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A morte e o morrer: aspectos psicodinamicos Roosevelt Moises Smeke Cassorla indo o médico e a equipe de satide se defrontam com pacientes que vio morrer, © mobilizados por ideias, sentimentos e fantasias aterrorizantes que, na maioria das e228, So negados. Hé fortes indicios de que o medo da morte possa ser um motivador aconsciente da escolha profissional por parte de muitos médicos, Enfrenta-la pode estimular a criatividade de profissionais dedicados, que usam todos os recursos para iperar a satide de seus pacientes. Mas, em alguns casos, o profissional pode chegar perder o contato com a realidade, evitando perceber que a morte existe e faz parte vida. Com isso, ele evita contato com sua impoténcia frente a realidade da morte com 0 fato de que ele mesmo, como ser humano, também é mortal. Essas defesas ‘Bodem, todavia, predispor a condutas onipotentes, vistas como heroicas, ainda que a jzio mostre que nada mais hé a ser feito para evitar a morte do paciente. Este capi- “talo aborda como reagimos, sob um ponto de vista da teoria psicodinamica, diante da morte e do morrer. flitos pessoais, a “fobia” diante da morte morrer e sua contrapartida contrafbica agora ele ndo tem mais 0 direito de escolher, opinar ou mesmo saber exatamente o que esta ocorrendo. Essa tanatocracia tem sido questiona- da nos tltimos anos, e a autora pioneira, que abriu espaco para tal ciéncia, foi Eli- sabeth Kiibler-Ross, uma psiquiatra suico- -americana, cuja rica experiéncia resultou te em um texto classico: Sobre a morte e 0 sua prépria morte, que passou a ser rrolada por profissionais especificos, en- = eles, os da satide. A morte néo é medicalizada como vem sendo maquiada @pecialistas cuja fungéo é padronizar S dé luto, sem efivolvimento familiar, que a morte e 0 morto incomodem 0 s possivel. Assim, sé antes 0 moribun- podia morrer em sua casa, cercado de iz familia e entes queridos, muitas vezes =

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