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Moju
2012
Eliezer Pereira Cavalheiro
Carlos Rodrigo Cardoso de Macedo
Moju
2012
Dados Internacionais de catalogação-na-publicação (CIP)
Biblioteca da Universidade do Estado do Pará, Moju – PA
1. Psicologia Educacional. 2. Mediação Social. I. Macedo, Carlos Rodrigo Cardoso de. II.
Darwich, Antonio Sergio Vasconcelos, orient. III. Título.
Banca Examinadora
_______________________________________ - Orientador
Profº Antonio Sergio Vasconcelos Darwich
Msc. em Educação (Psicologia da Educação)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
______________________________________
Profª Lígia Amaral Filgueiras
Msc. em Biologia de Água Doce e Pesca Interior
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
______________________________________
Profª Priscyla Cristinny Santiago da Luz
Msc. em Educação em Ciências e Matemáticas
Universidade Federal do Pará
Aos meus pais pelo apoio irrestrito em todos
os momentos de minha vida.
Carlos Macedo
À minha avó Maria José pelo amor
incondicional.
Eliezer Cavalheiro
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado forças nas horas mais
difíceis da minha vida.
Aos meus pais José Macedo e Maria dos Anjos, por me proporcionar uma
ótima educação.
A todos da minha família que sempre me apoiaram, e me incentivaram
nessa caminhada acadêmica.
Aos meus amigos que sempre acreditaram em mim, em especial, Valdino
Teixeira.
Ao Prof. Msc. Sérgio Darwich que me instruiu e auxiliou para realização
deste trabalho.
Carlos Macedo
A Deus, por tudo o que tem feito na minha vida. Sem o senhor, eu jamais
teria conseguido. Muito obrigado meu pai.
A todos os meus familiares por todo apoio no decorrer de minha carreira
acadêmica, em especial à minha avó Maria José.
A todos os meus amigos que nunca deixaram de acreditar em mim,
quando eu mesmo não acreditava mais.
Em especial aos meus amigos Jamesson, Jainses, Leandro, Samuel,
Tobias, Manuel, Francisco, Sirineu, Eudes, Leno, Joânio e Marcos que sempre
estiveram por perto e sempre acreditaram em mim.
Ao Prof. M.sc. Sérgio Darwich por toda paciência e colaboração na minha
vida universitária.
A UEPA por todo o ensino e apoio que consegui nesses quatro anos de
curso.
Eliezer Cavalheiro
O único “bom aprendizado” é o que é para
o avanço do desenvolvimento.
Lev Vigotski
RESUMO
Esta pesquisa foi realizada com quatro alunos (dois do sexo masculino e dois do sexo
feminino) de uma turma de 9º ano do ciclo fundamental na escola pública Oton Gomes
no município de Moju-Pa. A metodologia utilizada foi a do método descritivo-explicativo
de Vigotski. O objetivo deste trabalho é mostrar a importância que a mediação do
professor tem na aprendizagem de conceitos científicos. Para a coleta de dados
utilizou-se conceitos relativos ao ensino biológico de cadeia alimentar. O resultado
desta pesquisa mostrou que a mediação que o professor exerce em sala de aula é o
principal meio pelo qual se dá a aprendizagem de conceitos científicos. Assim sendo, a
partir da intervenção do professor houve um aumento de 30,43% para 78,58% nas
formas de pensamento científico.
This research was conducted with four students (two male and two female) of a class
of 9th grade in primary level in public school Oton Gomes in the municipality of Moju-
Pa. The methodology used was descriptive-explanatory method of Vygotsky. The
objective of this work is to show the importance that the mediation of the teacher has
on learning of scientific concepts. To collect the data we used concepts related to
teaching biological of food chain. The research result showed that the mediation that
the teacher plays in the classroom is the principal means by which it gives to learning
scientific concepts. Thus, from the teacher's intervention had an increase of 30.43%
to 78.58% in the shapes of scientific thinking.
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 15
1. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................... 17
2. METODOLOGIA .......................................................................................... 29
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................. 60
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 63
APÊNDICE ......................................................................................................................................... 66
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INTRODUÇÃO
Enfim, tentamos contribuir com este trabalho não somente para a melhoria
do ensino de ciências, mas, acima de tudo, refletir criticamente sobre as condições
ainda muito difíceis da educação pública brasileira.
17
1. REFERENCIAL TEÓRICO
personalidade torna-se para si aquilo que ela é em si, através daquilo que ela
antes manifesta como seu em si para os outros. Este é o processo de
constituição da personalidade. Daí está claro, porque necessariamente tudo
o que é interno nas funções superiores ter sido externo: isto é, ter sido para
os outros, aquilo que agora é para si. Isto é o centro de todo o problema do
interno e do externo (VIGOTSKI, 2000, p. 24).
1
Este conceito foi traduzido para o português nas seguintes maneiras: zona de desenvolvimento
próximo (Vigotski, 1993), zona de desenvolvimento proximal (Vigotski, 1998) e zona de
desenvolvimento imediato (Vigotski, 2001). Há outras traduções, como zona de desenvolvimento
iminente e zona de desenvolvimento mais próximo que, embora importantes para a discussão
epistemológica, não foram utilizadas neste trabalho.
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intrapsicológico, mas este processo é insuficiente para abstrair traços em comum dos
objetos e formular conceitos e categorias estáveis no pensamento. No estágio dos
complexos, a palavra sugere “acima de tudo um sistema de recordações diretas”
(LURIA, 1994, p. 38). Como exemplo de complexos, apresentamos a relação entre a
palavra cachorro (imagem) e late (situação).
aos grupos de eventos, situações e objetos que representam. Aqui, por exemplo, a
palavra vegetal não se corresponde diretamente com um fato objetivo correspondente,
mas com um sistema de relações conceito-conceito, hierarquicamente relacionados:
ser vivo – vegetal – gramínea – trigo (LURIA, 1987; 1994; VIGOTSKI, 2001).
aquela que mais ocupa o tempo ou a que mais proporciona prazer à criança, mas a
que mais motiva e impulsiona o desenvolvimento da personalidade: O período pré-
escolar é caracterizado por ter como atividade dominante ou principal, a brincadeira e
o pensamento do tipo figurado-emocional. (...) “a brincadeira não é uma forma
predominante de atividade, mas, em certo sentido, é a linha principal do
desenvolvimento na idade pré-escolar” (VIGOTSKI, 2004, p. 2).
2. METODOLOGIA
Nosso trabalho investiga como as relações sociais (ou mediações sociais)
determinam a aprendizagem. Como consequência, trata-se de estudar um processo
em movimento e não um objeto estático; trata-se de estudar os aspectos externos e
internos (desenvolvimento) dos fenômenos. Nesta seção, discutiremos os passos da
metodologia utilizada neste trabalho.
2º. Sujeitos escrevem outro texto sobre cadeia alimentar baseado no texto lido
anteriormente.
3º. Discussão em grupo entre pesquisador e sujeitos sobre o texto refeito.
4º. Sujeitos realizam nova reescrita considerando discussão com o pesquisador.
Preferências alimentares...
Da mesma forma que nós, seres humanos temos nosso prato predileto,
os outros seres vivos também têm. Como já vimos, as plantas são as únicas que
conseguem produzir seu próprio alimento, por isso são chamadas de produtoras.
Existem animais que só gostam de se alimentar de plantas e este grupo recebe o
nome de consumidores primários. Como exemplo de consumidores primários
temos o rato e o coelho. Existem aqueles animais que se alimentam dos
consumidores primários, estes são os consumidores secundários e os exemplos
são pássaros e cobras. Outros animais de grande porte têm como prato predileto os
consumidores secundários e este grupo é chamado de consumidor terciário, o
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Figura 1. http://www.sobiologia.com.br/figuras/Ecologia/cadeiaalimentar.jpg
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Cadeia Alimentar
Cada ser vivo possuem o seu próprio cardapio alimentar tem planta,
pássaro, gato e o leão que e o topo da cadeia alimentar.
E isso que eu aprendi nesse texto sobre cadeia alimentar.
Categorias
Períodos Recortes de
conceitos
A cadeia alimentar e composta por primário,
P.P.C
secundário, terciário
a cadeia alimentar forma o ciclo da vida um
1º período
animal se alimenta de outro e pode chegar
P.P.C
outro animal maior e fazer dele seu próprio
alimento.
Cada ser vivo possuem o seu próprio cardapio
2º período alimentar tem planta, pássaro, gato e o leão P.S
que e o topo da cadeia alimentar.
A leitura do texto disponibilizado pelo professor não foi suficiente para que
o aluno João se apropriasse dos conceitos científicos que envolvem o assunto de
cadeia alimentar.
Cadeia Alimentar
Categorias
Períodos Recortes de
conceitos
Cadeia alimentar
Categorias
Períodos Recortes de
conceitos
Cadeia alimentar
verduras, e legumes essa nossa alimentação e diferente dos outros seres vivos
alguns se alimentam de folhas como os gafanhotos, lagartas, ratos, coelhos outros
de carne como os leões a cadeia alimenta e muito importante para não aver um
desequilíbrio arquiologico.
Categorias
Períodos Recortes de
conceitos
Na natureza os seres vivos tem uma
forma diferente de se alimentar, todo
esse processo comesa com as P.P.C
plantas, elas se alimentam do solo e
da luz solar.
Depois vem um consumido primário
que se alimenta da planta que são C
ratos e coelhos
1º período
logo após vem o consumido
secundário que se alimenta do C
consumido primeiro
e depois o consumido terciário de se
C
alimenta do consumido secundário
mas todos esses morrem um dia e
são alimentos para fungos e C
bactéria.
Cada seres vivo tem seu alimento
predileto, mas alguns criam
2º período vantagens sobre isso como nós P.S
seres humanos que se alimentamos
de carnes, verduras, e legumes
essa nossa alimentação e diferente P.P.C
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Cadeia alimentar
Categorias
Períodos Recortes de
conceitos
Por fim, em seu texto o aluno não conceituou os decompositores, mas pode
significar que ele apenas se esqueceu e não que não tenha aprendido.
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Cadeia Alimentar
Categorias
Períodos Conceitos de
conceitos
Cadeia alimentar
Cadeia alimentar é uma forma de outro ângulo de se alimentar, quando
você for observa como é essa cadeia alimentar você vai ver ela desse jeito: uma
folha vem um gafanhoto para se alimentar da folha, vem um pássaro para se
alimentar do gafanhoto, e vem um gato para se alimentar do pássaro. É assim que
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Categorias
Períodos Conceitos de
conceitos
Cadeia alimentar é uma forma de outro
ângulo de se alimentar, quando você for
observa como é essa cadeia alimentar
você vai ver ela desse jeito: uma folha
1º período vem um gafanhoto para se alimentar da P.S.
folha, vem um pássaro para se
alimentar do gafanhoto, e vem um gato
para se alimentar do pássaro. É assim
que se forma uma cadeia.
Para fazer uma cadeia alimentar é
preciso de um produtor, de um cons.
2º período P.P.C
primário, de um cons. secundário, de
um cons. terciário.
Os decompositores são fungos e
P.P.C
bactéria.
Cadeia alimentar
fungos e bactérias
Categorias
Períodos Conceitos
de conceitos
A cadeia alimentar é uns dos processos
mas comuns na natureza e é muito
importante, as plantas como produtoras
produz seu próprio alimento através da C
energia sola e nutrientes do solo esse
processo também é conhecido como
1º período fotossíntese.
Depois vem os herbívoros que são
conhecidos como consumidores
primários que se alimentam das
C
produtoras ou seja as plantas são
exemplos de consumidores primários
gafanhotos, e lagartas.
Os consumidores secundários são
2º período aqueles que se alimento dos primários, C
como exemplo a gato
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CATEGORIAS FREQUÊNCIA %
P.S 03 13,02
P.P.C 14 60,76
C 06 26,04
CATEGORIAS FREQUÊNCIA %
P.S 02 7,14
P.P.C 04 14,28
C 22 78,58
Individualmente, podemos dizer que João não só elabora melhor seu texto,
se apropria de informações necessárias, eleva as ocorrências de componentes
lógicos, como chega a apresentar um sistema de conceitos e a esboçar a
generalização destes.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política, Livro III, Volume V. São
Paulo: Editora Nova Cultural, 1988.
APÊNDICE
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