Suno 26 de Abril de 2019

Relatório
L Especial sobre Grendene S.A (GRND3)
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A Grendene publicou ontem à noite um resultado muito fraco, bem

abaixo de nossas expectativas e das expectativas do mercado.

O resultado foi ruim em inúmeros aspectos, desde faturamento,

como margens e lucratividade.

A receita caiu 22%, e o lucro aproximadamente 50%, o que sem

dúvidas foi totalmente decepcionante.

Conversamos com algumas fontes do setor de calçados e a

percepção é que foi um resultado ruim exclusivamente de
Grendene, que acabou sofrendo muito mais que o próprio setor.

Para termos uma ideia, no mês de janeiro, as exportações de

calçados atingiram 15 milhões de pares, e movimentaram quase
US$ 100 milhões, um crescimento de 23% em relação a janeiro de
2018.

Já os volumes exportados cresceram 33,4%, um desempenho

bastante positivo e muito acima dos números da Grendene no
trimestre.

Ainda estamos analisando o que de fato ocorreu, mas inicialmente

nossa impressão inicial é que a empresa cometeu algumas falhas
internas, sobretudo em relação a coleção.

Isso já ocorreu no passado e é algo normal em todas as empresas

ligadas ao consumo de moda.

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Historicamente, quando erros como estes ocorrem, a empresa
costuma estruturar um plano de ação para atuar nisso e os
resultados voltam ao patamar anterior rapidamente.

Se estivermos corretos em nossa análise, esta queda representa

uma oportunidade, uma vez que os resultados devem voltar ao
patamar normal já nos próximos trimestres.

Por outro lado, se for uma mudança estrutural no consumo de

calçados, algo que não acreditamos, pode ser que os resultados
não retornem aos patamares anteriores.

Vamos nos debruçar sobre o case com maior profundidade nos

próximos dias para entender melhor o que causou estes resultados
que surpreenderam negativamente a todos, e na semana que vem,
prepararemos um relatório comentando mais profundamente os
resultados e nossa análise.

Por hora, seguimos recomendando a compra de Grendene até o

preço teto, sempre respeitando o percentual indicado na carteira de
ações, de até 5%.

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