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Capitulo I: Introdução...................................................................................................................1
1. Introdução....................................................................................................................................1
1.2. Objectivos.................................................................................................................................2
1.2.1. Objectivo geral.......................................................................................................................2
1.2.2. Objectivos Específicos...........................................................................................................2
1.3. Metodologia..............................................................................................................................2
Capitulo II: Revisão da Literatura..............................................................................................3
2.1. Administração Indirecta do Estado...........................................................................................3
2.2. Características da Administração Indirecta do Estado..............................................................4
2.3. Áreas de Serviços da Administração indirecta do Estado........................................................6
2.3.1. Institutos Públicos..................................................................................................................6
2.3.2. Autarquias locais....................................................................................................................7
2.3.2.1. Características das autarquias............................................................................................8
2.3.2.3. Autonomia das autarquias locais........................................................................................9
2.3.2.4. Tutela administrativa.......................................................................................................10
2.3.2.5. Tipos de autarquias locais.................................................................................................11
2.3.2.6. Órgãos das autarquias locais.............................................................................................11
2.4. Banco Central..........................................................................................................................11
2.5. Fundações públicas.................................................................................................................11
2.6. Associações públicas..............................................................................................................12
Capitulo III: Considerações finais.............................................................................................13
3.1. Conclusão...............................................................................................................................13
4. Referências bibliográficas.........................................................................................................14
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Capitulo I: Introdução
1. Introdução
As autarquias locais são pessoas colectivas públicas dotadas de órgãos representativos próprios
que visam a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses
nacionais e da participação do Estado (Lei no. 2/97, art. 1).
As autarquias locais são dotadas de poderes deliberativos para sua autogovernação, através dos
seus órgãos em uma assembleia em que estas funcionam com base nas competências atribuídas
judiciariamente (Cistac, 2009).
O trabalho está estruturado em: I Capítulo que confere a Introdução, objectivos, metodologia;
Capitulo II: O enquadramento teórico e conceptual, vale ressaltar que neste capítulo
abordaremos aspectos como conceitos de administração pública, administração indirecta do
Estado, áreas de actuação da administração indirecta do estado e entre outros aspectos atinentes a
este tema; Capitulo III: considerações finais; por último referências bibliográficas.
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1.2. Objectivos
1.3. Metodologia
Com intuito de referenciar o que vários autores escreveram a despeito deste tema procedeu-se à
pesquisa bibliográfica, analisando e discutindo as contribuições científicas destas.
Portanto, a pesquisa bibliográfica constituiu uma excelente técnica, fornecendo assim uma forte
bagagem teórica, de conhecimento, e o treinamento científico que habilitaram a produção deste
trabalho, dando-se ênfase à Fontes secundárias, como sendo: os Trabalhos sistemáticos e
completos que, embora umas com informações mais antiga, trouxeram a vantagem de fornecer
uma visão clara de conjunto sobre tudo o que foi publicado a despeito da Administração
Indirecta do Estado.
Vale ressaltar que as fontes foram mais relevantes os livros e bem como pesquisa na internet, que
constituiu ferramenta fundamental para a materialização deste trabalho.
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Capitulo II: Revisão da Literatura
Nesta sequência, surge aquilo que se chama Administração Indirecta do Estado com vista a
garantir a ajuda do Estado na prossecução desses diversos e crescentes fins e atribuições que tem
que assegurar1 (e que se tornou impraticável conseguir reunir em si mesmo sozinho a sua
prossecução, face ao aumento exponencial de papéis que lhe são exigidos).
Nesta sequência foi criada uma administração indirecta do Estada constituída por entidades que
apesar de criadas por ele e prosseguindo interesses dele, realizam tarefas não directamente.
E define Vital Moreira (1997: 105), a Administração Indirecta como “ aquela que é realizada
por conta do Estado por outros entes que não o Estado pela sua mesma administração. É a
prossecução de atribuições administrativas de certa entidade administrativa, por intermédio de
outra entidade administrativa”.
1
MOREIRA, VITAL “ Administração Autónoma e Associações Públicas”, Coimbra Editora, 1997, Pág. 105
2
ESTEVES DE OLIVEIRA, MÁRIO “ Direito Administrativo” Volume I, Almedina Coimbra 1980, pág. 203
3
Foi feita esta autonomização ainda que muito sucinta da Administração Indirecta do Estado para
enquadrar a frase do próximo ponto “ os Institutos Públicos pertencem em rega, à Administração
Indirecta do Estado.”
O que está em causa na administração indirecta do Estado continua a ser ainda a prossecução de
fins ou atribuições do Estado, mas só que ao contrário do que acontecia na administração directa
do Estado, tal prossecução é feita através de outras pessoas colectivas distintas do Estado, este
confia a outros sujeitos de direito a realização dos seus próprios fins. As necessidades do mundo
actual levaram à vantagem de se criar novas fórmulas de organização e funcionamento da
Administração Pública, para prosseguir de forma mais eficiente os fins do Estado. Por isso o
Estado vai criar esses centros autónomos de decisão e gestão, esses organismos e serviços
continuam incorporados no Estado e vão colaborar com o mesmo para que se possa prosseguir,
da melhor maneira, os fins do próprio Estado.
Um segundo motivo que tem levado à multiplicação destes organismos autónomos é o desejo de
escapar às regras apertadas da contabilidade pública. Em terceiro lugar, há quem apresente
explicações de tipo político.
Uma vez que a actividade é desenvolvida no interesse do Estado, é natural que em contrapartida
o Estado tenha sobre essas entidades e organismos consideráveis poderes de intervenção. Por
isso, de acordo com Moreira, Vital (1997: 105), as características essenciais da administração
indirecta é a sua sujeição aos poderes de superintendência e de tutela do Governo. Do ponto de
vista matéria no que diz respeito à administração indirecta é necessário fazer quatro notas:
4
Em segundo lugar, trata-se de uma actividade que se destina à realização de fins Estado, é
uma actividade de natureza estadual, traduz-se na realização de funções que são tarefas
do Estado.
Em terceiro lugar, não se trata, de uma actividade exercida pelo próprio Estado, é sim
uma actividade que o Estado transfere por iniciativa própria, para outras entidades
distintas dele. No Direito Administrativo essa transferência é designada por devolução de
poderes. Esses poderes que o Estado entrega a outras entidades ficam a cargo destas,
embora continuem a ser poderes do próprio Estado.
Em primeiro lugar, ela é constituída por um conjunto de entidades públicas que têm
personalidade jurídica própria.
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económico, também comporta funções de autoridade, uma vez que estes organismos têm poderes
regulamentares, de fiscalização e de coordenação.
Finalmente o grau de autonomia pode ser mínimo quando estes organismos funcionem como
verdadeiras direções-gerais do ministério a que respeitam. Nestes casos a personalidade jurídica
e autonomia administrativa e financeira constituem mera aparência.
Institutos públicos;
Autarquias locais;
Banco Central de Moçambique;
Fundações Publicas;
Fundos públicos;
O sector empresarial.
Os institutos Públicos surgem, como as entidades que o Estado cria face à sua incapacidade de
prosseguir a já referida multiplicidade de fins, (tentando satisfazer todo o tipo de necessidades de
toda a sociedade), para de forma mais eficiente assegurar a prossecução dessas novas tarefas
(nesta lógica e face ao que foi dito no ponto anterior em regra pertencem à administração
Indirecta do Estado).
Segundo Ana Fernanda Neves (2003: 502), os institutos públicos “Surgem assim centros de
poder administrativo, “de promoção de interesses públicos” determinados, sujeitos de Direito
nascidos a partir de outros, em torno dos quais ficam a voltejar, como sua expressão indirecta e
instrumental, e por ajuizamento dos quais sofrem modificações ou se extinguem”.
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Define Paulo Otero3 os Institutos Públicos como “sendo uma entidade colectiva de direito
público sem base territorial ou associativa, assente num substrato institucional crida para a
prossecução de fins administrativos específicos, sendo proveniente de um fenómenos de
descentralização e encontrando-se sujeita a uma intervenção intersubjectiva por parte de outar
entidade pública.”
E Ana Fernanda Neves (2003: 498), define-os como “ pessoas colectivas públicas, criadas para
assegurar atribuições específicas do estado ou de outra pessoa colectiva pública, perfilando-se
como sujeitos de direito público dotados de autonomia administrativa e financeira, com o
encargo de assegurar tais atribuições”.
Refere esta lei no seu n° 2 do artigo 80º que “Para efeitos da presente lei, consideram-se
institutos públicos, independentemente da sua designação, os serviços e fundos das entidades
com autonomia administrativa e financeira”.
Segundo o Professor Diogo Freitas do Amaral existem três espécies a considerar de institutos
públicos, nomeadamente os serviços personalizados, fundações públicas e os estabelecimentos
públicos.
Os serviços personalizados são os serviços públicos de carácter administrativo a que a lei atribui
os seis tipos de institutos públicos e eles são dotados de personalidade jurídica e autonomia
administrativa, ou administrativa e financeira, (art.81º, nº 1 e 2, Lei °7/12, de 8 de Fevereiro). No
grupo dos serviços personalizados, há ainda uma subespécie muito importante a considerar, que
são os chamados organismos de coordenação económica, estes são serviços personalizados do
Estado que se destinam a coordenar e regular o exercício de determinadas actividades
económicas que pela sua importância merecem uma intervenção mais vigorosa do Estado. A
3
OTERO, PAULO, “institutos Públicos” in Dicionário jurídico da Administração Pública, pág. 251
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actividade administrativa e a gestão económica e financeira destes organismos estão sujeitas a
uma fiscalização bastante rigorosa do Estado.
Para Silva, (1999), a Autarquia é uma “Palavra derivada do grego autos-arkhé, com a
significação de autonomia, independência, foi trazido para linguagem jurídica, notadamente do
Direito Administrativo, para designar toda organização que se gera pela vontade do Estado, mas
a que se dá certa autonomia ou independência, organização esta que recebeu mais propriamente a
denominação de autarquia administrativa.”
As autarquias são serviços criados por lei por uma entidade jurídica, para executar actividades
típicas da administração pública, para um funcionamento melhor, a partir de uma gestão
administrativa e descentralizada. Trata-se de pessoas jurídicas de Direito público de capacidade
exclusivamente administrativa (BRASIL, 2013).
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No concerne às Autarquias locais, define-se segundo o, art. 1 da Lei no. 2/97, como pessoas
colectivas públicas dotadas de órgãos representativos próprios que visam a prossecução dos
interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do
Estado.
E é composta por uma estrutura regimental aprovada por decreto. O seu quadro pessoal é
composto por cargos efectivos, organizados em carreiras (Carvalho Filho, 2014).
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2.3.2.3. Autarquia Local Como Representação do Estado
As autarquias locais são controladas através dos Órgãos do Estado Local (o Governo Provincial
ou Governo Distrital), que tem por objectivo primordial garantir a realização de tarefas e
programas económicos, sociais e culturais de interesse local e nacional, observando a
Constituição, as deliberações da Assembleia da República e as decisões do Conselho de
Ministros e dos órgãos do Estado de escalão superior (Lei no. 2/97, art. 8). Esses órgãos Locais
são tidos como representantes do Estado, uma vez que, trata-se de uma forma indirecta de
Administração Pública pelo Estado (Carvalho Filho, 2014).
A autonomia de que beneficiam as autarquias locais significa, igualmente, que não há relação de
subordinação hierárquica das autarquias locais ao Estado. Contudo, a não subordinação
hierárquica não significa que as autarquias locais se tornaram independentes do poder central.
Por outras palavras, a criação das autarquias locais não liberta o Estado da sua responsabilidade
global sobre o país e o funcionamento das diversas instituições constitucionalmente
existentes (Cistac, 2009).
A Lei organiza o controlo da actividade dos órgãos das autarquias locais pelos agentes do Estado
através da criação de um conjunto de meios e procedimentos designado pelo vocábulo de “tutela
administrativa”, de modo que elas não violem a legalidade dos actos administrativos a ser
seguido tem termos jurídicos. Porém, as autarquias também podem impugnar as ilegalidades das
autoridades tutelar caso eles tentem infringir a lei no exercício dos poderes de tutela em
autarquias locais (Cistac, 2012).
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2.3.2.5. Tipos de autarquias locais
De acordo com a lei no 2/97 art. 2 as autarquias podem ser categorizadas em municípios e
povoações, em que os municípios correspondem a circunscrição territorial das cidades e vilas,
enquanto as povoações, a circunscrição territorial da sede de posto administrativo.
O município é o espaço territorial onde pode-se encontrar as cidades e vilas numa autarquia. É a
corporação estatal que tem por finalidade a administração de uma cidade ou vila (Silva, 1999).
Os municípios são compostos por uma Assembleia Municipal, Presidente do Conselho Municipal
e o Conselho Municipal (Lei no. 2/97, art. 2).
As povoações, são autarquias locais designadas por postos administrativos, constituídos por uma
Assembleia da Povoação, Conselho da Povoação e Presidente do Conselho da Povoação. Como
nos municípios, as povoações são dotadas de poderes deliberativos, e a sua constituição interna
por membros eleitos por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico dos
cidadãos eleitores no respectivo círculo eleitoral (Lei no. 2/97, art. 64, 65,67).
A administração das autarquias locais é confiada à dois tipos de órgãos: um órgão deliberante e
representativo: a assembleia municipal ou de povoação; e órgãos executivos: o conselho
municipal ou de povoação e o presidente do conselho municipal ou de povoação (Lei no. 2/97,
art. 16).
Nos termos do n° 1 do artigo 78 da Lei °7/12, de 8 de Fevereiro, define-se o Banco Central como
o banco centra da Republica de Moçambique. E refere o n° 2 do artigo 78º que “O Banco Central
é uma pessoa colectiva do direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira.
Define-se as fundações publicas nos temos do artigo 95 da Lei °7/12, de 8 de Fevereiro, como “
pessoas colectivas de direito publico, criadas pelo Conselho de Ministros, destinadas a gerir no
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interesse geral o património ou fundos públicos. As fundações públicas adoptam sempre a
natureza de institutos públicos devendo na sua denominação apresentar menções que permitam a
sua distinção dos restantes tipos institucionais.
Relativamente às fundações públicas, estas têm uma natureza de pessoa colectiva pública. De
acordo com a definição legal, as fundações públicas são pessoas colectivas de direito público,
sem fim lucrativo, com órgãos e património próprio e autonomia administrativa e financeira.
É necessário referir que surgiram também as chamadas fundações públicas de direito privado,
estas são criadas por entidades públicas, isoladamente ou em conjunto com entidades privadas.
Estas fundações são igualmente dotadas de personalidade jurídica de direito público, têm a sua
actividade regulada por regras de direito privado, contudo não deixam de estar submetidas a
importantes vínculos de direito público.
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Capitulo III: Considerações finais
3.1. Conclusão
As autarquias locais funcionam como uma pessoa jurídica que dispõe de uma autonomia de
autogovernação. Com a capacidade autónoma na área administrativa, financeira e patrimonial, e
que todo bem localizado na autarquia local é usado para o desenvolvimento da circunscrição
territorial local.
As autarquias locais são categorizadas em dois tipos a destacar: Municípios (podendo ser vilas
ou cidades) e Povoações (os postos administrativos), em que, os municípios como as povoações
são compostos por seus respectivos órgãos a destacar a Assembleia, o Conselho e o Presidente
antárctico local (do município ou povoação).
É de realçar que o sector empresarial igualmente aos institutos públicos estão sujeitas à
intervenção do Governo, que reveste as modalidades de superintendência e da tutela. Nesses
termos o Governo tem o poder de tutela, isto é, tem o poder de fiscalizar as empresas públicas e
ao mesmo tempo tem poderes de superintendência, ou seja, tem poderes de orientação
relativamente às empresas públicas. O Governo tem diversos poderes sobre as empresas
públicas, nomeadamente tem o poder de definir os objectivos básicos das empresas públicas, tem
poderes de controlo financeiro, entre muitos outros poderes que se encontram previstos.
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4. Referências bibliográficas
Carvalho Filho, José dos Santos. 2014. Manual de direito administrativo. São Paulo : Editora
Atlas, 2014.
Ferreira, Aurélio Buarque. 1996. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Hollanda :
Editora Nova, 1996.
Lei n°. 2/97, de 28 de Maio. 1997. Lei bases das Autarquias: Lei no. 2/97, de 28 de
Maio. Maputo : Assembleia da Republica, 1997.
Silva, Bruno I. 2012. Noções do direito administrativo. Sao Paulo : Origem do Direito
Administrativo, 2012.
Silva, Oscar Joseph de Plácido. 1999. Vocabulário Jurídico. 15a . Rio de Janeiro : Editora
Forense, 1999.
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