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investidor
brasileiro
SUMÁRIO
Apresentação 3
Um pouco de metodologia 5
Não investidores 36
Por que não investem? 37
Intenção de investir em 2018 e destino da aplicação 39
Brasileiro não se prepara para a velhice 41
Conclusão 45
2
APRESENTAÇÃO
3
APRESENTAÇÃO
Acesse »
http://anbima.com.br/pt_br/especial/relacao-do-brasileiro-com-o-dinheiro.htm
Boa leitura!
4
UM POUCO DE METODOLOGIA
O público-alvo foram
pessoas com 16 anos ou
mais, das classes A, B e C,
economicamente ativas, que
vivem de renda ou aposentadas.
Cada entrevista durou cerca
de 16 minutos e as questões
misturavam respostas com
escolha de alternativas e
declarações espontâneas,
ou seja, quando não havia
sugestões prévias de respostas.
Enquanto as perguntas abertas
buscam conhecer os primeiros
pensamentos que passam
na cabeça das pessoas sobre
determinado assunto, aquelas
com alternativas, que chamamos
de estimuladas, têm por finalidade
mensurar determinados
tipos de comportamento.
5
UM POUCO DE METODOLOGIA
42%
pessoas que
tinham algum
saldo aplicado
em produtos
do mercado
em 2017
Isso significa que elas podem não ter
investido absolutamente nada em 2017,
9% pessoas que
mas já tinham aplicações de outros anos investiram
em aplicações
financeiras
em 2017
6
COMO O BRASILEIRO LIDA COM DINHEIRO
7
COMO O BRASILEIRO LIDA COM DINHEIRO
4 Por fim, temos 10% dos brasileiros que não se preocupam em guardar
dinheiro, e preferem viver o presente sem pensar no futuro.
8
COMO O BRASILEIRO LIDA COM DINHEIRO
9
COMO O BRASILEIRO LIDA COM DINHEIRO
59%
25%
13%
9%
Corte de gastos Fazendo Produtos Trabalhando mais
economia bancários
10
COMO O BRASILEIRO LIDA COM DINHEIRO
O segundo destino preferido das pessoas aparece com larga distância das aplicações financeiras
com 8%: é a compra de imóveis, terrenos ou lotes. Os demais itens também têm pequena
representatividade e são referentes à compra de automóvel (7%), à reforma ou construção da casa
(7%), a viagens ou passeios (6%), aos estudos (5%) e ao pagamento de dívidas (5%).
11
CONHECIMENTO SOBRE FINANÇAS E INVESTIMENTOS
Finanças
Saber qual é o entendimento da população
sobre os conceitos básicos da economia
pode ajudar a explicar os motivos pelos quais
o brasileiro investe pouco. Pensando nisso,
durante a pesquisa, aplicamos as perguntas
conhecidas como “Big Three”, metodologia
mundial criada pelas professoras
especializadas em educação financeira
Annamaria Lusardi (da Itália) e Olivia Mitchell
(dos Estados Unidos).
1
: pesquisa realizada em 2011
2
: pesquisa realizada em 2013
3
: pesquisa realizada em 2015
12
CONHECIMENTO SOBRE FINANÇAS E INVESTIMENTOS
80%
73%
69%
Setenta e três por cento acertaram a questão, indicando a resposta “Mais do que
R$ 102,00”. Os resultados de oito dos 12 países que consideramos nessa análise foram
inferiores ao nosso. Entre eles, os desenvolvidos Japão (70%), Estados Unidos (65%),
Finlândia (58%) e Suécia (49%). Mas perdemos quando comparados à Austrália (83%),
à Alemanha (82%), à Suíça (79%) e ao Canadá (78%).
Base: total da amostra – 3.374 // Investidores: 1.411 // Não investidores: entrevistados que fazem outros tipos de investimento,
mas não fazem aplicações financeiras ou que não fizeram aplicações financeiras ou investimentos (1.858 entrevistas)
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CONHECIMENTO SOBRE FINANÇAS E INVESTIMENTOS
4% 5%
2%
A percepção da população sobre inflação, juros real versus nominal e poder de compra
é a questão com o pior resultado do Big Three. Os alemães e os suecos foram os que se
saíram melhor (ambos com 78%). Ficamos na frente apenas dos romenos, que tiveram
32% de acertos, e dos russos com 19%.
Base: total da amostra – 3.374 // Investidores: 1.411 // Não investidores: entrevistados que fazem outros
tipos de investimento, mas não fazem aplicações financeiras ou que não fizeram aplicações financeiras
ou investimentos (1.858 entrevistas)
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CONHECIMENTO SOBRE FINANÇAS E INVESTIMENTOS
64%
60% 58%
Sessenta por cento da população acertou a questão do Big Three, que envolvia
conhecimento sobre risco. Apesar de o número ser próximo à média, o resultado fica na
frente de quase todos os países – as exceções são a Suíça (73%) e a Alemanha (62%).
Apenas 13% dos americanos indicaram a questão correta, enquanto 56% dos japoneses
não souberam qual resposta escolher.
Base: total da amostra – 3.374 // Investidores: 1.411 // Não investidores: entrevistados que fazem outros
tipos de investimento, mas não fazem aplicações financeiras ou que não fizeram aplicações financeiras
ou investimentos (1.858 entrevistas)
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CONHECIMENTO SOBRE FINANÇAS E INVESTIMENTOS
Investimentos
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CONHECIMENTO SOBRE FINANÇAS E INVESTIMENTOS
O cenário muda quando são dadas alternativas aos entrevistados. Nesse caso, quase a
totalidade dos brasileiros (96%) diz conhecer algum tipo de investimento e cada um menciona,
em média, de quatro a cinco tipos de aplicações. O conhecimento da caderneta de poupança sobe
para 92% e as ações são apontadas como investimento por 77% da amostra. A previdência privada
passa para o terceiro lugar, com 71%, na frente dos fundos de investimento (58%).
A previdência privada é mencionada mais vezes entre a classe A, pessoas com ensino superior
e com renda acima de dez salários mínimos. As moedas digitais são citadas como investimento
por 43% dos entrevistados. A parcela da população que diz não conhecer nenhum tipo de
investimento despenca para 3%, com predominância entre os jovens de 16 a 24 anos e dos
pertencentes à classe C.
Conhecimento Conhecimento
geral Utilização
espontâneo (espontâno + estimulado)
Não lembra 1% 1% -
Não conhece/utiliza/
pretende utilizar 54% 3% 57%
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
Essa foi uma das perguntas que fizemos aos brasileiros. Quarenta e dois por cento afirmaram
ter algum saldo em aplicações no ano passado – isso significa que eles podem ter aplicado
em anos anteriores ou em 2017. Esse percentual equivale a 41 milhões de pessoas.
Grande parte
55%
é homem
com
43 anos, em média
A maioria
e mais escolarizada: é casada
44%
possuem o ensino médio e e tem, em
média,
36%
concluíram uma faculdade dois filhos
A alta escolaridade
acompanha a renda: 85%
tem alguma atividade remunerada
34% são assalariados com registro em carteira de trabalho
43%
pertencem às 11% são autônomos
classes A/B 10% são funcionários públicos
51% mora na
região 20% vive na
região Sul
pouco mais de 60%
da população brasileira
Sudeste Base: investidores (1.411 entrevistas)
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
19
CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
20
CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
A caderneta de poupança, por exemplo, é conhecida por 92% da população, mas utilizada
por apenas 37% (considerando o total da população e não apenas as pessoas que declaram
ter investimentos).
A maioria é homem e
pessoas com renda superior
a dez salários mínimos.
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
41%
Presencialmente, ou seja, falando com o
gerente, corretor de investimento
29% 33%
Sites de Amigos/ Parentes
notícias 17%
Consultorias de
Aplicativos de
investimento
9%
Blogs e fóruns de
11% corretoras e
investimentos
investimentos
3%
Meios de comunicação
(rádio/ TV/ jornal)*
5% Não busca
informações X
*Citação espontânea
27
CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
28
CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
29
CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
Por fim, uma pequena parcela – 1% dos investidores – age de forma passiva,
acompanhando a aplicação pelo extrato mensal da conta.
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CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
Conhecimento sobre...
...a rentabilidade anual da ...taxa básica
caderneta de poupança de juros
De 10,0%
a 12,9% 3% 10%
De 13%
a 15,9% 1% 8%
Acima
2% 6%
de 16%
Vale lembrar a variação da Selic nos últimos três anos foi de 41,97%, enquanto a poupança
registrou variação de 24,62% no mesmo período.
31
CONHEÇA O INVESTIDOR BRASILEIRO
6% 6% 6% 5% 5%
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QUEM INVESTIU EM 2017?
Até aqui conhecemos o raio X dos brasileiros que tinham qualquer valor investido em
produtos do mercado financeiro em 2017, considerando, inclusive, aqueles que aplicaram
dinheiro em anos anteriores. Mas quem investiu em 2017?
Essa foi a principal pergunta feita aos entrevistados. O objetivo não era apenas mensurar
quantos realizaram aplicações financeiras, mas também entender o que as pessoas
pensam quando falamos em investimentos. Como veremos a seguir, para boa parte da
população, investimento é um conceito bem mais amplo.
75%
11% 9%
4%
1%
Bens duráveis Aplicações Empreendimentos/ Estudo Não fez
e imóveis financeiras negócios próprio/ investimento
filhos
(carro, moto,
terreno, quitação
da casa etc)
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QUEM INVESTIU EM 2017?
Com relação à idade, o universo de poupadores é bem dividido Quanto à renda familiar
26% 24% 23% Têm ganhos
tinham entre estavam na tinham de R$ 2.863,00
25 e 34 anos faixa dos 45 mais de
31%
até R$ 4.770,00
em 2017 a 59 anos 60 anos
Têm ganhos de
21% R$ 4.771,00 até
R$ 9.540,00
33%
trabalham de
carteira assinada
25%
têm ensino
médio
completo
24%
concluíram
a faculdade
18%
cursaram pós-
graduação
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QUEM INVESTIU EM 2017?
E onde os outros 16% (para relembrar: 25% afirmaram que investiram, mas só 9% aplicaram
em produtos financeiros em 2017) que declararam ter feito algum investimento em 2017
colocaram o dinheiro? O percentual corresponde ao número de pessoas que disseram
ter “investido” na compra de bens de consumo, na abertura do próprio negócio ou no
pagamento da faculdade para os filhos ou para si mesmos.
Assim, conclui-se que 75% dos brasileiros não fizeram nenhum investimento em 2017, seja
em produtos financeiros ou em bens e serviços. Entre os não investidores, predominam
mulheres (81%), pessoas da classe C (81%), com ensino fundamental (83%) e com renda
de até dois salários mínimos (85%).
35
NÃO INVESTIDORES
54%
3% 2%
Brasileiros que não Brasileiros que não
conhecem nenhum tipo utilizam produtos
de investimento financeiros para
42% guardar dinheiro
36
NÃO INVESTIDORES
5% Insegurança
z
2% Falta de
conhecimento/ 3% Interesse
informações
1% Falta de
planejamento
para investir 1% Baixo rendimento/
não vale a pena investir
14%
2% Não sabe
37
NÃO INVESTIDORES
37%
Tem resultado/
margem de
58% lucro maior ou
mais vantajoso
12%
Retorno Pode mexer na aplicação /
resgatar quando quiser
3%
Retorno
mais rápido 7%
20% 26% Tem maior
Retorno seguro ou garantido controle sobre o
Acesso
investimento
2% 5%
Facilidade
Por ser o que estava
de acesso
11% em seu alcance
financeiro
4% Não tem muitas
2% informações
É melhor Base: entrevistados que fazem outros tipos de
Não sabe
ou mais investimento, mas não aplicações financeiras
(59 entrevistados)
fácil
38
NÃO INVESTIDORES
Sim, pretende
fazer algum tipo 49%
de investimento Não pretende fazer
ou aplicação investimento ou
aplicação
51%
Base: entrevistados que fazem outros tipos de investimento, mas não fazem aplicações financeiras ou que
não fizeram aplicações financeiras ou investimentos (1.858 entrevistados) // Entrevistados que pretendem
economizar em 2018 – 959 entrevistados.
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NÃO INVESTIDORES
40
BRASILEIRO NÃO SE PREPARA PARA A VELHICE
41
BRASILEIRO NÃO SE PREPARA PARA A VELHICE
4% 2% 1% 12%
Aluguel dos Família/ Das economias Não sabe
imóveis Filhos ajudarão que possui
que possui no sustento
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BRASILEIRO NÃO SE PREPARA PARA A VELHICE
43
BRASILEIRO NÃO SE PREPARA PARA A VELHICE
89%
Previdência
6%
Previdência privada
2%
Aluguel dos imóveis
2%
Família/ Filhos
pública (INSS) que possui ajudam no
sustento
2% 1% 1% 3%
Do trabalho/ Aplicações Pensão Não sabe
bicos que faz financeiras
44
CONCLUSÃO
45
CONCLUSÃO
Diante desse raciocínio, não é surpresa que a maior parte das aplicações do brasileiro
esteja alocada em investimentos mais conservadores, predominantemente na
poupança. Entre os que investiram qualquer valor em 2017, 70% preferiram a caderneta.
Motivos não faltam: é fácil de administrar, não tem cobrança de imposto de renda e
a liquidez é diária, isto é, dá para resgatar o dinheiro a qualquer momento – não se
considera, muitas vezes, o fato de que é preciso esperar o aniversário da poupança para
que haja a remuneração do período.
Da parcela da população que não investiu em 2017, a grande maioria usa a mesma
justificativa para a falta de uma reserva financeira: 68% não conseguiu economizar
nada em 2017 e alega que não o fez porque não sobrou dinheiro. Entre aqueles que
guardaram algum recurso (32%), a maior parcela (59%) conseguiu economizar a partir
do corte de gastos, como evitar compras desnecessárias. Este é o melhor caminho para
um orçamento funcionar na prática: sempre considerar o consumo na hora de organizar
as finanças e priorizar os investimentos. Outro grupo (25%) poupou apenas o dinheiro
que sobrou, sem tratar o investimento como uma tarefa prioritária.
46
CONCLUSÃO
Esta pesquisa nos ajudará com ainda mais insumos para continuarmos nessa
jornada de entender mais profundamente as causas instaladas em nossa
sociedade e como, a partir de um entendimento claro sobre elas, é possível
debater e propor soluções efetivas e duradouras. Nossa proposta é realizá-la
anualmente para acompanhar o comportamento dos brasileiros, as motivações
e as intenções dos investidores, assim como entender quais fatores influenciam
na decisão de investir ou não da população, porque nosso propósito é ajudar as
pessoas a poupar mais e investir cada vez melhor.
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MATERIAIS RELACIONADOS
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EXPEDIENTE
O raio X do investidor
brasileiro
Presidente
Carlos Ambrósio
Vice-presidentes
Carlos André, Flavio Souza, Luiz Sorge, Miguel
Ferreira, Pedro Lorenzini, Ricardo Almeida e
Sérgio Cutolo
Diretores
Adriano Koelle, Alenir Romanello, Fernando
Rabello, Jan Karsten, José Eduardo Laloni,
Julio Capua, Luiz Chrysostomo, Luiz Fernando
Figueiredo, Lywal Salles Filho, Pedro Juliano,
Pedro Rudge, Reinado Lacerda, Saša Markus e
Teodoro Lima
Comitê Executivo
José Carlos Doherty, Ana Claudia Leoni,
Francisco Vidinha, Guilherme Benaderet,
Patrícia Herculano, Eliana Marino, Lina Yajima,
Marcelo Billi, Soraya Alves e Thiago Baptista
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