pois
ele as ensinava como quem tinha autoridade, e não como seus escribas”. (Mt 7:28, 29)

*** cl cap. 21 pp. 211-213 pars. 5-7 Jesus revela a “sabedoria de Deus” ***
5 O Sermão do Monte é um exemplo notável da sabedoria sem igual encontrada nos ensinos de Jesus. Conforme

registrado em Mateus 5:3–7:27, provavelmente levaria apenas uns 20 minutos para proferi-lo. Mas seus conselhos
são de valor permanente e são tão relevantes hoje como no dia em que foram proferidos. Jesus tratou de diversos
assuntos: como melhorar relacionamentos (5:23-26, 38-42; 7:1-5, 12), como se manter moralmente limpo (5:27-32) e
como ter uma vida significativa (6:19-24; 7:24-27). Mas Jesus fez mais do que apenas dizer a seus ouvintes qual é a
maneira sábia de agir; ele mostrou-lhes isso, explicando, raciocinando e apresentando provas.
6Veja, por exemplo, o conselho sábio de Jesus sobre como lidar com as ansiedades relacionadas às coisas
materiais, conforme registrado no capítulo 6 de Mateus: “Parai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a que
haveis de comer ou quanto a que haveis de beber, ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir.”
(Versículo 25) Alimento e roupa são necessidades básicas e é natural preocupar-se em obtê-las. Mas Jesus nos diz
para ‘pararmos de estar ansiosos’ por essas coisas. Por quê?
7 Preste atenção ao raciocínio convincente de Jesus. Visto que Jeová nos deu a vida e o corpo, será que ele não
pode nos fornecer o alimento para sustentar a vida e roupas para proteger o corpo? (Versículo 25) Se Deus dá
alimento às aves e veste lindamente as flores, quanto mais cuidará de seus adoradores humanos! (Versículos 26, 28-
30) Na verdade, ficar ansioso demais é inútil. Não vai aumentar a duração de nossa vida nem um segundo sequer.
(Versículo 27) Mas então como evitar a ansiedade? Jesus nos aconselha: continue a dar prioridade à adoração de
Deus. Quem faz isso pode ter confiança de que todas as suas necessidades diárias lhe “serão acrescentadas”.
(Versículo 33) Por fim, Jesus dá uma sugestão muito prática: viva um dia por vez. Por que juntar as ansiedades de
amanhã com as que você já tem hoje? (Versículo 34) Além disso, por que se preocupar indevidamente com coisas
que talvez nunca aconteçam? Aplicar esses conselhos sábios pode nos poupar muitas dores de cabeça neste mundo
estressante.

*** cf cap. 5 pp. 50-52 pars. 10-12 “Todos os tesouros da sabedoria” ***
10 O Sermão do Monte, citado no início deste capítulo, é a maior coleção de ensinamentos de Jesus em que não
há interrupções na narrativa. Nesse sermão, Jesus não nos aconselha apenas a falar ou agir de modo correto. Seus
conselhos vão muito além disso. Sabendo que palavras e ações são produto de pensamentos e emoções, Jesus nos
incentiva a cultivar qualidades positivas na mente e no coração. Algumas dessas qualidades são: temperamento
brando, anseio pela justiça, amor pelos outros, e disposição para perdoar e ser pacificador. (Mateus 5:5-9, 43-48) À
medida que cultivarmos essas qualidades no coração, falaremos e agiremos da maneira correta, e isso por sua vez
agradará a Jeová e promoverá bons relacionamentos. — Mateus 5:16.
11 Ao dar conselhos contra a conduta errada, Jesus vai à raiz do problema. Ele não diz apenas que devemos

evitar ser violentos. Ele nos avisa para não nutrirmos ira no coração. (Mateus 5:21, 22; 1 João 3:15) Ele não apenas
proíbe o adultério, mas alerta contra o forte desejo que começa no coração e leva à traição. Ele nos incentiva a não
permitir que os olhos despertem desejos impróprios, que podem resultar em conduta imoral. (Mateus 5:27-30) Jesus
chama atenção para as causas, não para os sintomas. Fala sobre as atitudes e os desejos que levam à conduta
errada. — Salmo 7:14.
12 As palavras de Jesus refletem muita sabedoria. Não era para menos que ‘as multidões ficassem assombradas
com o seu modo de ensinar’. (Mateus 7:28) Como seguidores de Jesus, encaramos seus conselhos sábios como
guia para a nossa vida. Procuramos cultivar as qualidades que ele recomendou, como a misericórdia e o amor, além
de sermos pacíficos, pois isso servirá de base para a conduta que agrada a Jeová. Também nos esforçamos para
tirar do coração os sentimentos negativos e os desejos contra os quais ele alertou, como ira amarga e desejos
imorais, pois sabemos que isso nos ajudará a evitar a conduta errada. — Tiago 1:14, 15.

*** cf cap. 11 p. 109 par. 4 “Nunca homem algum falou como este” ***
4 Por exemplo, considere o Sermão do Monte, registrado em Mateus 5:3–7:27. Naquele sermão Jesus deu

conselhos profundos, que tocavam o âmago das questões. As ideias e as frases não são complicadas. É difícil
encontrar ali alguma palavra que até mesmo uma criança não consiga entender. Por isso, não é para menos que,
quando Jesus terminou de falar, as multidões — provavelmente incluindo muitos lavradores, pastores e
pescadores — tenham ‘ficado assombradas com o seu modo de ensinar’. — Mateus 7:28.

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