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. A mulher assumiu um papel social de reprodutora, negando-se assim, o seu prazer e a sua
oportunidade de escolha
. A mulher branca, assume o papel de status diante da mulher indígena e negra, no entanto,
permanece subordinada ao homem
. Instrução: Lavar, coser e afazeres domésticos (na sociedade portuguesa, não havia espaço para a
instrução feminina)
Durante o período colonial, a mulher começa a se destacar, quando exerce cargos em momentos de
ameaça ao poder português e ausência masculina. Mesmo relegadas a passividade, se mostraram
hábeis administradoras e líderes quando tiveram a oportunidade de demonstrar suas habilidades.
As duas capitanias hereditárias bem sucedidas, foram governadas por mulheres: Ana Pimentel,
esposa de Martim Afonso de Souza, assume a capitania de São Vicente após o retorno do marido à
Portugal e Brites de Albuquerque, esposa de Duarte Pereira, governou a capitania de Pernambuco
por alguns anos. A índia Clara Camarão, juntamente com outras mulheres, participaram
ativamente da luta contra os holandeses, as mulheres lutavam enquanto os homens descansavam e
almoçavam e vice-versa.
. Mal se iniciam no mundo das letras, as mulheres se destacam na imprensa, sendo o período
imperial, muito rico na criação de periódicos femininos, em sua grande maioria, de caráter
conservador e voltado para a vida de casa
. A primeira mulher à ingressar no ensino superior foi Rita Lobato, no ano de 1881, graduando-se
em 1887 como médica. O direito a matrícula em ensino superior só foi permitido as mulheres em
1877
O período é marcado pelo início do feminismo no Brasil. Dentre os principais nomes se destacam
Nísia Floresta Brasileira Augusta (codinome de Dionísia Gonçalves), professora, abolicionista e
defensora da república. Traduziu em 1853 a obra “Direito das mulheres e injustiça dos homens” e
também fundou a primeira escola para mulheres no Rio de Janeiro em 1838.
Outro destaque é Maria Firmina dos reis, romancista brasileira e ex-escrava. Escreveu um dos
grandes romances da época: Úrsula, de caráter abolicionista
- República
. O primeiro código civil brasileiro, instituído em 1916, reforça preconceitos sobre a mulher, sendo
consideradas como “cidadãs de segunda categoria”:
→ Após o casamento, cabia ao marido a autorização para trabalhar, realizar operações financeiras e
fixar residência
→ A não-virgindade poderia ser usada como motivo para anulação do casamento e desonra social
→ Assim como as crianças, portadores de deficiências mentais, mendigos e índios, a mulher casada
era considerada incapaz juridicamente
. É criado em 1910, o PRF (Partido republicano Feminino), primeira força que pretendia iniciar a
mulher no mundo eleitoral
. O Voto Feminino:
→ A primeira mulher brasileira a ter o voto reconhecido foi a professora Celina Guimarães Viana
de Mossoró / RN , em 1927. O Rio Grande do Norte, possuía legislação que garantia que “poderia
votar e ser votados, sem distinção de sexos, todos os cidadãos que reunirem as condições exigidas
por esta lei” (Lei 660/1917)
→ N o ano seguinte (1928), foi eleita a primeira prefeita da América Latina: Luíza Alzira Soriano
Teixeira, na cidade de Lajes / RN
. Em 1948, a greve dos ferroviários de Cruzeiro, SP, foi iniciada pelas mulheres que se deitaram nos
trilhos e impediu que os trens circulassem normalmente. Mesmo muito limitada pelas leis e pela
cultura machista, a mulher rapidamente inicia a sua participação na oposição política
. Em 1952, realiza-se a 1a Assembleia Nacional de Mulheres. O evento que teria como objetivo
principal a defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras, foi marcado pelo protesto contra o envio
de jovens brasileiros à guerra da Coréia. Nesse evento, Elisa Branco, foi presa por levantar uma
faixa com a mensagem “Nossos filhos não irão para a Coréia”, permanecendo encarcerada por 3
anos
. Através das revindicações femininas, em 1962, conquistam o direito ao trabalho sem necessidade
do consentimento do marido. O longo período de luta marcado pela repressão e pela morte das
mulheres militantes, permitiu um legado de conquista de direito para todas as mulheres
. Decretado o AI-5 no final do ano de 1968, fecham-se as alternativas à oposição. A mulher então se
vê envolvida na luta armada e na participação nos partidos, então, postos na ilegalidade
→ A estimativa da participação feminina na luta armada, segundo Maria Teles, fica em torno de
11,7%. Esse valor foi calculado com base nos 340 nomes registrados no Comitê Brasileiro de
Anistia, onde 40 nomes constavam com mulheres desaparecidas ou assassinadas pelo regime militar
→ No entanto, precisou ainda assim, lutar com o machismo encontrado até mesmo nos meios
revolucionários: Os homens tinham a tendência de esperar que a força feminina fosse demonstrada
através do revestimento de uma atitude feminina, seus nomes foram consideravelmente apagados
dessa História e o comando das ações, ficou relegado, exceto em casos emergenciais, aos homens
. 1983 – 1985: Criação do conselho Estadual da Condição Feminina, órgão estatal responsável por
garantir a cidadania plena a mulher e da Delegacia da Mulher, ambos em São Paulo
. 1988: A primeira constituição após a redemocratização, marca a Igualdade perante a lei entre
. 2003: Criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, um dos canais da secretaria é o 180,
canal de denúncias de casos de violência contra a mulher
. 2006: Criação da Lei Maria da Penha, marco no combate a violência contra a mulher
O Material didático, aliado ao debate em sala de aula e às experiências do dia-a-dia, mostram que
a limitação que se diz natural à mulher é um condicionamento social. Como exemplo, vimos
mulheres que lutaram em revoluções, ocuparam cargos políticos, participaram da sociedade, além
disso, no cotidiano, vemos mulheres solteiras cuidando de famílias, sustentando casas e
trabalhando em funções até então garantidas à homens
→ O direito da mulher e a lei
Devido ao nosso caráter conservador, temos sempre a tendência a considerar que os debates e
revindicações que circulam na sociedade, são desnecessários ou ultrapassados. No caso da mulher
e de outras parcelas excluídas da cidadania, sempre se aponta uma resposta como “basta se impor
que o problema se resolve”, ou até mesmo usamos justificativas ultrapassadas como “o direito
masculino” sobre o resto da sociedade, no entanto, ao observar a figura, vemos que algumas
questões muito “ultrapassadas” ainda estão sendo discutidas e ainda se apresentam como
empecilho na aquisição de direitos. Aliado a observação da imagem, procure criar um argumento,
respondendo aos seguintes quesionamentos:
“A Arábia Saudita talvez seja a nação com o regime mais extremista religioso do planeta, onde mulheres e
minorias religiosas são tratadas como segunda classe e os gays são considerados criminosos. A Arábia
Saudita também difunde a ideologia wahabbita, que é uma vertente ultra-radical do islamismo sunita adotada
pelo ISIS (Grupo Estado Islâmico ou Daesh), Al Qaeda, Al Shabab (grupo terrorista da Somália), Taleban e
Boko Haram. Ainda assim, o regime misógino, homofóbico e islamofascista dominado por um braço da
família Saud segue como o maior aliado dos EUA no mundo árabe e no mundo islâmico. Isso se deve tanto
ao petróleo como interesses geopolíticos comuns, como conter o Irã.”
Retirado de http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/por-que-os-eua-sao-aliados-da-arabia-saudita/
Através do texto acima, a observação da imagem abaixo e as questões propostas no final, além do
debate proposto em sala de aula, procure construir um argumento sobre o tema “colonização e
direitos da mulher”
Retirado de https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/esporte/2018/02/28/princesa-saudita-diz-que-direito-das-
mulheres-vai-alem-de-poder-dirigir.htm
. Quais as relações entre a imposição religiosa e o domínio europeu na nossa sociedade de hoje
relacionada ao déficit social?
. Qual a relação pode ser estabelecida entre a colonização (Estatal e religiosa) do século XVI em
diante no Brasil e nos países orientais / Asiáticos de hoje?
Questões:
TEXTO I
Terezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão
Acudiu três cavalheiros
Todos os três de Chapéu na mão
BATISTA, M. F. B. M; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiros da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado)
TEXTO II
Outra interpretação [e feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a
criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na
vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música
prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento,
estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a
época e circunstância de sua vida.
O comentário do Texto II sobre o Texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados
contextos
No texto, destaca-se uma justificativa para a relevância da lei que visa a garantir novos direitos aos
empregados domésticos. De acordo com o texto, a criação dessa lei se relaciona principalmente ao
seguinte fator: