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Escola

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A escola (do grego scholé, através do termo latino schola) e tinha como
significado, “discussão ou conferência”, mas também “folga ou ócio”. Este último
significado, no caso, seria um tempo ocioso onde era possível ter uma conversa
interessante e educativa[1]. Hoje é uma instituição concebida para o ensino de
alunos sob a direção de professores.[2] A maioria dos países tem sistemas formais
de educação, que geralmente são obrigatórios. Nestes sistemas, os estudantes
progridem através de uma série de níveis escolares e sucessivos. Os nomes para
Prédio escolar na Inglaterra, em
esses níveis nas escolas variam por país, mas geralmente incluem o ensino 2007.
fundamental (ensino básico) para crianças e o ensino médio (ensino secundário)
para os adolescentes que concluíram o fundamental.[3] Uma instituição onde o
ensino superior é ensinado, é comumente chamada de faculdade ou universidade.

Além destas, os alunos também podem frequentar outras instituições escolares, antes e depois do ensino fundamental. A pré-
escola fornece uma escolaridade básica para as crianças mais jovens. As profissionalizantes, faculdades ou seminários podem
estar disponíveis antes, durante ou depois do ensino médio. A escola também pode ser dedicada a um campo particular,
como uma escola de economia ou de música, por exemplo.

As escolas podem ser públicas ou particulares. Podem ser mistas, femininas ou masculinas. Podem ser colégios de aplicação.
Podem ser exclusivas para crianças com necessidades especiais. Podem ser escolas religiosas. Escolas para adultos incluem
instituições de alfabetização, de treinamento corporativo, militar e escolas de negócios.

Índice
História e Desenvolvimento das escolas
Componentes da maioria das escolas
Segurança
Ver também
Referências
Ligações externas

Escola primária nas áreas


liberadas pelo PAIGC, em História e Desenvolvimento das escolas
Guiné-Bissau, em 1974.
O conceito de unir estudantes em um local separado para a aprendizagem existe desde a
Antiguidade Clássica. O ensino fundamental existe provavelmente desde a Grécia antiga,
Roma antiga, Índia antiga e China antiga. O Império Bizantino tinha um sistema de ensino criado a partir do nível primário.
De acordo com Bentley (2006), a fundação do sistema de educação primária começou em 425 quando "... o pessoal militar
geralmente tinha pelo menos o ensino primário ...". Apesar de Bizâncio ter perdido muito da grandiosidade da cultura
romana, o Império enfatizou a eficiência nos seus manuais de guerra. O sistema de ensino bizantino continuou até o colapso
do império em 1453.[4]
O Islã foi outra cultura que desenvolveu um sistema escolar, no sentido moderno
da palavra. Na Europa, foi durante os séculos XIV e XV que ocorreu a expansão
das escolas devido, em grande parte, aos esforços catequistas da Igreja na busca
de fiéis. "(...) é preciso estudar a Bíblia para chegar a Deus, e as palavras da
liturgia não toleram imprecisão. Cabe à Igreja atrair fiéis, que devem conhecer
as preces e os preceitos.". Assim, os dois últimos séculos da Idade Média
presenciam a expansão da escrita, tanto em latim quanto na língua vulgar.[5]

Destinadas as crianças entre sete e


quatorze anos, aos poucos a escola Missionários cristãos
traz o livro do domínio eclesiástico e desempenharam um papel central
na criação de escolas modernas na
político para o uso quotidiano.
Índia. Foto de 2007.
Expande-se para os estabelecimentos
comerciais ("livros de contas") e chega
à zona rural nos contratos de venda ou locação, mesmo para posses pequenas.
Também nas profissões, a escola exerce grande influência: frequentar a escola
constitui uma prova de honradez, útil para conseguir um bom casamento, tornar-
Local de eventos de uma escola
se administrador dos bens da paróquia ou magistrado municipal: scolae scalae
municipal de Goiânia, em Goiás, no
Brasil, em 2009. ("a escola é uma escada").[5]

Estas escolas eram presididas por um eclesiástico, scholasticus, subordinado ao


bispado, daí o nome de escolástica dado à doutrina e à prática de ensino. Há uma forte demanda por elas, mais para moços,
citadinos e mercadores do que para moças, camponeses e pequenos vendedores. Apesar do estímulo à formação de clérigos
por Carlos Magno (768-814) e da referência às escolas em 1215 no Concílio de Latrão, não há uma estrutura escolar
uniforme, como uma escola por paróquia.[5]

O magistério tem maior concentração nas regiões mais desenvolvidas. Os mosteiros beneditinos recebem rapazes e moças e
os jovens pensionistas sempre se tornam monges. Os conventos e confrarias também podem manter escolas, assim como
hospitais e orfanatos. Fundar, subvencionar e manter uma escola constitui um ato de misericórdia. A escola pode funcionar
ainda, sobretudo na Itália, como empresa privada subvencionada pela comuna. Em uma escala mais reduzida, os mercadores
ensinam, a seus aprendizes, as bases da escrita e do cálculo.[5]

A oferta assume várias formas, bem adaptada à demanda dos pais e inserida na continuidade da educação familiar, centrada
na aprendizagem dos valores, na socialização e na aquisição de competências precisas. Este tipo de oferta tem seus
inconvenientes: a flexibilidade de suas estruturas resulta em um funcionamento aleatório; se o pároco muda ou o mestre
decide viajar, a escola para de funcionar.[5]

Na França, as escolas elementares só surgiram na segunda metade do século XIII, e se multiplicaram entre 1350 e 1450. As
escolas rurais são relativamente bem conhecidas no norte, na Champanha e na Normandia, ou em toda região rica e
urbanizada que tem muitos clérigos a formar e muitos monges para formá-los. No norte, em 1449, das 156 aldeias de
Flandres, 152 possuem uma escola. Na zona rural, a escola raramente ensina a escrever: "saber ler é uma função intelectual
valorizada, saber escrever é uma habilidade manual vagamente desprezada". Na cidade, há todos os tipos de escola (cursos
em latim ou em língua vulgar), assim como todos os níveis de ensino. No norte, Lille e Saint-Omer possuem trinta escolas,
quase uma por paróquia, e Douai possui sete escolas. Em Valenciennes, que conta com vinte escolas em 1337 e 49 em 1388,
há, nessa data, 516 crianças (145 meninas) escolarizadas entre sete e dez anos.[5]

Componentes da maioria das escolas


As escolas são espaços organizados propostos para o ensino e a aprendizagem. As salas de aula, onde os professores ensinam
e os alunos aprendem, são de importância central, mas as escolas típicas têm muitas outras áreas, que podem incluir:

Cantina ou refeitório, onde os alunos almoçam ou lancham;


Quadra de esportes ou ginásio, local onde os alunos participam em esportes ou educação física prática;
Auditório ou sala onde acontecem eventos, tais como assembleias;
Escritório ou coordenação, onde o trabalho administrativo da escola é feito;
Biblioteca, onde os alunos consultam livros e revistas e muitas vezes usam
computadores;
Salas de aula especializadas, incluindo laboratórios de ciência;
Laboratórios de informática, onde o computador com internet é usado para
trabalhos.[6]

Segurança
A segurança dos funcionários e alunos é um problema crescente para as
comunidades escolares e a maioria das escolas está tendo que aprimorar seus
Quadra da Escola 7 de Setembro
sistemas de segurança. Para evitar fatos como o massacre de Realengo, estão em Rondônia, no Brasil, em 2015.
sendo criados planos para proteger alunos e funcionários em caso de um tiroteio
na escola. Algumas escolas têm tomado medidas como a instalação de detectores
de metal ou de vigilância por vídeo.[7]

Outros problemas de segurança enfrentados pelas escolas incluem atentados terroristas, gangues, vandalismos[8] e
bullying.[9]

Ver também
Cheque escolar
Educação a distância
Educação escolar
Educação infantil
Ensino
Ensino básico
Ensino doméstico
Ensino secundário
Escola autónoma
Universidade
Pós-graduação

Referências
1. Etimologia de “escola”, Gramatica.net.br (https://www.gramatica.net.br/origem-das-palavras/etimologia-de-escola/)
2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 687.
3. Terra. «O que significa a escola na vida do adolescente» (http://noticias.terra.com.br/educacao/voltaasaulas/2009/intern
a/0,,OI3601358-EI12664,00-O+que+significa+a+escola+na+vida+do+adolescente.html). Consultado em 27 de março de
2012
4. Bentley, Jerry H. (2006). Traditions & Encounters a Global Perspective on the Past. New York: McGraw-Hil. p. 331
5. Revista História Viva, 05, pg. 48-49. Editora Duetto (março 2004).
6. Abril. «Laboratório de informática - Educar para crescer» (http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/laboratori
o-informatica-403927.shtml). Consultado em 27 de março de 2012
7. «Projetos de lei propõem instalação de detectores de metal nas escolas» (http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/n
oticia/2011/04/projetos-de-lei-propoem-instalacao-de-detectores-de-metal-nas-escolas.html). G1. Consultado em 27 de
março de 2012
8. «School Vandalism Takes Its Toll» (https://web.archive.org/web/20091206091739/http://wrensolutions.com/EducationBlo
g/tabid/532/EntryID/55/Default.aspx). Wrensolutions.com. Consultado em 3 de outubro de 2009. Arquivado do original (h
ttp://wrensolutions.com/EducationBlog/tabid/532/EntryID/55/Default.aspx) em 6 de dezembro de 2009
9. «Bulling, Anti-bullying Legislation, and School Safety» (https://web.archive.org/web/20091025003300/http://www.schools
ecurity.org/trends/bullying.html). Schoolsecurity.org. Consultado em 3 de outubro de 2009. Arquivado do original (http://w
ww.schoolsecurity.org/trends/bullying.html) em 25 de outubro de 2009

Ligações externas
"Modelos de Escolas na Idade Média" (http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/modelos/index.htm)
"As Escolas na Idade Média" (http://idademedia.wetpaint.com/page/As+escolas+na+Idade+M%C3%A9dia)
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Esta página foi editada pela última vez às 15h17min de 25 de abril de 2019.

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