DOCUMENTOS Arte Concreta “Base da pintura conereta emos: 12 A arte 6 universal 2. A obra de arte deve ser inteiramente concebida e formada pelo espirito antes de sua execugao. Ela ndéo deve receber nada dos: dados formals da natureza, nem da sensualidade, nem da sentimentalidade. Queremos excluir o lirismo, 0 dramatis- mo, 0 simbolismo, ete. °Q quadro deve ser inteiramente construido com elementos puramente plas- ticos, isto é, planos e cores. Um elemento pictural sé significa a “si préprio” e, con- seglentemente, © quadro nao tem outra significagao que “ele mesmo”. 4: A construgo do quadro, assim como seus elementos, deve ser simples e contro- lavel visualmente. 5° A técnica deve ser mecénica isto 6. exata, anti-impressionista, 8° Esforgo pela clareza absoluta. Carlsund, Doesburg, Hélion, Tutundjian, Wantz” GL.) “Bintura concreta e néo abstrata, porque ja superamos 0 perfodo das pesquisas e das experiéncias especulativas. Na busca da pureza, os artistas foram obrigados da abstrair as formas naturals que Theo Van Doesburg escondiam os elementos plasticos, a destruir as formesnatureza e substituilas pelas formas-arte. (...] Nés inauguramos o pe- Hiedo de pintura pura, construindo @ forma- espirito. E a concretlzagio do espirito criador. Pintura concreta e ndo-abstrata pois que nada é mais concreto, mais real, que uma linha, uma cor, uma superficie. Numa tela, uma mulher, uma drvore, ou uma vaca séo elementos concretas? Nao. Uma mulher, uma arvore, uma vaca, $80 concretos na estado natural, mas na estada de pintura, sao abstratos, ilusérios, vagos, especulativos, ao passo que um plano é um plano, uma linha é uma linha; nem mais, nem menos, GC.) A obra de arte nao foi criada pelos dedos, nem pelos nervos. A amogiio, 0 sen- timento, a sensibilidade munca impulsionaram a arte a perfeigia, Somente o pensamento {intelecto] com uma velocidade sem duvida superior A da luz, evia. Gad “A evolugdo da pintura nao @ senao a busca intelectual da verdadeiro pela cultura da 6tica. 42DOCUMENTOS “Fora daquilo que @ criado pelo pensa- mento s6 hd o barraco, o fauvisma, o ani malismo, 0 sensualismo, 0 sentimentalismo, e este hiperbarroquismo confesso da debi- lidade: a fantasia. Exatamente ao contrério, a época que eomega é a época da certeza, portanto, da perfeigao. Tudo é mensurdvel, mesmo 0 espirito com suas 199 dimensées. Go) “Em pintura nada é verdadeiro a nao ser a cor. A cor ¢ uma energia constante, de- terminada por oposigdo com uma outra cor. A cor é @ matériaprima da pintura; ela nao significa senfo a si prdpria. A pintura ¢ um meio de realizar otica- mente o pensamento: cada quadro é um 44 pensamento-cor.” ted "A construgéo, em relacao com a superfi- cie prépria do quadro, ou em relagdo com 0 espaco criado pelas cores, 6 controlavel pelo olho. ‘A construgo difere completamente do arranjo (decoragao), e da composigio, se: gundo @ gosto. A maior parte des pintares trabalham & maneira dos pasteleiros e das modistas. Ao contrario, nés trabalhamos com os dados das matematicas (euclidianas ou nao-euclidianas) e da cléncia, iste 6, com melos Intelectuais, Com 9 humanismo, em arte, justificaram- se muitas bobagens. Se néo se consegue tragar uma linha reta a mo livre, tomase a régua. (...) A obra de arte assim concebida realize a cla- reza que sera a base de uma nova cultura’. Van Doesburg Art Consret’’, Grupa @ reviat 1930. Texto publicado nessa. « de intreducSe", Trad. A.A. fundados em Paris, ei ist ern seu “aGmere