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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E

TECNOLOGIA DO AMAZONAS
CAMPOS DISTRITO INDUSTRIAL

AUTOMAÇÃO EM UM SISTEMA DE TRATAMENTO E


DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA: ARTIGO DE OPINIÃO

MANAUS 30/05/2019
JEAN MARK BEZERRA LIRA

AUTOMAÇÃO EM UM SISTEMA DE TRATAMENTO E


DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA: ARTIGO DE OPINIÃO

PROFERSSOR(A): FRANCISCA CORDEIRO TAVARES

MANAUS 30/05/2019
A automatização dos processos nas estações de tratamento de água, traz
mais qualidade no produto final e economia são as palavras que melhor definem
as vantagens proporcionadas pela automatização dos processos às ETAs. São
inúmeros os benefícios de um sistema automatizado, sendo que podemos citar
alguns principais como: maior controle sobre gastos de insumos da unidade,
redução do consumo de energia, redução dos produtos químicos utilizados,
otimização de mão de obra, aumento de produtividade, além de um maior
controle e consequente padronização na qualidade do produto final, com a ação
em tempo real do sistema de automação na correção de parâmetros para o
tratamento da água.
Atualmente, esse poder da tecnologia está mais do que comprovado e
favorece, inclusive, as estações de tratamento de água (ETA) que se deparam,
a cada dia mais, com os benefícios provindos da automatização dos processos.
Também podemos citar como vantagem o monitoramento do tempo de
funcionamento dos equipamentos, possibilitando a implantação de um sistema
de manutenção preventiva, em que o sistema de automação informa quando um
dado equipamento atingiu uma quantidade de horas de funcionamento que
indica a necessidade de calibração ou manutenção. Outro benefício é a
disponibilização de informações em tempo real e histórica, permitindo que as
áreas de projetos possam estudar o comportamento do sistema ao longo de um
dado período e readequar ou planejar os futuros investimentos ou alterações no
processo em questão
A confiabilidade ao sistema. Os principais benefícios oferecidos pelos
sistemas de automatização são padronização do processo e mais qualidade no
produto final, otimização do processo, o que possibilita a realização de
operações simultâneas, rapidez e eficiência, que caracterizam o alto
desempenho do sistema, e a confiabilidade na operação.
A principal vantagem a ser destacada nos sistemas de automatização é a
redução de custos, tanto operacionais como de suprimentos, pois o sistema
armazena as informações em banco de dados permitindo assim um controle
estatístico e análise mais aprofundada do processo.Com a constante evolução
da tecnologia, basicamente não existem limites na automação dos processos de
captação, tratamento e distribuição de água potável ou de coleta e tratamento
de efluentes.
Em geral, a automação é dividida em tecnologia ou tipo de equipamentos
que unidos proporcionam muitos benefícios para a ETA. A a automatização pode
ser dívida em dois grupos. O primeiro deles reúne os processos chamados de
“elementos de campo”, ou seja, válvulas (borboleta, esfera, guilhotina etc.) e
comportas que controlam a vazão do meio, instrumentos de processo que
controlam variáveis como nível, vazão, pressão etc. que são importantes para o
bom funcionamento do processo e instrumentos analíticos que controlam
variáveis como PH, turbidez, cor etc. que são importantes para a qualidade do
produto final. Outra classificação são os “elementos de controle e
monitoramento”, que são os controladores lógicos programáveis, responsáveis
pela inteligência programada do processo e sistemas supervisórios que são
responsáveis pelo monitoramento das variáveis do processo e da qualidade do
produto final.
Com o advento dos Controladores Programáveis, associado ao
desenvolvimento da moderna teoria de controle, permitiu uma automação maior
e mais efetiva destes sistemas. A utilização da automatização em sistemas de
saneamento implementando “inteligência artificial” para tomada de decisão
operacional, visando uma melhor distribuição de água entre reservatórios de
distribuição. A aplicação dos resultados pode trazer ganhos relacionados ao
atendimento das demandas diárias de água do sistema de distribuição. O
sistema integrado resultante empregando CLPs e um sistema de controle e
aquisição de dados (Supervisory Control and Data Acquisition – SCADA)
contribuiu para uma melhoria significativa do sistema de armazenamento e
distribuição. A "inteligência artificial" implantada neste trabalho para a tomada de
decisão operacional pode ser verificada através dos resultados apresentados.
Os CLPs permitem através de lógica previamente programada, exercer
comando sobre atuadores de dispositivos hidromecânicos, tais como válvulas e
bombas, obter o controle de acordo com objetivos estabelecidos e, com base em
informações obtidas através de sensores que supervisionam (monitoram) as
variáveis de estado de interesse.
A automação vem sendo constantemente atualizada ao longo dos anos,
moldando-se ao que há de mais moderno conhecido até hoje. A automação
permite a supervisão, em tempo real, de equipamentos que medem a pressão,
vazão, níveis, cloro, bombas, entre outras variáveis e equipamentos
automatizados. É possível monitorar o volume diário de água que foi distribuído
a uma sub-região, em um intervalo de tempo qualquer, de acordo com o desejo
do operador. Através de um histograma gráfico é revelado como a água foi
utilizada em cada um dos dias deste período, fazendo uma comparação entre as
quantidades que foram distribuídas e a média de consumo histórico, algo
impossível anteriormente. Também é possível a análise e dosagem de cloro ao
longo de toda a distribuição de água na RMF, garantindo a adequação da
qualidade da água conforme os parâmetros estabelecidos pela Portaria no
2914/2011, do Ministério da Saúde. A coleta dos dados realizada pela
automação favoreceu a padronização de operações e proporcionou mais
agilidade ao atendimento de ocorrências, permitindo efetuar melhorias na
manutenção.
CONCLUSÕES
Esse artigo de opinião destacou a importância da automação em um
sistema de tratamento e distribuição de água. Nesse sentido, evidenciou-se a
finalidade do sistema SCADA, usado para a supervisão de todos os parâmetros
medidos pelas UTR, sendo ainda observados o meio de transmissão e a
topologia da rede por onde trafegam os dados. Na descrição de seus
componentes, foram espenicados e quantificados os CLP usados em todo o
sistema. Os resultados encontrados demonstram que a automação de um
sistema de abastecimento de água permite o controle e a atuação rápida para
corrigir distorções que ocorrem naturalmente, como as perdas no abastecimento
além de melhorar as condições de trabalho de operadores. A automação de
sistemas é uma ferramenta poderosa que auxilia o administrador a Gerenciar a
Produção e qualificar sua equipe, além de evitar gastos desnecessários. Além
de atender seus clientes, utilizar os recursos naturais de maneira eficiente e com
mais qualidade, estará preservando o meio ambiente.
No caso do tratamento e distribuição de água, tornou-se imprescindível
um controle refinado, pois sendo um bem cada vez mais escasso para a
humanidade, precisa ser utilizada de forma racional. No estudo apresentado, o
índice de Perdas Físicas decaiu nos últimos anos em decorrência da implantação
do sistema de automação, assim como aumentou também o nível de qualificação
dos empregados envolvidos Também na operação do sistema de abastecimento
os resultados se apresentam mais eficientes, através da minimização das rotinas
de produção e distribuição por controles automáticos e muito mais eficazes.
Obter controle sobre o índice de perdas de água é uma maneira de estar
utilizando de forma racional os recursos naturais, sem prejuízo para o meio
ambiente.

BIBLIOGRAFIA
ABNT. NBR 6022: Informação e documentação. Artigo em
publicação periódica científica impressa – Apresentação, Rio de
Janeiro, 2003
ANA. Conjuntura dos recursos Hídricos no Brasil: Informe 2014.
Encarte especial sobre a crise hídrica, Brasília, 2015
AZEVEDO, M. N. de; OLIVEIRA, L. J. C. Educação Ambiental
Infantil: A Importância Da Água. Anais do Salão Internacional de
Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 7, n. 3, 2016
BRANQUINHO, M. A.; MORAIS, L. C. de; SEIDL, J.; AZEVEDO, J.
J. de; BRANQUINHO, T. B. Segurança de Automação Industrial e
SCADA. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2014.
COSTA, M. A. O.; TSUKUMO, I. T. L. O. 40 anos de regiões
metropolitanas no Brasil. 2013. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/
livros/livro_40_anos_regioes_metropolitanas_vol01. pdf>. Acesso
em: 11 de setembro de 2018

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