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Bruno Rafael de Aguiar Silva

Thayanne Laysse de Oliveira Carneiro


Matheus Rocha Barbosa

Universidade Federal do Piauí – Curso de Engenharia Elétrica


Disciplina : Instalações elétricas Industriais - CEE/CT065
Professor(a): Nelber Ximenes Melo

MEMORIAL DE CÁLCULO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


2019
Sumário
OBJETIVO DO MEMORIAL .............................................................................................................. 3
NORMAS RELACIONADAS AO PROJETO ........................................................................................... 3
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .............................................................................................................. 4
Planilhas ....................................................................................................................................... 8
Anexo 1 ...................................................................................................................................... 10
Imagem 1 ................................................................................................................................ 10
Imagem 2 ................................................................................................................................ 11
Anexo 2 ...................................................................................................................................... 11
Imagem 3 ................................................................................................................................ 11
Imagem 4 ................................................................................................................................ 12
Anexo 3 ...................................................................................................................................... 12
Tabelas usadas no desenvolvimento do projeto ............................................................................ 12
Imagem 5 ................................................................................................................................ 12
Imagem 6 ................................................................................................................................ 13
Imagem 7 ................................................................................................................................ 13
Imagem 8 ................................................................................................................................ 14
Imagem 9 ................................................................................................................................ 14
OBJETIVO DO MEMORIAL

Este documento tem como objetivo a exposição e análise de dados pertinentes usados ou que
foram importantes no desenvolvimento do projeto para a disciplina de Instalações Elétricas Industriais.

NORMAS RELACIONADAS AO PROJETO

NBR 5413;
NBR 5410;
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A elaboração de um projeto elétrico deverá ser precedida dos conhecimentos gerais relativos
às condições de suprimento e das características funcionais de uma indústria em geral, para que esse
projeto seja realizado, ele deverá conter alguns aspectos importantes, sendo eles: flexibilidade,
acessibilidade, confiabilidade e continuidade.

Na primeira fase do projeto caberá ao projetista organizar as cargas em blocos. Cada bloco de
carga deverá ter um quadro de distribuição terminal com alimentação, comando e proteção
individualizados e quando um setor da produção estiver instalado isoladamente dos outros setores,
deve-se toma-lo como bloco de carga individualizado. Os quadros de distribuição de circuitos
terminais devem ser instalados geralmente no centro de cargas e o quadro de distribuição geral deve
estar localizado de preferência no interior da subestação ou em área contígua a esta, de forma mais
clara, deverá estar próximo as unidades de transformação que será ligado.
Para a instalação das subestações deve-se ficar claro que quanto menor a potência da
subestação, maior é o custo do kVA instalado, quanto maior o número de subestações unitárias, maior
é a quantidade de condutores primários, quanto menor o número de subestações unitárias maior a
quantidade de condutores secundários dos circuitos de distribuição. Para a elaboração do projeto,
também deverá ser observado os ambientes a que estarão expostos, visto que terão influências
externas: temperatura ambiente, altitude, presença de água, presença de corpos sólidos, presença de
substâncias corrosivas ou poluentes, vibrações, radiações solares, raios, resistência elétrica do corpo
humano, contato das pessoas com o potencial da Terra, influências eletromagnéticas e descargas
atmosféricas.

No intuito de dimensionar um projeto, alguns dados deverão ser levados em conta, afim de
evitar custos desnecessários, o fator de demanda é a relação entre a demanda máxima de um sistema e
a carga total conectada a ele

Já o fator de carga se refere ao período de carga diária, mensal, semanal e é calculado por:

Outro fator é o fator de perda que é a relação entre a perda de potência na demanda média e a
perda de potência na demanda máxima, considerando um intervalo de tempo especificado.

O fator de simultaneidade é obtido através de tabela (Imagem 5) e é a relação entre a demanda


máxima do grupo de aparelhos e a soma das demandas individuais dos aparelhos do mesmo grupo,
num intervalo de tempo considerado.


Para o fator de utilização (Imagem 6) deve ser multiplicada a potência nominal do aparelho
para se obter a potência média absorvida por ele, nas condições de utilização.

Para as cargas de iluminação e tomadas são usados os critérios normativos da NBR 5413, para
iluminação:

Em cada cômodo ou dependência de unidades habitacionais deve ser previsto pelo menos um
ponto de luz fixo no teto, com potência mínima de 100 VA, comandado por interruptor de parede.
Como alternativa à previsão de carga feita através da NBR 5413, podem ser aplicados os seguintes
requisitos: Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m 2 deve se prever uma carga
mínima de 100 VA. Em dependências com área superior a 6 m 2 deve se prever uma carga mínima de
100 VA para os primeiros 6 m 2 de área, acrescendo se 60 VA para cada 4 m 2 ou fração.

Em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatório. Em cozinhas, copas e copas-
/cozinhas, no mínimo, uma tomada para cada 3,50 m ou fração de perímetro, acima de cada bancada, e
devem ser previstas pelo menos duas tomadas de corrente no mesmo ponto ou em pontos distintos. Em
varandas, deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada. Em cada um dos demais cômodos ou
dependências de habitação, devem ser adotados os seguintes procedimentos: Prever um ponto de
tomada quando a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 2,25 m 2, permitindo que o
ponto de tomada seja externamente posicionado até 80 cm da porta de acesso à área do cômodo ou
dependência.

Prever um ponto de tomada se a área for superior a 2,25 m 2 e igual ou inferior a 6 m 2. Se a


área for superior a 6 m 2, prever uma tomada para cada 5 m ou fração, de perímetro, e spaçadas tão
uniformemente quanto possível. Às tomadas de corrente devem ser atribuídas as seguintes potências:
Para tomadas de uso geral, em banheiros, cozinhas, copas, copas/cozinhas e áreas de serviço, no
mínimo 600 VA por tomada, até 3 (três) tomadas e 100 VA por tomada para excedentes, considerando
os referidos ambientes separadamente. Quando o número de tomadas no conjunto desses ambientes for
superior a 6 (seis) pontos, adotar pelo menos 600 VA por tomada até dois pontos e 100 VA por ponto
excedente, considerando cada um dos ambientes separadamente. Para as tomadas de uso geral, nos
demais cômodos ou dependências, no mínimo, 100 VA por tomada.
O cálculo das potências dos motores é feita com base nas equações:

Onde n é o rendimento, Pcv é a potência em cavalos do motor e N é o número de motores.


Para o dimensionamento dos condutores é necessário que juntamente a ele sejam projetados a
eles elementos de proteção que evitem sobrecargas, curto circuitos para que estes não afetem a sua
isolação. São usados 4 critérios para determinar o tamanho da bitola dos condutores, critério da seção
mínima, depois de ampacidade, queda de tensão e capacidade de curto-circuito.

1) No primeiro critério são apenas adotados valores mínimos, onde a bitola será de 1,5mm para
iluminação e 2,5mm para tomadas/motores.

2) Para o de ampacidade, são aplicadas as fórmulas:

*Fserv

Onde, Ft (Imagem 9) é o fator de temperatura e Fa (Imagem 8) o fator de agrupamento, que serão


obtidos através da tabela.
3) Para calcular a área da seção na queda de tensão, é usada a fórmula abaixo:

4) Para o critério de capacidade de curto circuito será necessário utilizar a seção do condutor
gerado anteriormente, para isso é usado a maior bitola obtida em um dos 3 casos acima.

O valor obtido deverá ser 10x maior que o tempo de disparo do disjuntor, para isso, caso
obtenhamos um valor menor, devemos aumentar a área de seção até obtermos o resultado desejável,
daí mais uma operação:

Essa deverá ser 10x maior que o tempo de partida dos motores, onde o Ipart é calculado através do
Inominal.

Além da proteção para os condutores, deve-se pensar também nas proteções em geral. Nesse
quesito, pode-se falar de aterramento, SPDA, disjuntores termomagnéticos, residuais, dispositivos de
proteção contra surto, relés, entre outros.
O dimensionamento das proteções se dá na observação de certos critérios, onde a coordenação é
um fator importante (uma vez que o tempo de disparo entre os disjuntores a jusante e a montante e a
curva característica deles tem relação com a eficiência das proteções) e se tem como objetivo proteger
o sistema (desde um equipamento específico até o próprio ser humano) contra sobrecorrentes,
sobretensões, curto-circuitos, etc.

Para os circuitos com motores, dentre os cálculos importantes pode-se escrever:


 KI Part  I aj  Fa FT ICMáx , onde I CMáx é a corrente máxima que a área da secão da bitola onde o
aparelho de proteção é colocado e K é entre 1.15 e 1.25 para disjuntores, 1.35 para relé de
sobrecarga e 1.05 a 1.25 para Dispositivos eletrônicos;
 KI aj  I fmín , onde I fmín é a corrente de curto circuito no “melhor” caso (falta monofásica no
final do trecho);
 t I Part  td  tc(I , Onde tc(I é o tempo em que a corrente de curto circuito no “melhor”
fmín ) fmín )

dos casos leva para causar algum estrago ou danificar algo e td é o tempo de disparo do
aparelho de proteção;
 td  tC(I ) , onde tC(I é o tempo para que a corrente de curto circuito no pior dos casos
fmáx fmáx )

(falta trifásica no início do trecho) leva para avariar alguma coisa.


 tI Part  td  tC(I ) , onde tC(I ) é o tempo que a corrente de partida do motor leva para
Part Part

danificá-lo.
Planilhas

Partes e dimensões
Dimensões
Parte Dimensões internas Área Perímetro
Depósito insumos 4 8 3,85 7,85 30,22 23
Escritório 4 2,5 3,85 2,35 9,05 12
Banheiro 4 2,5 3,85 2,35 9,05 12
Quarentena e testes 4 4 3,85 3,85 14,82 15
Sala de misturas 4 8 3,85 7,85 30,22 23
Sala de embalar 4 6,5 3,85 6,35 24,45 20
Estacionamento 5 5 4,85 4,85 23,52 19
Depósito de produtos 5 5,5 4,85 5,35 25,95 20

Iluminação – setor industrial


Iluminância Pot. por
Área requerida Lúmen Lúmens por luminária Num de Pot. total de
Parte (m²) (lux) s luminária (W) luminárias iluminação (W)
Depósito 30,2 9066,7
insumos 225 300 5 8500 120 2 240
Quarentena 14,8 7411,2
e testes 225 500 5 8500 120 1 120
Sala de 30,2 9066,7
misturas 225 300 5 8500 120 2 240
Sala de 24,4 12223,
embalar 475 500 75 8500 120 2 240
Estacionam 23,5
ento 225 200 4704,5 8500 120 1 120
Depósito de 25,9 7784,2
produtos 475 300 5 8500 120 1 120
Total 1080

Iluminação e tomadas – setor administrativo


Área Perímetro Pot. iluminação Mín. de TUGs Total de Pot. TUGs
Parte (m²) (m) (W) TUGs adicionais TUGs (W)
Escritór
io 9,0475 12,4 100 3 1 4 400
Banhei
ro 9,0475 12,4 100 3 1 4 400

TUEs – setor administrativo


TUE Potência (BTUs) Potência (VA)
Ar-condicionado 7000 2050,3
Tomadas setor industrial
Área TUG Pot. por TUG TUE Pot. por TUE Pot. Total Pot Total
Parte (m²) s (W) s (W) TUGs TUEs
Depósito insumos 30,2225 1 100 0 0 100 0
Quarentena e
testes 14,8225 1 100 0 0 100 0
Sala de misturas 30,2225 1 100 2 300 100 600
Sala de embalar 24,4475 1 100 2 300 100 600
Estacionamento 23,5225 1 100 0 0 100 0
Depósito de
produtos 25,9475 1 100 0 0 100 0

TUGs TUEs
Total 600 1200

Quadros dos motores


Quadro Corrente Seção (mm²)
QGM1 59,96 16
QGM2 59,96 16
QGM3 61,51 16

Quadros
Quadro Potência (W) Corrente (A) Seção (mm²)
QGM1 Motores 1 36757,5 59,96 16
QGM2 Motores 2 36757,5 59,96 16
QGM3 Motores 3 36757,5 61,51 16
QCM Controle dos motores 300 1,36 2,5
QI Iluminação 1080 4,91 2,5
QT Tomadas 1800 8,18 2,5
QA Admistração 3050,3 13,865 4
QGBT Geral 116502,8 209,75 6×25

As tabelas muito grandes estão disponíveis na planilha em anexo.


Anexo 1

Imagem 1 : Motor de 25cv usado no projeto


Fonte: https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Motores-El%C3%A9tricos/T rif%C3%A1sico---Baixa-T ens%C3%A3o/Uso-
Geral/W22-Motofreio/W22-Motofreio-IR2/W22-Motofreio-IR2-25-cv-4P-160L-3F-220-380-V-60-Hz-IC411---TFVE---B34D/p/13009553

Imagem 2 : Especificações do motor de 25cv usado

Fonte: https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Motores-El%C3%A9tricos/T rif%C3%A1sico---Baixa-T ens%C3%A3o/Uso-


Geral/W22-Motofreio/W22-Motofreio-IR2/W22-Motofreio-IR2-25-cv-4P-160L-3F-220-380-V-60-Hz-IC411---TFVE---B34D/p/13009553

Além desses dados, também se é dado:

 Eficiência (  ) = 92.8%;
 Fator de potência (FP) = 0.81.

Anexo 2

Imagem 3 : Motor de 15cv usado no projeto


Fonte: https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Motores-El%C3%A9tricos/T rif%C3%A1sico---Baixa-T ens%C3%A3o/Uso-
Geral/W22/W22-IR2/W22-IR2-15-cv-4P-132M-L-3F-220-380-V-60-Hz-IC411---T FVE---B34D/p/12468132

Imagem 4 : Especificações do motor de 15cv usado

Fonte: https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Motores-El%C3%A9tricos/T rif%C3%A1sico---Baixa-T ens%C3%A3o/Uso-


Geral/W22/W22-IR2/W22-IR2-15-cv-4P-132M-L-3F-220-380-V-60-Hz-IC411---T FVE---B34D/p/12468132

Além desses dados, também se é dado:

 Eficiência (  ) = 91.7%;
 Fator de potência (FP) = 0.85.

Anexo 3

Tabelas usadas no desenvolvimento do projeto


Imagem 5 : Tabela dos fatores de simultaneidade
Fonte: João Mamede Filho, "Instalações Elétricas Industriais", LTC, 9th ed, Rio de Janeiro, 2017.

Imagem 6 : Tabela dos fatores de utilização

Fonte: João Mamede Filho, "Instalações Elétricas Industriais", LTC, 9th ed, Rio de Janeiro, 2017.

Imagem 7 : Tabela para o método da capacidade de corrente


Fonte: NBR 5410

Imagem 8 : Tabela dos fatores de agrupamento

Fonte: NBR 5410

Imagem 9 : Tabela dos fatores de temperatura


Fonte: NBR 5410

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