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SEGURANÇA E MEDICINA
DO TRABALHO
ATIVIDADES
11.3 INSALUBRES
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
11.3. ATIVIDADES INSALUBRES............................................................................................................................... 3
11.3.1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 3
11.3.2. OPERAÇÕES INSALUBRES ............................................................................................................... 3
11.3.3. LIMITE DE TOLERÂNCIA .................................................................................................................... 3
11.3.4. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ..................................................................................................... 3
11.3.4.1. FIXAÇÃO DO PERCENTUAL ............................................................................................. 3
11.3.4.1.1. Graus de Insalubridade.................................................................................. 4
11.3.5. BASE DE CÁLCULO............................................................................................................................ 4
11.3.5.1. TÉCNICO EM RADIOLOGIA............................................................................................... 5
11.3.6. INCIDÊNCIA DE MAIS DE UM FATOR ............................................................................................... 5
11.3.7. ACUMULAÇÃO COM O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE........................................................... 5
11.3.8. AGENTES BIOLÓGICOS ..................................................................................................................... 5
11.3.9. ELIMINAÇÃO DA INSALUBRIDADE................................................................................................... 6
11.3.9.1. ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) ............................. 6
11.3.10. TRABALHO INTERMITENTE ............................................................................................................ 6
11.3.11. HORAS EXTRAS................................................................................................................................ 6
11.3.11.1. AUTORIZAÇÃO PARA O TRABALHO............................................................................. 6
11.3.12. DEFINIÇÃO ATRAVÉS DE PERÍCIA................................................................................................. 6
11.3.13. INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO................................................................................................... 7
11.3.14. TRABALHO DO MENOR ................................................................................................................... 7
11.3.15. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS ................................................................................. 7
11.3.16. EXEMPLOS PRÁTICOS..................................................................................................................... 7
Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos itens 2 e 3 do
2 Anexo 2. 20%
Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de tolerância fixados nos
3 Quadros 1 e 2. 20%
6 Ar comprimido. 40%
Radiações não ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada
7 no local de trabalho. 20%
Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados 10%, 20%
11 no Quadro 1. ou 40%
Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados
12 neste Anexo. 40%
• A base de cálculo de incidência dos percentuais relativos ao adicional de insalubridade, mesmo após a
Constituição de 1988, continua sendo o salário mínimo contido no artigo 76 da CLT. Revista parcialmente conhecida
e desprovida. (TST 5ª T. Recurso de Revista 114161/94, Rel. Min. Armando de Brito, DJU 25-11-94, p. 32.493).
• Adicional de insalubridade. Base de cálculo. Salário mínimo. Instrumento coletivo que não prevê outra
possibilidade. Não assiste razão ao empregado que se insurge contra a fixação do salário mínimo como base de
cálculo do adicional de insalubridade, visto que inexiste amparo legal para a sua fixação sobre o salário normativo da
categoria, ainda mais se o instrumento coletivo da categoria, trazido à colação, nem sequer previu tal possibilidade.
(TRT 12ª Reg. 3ª T. Recurso Ordinário 8403/92 – Relª Juíza Leonor Abreu. DJ/SC 19-9-94, p. 89).
• O artigo 7º, inciso XXIII, da Constituição, ao referir-se a adicional de remuneração, e não a adicional sobre
remuneração, não revogou o artigo 192 da CLT na parte em que estabeleceu o salário mínimo como base de cálculo
do adicional de insalubridade. (TRT 3ª Reg. 4ª T. Recurso Ordinário 05875/93, Rel. Juiz F. Guimarães, DJ/MG
15-1-94, Jornal Trabalhista, Ano XI, nº 504, p. 420).
• Jornada diária previamente ajustada entre as partes com duração inferior a 8 horas. O cálculo do adicional de
insalubridade terá por base o valor do salário mínimo, considerando-se, porém, a limitação do horário.
Pelo voto de desempate da Ex.ma Juíza Rosa Maria W. Candiota, EM NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO DA
DEMANDADA, vencidos os Ex.mos Juízes Relator e Fernando G. Ferreira.
Custas na forma da lei. Intime-se. (TRT-4ª Região – 2ª Turma – Recurso Ordinário 565 – Rel.: Valdemiro Orso –
10-4-90 – Não publicado em Diário Oficial)
• O adicional de insalubridade, quer por sua destinação claramente salarial, quer pela própria análise dos muitos
textos legais que o contemplam, deve ser calculado como um acréscimo que leva em conta o salário mínimo. Não é
assim nem pelo valor de referência nem pelo salário profissional.
ACORDAM, por unanimidade de votos, os Juízes da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, EM
DAR PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO para reduzir o adicional de insalubridade a percentuais calculados
sobre o salário mínimo. (TRT-4ª Região – 2ª Turma – Recurso Ordinário 9.407 – Rel.: Juiz José Luiz Ferreira Prunes
– 28-6-90 – Não publicado no Diário Oficial)
• Adicional de insalubridade. Base de Cálculo. O percentual do adicional de insalubridade incide sobre o salário
mínimo de que cogita o artigo 76 da Consolidação das Leis do Trabalho (Enunciados nº 228). Revista conhecida e
provida.
DECISÃO: Unanimemente, conhecer da revista, por dissenso com o Enunciado 228 e divergência, e, no mérito,
dar-lhe provimento para restabelecer, no particular, a sentença de 1º grau, ressalvado o ponto de vista pessoal do
Ex.mo Sr. Ministro Norberto Silveira de Souza (TST – 3ª Turma – Recurso de Revista 4.680 – Rel.: Min. Wagner
Pimenta – 1989 – DJ-U de 29-6-90, p. 6.448)
• É juridicamente inconcebível que um adicional salarial tipicamente indenizatório, da natureza do relativo ao risco
da insalubridade, possa incidir sobre qualquer parâmetro inferior à contraprestação mínima devida ao trabalhador,
tenha ela a denominação que tiver, para recair em índice meramente monetário, girando na ciranda do descontrole
da economia.
ACORDAM os Juízes da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, por unanimidade de
votos, não conhecer do recurso da reclamada, por insuficiência de depósito, por igual votação, conhecer do
recurso do reclamante. No mérito, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso do reclamante. Custas na
forma da lei. (TRT – 12ª Região – 1ª Turma – Recurso Ordinário 2.573 – Rel. Juiz J.F. Câmara Rufino – 1989 – DJ-SC
de 19-6-90, p. 11)
11.3.5.1. TÉCNICO EM RADIOLOGIA
Em se tratando de técnico em radiologia cujo exercício da atividade é regulado pela Lei 7.394/85, o adicional
de insalubridade será de 40% calculado sobre o salário mínimo profissional.
11.3.6. INCIDÊNCIA DE MAIS DE UM FATOR
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado apenas o de grau mais elevado, para
efeito do acréscimo salarial, sendo vedado o pagamento cumulativo.
11.3.7. ACUMULAÇÃO COM O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
A legislação não dá ao empregado o direito de usufruir concomitantemente do adicional de periculosidade e do
adicional de insalubridade. Assim, caso o empregado exerça suas funções simultaneamente, em ambiente perigoso
e insalubre, o mesmo poderá optar pelo adicional de insalubridade, evidentemente, quando o valor deste for
superior ao de periculosidade.
11.3.8. AGENTES BIOLÓGICOS
A legislação relacionou e definiu os percentuais devidos no exercício de atividades que envolvem agentes
biológicos. A insalubridade será caracterizada pela avaliação qualitativa, do seguinte modo:
a) Insalubridade de Grau Máximo (40%)
Trabalhos ou operações, em contato permanente, com:
– pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente
esterilizados;
– carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças
infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
– esgotos (galeria e tanques); e
– lixo urbano (coleta e industrialização).
b) Insalubridade de Grau Médio (20%)
Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infectocontagiante, em:
– hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos
destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes,
bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);
Comprovada a insalubridade, por laudo de Médico do Trabalho, cabe ao órgão local do MTb:
– notificar a empresa, estipulando prazo para eliminação ou neutralização do risco, quando possível;
– fixar o adicional devido aos empregados expostos à insalubridade, quando não for possível a sua eliminação ou
neutralização.
Essas providências, entretanto, não prejudicam a ação fiscalizadora do MTb, nem a realização da perícia de ofício,
quando solicitada pela Justiça, nas localidades em que não houver perito.
11.3.13. INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO
O adicional de insalubridade, que é pago em caráter permanente, integra a remuneração do empregado para todos
os efeitos, como, por exemplo, no pagamento de férias, 13º salário, bem como em rescisão de contrato de trabalho,
inclusive no aviso prévio indenizado, observado, quando for o caso, o analisado no item 11.3.9.1.
11.3.14. TRABALHO DO MENOR
Ao menor de 18 anos não é permitido o trabalho nos locais insalubres.
11.3.15. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS
A legislação exige que seja instalado um chuveiro para cada 10 trabalhadores nas atividades ou operações
insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou
substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso.
Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupas, e em que haja
atividades e operações insalubres, bem como nas atividades incompatíveis com o asseio corporal, que exponham
os empregados a poeiras e produtos graxos e oleosos, os armários serão de compartimentos duplos.
11.3.16. EXEMPLOS PRÁTICOS
a) Um empregado mensalista, com salário de R$ 600,00, que desenvolver seu trabalho em área insalubre, cujo
adicional é pago em grau máximo, terá o referido adicional calculado da seguinte forma:
Salário Mínimo em Outubro/98 – R$ 130,00
Adicional de Insalubridade – 40%
Valor do Adicional devido: R$ 130,00 x 40 = R$ 52,00
100
Remuneração devida ao empregado
R$ 600,00 + R$ 52,00 = R$ 652,00
b) Uma empresa com atividade insalubre, através de perícia feita por médico do trabalho, constatou que era devido
o pagamento do adicional de insalubridade aos seus empregados, pelo grau máximo de 40%. Sabendo-se que
a insalubridade é calculada sobre o salário mínimo, que o empregado fez 40 horas extras no mês de Outubro/98,
e que seu salário mensal é de R$ 800,00, a sua remuneração neste mês será calculada da seguinte forma:
Salário Mínimo de Outubro/98: R$ 130,00
Cálculo da Insalubridade: R$ 130,00 x 40% = R$ 52,00
Salário Mínimo Hora: R$ 0,59
Salário Hora: R$ 800,00 = R$ 3,64
220 horas
Hora Extra c/50%: R$ 3,64 x 1,50 = R$ 5,46
Valor Total da HE: R$ 5,46 x 40 = R$ 218,40
Repouso Semanal s/HE: R$ 218,40 x 1/6 = R$ 36,40
Insalubridade na Hora Extra: R$ 0,59 x 1,50 = R$ 0,89
Base da Insalubridade na HE: R$ 0,89 x 40= R$ 35,60
Valor da Insalubridade na HE: R$ 35,60 x 40% = R$ 14,24
Repouso Semanal s/HE Insalubre: R$ 14,24 x 1/6 = R$ 2,37
Total da remuneração no mês de outubro: R$ 800,00 + R$ 52,00 + R$ 218,40 + R$ 36,40 + R$ 14,24 + R$ 2,37 =
R$ 1.123,41
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – Consolidação das Leis do Trabalho – CLT – artigos 142, 189 a 195
(DO-U de 9-8-43); Portaria 12 MTb, de 12-11-79 (Informativo 48/79); Portaria 3.214 MTb, de 8-6-78 – NR-15 (Separata/79); Enun-
ciado 47 TST; Enunciado 139 TST; Enunciado 228 TST; Enunciado 248 TST; Enunciado 289 TST; Enunciado 349 TST.
ANOTAÇÕES