You are on page 1of 10

INTRODUÇÃO

As grandes revelações sobre o universo começaram há pouco mais de


quatrocentos anos, quando Nicolau Copérnico advertiu que a Terra e os demais planetas
giravam em torno do Sol. Assim, desde o começo das civilizações, na Mesopotâmia e
Egipto, se iniciou a observação metódica dos astros ou corpos celestes que induziram os
cientistas a buscarem a origem do universo.
O conceito actual de universo se funda na ideia de que no espaço sideral
ilimitado se encontram dispersos muitos milhões de galáxias ou universos-ilhas cuja
formação exacta permanece desconhecida.
Os descobrimentos realizados pelos astrónomos recentemente confirmam que a
Terra é apenas um grãozinho de pó dentro do universo, e que a Terra é um dos planetas
mais pequenos que formam o sistema solar, que por sua vez é uma porção mínima de
um sistema mais vasto que denominamos galáxia.
A palavra universo (do latim universus, "todo inteiro", composto de unus e
versus) tem várias acepções, podendo ser designado como "a totalidade das coisas
objecto de um estudo que se vai fazer ou de um tema do qual se vai tratar". Portanto, o
termo pode ser designado como a "Totalidade das coisas". Designa a totalidade do todo
físico e real, a definição aplicada terá carácter cosmológico.
O Universo é o espaço que nos rodeia até ao infinito, contendo inúmeros astros,
planetas, estrelas, cometas e partículas; As estrelas visíveis do planeta Terra formam um
imenso aglomerado, uma galáxia, a que atribui-se o nome de via láctea.

1
CONSTITUIÇÃO DA TERRA
CICLO GEOLÓGICO
A atmosfera, os oceanos e a crosta terrestre originam-se no interior profundo da
Terra, tal como as forças que deformam esta última. Estas forças tectónicas, accionadas
pela energia proporcionada pelo calor interno da Terra, criam placas tectónicas e
mantém-nas em movimento. Vemos os efeitos das forças tectónicas nas erupções
vulcânicas e nos sismos, tal como na grandeza dos cinturões montanhosos. Ao estudar o
movimento das placas, os sismos, os vulcões e as deformações da crosta, os geólogos
podem inferir acerca das propriedades do interior profundo do nosso planeta, bem como
das forças em jogo.
Todas estas forças, tanto externas como internas operam, tal como tantas outras,
em ciclos. Nesta secção discutiremos, brevemente, três desses ciclos que, no seu
conjunto, formam o ciclo geológico: são eles o ciclo hidrológico, o ciclo litológico e o
ciclo tectónico (este último entrosado no ciclo litológico).

 Ciclo hidrológico
Os principais reservatórios naturais terrestres de água são os oceanos, os
glaciares e o gelo polar, as águas subterrâneas, os lagos e os rios, a atmosfera e a
biosfera. A distribuição da água entre estes reservatórios é ilustrada na figura 1. O
reservatório continental inclui os lagos, os rios e a água subterrânea.

Figura 1 - Distribuição da água pelos principais reservatórios naturais terrestres.


Adaptado de Press, F. & Siever, R. (1997)

Os reservatórios tanto podem receber como ceder água, tendo como exemplos a
precipitação e a evaporação, respectivamente. Se a recepção e a cedência forem iguais,
o tamanho do reservatório permanece inalterado ainda que a água esteja constantemente
a entrar e a sair. Por causa destes movimentos, dada qualquer quantidade de água
permanece algum tempo médio num reservatório.
A água à superfície da Terra ou abaixo dela move-se ciclicamente entre os
principais reservatórios: os oceanos, a atmosfera e os continentes, passando dos oceanos
para a atmosfera por evaporação, precipitando sobre os continentes e oceanos e, através
da escorrência (superficial ou subterrânea) para os cursos de água, voltam para o
oceano. Este fluxo contínuo constitui o ciclo hidrológico (figura 2).

2
Figura 2 - O ciclo hidrológico. O transporte de água evaporada dos oceanos é
contrabalançado pela precipitação sobre os continentes. A evaporação dos oceanos é
contrabalançada pela escorrência superficial e pela precipitação sobre os oceanos.
Todos os números referem-se a milhares de quilómetros cúbicos por ano. Adaptado de
Press, F. & Siever, R. (1997)

 Ciclo litológico
O ciclo litológico é um conjunto de processos geológicos pelos quais cada um
dos três grandes tipos de rochas é formado a partir dos outros dois. Apresenta-se, aqui,
apenas um ciclo genérico, tendo em conta que tais ciclos variam com o tempo e o lugar.
Podemos começar pelo magma no interior da Terra, onde as temperaturas e as pressões
são suficientemente altas para fundir qualquer tipo de rocha preexistente, seja ela ígnea,
metamórfica ou sedimentar (figura 3).

Figura 3 - O ciclo litológico simplificado

À medida que se dá a fusão das rochas preexistentes, todos os seus componentes


minerais são destruídos e os seus elementos químicos são homogeneizados nos líquidos
resultantes. Quando o magma arrefece, cristais de novos minerais desenvolvem-se e
formam novas rochas magmáticas.
As rochas ígneas que se formam nas fronteiras de placas em colisão, juntamente
com rochas sedimentares e metamórficas associadas, ascendem, então, sob a forma de
uma elevada cordilheira montanhosa à medida que uma secção da crosta terrestre se
torna enrugada e deformada. A este processo que começa com a colisão das placas e
termina com a formação de montanhas chamamos de orogenia. A seguir à elevação, as
rochas da crosta sobrejacentes às rochas ígneas que sofreram ascensão meteorizam

3
gradualmente, criando material solto que a erosão retira, expondo a rocha ígnea à
superfície.
A meteorização da rocha ígnea produz fragmentos rochosos de variados
tamanhos e tipos que são levados pela erosão. Alguns são transportados pela água ou
pelos ventos nos continentes. Muitos dos detritos rochosos são transportados por cursos
de água até aos rios e, por fim, até aos oceanos, onde se depositam formando estratos de
areia, silte e outros sedimentos formados de material dissolvido, tal como o carbonato
de cálcio das conchas.
Estes sedimentos depositados no oceano, tal como aqueles depositados pela água
ou pelo vento nos continentes são enterrados debaixo de sucessivas camadas de
sedimento – afundimento – onde gradualmente litificam em rocha sedimentar –
litificação. O afundimento é acompanhado pela subsidência, isto é, uma depressão ou
afundamento da crosta terrestre. À medida que a subsidência continua, camadas
adicionais de sedimento acumulam-se.
Quando a rocha sedimentar litificada afunda cada vez mais na crosta, ela torna-
se mais quente. Quando a profundidade exceder os dez quilómetros e a temperatura
exceder os 300ºC, os minerais presentes na rocha ainda sólida começam a transformar-
se em novos minerais mais estáveis àquelas condições de pressão e temperatura mais
elevadas das partes mais profundas da crosta. Este é o processo de metamorfismo, o
qual transforma as anteriores rochas sedimentares em rochas metamórficas.
Continuando com o aquecimento, pode dar-se a fusão das rochas e formação de um
novo magma a partir do qual novas rochas ígneas irão cristalizar recomeçando o ciclo
novamente.

 Ciclo tectónico
O ciclo tectónico mais não é que um subciclo do ciclo litológico, o qual se inicia
com o afundimento e subsidência dos sedimentos, seguido da sua compressão,
dobramento, falhamento e metamorfismo e finalizando com o levantamento
montanhoso e a erosão, que vai proporcionar os sedimentos para que tudo se reinicie
(figura 4).

Figura 4 - O ciclo tectónico. Neves, T. (2000)

OS MINERAIS

O conceito de mineral é complexo e de difícil definição, de resto como todas as


definições. Contudo, atendendo aos nossos objectivos, podemos considerá-los como
substâncias naturais, inorgânicas, caracterizados por propriedades físicas e químicas
determinadas. De modo controverso, podemos estender aquela definição aos líquidos e
gases encontrados na natureza (água, gases atmosféricos), bem como aos materiais

4
orgânicos fósseis (petróleo – óleos minerais, carvões, resinas, asfaltos e betumes).
Porém, quase todos os minerais se encontram no estado sólido e sob a forma cristalina.
Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interacção de
processos físico-químicos em ambientes geológicos. Cada mineral é classificado e
denominado não apenas com base na sua composição química, mas também na estrutura
cristalina dos materiais que o compõem.
Um dos pilares fundamentais do estudo dos minerais, e um dos elementos
determinantes na sua classificação, é a determinação da sua estrutura cristalina (ou
ausência dela), já que esse factor determina, a par com a composição química, a
generalidade das propriedades do material e fornece indicações claras sobre os
processos e ambientes geológicos que estiveram na sua origem, bem como o tipo de
rochas de que poderá fazer parte.
De facto, dois ou mais minerais podem ter a mesma composição química, mas
estruturas cristalinas diferentes, sendo nesse caso conhecidos como polimorfos do
mesmo composto. Similarmente, alguns minerais têm composições químicas diferentes,
mas a mesma estrutura cristalina, originando isomorfos.
Para ser classificado como um "verdadeiro" mineral, uma substância deve ser
um sólido e ter uma estrutura cristalina definida. Deve também ser uma substância
homogénea natural com uma composição química definida. Substâncias semelhantes a
minerais que não satisfazem estritamente a definição, são por vezes classificados como
mineralóides.
De acordo com a definição, os minerais são elementos ou compostos químicos,
podendo-se expressar por meio de fórmulas químicas que admitem uma pequena
variação, mas conservam fixa a estrutura. Deste modo, os minerais são constituídos por
átomos dispostos segundo um modelo regular tridimensional característico para cada
mineral. A maior parte dos minerais aparece na forma de cristais, apenas visíveis ao
microscópio de luz polarizada. Os cristais são sólidos geométricos limitados por faces
planas (poliedros) e de composição química definida.
A germinação e o crescimento de um cristal estão sempre dependentes das
condições físico-químicas do meio. As condições físico-químicas que determinam a
génese dos minerais são, a maioria das vezes, muito complexas e, actualmente,
impossíveis de reproduzir em laboratório. Os principais factores condicionantes são a
temperatura, a pressão e a concentração dos elementos químicos. Estes factores não são
independentes: numa solução, a solubilidade de um composto cresce com a temperatura,
salvo raras excepções. Um cristal germinado a partir de uma solução sobressaturada
cresce fixando as moléculas (unidades de crescimento) à sua superfície.

 Propriedades físicas
As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e
das suas características estruturais. As propriedades físicas mais óbvias e mais
facilmente comparáveis são as mais utilizadas na identificação de um mineral. De entre
as propriedades físicas destacamos a dureza, cor, cor da risca e o brilho.
A dureza é, por definição, a resistência que um mineral oferece à risca
provocada por uma acção mecânica externa. Na prática mineralógica utilizam-se escalas
de dureza relativas, representadas por determinados minerais. A mais comum é a escala
de Mohs, que contem 10 graus e é composta unicamente por minerais de risca branca.
Os minerais estão ordenados segundo o seu grau de dureza, do menos ao mais duro e do
seguinte modo: 1-talco, 2-gesso, 3-calcite, 4-fluorite, 5-apatite, 6-ortóclase, 7-quartzo,
8-topázio, 9-corindon, 10-diamante.

5
A cor nos minerais está principalmente ligada à presença de iões metálicos,
fenómenos de transferência de carga e efeitos da radiação ionizante. Eis alguns
exemplos:
 Jadeíte — esverdeado;
 Augita — verde escuro a preto;
 Cassiterita — verde a castanho;
 Pirita — amarelo-ouro.

O brilho depende da absorção, refracção ou reflexão da luz pelas superfícies


frescas de fractura do mineral (ou as faces dos seus cristais ou as superfícies de
clivagem). O brilho é avaliado à vista desarmada e descrito em termos comparativos
utilizando um conjunto de termos padronizados. Os brilhos são em geral agrupados em:
metálico e não metálico ou vulgar. Diz-se que o brilho é não metálico, ou vulgar,
quando não é semelhante aos dos metais, sendo característico dos minerais transparentes
ou translúcidos. Dentro das grandes classes atrás apontadas, o brilho de um mineral
pode ser descrito como:

Brilhos não metálicos:


o Acetinado — brilho não metálico que faz lembrar o brilho do cetim; é
característico dos minerais fibrosos;
o Adamantino — brilho não metálico que, pelas suas características,
nomeadamente a intensidade, se assemelha ao do diamante (são exemplos a
pirargirita e a cerussita;
o Ceroso — brilho não metálico que lembra o da cera (é exemplo a variscita);
o Nacarado — brilho não metálico semelhante ao das pérolas (é exemplo a
caulinita);
o Resinoso — brilho não metálico que lembra o observado nas superfícies de
fractura das resinas (é exemplo a monazita);
o Vítreo — brilho não metálico que lembra o do vidro (são exemplos a fluorita, a
halita e a aragonita);

Brilhos metálicos:
o Metálico — brilho que se assemelha ao dos metais, sendo característico de
minerais opacos como a galena, a calcopirita e a pirita;
o Submetálico — brilho que faz lembrar o dos metais, mas não tão intenso, sendo
característico dos minerais quase opacos como a cromita.
Traço (ou risca)
A risca é a cor de um mineral quando reduzido a pó. A cor do traço de um
mineral pode ser observada quando uma louça ou porcelana branca é riscada. A clorite,
a gipsita (gesso) e o talco deixam um traço branco, enquanto o zircão, a granada e
a estaurolita deixam, comummente, um traço castanho avermelhado. O traço de um
mineral fornece uma importante característica para sua identificação, já que permite
diferenciar materiais com cores e brilhos similares.

Clivagem
É a forma como muitos minerais se quebram seguindo planos relacionados com
a estrutura molecular interna, paralelos às possíveis faces do cristal que formariam. A
clivagem é descrita em cinco modalidades: desde pobre, como na bornita; moderada;
boa; perfeita; e proeminente, como nas micas. Os tipos de clivagem são descritos pelo
número e direcção dos planos de clivagem.

6
Fractura
Refere-se à maneira pela qual um mineral se parte, excepto quando ela é
controlada pelas propriedades de clivagem e partição. O estilo de fracturação é um
elemento importante na identificação do mineral. Alguns minerais apresentam estilos de
fracturação muito característicos, determinantes na sua identificação. Minerais com
fractura conchoidal, por exemplo, são: quartzo, zircão, ilmenita, calcedônia, opala,
apatita.

Densidade
É a medição directa da densidade mássica, medida pela relação directa entre a
massa e o volume do mineral. Os minerais de brilho metálico apresentam densidades
próximas da da pirite (5,0), enquanto que os minerais de brilho não metálico apresentam
densidades próximas da do quartzo ou calcite (2,6/2,7). Qualquer mineral com uma
densidade superior a 7 já é considerado muito denso, como é o caso do ouro.

Tenacidade
Mede a coesão de um mineral, ou seja, a resistência a ser quebrado, dobrado ou
esmagado. A tenacidade não reflecte necessariamente a dureza, antes sendo dela
geralmente independente: o diamante, por exemplo, possui dureza muito elevada (é o
termo mais alto da escala de Mohs), mas tenacidade relativamente baixa, já que quebra
facilmente se submetido a um impacto. A tenacidade dos minerais é expressa em termos
qualitativos, utilizando uma linguagem padronizada:

o Quebradiço ou frágil – o mineral parte-se ou é pulverizado com facilidade;


o Maleável – o mineral, por impacto, pode ser transformado em lâminas;
o Séctil – o mineral pode ser cortado por uma lâmina de aço;
o Dúctil – o mineral pode ser estirado para formar fios;
o Flexível – o mineral pode ser curvado sem, no entanto, voltar à sua forma
original;
o Elástico – o mineral pode ser curvado, voltando à sua forma original quando o
forçamento cessa.

 Propriedades químicas
As propriedades químicas dos minerais estão estreitamente relacionadas, como é
óbvio, com a sua composição química, com a natureza dos átomos e iões que os
constituem. Mas dependem também, tal como as propriedades físicas, da sua estrutura,
isto é, do arranjo das partículas elementares.
As características das ligações interatómicas nos minerais são tais que podemos
considerar uma estrutura como uma associação de esferas cujas dimensões são definidas
pelo raio iónico do átomo. Os catiões, as esferas mais pequenas, seriam cercadas por
aniões, as esferas maiores. A associação catião mais anião forma um poliedro de
coordenação. Os poliedros de coordenação necessitam de uma neutralidade eléctrica.
Assim sendo e a título de exemplo vejamos o caso de um mineral chamado olivina. A
sua composição química é (Fe, Mg)2(SiO4). Isto explica que o ferro (Fe) e o magnésio
(Mg) são miscíveis em todas as proporções, logo a composição química da olivina não é
definida. Quando se dá a substituição total do ferro pelo magnésio, passamos a ter a
forsterite Mg2(SiO4) com composição química definida, no caso inverso temos a
fayalite Fe2(SiO4). Entre estes dois pólos todas as composições intermédias podem
existir, mantendo-se a estrutura. Estamos perante um caso de isomorfismo. Podemos,

7
então, dizer que dois elementos são isomorfos, caso do Fe e do Mg, se podem substituir-
se mutuamente dentro da mesma estrutura. Como a estrutura não se altera, as
substâncias isomorfas apresentam forma cristalina muito semelhante,
independentemente, da sua natureza química.
O diamante é constituído, quimicamente, só por átomos de carbono (C); outra
espécie mineral, a grafite, é igualmente constituída só por átomos de carbono (C).
Embora constituídos pela mesma substância química, o carbono, estas duas espécies
minerais assumem, ao cristalizar em condições físico-químicas específicas, formas
cristalinas muito diversas, com graus de simetria diferentes. Enquanto o diamante
cristaliza no sistema cúbico, a grafite cristaliza no sistema hexagonal. Dizemos que
estes dois compostos são polimorfos, porque sendo quimicamente idênticos têm
simetria diferente.

 Identificação dos minerais

Na maioria das vezes, essas propriedades, e a utilização de tabelas adequadas,


são suficientes para uma correcta identificação. Quando tal não é possível, ou quando
um elevado grau de ambiguidade persiste, como no caso de muitos isomorfos similares,
a identificação é realizada a partir da análise química, de estudos de óptica ao
microscópio petrográfico ou por difracção de raios X ou de neutrões.

 Importância dos minerais para as indústrias e economia nacional

A Mineração em Angola é uma actividade com grande potencial económico,


uma vez que o país possui um dos maiores e mais diversificados de mineração, recursos
da África. Angola é o terceiro maior produtor de diamantes em África e só tem
explorado 40% do diamante. A produção de diamantes aumentou 30% em 2006 e
a Endiama, empresa nacional de diamantes de Angola, espera que a produção aumente
de 8% em 2007 para 10 000 000 quilates (2 000 kg) anualmente. O governo está a tentar
atrair empresas estrangeiras para as províncias do Bié, Malanje e Uíge. Angola também
tem sido, historicamente, um grande produtor de minério de ferro.
A grande importância dos minerais, se deve com o início das industrializações
em países desenvolvidos, aonde era de maior interesse instalar uma fábrica próxima as
fontes minerais, reduzindo assim, gastos com transporte da matéria-prima. Dessa
maneira, podemos classificar as fontes de recursos minerais como berços, que deram
início a grandes crescimentos económicos e espaciais, que transformaram muito a
superfície terrestre, e o modelo social no qual vivemos, foi implantado nesse momento.
Por fim, podemos relacionar a indústria inicial como dependente da proximidade de
recursos minerais, atribuindo assim, localidades propícias para suas instalações.
A actividade mineral disponibiliza para a sociedade recursos minerais essenciais
ao seu desenvolvimento, sendo a intensidade de aproveitamento dos recursos um
indicador social.
Tomando como exemplo o consumo per capita de agregados para a construção
civil (areia + brita), este reflecte a real intensidade estrutural de uma sociedade, pois
está associado directamente às vias de escoamento de produção, obras de arte, como
viadutos e pontes, saneamento básico, hospitais, escolas, moradias, edifícios, energia
eléctrica e toda sorte de elementos intrínsecos ao desenvolvimento económico e social
de um povo.

8
O crescimento socioeconómico implica em maior consumo de bens minerais,
tornando importante garantir a disponibilidade dos recursos demandados pela
sociedade. Existe portanto, uma relação directa entre desenvolvimento económico,
qualidade de vida e consumo de bens minerais. O carácter pioneiro da mineração resulta
em novas fronteiras económicas e geográficas, abrindo espaço para o desenvolvimento e
gerando oportunidades económicas.
Como indústria de base, induz à formação da cadeia produtiva, do processo de
transformação de minérios até os produtos industrializados. Na medida que proporciona
a interiorização da população, cria demandas por infra-estrutura e serviços, induz a
instalação de indústrias de transformação e de bens de capital, gera empregos e renda,
reduzindo as disparidades regionais.
A mineração é reconhecida internacionalmente como actividade alavancadora do
desenvolvimento, tendo grande participação no desenvolvimento económico de muitas
das principais nações do mundo.

9
10

You might also like