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Natureza
Ambiente construído Ambiente Natural
Actividades Humanas
Impacte ambiental
Desigualdades sociais
Desigualdades ambientais
Mudança:
•
Extinção de papéis
•
Impacte no ambiente
•
Desigualdades ambientais
A natureza é uma categoria social e varia no tempo consoante os contextos sócio-
histórico e os grupos sociais.
Cada grupo social tem um tipo de relação com a natureza: uma “ideia de natureza”
Natureza
•
Representa o natural / o puro (valor intrínseco)
•
Recurso natural natureza transformada em máquina, interessa-nos porque
nos dá algo
Estamos dependentes das infra-estruturas da natureza
|
A natureza é algo que deve ser preservado protecção longe das nossas actuações
impactantes
(ideia predadora da humanidade)
Algo exterior ao ser humano
As políticas ambientais vão ajudar-nos a adaptarmo-nos às mudanças da natureza
Três formas de alteração humanas:
1. orgânicas
2. morfológicas
3. culturais
(as nossas alterações para com o meio exterior terminaram)
Não é só pela cultura que nos ambientamos ao meio, mas também pelas políticas,
tecnologias e infra-estruturas produzidas.
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Representação desinteressada da natureza
A representação mecanicista (séc. XVIII) do mundo teria sido impossível sem uma ruptura prévia
com aquilo que Robert Lenoble chama de pensamento mágico, sem a instituição anterior pelos
gregos, da legislação racional, sem uma mudança de mentalidades e das formas de percepcionar o
mundo e os seus acontecimentos.
Natureza mágica------------------------------------------- Mecânica da natureza
|
|
Concepção animista--- ------------ ------------ ----------- Concepção racionalizada
Etapas da evolução do conhecimento humano por August Comte
Lei dos três estados
•
Estado teológico (religião): explicação das coisas e dos acontecimentos através da atribuição da sua
própria natureza; configurando-se mais tarde traços da sua própria natureza humana.
(desenvolvimento do monoteísmo e do politeísmo)
•
Estado metafísico (magia): (especialização dos interventores) recurso a
entidades abstractas.
•
Estado positivo (ciência): observação do raciocínio, compreensão das relações observadas entre as
coisas e os acontecimentos e a formulação de leis. (segmentação de partes da realidade para as
relacionar)
Da compreensão da natureza à compreensão da sociedade
O que está em causa é o que é social e o que é natural
Produção de conhecimento e as modalidades com que vamos institucionalizando a
percepção dos limites e das fronteiras entre o social e o natural.
Existe uma ideia socialmente produzida de natureza, que se aproxima da própria
natureza.
Capitalismo
Teoria de Darwin
Teorias sociais
Teoria da Natureza
A natureza é uma ideia, uma abstracção. Quando a abordamos já é um discurso
socializado.
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Os processos puramente intelectuais precisavam de ser estimulados pela necessidade social externa.
O triunfo da nova atitude esteve estreitamente vinculado ao crescimento das cidades e à emergência
de uma ordem industrial em que os animais se tornam cada vez menos necessários no processo de
produção.
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Durkheim
Código penal:
•
Aquilo que a sociedade condena
•
Crimes ambientais aparecem pela primeira vez (equidade social e
ambiental)
As populações eram demograficamente densas e obrigam a uma diferenciação das
partes
Uma sociologia da acção e dos sistemas
Durkheim preocupava-se com a relação sociedade-meio
Divisão social do trabalho
À medida que nos fixámos, as partes sociais tiveram de se diferenciar.
A Escola de Chicago vai às ciências naturais para explicar como é que o todo (cidade de Chicago)
invadido por correntes migratórias poderia encontrar um equilíbrio?
[baseiam-se em análises vegetais e animais, no sentido de compreender as estr. dos espaços urbanos
e industriais e descriminam, localizando, os grupos e os fenómenos sociais]
A ecologia humana (sociologia do ambiente) não tem em conta o conflito, os
interesses e as partes.
Esta entrou em crise em finais da década de ’60, não se tendo libertado das suas
conecções com o funcionalismo.
***
Momento da ruptura
Dunlap e Catton (1979, 1993), denunciando nas correntes teórica da sociologia o elogio da técnica e
da dominação da natureza, desperta uma nova especialização sociológica orientada para a
conceptualização das relações entre a sociedade e o ambiente. Esta conceptualização seria marcada
pela falência dos modelos de progresso materiale económico e a nova “Era da Pós-Exuberância”.
“Era da Pós-Exuberância” Era da escassez
Institucionalização do Ambiente através das políticas , orgânica de poder
(ministério do ambiente) e saberes especializados.
Esta é levada ao extremo quando o ambiente se constitucionaliza, i.e., aparece nas
constituições.
Direito de ingerência – direito de intervir nos estados dos outros
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Regulado a partir de catástrofes naturais especializados
Modernização ecológica: adaptação da sociedade ao ambiente através da infra-
estruturas.
•
A sociedade está viciada numa perspectiva hierárquica que aliena a
sociedade e a natureza
•
Os problemas ambientais são também problemas sociais
Ecologia social: problemas ambientais são problemas sociais (≠ ecologia profunda)
dimensão ética e política.
O
E
T
AIA – Avaliação do impacto ambiental (estudo do impacto das infra-estruturas sobre
o ambiente)
AAE – Avaliação ambiental estratégica (impacto do modelo das políticas sobre o
ambiente)
A ciência transforma realidades em factos.
Estruturas sociais
Movimentos Sociais
Nas questões de sociologia do ambiente esta relação não é imediata, é preciso uma
percepção social da qualidade do ambiente.
Uma sociologia da acção e dos sistemas
•
Em sociologia não há acções que não sejam racionalizadas. Importa
perceber sobretudo a lógica dessas acções.
•
Nas teorias funcionalistas os actores são não racionais. Segundo estas teorias, os actores não
estariam conscientes do produto das suas partes. Era preciso compreender a estrutura da sociedade e
as partes deveriam contribuir para a coesão do todo (Durkheim)
Ideologia de Peter Singer – Uma ética virada para o mundo
Relação com o utilitarismo o que contribui para a felicidade é o que deve ser
procurado.
Especismo – violência de uma espécie contra as outras
|O que está em casa é a bioética
Perspectiva sistémica: favorece um estabelecimento do todo sobre as partes. Pode atenuar as cargas
da mudança e do conflito (pode ser dimensionado em interface da possibilidade da mudança e da
região do sistema)
Emancipação
/
Regulação
Utopia=
Passa a ser uma questão política
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Energia de emancipação
(políticas ambientais)
Sistema Social – Há a prevalência de um todo
Acção Social
/
Sistema
Indivíduo
Sociedade
|
|
Comportamento tornado
Capacidade de o
inteligível para o outro
comportamento ser
regulado
Salto quântico
•
O que liga o indivíduo à sociedade é o processo de socialização.
•
As práticas regulam a relação sociedade – natureza.
•
O planeta está ameaçado. Há interesse em salvá-lo. Será que temos
essa capacidade? Pode haver interesse, mas não capacidade.
•
Há a emergência de riscos . Estes riscos são sempre sociais, o que está
em causa são os interesses humanos.
•
Passou-se assim de uma reconfiguração socio-económicas para uma
reconfiguração socio-ambiental.
Teoria da sociedade em risco
Nas sociedades contemporâneas há uma emergência do risco tecnológico.
Os riscos são indetectáveis, imprevisíveis, ocultos em complexas relações causais,
ilimitados espacial e temporalmente.
o que contribui para o agravamento do risco
“A ciência expropriou os sentidos humanos”, i.e., estamos dependentes de um
discurso cientifico que nos explique os perigos que corremos
As políticas agem sobre:
•
O estado do ambiente
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•
As pressões
•
As pressões e o ambiente
Há uma hierarquia social dos riscos
Os riscos estão ligados à incerteza
Só muito tardiamente vamos conhecendo os efeitos das nossas acções, por isso, há
que agir proactivamente.
As sociedades do risco distinguem-se pela presença crescente das consequências não esperadas,
nem desejadas do processo de modernização e pela generalização da insegurança (ligação à
incerteza).
Teoria da modernização ecológica [Anthony Giddens]
Possibilidade de acompanhamento das políticas e das tecnologias de uma maneira
mais proactiva (adaptamo-nos ao ambiente através da cultura)
As sociedades do risco
Perigo: característico das sociedades tradicionais que não tem cultura de gestão de
perigo.
Risco:
- Característico de sociedades modernas, algo que pode ser previsto
- Pode mudar o conteúdo das políticas e modernização política
- Pode alterar os modos de vida das comunidades
- Está ligado ao conceito de incerteza
- Risco:- Ambiental, estratificação ambiental
- Social, exclusão
Conflito ambiental:
•
Motivado pelo medo e pela incerteza
•
Não é um conflito interclassista (não há visibilidade pública das
desigualdades)
•
É um conflito de base territorial
•
As gerações causadoras podem não estar presentes (deferimento no
tempo)
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Representação social de natureza: representa para nós a genuinidade (implicações políticas) perdida
(valor de mercado – produtos naturais; agricultura biológica)
CLASSE / EMPREGO
•
A nossa identidade social estava ligada ao trabalho (homofaber – a profissão que temos
representava a possibilidade de termos uma identidade), por isso também o trabalho está em crise
FAMILIA
•
Existência de novos tipos de famílias (p.e. mono parentais)
•
As habitações não se ambientam a este tipo de famílias
Sociedades proto-industriais--- ------------ -------- Sociedades industriais
|
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Famílias alargadas
Família nuclear
(nuclearizam-se)
(encontra novas formas de
organização)
PÚBLICO / PRIVADO
•
As mulheres participam mais na vida pública
•
As fronteiras comunicacionais são mais gerais
•
Em termos ambientais não faz sentido distinguir as fronteiras do
público e do privado
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
•
A ciência positivista que se fundamenta nas causas e consequências
entra em crise
•
Relação ciência – realidade entra em crise (aquilo que era verdade era
o que a ciência afirmava)
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•
Monopólio da veracidade por parte das ciências entra em crise
•
Emancipação de subjectividade
Rel i giã o
Verdade Política
Ci ê nci a
Visão ultrapassada
(os acontecimentos são ultrapassados)
|exclusão de saberes científicos
Riscos Globais
- As questões ambientais foram-se institucionalizando através do estado e do
mercado
- Percurso da emancipação à regulação
|
|
Preocupação com a ecologia
Nova ideologia no séc. XXI – Ecologia -
no sistema político
ambiente é a nova fonte de legitimidade
(crimes contra a natureza)
do poder político
Peter Singer: Se só há um planeta, deve haver um governo para o mundo
O que é a natureza?
Em simultâneo, tudo é natural e nada é natural
A natureza é algo exterior ao investigador (o que explicamos está fora de nós)
Durkheim:Recursos
/
\
Utilizadores----- Utilizações
Por detrás de uma teoria
- As teorias sociológicas elucidam-nos sobre as concepções do ho mosociolo gicus, da
sua racionalidade e da sua intencionalidade comportamental.
- A critica do funcionalismo traduz a emergência da sociedade civil e de uma
relativa autonomia indicidual como agência de mudnaça social.
- As sociedades mudam e as teorias sociológicas também.
Tolerância zero: teoria “broken windows”
- As autoridades podem previnir a criminilidade
- Deve reformar-se a assistência social e a educação
- Uma concepção de urbanismo (espaço é um lugar de apropriação quando, quando
apropriado designa-se de território)
- Podemos ter leis rigorosas mas será que elas são cumpridas?
A tutela penal do ambiente
As políticas ambientais têm uma vertente punitiva
Consequências: multa // prisão - leva a mudanças de comportamento?
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Tipo de crime:
Perigo de dano – provar as causas
Dano – provar as consequências
Tipos de conduta:
Neglicência
Intencional
Do princípio de precaução ao crime
_ Crimes ambientais: a emergência de um novo quadro jurídico tipificando os crimes ambientais
acontece, geralmente, na sequência da aprovação de uma Lei de Bases do Ambiente ou Legislação
ambiental
Direito ao ambiente ou direito do ambiente?
A própria evolução doutrinária sobre as questões revela as tensões entre o direito ao ambiente e o
direito do ambiente, entendido este último como o aumento do direito individual a par de outros
direitos sócio - económicos.
Desenvolvimento sustentável
Um modelo de desenvolvimento que permite às gerações presentes satisfazer as suas necessidades
sem que com isso ponham em risco a possibilidade das gerações futuras virem a satisfazer as suas
próprias necessidades.
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Neocriminalização
O ambiente parece estar a criar um percurso punitivo:
_ Severidade das políticas,
_ Educação pública,
_ Sensibilização ambiental.
Durkheim
-
o código penal representa a consciência colectiva
|
Sociedade mais densa – Divisão social do trabalho
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Reforço do controlo social
|
Aumento da coesão social
Solidariedade mecânica – Solidariedade orgânica:
O controlo já não pode ser feito pelos pares
Tolerância zero
Poluidor – pagador utilizador – pagador
•
O crime já não reflecte uma consciência colectiva
•
O crime reflecte o que a lei diz que é crime
Referenciais institucionais
(M) ministério do ambiente
(A) autoridade central
(L) legislação fundamental
(C) constituição, direito constitucional consagrado
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A eventual existência de todos estes referenciais ou de parte deles não constitui condição suficiente
para uma avaliação positiva do grau de maturidade e profundidade da política ambiental.
Direitos e deveres institucionais
•
Todos têm direito de informar, de se informar e de ser informado –
princípio da informação
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Princípio da participação
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Princípio da preservação
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Princípio da responsabilidade
Riscos ambientais e coesão territorial
•
Consequências localizadas e diferenciadas por territórios
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Riscos não são naturais, pelo menos pelas suas consequências
•
Têm de ser considerados pelas consequências
“Natureza construída”: alteração dos cursos dos rios, barragens, etc.
Ambiente, um novo determinismo social?
|Alterar comportamentos, determinismo geográfico, antigamente a cultura era
adaptada ao ambiente (população e clima pareciam estáveis), alterações climáticas
impõem alterações nos modos
Sociedade ecológica correcta
- Sociedade emancipada, pela educação, ou sociedade totalitária, pela punição.
Ambiente – subconjunto dos seus colectivos sempre independentes
|A força coerciva está em que todos precisamos dele
Criminalizar o ambiente é criar uma nova postura reguladora
(dificuldade em individualizar as partes (crime/criminoso)
Artigo 278º - consagra a natureza
Artigo 279º - concilia o ambiente e o desenvolvimento
|Desenvolvimento sustentável – Gestão da escassez
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