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2008/09 – 2º semestre
Negócios
Negócio unilateral: quando têm apenas uma parte.( uma única declaração).
Várias declarações podem dar azo a um negócio unilateral desde que se
encontrem ordenadas de modo paralelo.
Negócios formais: negócios que requerem uma forma especial quando a lei o
exigir . (art 219º CC).
Negócios causais: quando a sua fonte tenha de ser explicitada para que a
sua eficácia se manifeste e subsista.
2. Sentido da declaração:
Menezes cordeiro diz-nos que o principio da imputabilidade do sinificado da
interpretação deve valer para ambas as partes. A solução prespectivada no
236º nº1 sacrifica o declaratário normal, parecendo-lhe mais justo imputar ao
declarante tudo o que a pessoa normal depreenda, do que, livremente diga.
3. O SILÊNCIO:
O silêncio implica a ausência de qualquer declaração expressa ou tácita : ele
corresponde à ausência de acção .
4. Artigo 224º do CCque, por si, ele não teria.
Assim segundo o art. 218º, o silêncio vale como declaração negocial quando
esse valor lhe seja atribuido por:
• lei
• uso
• convenão
Um dos exemplos em que a lei confere ao silêncio o valor de declaração
negocial é o art. 923º/2
3. Declarações recipiendas e não recipiendas:
As declarações são recipiendas ou não recipiendas consoante tenham ou
não destinatario. As declarações não recipiendas produzem efeitos quando
aparecem e as recipiendas vêm a sua eficácia condicionada pela relação que
visam estabelecer com o destinatario.
• O momento da eficácia:
• Teoria da expedição: a declaração recipienda seria eficaz desde o
momento em que foi enviada para o destinatário
• Teoria da recepção: tal eficácia ocorria quando a declaração chegasse ao
poder do desinatario
• Teoria do conhecimento: exigir-se-ia, para a produção de efeitos, a
efectiva apreensão pelo destinatario
Culpa in contrahendo
• Visa assegurar, nos preliminares contratuais o respeito pelos valores
gerais da ordem juridica.
• A culpa in contrahendo destina-se a permitir o ressarcimento de danos
causados na fase pré- contratual.
• Estão em jogo deveres de segurança : as partes devem providenciar
para que nas negociações ninguem sofra danos .
• Visa a circulação entre as partes de todas as informações necessárias
para a contratação (deveres de informação contratuais).
• As partes não podem in contrahendo adoptar comportamentos que se
desviem da procura de um contrato (lealdade)
• Protecção da parte fraca num contrato : o contrente que por razões
financeiras ou de conhecimentos se deve considerar inferiorizado tem o
direito de na fase preliminar a um esclarecimento e uma lealdade
acrescidos.
• 483º Nº1 – dolo ; 227º culpa in contrahendo
• Deveres: seguraça, lealdade e informação.
Convite a contratar
• Apenas sinaliza o interesse ou a disponibilidade de entrar em
negociações com vista à conclusão do contrato, ou seja, o convite a
contratar constitui um incentivo para que alguem dirija uma proposta
contratual a quem convide, deixando a este o papel de aceitar ou não a
proposta.
Actos preparatórios
• São todos os actos que não possam reconduzir-se à proposta, à aceitação
ou à rejeição.
• Os actos preparatorios podem ser materiais ou juridicos consoante se
traduzam em simples modificações do mundo material ou antes
impliquem actividades de puro significado juridico.
• Nos actos materiais incluem-se os contactos preliminares (neles as
partes procuram conhecer-se e indagar a possivel negociação dos seus
interesses)
• Os actos preparatorios juridicos dizem-se vinculativos ou não vinculativos
conforme adstrinjam ou não as partes a praticas ulteriores.
• Podem surgir contratos instrumentais (contratos que não visam regular
de modo directo o conteudo que integrara o convenio definitivo mas
apenas aspectos que a ele irão conduzir)
• Contratos instrumentais:
Convenção das partes sobre a forma do futuro contrato (art. 223º)
A convenção das partes sobre o valor do silêncio (art. 218º)
A convenção das partes sobre o prazo de subsistencia de eventuais propostas
(art. 228º/1 alinea a))
O contrato promessa (contrato pelo qual as partes se obrigam a celebrar o
contrato definitico ) - art. 414º e seguintes.
O pacto de preferência ( uma das partes se obriga a quando contratar fazê-lo
de preferência com a outra desde que esta acompanhe a oferta de um
terceiro ) - art. 414º e seguintes