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eSocial: Entenda tudo o

que mudou para


afastamentos e atestados
4 de fevereiro de 2019

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Funcionários adoecem – como consequência da atividade laboral ou não


– e podem ter que se ausentar da empresa. Acidentes de trabalho
também podem ocorrer. Com a implantação do eSocial, essas situações
rotineiras passam a exigir procedimentos diferentes da assessoria
contábil e também do empresário.

A seguir, respondemos as principais dúvidas sobre o assunto.

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Como deve ser registrado um atestado médico no


eSocial?
Os atestados médicos e odontológicos de afastamentos temporários são
enviados por meio do evento S2230 e devem seguir o seguinte prazo:
até o dia 7 do mês seguinte à ocorrência para afastamento com duração
entre 3 e 15 dias, por doença ou acidentes não relacionados ao trabalho.

O prazo é o mesmo para atestados por doença laboral ou acidente de


trabalho com duração de 1 a 15 dias. Já o afastamento temporário de
qualquer natureza com duração superior a 15 dias deve ser enviado até
o décimo sexto dia da ocorrência.
Qualquer atestado deve ser registrado no eSocial?

Para atestados por doenças ou acidentes não relacionados ao trabalho,


somente os que pedem afastamento a partir de três dias devem ser
registrados, salvo se, em um prazo de até 60 dias, o mesmo funcionário
totalizar mais de 15 dias de atestados.

Nesse último caso, até mesmo os documentos de afastamento de um ou


dois dias devem ser comunicados na ferramenta. Por outro lado, se
ocorrer doença relacionada ao trabalho ou acidente de trabalho, o
atestado para afastamento de qualquer duração, até mesmo algumas
horas do dia, precisará ser registrado.

Quais informações devem constar do atestado?


Quem responde é o médico do trabalho e consultor com ênfase em
eSocial, Gustavo Nicolai: “Atestados por doença ou acidentes não
relacionados ao trabalho devem informar nome do trabalhador, data do
atestado, quantidade de dias de afastamento, nome do médico e CRM”.

Já os atestados por doença ocupacional ou acidente de trabalho devem


incluir sempre a Classificação Internacional de Doenças (CID), além das
outras informações mencionadas. Em ambos os casos, o documento
deve estar legível e sem rasuras para ser considerado válido.

O que fazer caso um funcionário já esteja afastado no


início da utilização do eSocial?
Nesse caso, é necessário o envio do evento S2200 com a data e o
motivo do afastamento. Não é necessário o envio do evento S2230.

É necessário registrar no eSocial quando o


funcionário se ausenta por algumas horas do dia para
ir a uma consulta médica?
Nesse caso, não. “Esse tipo de documento não se enquadra como
atestado médico, mas como uma declaração de comparecimento, sendo
de liberalidade da empresa aceitar ou não”, esclarece Nicolai.
O que muda na comunicação de um acidente de
trabalho pelo eSocial?
As empresas deixam de registrar a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT) no site da Previdência Social e passam a enviar a
informação pelo sistema do governo federal, assim como outros dados
de segurança e saúde do trabalhador (SST, veja box).

“A CAT deverá ser emitida sempre que o empregado


sofrer um acidente no local de trabalho ou no trajeto de
ida ou retorno ao endereço profissional. E também
quando for acometido de doença profissional”, explica a
palestrante de eSocial e diretora da Nova Era Consultoria
e Treinamento em Recursos Humanos, Anelore
Beltramini Tolardo.Qual é o procedimento para emitir a
CAT pelo eSocial?
O trabalhador vítima de um acidente de trabalho ou com uma doença
ocupacional deverá ser direcionado a uma unidade de saúde para
receber o atendimento médico. A empresa terá 24 horas ou até o dia útil
seguinte para registrar a CAT pelo evento S2210 do eSocial.

Depois, deverá encaminhar o documento para a unidade de saúde em


que o empregado foi atendido, para que sejam preenchidos os campos
de responsabilidade do médico – a CID, nesse caso, é obrigatória.

“Em caso de afastamento do trabalhador, o evento S2230 também


deverá ser preenchido e enviado”, informa a especialista em eSocial e
proprietária da Chronos Soluções em Segurança e Medicina do Trabalho,
Rúbia Mara Pereira.

Se houver morte, a emissão da CAT deve ser imediata. “Os recibos de


envio são arquivados no próprio eSocial, sem a necessidade de
intervenções do empresário”, completa Pereira.

E se for preciso emitir uma CAT em horário em que o


escritório contábil não está trabalhando?
O prazo deve ser cumprido mesmo assim. Uma opção é preencher a CAT
de forma parcial e depois retificar com o envio das informações
faltantes. “Os responsáveis pela empresa podem apenas descrever o
acidente no 2 formulário e, no dia em que houver expediente no
escritório contábil, o contador dará continuidade ao
preenchimento”, orienta Tolardo.

Qual a consequência de perder o prazo da CAT ou de


não comunicar o afastamento temporário do
funcionário?
Conforme artigo 286 do Decreto nº 3.048/99, a empresa pode ter que
pagar multa variável entre os limites mínimo e máximo do salário de
contribuição por acidente que tenha deixado de comunicar no prazo.

Na ocorrência da primeira comunicação feita fora do prazo, a multa será


aplicada no grau mínimo. Contudo, será elevado em duas vezes o seu
valor a cada reincidência.

Início do envio de dados de SST pelo eSocial


Veja quando a sua empresa começará a utilizar o sistema do governo
federal para comunicar acidentes e afastamentos temporários:

Grupo 1
Empresas com faturamento anual de 2016 maior que R$ 78 milhões.
Julho de 2019
Grupo 2
Empresas com faturamento anual de 2016 até R$ 78 milhões, exceto as
do grupo 3. Janeiro de 2020
Grupo 3
Empregadores pessoa física (exceto domésticos), optantes pelo Simples
Nacional,
produtores rurais pessoa física e entidades sem fins lucrativos.

DICA: É hora de se capacitar e se especializar em departamento


pessoal e eSocial
Como você pode perceber, o eSocial traz muitas mudanças importantes
e é preciso ter atenção redobrada para estar preparado, ainda mais
agora com os prazos de implantação do programa se aproximando.

Sendo assim gostaríamos que conhecessem nosso treinamento completo


e totalmente na prática de departamento pessoal e eSocial para
contadores. Aprenda todos os detalhes do departamento pessoal de
forma simples e descomplicada. Saiba tudo sobre regras, documentos,
procedimentos, leis e tudo que envolve o setor, além de dominar o
eSocial por completa. Essa é a sua grande oportunidade de aprender
todos os procedimentos na prática com profissionais experientes e
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direito!

Qual prazo para apresentar


atestado médico no trabalho?
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Publicado por Thiago Noronha Vieira

há 3 anos

140,9K visualizações

O Direito do Trabalho é uma das áreas onde as dúvidas são


mais recorrentes. Não é para menos, afinal, sempre há novas
pessoas entrando no mercado de trabalho e, embora muitos já
conheçam a dinâmica e as garantias trabalhistas, existem
dúvidas que somente um profissional habilitado e que estuda
corriqueiramente as mudanças pode tirar. Dentre essas
dúvidas, uma das mais recorrentes é: qual o prazo
para apresentar atestado médico no trabalho?
Em outro artigo comentei sobre os aspectos gerais do
Art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)– se você
perdeu, clica aqui! – que é a previsão legal das faltas
justificáveis ao trabalho.
O cerne da questão, nesse caso, está no prazo para
apresentação do atestado comprobatório de
afastamento por problemas de saúde. De acordo com a
Lei nº 605/49, a ausência ao trabalho por motivo de doença
deve ser comprovada mediante atestado médico, caso contrário
a falta será tida como injustificada e acarretará a perda da
remuneração do dia. A falta injustificada ao serviço também
enseja a perda da remuneração do repouso semanal, conforme
art. 6º, parágrafo 2º, da Lei 605/49.
A CLT não estabelece prazo para o empregado apresentar
atestado médico para fins de justificar a sua ausência ao
trabalho. Em face da omissão da lei, poderá o
empregador, por meio de regulamento interno, fixar
prazo um prazo para a entrega do atestado médico, se
não houver norma coletiva dispondo sobre a questão.
Destaca-se que o prazo deve ser razoável e que o
empregador pode, inclusive, fixar prazos diversos a depender
do tipo de atestado (por exemplo, pela quantidade de dias de
afastamento). Quanto ao empregado, ressalta-se que o bom
senso deve ser premente: quando possível, avisar com
antecedência sobre eventual afastamento e utilizar os
meios digitais para dar ciência em caso de urgência,
quando for possível.
Acrescento, ainda, que o atestado pode ser entregue por
alguém em nome do empregado (como familiar, cônjuge ou
amigo), lembrando-se que é prudente sempre levar duas vias,
colhendo aviso de recebido datado e ficando uma delas.

Procedimentos para a apresentação do atestado médico na empresa

A ausência de um funcionário não passa despercebido, além de impactar


no fluxo de tarefas. Em caso do comparecimento por problemas de saúde,
o colaborador precisa apresentar um atestado médico.

Mas quais são os procedimentos para lidar com os atestados e até onde
garantem o abono de faltas?

Tire suas dúvidas com este artigo.

Prazo para a entrega do atestado médico


Não existe um prazo definido pela legislação brasileira, mas a maioria das
empresas estabelece um período de até 48h a partir da data de
afastamento para apresentar o atestado médico. Importante ressaltar que,
por não ser um período legalmente determinado, não é um padrão para
todas as empresas. Neste caso, o período definido pelas organizações
devem ser devidamente informado ao colaborador.

Quem fornece o atestado médico?


Como definido pela resolução na Resolução 1.658/2002 do Conselho
Federal de Medicina, o atestado médico é um ato médico que só pode
fornecido por profissionais definidos pelo Decreto 27.048/49:

 Médico da empresa ou em convênio;


 Médico do INSS ou do SUS;
 Médico do SESI ou SESC;
 Médico a serviço de repartição federal, estadual ou municipal,
incumbida de assuntos de higiene e saúde;
 Médico de serviço sindical;
 Médico de livre escolha do próprio empregado, no caso de ausência
dos anteriores, na respectiva localidade onde trabalha;

Quais informações devem constar no atestado?


Para que o atestado médico seja válido, ele deve conter:

 Tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a


recuperação do paciente (por extenso e numericamente);
 Diagnóstico codificado, conforme o Código Internacional de
Doenças – CID, quando expressamente autorizado pelo paciente;
 Assinatura do médico ou odontólogo sobre carimbo do qual conste
nome completo e registro no respectivo Conselho Profissional;
Consultas de rotina
Nos casos de consultas de rotina que não demandam urgência,
geralmente é entregue o comprovante de consulta, cabendo à empresa
aceitar ou não o comprovante para abono de horas.

Recusa do atestado médico


A empresa só pode recursar um atestado mediante comprovação por meio
de uma junta médica que o funcionário está apto para o trabalho ou
quando o atestado seja considerado falso. Qualquer outra razão dada pela
empresa é considerada ilegal.

E quando o atestado é falso?


A falsificação de atestado médico é crime previsto nos artigos 297 e 302
do Código Penal. Caso seja comprovado que o atestado apresentado é
falso, o funcionário pode ser demitido por justa causa.

Já o responsável por oferecer o atestado pode responder criminalmente.

Exite um limite anual de atestado médico?


Não. Por lei, não há um limite de atestado médico. Mas há um limite de 15
dias de afastamento custeados pela empresa. A partir do 16º dia, o
pagamento do afastamento fica a cargo da Previdência Social.

Acompanhamento em consultas de filhos


Na nossa lei não há garantias para esse tipo de situação, cabendo ao
empregador aceitar ou não o abono em ausência para acompanhamento
de consultas médicas dos filhos e outros familiares. É recomendável que
o empregado converse antecipadamente com seus superiores para
chegarem a um acordo.
Gestão de funcionários
O Sistema Online de Gestão VHSYS possui diversos módulos para
auxiliar sua empresa a ter uma gestão eficiente. Ele ainda conta com
aplicativos ideais auxiliar seu negócio, como o Funcionários, que
consegue manter um cadastro atualizado de todos os seus colaboradores,
inserindo informações relevantes e podendo adicionar uma foto e anexos
importantes, como atestados médicos

Não há mais duvidas: a partir de janeiro de 2018 ocorre implantação do eSocial! O


projeto, capitaneado pelo governo e diversos órgãos , tais como Receita Federal, Caixa
Econômica, Ministério do Trabalho, entre outros, pretende simplificar e unificar a
entrega das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas em todo país.
Há também uma boa parte das pessoas que também dizem não saber do que se trata e a
“marchinha deste carnaval” promete ser com embalos de tirar o fôlego, acarretando
grande multas para os despreparados.
Esse projeto que promete ser um dos maiores já implantados no mundo, tanto pela
magnitude do cruzamento das informações quanto de entidades envolvidas. E o que esse
projeto tem a ver com nós da área de RH ? Eu poderia responder em uma só palavra:
tudo!
Para estar adequado a essa otimização será necessário muitas mudanças na cultura
organizacional das empresas, pois haverá um impacto na forma como se contrata, a
forma de desligamento e como essa comunicação chega ao RH e DP, nas promoções
e nas mudanças de função.

Quais os principais impactos do


eSocial
Para ficar mais claro, não será mais possível contratar um colaborador sem que este
tenha apresentado toda a documentação para contratação. As informações precisam ser
enviadas para o ambiente do eSocial em pelo menos um dia antes de novo contratado
iniciar na organização.
Há exceção apenas no caso do empregador enviar o evento de “Registro Preliminar ”
(ou seja, a admissão faltando algumas informações). Neste caso, ele terá que
complementar as informações até o fechamento da competência.
Isso quer dizer que teremos de dar adeus ao nosso “jeitinho”. Por exemplo, quando, em
algumas situações, acontecem nas organizações, onde os gestores nos falam: “deixa ele
começar e traz o que falta depois”.
Essa situação não pode mais acontecer. Porém, caso aconteça, já deixe ciente que a
empresa pode estar passível de multas e penalidades. Não existe mais a situação de
empresas desinformadas ou mal intencionadas ao contratar uma pessoa e somente
assinar a carteira dela três meses depois.
Os gestores de pessoas precisam preparar a empresa, reprogramar a mentalidade dos
colaboradores, líderes e sócios. Existe um desafio à frente que precisa ser encarado e
trabalhado. A mudança precisa começar dos líderes para os colaboradores, atentando-se
aos prazos, avaliando as rubricas (que são as verbas de folha como gratificação por
exemplo) e refazendo processos internos.
A equipe que integra o Departamento Pessoal e seus processos, por exemplo, vai
precisar se profundar ainda mais no conhecimento da legislação. Ou seja, tem de se
tornar a referência em eSocial e legislação trabalhista dentro das empresas.

A relação e integração entre os


setores
O eSocial exigirá, de forma direta, que haja uma maior integração entre os
departamentos contábil, fiscal, trabalhista e jurídico. As informações enviadas não
podem ser tratadas de forma diferente, ou seja, como empresas não poderá ser feito
nenhuma transição que não seja de conhecimento dos órgãos competentes.
A relação com o jurídico, algo que antes não era tão necessário, precisará ser reforçada
devido as exigências do eSocial, como por exemplo as informações referentes a
processos administrativos e judiciais do empregador que influenciam nos cálculos de
encargos e FGTS precisarão primeiro ser alimentados no software de folha, para que
estes dados sejam enviados.
Parece que são tantas informações e mudanças, ao mesmo tempo, que poderíamos
comparar com o fim do mundo, mas ainda não é o fim, será possível correr “atrás do
prejuízo” se começarmos agora.
Em janeiro, serão obrigadas as empresas que faturaram em 2016 acima de 78 milhões,
em julho de 2018, o projeto se estenderá a todas as empresas, incluindo as
microempresas, empresas de pequeno porte e também os Microempreendedores
Individuais (MEIs).
As únicas exceções serão para empresas da área de saúde e de segurança do trabalho,
essas terão mais 6 meses para se adaptar.

O que o setor de Gestão de Pessoas


já pode fazer?
1) Validação Cadastral
Nada mais é do que a validação de dados do colaborador (Histórico Cadastral e
Contratual Nome Social, NIS, dentre outros).

2) Cadastro de cargos, funções,


cadastro de horários
que antes não era uma preocupação para quem manipulava o sistema de folha, apenas o
de ponto, mas agora será exigido.
3) Organização das rubricas
que são mais conhecidos como verbas de folha. Talvez esse seja o que tratará maior
esforço para o DP, pelo fato de que a empresa precisará conhecer o que cada rubrica
representa e correlacioná-la. Depois que todo esse trabalho for realizado, a empresa que
quiser já poderá aderir ao ambiente de teste que o governo disponibilizou, em agosto
deste ano.
A tendência é que com a plena implantação os arquivos físicos mantidos até então pelas
organizações, serão extintos, dando lugar aos arquivos XML, que poderão ser
armazenado na rede e/ou base de dado. Em paralelo ao eSocial ainda será necessário o
envio das obrigações CAGED, RAIS, DIRF.

Informações que são solicitadas:


 Admissão e desligamento do trabalhador em tempo real;
 Afastamento temporário;
 Alteração da jornada de trabalho;
 Alteração na situação do colaborador, tais como mudança de salário;
 Aviso prévio;
 ASO (Atestado de Saúde Ocupacional);
 Condições ambientais do trabalho que envolverá a parte de SESMT (Segurança Saúde e
Medicina do Trabalho);
 CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) deverão ser informadas no mesmo dia em
caso de morte;
 Movimentações referentes à folha de pagamento;
 Monitoramento da saúde do trabalhador.
Temos o pleno entendimento que as empresas que melhor conseguirem criar um bom
processo de comunicação intersetorial e entre sua matriz e filiais, serão as que
conseguirão passar com menos impacto por todas essas mudanças.
Existe outra perspectiva mais positiva e menos caótica, que é a minha preferida, que
seria a de que esse projeto trará uma visibilidade maior para os setores de RH e DP,
claro os que estiverem mais preparados. Essa com certeza fará toda a diferença.

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