filomeno vieira lopes anuário do maptss acordo com a ls

A desconcentração Mercado de Cuanza Sul volta a

vai garantir solução trabalho está mais fazer o Fest Sumbe
rápida de problemas promissor para já em Setembro
dos cidadãos [13] juventude [18] na Marginal [30]

Ano 11 N.º 553 Sexta-feira, 12 de Abril de 2019 Kz 100

Director Agostinho Chitata Director-Adjunto Mateus Cavumbo
SITE: www.jornaldeeconomia.sapo.ao E-MAIL: redaccaoeconomia@gmail.com
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ao i s t i m
nve
A Agência de Investimento Privado e
Promoção das Exportações (AIPEX)
registou, até Março deste ano, 93
projectos de investimento privado,
o que representa cerca de 750
milhões de dólares e poderá
gerar milhares de empregos.
[6-9]

petróleo conhecida hoje entrevista

Barril sobe,
mas Governo
não recua
na revisão do
preço no OGE
O preço do Brent, referência às
exportações de Angola, subiu
esta semana e passou a fasquia
dos 70 dólares, acima dos 68 dóla-
res que se previu no OGE 2019.
Ainda assim, o Governo mantém
a decisão de revisão. [16]
4ª operadora telefónica
A quarta operadora angolana de tele-
fonia móvel deve ser conhecida hoje,
sexta-feira. O Ministério das Telecomu-
nicações e Tecnologias de Informação
anuncia de quem foi a proposta que con-
venceu o Governo. O referido operador
entra no mercado sob os “hollofotes”
da crítica, e já sob o signo de melhor
o serviço, que em muitas vezes, é mal
prestado pelos que actuam, além de ten-
tar reduzir os custos ou ao menos esta-
biliza-los, para acabar com a aparente
falta de concorrência que se observa
neste segmento.
Arvind Gupta
fala dos
investimentos
indianos
É uma respeitada figura entre os
fazedores de opinião na Índia. Fruto
de seu vasto conhecimento sobre
a geoestratégia indiana, os estu-
dos que publica pela organização
VIF que dirige são referências no
panorama local, uma vez reunirem
opinião especializada e com vasto
domínio externo. [10-11]
2
opinião
Economia & Finanças

Editorial buscar vantagens

Economia na diplomacia
A revolução
O
EDIÇÕES NOVEMBRO

das tecnologias s Estados estão interligados

Os desafios actuais da economia angolana não são
diferentes dos que se põem às demais geografias dentro
e fora de África. Aqui, na região SADC, ocupamos um
destacado e exemplar lugar na geoestratégia e nas decisões
económicas (somos a terceira maior força a Sul do Sahara
e a segunda no espaço Austral). Um estudo recente atesta
mesmo, ser Angola a sexta maior economia africana.
A aldeia global, resultante da revolução tecnológica,
que é já aceite por todos como sendo a quarta revolução
industrial, aproxima as pessoas e torna-as inseparáveis aos
acontecimentos.
Embora haja quem defenda que a quarta revolução
industrial, a tecnológica, é exclusiva por deixar de parte,
e por força da era digital, quem não tem dedos, ficando
também aqui uma discussão para futuros momentos, a
Aldeia global de que abordou Herbert Marshall McLuhan
mantém o objectivo de indicar que as novas tecnologias
electrónicas tendem a encurtar distâncias e o progresso
tecnológico a reduzir todo o planeta à mesma situação que
ocorre num ou noutro território.
Os mercados ou no “stricto sensu” as economias, por
uns aos outros na concretiza-
ção dos seus principais desa-
fios, que passam, em grande
medida, pela realização dos
cidadãos. E isso é, necessariamente, uma
premissa económica, pois que a distri-
buição dos rendimentos implica uma
maior produtividade da riqueza nacio-
nal, entendida como o Produto Interno
Bruto (PIB).
Mas para quem tem pouca ou nenhuma
riqueza natural, que seja, o importante
é concordar-se que ela, a riqueza, dá gló-
ria quando resulta do trabalho.
O trabalho é o factor de produção
mais importante. Usualmente, os eco-
nomistas medem o trabalho em termos Agostinho Chitata
de horas dedicadas (tempo), salário ou Director do jornal Economia & Finanças
eficiência.
O trabalho é a essência do homem. O
que distingue o homem dos animais é
a sua consciência e a intencionalidade
para o trabalho. O trabalho humano
pode ser de ordem intelectual ou corpo-
ral. No trabalho humano há a liberdade
de criação e de tempo. Para Albornoz
“todo trabalho supõe tendência para
um fim e esforço”.
Também é válido observar que quando

força da produção científica, tecnológica, literária e mesmo
industrial, são cada vez mais bilingues. Angola terá de
seguir a carruagem ou correr o risco de andar no comboio
pelos vagões de trás.
Não restará muito tempo para alimentarmos o mercado
da tradução, devido à falta de capacidade de compreensão
dos sinais da modernidade.
Teremos de adoptar no mais curto espaço de tempo o
inglês, fundamentalmente, como língua de trabalho e até
em actos oficiais para depois alastrar-se esta obrigação às
escolas ou vice-versa, porque o mais importante é sermos
funcionais.
E não nos enchamos de vaidades, porquanto o episódio do
tailandês incompreendido em depoimento de tribunal deve
também levar-nos a reflectir sobre se ele não é compreendido
por nada nem ninguém como veio cá parar e o que anda
cá a fazer? Os países asiáticos há muito despertaram
da sonolência e mesmo por força de quem quer vender,
abriram-se ao bilinguismo para facilmente dar e receber aos
vizinhos e parceiros.
A econometria é um conjunto de ferramentas estatísticas
com o objectivo de entender a relação entre variáveis
económicas, através da aplicação de um modelo matemático.
É uma ferramenta indispensável para modelar a realidade
em quase todas as disciplinas económicas e de negócios.
Porém, entendemos que na quarta revolução tecnológica,
devemos analisar os desafios em 4D (quatro dimensões).
E como ficaria a economia vista em 4D (Comprimento,
Largura, Altura e Espaço)?
A economia vai, de certeza, ter muito a ganhar quando
decidirmos adoptar o inglês como uma língua oficial, pois a
tecnologia, a literatura, os processos de produção científica
e a industrial são feitas todas para o mundo global numa
comunicação directa, mas em inglês padrão e universal.
}
internamente uma dada economia não
dispõe de instrumentos suficientes para
fazer acelerar o seu mercado interno, há
que ir buscar junto de parceiros externos.
Nisso faz-se necessário investir numa
ferramenta de política que se designa
por diplomacia.
A diplomacia é um instrumento da
política externa, para o estabelecimento e
desenvolvimento dos contactos pacíficos
entre os governos de diferentes Estados,
pelo emprego de intermediários, mutua-
mente reconhecidos pelas respectivas
partes. Geralmente, é empreendida por
intermédio de diplomatas de carreira e
envolve assuntos de guerra e paz, comér-
cio exterior, promoção cultural, coorde-
nação em organizações internacionais
e outras organizações.
A economia, cada vez mais, usa este
poderoso instrumento de relações inter-
-estados na convicção de que as necessi-
dades internas podem ser superadas com
a participação de outras forças amigas.
O caso angolano é repleto de vários
e muitos bons exemplos.
A economia serviu-se da diplomacia
para dela tirar o máximo de vantagens e
reduzir as insuficiências identificadas.
Desde às incursões para o bloco leste,
dominado até 1992 pela ex-URSS (União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas),
as relações de amizades com outros esta-
dos em favor das políticas económicas
marcam uma opção que, na generalidade,
é aceite como instrumento de política e
de governação.
Como já se terá dito algures, a aber-
tura para o exterior representa para
}
A economia
serve-se da
diplomacia
para dela tirar
o máximo
de vantagens
e reduzir
as insuficiências
identificadas
eternos. O que é eterno são os interes-
ses dos Estados.
As opções sobre com que economias
partilhar as fronteiras do respectivo
mercado são decisões nem sempre fáceis
de tomar, pois estas representam a sobe-
rania das Nações.
O bom exemplo de A ngola surge,
recentemente, de uma muito e bem
empreendida digressão do estadista
que mobilizou mais de 11 mil milhões
de dólares, valor que representa quase
um 1/3 do Orçamento Geral do Estado
(OGE) que regularmente oscila entre os

Angola e para as principais tarefas do 30 e quase 40 mil milhões.

A ECONOMIA VAI TER MUITO A GANHAR
QUANDO DECIDIRMOS ADOPTAR
O INGLÊS COMO UMA LÍNGUA OFICIAL,
POIS A TECNOLOGIA, A LITERATURA, OS
PROCESSOS DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA
E A INDUSTRIAL SÃO FEITAS TODAS PARA
O MUNDO GLOBAL, MAS EM INGLÊS
Estado um desafio urgente e cuja res-
posta deve ser dada com celeridade que
as metas e objectivos subjacentes reque-
rem. E para o efeito, nada melhor que
envolver também a diáspora angolana,
uma importante comunidade cujo con-
tributo para o PIB representaria uma
fatia relevante para Angola. A aposta
na diplomacia económica requer con-
trapartidas internas, algumas já apon-
tadas, que não podemos minimizar sob
pena de falta de viabilidade e sustenta-
bilidade do que pretendemos.
Não deve ser menos verdade que em
política os amigos e os aliados não são
Como se pode aferir, aos Estados ou
seus dignos representantes fica a mis-
são de serem capazes de mobilizarem
recursos externos para os aplicar a favor
do seu desenvolvimento.
E essa “arma” é a diplomacia, um ins-
trumento que é cada vez mais usado nas
relações económicas entre os Estados
para se garantir a superação das insu-
ficiências locais.
E aqui vale a máxima: A primeira
condição para um país se projectar, na
diplomacia mundial, é ser visto como
um país que deu certo. Que tem porte,
poder e economia organizada.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
sadc
Regras de origem
O
s empreendedores
angolanos são aconse-
lhados hoje, a gizarem
novas políticas e estra-
tégias de trabalho e de
actuação no mercado, para que as
perspectivas de desenvolvimento
já concebidas, essencialmente na
área agro-industrial, não venham
a ser engolidas pela expansão da
Zona de Comércio Livre da Comu-
nidade de Desenvolvimento da
África Austral (SADC).
Numa altura em que determi-
nados segmentos empresariais e
unidades fabris não resistem às
consequências da crise económica
e financeira que atinge, com pro-
fundidade, quase todos os segmen-
tos vitais da economia angolana,
o novo panorama dos empreende-
dores é saber como agora vão lidar
com a Zona de Comércio Livre da
SADC, dadas as potencialidades
económicas que possuem deter-
minados países da região austral,
como a África do Sul e o Botswana.
Na perspectiva de que não há
reciprocidade nas negociações de
produtos para os Estados mem-
bros, tendo em atenção que cada
país determina onde ceder com
taxas, o conselho dos especiali-
zados nesta matéria vai para o
}
redireccionamento das perspec-
tivas locais de investimento, para
permitir que os empreendedores
nacionais possam resistir à nova
realidade nos 12 anos previstos
para a eliminação das barreiras
alfandegárias no espaço SADC.
As indicações do Departamento
de Tarifas e Comércio da Adminis-
tração Geral Tributária apontam
que, por força do redirecciona-
mento futuro do consumo, motivado
essencialmente pela eliminação
das barreiras comerciais, há toda
a necessidade de se fazer novos
investimentos, e os empresários
devem ser os primeiros a procurar
soluções e oportunidades estraté-
gicas, para fazer face aos desafios
que impõem o mercado livre.
Na verdade, é preciso, na visão
da AGT, começar-se já a fazer pla-
nos estratégicos e mudar a visão
dos negócios, para que dentro de
12 anos, e para os produtos a pro-
teger, os respectivos empresários
manterem a capacidade de com-
petitividade que o mercado regio-
nal vai exigir para todos os seus
actores e mais de 300 milhões de
consumidores.
Para Angola, exemplificou,
Ficha técnica
Director: Agostinho Chitata
Director-adjunto: Mateus Cavumbo
Secretário de Redacção: Carlos Cardoso
Redacção: Isaque Lourenço (editor), Adérito Veloso,
Ismael Botelho, Pedro Peterson e Armando Estrela
(subeditores), António Eugénio, André Sibi, Manuel
Barros, Regina Handa, Vânia Inácio, Yola do Carmo e
Xavier António (repórteres)
Fotógrafos: Vigas da Purificação e Contreiras Pipa
opinião 3
Números
150
as negociações para o desarma-
mento tarifário tem muita rela- milhões de kwanzas
ção com as políticas do Executivo, É quanto está estimada a dívida fiscal dos
como o PRODESI, que já define contribuintes na província da Lunda Sul.
23 produtos a proteger e que o
país deve produzir em termos
4,6
agrícolas. Para esses produtos,
as taxas alfandegárias só caem
daqui há 12 anos, muito próximo
do ano de 2032.
Contudo, os demais produtos
em que Angola não tem planos mil milhões de kwanzas
nenhuns para produzir tão cedo, Corresponde à receita que a Unicargas arrecadou
e não há investimentos nenhuns, de Janeiro a Novembro de 2018, num aumento
as taxas devem cair imediata- de 990,8 milhões em relação ao período
mente, para que a população homólogo de 2017.
possa ter acesso livre e facili-
tado a tais bens, tendo em aten-
4
Armando Estrela ção que o investimento nacional
Subeditor do Jornal Economia & Finanças deve recair futuramente para
aqueles sectores em que o país
tem algum potencial ou alguma
capacidade produtiva.
As “Regras de Origem da mil empresas
SADC” vão tornar o mercado Comu- Número de firmas nacionais que o Programa de
nidade de Desenvolvimento da Apoio ao Crédito tem já registado na sua Plataforma
África Austral mais aberto e com- com a possibilidade de produzirem os 54 produtos
petitivo, assim que terminarem as seleccionados para a implementação do Prodesi.
negociações para o desarmamento
das barreiras tarifárias (reduzir
400
ou eliminar as taxas alfandega-
rias e consequentemente estimu-
lar as trocas comerciais) em todos
os países da região.
A Zona de Comércio Livre
SADC é caracterizada por 16 Esta- milhões de euros
dos (Angola, Botswana, RDC, É o montante disponibilizado em 2018, pelo
As “Regras de Lesoto, Madagáscar, Malawi, Standard Chartered Bank, para financiar projectos
Mauritânia, Moçambique, Namí- de investimento na economia nacional.
Origem da SADC” bia, Seychelles, África do Sul,
Suazilândia, Tanzânia Zâmbia e
21
são critérios Zimbabwe), 210 milhões de habi-
tantes e por um Produto Interno
produtivos pré- Bruto (PIB) de aproximadamente
471 mil milhões de dólares. Curio-
estabelecidos samente e caricato para Angola,
está fora das perspectivas regio- locomotivas
pelos países nais um mercado muito atrac- Referem-se aos últimos vagões em falta, de um total
tivo da província de Cabinda, o de 100, encomendados por Angola à multinacional
membros (nos Congo Brazzaville. General Electric (GE) que chegam ao país em 2020.
As “Regras de Origem da
quais o Congo SADC” são critérios produtivos
pré-estabelecidos pelos países
Brazzaville não membros (nos quais o Congo
Brazzaville não se revê), para
se revê), para determinar-se a nacionalidade
(origem) de um determinado
determinar-se produto. Essa origem pode ser
preferencial e não preferencial.
a nacionalidade A origem preferencial aplica-se
às trocas comerciais com países
(origem) de um com os quais foram ou são cele-
brados acordos preferenciais,
determinado consubstanciados na redução
ou na não sujeição de tarifas Frase da semana
produto de importação.
}
Prometeram-nos fazer
EDIÇÕES
NOVEMBRO E.P.
JORNAL DE ANGOLA I JORNAL DOS DESPORTOS
parte dos grandes
Departamento de Paginação : Irineu Caldeira Presidente do Conselho projectos económicos
(Chefe), Adilson Santos (Chefe-adjunto), Carlos Casimiro
(Chefe de secção), Alcreto Abílio, Bruno Vieira Dias,
Paulo Lopes e Alberto Quiluta
de Administração:
Victor Silva que se estavam a criar,
Sede: Rua Rainha Ginga, 12-26 | Caixa Postal 1312 - Luanda
Administradores Executivos:
Caetano Pedro da Conceição Júnior, José Alberto
mas não aconteceu...
Telefone 222 020 174 | Telefone geral 222 333 344 Domingos, Rui André Marques Upalavela, Luena
Fax 222 336 073 Kassonde Ross Guinapo
Mail: redaccaoeconomia@gmail.com gen. francisco pereira furtado
ednovembro.dg@nexus.ao Administradores não Executivos: Ex-Chefe do Estado Maior general das Forças
Publicidade: 244-937 550 262/244-949 770 006, Filomeno Jorge Manaças Armadas Angolanas (FAA), em entrevista à LAC
www.jornaldeeconomia.co.ao Mateus Franscisco João dos Santos Júnior
4
actualidade
Economia & Finanças

“Burla à Tailandesa” tem

sentença marcada para 16
ndombele bernardo | edições novembro

Isaque Lourenço*

N
a próx i ma
terça-fei ra
(16), os ouvi-
dos e os
olhos, por que
não os pen-
samentos de
muitos angolanos vão estar
virados para a 3ª secção da
Câmara Criminal do Tribunal
Supremo, em Luanda.
São passados, não muito mais
de 14 meses, que se podem cal-
cular em 420 dias, 60 semanas
e 10.080 horas. Entre inocen-
tes, culpados e “injustiçados”,
a sentença do caso “Burla à tai-
landesa” é aguardada com enor-
mes expectativas.
A mega Burla Tailandesa está
a cargo dos juízes Domingos Mes-
quita, Daniel Modesto e Aurélio
Simba. Do processo constam 10
réus e 38 declarantes.
Entre os réus, acusados de
defraudar o Estado angolano em
50 mil milhões de dólares, estão
quatro angolanos, quatro tailan-
deses, um canadiano e um etíope.
Não só pelo peso dos envol-
vidos, por serem nacionais e
estrangeiros, e pela magnitude O mediático caso chega ao momento do desfecho e as expectativas crescem sobre que decisão a tomar
da suposta tentativa de burla
ao Estado em mais de 50 mil
}
milhões de dólares (acima dos 35 da instrução contraditória (expe- Vice-Presidente da República,
mil milhões de dólares que equi- diente penal utilizado para afe- Bornito de Sousa.
valem os 11,3 biliões de kwanzas rir o grau de culpabilidade dos O juiz Domingos Mesquita,
do OGE/2019, por exemplo), mas acusados, antes do julgamento). presidente da causa, indeferiu
também porque a premissa de que tal pedido, por entender que moralização para pôr a baixo
ninguém é rico ao ponto de sub-
verter a justiça e nem tão pobre
Partes satisfeitas
Durante a apresentação, discus-
nenhum réu provou em tribu-
nal que a co-ré tenha falsificado
a corrupção e a impunidade
para não ser amparado por ela, são e aprovação dos mais de 100 a aludida carta de chamada diri-
já é máxima. quesitos, o advogado Sérgio Rai- gida aos tailandeses. “Combater a corrupção, o perdendo durante os últimos
Afinal, como soe dizer-se, o mundo, destacou a apresentação, Além disso, segundo o juiz, tal nepotismo, a bajulação e a anos.
fim último do direito é fazer a pela primeira vez, por parte do Tri- só seria possível se constasse no impunidade é garantir um Para o acto oficial de
justiça e ao que parece é o que bunal Supremo, das respostas aos despacho de pronúncia (da auto- futuro melhor e o bem-estar lançamento da campanha,
o mediático caso quererá confe- quesitos e torná-los público, uma ria dos juízes) ou na de acusação das famílias angolanas”. É esse foram programadas
rir às partes envolvidas. prática contrária à seguida pelos (feita pelo Ministério Público). o lema escolhido pelo partido palestras sobre o papel da
Os réus estão em regime de tribunais comuns em Angola. Ainda no alinhamento das do Governo. família e das organizações
prisão preventiva desde 21 de “Estamos perante um tribu- discussões, o advogado Sérgio A campanha vai ser lançada da sociedade civil e dos
Fevereiro de 2018. nal superior que trouxe alguma Raimundo discordou o quesito no próximo dia 20 e deve órgãos da administração
Em Janeiro deste ano, segundo inovação. Vamos ver se a inova- 30, em que o juiz questiona se envolver, além de militantes da Justiça, no combate à
um dos representantes do Minis- ção traz ou não algo de positivo ficou provado que o réu (Arsé- do partido no poder em corrupção, bem como sobre
tério Público, Adão Pedro, quando para melhorar a qualidade da nio Manuel) patrocinou o alo- Angola, outros actores a experiência internacional
interveio na primeira sessão de nossa justiça”, disse. jamento aos réus tailandeses. políticos do país, membros da de combate à corrupção e ao
julgamento, tratava-se de argui- Na mesma linha, o causí- Para o advogado, não se pode sociedade civil, de instituições branqueamento de capitais.
dos “muito poderosos, que podem dico Evaristo Maneco afirmou dizer que o réu tenha assumido as religiosas e população em O porta-voz do MPLA
prejudicar o andamento do pro- que o tribunal “caminhou bem” despesas do grupo tailandês, em geral, informou esta quarta- considerou fundamental a
cesso” e pôr em causa as inves- e espera que a sentença res- que se gastou usd 30 mil, quando, feira, em conferência de participação da sociedade
tigações ainda em curso. ponda a cada um dos quesitos, na verdade, agiu em nome da coo- imprensa, o porta-voz do civil nessa campanha, “já que
O esquema foi revelado em manifestando-se optimista na perativa Jango Yetu. partido, Paulo Pombolo. por via das organizações da
2017, quando supostos inves- absolvição do seu constituinte, Ao rebater, o juiz disse que a Na sua intervenção, o sociedade civil, a mensagem
tidores tailandeses, com ale- Norberto Garcia. pergunta (quesito) foi elaborada dirigente partidário ressaltou poderá chegar a outros
gada cumplicidade de cidadãos com base no despacho da pronún- a necessidade de um combate cidadãos que não são
nacionais, tentaram “burlar” o Contradições marcam quesitos cia e da acusação. cerrado à esses males “que militantes do nosso partido”.
Estado angolano no valor de 50 Ainda durante a apresenta- Uma outra série de questões prejudicam a imagem do O combate à corrupção é
mil milhões de dólares. ção de 106 propostas de quesi- foi levantada pelas partes, termi- país e a economia, e criam assunto “premium” na agenda
Na “Burla à Tailandesa” ficou tos apresentadas, o Ministério nando com consensos na elabora- dificuldades para as famílias”. nacional, pois de um slogan
ilibado do processo, pelo Tribunal Público solicitou ao júri que se ção dos quesitos cujas respostas Paulo Pombolo disse ser partidário logo assumiu
Supremo, o ex-chefe do Estado crie um “quesito autónomo”, serão dadas na próxima terça- necessário resgatar os valores tarefas de Estado e as mais
Maior General das Forças Arma- para a ré Celeste de Brito, sobre -feira para depois, no mesmo dia, morais, cívicos e éticos que diversas franjas da sociedade
das Angolanas (FAA), Geraldo a falsificação de um documento fazer-se a leitura do acórdão (sen- a sociedade angolana foi trabalham para um país novo.
Sachipengo Nunda, ainda na fase supostamente subscrito pelo tença). * com Angop
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
publicidade 5

(700.017)
6
Destaque
Investimentos privados captam
USD 750 milhões em oito meses
Agência para a Promoção de Investimento de Exportações de Angola (AIPEX) entende que devem ser
ultrapassados os constrangimentos que o mercado nacional enfrenta para garantir milhares de empregos
Xavier António
A
Agência de Inves-
timento Privado
e Promoção das
Ex por tações
(AIPEX) regis-
tou, até Março
deste ano, 93
projectos de investimento pri-
vado, o que representa cerca de
750 milhões de dólares e poderá
gerar milhares de empregos na
fase de implementação.
Os dados foram avançados
recentemente, em Luanda, pelo
presidente do Conselho de Admi-
nistração da AIPEX, Licínio Vaz
Contreiras, tendo acrescentado que
o objectivo é atrair cada vez mais
investidores para sectores priori-
tários que diversificam a econo-
mia e promovam as exportações.
“A nível externo, países como
a China e Portugal estão na linha
da frente”. Em África, a Eritreia
tem sido o principal investidor
no mercado angolano com qua-
tro projectos”, precisou.
Sublinhou que um dos grandes
desafios da instituição é a capta-
ção de investimentos das princi-
pais economias africanas, como
África do Sul, Marrocos, Egipto
e Nigéria.“O foco é a aposta na
Agricultura, Pescas e exportação
de minérios desde que não seja o
petróleo e diamantes”.
Entraves
Licínio Contreiras disse que
os principais constrangimen-
tos prendem-se com a falta de
capital humano qualificado,
estradas e energia.
Porém, acresceu que está a
ser solucionado o problema das
cadeias produtivas, a problemá-
tica da venda por parte do Estado
aos empresários nacionais, assim
como a protecção aduaneira às
indústrias nascentes com base na
Nova Lei do Investimento Privado.
Relativamente aos destinos
dos investimentos, Luanda con-
centra 71 por cento do número de
pedidos de registo de novas pro-
postas, seguida das províncias do
Bengo com 10, Malanje com 7,0 e
Benguela com 4,0 por cento, de
acordo com os dados estatísticos
da AIPEX no período entre Agosto
de 2018 e Fevereiro de 2019.
Indústria em alta
De acordo com um documento da
Aipex, o ramo industrial repre-
senta cerca de 50 por cento do
volume de investimento regis-
tado, com destaque para a indús-
tria alimentar dos lacticínios,
massa alimentar, massa de
tomate e bebidas, seguida da
agricultura e das pescas com 21
e 10 por cento, respectivamente.
Economia & Finanças
propostas de investimento registadas
de agosto de 2018 a Fevereiro de 2019
Licínio Vaz Contreiras
PCA da AIPEX
}
O foco é apostar
na Agricultura,
Pescas
e exportação de
minérios desde que
não seja petróleo
e diamantes
Por outro lado, os sectores da
Saúde, Hotelaria e Turismo são os
que menos propostas de investi-
mento têm recebido, seguido das pedidos para registo de propostas de investimento
Pescas, Prestação de Serviços e
Educação. As áreas como a Indús- de agosto de 2018 a Fevereiro de 2019
tria e Comércio têm sido a prefe-
rência dos investidores.
O documento esclarece que os 267 Pedidos para registos de investimentos
investimentos registados têm ori- Valores de investimentos em milhões de dólares
gem diversa, mas continua-se a
verificar maioritariamente propos-
tas de origem interna, num total 33
de 29 o que corresponde a 49 por
cento registadas neste perído no
valor de 228.3 milhões de dólares.
Dos investimentos de origem 24
externa destacam-se os prove-
nientes da República Popular 109
da China com seis propostas de
investimento, avaliados em 56.5
milhões de dólares.
Contudo, a AIPEX quer que 57 52
o investidor privado tenha um
bom ambiente de negócios no 6 31 28 10 2.7
país, com vista a melhorar 2 2 3 1 1
a situação económica.
A Agência de Investimento Pri- Indústria Agricultura Comércio Pescas P.Serviços Educação Saúde Hotelaria
vado e Promoção das Exportações
é uma pessoa colectiva de direito
Fonte: Aipex | Arte: Alberto Quiluta
público, dotada de personalidade
jurídica, autonomia administra-
71% 228.3 29
tiva, financeira e patrimonial,
vocacionada para a promoção das
exportações e captação de inves-
timento privado.
A sua missão é registar pro- investimentos milhões de dólares propostas
postas de investimento, apoio ins- Estão concentrados na província Valor correspondente aos Número de propostas de
titucional e acompanhamento da de Luanda com o sector da investimentos registados de investidores locais, contra os
execução dos projectos de inves- indústria a merecer destaque iniciativa dos nacionais seis provenientes do estrangeiro
timento e internacionalização
das empresas.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
A Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo tem como missão a atracção de investimentos internos dos nacionais e estrangeiros e incentivar o desenvolvimento económico do país
Zonas económicas protegem investidores
Plano de incentivos implementa regiões para garantir equilíbrio na distribuição geográfica das intenções
de atracção de recursos num exercício em que se atribui benefícios fiscais e outros na actividade de comércio
Regina Handa
O
Executivo pretende,
para os próximos três
anos, elevar e consoli-
dar a dinamização da
captação de investi-
mentos privados, atendendo aos
desafios da economia nacional
e ao processo de diversificação
económica, com as bases assen-
tes no Plano de Desenvolvimento
Nacional 2018-2022.
Para o efeito, a Comissão Eco-
nómica do Conselho de Ministros
aprovou recentemente o projecto
de Promoção e Captação de Inves-
timento Privado (PROCIP).
O Procip é um instrumento de
apoio do Executivo, e com ele pre-
tende-se estimular a transforma-
ção e diversificação económica,
o desenvolvimento do sector pri-
vado, bem como a produtividade.
O documento aprovado na
10ª reunião ordinária da Comis-
são Económica, orientada pelo
Presidente da República, João
Lourenço, tem também como
escopo elevar o grau de competi-
tividade da economia nacional,
num alinhamento com vocação
do PDN 2018-2022.
As áreas da educação, agri-
cultura, unidades e serviços
especializados de saúde, reflores-
tamento, têxteis, hotelaria, cons-
trução, produção e distribuição
de energia eléctrica e saneamento
básico são, neste momento, os sec-
tores de eleição pelo Governo de
Angola para a atracção de inves-
timentos privados.
Para garantir um equilíbrio
na distribuição geográfica dos
investimentos, foram subdividi-
das em zonas de A a D, onde, há
para quem prefira o interior, um
}
As vantagens
para o
investimento
fora de Luanda
estão nos impostos
de Sisa, Industrial,
no imposto sobre
a Aplicação
de Capitais
e também no
imposto de Selo
85
por cento
É a taxa de que se pode
beneficiar o investidor fora de
Luanda na aquisição de imóveis
como incentivo fiscal
maior incentivo desde os fiscais
aos de âmbito comercial.
As vantagens para o inves-
timento fora de Luanda estão
nos impostos de Sisa, Indus-
trial, no imposto sobre a Apli-
cação de Capitais e também no
imposto de Selo. Isso para falar
apenas do Regime de Declara-
ção Prévia. Para cada um desses
impostos, há períodos próprios
que variam de acordo com as
Zonas (A a D). Fortes incentivos
são ainda oferecidos no imposto
sobre a aplicação de capitais, com
lucros de até 80% e período de
oito anos, para além do regime
especial com taxas de até 85%
pela aquisição de imóveis.
A Lei 10/18, aprova a Lei do
Investimento Privado, que esta-
belece os princípios e as bases
gerais do investimento privado
na República de Angola. Ela fixa
os benefícios e as facilidades que
o Estado Angolano concede aos
investidores privados e os cri-
térios de acesso aos mesmos,
bem como estabelece os direi-
tos, os deveres e as garantias
dos investidores privados.
Na prática, tudo foi pen-
sado para que o investidor,
sobretudo o estrangeiro, seja
bem-vindo. Desde o ingresso a
Angola, com a facilidade para
a obtenção do visto, todos os
entraves foram removidos e um
novo ambiente - mais arejado, e
com incentivos muito atraentes
está a ser oferecido.
Angolanos mais ousados
Os angolanos são os que mais
investem no país, neste momento.
De acordo com as informações
disponibilizadas pela Agência de
Investimento Privado e Promo-
ção das Exportações (AIPEX), um
total de 347,2 milhões de dólares,
de 45 projectos, deram entrada no
período de Agosto de 2018 a Feve-
reiro de 2019 como prova do inte-
resse dos nacionais em investir.
Em termos de geração de empre-
gos, no período de Agosto de 2018
a Fevereiro deste ano, estima-se
um total de 6.879 empregos, dos
quais 6.381 beneficiaram cida-
dãos nacionais e só 498 postos
cooptaram expatriados.
diplomacia traz mais recursos
No quadro da atracção
estratégica de Investimento
Directo Estrangeiro (IDE),
o Presidente da República
tem liderado a cruzada
de reconquista de uns
e conquista de outros
investidores, com uma intensa
jornada diplomática.
Tal como fez questão de
recordar, em finais do ano
passado, no tradicional
discurso sobre o Estado da
Nação, “reforçar as relações
de amizade e de cooperação,
atrair o investimento
estrangeiro, encontrar linhas
de financiamento para nos
ajudarem a sanar os nossos
problemas financeiros, a
diversificar a nossa economia,
a criar riqueza e emprego e a
desenvolver em geral o nosso
país”, foram os objectivos.
No cômputo geral, esses
financiamentos totalizam
11.2 mil milhões de dólares
americanos e mais 579
milhões de euros, para além
das manifestas intenções de
investimento privado directo.
Política de vistos é atractiva
Uma das principais
reclamações dos investidores,
até há bem pouco tempo, vista
como um entrave, punha-se
com as questões de vistos de
entrada no país.
Para responder estas
preocupações e no quadro
da promoção da imagem
interna e atracção de mais
investimentos, os Ministérios
destaque 7
edições novembro
11,2
mil milhões
Valor em dólares que o Chefe
de Estado captou nas jornadas
diplamáticas ao exterior
90
dias
Prazo de estadia prorrogada em
Angola que o Estado garante
para um investidor
do Interior, através dos Serviços
de Migração e Estrangeiro
(SME), e o das Relações
Exteriores (MIREX) desenharam
uma forma de capitalizar o
ambiente de negócios.
Entre as medidas recentes,
a isenção de vistos para
estadia entre 30 a 90 dias, a
quatro países do continente
africano e a um país da Ásia
(Botswana, Ilhas Maurícias,
Ilhas Seychelles, Zimbabwe
e Singapura), com base no
princípio de reciprocidade
diplomática, refere um Decreto
Presidencial exarado pelo
Chefe de Estado angolano.
Por outro lado, o mesmo
diploma estabelece o regime
de isenção e os procedimentos
de simplificação dos actos
administrativos para concessão
de visto de turismo.
8 destaque
Downstream nas preferências
dos parceiros de negócios
Sector petrolífero é ainda a preferência com mais de 80 por cento das propostas de investimentos
recebidas durante o terceiro trimestre de 2018 oriundas de cinco parceiros económicos industrializados
D
Pedro Peterson
80 O sector não petrolífero teve um peso significativo nas contas nacionais no
o valor de Inves-
timento Directo
70
E s t ra ng ei r o
(IDE) que ingres-
sou no pa ís,60
durante o ter-
ceiro trimestre50
de 2018, a maior fatia foi alocada ao
sector petrolífero, representando
84,2 por cento do total. 40
Segundo o último relatório do
BNA, a maioria dos investimen-30
tos em Angola no trimestre, foram
feitos, sobretudo, por empresas
estrangeiras oriundas dos EUA, 20
França, China, Itália e Reino
Unido, e todos foram orientados10
para o sector petrolífero.
Para o sector não petrolífero, 0
os investimentos foram aloca-
dos na agricultura, pescas, cons-
trução civil, mineiros e energia,
onde os países com maiores apli-
cações são Bélgica, África do Sul,
EUA, Reino Unido e Rússia.
No que se refere às transac-
ções de investimento directo
angolano no exterior, tanto no
terceiro trimestre de 2017, como
em 2018, o principal país de
destino foi Portugal. Os inves-
timentos feitos naquele país,
foram realizados no sector não
petrolífero, concretamente
no ramo financeiro (banca).
Vale referenciar que o Investi-
mento Directo Líquido em Angola
registou no terceiro trimestre
de 2018, uma redução ao sair
de 1.8 mil milhões de dólares no
}
banca reduz nos juros para acelerar o surgimento de novos investimentos privados
Vânia Inácio
O economista Fernando Vunge
considera ser uma medida acer-
tada, a decisão de o Banco Nacio-
nal de Angola (BNA), ter reduzido
para 7,5 por cento a taxa de juros
para a concessão de crédito à
economia. Por isso acredita que,
com as taxas mais atractivas os
empresários nacionais, estarão
incentivados a investir mais e “
contribuir assim ao fomento da
produção nacional e substituir
paulatinamente as importações.
Questionado se os bancos
comerciais terão ou não capaci-
dade de cumprir com os regula-
mentos, tendo em vista a actual
situação de liquidez bancária, o
economista explicou que os ban-
principais países que investiram no mercado
terceiro trimestre de 2017 e 2018
62,03
42,22
37,80
15,60
2,22
0,53
Bélgica África Sul EUA
IIIº Semestre 2017
IIIº Semestre 2018
período homólogo de 2017 para
1.1 milhão em igual período de
2018, influenciado basicamente
pelo aumento do investimento
directo estrangeiro no país.
Investimento de Carteira
Quanto aos investimentos em
carteira de activos, os dados dão
conta de que, o saldo desta conta
apresentou uma degradação,
ao passar de um défice de 42,8
milhões de dólares no período
homólogo de 2017, para um défice
de 466,2 milhões no terceiro
cos aplicam seus recursos naque-
les produtos em que obtêm maior
rentabilidade, e se considerar-
mos os factores estruturais da
nossa economia, existem vários
factores que condicionam o cré-
dito, como a falta de garantias
reais, e deficiências na elabora-
ção de projectos de investimento,
dentre outros.
“E para mim as imposições
do BNA são de carácter obriga-
tório, enquanto órgão regulador
do sistema financeiro bancário
nacional. E os bancos terão de
cumprir. No entanto pode haver
algum cepticismo por parte de
alguns bancos comerciais na
implementação dessa medida”.
Disse.
Fernando Vunge é de opinião
que o sector bancário pode con-
32,04 32,04
29,96
20,92
16,03
14,09
2,07
R.U RUSSIA Hong Kong Libano
trimestre de 2018, justificado
pela emissão de Eurobonds no
valor de 500 milhões de dólares
no mês de Julho de 2018.
Assim, a composição do outro
investimento, quer nos activos
como nos passivos, desdobra-se
em quatro subcontas, nomea-
damente, moedas e depósitos,
empréstimos, créditos comerciais
e adiantamentos e outras contas
a receber/pagar. Esta conta encer-
rou o terceiro trimestre de 2018
com um saldo superavitário de 3
mil milhões de dólares contra 1.2
dr
Economista Fernando Vunge
tribuir, de forma sustentada,
para o desenvolvimento do sec-
tor privado, no que se refere aos
investimentos privados e explica
que, no actual estágio da nossa
economia e pela fraca expressão
ainda do mercado de capitais, o
sector bancário constitui o prin-
cipal instrumento para o finan-
10,00
China Ilhas Mauricia
Fonte: Banco Nacional de Angola (BNA)
mil milhões em igual período de
2017, representando assim, uma
melhoria de 1.8 mil milhões de
dólares, justificada, essencial-
mente, pelo aumento dos depósi-
tos em instituições financeiras
domiciliadas no exterior.
A indústria petrolífera divide-
-se em três áreas de actuação,
são elas: Upstream (actividades
de exploração, perfuração e pro-
dução), Midstream (refinação)
e Downstream(transporte, dis-
tribuição e comercialização dos
derivados do petróleo).
}
o sector bancário
contribui, de forma
sustentada, para o
desenvolvimento
do sector privado
ciamento da economia nacional.
“Existem factores que con-
dicionam a concessão do cré-
dito em Angola, factores que
podem ser institucionais,
como a burocracia e a morosi-
dade na concessão de títulos
de propriedade e outros que
dependem dos clientes como
Economia & Finanças
projecto
de captação
O Executivo pretende,
para os próximos três
anos, elevar e consolidar a
dinamização da captação
de investimentos privados,
atendendo aos desafios da
economia nacional e ao
processo de diversificação
económica, com as bases
assentes no Plano de
Desenvolvimento Nacional
2018-2022.
Para o efeito, a Comissão
Económica do Conselho
de Ministros aprovou
recentemente o projecto
de Promoção e Captação
de Investimento Privado
(Procip).
Com o Procip, um
instrumento de apoio do
Executivo, pretende-se
estimular a transformação
e diversificação económica,
o desenvolvimento do
sector privado, bem como a
produtividade.
O documento aprovado
na 10ª reunião ordinária
da Comissão Económica,
orientada pelo Presidente
da República, João
Lourenço, tem também
como escopo elevar o grau
de competitividade da
economia nacional, num
alinhamento com vocação
do PDN 2018-2022.
a apresentação de garantias
reais, como explica o econo-
mista”, disse acrescentando
que o Aviso do BNA prevê tam-
bém medidas complementa-
res que ajudam a compensar
essa relativa “perda” dos ban-
cos como a dedução do valor
das reser vas obrigatórias
a constituir por cada insti-
tuição financeira bancária.
A concessão de crédito pelas
instituições financeiras bancá-
rias, para a produção de bens
essenciais, tem como priori-
dade produtos que apresentam
défices de oferta de produção
nacional como a vinicultura,
bovinicultura, o cultivo de
arroz, da cana-de-açúcar, da
mandioca, do milho e a produ-
ção dos seus derivados.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
José César Consultor
}
TEMOS CONDIÇOES
SUFICIENTES
PARA ALCANÇAR
DE FORMA
SATISFATÓRIA
AS METAS DA
PRODUÇÃO
NACIONAL
Políticas agrícolas
devem atrair investidores
82
António Eugênio
C
om um gasto anual a atin-
gir os 4 mil milhões de
dólares para a compra
de alimentos, os empre-
sários querem ajudar a
terminar com esta “odisseia”.
Segundo o presidente da Asso-
ciação dos Industriais de Angola
(AIA), José Severino que falava
durante um fórum da agricul-
tura, apontou para a necessi-
dade de maior engajamento dos
empresários agricolas e parar de
se gastar muito dinheiro na com-
pra de bens de consumo imediato.
Aponta assim, maiores incenti-
vos e apoio da banca.
Para o responsável, muitas
fazendas em Angola são “ele-
fantes brancos” transformadas
em áreas turisticas. Ainver-
são do quadro passa pela revi-
são das políticas de concepção
de terras para fins Agrícolas.
Por isso, argumentou que o
segmento da agricultura familiar,
praticada por mais de 2 milhões
de pessoas deve ser mais apoiada
por representar 85 por cento do ali-
mento consumido no país.
africa investiment forum dá acesso à carteira de 55 mil milhões de dólares
O Africa Investiment Fórum
(AIF) apresentou ontem, em
Luanda, os critérios de elegibi-
lidade para as empresas angola-
nas terem acesso aos USD 55 mil
milhões que estarão em negocia-
ção na 2ª edição do fórum, a ter
Fernando Teles Banco Bic
Estamos a fazer
a agricultura
a aprender
sempre para
contribuir para
o crescimento
de Angola
por cento
Nível de Produção alimentar
sustentada pela Agricultura
Familiar
434
milhões de dólares
Quantidade a ser financiado
para o apoio a Prodesi
Politicas agrícolas
Para o consultor José César,
Angola tem condiçoes para
alcançar as metas na produção
nacional. Por isso, defendeu a
materialização de políticas con-
cretas que tendem a apoiar a agri-
cultura familiar e empresarial.
Outra medida avançada pelo con-
sultor é a reabilitação das vias
de comunicação, a aplicação de
novas tecnologias e a formação
lugar em Novembro próximo, na
África do Sul.
O AIF, uma plataforma multi-
disciplinar do Banco Africano de
Desenvolvimento (BAD), vai apro-
var nesta edição um total de 60
novos projectos para financiar.
edições novembro
Belarmino Jelembi da ADRA
}
a Agricultura é
feita no campo,
temos de deixar
de fazer debates
em Hotéis, e ir ao
encontro dos
camponeses
contínua dos produtores.
Já o bancário Fernando Teles
representante do Banco Inter-
nacional de Crédito (BIC), disse
que com as novas obrigações do
BNA em apoiar 02 por cento o
sector primário, o bancop dipõe
de 9 por cento da carteira de
crédito, o que representa esta-
rem disponíveis 80 milhões de
dólares para o crédito.
“Mas a concepção de medida
passa por uma análise rigorosa
dos projectos a serem apresen-
tados. Estamos a fazer a agri-
cultura a aprender sempre para
contribuir para o crescimento do
país, onde cada um deve ter uma
parte para cultivar”, disse o tam-
bém empresário agricola.
Abrangência
O director da ADRA, Belarmino
Jelembi, alerta que o crédito deve
abranger os agricultores dos mais
de 160 municípios para evitar
o crescimento díspare no país.
“A agricultura é feita no
campo, temos de deixar de fazer
debates em hotéis, para ir ao
encontro dos camponeses.Parece
que existem sinais de vontade de
se fazerem reformas” disse.
Numa promoção do Banco
Africano de Desenvolvimento
(BAD) em parceria com o Ministé-
rio da Economia e Planeamento e
a Agência de Investimento e Pro-
moção das Exportações (AIPEX),
o encontro reuniu empresários
Governo garante financiamento
para auto-suficiência alimentar
Angola poderá contar com uma fábrica
de montagem de equipamentos agrícolas
António Eugênio
Angola pode alcançar a auto-
-suficiência alimentar nos
próximos cinco anos, dada a
implementação de medidas como
a subvenção do preço dos com-
bustíveis, a redução do preço
dos fertilizantes, e o baixo custo
de instrumentos de trabalho.
A informação foi avançada
em Luanda, pelo ministro da
Agricultura e Florestas, que
falava no debate “Agricultura
em Angola “Passado, desafios e
futuro”, tendo reiterado o apoio à
Agricultura familiar como prio-
ridade do Executivo.
Segundo o governante, as
bases para cumprir com a meta
estabelecidas passam pela
mobilização de créditos que
vão beneficiar a Agricultura
familiar e a empresarial.
Por isso disse esta rem
disponíveis 434 milhões de
dólares, a serem financia-
dos por nove bancos comer-
ciais, inseridos no Programa
de Apoio ao Crédito (PAC),.
O programa vai facilitar o
acesso ao crédito para os pro-
dutores que queiram apostar
na produção dos 54 produtos,
com destaque para os da cesta
básica como o milho, Bombó,
soja e outros considerados essen-
ciais, no quadro do Programa de
Produção Nacional, Diversifica-
ção das Exportações e Substitui-
ção das Importações (PRODESI).
Custos
Marcos Nhunga, disse que
o sistema de execução agrí-
cola angolano tem uma estru-
tura com custos elevados que
tem servido de “travão” para
ser competitiva, por falta
de muitas infra-estruturas
e meios de produção.
Participantes no evento promovido para debater a produção nacional
nacionais e estrangeiros de vários
ramos que operam no mercado.
Em 2018, o Africa Investiment
Fórum, que reuniu representan-
tes de 53 países, incluindo Angola,
colocou em negociações USD 38,7
mil milhões, com a aprovação de
49 projectos de vários segmentos.
Angola, na primeira edição
com 29 participantes, teve três
destaque 9
edições novembro
Ministro da Agricultura Marcos Nhunga
Para inverter o quadro, o
ministério vai acompanhar
a construção de três fábricas
de fertilizantes nas provín-
cias do Zaire e Cabinda por
empresários Marroquinos.
Assim como celebrou contra-
tos para fornecimento de semen-
tes com empresários da África do
Sul, Zimbabwe, e Zâmbia.
O alívio à produção passa
também pela fábrica de monta-
gem de tractores a curto prazo
sob alçada Russa. O aumento
de charruas de tracção de 10
mil charruas para 70 mil para o
sector familiar. Assim como vai
introduzir 200 moto-cultivado-
ras e equipamento, 900 tracto-
res de rodas de 90 cavalos.
“Não temos auto-suficiên-
cia, estamos a produzir o sufi-
ciente em milho, mandioca,
soja e já temos auto-suficiên-
cia em 15 milhões de toneladas
de tubérculos por ano, o que de
certo modo será para reduzir as
importações”, frisou.
maria augusta | edições novembro
projectos aprovados no valor
global de USD 488 milhões.
A referida plataforma de
financiamento é vantajosa
para o empresariado nacio-
nal, uma vez que dispõem
de taxas muito apelativas
com juros na ordem dos 4,0
por cento para uma maturi-
dade de 15 anos.
10
Entrevista
director geral da fundação internacional vivekananda “vif” na sigla em inglês
“Cooperação entre bancos indianos
e angolanos deve ser encorajada”
A Índia tornou-se no 3º maior parceiro
comercial a partilhar cerca de 10 por
cento do comércio externo de Angola,
principalmente devido à compra a
granel de crude
Isaque Lourenço
enviado à Índia
A
ngola é a
segunda maior
fonte de petró-
leo bruto para
a Índia, depois
da Nigéria, na
África Subsa-
hariana. Os principais produ-
tos das exportações indianas
são tractores e veículos de trans-
porte, máquinas e insumos
agrícolas, alimentos e carnes,
produtos farmacêuticos e cosmé-
ticos, chá, arroz (Basmati), bebi-
das destiladas e bebidas, couro
acabado; papel /produtos de
madeira, etc. Já as importações
indianas de Angola registaram
um crescimento considerável
de 4.242,79 milhões de dólares
(2009-2010) para 7.157 milhões
de dólares (2012-13). Na entre-
vista que concedeu à equipa
deste jornal numa recente visita
à Ìndia, o director-geral da Fun-
dação Internacional Viveka-
nanda, na sigla em inglês VIF,
uma organização independente
que na Índia se dedica a estudos
económicos, políticos, militares
e outros de elevado interesse
socio-demográfico.
Em sua sólida estratégia de parce-
rias que desafios a Índia deveria
priorizar em África?
A Índia e a África devem tra-
balhar juntas em questões
relacionadas ao comércio, inves-
timento, cooperação para o
desenvolvimento, agricultura,
mudança climática, desafios de
saúde, educação, combate ao ter-
rorismo e pirataria. A segurança
cibernética é um novo domínio
para cooperação. Isso também
proporcionará uma oportuni-
dade para os dois lados traba-
24
biliões de dólares
É em quanto se estimaram
as linhas de crédito que a
Índia opera na sua relação de
parcerias com os parceiros.
Economia & Finanças
Existe a
necessidade
de estabelecer
um termo
bancário directo
entre bancos
indianos e
bancos africanos
(incluindo bancos
em Angola)
lharem juntos para promover
respostas colaborativas aos
desafios.
Existem condições financeiras, tec-
nológicas e humanas para a estra-
tégia indiana se afirmar em África?
A Índia tem muita experiência
no desenvolvimento de parcerias
com países em todo o mundo. A
Índia opera linhas de crédito
no valor de 24 biliões de dóla-
res, ITEC, programas de bolsas
de estudo, criação de centros
de formação profissional, etc.
também são úteis para mui-
tos países. A estratégia e polí-
tica da Índia para o Continente
Africano é diversa. A Índia tem
visto capacidades tecnológicas
e humanas para se engajar em
África. Uma ampla gama de
indivíduos, governo, empresas
público-privadas, think-tanks e
a diáspora indiana estão enga-
jados nos esforços diplomáti-
cos da Índia em África. O Exim
7,15mil milhões
10
biliões de dólares
10
por cento
08
países estratégicos
Valor em dólares, de acordos Representa a carteira de É o peso do comércio externo São citados como os de forte
dados da VIF, das importações investimento que a Índia de Angola com a Índia que faz potencial para liderar as trocas
comerciais da Índia para Angola, disponibiliza para África na sua do gigante asiático o terceiro com a Índia, entre os quais
até o ano de 2013. agenda até 2063. maior parceiro. Angola é referência.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
Bank of Índia, do lado finan-
ceiro, concede empréstimos
em condições concessionais
ao Governo indiano. A balança
comercial é a favor da África, já
que a Índia tem um déficit com
a África, com as importações
sendo consistentemente mais
altas do que as exportações. Em
2016, de acordo com o Depar-
tamento de Comércio indiano,
as exportações da Índia foram
de 25,03 biliões de dólares e as
importações de 31,67 biliões. O
comércio da Índia com a África
passou de 7,2 biliões de dóla-
res em 2001 para 63 em 2018.
A diáspora indiana, no Conti-
nente Africano, também ajudou
a aprofundar os laços culturais.
Os resultados do fórum Índia-África
realizado aqui, em Dheli produziram
os resultados esperados?
O terceiro fórum Índia - África foi
realizado em Nova Delhi, em 2015,
no qual participaram 41 líderes dos
54 países de África. O primeiro-
-ministro Modi anunciou uma
linha de crédito de 10 biliões para
a África. Esta foi uma indicação
de que a Índia estava empenhada
em melhorar o seu envolvimento
global com o Continente Africano.
O comércio Índia - África em 2017
foi de 54 biliões de dólares. Modi
visitou nove países africanos em
2015. O presidente da Índia já visi-
tou sete países desde 2017. A Índia
enviou um poderoso sinal de que
gostaria de aumentar o seu envol-
vimento com a África. Está claro
que, embora haja um potencial con-
siderável na relação Índia - África,
muito mais trabalho precisa ser
feito para levar o engajamento a
um nível qualitativamente novo.
A carteira anunciada de 10 biliões
de dólares é apenas uma intenção
ou existe capacidade interna para
gerar esse fluxo financeiro?
A Índia está empenhada em coo-
perar com a África no forneci-
mento de financiamento para
a cooperação visando o desen-
volvimento. Tudo dependerá
dos acordos com os governos
anfitriões.
Não exportar força de trabalho nem
língua para a África é vantagem ou
desvantagem?
A Índia acredita em trabalhar
em conjunto com o país anfi-
trião em termos das suas priori-
dades, ao mesmo tempo em que
desenvolve capacidades locais
e gera emprego para a popula-
ção local.
Não sente necessidade de que o sec-
tor privado da Índia e até os esta-
dos africanos tenham precedência
nesta aposta de parceria?
Somos muito activos em África
e acreditamos em trabalhar com
base na Parceria Público-Pri-
vada (PPP).
223 300
milhões de dólares
Foi em quanto se fixaram as
exportações da Índia para
Angola, entre 2015-2016, depois
dos 675 milhões de 2010-11.
}
Existem vantagens recíprocas (com-
parativas e competitivas) para que
isso funcione?
Nossa filosofia é trabalhar com
base no interesse mútuo. O sec-
tor privado da Índia e da África
é altamente dinâmico e pode
trabalhar em conjunto. Assim,
a necessidade da hora é incen-
tivar o sector privado.
Que países africanos podem liderar
esta aposta indiana?
O foco é desenvolver parcerias
com todos os africanos, para
citar alguns, África do Sul, Tan-
zânia, Quénia, Egipto, Angola,
Botswana, Nigéria e Ghana têm
um potencial especial.
Que informações há de Angola por cá?
Angola é a segunda maior fonte
de petróleo bruto para a Índia,
depois da Nigéria, na África Sub-
sahariana. Os principais itens
das exportações indianas são
tractores e veículos de trans-
porte, máquinas e implementos
agrícolas, alimentos e carnes,
produtos farmacêuticos e cos-
méticos, chá, arroz (Basmati),
bebidas destiladas e bebidas,
couro acabado; papel/produtos
de madeira, etc. As importações
indianas de Angola registaram
um crescimento considerável,
de 4.242,79 milhões de dólares
(2009-2010) para 7.157 milhões
de dólares (2012-13).
A tendência é subir ou baixar?
Em 2015-2016, diminuiu para
2.767 milhões devido à queda
nos preços do petróleo. Por
outro lado, as exportações da
Índia para Angola diminuíram
de 675 milhões (2010-2011) para
223 milhões (2015-16), princi-
palmente devido a restrições
gerais de importação decor-
rentes do problema cambial.
A Índia tornou-se no 3º maior
parceiro comercial a partilhar
cerca de 10 por cento do comér-
cio externo de Angola, princi-
palmente devido à compra a
granel de crude.
O comércio
da Índia com
o continente
africano passou
de 7,2 biliões de
dólares em 2001
para 63 biliões de
dólares em 2018
milhões
Número médio de telemóveis
que se estima estarem
conectados ao serviço “Banca
no telemóvel”, na Índia.
um
“guru”
indiano
ARVIND GUPTA Ex-director-
geral do Instituto de
Estudos e Análise de Defesa
(IDSA), Nova Deli (2012-
14); Conduziu interações
de nível 2 com think
tanks (organizações que
produzem conhecimentos
para partilha) de outros
países. A IDSA é totalmente
financiada pelo Ministério da
Defesa. Serviu em missões
diplomáticas indianas em
Moscovo, Londres e Ankara.
Lidou com o Afeganistão,
Caxemira, União Soviética,
Rússia e Ásia Central no
Ministério das Relações
Exteriores. Mestrado (Física),
Universidade de Delhi
(1974); É membro visitante
do Instituto Tata de Pesquisa
Fundamental (1974-1976).
M. Phil (1988) e PhD, Escola
de Estudos Internacionais
JNU (1991); Interessado em
problemas de segurança
nacional e internacional;
política externa, questões
de estratégia de defesa;
pensamento indiano antigo;
construção de nação, ciência
e tecnologia etc. Escreveu
quatro livros e co-editou
vários. Serviço Exterior da
Índia (1979; aposentado).
No mais recente relatório,
intitulado “Task Force
Report”, Arvind Gupta e
sua equipa de especialistas
abordam de forma intensa
as trocas comerciais e a
parceria necessária entre
Índia e África. O documento
reconhece as inúmeras
oportunidades existentes e
apontas as eventuais brechas.
63
biliões de dólares
É quanto representa o comércio
entre Índia e África, de acordo
com dados de 2018, superando
assim os 7,2 biliões de 2001
sistema bancário da índia
é robusto e testado no tempo
Nos vossos estudos, o que se tem
observado da economia angolana
de há três ou cinco anos e a deste
momento?
Seg undo o Banco Mundial,
dep oi s de des v a lor i za r a
moeda, o governo deu mais
passos em direcção a um mer-
cado de câmbio mais transpa-
rente e baseado no mercado
em A ngola. A política mone-
tária permaneceu apertada
e um superávite orçamentá-
rio substancial foi alcançado
em 2018. O Governo também
avançou na implementação de
mais reformas estruturais.
Apesar dos prog ressos sig-
nificativos na estabilidade
macroeconómica e reformas
estruturais, Angola continua
a sofrer os efeitos dos pre-
ços do petróleo e níveis de
produção mais baixos, com
uma contracção do produto
interno bruto (PIB) estimada
em cerca de 1,5 por cento em
2018. Espera-se que o cres-
cimento económico perma-
neça moderado em 2019, de
uma previsão mais baixa do
preço do petróleo e do limite
de produção de petróleo esta-
belecido pelo acordo da OPEP.
O modelo de banca indiana pode
ser replicado em Angola, em par-
ticular?
A Índia tem um sistema ban-
cário robusto que foi testado
durante um longo período de
tempo. Existe a necessidade
de estabelecer um termo ban-
cário directo entre bancos
indianos e bancos africanos
(incluindo bancos em Angola).
Uma cooperação entre bancos
indianos e angolanos deve ser
encorajada.
Que áreas devem receber maior
atenção do investimento indiano
em economias como Angola?
A ONGC Videsh Ltd. (OV L),
uma multinacional indiana
líder em petróleo e gás para
investimento em países no
exterior, demonstrou inte-
resse na exploração e produção
upstream no sector de Petró-
leo e Gás de Angola. A Índia
também trabalhou em áreas
de desenvolv imento social
para pessoas, para contacto
com pessoas, capacitação,
etc. A Índia sempre trabalhou
junto com nossos parceiros em
África com base na coopera-
ção para o desenvolvimento e
contribuiu para a paz e segu-
rança em Angola, participando
da paz da ONU. operações de
entrevista 11
precisamos
trabalhar em
questões como
conectividade,
serviços
bancários,
saúde, vistos,
educação, a fim
de fortalecer
os nossos laços
com a África
manutenção.
O que o VIF prevê como desafios
daqui há cinco anos para a Índia
em África?
Número de iniciativas toma-
das pelo Governo da Índia para
melhorar e aprofundar o envol-
vimento da Índia com a África.
O primeiro-ministro Modi, ao
dirigir-se ao Parlamento ugan-
dês no ano passado, também
mencionou que “A África é
uma das principais prioridades
para a Índia”. Por isso, preci-
samos trabalhar em questões
como conectividade, serviços
bancários, saúde, vistos, edu-
cação, etc., a fim de fortalecer
os nossos laços com a África.
Acredita que o BRICS é um projecto
que vai funcionar?
Sim, desde que os países afri-
canos estejam dispostos a tra-
balhar com os BRICS. A 10ª
Cúpula dos BRICS estendeu o
seu apoio à Agenda 2063 e elo-
giou a assinatura da Área de
Livre Comércio Continental
Africano (AFCFTA). Os BRICS
podem desempenhar um papel
no desenvolvimento da África.
Em que se centrou o estudo recente
da VIF sobre as relações Índia-África?
A força-tarefa concentrou-se
nas questões estruturais da
relação Índia-África e fez reco-
mendações importantes relati-
vas ao transporte marítimo; a
infra-estrutura; a política de
exportação e importação; Edu-
cação; edifícios de capacidade;
vistos e questões de manuten-
ção da paz da ONU.
12
Finanças
Pagamento regular de salários
colhe nota positiva para o Estado
José Severino disse que a crise financeira se instalou nas empresas e que há enormes dificuldades
por parte dos empresários para conseguirem honrar com vários compromissos incluindo os fiscais
Isaque Lourenço
O
pagamento
reg ula r dos
salá r ios que
se observa na
Função Pública,
ao longo des-
tes meses de
2019, é uma nota positiva ao
Estado, pois, permite-se assim,
que as famílias e as empresas
tenham alguma liquidez para
as despesas com o consumo.
Este posicionamento do eco-
nomista e presidente da Associa-
ção Industrial de Angola (AIA),
José Severino foi manifesto na
última terça-feira, no programa
Debate livre da Tv Zimbo, que
abordou os 100 dias deste ano.
José Severino disse, por
outro lado, que a crise finan-
ceira instalou-se nas empresas
e que há enormes dificulda-
des, por parte dos empresá-
rios, para conseguirem honrar
com vários compromissos,
incluindo os fiscais.
Segundo ele, “quem vai ao banco
hoje, para habilitar-se a um crédito,
está a pôr-se uma corda ao pescoço”.
peso da dívida dos estados nas contas
sobe receios às economias emergentes
O peso da dívida do Estado
nas respectivas contas nacio-
nais é um dos sinais de preocu-
pação que o Fundo Monetário
Internacional (FMI) e o Banco
Mundial (BM) pretendem ver
diminuídos nos próximos anos.
Desde a última terça-feira,
até ao próximo domingo, daqui
há dois dias, os organismos de
Bretton Woods estão reunidos,
em Washington, na tradicional
reunião de Primavera, e apro-
veitam o encontro para fazer
recomendações sobre a saúde
financeira dos países-membros.
De acordo com números do
Ministério das Finanças, o peso da
dívida pública angolana passou de
39 por cento do PIB em 2014, para
84 em 2018, mais do que duplicando
em apenas quatro anos,o que con-
firma o alinhamento de Angola
na tendência de sobre-endivida-
mento dos países a que se referiu a
directora-geral do FMI.
Christine Lagarde também
anunciou uma nova pesquisa
do FMI a mostrar que o aumento
das guerras comerciais está a
afectar o investimento em fábri-
cas, maquinarias e projectos
de criação de empregos.
Numa publicação recente do
enviado do Jornal de Angola a
Contudo, o ambiente econó-
mico de algum equilíbrio, por-
quanto há províncias, como
Cabinda com um saldo nega-
tivo, e outras como Bié, com
saldo positivo, e Benguela
com saldo estacionário.
“A saída da crise é uma gravi-
dez de 09 meses. Estamos agora
na gestação e lá para o final
do ano veremos, se teremos já
melhores indicadores”, explica.
No painel do debete esteve
também o advogado Inglês Pinto
para quem, neste momento, há
um crescimento dos direitos
cívicos e políticos. “A situação
é crítica do ponto de vista eco-
nómico e social. Precisa-se de
algum equilíbrio”, disse.
Inglês Pinto entende que os
passos dados pela diplomacia
económica são positivos, pois
ela se preocupa com a atrac-
ção de investimentos no médio
e longo prazos. Todavia, a pro-
ximidade de períodos eleitorais
podem destoar estes passos,
pois que, o eleitoralismo exige
medidas de curto prazo.
“Os desafios políticos colo-
cam objectivos imediatos e será
um exercício de interesses difí-
Washington, Estados Unidos da
América, se o comércio entre os
Estados Unidos e a China estiver
sujeito a taxas de 25 por cento,
afirmou a directora citando o
estudo, o PIB norte-americano
cai 0,6 por cento e o chinês 1.5.
As Reuniões de Primavera do
Banco Mundial e do FMI são rea-
lizadas nessa estação do Hemisfé-
rio Norte, para discutir a evolução
estabelecida nas sessões plená-
rias e assembleias de governa-
dores nas reuniões anuais, no
Outono, entre Setembro e Outubro.
As Reuniões de Primavera são
permanentemente realizadas na
capital norte-americana, Washing-
ton, onde estão as sedes do Banco
Mundial e do FMI, mas as reuniões
anuais ocorrem fora dos Estados
Unidos uma vez a cada três anos.
Minfin já previu a revisão em baixa
cil de conciliar”, descreve.
De acordo com o advogado,
outra das preocupações que
se precisa atender, tem a ver
com a segurança jurídica das
pessoas e do seu património.
Nesta perspectiva, advoga
que a reforma da justiça e do
direito devem de forma per-
ma nente esta r na agenda
dos decisores, porquanto, os
pequenos e médios investi-
dores, neste momento, não se
sentem seguros e isso pode
travar a intenção de entrada
de novos investimentos.
Mas o jornalista e eco-
nom ista Ca rlos Rosado
acha que o Repatriamento
foi um “fracasso”.
Para ele, não se está a comu-
nicar à sociedade os resultados
deste programa e entrou-se já
para a fase coerciva sem antes
fazer-se um balanço do que terá
resultado da campanha de repa-
triamento voluntário.
Todavia, Carlos Rosado
entende que a questão da edu-
cação, neste momento, é mais
interessante do que as super
medidas macroeconómicas,
pois que tudo, segundo diz,
FMI e Banco Mundial mais pessimistas
com perspectivas de crescimento económico
O Fundo Monetário Internacional
(FMI) cortou para 3,3 por cento
na última terça-feira (9) as previ-
sões de crescimento para a eco-
nomia mundial em 2019, devido
a uma desaceleração generali-
zada, especialmente nas econo-
mias mais desenvolvidas.
Segundo o relatório “Perspec-
tivas para a Economia Mundial”,
a economia do planeta vai expe-
rimentar um crescimento de 3,3
por cento neste ano, um recuo de
0,2 ponto em relação às previsões
feitas em Janeiro, embora as pro-
jecções para 2020 permaneçam
inalteradas, com expansão de 3,6.
O Fundo recomenda que
a China e a Alemanha, dois
dos principais motores da
economia mundial, adoptem
medidas a curto prazo para
estimular o crescimento.
A instituição apelou, ainda,
ao Banco Central Europeu que
prossiga com o estímulo às eco-
nomias regionais depois de ter
revisto em baixa o crescimento
da Zona Euro para 1,3 por cento,
este ano, e 1,5 em 2020.
No caso de Angola, segundo
a VOA, o país deverá crescer
10
por cento
Estudantes com idade pré-
escolar que estão matriculados
no sistema de ensino, o que
revela forte exclusão.
}
A saída da crise
é um parto
de 9 meses. lá
para o final do
ano, veremos
se teremos já
os melhores
indicadores
FMI diz que Conta corrente apresenta um défice de 3,8 por cento este ano
este ano 0,4 por cento, muito
abaixo dos 3,5 previstos para
a África subsahariana no seu
todo, disse o FMI.
Nas suas perspectivas
para a economia mundial, o
FMI disse ainda, que o cres-
cimento previsto para este
ano em A ngola é o pior dos
países exportadores de petró-
leo da região, nomeadamente
Nigér ia , Ga bão, C hade e
República do Congo.
O crescimento para este ano
em Angola é contudo uma recu-
Economia & Finanças
0,4
por cento
Taxa de crescimento
económica prevista para
Angola na revisão efectuada
pelo FMI esta semana.
resume-se na educação, por
dele depender a continuidade
dos programas e projectos.
Na sua ilustração, socor-
rendo-se a dados noticiados
pela Telev isão P ública de
Angola (TPA) e Rádio Nacio-
nal de Angola (RNA), é preocu-
pante quando 90 por cento de
estudantes da sexta classe, no
Cuanza Norte, não sabem ler
nem escrever; 70 por cento, no
Cunene, estuda em escolas pre-
cárias e só 10 por cento de meni-
nos em idade escolar frequentam
o ensino pré-escolar.
Deste ponto de vista, Rosado
diz que, mesmo que o barril de
petróleo suba para 200 dóla-
res, se não prestar-se atenção à
educação, continuar-se-á neste
estado mau das coisas.
dr
peração em relação à retracção
de -1,7 por cento registada no ano
passado e o estudo prevê que no
próximo ano Angola registe um
crescimento de 2,9 por cento
embora ainda abaixo dos 3,7 pre-
vistos para a região subsahariana.
No que diz respeito aos pre-
ços do consumidor, o FMI prevê
um aumento de 17,5 por cento este
ano e 11,1 no próximo ano.
A organização projecta ainda
um défice da conta corrente este
ano de 3,8 por cento do PIB e isso
cairá para 1,9 no próximo ano.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
Finanças 13

dr

Economista José Severino Advogado Inglês Pinto Jornalista Carlos Rosado Economista Filomeno Vieira Lopes Jurista Albano Pedro

}
}

}
}

}
quem vai há crescimento ainda que suba a um dos desafios o combate
ao banco hoje, de direitos usd 200 o barril, do nosso à corrupção
pedir crédito, cívico e político, se não se prestar processo criou enormes
sabe que é pôr-se mas a situação atenção à de transição, expectativas. ele
uma corda económica educação, vai-se é descentralizar veio dar ânimo
ao pescoço é crítica só de mal a pior e desconcentrar à sociedade

N
o que diz respeito
aos indicadores
económicos, Carlos
Rosado entende que
“as economias que
estão sob intervenção do Fundo
Monetário Internacional (FMI),
normalmente, não têm grandes
performances financeiras.
Lembra, por outro lado,
que crescer 0,4 por cento não
é nada, e que, caso assim
seja, vai-se ter uma década a
empobrecer. Logo, a revisão
em baixa é uma má notícia.
Defende, no caso de Angola, se
a intervenção do FMI for mesmo
para arrumar-se a casa, no fim
de 2021 será possível notar-se já
algum crescimento.
Por sua vez , F ilomeno
Vieira Lopes, também eco-
nomista, embora mais cono-
tado, ult i ma ma nte, pelas
intervenções nas lides polí-
tico-partidária, entende que o
processo autárquico seja das
grandes questões que se deve
continuar a discutir ainda
por esta altura. A par deste,
a questão da separação plena
dos poderes é outra das ques-
tões que se deverá continuar
a aprofundar.
Vieira Lopes é de opinião que
o parlamento continua a andar
muito devagar e assombrado pelo
protagonismo do poder executivo
(Presidente e Governo).
Ainda assim, advoga que a
desconcentração e a descentrali-
zação sejam efectivamente, dos
grandes desafios do momento
no processo de transição, por-
que segundo ele, ficou provado
que os poderes centralizados
não têm capacidade para resolver
todos os problemas locais.
O jurista Albano Pedro, tam-
bém participante ao debate, valo-
rizou o programa de combate à
corrupção, que segundo diz, trouxe
outro ambiente e uma nova forma
de as pessoas e os governantes
olharem para a coisa pública, ao
contrário do que se observava.
“O combate à corrupção criou
expectativas enormes no seio
social. Ele veio dar ânimo à socie-
dade e dar uma nova figura à gover-
nação do próprio partido”, disse.
P a r a A l b a no P e d r o , a
máquina judicial e até os órgãos
afins não estão devidamente
lubrificados para assegurarem
a corrida que deve ser feita, e o
Estado poderá incorrer a muitas
indemnizações caso os proces-
sos continuem a ser dirigidos tal
como o são nesta fase, pois não
se está a obedecer o primado da
lei e da constituição.
Reforçou uma ideia anterior
sua, de que “ a festa do combate
à corrupção seria estragada
pelos advogados, porque estes
em sede do Tribunal forçariam
a chamada de pessoas que não
foram ouvidas durante o pro-
cesso de instrução e chama-
riam também factos novos que
poderão não ter sido bem trata-
dos pela investigação”.
Lembrou que, o que se pre-
tende, nesta fase da reforma
da justiça e do direito, e de
maior predominância da lega-
lidade, é que se apliquem as
leis, mas nem sempre as leis
são aplicadas como previsto.

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África Subsahariana contraria tendência de baixa
dr

A economia da região subsaha-

riana de África, em 2019 e 2020,
deve crescer 3,5 e 3,7 por cento,
respectivamente, de acordo com
as indicações avançadas, na
última terça-feira, em Washing-
ton, Estados Unidos da América,
pela economista-chefe do Fundo
Monetário Internacional (FMI).
Gita Gopinath elucidou que
os dados avançados são mais
optimistas e estão acima dos
3,0 por cento que se registou
no crescimento de 2018.
“A economia da África Sub-
sahariana cresce neste e no
próximo ano, seguindo uma tra-
jectória inversa à da economia
mundial, de acordo com o rela-
tório das Perspectivas Económi-
cas Mundiais, ontem apresentado
em Washington pelo FMI”, disse.
Citada pelo enviado do Jornal de
Angola a Washington, Gita Gopi-
nath lembrou que a economia mun-
dial, que avançou 3,6 por cento em
2018, retrocede para 3,3 este ano,
estabilizando em 2020 em 3,6.
Os números do relatório,
desig nado “abrandamento
do crescimento, recuperação
precária”, representam uma
ligeira degradação das perspec-
tivas apresentadas pelo FMI em
Janeiro deste ano e em Outu-
África do Sul, cuja capital é Pretória, vai ser o carro-chefe da região Austral
bro do ano passado, em projec-
ções mais acentuadas quando
se fala da economia mundial.
A expansão da África Sub-
sahariana é influenciada pela
evolução prevista na África do
Sul e Nigéria, onde as econo-
mias avançaram de 0,8 por cento
em 2018, para 1,2 e 1,5 nos pró-
ximos dois anos, e de 1,9 para
2,1 e 2,5, respectivamente.
A economista-chefe do FMI
advertiu que a guerra comercial
entre a China e os Estados Uni-
dos representa uma das maio-
res ameaças ao crescimento
projectado para a sub-região,
dado que uma desaceleração
da economia chinesa tem como
reflexos a queda dos preços
das matérias-primas. O ritmo
da economia chinesa, prevê o
relatório, desacelera de 6,6 por
cento em 2018, para 6,3 e 6,1
nos próximos dois anos.
A escalada das tensões
comerciais entre a China e os
Estados Unidos, as conjun-
turas macroeconómicas difí-
ceis na Argentina e Turquia,
bem como a disrupção do sec-
tor automotivo na Alemenha,
estão entre os factores que
contribuem para o enfraque-
cimento da economia mundial.
A economia, sublinha o rela-
tório, declina em 70 por cento
da economia mundial, mas uma
expansão global de 3, 3 por cento,
continua a ser razoável.
14 finanças Economia & Finanças

hora
das compras
Supermercados

Concurso para “Cake designer” Produtos

Alimenta
Angola
Kero Maxi Candando Shoprite

Hipermercado quer premiar o talento de confeiteiros anónimos Açúcar -1 kg 258,00

270,00
299,00
259,00
349,00
330,00
269,00
259,00
259,95
349,00
Água mineral -5 lt
e junta na eleição um júri de profissionais com o público/clientes Arroz -1 kg 298,00 324,00 229,00 279,00 299,95

Azeite -500 ml 1.094,00 1.095,00 1.525,00 1.099,00 699,95

bem como um cartão presente Ana Cakes é cake designer Batata rena -10 kg 1.790,00 2.350,00 1.290,00 1.490,00 2.999,95
Regina Handa Dando Candando. O segundo e tem há 2 anos, uma parceria

N
classificado ganha um workshop com o Candando, sendo possível Carne bovina-bife-1 kg 2.570,00 2.695,00 3.290,00 2.199,00 1.399,95
a vista desta semana “Bicos de Pasteleiro”, e igual- encontrar os seus bolos à venda Cebola -10 kg 4.500,00** 2.900,00 3.690,00 2.990,00 2.999,95
no interior da loja mente, um cartão presente. na pastelaria da marca.
“Hipermercado Can- Esta iniciativa do hipermer- Encorajada pela notoriedade
Chouriço -900 gr N/A 1.494,00 2.390,00 1.999,00 1.499,95
dando” do Morro cado em parceria com a Ana que ganhou a fazer bolos para
bento, em Luanda, Cakes tem como objectivo pro- festas de amigos e familiares, Corvina - 1 kg 2.189,00 2.190,00 N/A 2.699,00 N/A
demo-nos de cara com a sua cam- mover o talento angolano nesta Ana Cakes decide profissiona-
panha de Páscoa com a 2ª edição área e contribuir para a profis- lizar-se em 2013. Desde então Farinha de trigo - 1 kg 195,00 180,00 299,00 234,00 299,95
do concurso “Sonhas ser um Cake sionalização de aspirantes a tem feito diversas formações na
Farinha de mandioca kg N/A 324,00 935,00 499,00 699,95
Designer (arte de enfeitar bolos)”. “cake designers”. área e criou o seu próprio ate-
Ao que soube este jornal, o A organização explica que na lier. Dinamiza e participa em 515,00 350,00 835,00 349,00 599,95
Feijão - 1 kg
concurso foi lançado na página 1ª edição foram finalistas Sónia eventos que gravitam à volta do
de Facebook do operador, e con- Freita e Teresa Gama, e Teresa universo dos bolos e foi recen- Frango - 1 kg 668,00 595,00 929,00 578,00 599,95
vidava numa primeira fase os Gama acabou por se dedicar pro- temente nomeada na categoria
seguidores da página a postar fissionalmente à área no segui- de Melhor Cake Design (arte de Fuba de bombó - 1 kg 290,00 199,00 635,00 199,00 699,95
uma fotografia de um bolo deco- mento da formação que fez. enfeitar bolos) de Noivas.
rado por si com motivos de Páscoa. Fuba de milho - 1 kg 289,00 200,00 N/A 199,00 N/A
Os cinco (5) semi-finalis- dr

tas terão os seus bolos expos- Leite UHT - 1 lt 289,00 289,00 349,00 299,00 299,95
tos na Cremme, a pastelaria e Leite em pó 1.800 gr 3.110,00 2.995,00 3.322,00 3.299,00 4.999,95
cafetaria no interior das três
(3) lojas, Morro Bento, Talatona Massa alimentar - 400 gr 105,00 100,00 159,00 129,00 169,95
e Viana, em Luanda. Os dois (2)
melhores disputam a final ao Manteiga - 1 kg N/A 596,00 419,00 N/A N/A
vivo na cafetaria do Candando
Morro Bento, no dia 14 de Abril. Óleo alimentar -1lt 470,00 429,00 549,00 429,00 469,95
A escolha do vencedor do con- Ovos - 24 unidades 1.290,00 1.200,00 1.790,00 1.299,00 1.399,80
curso é determinada em 50 por
cento pelo júri e outros 50 pelos Pão - pequeno 20,00 10,00 20,00 15,00 20,00
clientes que no dia da final esti-
verem na Cremme, garantindo Salsicha - 350 gr 339,00 196,00 269,00 179,00 N/A
assim que não só os aspectos téc-
nicos ditam o vencedor, mas tam- Vinagre - 0,5 lt 143,00 99,00 299,00 99,00 149,95
bém a opinião do público.
O prémio, uma formação pro- Total 20.692,00* 21.368,00* 23.902,00 21.089,00* 20.917,95
fissional no atelier de Ana Cakes, Final “cake designer” acontece domingo e vai premiar talento dos concorrentes
Observação: Apenas o Kero apresenta os 24 itens completos da cesta. Nos outros falta este
ou aquele produto por inexistência em stock ou não venda o que influencia nos custo final

mostra comparativa de preços de um mesmo produto nos cinco supermercados

4.500
2.900
2.999
2.350

2.990
2.999
1.290
1.790

3.690

3.322
2.695

3.299
3.290

2.995
2.570
1.490

1.399

4.999
2.199

3.110

1.290
1.200

1.299
1.790

1.399

699
290

635
199
199

299
299
234
195
180

Alimenta Angola
Kero
maxi
candando
shoprite

Batata rena Carne bovina Cebola Leite em pó Ovo (24 unidades) Buba de Bombó Farinha de trigo

Fonte: Preços cedidos (*) e de recolha nos supermercados | Levantamento de quarta e quinta-feira, 10 e 11.04.2019|
Valores expressos em kwanzas | N/A - Produto não disponível | ** Produto importado

.
supermercados mostram escassez de manteiga há algumas semanas
dr

O stock dos supermercados em
que levantamos, semanalmente,
os preços de 24 produtos
seleccionados pela equipa deste
jornal (ver no quadro acima
à direita) mostra uma certa
escassez de manteiga (produto
feito do leite[1], batido até se
transformar numa emulsão de
água em gordura).
Às vezes confundida com a
margarina (gorduras alimentares
de origem vegetal usadas em
substituição da manteiga), Neste é rica em ácidos graxos poli e Durante muito tempo pensou-se
momento, como é possível monoinsaturados. que a margarina era mais
ver-se, apenas dois (2) dos cinco A manteiga, por sua vez, é um saudável que a manteiga,
(5) operadores em que se faz a produto de origem animal e tem, contudo esse pensamento foi
pesquisa dos preços da semana, por isso, na sua composição contestado ao verificar-se que a
têm o produto disponível. predominantemente gorduras margarina continha uma maior
A discussão persiste em torno de saturadas. Mas devido à indústria proporção de gorduras trans
quem é quem. da margarina manter em segredo que a manteiga, produzida na
A margarina, oriunda da imagens e detalhes químicos do hidrogenação parcial, e vários
hidrogenação de óleos vegetais processo de fabricação, torna-se estudos demonstraram que
(gordura hidrogenada, isto é, difícil comprovar todos os existe uma relação entre as dietas
gordura trans) é um produto elementos que são utilizados na altas em gorduras trans e as É muito comum fazer-se confusão
de origem vegetal e em geral fabricação desta. doenças do coração. entre a manteiga e a margarina
 tributação 15
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019

AGT testa software do IVA

Em Agosto os “grandes contribuintes” devem submeter o ficheiro SAF-T dos serviços gerados através
do sistema de facturação relativas às operações de venda e compras efectuadas no mês anterior (Julho)
dr

Armando Estrela
O
peradores econó-
micos nacionais
receiam que a
implementação
do Imposto sobre
o Valor Acrescen-
tado (IVA) não
venha a ocorrer a 1 de Julho pró-
ximo, segundo previsto pelas
autoridades angolanas, por ale-
gadas dificuldades técnicas e
falta de quadros, mas a Admi-
nistração Geral Tributária (AGT)
já distribuiu um comunicado, a
propósito, no qual dá conta que
a introdução do imposto está em
fase avançada e entra este mês
em teste do software.
A justificar a inquietação dos
operadores económicos estão
alguns diplomas legais em fase
de discussão e aprovação, numa
altura em que faltam escassos
dias para a introdução do IVA em
Angola, que deve abranger, ini-
cialmente, as entidades cadas-
trados na Repartição Fiscal dos
Grandes Contribuintes.
Até à data, estão em fase de
discussão e aprovação os decre-
tos presidenciais sobre a alteração
dos planos de contabilidade (Plano
Geral de Contabilidade, Plano de
Contabilidade para as Empresas
de Seguro e Plano Contabilístico
das Instituições Financeiras) para
o registo das operações activas e
passivas do IVA, sobre as Declara-
ções Fiscais do IVA e os respecti-
vos Manuais de Preenchimento e
sobre o Regulamento da Concessão
de Reembolsos do IVA.
Relativamente à proposta do
“Decreto de alteração do Plano
de Contabilidade” a AGT traba-
lhou com os membros da Ordem
dos Contabilistas e Peritos Con-
tabilistas de Angola (OCPCA), a
Agência Reguladora dos Seguros
}
Decreto
Presidencial
que aprova o
Plano Intercalar
do Executivo
estabelece
um quadro
de acções
necessárias
para a aplicação
do IVA em 2019
(ARSEG) e a Associação dos Segu-
ros de Angola (ASAN), para asse-
gurar que esse diploma produza
os efeitos desejados pelo Estado.
No mesmo quadro, está neste
momento em discussão com o
Banco Nacional de Angola (BNA) e
a Associação dos Bancos (ABANC)
a parte relativa à alteração do
Plano Contabilístico das Insti-
tuições Financeiras (CONTIF),
a ser publicado em diploma pró-
prio do banco central angolano.
Igualmente, outros diplomas a
aprovar e que dependem da publi-
cação do Código do IVA incluem os
decretos sobre o Regulamento do
Regime de IVA Aplicável ao Gás,
sobre o Regulamento de Inspecção
Tributária, o Regime Jurídico da
Comunicação e Tramitação Elec-
trónica dos Procedimentos, bem
Transacções em torno das declarações periódicas do IVA devem constar nos registos contabilísticos do contribuinte
como a alteração da Lei nº 21/14,
de 22 de Outubro, que aprova o
Código Geral Tributário.
Leis e Decretos legais
À data, foram aprovados e publi-
cados os decretos presiden-
ciais que aprovam o Regime
Jurídico das Facturas e Docu-
mentos Equivalentes, o Regime
Jurídico da Submissão Electró-
nica dos Elementos Contabilís-
tico dos Contribuintes (SAF-T
AO), as Regras e Requisitos
para Validação de Sistemas
de Processamento Electrónico
de Facturação dos Contribuin-
tes e as Regras de Impres-
são Tipográfica de Facturas
e Documentos Equivalentes.
As leis aprovadas e que
aguardam publicação são o
Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado (IVA), o Código
do Imposto Especial sobre o
Consumo (IEC), a Alteração ao
Código do Imposto Industrial e a
Alteração ao Código do Imposto
sobre o Rendimento do Trabalho.
Diplomas não acompanham a evo-
lução do projecto
A 1 de Julho próximo entra em
vigor o Decreto Presidencial nº
258/17, de 27 de Outubro, que
aprova o Plano Intercalar do
Executivo onde está prevista
a implementação de acções
necessárias para a aplicação do
Imposto sobre o Valor Acrescen-
tado (IVA) para o Orçamento Geral
do Estado (OGE) de 2019.
Apesar de faltarem menos de
80 dias, quatro leis aprovadas
em torno do IVA, como o pró-
prio Código do Imposto sobre
o Valor Acrescentado (CIVA)
ainda não foram publicadas e,
em consequência, retardam a
aprovação de outros decretos
dependentes dessa publica-
ção do Código, tal é o caso do
Decreto Presidencial que deve
aprovar as Declarações Fiscais
do IVA e os respectivos manuais
de preenchimento.
O processo de implementa-
ção da IVA em Angola decorre
das Linhas Gerais do Executivo
para a Reforma Tributária, do
processo de integração regio-
nal ao nível da SADC (Comu-
nidade de desenvolvimento da
África Austral), bem como dos
compromissos com importantes
organizações internacionais.

Internet é primeira condição para a introdução do IVA

O IVA começa inicialmente com os
contribuintes cadastrados na Repartição
Fiscal dos Grandes Contribuintes, que,
em linhas gerais, são obrigados a possuir
“condições de internet” para submeterem
electronicamente os ficheiros de
facturação e aquisições de bens e
serviços, além das declarações fiscais.
Os contribuintes cadastrados nas
demais Repartições Fiscais, que optem
pelo enquadramento voluntário ao
“Regime Geral de Tributação do IVA”,
devem possuir também condições de
internet, como “requisito obrigatório”
para submeterem electronicamente os
ficheiros de facturação e aquisições de
bens e serviços e as declarações fiscais.
A AGT continua a criar condições para
disponibilizar computadores com
internet junto das Direcções Regionais
Tributárias e nas Repartições Fiscais,
para atenderem as situações dos
sujeitos passivos (contribuintes) que não
puderem submeter electronicamente
os ficheiros e as declarações fiscais por
falta ou falhas de internet nos respectivos
estabelecimentos.
Com a Ordem dos Contabilistas e Peritos
Contabilistas de Angola (OCPCA), a
AGT tem um programa de formação
e capacitação permanente para os
contabilistas e peritos contabilistas
certificados no período referido e,
presentemente, a OCPCA aguarda a
publicação do Código do IVA, para lançar
a segunda fase do programa de formação.
Introdução do IVA é inevitável
Um comunicado da Administração
Geral Tributária (AGT), distribuído aos
operadores económicos nacionais,
dá conta que a fase de testes com os
produtores de software, visando receber
os ficheiros electrónicos do sistema
de facturação e de aquisição de bens
e serviços dos contribuintes, com a
submissão electrónica do ficheiro SAF-T
no Sistema Integrado de Gestão Tributária
(SIGT), começa já nos próximos dias.
Em desenvolvimento no SIGT estão
também as declarações fiscais do IVA,
como a “declaração de início, alteração
e cessação de actividade”, a “declaração
periódica e anexos” e a “declaração do
regime transitório”.
Ainda este mês, a AGT começa a fase
de testes para o processo de submissão
electrónica das declarações, para que
estejam em produção na data de entrada
em vigor do IVA, a 1 de Julho.
Antes da data de entrada em vigor do IVA,
estará também em produção o módulo
do IVA cativo no Sistema Integrado de
Gestão Financeira do Estado (SIGFE),
para a funcionalidade das facturas e
dos documentos equivalentes dos
fornecedores de bens e serviços ao
Estado.
O documento da AGT indica que,
durante o mês de Agosto, todos os
contribuintes cadastrados na Repartição
Fiscal dos Grandes Contribuintes, bem
como os contribuintes que aderirem
voluntariamente ao Regime Geral de
Tributação do IVA, devem submeter
a declaração periódica e os anexos,
relativamente as operações tributáveis do
mês de Julho de 2019.
Já em Outubro de 2019, todos os
contribuintes cadastrados nas demais
Repartições Fiscais, pertencentes
ao “Regime Transitório”, devem
submeter a declaração simplificada do
regime transitório, relativamente às
operações tributáveis (vendas e serviços
efectivamente recebidas) do trimestre
anterior, concretamente dos meses de
Julho, Agosto e Setembro.
16
Mercados
Os preços do petróleo subiram esta semana para o nível mais alto desde Novembro de 2018, sob impulso da Opep
Petróleo bate os usd 70
e abre discussão sobre OGE
Preço de referência às ramas angolanas não passava
a fasquia de 67 dólares ao longo do I trimestre de 2019
C
ontra os 68 dólares
por barril previstos
no OGE/2019 em exe-
cução, neste momento,
o Brent, referência às
exportações de Angola, para
entrega em Junho, foi ven-
dido, na última quinta-feira,
em Londres por 71,48 dólares.
Ao longo destes três meses
de 2019, o preço do petróleo de
referência às ramas angolanas
não passava a fasquia de 65 dóla-
res, situação que contrariava as
opções assumidas na programa-
ção financeira anual do Governo.
Plano estratégico atribui 49 concessões
Estratégia Geral de Atribuição de Concessões Petrolíferas responde ao declínio natural na
produção do petróleo em Angola (1,49 milhões de barris/dia) devido a falta de investimentos
A Estratégia Geral de
Atribuição de Concessões
Petrolíferas, aprovada a 18
de Fevereiro deste ano, pelo
Presidente da República,
João Lourenço, através do
Decreto Presidencial 52/19,
prevê atribuir um total de
49 concessões petrolíferas
vão ser atribuídas entre
2019/2025 para exploração,
pesquisa, desenvolvimento e
produção de hidrocarbonetos
em Angola.
A referida estratégia, citada pela
Angop, apresenta um mapa de
distribuição, que prevê atribuir
nove concessões este ano, igual
número em 2020, oito em 2021,
e 12 e 11 concessões em 2023 e
2025, respectiva mente.
Por outro lado, ela visa “assegurar
a substituição de reservas,
promovendo a actividade de
exploração de forma racional e
adequada, desencadear medidas
Os especialistas dos mer-
cados de petróleo e deriva-
dos abrem discussão sobre a
prudência na revisão ou não
do OGE, que segundo se diz
por alguma imprensa nacio-
nal e internacional, estará já
em cima da mesa, para dar
entrada à Assembleia Nacional.
O JE soube, de certa fonte,
que apesar deste cenário de
subida, também mais animador,
o Governo não vai recuar na sua
decisão de rever o OGE que se pro-
jectou com base num preço de 68
dólares, e que jamais se atingiu ao
}
a estratégia
apresenta
um mapa de
distribuição,
que prevê
atribuir nove
concessões
este ano
adequadas à confirmação do
potencial petrolífero do país e
fornecer petróleo bruto suficiente,
para satisfazer a capacidade
interna de refinação, mediante
ponderação económica da
exportação versus importação”.
Economia & Finanças
dr
}
Cotações
o país está a
tentar atrair
mais investimento Taxas de câmbio
para evitar
o declínio 316,917 USD/AKZ
da produção
prevista para Commodities
os próximos anos
71,48
68
dólares
brent
É o preço do barril de Taxas de Juro
petróleo previsto no OGE Moeda 11 Abr 2019
deste ano e que as opiniões
Euribor 1 mês EUR -0,367
recomendavam a sua revisão
Euribor 6 meses EUR -0,231
companhias estão novamente a
olhar para Angola e a sentirem-
-se mais confortáveis em inves-
Euribor 12 meses EUR
Libor 1 mês
Libor 6 meses
USD 2,48400
USD 2,62850
-0,112
tir no país”, disse Adam Pollard. Libor 12 meses USD 2,45413
Sobre a meta de 1,4 milhões de
barris por dia, que Angola estabe-
leceu para este ano, Pollard disse
que é “uma meta razoável”, expli-
cando que “muitos dos poços estão Taxas de Câmbio Spot
longo dos últimos quatro meses. na fase de maturidade, quando a Cotação 11 Abr 2019
Muito recentemente, o ana- produção começa a cair, e há novos
lista da consultora especiali- projectos para aumentar a produ- USD/AKZ 316,917
zada em energia WoodMackenzie ção, mas Angola precisa de san- EUR/AKZ 357,451
Adam Pollard disse segunda- cionar mais vários projectos para
-feira que as companhias petro- serem sancionados e começarem a zar/AKZ 22,646
líferas “estão novamente a olhar funcionar nos próximos meses”. EUR/USD 1,1279
para Angola” devido aos pre- Os preços do petróleo subi-
ços do petróleo e às reformas ram esta semana para o nível GBP/USD 1,3080
lançadas pelo Governo. mais alto desde Novembro de USD/JPY 111,1100
“No último ano Angola virou 2018, impulsionados pelos cortes
a página, o país está a tentar de oferta da OPEP, pelas sanções USD/ZAR 13,9322
atrair mais investimento para dos EUA contra o Irão e a Vene- USD/BRL 3,8248
evitar o declínio da produção de zuela, pelos combates na Líbia e
petróleo, prevista para os próxi- pelos bons resultados na criação USD/CNY 6,7170
mos anos, e há sinais de que as de empregos nos EUA.
mercados accionistas
Índice
Dow Jones
11 Abr 2019
26,157.16
S & P 500 2,888.21
NASDAQ 7,964.24
dr
FTSE 100 7,412.22
Em outros quatro diplomas, de
18 de Fevereiro (Dec-Presidencial BOVESPA 95,953.45
nº 54,55,56,57 e 58), são PSI 20 5,331.41
atribuídos à Sonangol EP, direitos
para exploração, pesquisa, NIKKEI 225 21,711.38
desenvolvimento e produção DAX 11,863.12
de hidrocarbonetos líquidos e
gasosos nos Blocos 30, 45,46,47 e Hang seng 29,839.45
Bloco KON16.
De acordo com a estratégia,
a adjudicação de concessões
petrolíferas será feita mediante Commodities
Concurso Público, Concurso 11 Abr 2019
Público Limitado e Negociação
Directa. Brent 71,48
Esta Estratégia Geral de Atribuição crude oil 64,21
de Concessões Petrolíferas
responde ao declínio natural gás natural 2,71
na produção do petróleo em ouro spot 1,304.56
Angola (1,49 milhões barris/dia),
devido à falta de investimento trigo 465,00
nos segmentos da prospecção, açucar 12,94
pesquisa e exploração nos últimos
10 anos. Angola já chegou a café 96,35
produzir diariamente 1,8 milhões Plataformas petrolíferas devem
algodão 78,74
de barris de petróleo/dia. voltar a produzir em força
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
publicidade 17

(700.012)
18
Emprego
Em 2017 o país possuía 709 instituições de formação profissional, das quais 176 são públicas e 553 do sector privado espalhadas por diversas províncias e municípios do país
Maptss publica pela primeira vez
estatística do mercado de trabalho
Programa de geração de emprego implementado pelo Executivo permitiu a inserção de mais funcionários
públicos sobretudo na educação e saúde com excepção do pessoal civil nos serviços de segurança
}
Pedro Peterson
O
mercado de
trabalho gerou
no exerc íc io
económico de
2017, 20 mil 308
novos empre-
gos , sendo o
sector da agricultura o que
mais se destacou com 38,8
por cento, seguindo-se dos
transportes com 21,4.
Segundo o anuário de esta-
tísticas do trabalho estrutu-
rado, publicado pela primeira
vez em Angola, pelo Maptss, a
administração pública regis-
tou a inserção de 328 novos
empregos, no âmbito do projecto
geração de empregos.
O documento, que o JE teve
acesso, sustenta ainda que, as
empresas, no ano em análise,
efectuaram 27 mil 276 coloca-
ções directas, das quais 37,7
por cento do sector de pres-
tação de serviços que maior
número de colocações registou,
seguido do sector da construção
civil com 26,9 por cento.
Os pedidos de emprego por
habilitações literárias situa-
ram-se em 51 mil 495, sendo o 2º
Ciclo o que maior número regis-
tou, 22 mil 744 que representa
44 por cento dos pedidos.
A faixa etária com maior
predominância em termos de
pedidos de emprego é a de 26
em 2017
foram
admitidos
mais homens
que mulheres
no mercado
de trabalho
em Angola
a 30 anos e de 21 a 25 anos,
representando 32 e 29 por
cento, respectivamente.
Administração Pública
O emprego público em todos
os sectores, com excepção
do pessoal civil das Forças
Armadas, da Polícia Nacional
e da Assembleia Nacional foi
de 385 mil 423 funcionários
e agentes administrativos.
Os sectores que apresenta-
ram maior número de funcioná-
rios foram os da educação (169
mil 280) e da saúde (88 mil 264),
valores que correspondem a 44
e 23 por cento, respectivamente.
Na distribuição por âmbito, a
administração local é a que apre-
senta maior número de funcioná-
rios públicos com 88 por cento,
enquanto a central com 12 foi a
que apresentou menor número
de funcionários públicos.
Já na distribuição dos fun-
cionários por género, o sexo
masculino é o que registou
maior concentração de fun-
cionários com 58 por cento,
sendo o feminino com 42 por
cento dos funcionários.
A nível da formação, a Enad
realizou 131 acções, represen-
tando uma taxa de 93 por cento
superando o período homólogo
que registou uma taxa de 46. A
faixa etária que mais adesão
teve aos cursos foi a dos 31 aos
40 anos com 42 por cento.
De realçar que comparativa-
mente com os anos transactos,
o ano de 2017 foi o único que o
sexo masculino ultrapassou em
quantidade o sexo feminino.
A nível do Siac, foram regis-
tados no sector público adminis-
trativo um total de 691 mil 977
atendimentos com uma varia-
ção homóloga de 08 por cento.
O sector empresa r ial
públ ico e pr ivado, reg i s -
tou um total de 2.051.3 4 4
atendimentos, verificando
uma variação com o período
homólogo de 12 por cento.
No domínio de segurança
social, o sistema, registou um
total de 142 mil 199 contribuin-
tes, um milhão 638 mil 393 segu-
rados e 132 mil 176 pensionistas.
Formação Profissional
A formação profissional é um
subsistema de ensino que no
ano de 2017, para atender a
demanda, contou com 709
instituições de formação,
das quais 176 públicas e 553
privadas, sendo os centros
de formação privados os que
apresentaram maior número na
ordem dos 75 por cento do total
de centros a nível nacional.
Comparativamente com o
período homólogo registou-se
um aumento de 76 instituições
de formação.
Os centros de formação
profissional têm sido os
principais fornecedores de mão-
de-obra para as empresas de
construção civil e às unidades
industriais.
Segundo dados do anuário do
Maptss, o Sistema Nacional
de Formação Profissional
(SNFP) formou e lançou para o
mercado do trabalho 44 mil 548
formandos nas mais variadas
especialidades, sendo 26. 649
do sexo masculino e 17.899 do
sexo feminino que corresponde
a 60 e 40 por cento dos
formandos, respectivamente.
De realçar que
comparativamente ao período
homólogo verificou-se uma
diminuição no nível de
aproveitamento dos formandos
Economia & Finanças
francisco bernardo | edições novembro
na ordem de 6 por cento.
No que toca as condições de
trabalho, o documento assegura
que as acções inspectivas
incidiram sobre 5.384 empresas,
das quais se destacam o sector
do Comércio com 45,7 por
cento e dos serviços com 17,7.
A nível nacional as inspecções
tiveram uma abrangência de
161.253 trabalhadores, dos
quais 152.189 nacionais que
corresponde a 94 por cento e
9.064 estrangeiros que
corresponde a 6 por cento.
Quanto aos acidentes de
trabalho graves e fatais o
Maptss registou em 2016, 285
casos e no período em análise
170. Comparativamente ao
período homólogo registou-se
uma redução na ordem dos
42 e 32 pontos percentuais
respectivamente.
O Centro de Saúde e Segurança
no Trabalho (CSST), é a entidade
reguladora de Segurança
Higiene e Saúde no Trabalho em
Angola.
No período em análise realizou
avaliações no âmbito da saúde
e segurança no trabalho à 8.172
trabalhadores, sendo efectuados
29.624 exames médicos e em
consequência dos exames
determinado a incapacidade
laboral 86 trabalhadores.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
compra & Venda 19

Projecto de desenvolvimento rural

vai superar barreiras comerciais
Apesar de ser o Executivo a criar as bases para o arranque do projecto, a operacionalização do programa
vai ser feita por entidades privadas, ficando a intervenção do Governo reduzida à criação de infra-estruturas

O
Paulo Mulaza | edições novembro

Projecto Integrado
de Desenvolv i-
mento do Comércio
Rural (PIDCR) 2018-
2022 foi apresen-
tado segunda-feira última a
diversas entidades do Governo,
nas instalações do Ministério
do Comércio, em Luanda.
O PIDCR é um instrumento
que visa identificar e contor-
nar um conjunto de constrangi-
mentos graves no escoamento da
produção nacional e inserção da
mesma nos circuitos comerciais.
Segundo um documento do
Ministério do Comércio que o JE
teve acesso, para a conclusão do
programa foi feita uma exaus-
tiva auscultação nos municípios
de todas as regiões, e por razões
de calendário, as províncias de
Cabinda e Namibe não recebe-
ram as visitas do grupo técnico.
O Ministério do Comércio
esclarece ainda que, depois
“Gimboa” celebra
10 anos de sucesso
no offshore
Direcção da firma está
satisfeita com a produção
A Unidade Flutuante de Produ-
ção, Armazenamento e Trans-
ferência do Crude, Gimboa, ao
serviço da Sonangol pesquisa
e produção, operadora do Bloco
4/05, celebrou a 1 de Abril, dez
anos consecutivos de produção
petrolífera sem acidentes de tra-
balho com perda de tempo.
Segundo o Presidente da
Comissão Executiva da Sonan-
gol Pesquisa e Produção, Ricardo
Van-Deste, esta conquista consti-
A intenção é também implementar o projecto paulatinamente até que sejam atingidas todas as zonas agrícolas tui prova de grande desempenho
e performance digna de realce.
cedida
}

de aprovado o cronograma de
acções e da realização dos sub-
sequentes trabalhos elaborados
ao nível técnico, o documento
foi submetido à consideração
dos governos provinciais e dos
titulares dos departamentos
ministeriais que integram a
comissão multisectorial.
Dentre os vários constrangi-
mentos apontados no documento,
pesa a dificuldade no escoamento
da produção nacional, estima-se
que mais de 70 por cento do total
de vias de comunicação terrestre
encontram-se danificadas.
Os presentes concordaram
que, internamente, há condições
para se contornar a inocuidade
Importadoras informadas sobre desalfandegamento de mercadorias
Um grupo de importadoras
informais, vulgo “moambei-
ras”, composto por compradoras
e vendedoras de produtos pro-
venientes do Brasil, comercia-
lizam nos mercados de Kikolo
e Cacuaco, reuniu com os téc-
nicos dos serviços aduaneiros
para se inteirarem dos novos
métodos de desalfandegamento
de mercadorias.
Segundo apurou o JE, a reu-
nião serviu igualmente para apre-
sentar algumas reclamações por
parte das comerciantes no que
diz respeito ao processo de desal-
fandegamento das suas mercado-
rias e a sua forma de tributação.
No encontro, os técnicos aus-
cultaram os importadores e pres-
taram esclarecimentos sobre a
designação, avaliação, classifi-
cação e taxas das mercadorias
descritas na Pauta Aduaneira dos
Direitos de Importação e Expor-
tação, aprovada pelo decreto
com o projecto
pretende-se
eliminar os
impasses no
escoamento dos
produtos do
campo
Momento em que os técnicos da AGT davam os devidos esclarecimentos
Legislativo Presidencial Nº3/18,
de 9 de Maio, com rectificação
Nº17/18 de 6 de Setembro.
Como resultado da referida
audição e aclaramento, por parte
da Administração Geral Tribu-
tária (AGT), no dia 14 de Março
e a insalubridade dos produtos
e, posteriormente, aplicar-se a
obrigatoriedade de certificação,
passo que, a seu tempo, será uma
condição, em conformidade com
as exigências da Organização
Mundial do Comércio (OMC) e
outras instituições afins.
O documento elaborado aponta
que também há constrangimen-
tos do ponto de vista da visibili-
dade da produção já que havia
muita dificuldade em identifi-
car-se, com precisão, que comer-
ciantes estão interessados em
determinados produtos, quais os
produtores que têm disponibili-
dade para atender à procura, bem
como os locais de produção, algo
cedida
último, as comerciantes compa-
receram na delegação, apenas os
representantes do grupo de impor-
tadoras e o grupo técnico de tra-
balho constituído para analisar
e levar à consideração superior
todos os detalhes desse dossier.
que se vai contornar com o portal
de divulgação da produção nacio-
nal, entre outros mecanismos.
Para Joffre Van-Dúnem, o
défice e os constrangimentos
existentes até aqui vão ser solu-
cionados com o projecto, num pro-
cesso em que o Executivo conta
com o envolvimento dos gover-
nos provinciais e de ministé-
rios como o da Agricultura, dos
Transportes e da Construção, bem
como uma cadeia composta pelo
sector financeiro, empresarial
e os próprios agricultores.
Por isso, considerou urgente
dar solução ao processo de escoa-
mento dos produtos agrícolas
para incentivar os agricultores.
O grupo de trabalho com-
posto por técnicos dos diversos
sectores dos serviços aduanei-
ros e da AGT foi constituído para
analisar as preocupações das
aproximadamente 26 importa-
doras informais.
O grupo reuniu pela 1ª vez,
no dia 11 de Março do ano em
curso, na sede da 3ª região tri-
butária com a directora regio-
nal, Eurídice Cristina Alves e
com a chefe do departamento dos
serviços aduaneiros regionais.
No dia 13 o grupo já composto
por 53 importadores informais
voltou a reunir com os delega-
dos regionais, chefes de sec-
ção, de turno e líderes de vários
departamentos técnicos dos
serviços aduaneiros.
A AGT tem concent rado
os seus esforços numa apro-
ximação com cidadãos e mos-
trou, estar aberta a propostas
de todos os contribuintes.
Desempenho do pessoal foi crucial
Ricardo Van-Deste que falava
no acto de comemoração desta
grande conquista, felicitou à
equipa que contribuiu para este
facto histórico, tendo lançado
igualmente um desafio no sen-
tido de se manter esta perfor-
mance que engrandece a empresa.
Segundo a superintendente
do Bloco 4/05, Hélia Cunha, o
alcance dos 10 anos sem aciden-
tes de trabalho com perda de
tempo foi devido à obediência
às normas e procedimentos de
segurança da indústria, aliado
ao grande sentido de integridade
e de trabalho em equipa a bordo
do Gimboa. A responsável men-
cionou também a importância de
todas as outras equipas que auxi-
liam as operações petrolíferas do
bloco 4/05, tais como a Saipem
e suas subcontratadas.
Localizado no offshore na
bacia do Baixo Congo, no Zaire
com cerca de 680 m de lâmina de
água, o Bloco 4/05 conta com 3
poços produtores e 4 injectores,
sendo que a sua produção actual
está estimada em cerca de 4 mil
900 barris de petróleo/dia.
20 Empresas
Potencial mineiro desperta
interesse norte-americano
Embaixadora americana em Angola Nina Maria Fite mostrou-se interessada em
aumentar os investimentos na Huíla para reforçar a cooperação com Governo angolano
O ferro é um dos mineiros que pode ser melhor explorado
Arão Martins
na Huíla
A
embaixadora dos
Estados Unidos de
América em Angola
(EUA), Nina Maria
Fite, anunciou, terça-
-feira, no Lubango, que o seu
país vai estender as áreas de
investimentos em algumas
províncias do país.
Nina Maria Fite, que discur-
sava no encontro de cortesia com
o governador provincial da Huíla,
garantiu que existe uma coopera-
ção entre o Governo angolano e
americano nos vários domínios,
que deve ser estendido nas pro-
víncias, depois de Luanda.
Indutubo recebe distinção internacional
A Indutubo, empresa afecta a
Sonangol Investimentos e Indús-
tria, SIIND, vocacionada para a
produção de tubos e acessórios,
recebeu, no passado mês de Março
do ano em curso, em Paris, o Pré-
mio Internacional Business Ini-
ciative Directions (BID), durante
a World Quality Convention.
O prémio é um reconhecimento
pelo esforço empregue através da
filosofia do progresso contínuo e
da inovação, pela qualidade, por
suas práticas empresariais, pelo
respeito ao meio ambiente e comu-
nidade em que opera.
Com mais de seis anos de exis-
tência, a Indutubo ganhou total
aceitação no mercado nacional
tendo como pontos de referência
a instalação de tubos, feitos em
Angola, nas condutas do centro
de distribuição de Camama para
“O meu objectivo aqui é for-
talecer intercâmbios entre os
EUA e Angola. Já tivemos vários
sucessos nas ligações entre com-
panhias americanas com Luanda,
para a nova época, estamos a
estender outras estratégias de
investimentos nas províncias
de Angola”, disse.
“Olho para a visita Huíla de
descoberta de oportunidades,
possibilidades e potencialida-
des que existem na província,
para possíveis investimen-
tos pelos empresários ameri-
canos e fico satisfeita com os
resultados, que vão ser dis-
seminados às companhias
americanas”, disse.
A diplomata mostrou-se
satisfeita com o convite for-
}
desempenho
da empresa
foi fundamental
para o
reconhecimento
além fronteiras
o Kilamba, na nova Assembleia
Nacional, além de outras acções no
Zaire, Huíla, Cunene e Huambo,
apostando sempre na elevação e
rigor dos seus padrões de produ-
ção, normas e procedimentos.
Os tubos e acessórios produzi-
dos pela Indutubo são aplicados
no transporte e distribuição de
dr
}
existem
prioridades
para
o investimento
mulado pelo governo da Huíla
de convidar os empresários do
seu país, para participarem no
Fórum de Negocio da província,
a decorrer em Outubro próximo,
na cidade do Lubango.
“Recebi com muito prazer
o convite para Outubro estar
presença, com empresários e
companhias americanas no
Invest-Huíla”, disse.
Material produzido pela unidade industria na Zona Economica Espeacial
água potável, rega, ramais domi-
ciliares, saneamento básico e em
aplicações tais como o transporte
de líquidos agressivos, de produtos
sólidos, assim como na protecção
de cabos eléctricos e telefónicos.
Receber o galardão da BID
pela qualidade é receber o reco-
nhecimento de três organizações:
Ouro e ferro
O governador da Huíla, Luís Nunes,
destacou a importância dos empre-
sários americanos investirem nas
áreas de exploração do ouro, ferro
e rochas ornamentais.
“A Huíla é rica em ouro e ferro,
que continuam moribundos, daí,
queremos contar com os investi-
mentos dos EUA nestes domínios
e criar emprego”, disse.
Luís Nunes, disse também que,
o emprego cria-se com o investi-
mento privado.
“Queremos pedir ajuda à
embaixadora que façam maio-
res investimentos privados nas
áreas da agro-pecuária, explo-
ração dos recursos minerais em
abudante, como o ouro e o ferro,
que estão completamente mori-
bundas”, indicou.
O responsavel disse que exis-
tem programa prioritário para o
investimento a curto prazo, como
a formação do capital humano,
quer técnica, profissional, de nível
médio e superior, a electrificação
rural, a implementação de parques
eólicos e solares, investimento
com parcerias público privadas,
fomento da agro-indústria, investi-
mento de pequenas industriais de
transformação e processamentos
de produtos agro-pecuários, como
cereais, frutas e carnes.
A reabilitação e funciona-
mento dos perímetros irrigados,
fomento do crescimento da agro-
-indústria na cadeia do valor do
milho, fruta e carne, investiga-
ção científica aplicada a agro-
-pecuária e o desenvolvimento
dos pólos industriais dos munici-
pios do Lubango, Matala e Jamba,
são investimento a médio prazo.
dr
Da BID Group One, organização
dedicada à formação da Cultura
de Qualidade; da Business Ini-
tiative Directions (BID), empresa
líder na organização de eventos e
convenções internacionais; e da
ImarPress, agência de comunica-
ção patrocinadora principal dos
prémios BID à Qualidade.
Economia & Finanças
vigas da purificação | edição novembro
Vista parcial de Windhoek
Namíbia quer
reforçar
cooperação
económica
O embaixador da Namíbia
em Angola, Patrick Nandago,
defendeu no Lubango (Huíla),
o reforço da cooperação entre
os dois países nos sectores
do comércio e investimentos,
agricultura, turismo, mine-
rais, energia, água e outros
para o desenvolvimento dos
dois países.
O embaixador fez este pro-
nunciamento durante o encon-
tro de cortesia mantido com a
vice-governadora para o sector
Político, Económico e Social,
Maria João Chipalavela, no
âmbito de uma visita de cinco
dias à província da Huíla.
Na ocasião, disse que a sua
vinda à província tem como
objectivo reafirmar, mais uma
vez, as relações de cooperação e
de irmandade existentes entre
os dois países, a fim de indicar
caminhos e oportunidades para
que possam estabelecer acordos
e cooperação e continuarem a
trabalhar, reconhecendo que
são quesitos já muito fortes.
Acrescentou que Angola e
Namíbia conseguiram a paz e
a estabilidade, mas precisam
de identificar novos caminhos
e oportunidades para que pos-
sam cooperar e continuar a tra-
balhar, pois apesar dos laços
culturais serem fortes, há ainda
muito por se fazer em seus acor-
dos bilaterais, principalmente
nos sectores do Comércio e
Investimentos, Agricultura,
Turismo, Minerais, Energia,
Água e outros.
Há uma grande necessidade
de intensificar-se a cooperação
comercial entre os dois países,
pois não se deve simplesmente
pensar em importar e exportar,
mas também cativar investi-
mentos em vários domínios
para beneficiar a população,
reforçando o sector comercial
tanto público como privado para
dirimir a pobreza.
Durante a sua estadia, o
embaixador visitou empreen-
dimentos socioeconómicos nos
municípios do Lubango, Hum-
pata e Jamba, no quadro do
reforço da cooperação entre os
dois países, com realce o com-
plexo industrial Nossa Terra, e
a Indústria de Cerâmica.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
Publicidade 21

(600.013a)
22
indústria
MALANJE
A unidade industrial localizada na província de Malanje vai ser uma mais-valia para o mercado nacional
Madeira abre portas
a 130 trabalhadores
A unidade industrial denominada “Abwik” foi inaugurada
numa cerimómia em que fizeram parte os ministros da Agricultura
e Florestas, da Indústria para além do governador da província
Francisco Curihingana
em Malanje
A
prov íncia de
Malanje conta
com uma uni-
dade fabril que
vai transfor-
mar os produ-
tos florestais
e outros derivados em maciço,
tábuas, barrotes, ripas, portas,
carteiras e camas.
Com um investimento ava-
liado em quatro mil milhões de
kwanzas, o empreendimento
pertencente a empresa “Abwik”,
garantiu 130 postos de trabalho
directos, dos quais um expa-
triado de nacionalidade portu-
guesa e 310 indirectos.
O director-geral da
Abwik , Gilberto Gil, preci-
sou que a produção não se
vai restringir apenas para
a província de Malanje, mas
também para a exportação.
“Não iremos fazer como
a ntiga mente em que mui-
tas empresas exportavam
em touros. Nós faremos com
outras valências, transfor-
mando em tábua, ripas, portas
e carteiras”, precisou.
Destacou que a área comer-
cial já está a trabalhar neste
sentido, sendo que nos próxi-
mos dias “vamos começar a aten-
der as primeiras encomendas”.
A fábrica tem capacidade
de corte em torno de 50 metros
cúbicos (m3 ) dia.
A matéria-prima para garan-
tir a funcionalidade da fábrica
vai sair das florestas naturais
locais e da vizinha província do
Uíge, com 10 mil hectares cada.
Uma das prioridades estabe-
lecida pela Abwik é a plantação,
e de acordo com o director, den-
tro de sete anos, o produto sairá
dos supermercados, às florestas
plantadas e reduzir a pressão
sobre as florestas naturais nas
províncias de Malanje e Uíge.
“Nos próximos sete ou oito
anos, vamos poder explorar nas
florestas plantadas”, reafirmou.
Indústria transformadora
Por sua vez, o administrador
da empresa, Carlos Cunha,
assi nalou que a aber t u ra
do projecto, representa a
materialização de um sonho
de instalar a indústria de
transformação de madeira
nesta parcela do país.
Reafirmou a vontade de a
empresa trabalhar na trans-
formação da madeira “autóc-
4 mil
milhões de kwanzas
Valor aplicado pela empresa
“Abwik” para a instalação da
unidade fabril na província de
Malanje.
50
metros cúbicos
É a capacidade de corte que
a fábrica tem, pode vir a
atingir o dobro segundo os
responsáveis.
tone” ou natural, trabalhando
no reflorestamento, na planta-
ção das espécies, bem como a
sua análise e estudo e estabe-
lecer parcerias mas, preferen-
cialmente com o Brasil, como
fez questão de sublinhar.
Mostrou-se convicto dos
resultados a alcançar a médio
prazo pois como afi r mou,
“nós temos consciência do
Francisco Curihingana | edições novembro | malanje
}
que representa este investi-
mento, do que é necessário
fazer para que o “play back”
do seu custo se realize no
mais curto espaço de tempo”.
“Temos certeza de que com
a equipa que vamos trabalhar
e com quem estamos a traba-
lhar, seremos capazes de rea-
lizar este desiderato. Vamos
conseguir pagar a quem deve-
mos e vamos realizar as nos-
sas actividades sem muitos
créditos, vamos elevar os nos-
sos activos”, realçou.
A Abwik não só produzirá
os bens materiais, vai dedi-
car parte do seu compromisso
na formação dos jovens, razão
pela qual, pensou no apetre-
chamento de áreas específi-
cas para tal objectivo.
“ Va mos fa zer com que
essa unidade seja de facto
uma escola. Malanje tem uma
zona planáltica invejável, mas
não a nível do nosso país,
invejável a nível do mundo,
vamos tirar proveito disso.
Malanje precisa e merece
e nós estamos aqui a dar este
sinal fazendo com que esta obra
seja a pioneira de muitas que
irão concerteza nascer aqui”,
reafirmou.
Reduzir o desemprego
O governador provincial de
Malanje, Norberto dos Santos
“Kwata Kanawa” destacou o
força e determinação da direc-
ção da Abwik que não poupou
esforços em erguer naquela
que foi concebida como Zona
de Desenvolvimento Indus-
trial uma unidade fabril que
vem ajudar num dos maiores
problemas de reduzir o desem-
prego no seio da juventude e
proporcionar o bem-estar nas
famílias.
“Estamos a mostrar tam-
bém que é possível fazermos
boas coisas aqui em Malanje
e é uma grande resposta para
aqueles que só falam”, disse.
Economia & Finanças
Governo
incentiva
criação
de mais
indústrias
O ministro da Agricultura e
Florestas, Marcos Nhunga,
sublinhou que a iniciativa da
empresa “Abwik” é louvável ,
tendo em conta a dimensão do
empreendimento inaugurado.
“Podemos trabalhar na
cadeia do valor da madeira e
onde tanto os empresários como
o próprio país, podem tirar um
proveito muito melhor ao invés
de estarmos a seguir o caminho
de exportarmos em touro. Está
aqui um exemplo daquilo que
os empresários angolanos têm
que fazer”, sublinhou.
O ministro lançou um desa-
fio aos homens de negócio
no sentido de continuarem a
empreender naquelas provín-
cias onde se explora a madeira
pois como realçou, “desta feita,
o país só sai a ganhar”, concluiu.
Desafio
Por sua vez, a ministra da Indús-
tria, Bernarda Martins, presente
na cerimónia oficial da inaugu-
ração do empreendimento, felici-
tou o grupo pela coragem e aposta
que teve em abraçar o desafio.
A criação de emprego para a
juventude, a formação do homem
e a tecnologia refinada instalada
na fábrica, são outros motivos
que deixam satisfeita a gover-
nante, quanto ao desafio abra-
çado pelo grupo empresarial,
pioneiro no terreno reservado
para o Pólo de Desenvolvimento
Industrial de Malanje.
Bernarda Martins revelou
que o “Estado não teve condi-
ções ainda de trazer aquilo
que é necessário”.
“Temos o terreno mas não
temos ainda as infra-estruturas.
Esse grupo se empenhou e com
isso, nós consideramos que essa
empresa vai ser uma espécie de
alavanca, uma âncora para o sur-
gimento de outras quantas indús-
trias vierem a seguir”, disse.
A ministra não descarta a
possibilidade de se estabelecer
uma parceria público-privada
para a exploração do pólo com o
grupo empresarial na perspec-
tiva de relançar o desenvolvi-
mento industrial da província
de Malanje. FC
Francisco Curihingana | edições novembro
“Abwik” transforma madeira
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
Recuperação
O Governo está a trabalhar para que os caminhos-de-ferro estejam ao serviço do crescimento da economia do país
Novos ramais ferroviários
vão ligar centros industriais
Ministério dos Transportes prevê construir infra-estruturas
que poderão ajudar a desenvolver o tecido produtivo nacional
N
ovos ramais para
permitir as ligações
com as grandes áreas
industriais e zonas
de produção agrícola
do país poderão ser construídos
pelo Ministério dos Transportes,
através do sub-sector ferroviário.
Segundo a Angop, ao falar na
passada quarta-feira, em Luanda,
na abertura do I Conselho Técnico
do sector ferroviário, o ministro
dos Transportes, Ricardo Viegas
d’Abreu, referiu que tal processo
vai facilitar o transporte de mer-
cadoria e matéria-prima para as
indústrias e outras zonas de pro-
dução nacional.
Disse que o Ministério está
a trabalhar para a recuperação
dos investimentos feitos na rea-
bilitação e modernização das três
linhas existentes, nomeadamente
de Luanda, Benguela e Moçâme-
des, de modo a contribuir no cres-
cimento da economia.
Gestão das redes
No quadro dos desafios da des-
concentração e descentralização
administrativa, o sub-sector prevê
outras oportunidades, como a
gestão das redes provinciais e
municipais os sistemas ferro-
viários ligeiros.
A gestão das referidas redes
será feita por empresas provin-
ciais, para o transporte ferro-
viário urbano.
Maximizar a utilização das
estações, na prestação de serviços,
principalmente, às populações
rurais, a melhoria dos serviços
de carga e descarga de mercado-
rias nas estações das zonas do
interior, são outros desafios que
se colocam a este sector.
Para que os Caminhos-de-ferro
de Angola estejam ao serviço da
Edições Novembro
Ricardo Viegas d’Abreu
Ministro dos Transportes
}
o Ministério
está a trabalhar
para a
recuperação dos
investimentos
feitos na
reabilitação e
modernização
das três linhas
existentes
economia e da população, o minis-
tro augura que o seu órgão regu-
lador seja mais forte, competente
e eficaz na sua actuação.
“Iremos reforçar o papel do
órgão regulador nas suas dife-
rentes dimensões, mas também
assegurar que se constitua um
órgão que assegure com total
transparência e rigor a investi-
gação de incidentes e acidentes
ferroviários”, apontou.
Edições Novembro
1.344
quilómetros
É a extensão do Caminho-de-
Ferro de Benguela (CFB) que
liga o litoral até a província do
Moxico, Leste do país.
904
quilómetros
Corresponde o percurso do
Caminho-de-Ferro de Moçâmedes
(CFM) que sai do Namibe até a
província do Cuando Cubango.
460
quilómetros
Extensão que tem o Caminho-
de-Ferro de Luanda (CFL) que
liga a capital do país até a
província de Malanje.
Ricardo Viegas d’Abreu aven-
tou a possibilidade da constitui-
ção de uma entidade pública ou
público-privada, que será respon-
sável pela rede nacional de infra-
-estruturas ferroviárias.
Esta entidade vai permitir a
distinção dos papéis de utilizador
ou operador da rede ferroviária
e o de responsável pela manu-
tenção, ampliação e extensão
da infra-estrutura ferroviária.
TRansportes
21 locomotivas
chegam em 2020
}
As últimas vinte e uma locomo-
tivas em falta, de um total de
100, encomendadas por Angola
à multinacional General Electric
(GE) chegam em 2020, informou,
recentemente, o director-geral
do Instituto Nacional dos Cami-
nhos de Ferro de Angola (INCFA),
Ottoniel Manuel.
Ao apresentar o diagnóstico do
sub-sector dos transportes ferro-
viários (1973/1990 e 2002/2017),
referiu que as 79 locomotivas já
foram recebidas e distribuídas aos
caminhos-de-ferro de Luanda, de
Moçâmedes de Benguela.
As locomotivas dispõem de
um duplo sistema de funcio-
namento, diesel e eléctrico e
foram financiadas pela Agên-
cia Pública de Apoio a Exporta-
ção do Canadá (EDC), num valor
global de 430 milhões de dóla-
res norte-americanos.
A encomenda feita pelo Insti-
tuto Nacional dos Caminhos-de
-Ferro de Angola (INCFA).
Os comboios estão a servir os
serviços do Caminho-de-Ferro de
Benguela, com 1.344 quilóme-
tros (Lobito/Luau), de 904 km
de Moçâmedes e de Luanda, com
460 quilómetros até Malanje.
Os serviços dos Caminhos-
-de-Ferro de Angola retomaram
em 2002, período marcado com
a recuperação e reabilitação das
linhas férreas e estações.
O processo iniciou com a rea-
bilitação de infra-estruturas, pas-
sando também pela substituição
das travessas, aumento da capa-
cidade das toneladas por eixo, de
20 para 22 , além da reabilita-
ção de 121 estações de primeira
e segunda classes.
Aposta do sector
No âmbito da aposta feita no capi-
tal humano, neste período foram
construídos três centros de for-
mação nas províncias do Huambo,
Luanda e Huíla.
As locomotivas dispõem de um duplo sistema de funcionamento diesel e eléctrico
23
Entre 1973/ 1990,
o CFM chegou
a transportar
seis milhões de
toneladas, o CFB
três milhões e
o CFL 10 milhões
de mercadorias
“Em muitos casos, os aciden-
tes e incidentes que são regista-
dos ao longo da via são causados
pela ausência ou insuficiência
de equipamentos de comuni-
cação”, admitiu o responsável.
Entre 1973/1990, o sector
foi marcado com transporte
de milhões de toneladas de
carga, um ciclo económico de
extracção das riquezas minei-
ras, matéria-prima e commodi-
ties do país para o envio para
às ex-potências coloniais e seus
parceiros económicos,
De acordo com o responsável,
o CFM chegou a transportar seis
milhões de toneladas, o CFB três
milhões e o CFL 10 milhões de
mercadorias.
Naquele período eram con-
troladas 64 locomotivas em
Luanda, 123 em Benguela e 81
em Moçâmedes.
As linhas férreas de Angola
estão ligadas em rede, sendo o
Caminho-de-Ferro de Luanda
com 469 quilómetros (Luanda,
Cuanza Norte, Malanje), o de
Benguela, o maior com mil 344
quilómetros (Benguela, Huambo,
Bié, Moxico) e Moçâmedes com
mais de 904, ligando o Porto do
Namibe à cidade de Menongue
(Cuando Cubango).
Edições Novembro
24 INFRA-ESTRUTURA
reabilitação de estradas no huambo
O amplo programa de construção e reabilitação das estradas há muito a reclamar por melhor momento é fundamental para os resultados económicos
Troço Cachiungo/Tchinhama
pronto para receber viaturas
Estácio Camassete
no Huambo
O
troço rodoviá-
rio que liga a
sede municipal
do Cachiungo à
comuna da Tchi-
nhama, numa
extensão de 78
quilómetros, na província do
Huambo, foi aberto pelo minis-
tro da Construção e Obras
Públicas, Manuel Tavares de
Almeida, na passada terça-feira.
No acto do corte da fita, o gover-
nante garantiu que esta estraté-
gia de ligar as diferentes regiões
do país não vai parar apenas a
comuna da Tchinhama, realçando
que “vamos chegar até ao muni-
cípio do Kuvango, província da
Huíla”, como forma de ter a liga-
ção destas províncias do Sul com
o Cuando Cubango e Cunene.
A estrada, cujas obras tiveram
a duração de 14 meses, a cargo da
65 km da EN 354 ficam concluídos em Novembro
A Estrada Nacional 354, que liga
as comunas do Cuima, Catata,
município da Caála, província do
Huambo, e a comuna do Cusse,
município da Caconda, provín-
cia da Huíla, num total de 65 qui-
lómetros (km), será concluída
no mês de Novembro, estando,
neste momento, a ser asfaltada.
O facto foi revelado pelo
ministro da Construção e Obras
Públicas, Manuel Tavares de
Almeida, durante uma visita,
em companhia da governadora
do Huambo, Joana Lina Cândido,
para se inteirar do andamento
dos trabalhos do troço, que, nos
últimos tempos, apresentava um
estado avançado de degradação.
A reabilitação desta estrada,
EDIÇÕES NOVEMBRO
Ministro da Construção e Obras Públicas
}
a nossa missão
é construir,
reconstruir
e desenvolver
todo o país
20
quilómetros
É a extensão que falta para
a colocação de asfalto até a
comuna do Cusse (Caconda), no
troço Huambo/Huíla.
sublinhou, está a seguir um ritmo
normal, em virtude de que as qua-
tro pontes, consideradas obstácu-
los, já foram construídas, faltando
apenas 20 quilómetros até à fron-
teira com a comuna do Cusse.
O governante considerou que
as obras estão a ser executadas
construtora chinesa CR20, tem
uma largura total de 9 metros,
sendo 3 metros e meio para cada
sentido da faixa de rodagem e uma
berma de um metro para cada lado.
“Estamos a trabalhar para
melhorar a ligação do Lubango,
Matala e Kuvango, região agrí-
cola, potencialmente, em minérios,
concretamente à região da Jamba
e Cassinga, bem como a criar con-
dições de emprego aos jovens e
aumentar as trocas comerciais”,
destacou o ministro.
No âmbito da estratégia do
desenvolvimento da região,
disse, houve a preocupação
da conclusão do troço que vai
beneficiar e permitir a deslo-
cação, mais rápida e segura
e contribuir para o crescimento.
“A nossa missão é construir,
reconstruir e desenvolver o país.
Este esforço será feito em todo país,
de forma a criar todas as condi-
ções para a satisfação das neces-
sidades das populações”, apontou.
O ministro da Construção e
com rigor, porque, diz, nesta
via vai passará carga pesada e
a estrutura de pavimento está
com conformidade.
Trocas comerciais
A governadora da província,
Joana Lina Cândido, considera
importante a conclusão desta
estrada para as trocas comer-
ciais das regiões vizinhas, o que
vai facilitar a vida da população.
Reconheceu existir escassez
de recursos, mas “podemos encon-
trar prioridades das acções que têm
de se realizar”, para, “dar a devida
resposta no desenvolver da provín-
cia e corresponder às expectativas
das populações”, disse.
O automobilista João Manuel,
edições novembro
} }
Obras Públicas apela ao jovens
a participarem na empreitada
de reconstrução nacional, empe-
nhando-se nas obras onde são
escalados, para adquirirem o
conhecimento profissional, a
fim de no futuro assumirem as
tarefas de construção de outros
projectos a serem delineados.
Enfatizou a apostarem nas
técnicas de construção civil e
na formação académica, porque
“não basta o diploma”.
Desenvolvimento da região
O administrador da comuna da Chi-
nhama, Silva Kunjuca Tchipa, disse
que, antigamente, havia muita difi-
culdade em transitar na estrada da
Tchinhama, pelo que a viagem nos
78 quilómetros durava cerca de 5
horas, mas agora, com a inaugu-
ração do troço, faz-se uma hora.
A comuna da Chinhama, mani-
festa o administrador, conhecer
um crescimento exponencial,
uma vez que os camponeses mos-
tram-se motivados em produzir
que frequenta a via degradada,
afirmou ser um sacrifício transitar
nesta percurso, por causar enormes
danos nas viaturas, com a quebra
dos amortecedores, rebentamento
dos pneus, o que reduzir o tempo
útil de muitos meios rolantes. Em
algumas ocasiões, para contor-
nar a degradação da estrada, usa
a via Cuima, Catata e Cusse, por
ser mais próximo da Huíla.
“A reabilitação desta via
rodoviária vai ajudar as trocas
comerciais dos habitantes das
regiões do Huambo e Huíla, bem
como as províncias vizinhas do
Bié e Cuando Cubango, o que
também ajudar a vida das pes-
soas quando quiserem viajar
para a Huíla”, disse. EC
Economia & Finanças
78
quilómetros
Extensão de estrada que foi
inaugurada no troço rodoviário
que liga a sede municipal
do Cachiungo à comuna da
Tchinhama, no Huambo.
1.000
kwanzas
É o custo actual de
transportação entre a vila da
Tchinhama até o Kuvango,
depois da reabilitação da
estrada Cachiungo/Tchinhama.
mais, pela facilidade que terão
de escoamento dos produtos.
A inauguração do troço irá
também motivar os empresários
fluir à comuna, que é forte na pro-
dução de milho, feijão, batata-
-doce e rena, mandioca e outros.
Benefícios
O soba grande da Ombala Soma
Ndumbo, António Quelino, afir-
mou que a estrada asfaltada vai
permitir que a ligação entre
a vila da Tchinhama à loca-
lidade do Kuvango seja feita
em poucas horas, o que aju-
dará os habitantes da região
a pouparem recursos finan-
ceiros com o serviço de táxi,
tendo a transportação passado
de 2.500 kwanzas para 1.000.
Os camponeses, avançou,
têm a oportunidade de investir
fortemente na actividade agrí-
cola, sublinhando que já não
há motivo de desculpas devido
à estrada, com receio da deterio-
ração dos produtos no campo.
edições novembro
Vista parcial da cidade da Caála
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
precisa-se de maior divulgação na prevenção contra as catástrofes naturais
Regina Handa
N
em todos os desas-
tres naturais podem
ser evitados, mas os
impactos são mini-
mizados com pla-
neamento adequado e sistemas
de notificação. Apenas através
da gestão da terra e dos recursos
hídricos podem existir menos cus-
tos com relação aos danos mate-
riais e perda de vidas humanas.
A evolução do homem tam-
bém tem relação directa com
a evolução dos desastres natu-
rais. Cidades tomaram conta
da terra húmida de florestas
e as inundações se tornaram
rotina em grandes cidades.
Depois do que aconteceu em
Moçambique e as informações vei-
cularem nas redes sociais, sobre
o possível ciclone observado no
Norte da vizinha República da
Namíbia, que pode eventualmente
atingir a província do Cunene.
O INAMET esclarece que está
a monitorar o fenómeno, e tran-
quilizar a população no sentido de
se manter calma e serena, visto
que a probabilidade de haver
qualquer evento em Angola é por
enquanto reduzida, o Jornal de
Economia e Finanças saiu à rua
para ouvir dos citadinos o que
se deve fazer para a prevenção
contra as catástrofes naturais.
Segundo o comerciante
Manuel António, os desastres
naturais são conhecidos por cau-
sarem deslizamentos de terra,
destruindo casas e devastando
países inteiros. Embora sejam ine-
vitáveis, danos causados podem
ser reduzidos por meio de pla-
nos de preparação para desas-
tres, maior divulgação nos meios
de comunicação e não só.
O estudante Willian dos
Santos é de opinião que a redu-
ção em superfícies impenetrá-
veis é outra medida que pode
prevenir os desastres natu-
rais. Superfícies impenetráveis
incluem estradas, estaciona-
mentos e calçadas encontradas
em áreas desenvolvidas.
A redução da quantidade de
superfície através do planea-
mento da cidade e local e enchen-
tes podem ser evitadas ou pelo
menos diminuir os impactos.
Outro ponto importante está
no aumento da construção
de áreas verdes urbanas.
Depois do ciclone passar por
Moçambique, Malawi e Zâmbia
é hora de o INAMET, organiza-
Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola (INAMET) tranquiliza angolanos sobre os ciclones
voz do cidadão 25
fotos de rh
Manuel António Willian dos Santos
Comerciante Estudante
as catástrofes embora sejam a redução em superfícies
inevitáveis os danos causados impenetráveis é outra medida
podem ser reduzidos, por meio que pode prevenir os desastres
de planos de preparação para naturais. elas incluem
desastres, e maior divulgação estradas, estacionamentos
nos meios de comunicação e calçadas encontradas em
áreas desenvolvidas
Domingos Augusto Adão Manuel
Desempregado Relações Públicas
monitorar o clima pode ajudar o Estado deve tirar e evitar
a evitar perdas humanas por que as populações vivam e
meio de notificação de padrões construam em zonas de risco
climáticos severos, avisos para evitar perdas humanas,
de tempestades permitem a não podemos esperar
preparação adequada mesmo acontecer tragédias para
para evacuação da população depois nos preocuparmos
Benvindo Macana
Ferreira da Cruz
Estudante Contabilista
com o avançar das tecnologias
no nosso país, felizmente, nunca
o aquecimento global tem
aconteceram grandes catástrofes
vindo a aumentar. logo,
como terramotos e ciclones. Mas
devemos proteger o meio
cada vez que uma chuva forte cai nas
ambiente, evitar o corte de
cidades, ou uma seca afecta qualquer
região, a economia do país sofre um árvores, a queima de florestas
golpe e as perdas se acumulam para que grandes catástrofes
não assolem o nosso planeta
ções não governamentais, órgãos risco, para evitar perdas huma-
de comunicação começarem a nas, não podemos esperar acon- publicidade
divulgar mais sobre o assunto, tecer tragédias para depois nos
porque muitos desconhecem. preocuparmos”, afirmou.
Domingos Augusto é de opi- Benvindo Macana, também
nião que, monitorar o clima pode estudante, disse que no nosso
ajudar a evitar perdas huma- país, felizmente, nunca acontece-
nas por meio de notificação ram grandes catástrofes como ter-
de padrões climáticos severos. ramotos e ciclones, mas cada vez
“O poder público deve ter equi- que uma chuva forte cai nas cida-
pas especializadas em realizar as des, ou uma seca afecta qualquer
identificações no sentido de dimi- região, a economia do país sofre
nuir os custos gerados por desas- um golpe e as perdas acumulam-
tres naturais”, defende. -se nas infra-estruturas, na agri-
O funcionário de relações cultura, nos serviços públicos e
públicas Adão Manuel, é de opi- privados e na indústria.
nião que para além do INAMET, O contabilista Ferreira da
os meios de comunicação devem Cruz entende que com o avançar
falar mais sobre o assunto, das tecnologias e o aquecimento
principalmente nos noticiários global têm vindo a aumentar.
em línguas nacionais. Logo, devemos proteger o meio
“Visto que as catástrofes são ambiente, evitar o corte de árvo-
mesmo naturais, o Estado deve res, a queima de florestas para que
tirar e evitar que as populações grandes catástrofes não assolem
vivam e construam em zonas de o nosso planeta constantemente.
edições novembro
26
África
BAD lança 17 programas
agrícolas a favor das PME
FADA vai financiar vários projectos agrários no Ghana, Nigeira, Tanzânia, Burkina Faso, Malawi, Moçambique, Etiópia e Senegal
O
Banco Africano
de Desenvolvi-
mento (BAD) lan-
çou na passada
quarta-feira, em
Accra, no Ghana,
17 novos progra-
mas de subvenção de projectos
agrícolas a favor das Peque-
nas e Médias Empresas (PME),
financiados pelo Fundo para a
Aceleração do Desenvolvimento
Agrícola (FADA), soube a PANA
junto da instituição financeira.
As PME beneficiárias estão
implantadas no Ghana com qua-
tro projecto, na Tanzânia (qua-
tro), no Burkina Faso (dois), no
Malawi (dois), em Moçambique
(dois), na Etiópia (um), na Nigé-
ria (um) e no Senegal (um).
Estes projectos identifica-
dos vão das estradas de ligação
rural à irrigação, passando pelas
unidades de transformação e de
comercialização, bem como pelos
dispositivos de subcontratação,
O Instituto Nacional de Estatística divulgou os dados referentes ao primeiro mês
08
países
Número de Estados africanos que
vão beneficiar dos projectos de
subvenção agrícolas a favor das
Pequenas e Médias Empresas.
38,7
biliões de dólares
É o valor re s sul t an te do s
compromissos durante o primeiro
Fórum para o Investimento em
África (AIF) do ano passado.
precisa o BAD.
O Fundo suporta os cus-
tos de desenvolvimento duma
larga variedade de infra-estru-
edições novembro
turas agrícolas que cobrem toda
a cadeia de valor, da produção
à venda.
Ele baseia-se em projectos que
contribuem para a segurança ali-
mentar, a melhoria das receitas
e dos meios de subsistência dos
pequenos exploradores e a cria-
ção de empregos.
O FADA é administrado pelo
Departamento da Agricultura e
da agro-indústria do BAD, subli-
nha o comunicado da instituição
financeira africana.
Ele vem apoiar o desenvol-
vimento duma sólida reserva
de projectos de infra-estrutu-
ras agrícolas “financiáveis” e
acompanha as PME africanas
do sector agro-alimentar nas
suas actividades de preparação
de projectos, a fim de facilitar o
seu lançamento, disse a institui-
ção financeira.
Angola acolheu Fórum
Uma sessão de promoção da
Índice de emprego situou-se nos 121%
em Janeiro de 2019 em Moçambique
O índice geral de emprego em
Moçambique registou uma
desaceleração em um por cento
em Janeiro de 2019, compa-
rativamente ao mês anterior,
indica o Instituto Nacional
de Estatística (INE).
O INE refere que o índice
situou-se nos 121 por cento no
mês do Janeiro, menos 1 por
cento que no último mês de 2018
(Dezembro), a maior desacele-
ração em seis meses.
Esta variação negativa no
índice geral de emprego, deveu-
-se a má performance nos sec-
tores do turismo, comércio,
transportes, indústria e outros
serviços em 1,8, 1,1, 0,8, 0,1 e
0,7 por cento, respectivamente.
No geral, os resultados dos
}
Estes projectos
identificados vão
das estradas de
ligação rural à
irrigação, passando
pelas unidades de
transformação e
comercialização
segunda edição do Fórum para
o Investimento em África (AIF)
realizou-se ontem (quinta-feira),
em Luanda (Angola), sob a égide
do Banco Africano de Desenvolvi-
mento (BAD), anunciou um comu-
nicado da referida instituição
transmitido à PANA.
O encontro preparatório do
AIF, previsto para 6 a 8 de Novem-
bro próximo em Joanesburgo, na
África do Sul, teve como objec-
tivo despertar um interesse nos
investidores potenciais que nela
participarem, a fim de financia-
rem projectos de desenvolvimento
em África.
Os compromissos de investi-
mento, registados durante o pri-
meiro AIF em 2018, atingiram 38
biliões e 700 milhões de dólares
americanos, acrescidos da assi-
natura dum acordo para a aqui-
sição do comboio Accra Sky, no
Ghana, dum montante de dois
biliões e 600 milhões de dóla-
res americanos.
Ín dices das Actividades Eco-
nómicas do mês de Janeiro de
2019, quando comparados com
os do mês anterior, apontam,
igualmente, para o decresci-
mento do índice geral de volume
de negócios e do índice geral
de remunerações em 12,8 e 3,4
por cento, respectivamente.
O Governo e empregadores
representados pela Confedera-
ção das Associações Económicas
(CTA) estão em rota de colisão.
A discussão em torno da
revisão da Lei de Trabalho, a
Lei 23/ 2007/ de 1 de Agosto já
há muito que levantava acesos
debates, em determinados cír-
culos de opinião, mas com des-
taque para os empregadores,
sindicatos e o Governo.
Economia & Finanças
Petrolíferas
africanas têm
de “acordar”
O ministro das Minas e
Hidrocarbonetos da Guiné
Equatorial, Gabriel Mbanga
Obiang Lima, exortou,
recentemente, às companhias
petrolíferas africanas a
acordarem e reclamarem
soberania sobre os seus
recursos naturais.
“As companhias petrolíferas
nacionais africanas precisam
de acordar, estão em
coma”, disse Gabriel Obiang
Lima, tendo acrescentado
que “a Associação Africana de
Produtores de Petróleo precisa
de ter dentes, nós dependemos
do petróleo”.
Proactividade
O discurso de Gabriel
Obiang Lima foi proferido na
conferência da Associação
Africana de Países Produtores
de Petróleo, realizado,
recentemente, em Malabo,
capital da Guiné Equatorial.
O encontro ficou marcado
pela defesa de mais acção
por parte das petrolíferas
africanas, exigindo que sejam
mais proactivas relativamente à
exploração, desenvolvimento e
utilização dos recursos naturais.
“Precisamos de garantir que
defendemos o nosso produto.
O petróleo e gás têm sido
muito bons para a Guiné
Equatorial, temos desenvolvido
o país graças ao petróleo, não
foi o cacau, nem foi a ajuda
internacional”, salientou o
ministro
das Minas e Hidrocarbonetos.
“É muito importante que os
países africanos que tenham
recursos acordem. Nós somos
o único continente que está
a fazer descobertas a seguir a
descobertas, mês após mês, no
Senegal, Moçambique, Gabão,
Nigéria, Guiné Equatorial. Os
maiores recursos do mundo
estão em África”, concluiu o
governante.
Actividade económica
No geral, os resultados dos Índi-
ces das Actividades Económicas
do mês de Janeiro de 2019, quando
comparados com os do mês ante-
rior, apontam, igualmente, para
o decrescimento do índice geral
de volume de negócios e do índice
geral de remunerações em 12,8 e
3,4 por cento, respectivamente.
A desaceleração do índice geral
do índice de volume de negócios,
foi devido a variação negativa
verificada nos sectores de Trans-
porte, Comércio, Turismo, Indús-
tria e outros serviços em 18,9
17,7, 14,8, 2,0 e 19,5 por cento res-
pectivamente, indica o Instituto
Nacional de Estatística (INE), na
sua síntese sobre os indicadores
macroeconómicos.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
FMI estima que economia
mundial vai crescer 3,3%
Organismo reviu para baixo sua previsão de crescimento em 2019
particularmente EUA, zona do euro, Japão, Reino Unido e Canadá
Um Brexit abrupto e sem acordo poderá ter um impacto ainda mais duro no mundo
A
economia global está
no que a economista-
-chefe do Fundo Mone-
tário Internacional
(FMI), Gita Gopinath,
chama de “momento delicado”.
A responsável d i z que,
embora não anteveja
u ma recessão global , “ há
muitos riscos” no horizonte.
O FMI acaba de lançar a mais
recente edição do relatório World
Economic Outlook, que estima que
a economia mundial vai crescer 3,3
por cento neste ano e 3,6 em 2020.
Trata-se de um crescimento
mais lento do que o do ano pas-
sado - e, no que diz respeito a
2019, uma redução de 0,2 pontos
percentuais em relação à previ-
EUA ameaça UE
com novas tarifas
A administração norte-
americana quer penalizar a
Europa devido aos apoios
comunitários à Airbus, que
considera penalizarem os
Estados Unidos.
São perto de 10 mil milhões de
euros de produtos europeus
exportados para os Estados
Unidos da América que podem vir
a ser fortemente taxados, indica
um comunicado do gabinete do
Comércio norte-americano, citado
pela Bloomberg.
A medida surge em resposta às
ajudas que a Airbus, concorrente
da Boeing, recebe do bloco
comunitário e que, explica a
administração de Donald Trump,
“repetidamente têm provocado
consequências negativas para os
Estados Unidos”.
O documento explica que o
governo norte-americano irá
imediatamente accionar o
artigo da secção 301 da Lei do
Comércio de 1974 de forma
a “identificar os produtos
europeus que podem sofrer
impostos adicionais até a
União Europeia remover
dr
são inicial do próprio FMI.
O organismo reviu para baixo
sua previsão de crescimento em
2019 para todas as economias
desenvolvidas do mundo - parti-
cularmente EUA, Zona do Euro,
Japão, Reino Unido e Canadá.
Os motivos, diz o relatório,
são “uma confluência de fac-
tores afectando as principais
economias”, entre eles a desa-
celeração da China (que, ao
reduzir as suas importações,
feria o crescimento do resto
do mundo), o aumento das ten-
sões comerciais com os EUA e
desastres naturais que afec-
taram o desempenho do Japão.
Também puxam as expecta-
tivas para baixo as perspectivas
dr
Apoio à Airbus penaliza EUA
os apoios” à Airbus. Na
lista, encontram-se vários
bens como queijo, vinhos,
helicópteros e motas.
Ajudas ilegais
Em Maio do ano passado,
a Organização Mundial de
Comércio (OMC) declarou
ilegais as ajudas que a Airbus
recebeu da União Europeia
para as aeronaves A380 e
A350, considerando que esses
apoios provocaram danos
nas vendas dos modelos
concorrentes da Boeing.
de crescimento menor na Amé-
rica Latina, no Oriente Médio e
no Norte da África.
Recuperação “precária”
As previsões globais reflectem
uma desaceleração que vem
desde o final de 2018, estimu-
lada por factores como a disputa
comercial entre Washington e
Pequim, algo que o FMI prevê
durar até o final deste semestre.
A economista afirma que muito
dependerá do desempenho de eco-
nomias em desenvolvimento sob
stress, como a Turquia e a Argen-
tina - esta última enfrenta uma
combinação de inflação, alta do
dólar e recessão económica, e
recorreu a um empréstimo bilio-
nário do próprio FMI.
Gopinath também prevê uma
recuperação parcial da zona do
euro. Já a economia dos EUA deve
continuar a perder força, crescendo
menos de 2 por cento no ano que vem,
à medida que diminuir o impacto
dos cortes de impostos promovi-
dos pelo presidente Donald Trump.
Para a economista-chefe do
FMI, os riscos globais actuais
incluem a possibilidade de mais
tensões no comércio internacional.
Outro sinal de alerta vem
do Brexit, o processo de saída
do Reino Unido da União Euro-
peia. O FMI reduziu para baixo
as expectativas de crescimento
da economia britânica.
Brasil tenta medir impacto do Brexit para empresas
A tumultuada saída do Reino
Unido da União Europeia também
provoca incerteza e pessimismo
no Brasil, que no ano passado
exportou para o mercado britâ-
nico cerca de 3 bilhões de dólares,
o equivalente a 11 bilhões de reais.
Para tentar ajudar o empresa-
riado brasileiro a minimizar riscos
e aproveitar eventuais oportunida-
des quando o Brexit se tornar rea-
lidade, a Embaixada do Brasil em
Londres e a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Inves-
timentos (APEX) lançaram uma
plataforma que promete monito-
rar futuras mudanças tarifárias
e logísticas, além de novas exi-
gências alfandegárias e legais.
Os dois órgãos também ten-
tam medir as expectativas dos
exportadores e o que chamam
de “apetite” dos empresários
brasileiros pelo mercado britânico.
Para isso, enviaram um questio-
nário para cerca de 2 mil empresas no
Brasil, a maioria delas com histórico
de exportação para o Reino Unido.
Pessimismo
O pessimismo está relacio-
nado a um eventual aumento
de custo e da burocracia em
Queda em exportações na China alimenta temores de recessão comercial
China e EUA admitem
fim da “guerra comercial”
O vice-primeiro-ministro chinês, Liu
He, disse que as negociações comer-
ciais entre Pequim e Washington
“chegaram a um novo consenso”,
informou na passada sexta-feira, a
agência estatal de notícias Xinhua.
Numa reunião com o Presi-
dente dos EUA, Donald Trump,
na Casa Branca, Liu disse que
as equipas negociadoras dos
dois países “realizaram reu-
niões frutíferas e chegaram a
um novo consenso em questões
importantes como o texto do a
cordo económico e comercial”.
O vice-primeiro-ministro chi-
nês, que lidera a delegação de
Pequim nas negociações que decor-
rem nos EUA, disse que ambas as
partes “continuarão com as con-
sultas para alcançar maiores pro-
gressos em questões de interesse
mútuo, de forma a concluir as
negociações o mais rápido possível”.
Na semana passada, o Presidente
norte-americano, Donald Trump,
declarou-se optimista quanto à
negócios com a Inglaterra, Escó-
cia, Irlanda do Norte e País de
Gales. Empresários citam temo-
res como a ampliação de gastos
com logísticos e alfandegários,
maior carga tributária, entra-
ves relacionados às exportações
via Europa, exigências de novos
certificados e imposição de bar-
reiras tarifárias e não tarifárias.
Estudo realizado pela consul-
toria alemã Bertelmann Stiftung
calculou o impacto do Brexit para
diferentes países e identificou que
o Brasil pode ter ganhos comerciais
de até 1,7 biliões de euros (cerca
de 7,3 biliões de reais) a depender
do modo pelo qual o Reino Unido
deixará o bloco europeu.
Esse montante, segundo o
estudo, se refere ao cenário de no-
-deal (sem acordo). Caso o Reino
Unido mantenha a proximidade
com o mercado europeu numa espé-
cie de ‘soft Brexit’ (Brexit suave), o
Brasil ainda pode obter ganhos de
aproximadamente 940 milhões de
euros (cerca de 4 bilhões de reais).
No ano passado, o Brasil expor-
tou quase 5 por cento a mais para
o Reino Unido que no ano exterior.
Os britânicos, contudo, estão
longe de estar entre os principais par-
mundo 27
DR
possibilidade de chegar a acordo
comercial com a China, sem toda-
via anunciar uma cimeira com o
seu homólogo chinês para forma-
lizar o fim da ‘guerra’ comercial.
Donald Trump condena o dese-
quilíbrio comercial entre os dois
parceiros: no ano passado, o défice
dos Estados Unidos no comércio de
mercadorias com a China aumen-
tou novamente 11,6 por cento, para
419,16 mil milhões de dólares.
O chefe da equipa de nego-
ciadores norte-americana,
Lighthizer, considerou, por sua
vez, que ainda há “grandes pon-
tos” de litígio para resolver, mas
sem fornecer mais pormenores.
Para obrigar Pequim a alterar
as suas práticas consideradas “des-
leais”, Washington impôs, em 2018,
taxas adicionais de 10 a 25 por cento
a mais de 250 mil milhões de dólares
de mercadorias e Trump ameaçou
taxar a totalidade das impor-
tações provenientes da China
(539,5 mil milhões em 2018).
dr
Vista da sede do Governo brasileiro
ceiros comerciais do Brasil. A maior
parte das exportações brasileiras foi
de ouro em formas semifacturadas
(26), seguido de silício (5,5) e soja (5,25
por cento) respectivamente.
Produtos exportados pelo
Brasil como frutas, café, tabaco
e madeira recebem tributação,
em média, de 6 a 18 por cento
para entrarem no Reino Unido.
Mas a primeira-ministra bri-
tânica, Thereza May, já informou
que, caso a saída seja sem acordo
as tarifas sobre esses produtos
seriam reduzidas a zero.
28
Gestão
A elaboração dos planos de carreira nas organizações deve contar com o concurso e anuência da alta gerência
Planos de carreira
As empresas precisam se preocupar com a carreira
profissional dos seus colaboradores visando a satisfação
}
Carlos Cardoso
O
Plano de Car-
reira é um dos
assuntos, em
gestão de pes-
soas, a respeito
do qual muito
se fala e pouco
se faz. As empresas evoluíram
pouco em relação ao planea-
mento de gestão de pessoas, no
que tange ao estabelecimento
de políticas firmes e modelos
técnico - operacionais de car-
reira e sucessão e continuam
a fazer movimentações e pro-
moções de pessoas de forma
quase empírica e improvisada.
No que diz respeito à vincula-
ção de carreira com salário,
verifica-se superficialidade e
artificialismo na determinação
das carreiras, com objectivo
claro de proporcionar aumen-
tos salariais, tendo como conse-
quências comuns e frequentes:
Pessoas desajustadas no tra-
balho. Trabalhadores frustra-
dos por se sentirem preteridos,
discriminados ou injustiçados.
Pessoas com grande desem-
penho impedidas de evoluir, por
Qualidade do atendimento dita
o comportamento do consumidor
A decisão de compra é muitas vezes resultado de experiências anteriores
As organizações
evoluíram pouco
em relação
ao planeamento
da gestão
de pessoas
líderes acomodados e egoístas.
Gestores a descartarem
subordinados qualificados com
receio de perderem o cargo.
Desequilí brios salariais
que contribuem para a dimi-
nuição da motivação.
Aumento desnecessário do
custo da folha de salários.
Por ser ainda pequeno o
número de empresas que fazem
diagnóstico e pesquisa de clima
de satisfação, têm-se pouca
DR
}
DR
consciência de que o maior
desejo dos participantes de
uma organização, confirmado
por todos os levantamentos e
estudos a respeito, é dispor
da oportunidade de progresso
profissional com mais visibili-
dade e clareza das possibilida-
des e condições para isso. Esta
é a maior aspiração profissio-
nal e um dos factores de moti-
vação dos empregados.
O facto de as empresas
estarem numa nova era de
dinamismo nas mudanças
estruturais e de cargos não
sig nifica que tenham que
aba ndona r a ad m i n ist ra-
ção das carreiras, mas faz-
-se necessária a aplicação de
novos conceitos e técnicas de
administração de carreira.
A inda que com quadros
de pessoal mais enxutos e
com menores perspectivas de
manter os seus empregados
ao longo tempo, as empresas
precisam de dispor de políti-
cas e ferramentas de carreira.
Alguns objectivos tradicio-
nais de carreira permanecem e
outros surgiram com os novos
paradigmas organizacionais
e de remuneração.
O propósito do marketing é satis-
fazer as necessidades e os desejos
dos consumidores e para atingir
essa meta, os profissionais bus-
cam um entendimento acerca
do comportamento do consumi-
dor estudando como pessoas,
grupos e organizações seleccio-
nam, compram, usam e descar-
tam artigos, serviços, ideias ou
experiências para satisfazer as
suas necessidades e desejos.
Estudar o cliente fornece sub-
sídios para o desenvolvimento
de novos produtos, caracterís-
ticas de produtos, preço, dis-
tribuição e outros elementos
do mix de marketing.
É importante entender quais
os principais factores que influen-
ciam o comportamento de compra.
A família é a mais impor-
tante organização de compra
vantagens da aplicação do
smarketing nas organizações
O alinhamento entre os secto-
res de venda e de marketing é
essencial para que uma empresa
possa crescer e aumentar os
lucros. Com base nesta pre-
missa, criou-se o conceito de
smarketing.
Em resumo, os objectivos do
smarketing são eliminar as bar-
reiras entre os sectores, opti-
mizar os processos de venda e
somar forças em busca de melho-
res resultados.
Quais são os benefícios?
Muito além de apenas aumen-
tar o lucro, o emprego do smarke-
ting gera uma maior integração
entre os sectores de marketing
e vendas, o que acaba por opti-
mizar processos, reduzir cus-
tos, facilitar o alcance de metas
e colocar um fim na eterna dis-
puta entre os sectores.
Como implementar o sma-
rketing?
O primeiro passo é deter-
minar objectivos em comum
para os dois sectores — vendas
e marketing.
Após a determinação dos
objectivos e metas, é necessá-
rio que se realize um processo
de imersão: a equipa de marke-
ting precisa de entender pro-
Trabalho realizado de forma integrada gera resultados satisfatórios
de produtos de consumo na
sociedade e constitui o grupo
de referência mais influente. Os
profissionais de marketing pre-
cisam de observar os papéis de
compra e a influência do marido,
da esposa e dos filhos na compra
de uma grande variedade de pro-
dutos e serviços. Esses papéis
variam muito, de acordo com a
região, classe social e da rela-
ção de poder da família.
Uma pessoa participa de
vários grupos - família, igreja,
clubes desportivos entre outros.
A sua posição em cada grupo
é definida por papéis, que
consistem nas actividades
que desempenha, sendo que
cada papel gera um status.
Uma pessoa motivada está
pronta para agir. A maneira
como ela realmente age depende
Economia & Finanças
fundamente os processos de
venda e o grupo de vendas pre-
cisa entender os processos de
marketing. Somente por meio
dessa compreensão mútua é pos-
sível alcançar o sucesso.
A adopção desse sistema
integrado faz com que o sector
de vendas e o sector de marke-
ting trabalhem com uma base
de informações única, permi-
tindo atender, entender e se rela-
cionar com os seus clientes em
tempo real, optimizando os pro-
cessos de comunicação e conse-
quentemente de vendas.
Qual a principal dificuldade?
A ssi m como qualquer
mudança no ambiente corpo-
rativo, podem ocorrer resistên-
cias ao novo processo. Para que
o smarketing funcione correc-
tamente, é necessário que se
mude a mentalidade das equi-
pas e deixar claro que elas preci-
sam de trabalhar em conjunto e
que uma depende da outra para
atingir os resultados.
Para reduzir essa resistên-
cia, aconselha-se que seja ins-
tituído um documento com a
descrição de metas, papéis e
responsabilidades de cada equi-
pano processo.
DR
da percepção que tem da situa-
ção. Quando as pessoas agem,
aprendem e passam a utilizar o
que aprenderam nas suas próxi-
mas acções. Se alguém se sen-
tir satisfeito com o atendimento
que recebeu num determi-
nado restaurante, provavel-
mente voltará. caso contrário,
nunca mais aparecerá.
Fazendo e aprendendo, as pes-
soas adquirem crenças e atitudes
que, por sua vez, influenciarão o
comportamento de compra.
Além de compreender os
factores que influenciam as
decisões do comprador, os pro-
fissionais de marketing devem
definir um processo padrão pelo
qual os consumidores passam
para satisfazer as suas neces-
sidades e desejos(Processo de
decisão de compra). CC
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
A planificação criteriosa e faseada das acções e custos operacionais estão entre as grandes exigências gerenciais
Planeamento estratégico,
táctico e operacional
O
}
planeamento é condi-
ção base para alcançar
o sucesso, pois deter-
mina onde a empresa
quer chegar e como
fará para executar o seu objectivo.
O sucesso de qualquer plano
depende do envolvimento de pes-
soas de vários níveis, da garan-
tia de que todos conheçam os
seus objectivos e de uma coor-
denação eficiente das activida-
des da organização. Entretanto
existem basicamente três tipos
e níveis de planeamento: estra-
tégico, táctico e operacional,
que se diferenciam no prazo
das acções, nos níveis hierár-
quicos envolvidos e na forma
como cada um influencia no
resultado geral da organização.
Planeamento estratégico
É a visão do futuro da orga-
nização, que se estrutura nos
factores ambientais exter-
nos e internos como visão
e missão da organização.
As decisões tomadas no pla-
neamento estratégico são de
responsabilidade da alta admi-
nistração da empresa.
As acções são criadas pen-
sando no longo prazo, normal-
mente feitas para o período de
5 a 10 anos, que buscam uma
visão ampla da organização
sem acções muito detalhadas.
É importante lembrar que
devido as acções de longo prazo,
o planeamento deve ser revi-
sado e actualizado continua-
mente, para que as informações
sejam mais reais e sirvam como
O sucesso
de qualquer
plano depende
do envolvimento
de pessoas
de vários níveis
organizacionais
factos e dados para tomadas de
decisão. Este passo é essencial
para que não haja grandes varia-
ções entre o que foi programado
e o que foi executado.
Planeamento táctico
O planeamento táctico é o res-
ponsável por criar metas e
condições para que as acções
estabelecidas no planeamento
estratégico sejam atingidas.
Por se tratar de um planea-
mento mais específico, as deci-
sões podem ser tomadas por
pessoas que ocupam os car-
gos entre a alta direcção e o
operacional, como executivos,
directores e gerentes.
Outra característica que dife-
rencia o planeamento táctico é o
tempo de execução das acções,
DR
geralmente de 1 a 3 anos men-
surando acções para um futuro
mais próximo do que o visado
no planeamento estratégico, ou
seja, médio prazo, podendo-se
mesmo dizer que o planeamento
táctico é a decomposição do pla-
neamento estratégico, pois que
raduz e interpreta o plano estra-
tégico para transformá-lo em
planos concretos.
Planeamento operacional
O planeamento operacional
é de onde saem as acções e
metas traçadas pelo nível tác-
tico para atingir os objectivos
das decisões estratégicas.
Neste planeamento os envol-
vidos são aqueles que executam
as acções no curto prazo, geral-
mente no período de 3 a 6 meses.
Aqui, todos os níveis da orga-
nização estão envolvidos e cui-
dam do acompanhamento da
rotina e garantem que todas
as tarefas e operações sejam
executadas, de acordo com os
procedimentos estabelecidos,
preocupando-se em alcançar os
resultados específicos.
É importante entender que
um planeamento estratégico não
vai sair do papel se os planos do
nível táctico e operacional não
forem bem estabelecidos, pois é
um processo integrado e inter-
dependente. Todos os níveis
são necessários: o estratégico
para o orientar a visão, o tác-
tico para desdobrar essa visão
em planos de acção menores, e
o operacional para levar os pla-
nos a execução.
6 sugestões importantes
para a promoção profissional
Estar pronto e ter boa
qualificação, são qualidades
necessárias para receber
uma promoção no trabalho.
Entretanto muitas vezes
elas são nada se não forem
acompanhadas com um
conjunto de atitudes.
O site Love Mondays,
especializado em carreiras,
separou uma lista de 6 sugestões
para garantir a promoção
1- Esteja alinhado com os valores
da empresa
Gestores normalmente estão
são muito atentos à conexão dos
seus funcionários com os valores
da organização. Isto é prioridade.
2- Sinalize os seus objectivos
É preciso demonstrar vontade
de crescer Comunique-se
sempre com os seus lideres e
colegas. Sempre que houver
oportunidade, diga de forma
aberta quais os seus objectivos.
3- Aprenda a ouvir feedbacks
A pratica de reflectir após receber
feedbacks é uma estratégia
poderosa para ter sucesso
profissional. Aprenda a usar essa
Informação contábil facilita o processo de tomada de decisões
Contabilidade como
ferramenta de gestão
A função da contabilidade é
prover cada usuário de infor-
mação útil para a tomada
de decisões económicas.
Como um sistema de infor-
mação, a contabilidade regista e
processa dados, produzindo rela-
tórios e demonstrações contábeis
que são colocados à disposição
dos usuários internos e externos
à entidade. É importante delinear
o tipo e a qualidade da informa-
ção que a contabilidade deve
estar em condições de fornecer a
vários grupos de pessoas interes-
sadas, cujos interesses nem sem-
pre são coincidentes, embora não
se chegue ao exagero de afirmar
que sejam conflitantes.
Os responsáveis pela condução
dos negócios de uma organização
são os usuários mais interessados
na informação contábil. O inte-
resse nos dados contábeis destas
pessoas atinge um grau de pro-
fundidade e análise, bem como
frequência, muito maior do que
para os demais grupos de usuá-
rios. Para agir no futuro não é
suficiente saber o que ocorreu no
gestão 29
táctica a seu favor e da forma
mais positiva possível.
4- Foco no desenvolvimento
contínuo
Após identificar claramente os
seus pontos fortes e a melhorar,
coloque o seu plano táctico
em acção. Faça cursos ou
especializações. Certifique-se de
estabelecer objectivos tangíveis a
curto e médio prazo.
5- Cultive um bom
relacionamento
Saiba quando e como conversar,
seja cortês e participativo nos
eventos e programações da
empresa, esteja sempre aberto
a ajudar as outras pessoas,
contribua para um clima leve no
ambiente e acima de tudo trate
todo mundo com simpatia.
6- Adopte uma nova postura
Organização, proactividade,
responsabilidade e transparência
são algumas características que
devem ser exercidas diariamente.
È importante fazer uma lista
das qualidades que observa nas
outras pessoas e pratica-las até
que se tornem um habito.
DR
passado, mas é necessário saber o
que está a acontecer no presente.
Por isso, os relatórios destinados
aos tomadores de decisão não se
limitam ao Balanço Patrimonial
e a Demonstração de Resultados,
mas um fluxo contínuo de infor-
mações sobre os mais variados
aspectos da gestão financeira
e económica das empresas. As
informações devem atender às
necessidades desses usuários
apresentando respostas para
questões como:
a) Houve diminuição de lucros
em função da redução nas vendas?
b) Os custos se elevaram?
c) Quais os produtos mais
lucrativos?
Entre as vantagens que as
informações contábeis oferecem, a
principal é a de auxiliá-los no pro-
cesso decisório. Nesse contexto,
a contabilidade pode favorecer a
redução das incertezas existen-
tes. Pode também ajudar a veri-
ficar se as decisões tomadas no
passado foram correctas, promo-
vendo o aprendizado por meio do
exame dos erros cometidos.
30
lazer
Festival
“Festisumbe” está
de regresso à capital
do Cuanza Sul
A
p ó s capital da província, a
cinco acolhedora cidade do
anos Sumbe.
d e Para a presente edi-
pa ra- ção, a LS Produções vai
lisa- assumir as despesas do
ção, o evento que se espera
Festival Internacional venha a reunir milha-
de Música do Sumbe res de fãs e dezenas de
(FestiSumbe) está de artistas entre nacio-
regresso. A decisão nais e estrangeiros,
deriva de um acordo esperando-se resposta
assinado recentemente positiva em relação
entre o governo da pro- à possíveis apoios do
víncia do Cuanza Sul e a empresariado local e
produtora de espectácu- amantes da boa música.
los LS Produções, orga- O festival acon-
nizadora do evento que tece no âmbito do ani-
prevê realização anual versário da província
no mês de Setembro na do Cuanza Sul, que
Música
se assinala a 15 do cia tem para oferecer,
mês de Setembro. degustar os agradáveis
O Festisumbe é visto pratos típicos nacionais
como uma importante e estabelecer parcerias
montra cultural da para negócios futuros.
região e do país e grande Ao longo das várias edi-
trampolim para catapul- ções, os palcos do festi-
tar artistas angolanos val receberam artistas
para o cenário interna- de renome nacional e
cional. O evento arrasta internacional.
para a província milha- Por altura da sus-
res de pessoas saídas pensão no ano de 2015,
de várias regiões do o então governador
país e mesmo do exte- provincial Eusébio de
rior. Turistas e homens Brito Teixeira apresen-
de negócios encaram o tou como justificativa
evento como uma impor- as obras de reabilita-
tante ocasião para con- ção da Marginal do
templar as maravilhas Sumbe, local que aco-
naturais que a provín- lhe o evento.
Duetos N´Avenida leva Yola
Semedo e Pérola à “Casa 70”
As cantoras Yola Semedo e Pérola
têm em agenda nos dias 25 e 27
deste mês dois shows marcados
na Casa 70, no âmbito do projecto
Duetos N’Avenida.
Autoras de grandes suces-
sos, as duas “Divas” assumiram
o compromisso de levar os fãs a
revisitar o produto cultural das
suas criações artísticas. Segundo
o director da Zona Jovem Pro-
duções, entidade promotora do
evento, Figueira Ginga, ao con-
trário do habitual (um show por
cada dupla), à procura pelos bilhe-
tes levou a organização a repen-
sar a estratégia e aumentar as
actuações.
Historial de Yola Semedo
Autora de sucessos como “Se eu
não te amasse”, “Mesma pessoa”
, “Marido infiel”, “Ingrato”, Mar
azul”, “Timalé”, “Volta amor”,
“Você me abana”, Yola Semedo
tem no mercado os álbuns Minha
Show de humor no Elinga Teatro
Carlos Cardoso
A produtora cultural - Kianda
Sessions, organiza hoje, 12 de
Abril, pelas 19 horas, no Elinga
Teatro, em Luanda, o show de
stand up comedy de Renata
Torres, intitulado, “Vamos
falar à sério”.
O evento tem como finali-
dade satirizar os mais varia-
dos aspectos sociais, através
do stand up comedy, um estilo
recente de humor.
A artista irá abordar sobre
diversos temas e terá como
convidados os humoristas
Maestro e laureth Manuel, o
poeta Zola Ramos e o músico
Cirius Vibez, com a apresen-
tação de Ismael Farinha e
Rosene Maura.
Renata Torres, é formada
em Artes Visuais pela Univer-
sidade Estadual de Londrina
no Brasil, possui formação
complementar em técnica de
alma, 25 anos (ao vivo), Filho
meu, Diário de memórias e Sem
medo. Conquistou o prémio de
“Voz de Ouro de África” (1995),
em representação de Angola no
festival organizado pela Unesco,
na Bulgária, e foi considerada a
melhor voz feminina de Angola,
por três vezes consecutivas (2000,
2006, 2007).
Pérola
Jandira Sassingui ou simples-
mente Pérola é intérprete e com-
positora natural da província do
Huambo.
Em 2004 grava, pela pro-
dutora musical Bué D’Beats, o
fonograma intitulado “Os meus
sentimentos”.
Pérola é a única voz feminina
angolana a conquistar o prémio
Kora, na categoria de Melhor
voz feminina da África Austral,
em 2005.
Economia & Finanças
teatro, moda, cinema, fotogra-
fia, dança entre outras.
A produtora que existe no
mercado desde o ano passado,
tem como principal finalidade
fomentar a indústria cultural
e realiza diversas actividades
das mais variadas disciplinas
artísticas, apostando nos novos
rostos das artes e da cultura
angolana, ao mesmo tempo
que assume como parte da sua
agenda e compromisso, a rea-
lização de festivais de arte e
cultura.
Localizado na baixa da cidade
de Luanda, o espaço cultural
Elinga, propriedade da companhia
artística com o mesmo nome, está
aberto para acolhimento de artis-
tas das mais variadas disciplinas
que queiram exibir os seus talen-
tos e competências. Teatro, dança,
artes plásticas e música têm preen-
chido as noites daquela que é uma
das mais antigas casas de espectá-
culo ainda em actividade na capi-
tal do país.
NUNO FLASH | EDIÇÕES NOVEMBRO
Casa das Artes
“Carochinha”
em cena
A peça teatral “A Carochinha”
está em cartaz na Casa das Artes
em Luanda nos dia 13 e 20 do
mês corrente com início previsto
para as 16h00. Com adaptação
de Maria João Ganga, do conto
popular português “ História
da Carochinha”, a obra dirigida
ao público infantil e infanto-
-juvenil é encenada pelo grupo
“Ulikanga” e conta de forma ani-
mada a história de uma menina
que se queria casar, tendo como
uma das exigências a necessi-
dade de o futuro noivo saber can-
tar. João Ratão acaba por ser o
feliz contemplado.
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019
EM ”A DONA DO PEDAÇO”
Heloisa Jorge
volta à tela
Actriz angolana
regressa aos ecrãs com
participação na próxima
novela da TV Globo
A actriz angolana tem participação
garantida na novela que tem autoria
de Walcyr Carrasco e vai reu-
nir talentos como Juliana
Paes, Agatha Moreira,
M a r co Na n i n i e
R osi Ca mp os .
A estreia está
marcada para
o I semestre
de 2019.
E m
Angola
Heloísa
est reiou a
novela “Ji kulu-
messu” uma produção da
Semba Comunicação, sendo que
no Brasil, já esteve nas nove-
las “A lei do amor” e “Liberdade,
liberdade” e igualmente na série
“Sob pressão” todas da TV Globo.
Flash
na praça da música
Puto Português mostra “ Alma”
Depois do último álbum
lançado em 2016, o
artista pretende voltar a
movimentar a Praça da
Independência no dia 27.
Novo livro de Astérix conta
história da filha de Vercingétorix
A
nova aventura da
aldeia de gauleses
mais famosa do
mundo vai ter uma
nova personagem,
a filha de Vercingétorix, uma
jovem adolescente que se
junta a Astérix e Obélix
no novo livro, que sairá a
24 de outubro.
As edições Albert René
que publicam as his-
tórias dos gauleses
desvendaram mais
alguns detalhes
sobre a pró-
xima aven-
tura dos
heróis da
banda dese-
nhada.
Desta vez,
A stéri x e
Obélix vão
viver a histó-
Prémios TripAdvisor Travelers Choice
A Emirates venceu o prémio de
Melhor Primeira Classe do mundo
nos prémios TripAdvisor Tra-
velers ’Choice® 2019 para com-
panhias aéreas.A companhia
conquistou igualmente os pré-
mios de Melhor Classe Regional
do Oriente Médio, de Melhor Pri-
meira Classe do Oriente Médio e
também uma menção honrosa.
A experiência de voo em Pri-
meira Classe na Emirates definiu
o prémio atribuído a companhia
depois da mesma ter introduzido
novos produtos como as suites
privadas, o SPA com chuveiro, o
You Tube projecta programas interactivos
A plataforma de vídeos da
Google You Tube prepara-se
para investir em programação
interactiva para alavancar ainda
mais a sua audiência e fazer
algumas cifras mais junto dos
patrocinadores. A informação
foi avançada recentemente pela
Bloomberg, que revela que a
plataforma conta já com uma
equipa dedicada a desenvolver
esse tipo de conteúdo.
O Bloomberg revela ainda
Elenco em greve Gala dos Play
Novela “Muxima” para gravação Matias Damásio vence Prémio
Segundo integrantes do O artista angolano
elenco, a paralisação está conquistou o troféu na
relacionada com atrasos nos categoria Prémio Lusofonia
salários e falta de condições com a canção “Nada Mudou”.
de trabalho.
ria “A filha de Vercingétorix”,
inspirada num torque, objecto
decorativo usado pelos guerrei-
ros gauleses.
A nova personagem é uma
adolescente que não é da aldeia
e vem dar uma visão mais
moderna ao enredo.
O secretismo à volta desta
nova aventura é g rande e
alarga-se aos editores de cada
país. As edições Asa, que edi-
tam os livros de Astérix em
Portugal, conheceram o título
do novo lançamento pouco
tempo antes dos jornalistas
durante uma conferência de
imprensa realizada recen-
temente: “O álbum é envolto
num sigilo absoluto e nós,
editores, sabemos a história
pouco antes de ela ser lançada,
apenas o tempo exacto para a
podermos traduzir”, disse o
editor Víctor Silva Mota, em
DR
Qualidade na base da distinção
que para além do You Tube,
o Walmart realizou um
investimento de 250 milhões
de dólares no último ano para
formar a joint venture Eko,
responsável por desenvolver
conteúdos interactivos.
Durante os anos 90, a Rede
Globo do Brasil se destacou
através dos programas “Você
Decide”, nos quais o público
ligava para decidir qual seria o
final da história. Os programas
Centro Cultural
Brasil Angola
Horizonte Njinga Mbande
A companhia exibe hoje a
peça “Leonardo Da Vinci A
Ópera Oculta” de autoria do
italiano Michele Santerano.
lazer 31
declarações à agência Lusa.
A nova aventura terá uma
tiragem de 45 mil livros em
Portugal e saíra também a 24
de Outubro. Segundo a editora
Asa, tal como no passado, vol-
tará a haver uma tiragem em
mirandês.
Uderzo e René Goscinny
revelaram Astérix na revista
Pilote em 1959. O primeiro livro,
“Astérix, o gaulês”, só saiu em
1961, dando início a uma das
mais bem-sucedidas séries de
banda desenhada, com mais de
350 milhões de livros vendidos
em todo o mundo.
A parceria entre Uderzo e
Goscinny terminou em 1977
com a morte do argumentista,
mas o nome de ambos foi sem-
pre mantido na assinatura das
histórias. Albert Uderzo, de 88
anos, retirou-se da série em
2011 alegando cansaço.
lounge a bordo e outras novida-
des. A mais recente cabine da Pri-
meira Classe da companhia possui
suites completamente fechadas,
inspiradas na Mercedes-Benz,
como portas deslizantes do chão
até ao tecto, um design elegante
com assentos de couro macio e pai-
nel de controlo de alta tecnologia
A TripAdvisor premiou as
principais companhias aéreas
do mundo com base na qualidade
dos serviços prestados e depois
de várias avaliações feitas pelos
passageiros do TripAdvisor, reu-
nidas durante um ano.
interactivos voltaram a ser
destaque este ano graças ao
episódio “Bandersnatch”, de
Black Mirror”, veiculado pela
Netflix.
Internacionalização
Dorivaldo Mix assina com “23
OHSIX”
O Dj assinou contrato com
a agência americana para
a gestão da sua carreira e
agenciamento
 Cartoon por CASIMIRO PEDRO
breves
financiamentos
Standard Chartered Bank pronto
para os créditos à economia
O banco britânico Standard
Chartered Bank concedeu em
2018, 400 milhões de euros à eco-
nomia nacional para financiar
projectos de investimento, de
acordo com o seu administrador
executivo. Albert Asante disse
que os financiamentos destina-
ram-se a projectos como o apro-
veitamento hidroeléctrico de
Laúca, que beneficiou de 300
milhões de euros bem como a
construção de infra-estrutu-
ras de apoio.
AADIC denuncia
Fraldas contrafeitas
circulam no mercado nacional
Várias marcas de fraldas descar-
táveis em circulação no mercado
não cumprem com a regulamenta-
ção em vigor, alertou o presidente
da Associação Angolana dos Direi-
tos do Consumidor (AADIC), Dió-
genes de Oliveira. Em declarações
ao Jornal de Angola, Diógenes de
Oliveira disse que a associação
recebeu mais oito denúncias de
consumidores destes produtos de
origem duvidosa, que são vendi-
dos nos mercados, ruas e redes
de supermercados.
Lunda Sul
Dívida fiscal atinge
150 milhões de kwanzas
A dívida fiscal dos contribuin-
tes na província da Lunda Sul
é de aproximadamente de 150
milhões de kwanzas, informou
esta semana, o chefe da Repar-
tição Fiscal de Saurimo, Domin-
gas Manuel.
Indústria
Sector lidera investigação
e inovação em tecnologias
A ministra da Indústria, Ber-
narda Martins, afirmou ontem,
na província de Benguela, que
alguns ramos do segmento que
dirige estão a liderar a investi-
gação e a inovação nos domínios
das tecnologias, o que reforça a
necessidade dos técnicos nacio-
nais continuarem a aprimorar-se.
Parques vão ser orçamentados
A intenção é de alavancar e garantir uma gestão activa dos recursos existentes
O Governo está a estudar a pos-
sibilidade de orçamentar cinco
parques nacionais, incluindo o de
Cameia, na província do Moxico,
anunciou a ministra do Ambiente,
Paula Francisco Coelho.
A governante falava no fim
da visita efectuada pela delega-
ção ministerial em resposta ao
grito de socorro feito pelas auto-
ridades locais devido a progres-
são das ravinas que ameaçam
destruir alguns empreendimen-
tos sociais da cidade do Luena.
Rede Inovar aborda “Importações
mediante cartas de crédito”
A Rede Inovar realizou ontem,
numa das unidades hoteleiras
da capital Luanda, um workshop
sobre “Importações e exporta-
ções mediante cartas de crédito”.
O evento reuniu bancários,
empresários, advogados, con-
sultores, auditores, académicos
e demais interessados no tema
em abordagem e visou reforçar
os conceitos de “Due deligence”,
“Compliance” e as garantias e
vantagens desta modalidade de
pagamento.
O evento coordenado por
Nádia Esperança Feijó contou
com as presenças de Arnold
Figueira, advogado e espeialista
em direito comercial e o econo-
DR
Paula Francisco Coelho disse
que a intenção é alavancar o
desenvolvimento dos parques
nacionais e garantir uma gestão
activa dos recursos existentes.
Angola dispõe dos parques
nacionais da Cangandala, Iona,
Cameia, Mavinga, Luengue-
-Luiana, Mupa e da Kissama.
Com 14.450 metros qua-
drados, o parque nacional da
Cameia vai beneficiar de uma
visita de técnicos do ministé-
rio de tutela para se ver ques-
mista, Fábio Sebstião, especia-
lista em economia monetária.
A compreensão dos proces-
sos ligados às importações
e exportações mediante car-
tas de crédito (instrumento
básico do comércio internacio-
nal e meio de providenciar ao
comprador e vendedor de uma
mercadoria, normalmente em
países diferentes, um sistema
para certificar a segurança de
ambos), que é neste momento
a via pela qual o Banco Nacio-
nal de Angola está a proceder
a liquidação dos compromis-
sos cambiais com o exterior.
De acordo com Nádia Espe-
rança Feijó, o objectivo da Rede
em agenda
12 de Abril
Conselho Consultivo do Ministério da Indústria
Termina hoje, na província de Benguela, o Conselho Consultivo do
Ministério da Indústria, sob o lema “Aumento da produção e da
sustentabilidade da indústria nacional”.
25 de Abril
Banco de Investimento Rural (BIR) marca assembleia-geral
O BIR convocou para o dia 25 de Abril, em Luanda, a sua assembleia-
geral de accionistas para a aprovação das contas de 2018.
23 a 25 de Maio
Fórum Mundial do Turismo “Investir em Angola”
Angola acolhe entre os dias 23 e 25 de Maio próximo o Fórum
Mundial do Turismo, um evento que prevê receber entre 1.200 e 1.500
participantes de várias partes do globo. A organização está convicta
de que o certame poderá mobilizar investidores para os sectores da
Construção, Transportes e outros estratégicos na geração de novos.
4 a 6 de Junho
Conferência “Angola Oil & Gas 2019”
O Centro de Convenções de Talatona vai acolher, nos dias 4 a 6
de Junho, a conferência “Angola Oil & Gas” 2019, que conta com o
patrocínio do Presidente da República, João Lourenço, que estará
presente, e outros agentes mais relevantes do sector, tanto do Governo
como das várias multinacionais que operam em Angola.
dr
tões salariais, uniformes, entre
outros meios para a comodidade
dos fiscais.
Disse que o Ministério do
Ambiente prevê, igualmente, fazer
medições para se colocar novos
postos de fiscalização no parque
que foi definido como reserva de
caça em 1937 e transformado em
reserva animal em 1957.
Apontou que especialistas Fábrica da Boeing nos Estados Unidos
do ministério têm realizado
digressões nos parques, acom-
panhados de empresários nacio-
nais e estrangeiros, para atrair Cancelada
possíveis investidores nestas
compra
áreas de conservação do país.
Combate as ravinas de aeronaves
Quanto a intervenção nas ravinas
que evoluem um pouco por todo o Processo enquadra-se
país, a ministra disse ser necessá- no projecto em curso
ria uma grande engenharia, sem
descurar a existência da força de reestruturação
humana e vontade da população. e modernização da Taag
Explicou que o Ministério do
Ambiente apresentou ao governo
do Moxico as premissas genéricas O Presidente da República, João
da convenção do combate à deserti- Lourenço, cancelou, através do
ficação para que a província possa decreto presidencial nº 52/19, de
tomar conhecimento de algumas 09 de Abril, a celebração de con-
orientações sobre estas acções. trato de compra e venda de aero-
naves com as empresas Boeing e
DR Bombardier, gizadas no quadro
do processo de reestruturação e
modernização da frota da com-
panhia aérea de bandeira Taag.
A compra tinha sido aprovada por
via do Decreto Presidencial nº
12/19 de 14 de Janeiro, que autori-
zava os ministérios das Finanças
e dos Transportes, em conjunto
com a TAAG, a liderarem o pro-
cesso. O decreto contemplava,
igualmente, o refinanciamento
de duas aeronaves Boeing 777-
300-ER a partir de 2020.
Reza o documento que a celebra-
Nádia Feijó é dos promotores das ção do contrato deve ser precedida
iniciativas académicas da Rede Inovar de um estudo”mais aprofundado”
com vista a implementação do
referido plano de reestrutura-
Inovar com estas iniciativas é ção da companhia de bandeira.
disponibilizar, fora das salas
de aulas, conhecimento espe- ISSN 2409-6474
cializado, uma vez que na for-
mação académica-universitária
nem sempre tais portunidades
são garantidas. 9 772409 647001