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CURSO DE ATENDIMENTO

PRÉ-HOSPITALAR BÁSICO
SEÇÃO DE DOUTRINA, ENSINO E PESQUISA

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

GRUPAMENTO DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR


GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

SERVIÇO DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS


PRÉ-HOSPITALAR
Para iniciar o estudo do Atendimento Pré-Hospitalar (APH), é importante
que o leitor entenda que esse serviço não pode ser visto ou entendido como um
componente isolado na assistência ao paciente. O APH é integrante de uma rede
de respostas às urgências e emergências, articulando-se de maneira constante

R
e ininterrupta com a Atenção Básica (Unidades Básicas de Saúde e Estratégia

LA
de Saúde da Família), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e rede hospitalar.

TA
O Atendimento Pré-Hospitalar é a assistência oferecida ao indivíduo acom-
etido por quadros agudos de origem clínica, traumática, obstétrica ou em saúde

PI
mental fora do ambiente hospitalar e que devido a condição clínica apresentada
estão sob risco de morte ou sequelas. O APH é definido como fixo quando ofere-

S
cido por unidades ou equipes não hospitalares, tais como Unidades Básicas de

HO
Saúde, Unidades Não Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências
e equipes da Estratégia de Saúde da Família ou Programa de Agentes Comu-

PR SA
nitários de Saúde. Já o APH móvel é o atendimento que se desloca até a vítima e

É-
quem tem como serviços públicos aqueles realizados pelos Corpos de Bombeiros

IA UI
e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

NC SQ
No Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), relatos de
serviços de APH são observados ainda nos primórdios de sua implantação na

GÊ PE
capital federal, mas somente entre o final da década de 1980 e início da década
de 1990 é que se percebe essa modalidade de assistência de maneira estrutura-
da e orgânica, principalmente a partir da criação do primeiro curso de especial-

ER O E
ização em APH na corporação, o Estágio de Socorros de Urgência, em seguida
substituído pelo Curso de Socorros de Urgência em Atendimento Pré-Hospitalar
(CSU/APH). Um marco fundamental para a consolidação do APH como serviço
EM IN
ofertado pelo CBMDF foi à criação da 1ª e 2ª Companhias Independentes de
Emergência Médica (CIAEM e em seguida CIEM), o que atualmente é o Grupa-
DEENS

mento de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar (GAEPH).

Durante décadas, os Corpos de Bombeiros voluntariaram-se em cobrir a


TO A

lacuna deixada pelos setores da saúde na assistência pré-hospitalar. Entretan-


EN IN

to, ao promulgar o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e


Emergência, o Ministério da Saúde reservou aos Corpos de Bombeiros o papel
secundário no APH, demonstrando uma visão pouco regionalizada dos serviços
M TR

pré-hospitalares já estabelecidos e consolidados em diversas corporações, tal


como o caso do Distrito Federal. Cabe destacar ainda que, o APH ofertado pelo
DI U

CBMDF possui previsão legal na Lei Federal nº 8.255, de 20 de novembro de


EN DO

1991, incluído pela Lei Federal nº 12.086, de 2009 e que já em meados da déca-
da de 1990, a Lei Distrital nº 891, de 26 de julho de 1995, já atribuía ao CBMDF
a execução de atividades de Atendimento Pré-Hospitalar ao Trauma.
AT DE

Nos últimos 5 anos, esforços têm sido empreendidos para se adequar o


serviço de APH do CBMDF ao preconizado na Portaria nº 2048, de 05 de no-
DE ÃO

vembro de 2002, do Ministério da Saúde, principalmente no que diz respeito às


articulações com os componentes do serviço, definição de fluxos e referências
TOSEÇ

da rede de atenção por meio da adesão à Central de Regulação Médica da Sec-


retaria de Saúde do Distrito
  Federal.
 
 
 
 
 
 
NORMALIDADE   URGÊNCIA OU
EMERGÊNCIA
EN

 
PREVENÇÃO
AM

ACIONAMENTO DO
REFERÊNCIA
SERVIÇO
RESOLUTIVA
(CIADE, CENTRAL
UP

(CONFORME A
DE REGULAÇÃO
COMPLEXIDADE)
MÉDICA)
GR

 
RECURSOS
(HUMANOS E
MATERIAIS)

Forma de resposta do Atendimento pré-hospitalar fixo.


O P R OF I SS IO NA L DE ATENDI M ENT O P RÉ-H O S P I TA L A R
O profissional de atendimento pré-hospitalar é comumente denominado

R
de socO profissional de atendimento pré-hospitalar é comumente denominado

LA
de socorrista. Ainda que frequentemente haja confusão entre os termos socor-
rista e emergencista, adotaremos o primeiro por ser o termo consagrado no

TA
serviço de APH. No CBMDF, socorrista é o profissional bombeiro militar capacita-
do e habilitado por meio de cursos de especialização e atualizações para realizar
atividades de atendimento pré-hospitalar em dois níveis de atuação:

PI

SERVIÇO DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS PRÉ-HOSPITALAR


S
• Responsável Técnico: possuidores do Curso de Técnico em Emergên-

HO
cia (CTE) ou Curso de Socorros de Urgência em Atendimento Pré-Hospitalar para
viaturas do tipo C (UR) além de Curso de Técnico em Enfermagem, com registro

PR SA
em conselho de classe, para viaturas do tipo B.

É-
IA UI
• Auxiliar de guarnição: os que preenchem os requisitos para Re-
sponsáveis Técnicos, além dos possuidores do Curso de Atendimento Pré-Hospi-

NC SQ
talar Básico (CAPH-B ou APH-B).

GÊ PE
Assim como qualquer outro profissional, o socorrista deve possuir atrib-
utos específicos para o desempenho do APH. Dessa forma, espera-se do socor-
ER O E
rista:

CAPACIDADE DE LIDERANÇA | CONTROLE EMOCIONAL | CAPACIDADE TÉCNICA


EM IN

PACIÊNCIA E EMPATIA
DEENS

Tais atributos criam condições mais propícias para que as ações desses profis-
sionais sejam orientadas com a mais profunda observância de direitos e deveres,
tanto os relativos à sua atuação, quanto os relacionados ao indivíduo atendido.
TO A

Deveres do socorrista Direitos do socorrista Direitos do paciente


EN IN

* Utilizar equipa- * Ser respeita- * Recusar o aten-


M TR

mentos de proteção do; dimento se lhe cou-


individual; * Não sofrer ber o consentimento
DI U

* Gerenciar riscos qualquer tipo de explícito;


EN DO

e empreender ações violência física e/ou * Denunciar quem


de controle da segu- psicológica; não lhe prestou
AT DE

rança; * Agir somente atendimento quan-


* Respeitar os di- dentro dos limites do deveria prestar
DE ÃO

reitos humanos; de sua competência ou violou normas de


* Agir em confor- técnica; conduta, éticas e de
TOSEÇ

midade com os proto- * Ter à sua dis- direitos humanos;


colos estabelecidos no posição os recursos * Ter atendimento
CBMDF; necessários para o com qualidade;
* Não agir além de atendimento dentro * Receber trata-
sua competência pro- dos limites de sua mento humanizado,
EN

fissional; competência; respeitoso e sem dis-


* Trabalhar de ma- * Não ser impe- criminação de qual-
AM

neira a cooperar com dido de agir dentro quer natureza.


a CIADE e Central de dos limites dos pro-
UP

Regulação; tocolos estabeleci-


* Não causar dano dos pelo CBMDF ou
GR

adicional ao paciente. por orientação do


médico regulador.
Deveres/direitos dos socorristas e direitos do paciente.
A recusa pelo atendimento é um direito do paciente. Após a avaliação da víti-
ma e observado que ela está lúcida e orientada e não está em risco de morte, ela
poderá dispensar o atendimento da equipe de socorro. Todavia, situações onde
há a negativa da assistência por parte do paciente, traz consigo questionamen-

R
tos éticos sobre até onde o socorrista deve agir nesses casos, já que a natureza

LA
de urgência e emergências dos eventos possuem potencial risco de morte. Dessa
forma, é importante que sejam abordados conceitos de consentimento explícito

TA
e implícito.

PI
• Consentimento explícito: é o consentimento manifestado pelo paciente
quando goza em plenitude de suas faculdades mentais, ou, em casos de impos-

S
sibilidade, é manifestado por familiar ou responsável legal.

HO
PR SA
• Consentimento implícito: é implícito o consentimento inferido em

É-
situações de grave perigo à vida ou risco de lesões adicionais e sequelas, em

IA UI
condições de inconsciência, alteração mental e ainda quando o atendimento é
direcionado à menores sem a presença do responsável legal.

NC SQ
O socorrista, quando em atuação no Atendimento Pré-Hospitalar, também
está sujeito a observância de normas legais. Assim, poderá ser responsabilizado

GÊ PE
criminalmente quando agindo culposamente por imprudência, negligência ou
imperícia se o resultado for danoso ao paciente.

ER O E
Vale ressaltar ainda que culpa é a prática voluntária de uma conduta sem
a devida atenção ou cuidado da qual, deflui o resultado previsto na lei como
EM IN
crime, não desejado nem previsto, mas previsível. E dolo é a conduta intencional
de violar a lei por ação ou omissão com pleno conhecimento da criminalidade do
DEENS

que se está fazendo.

Dessa forma temos:


TO A
EN IN

• Imprudência: é uma culpa positiva, de quem age, ou seja, aquela que


surge durante a realização de um fato sem o cuidado necessário. Pode ser defin-
M TR

ida como a ação descuidada (ex.: ultrapassagem proibida, excesso de veloci-


dade, trafegar na contramão, manejar arma carregada, jogar uma garrafa de
refrigerante do nono andar de um edifício, numa via de pedestre). É importante
DI U

lembrar que esse tipo de conduta está ligada a ação do agente que não tem
EN DO

competência técnica certificada por órgão competente, ou seja, o agente é tido


como leigo.
AT DE

• Negligência: é deixar de fazer algo implicando em dano a si ou a outrem.


O negligente deixa de tomar as devidas cautelas que deveria antes de agir (ex.:
DE ÃO

deixar de reparar os pneus e verificar os freios antes de viajar, deixar arma ou


substância tóxica ao alcance de crianças, etc.).
TOSEÇ

• Imperícia: é a culpa técnica, em que o agente mostra-se inabilitado


para o exercício de determinada profissão, embora deva estar credenciado e
certificado por órgão competente (ex.: médico vai curar uma ferida e amputa a
perna, atirador de elite que mata a vítima em vez de acertar o criminoso, etc.).
Se a imperícia advier de pessoa que não exerce arte, ofício ou profissão, haverá
EN

imprudência, pois para o reconhecimento da imperícia se presume que o sujeito


tenha conhecimento técnico mínimo. Assim, por exemplo, um curandeiro que
tenta fazer uma operação espiritual ao invés de chamar um médico causando
AM

dano ao paciente incorre em imprudência e não em imperícia. Para melhorar o


entendimento sobre este assunto pode se explicar que a imperícia é uma ação
UP

ou omissão (imprudência ou negligência) do profissional habilitado.


GR

Além disso, a ação ou omissão por parte do socorrista poderá resul-


tar em outros crimes, tais como a omissão de socorro e o abandono de incapaz.
Veja:
• Omissão de socorro: Deixar de prestar assistência, quando possível
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública;

R
LA
• Abandono de incapaz: Abandonar pessoa que está sob seu cuidado
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se

TA
dos riscos resultantes do abandono.

R ECU RS OS M AT ER I AI S

PI

SERVIÇO DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS PRÉ-HOSPITALAR


S
HO
Assim como é fundamental a adequada capacitação dos recursos humanos
para o desempenho de atividades de atendimento pré-hospitalar, é necessário

PR SA
que os serviços coloquem à disposição dos socorristas equipamentos e materiais

É-
de qualidade e em quantidade suficiente. Para melhor apresentação dos recursos

IA UI
materiais, eles serão classificados conforme sua destinação

NC SQ
Eq uipame nto s de Pro teção I n dividu al ( E P I )

GÊ PE
Luvas (látex, couro) | Óculos de proteção | Máscara (cirúrgica ou N95)
Capacete | Joelheiras.
ER O E
Eq uipame nto s para av a liação do p acie n t e
EM IN

Estetoscópio | Esfigmomanômetro | Desfibrilador externo automático (DEA)


Termômetro | Oxímetro de pulso.
DEENS

Equipamentos para ressuscitação (pulmonar e/ou cardio-


pulmonar)
TO A
EN IN

Desfibrilador externo automático (DEA) | Reanimador respiratório do tipo bolsa-


valva-máscara (BVM) | Máscara de reanimação de bolso (Pocket Mask) | Prancha
M TR

de compressão automática | Cânulas orofaríngeas.

Eq uipame nto s para imo b iliz ação e /o u t ran s p o r t e


DI U
EN DO

Tala de imobilização | Tala de tração | Colete de imobilização dorsal | Prancha de


imobilização | Tirante.
AT DE

Eq uipame nto s di v e rso s


DE ÃO

Tesoura | Gaze | Atadura | Torniquete | Aspirador manual.


TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
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AM
EN
TOSEÇ
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GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
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HO
SPI
TA
LA
R

A OCORRÊNCIA
As urgências e emergências pré-hospitalares resultam em ocorrências,
que podem ser eventos de natureza acidental ou intencional, geradas por trau-
ma ou condição patológica capaz de causar sofrimento e risco de lesões, se-
quelas e morte. Ao ser acionada para responde-los, nem sempre temos a exata

R
informação sobre o que se trata ou a magnitude da cena de emergência. Assim,

LA
é de suma importância que determinadas informações sejam o quanto antes
confirmadas, tais como: local exato da ocorrência, com citação de pontos de

TA
referência, que auxiliem a localização; o tipo de emergência; número de vítimas
e gravidade presumida. Dessa maneira a equipe de socorro, durante o desloca-

PI
mento, será capaz de elaborar um planejamento prévio de suas ações iniciais.

S
Seja qual for a natureza da ocorrência (trauma ou clínico) para o Aten-

HO
dimento Pré-Hospitalar é imprescindível que a equipe de socorro empreenda

PR SA
ações que visem o gerenciamento da cena de emergência, com foco especial
para riscos potenciais para a segurança da equipe, da vítima e de terceiros. O

É-
socorrista pode se valer de fitas de isolamento, cones, meios de fortuna (gal-

IA UI
hos de árvores etc.) ou “cordão” humano. O importante é que crie uma área de
atuação segura e isolada da interferência de terceiros e que permita a atuação

NC SQ
e disposição de materiais. Em acidentes de trânsito ou eventos que envolvam
maior risco, a cena de emergência deve ser controlada a partir da divisão em

GÊ PE
três áreas distintas exemplificadas didaticamente da seguinte maneira:

Zona quente: essa região compreende o foco do evento até o mínimo de

ER O E
5 metros de raio. Nesse ambiente devem permanecer apenas bombeiros mili-
tares (APH, Salvamento e Combate a Incêndio) e outros profissionais atuantes
EM IN
no suporte direto à vítima, desde que autorizados. Sua delimitação é apenas
virtual, não sendo necessária a utilização de material de isolamento.
DEENS

Zona morna: segue o fim da zona quente até o mínimo de 5 metros de


raio. Essa área é destina à disposição dos materiais e viaturas e deve ser delimit-
ada com o uso de fitas ou cordas. Aqui permanecem apenas bombeiros militares
TO A

e outros profissionais de assistência pré-hospitalar.


EN IN

Zona fria: segue o fim da zona morna até o mínimo de 5 metros de raio.
M TR

Nessa área podem permanecer viaturas e profissionais de órgãos auxiliares, in-


clusive imprensa. Sua delimitação também é virtual.
DI U

Desenho esquemático do palco de atendimento.


EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM

Fonte: Curso de Resgate Veicular/Manual do Aluno.

Os profissionais de APH que atuam na cena não devem ficar à mercê da


UP

irresponsabilidade ou imprudência de motoristas. Dessa forma, é necessário que


o local do evento seja devidamente sinalizado, observando as orientações a se-
GR

guir:

Pistas retas: a sinalização deve abranger uma distância mínima obtida


em metros acrescentando-se 50% ao valor de velocidade máxima permitida na
via da via. Exemplo: Numa via com velocidade máxima permitida de 80 Km/h
(80 m + 40 m = 120 m) os primeiros cones deverão ser dispostos 120 metros
distantes da zona morna. Em pistas únicas a sinalização deve ser realizada nos
dois sentidos.

R
LA
Pistas sinuosa: quem trafega deve visualizar o primeiro cone de sinal-
ização antes mesmo de visualizar o acidente, mesmo que a distância ultrapasse

TA
o previsto para pistas retas.

PI
Aclive ou declive: seguem as mesmas orientações para pistas sinuosas

S
reforçando a necessidade de medidas de precaução, tal como a utilização de
freio motor e redução da velocidade em declives, tão logo se tome ciência do

HO
acidente.

PR SA
É-
Em outras condições adversas, tal como clima, a distância deve ser au-

IA UI
mentada o suficiente para que se ofereça condições de segurança. Observadas
todas essas condições e uma vez estabelecido o gerenciamento dos riscos, o

NC SQ
socorrista deve iniciar a avaliação do paciente.

GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS

A OCORRÊNCIA
TO A
EN IN

Desenho esquemático da sinalização e isolamento da cena.


M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
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PR SA
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HO
SPI
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LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
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TO A
DEENS
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GÊ PE
NC SQ
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PR SA
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HO
SPI
TA
LA
R

BIOMECÂNICA DO TRAUMA
A atuação da equipe de socorristas será facilitada à medida que sua con-
duta receba auxílio de conhecimentos oriundos de outros campos do saber, tal
como a física, principalmente quando se relaciona com o estudo do movimento

AR
e suas consequências por meio da mecânica. Dessa fusão de saberes, surge a
biomecânica do trauma, disciplina que busca estabelecer relação entre a apli-
cação de forças externas sobre o corpo humano e potenciais consequências

AL
danosas.

IT
Esse conhecimento adicional é de suma importância em qualquer evento

SP
relacionado ao trauma. A partir dele, o socorrista é capaz de inferir ou suspeitar
de possíveis lesões, tendo como ponto de partida da sua análise a apresentação
do cenário de emergência, tais como avarias e danos presentes em veículos,

HO
sinais de violência, etc. Para melhor compreensão, iniciaremos a abordagem do

PR SA
conteúdo com alguns conceitos da física aplicáveis à biomecânica.

É-
IA UI
LEIS E PRINCÍPIOS DA FÍSICA APLICADOS À MECÂNICA DO TRAUMA

NC SQ
Primeira Lei de Newton – o princípio da inércia

GÊ PE
Inércia é a resistência de um corpo para alterar seu estado de movimen-
to. Este princípio estabelece que, quando a resultante das forças externas que

ER O E
atuam sobre determinado corpo for nula, esse corpo permanecerá em repou-
so ou em movimento retilíneo uniforme. Em outras palavras, isso significa que
qualquer corpo em repouso permanecerá em repouso ou em movimento per-
EM IN
manecerá em movimento, a não ser que uma força atue sobre ele.
DEENS

A adoção da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança em automóveis


tem sua ideia originada neste princípio. A colisão de um veículo contra um obstá-
culo (um poste, por exemplo), faz com que o veículo pare, mas seus ocupantes
permanecem em movimento e serão arremessados contra o para-brisa ou exte-
TO A

rior, caso não utilizem o cinto de segurança.


EN IN

Segunda Lei de Newton – princípio fundamental da dinâmica


M TR

A força resultante que atua sobre um corpo é o resultado do produto de


DI U

sua massa pela sua aceleração.


EN DO

F= m.a
AT DE

Sendo:
DE ÃO

F: a resultante das forças que atuam sobre o corpo;


TO EÇ

m: a massa do corpo;
EN S

a: a aceleração que o corpo adquire.

Vemos dessa maneira, que quanto maior a força resultante, maior será a
aceleração e quanto menor for a força, menor será a aceleração. Note também,
que se a inércia é tida como a resistência que um corpo apresenta para alterar o
M

seu estado de movimento, a segunda lei estabelece a massa como uma medida
A

da inércia de um corpo, ou seja, quanto maior a massa de um corpo, maior de-


verá ser a força para alterar seu estado de movimento.
UP

Terceira Lei de Newton – princípio da ação e reação


GR

Se um determinado corpo aplicar uma força sobre um outro corpo, o pri-


meiro receberá do segundo uma força de mesma intensidade, mesma direção e
em sentido contrário. É o princípio da ação e reação, que diz que para toda ação
existe uma reação correspondente

AR
Princípio da Conservação da Energia

AL
Numa reação, a quantidade de energia não é criada ou perdida, mas sim
transformada (em outra forma de energia). Podemos nos valer nesse caso, de

IT
Lavoisier, que filosoficamente estabeleceu que “na natureza nada se cria, nada
se perde, tudo se transforma”.

SP
A energia cinética de um veículo em movimento, por exemplo, é transfor-

HO
mada em energia mecânica quando em uma colisão e, por sua vez, pode provo-

PR SA
car danos estruturais no veículo e ocupantes.

É-
IA UI
Transferência de energia

NC SQ
A compreensão dos mecanismos de transferência de energia entre corpos
é um fator de grande importância na avaliação da biomecânica dos traumas.

GÊ PE
Para isso abordaremos agora dois fatores fundamentais: densidade e superfície.

Densidade: a quantidade de energia transferida depende da densidade do


ER O E
tecido atingido. Quanto mais denso o tecido, maior será a quantidade de energia
transferida. No corpo humano, a densidade varia conforme o órgão ou região

BIOMECÂNICA DO TRAUMA
EM IN

anatômica. Desse modo, a quantidade de energia transferida e as lesões dela


resultantes, dependerá da região atingida no corpo humano.
DEENS

Superfície: a energia recebida pelo corpo, quando colide com algum ob-
jeto, depende da superfície atingida e também da energia do objeto agressor.
Objetos com superfícies maiores atingirão maiores áreas do corpo humano e vice
TO A

e versa.
EN IN

BIO MEC Â NI C A D O TRAU M A


M TR

Aciden te s auto mo bi lí stico s


DI U
EN DO

Em acidentes automobilísticos é possível observar a ocorrência de três


tipos de impacto, que devem ser considerados pelo socorrista durante sua aval-
iação do evento.
AT DE

Primeiro impacto: é aquele que ocorre quando o veículo colide contra ob-
DE ÃO

jetos e obstáculos e provoca danos em ambos.


TO EÇ

Segundo impacto: do corpo dos ocupantes contra estruturas do veículo,


inclusive o cinto de segurança.
EN S

Terceiro impacto: dos órgãos e estruturas internas dos ocupantes contra


paredes de cavidades naturais do corpo ou outras estruturas internas.

Além de ficar atento a possíveis lesões decorrentes dos tipos de impacto,


é necessário que os padrões de colisões também sejam levados em consideração
M

durante a avaliação da vítima.


A
UP

Colisão Mecanismo de lesão Principais lesões prováveis


Frontal com movi- Projeção do ocupante • Face | • Crânio | • Tórax
GR

mento para cima para cima e para frente • Extremidades inferiores


• Abdômen
• Coluna vertebral
Colisão Mecanismo de lesão Principais lesões prováveis
Frontal com movi- Deslizamento do ocu- • Face | • Crânio | • Tórax

AR
mento para baixo pante para baixo do • Extremidades inferiores
painel ou coluna de di- • Abdômen
reção • Coluna vertebral

AL
Traseira O corpo do ocupante se • Coluna vertebral

IT
desloca para frente e
provoca hiperextensão

SP
do pescoço
Lateral Rotação do corpo do • Face | • Crânio

HO
ocupante com colisão • Coluna vertebral
da cabeça contra par-

PR SA
tes internas

É-
Capotamento Mecanismos diversos • Lesões de difícil previsão

IA UI
Padrões de colisão

NC SQ
Mo to c ic le tas

GÊ PE
O aumento de automóveis em circulação nas grandes cidades colaborou
significativamente para que a opção por motocicletas crescesse no país. Esse

ER O E
panorama, aliado a uma precária educação no trânsito, fez com que os acidentes
envolvendo motociclistas aumentasse significativamente nos últimos anos, com
o número de óbitos passando de 1421 em 1996, para 14.666 em 2011. Assim
EM IN
como nos acidentes com automóveis, os com motocicletas apresentam padrões
de colisão e impacto, que não devem ser negligenciados pela equipe de socor-
DEENS

ristas:

Colisão frontal: quando uma motocicleta colide frontalmente com um


obstáculo sólido, seu movimento é interrompido e o motociclista é projetado para
TO A

frente sobre o guidão. Nessas situações é comum observar lesões de cabeça,


EN IN

tórax, abdômen e membros inferiores, principalmente com fraturas bilaterais de


fêmur.
M TR

Impacto angular: observam-se, com frequência, lesões de membros


DI U

inferiores, já que essa região fica comprimida entre a motocicleta e o objeto que
EN DO

a atinge lateralmente.

Ejeção: um padrão frequente gerador de lesões graves em motociclistas,


AT DE

os quais, após serem projetados, chocam-se com algum obstáculo (automóvel,


poste, solo).
DE ÃO

A tro pe lame n t o s
TO EÇ

Os padrões de impacto observados nos atropelamentos dependem, no


geral, da idade da vítima. Além da diferença de altura, enquanto adultos tomam
EN S

uma postura de proteção, encolhendo-se ou tentando fugir e dessa forma facil-


itando um impacto lateral ou posterior, crianças posicionam-se normalmente de
frente, propiciando um impacto frontal. A tabela abaixo apresenta as fases do
atropelamento.
M

Fase Descrição
A

Após ser atingida nos membros inferiores, a vítima


UP

1ª fase choca-se contra o para-choque. Observa-se, princi-


palmente, lesões de membros inferiores e cabeça.
GR

O tronco da vítima rola sobre o veículo. Enquanto o


2ª fase veículo continua seu movimento, fêmur, pelve, ab-
dômen e tórax também são atingidos.
Fase Descrição
Após a sequência de colisões com o veículo, o cor-

AR
3ª fase po é lançado ao solo, com grande possibilidade de
lesão de cabeça e coluna cervical.

AL
4ª fase Possível atropelamento secundário.
Fases do atropelamento

IT
Quedas de nív e l

SP
HO
Nesses acidentes, os padrões de lesões são diversos, já que os impactos
podem ser múltiplos. É importante que o socorrista avalie a altura da queda, a

PR SA
superfície onde se deu o impacto e tente determinar qual a primeira parte do

É-
corpo tocou o solo:

IA UI
A vítima cai em pé: Primariamente sofre lesões de membros inferiores

NC SQ
(calcâneo, tíbia, fíbula, fêmur) e pelve; seguindo, secundariamente, de lesões
por compressão da coluna vertebral.

GÊ PE
A vítima cai sobre as mãos: maior frequência de lesões de membros su-
ER O E
periores (punho, rádio, ulna, úmero).

A vítima cai de cabeça: ocorre compressão da coluna vertebral, principal-

BIOMECÂNICA DO TRAUMA
EM IN

mente em nível cervical, provocando lesões de enorme gravidade.


DEENS

Explosõe s
Explosões ocorrem tanto de maneira acidental, como deliberada e volun-
TO A

tariamente, casos de ataques terroristas. As explosões apresentam três tipos de


EN IN

lesões:
M TR

Lesões primárias: causadas pelo contato da onda de choque com o cor-


po.
DI U
EN DO

Lesões secundárias: causadas por fragmentos primários, do próprio ar-


tefato explosivo, ou secundários (vidro ou outros materiais).
AT DE

Lesões terciárias: a onda de choque projeta a vítima contra algum ob-


stáculo ou objeto.
DE ÃO

Lesões quaternárias: outros danos ou lesões provocadas pela explosão,


tais como queimaduras e intoxicação por gases ou outras substâncias.
TO EÇ

F er im ento s pe ne trante s
EN S

A magnitude e gravidade dos ferimentos penetrantes dependem, dentre


outros fatores, da energia do objeto penetrante.

Nível de energia Tipos de objetos Características


M

Armas brancas (facas, Poucas lesões secundárias


A

Baixa energia punhais, estiletes)


UP

Lesões de tecidos adjacentes


Média energia
GR

Alta energia Fuzis Lesões extensas


Níveis de energia de objeto penetrantes
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
São frequentes os acidentes com material biológicos com trabalhadores
da área de urgência em emergência. No pré-hospitalar, condições desfavoráveis
como situação da cena de emergência, permanência em ambientes reduzidos e
a pressão por um atendimento rápido são fatores predisponentes à ocorrência

AR
desses acidentes. Dessa forma, é necessário que gestores e profissionais as-
sistenciais dessa modalidade de atenção estejam imbuídos de comportamento

AL
promotor de segurança ocupacional.

IT
Para darmos continuidade à leitura, é necessária a compreensão de al-
guns conceitos. Vamos a eles:

SP
Contaminação: é a presença de agentes infecciosos em determinada

HO
superfície ou ambiente.

PR SA
É-
Contágio: é a transmissão de uma doença de um indivíduo para outro.

IA UI
Ou seja, é a transmissão de uma moléstia infecciosa de um doente para uma
pessoa sadia em relação àquela moléstia.

NC SQ
Infecção: é a invasão de microrganismos (vírus, parasitas, fungos ou

GÊ PE
bactérias) capazes de se multiplicar e desenvolver um estado patológico no or-
ganismo superior.

D oen ç a s I nf ect ocont agios as


ER O E
EM IN
São doenças provocadas por agentes infecciosos invasores (bactérias,
vírus, fungos, protozoários, etc), que ao penetrarem o organismo, multipli-
DEENS

cam-se e desenvolvem-se. No ambiente pré-hospitalar tal infecção ocorre após


exposição a materiais biológicos e na presença de condição clínica do hospedeiro
favorável ao desenvolvimento ao organismo invasor.
TO A

São diversas as possibilidades de infecção, mas em geral, percebe-se no


EN IN

socorrista uma maior preocupação com as infecções virais, principalmente as


relacionadas ao HIV e Hepatites. A figura 4 apresenta doenças infecciosas pos-
M TR

síveis no atendimento pré-hospitalar, com suas vias de transmissão e agentes


etiológicos.
DI U
EN DO

Doenças infectocontagiosas com potencial de infecção no ambiente pré-hospitalar.

Doença Agente etiológico Meio de transmissão


AT DE

Sexual (esperma e
secreção vagina
DE ÃO

HIV/AIDS HIV-1, HIV-2 Sangue (via parenteral e


vertical)
TO EÇ

Leite materno
EN S

Sexual
Hepatite B HBV
Sangue (parenteral e
vertical)
M

Sangue, principalmente
por via parenteral
A
UP

Hepatite C HCV
É possível a transmissão
sexual e por leite mater-
GR

no
Modo direto: contato
pessoa a pessoa, por
meio de gotículas expel-

AR
idas ao falar, tossir ou
Influenza Vírus Influenza espirrar

AL
Modo indireto: contato
com secreções do doente

IT
Contato direto pessoa a

SP
pessoa, doente ou por-
Meningite bacteriana Haemophilus Influenzae
tador, por meio das vias

HO
respiratórias.

PR SA
Contato pessoa a pes-
M. tuberculosis (bacilo soa, principalmente por

É-
Tuberculose
de Koch) meio da fala, tosse ou

IA UI
espirro

NC SQ
Bi o s s eg u r a n ç a
GÊ PE
ER O E
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), biossegu-

DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
rança é a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destina-
das a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que
EM IN

possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. Para que tão
condição seja alcançada, é necessário que todos os envolvidos na assistência
DEENS

pré-hospitalar adotem os recursos disponíveis para que sejam alcançados os


mais altos padrões de segurança e qualidade.
TO A

Como uma atitude individual, é fundamental que o socorrista mantenha e


incentive na equipe e entre os demais profissionais um comportamento que pro-
EN IN

mova uma cultura de segurança no serviço. Para tanto, torna-se elementar que
qualquer que seja o atendimento, ele deve ser realizado com a utilização dos eq-
M TR

uipamentos de proteção individual (EPI) padrões, além daqueles determinados


pela instituição. No CBMDF, são obrigatórios e disponibilizados os seguintes EPI:
DI U

luvas de látex, máscaras cirúrgicas, óculos de proteção, capacete e joelheiras.


EN DO

Além disso, preconiza-se na corporação que as mangas do uniforme estejam


desdobradas.
AT DE
DE ÃO
TO EÇ
EN S
A M
UP
GR

Socorrista portando EPI obrigatórios.


Outras medidas e procedimentos de biossegurança devem estar disponí-
veOutras medidas e procedimentos de biossegurança devem estar disponíveis
no serviço, conforme o tipo de material ou artigo a ser utilizado. São eles:

AR
Limpeza: é um processo antimicrobiano realizado para remover matérias
orgânicas ou sujeiras de artigos, dependências, equipamentos e instalações.

AL
Obrigatoriamente é o primeiro procedimento técnico para obter a desinfecção
e/ou esterilização. É realizado por meio da aplicação de força mecânica, com o

IT
auxílio de água, sabão e utensílios básicos de limpeza. É a etapa mais impor-
tante em qualquer processo de desinfecção ou esterilização, pois, se um artigo

SP
estiver com resíduos de matéria orgânica, não conseguirá ficar totalmente livre
de microrganismos por melhor que seja o processo de desinfecção/esterilização.

HO
PR SA
Desinfecção: processo de destruição de agentes etiológicos em sua for-

É-
ma vegetativa em superfícies e pela aplicação de meios físicos ou químicos. Os

IA UI
processos de desinfecção poderão ser realizados de forma concorrente ou termi-
nal. Na concorrente a desinfecção é feita logo após o atendimento do paciente

NC SQ
em todo o material exposto à matéria orgânica. Na terminal todo o recinto e
seus materiais são submetidos a desinfeção periodicamente.

GÊ PE
Esterilização: processo de destruição ou eliminação total de todas as
formas de vida na forma vegetativa e esporulada, por meios físicos ou químicos.

ER O E
As medidas de segurança e precauções universais a serem adotados por
todos os integrantes do serviço de APH são:
EM IN
DEENS

• Cumprir as definições e preconizações de segurança estabelecidas por


protocolos institucionais;

• Manter atualizado o esquema de vacinação pessoal (Figura 5);


TO A
EN IN

• Utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPI;


M TR

• Higienizar sistematicamente as mãos (Figura 6);


DI U
EN DO

• Descartar materiais perfurocortantes em locais apropriados;

• Descartar resíduos infectantes de forma correta em local apropriado;


AT DE

•Limpar e descontaminar aa viatura e os materiais sob sua responsabili-


dade;
DE ÃO

• Acondicionar corretamente materiais, equipamentos e lençóis sujos;


TO EÇ

• Cuidar da limpeza de seu uniforme;


EN S

• Abster-se de utilizar locais de uso comum (camas, sofás, cadeiras, etc)


quando com o uniforme contaminado.
M

São medidas de segurança e precauções universais a serem adotados por


todos os integrantes do serviço:
A
UP

Cumprir as definições e preconizações de segurança estabelecidas por


protocolos institucionais;
GR

Manter atualizado o esquema de vacinação pessoal (Figura 5);


Utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPI;

Higienizar sistematicamente as mãos (Figura 6);

AR
Descartar materiais perfurocortantes em locais apropriados;

AL
Descartar resíduos infectantes de forma correta em local apropriado;

IT
Limpar e descontaminar aa viatura e materiais sob sua responsabilidade;

SP
Acondicionar corretamente materiais, equipamentos e lençóis sujos;

HO
Cuidar da limpeza de seu uniforme;

PR SA
É-
Abster-se de utilizar locais de uso comum (camas, sofás, cadeiras, etc)

IA UI
quando com o uniforme contaminado.

NC SQ
GÊ PE
ER O E

DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
Vacinas de realização e atualização obrigatórias para o socorrista.
EM IN
DEENS

Passos para higienização das mãos.


TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TO EÇ
EN S
A M
UP
GR
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR

Procedimentos Gerais em caso de acidentes com materiais biológicos


DI U
EN DO

• Cuidados imediatos após exposição: lavagem exaustiva do local exposto


com água e sabão nos casos de exposição percutânea ou cutânea. Nas ex-
AT DE

posições de mucosas lavar apenas com agua ou solução salina fisiológica.


DE ÃO

• Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a


utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou glutaraldeído são
contraindicados.
TOSEÇ

• Buscar atendimento médico para avaliação do acidente e orientação sobre


medidas de quimioprofilaxia.

• A quimioprofilaxia está disponível para HIV e HBV. Quando indicada, a quim-


EN

ioprofilaxia deve ser iniciada o mais rápido possível após a exposição, sendo o
prazo máximo 72 horas. Após esse intervalo não há mais eficácia. A duração
AM

da quimioprofilaxia é de 28 dias.
UP

• As medidas administrativas incluem notificação e registro do acidente de


trabalho e encaminhamento para assistência psicossocial para acidentes de
trabalho.
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

O CORPO HUMANO
Ainda que não se exija do socorrista básico conhecimentos aprofundados
de anatomia, é importante que se compreenda determinados conceitos anatômi-
cos, para assim aprimorar o atendimento e a comunicação de lesões. Este

R
capítulo tem por objetivo apresentar ao socorrista termos, posições e referências
anatômicas e divisão do corpo humano. Vamos a eles.

LA
TA
POSIÇÃO ANATÔMICA

PI
Qualquer que descrição a ser utilizada, o socorrista deve ter como referên-
cia a posição anatômica (Figura 10), descrita da seguinte maneira

S
HO
• Em pé, ereto, olhando para frente.

PR SA
É-
• Membros superiores pendentes ao lado do corpo com as palmas das

IA UI
mãos voltadas para a frente.

NC SQ
• Membros inferiores aproximados, pé voltados para a frente.

GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO

Posição Anatômica
AT DE

PLANOS ANATÔMICOS
DE ÃO

Os planos anatômicos (Figuras 11-13) são utilizados com frequência para


dividir o corpo humano em superior e inferior, anterior e posterior, direito e es-
TOSEÇ

querdo.
EN
AM
UP
GR

Plano Medial
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
Plano Transversal Plano Frontal
ER O E
EM IN

TERÇO PROXIMAL
PROXIMA
DEENS

O CORPO HUMANO
TERÇO MÉDIO L
TERÇO DISTAL
TERÇO PROXIMAL
TERÇO MÉDIO
TO A

TERÇO DISTAL DISTAL


EN IN

FALANGE
M TR

PROXIMAL TERÇO PROXIMAL


TERÇO MÉDIO
TERÇO DISTAL
DI U

FALANGE MÉDIA
E N DO

TERÇO PROXIMAL
TERÇO MÉDIO
FALANGE DISTAL
TERÇO DISTAL
AT DE

Terços Anatômicos
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR

Posições de decúbito (A – Decúbito dorsal; B – Decúbito lateral (direito ou esquerdo); C – Decúbito


ventral).
REGIÕES DO CORPO HUMANO

R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
Cabeça e Pescoço.

IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS

Tronco Humano.
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN

Membros Inferiores. Membros Superiores.


AM

CAVIDADES CORPORAIS
UP

Cavidade torácica
GR

Limite anterior: esterno

Limite superior: união do pescoço com o tronco (Primeira costela, primei-


ra vértebra dorsal e manúbrio)
Limite inferior: reborde costal (músculo do diafragma)

Limite posterior: 12 vértebras dorsais

R
LA
Órgãos: coração, pulmões (2), grandes vasos, parte da traqueia e parte
do esôfago

TA
Ossos: 12 pares de costelas, 1 esterno e 12 vértebras dorsais.

S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS

O CORPO HUMANO
TO A
EN IN

Cavidade Torácica.
M TR

Cavidade abdominal
DI U

Mais desprotegido porque não possui partes ósseas.


E N DO

Limite superior: músculo do diafragma


AT DE

Limite inferior: Espinha ilíaca Antero superior


DE ÃO

Órgãos: estômago, baço, pâncreas, fígado, vesícula biliar, Intestino del-


gado e grosso.
TOSEÇ

QSD QSE
EN
AM
UP

QID QIE
GR

Cavidade Abdominal.
Cavidade pélvica

Limite anterior: sínfise púbica

R
LA
Limite superior: Espinha ilíaca Antero superior

TA
Limite posterior: vértebras sacrais e cóccix

PI
Limite inferior: músculo do diafragma urogenital

S
HO
Órgãos: bexiga, reto e ânus; mulher: ovários, útero, Tubas uterinas; no
homem: próstata.

PR SA
É-
Ossos: 2 ossos ilíacos, 05 vértebras sacras unidas.

IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO

Cavidade pélvica (A – homem; B – mulher)


TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

OXIGENOTERAPIA E OXIMETRIA DE PULSO


O oxigênio é um importante componente nos processos metabólicos im-
prescindíveis à vida humana. Sua depleção no organismo causa hipóxia grave e
constitui-se em grave risco à vida. O oxigênio está presente no ar atmosférico
numa concentração de 21%. A quantidade de oxigênio presente na corrente

R
sanguínea pode ser avaliada pela oximetria de pulso.

LA
No APH, a oximetria de pulso permite ao socorrista a monitorização da

TA
saturação periférica de oxigênio (%SpO2) e a detecção de hipoxemia. É consid-
erado um método confiável de monitorização não invasiva, pelo qual se verifica o

PI
quanto a hemoglobina do sangue arterial periférico está saturada com oxigênio.
Embora apresente alguma variação de precisão, os valores obtidos pela oxime-

S
tria de pulso são considerados semelhantes aos obtidos por meio da gasometria

HO
arterial. As precauções a serem observadas para maior precisão na leitura do

PR SA
oxímetro estão descritas abaixo.

É-
Precauções Problemas que interferem na leitura

IA UI
• Use o equipamento • Os problemas mais comuns de uma leitura impre-

NC SQ
adequado ao paciente. cisas de SaO2 incluem:
• Verifique se o alinha- • Fazer a leitura com a viatura em movimento.
mento da luz do sensor • Sensores úmidos.

GÊ PE
esteja correto. • Colocar o sensor não adequado ao paciente.
• Evite colocar o sensor • Paciente em um quadro de hipotermia tendo uma

ER O E
em membro lesionado má perfusão ou vasoconstrição.
(ferimentos, edemas). • Anemia.
• Remova qualquer es- • Intoxicação por monóxido de carbono.
malte de unha ou outras EM IN
substâncias que possam
DEENS

estar presentes.
Precauções para a correta leitura da oximetria
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

Oximêtro de pulso

Uma vez constatada a hipoxemia, o paciente deve ser submetido à oxig-


enoterapia. A oxigenoterapia é uma intervenção na qual se administra oxigênio
EN

suplementar a um indivíduo, numa concentração maior que o ar atmosférico,


com o objetivo de aumentar a pressão parcial de oxigênio no sangue arterial. É
AM

um procedimento que, embora pareça inofensivo, deve ser realizado com caute-
la para se evitar toxicidade e qualquer outro resultado deletério decorrente sua
utilização.
UP

No CBMDF, arbitrou-se como parâmetro de boa saturação periférica de


GR

oxigênio valores maiores ou igual a 95%. As concentrações e as formas de ad-


ministração de oxigênio serão escolhidas conforme a condição clínica do paci-
ente. Como o oxigênio é altamente inflamável, algumas precauções devem ser
tomadas quando da sua utilização.
Evitar chamas ou fumar em áreas onde o oxigênio esteja sendo ma-
nipulado. O oxigênio não é combustível, porém, é um comburente que fa-
vorece e mantém a combustão.

R
LA
Evitar o contato com óleos ou graxas. Estes, com oxigênio em altas
concentrações, podem ocasionar uma combustão.

TA
PI
Evitar quedas do cilindro. Um impacto que rompa a válvula pode fazer
com que o cilindro seja impulsionado como um míssil.

S
Precações para a utilização do oxigênio

HO
Eq uipame nto do o x i gê nio

PR SA
É-
IA UI
É constituído por:

NC SQ
Cilindro de oxigênio com
sua válvula: oxigênio medic-

GÊ PE
inal é acondicionado em cilin-

OXIGENOTERAPIA E OXIMETRIA DE PULSO


dros de alumínio ou aço na cor
verde, fixos ou portáteis. A vál- ER O E
vula controla o fluxo de saída
do cilindro.
EM IN

Regulador de pressão
DEENS

com manômetro e fluxômet-


ro: dispositivo que reduz a alta
pressão no interior do cilindro
para uma pressão adequada
TO A

para a oferta. O manômetro in-


dica a quantidade de oxigênio
EN IN

no interior do cilindro e o flux-


ômetro regula o fluxo ofertado
M TR

ao paciente.
DI U

Equipamento de oxigênio
E N DO

1. Retire a tampa protetora;


2. Limpe a válvula, abra e feche o registro (purgar);
AT DE

3. Alinhe e acople o regulador (fluxômetro);


DE ÃO

4. Abra o registro em sua totalidade, retornando meia volta;


5. Conecte o acessório para administrar e regule o fluxo; e
TOSEÇ

6. Coloque o acessório de administração ao paciente;


Procedimentos para utilização do oxigênio

Acessó ri o s para a o x i gen o t e rap ia


EN

Cânula orofaríngea: utilizada introduzida na boca do paciente com a fina-


AM

lidade de contenção da língua. Deve ser utilizada somente em pacientes incon-


scientes
UP
GR

Cânulas orofaríngeas. A – Modelo Guedel; B – Modelo Berman


R
LA
Máscara de bolso (Pocket
Mask): máscara portátil, de fácil

TA
moldagem no rosto no paciente
e com válvula unidirecional e an-

PI
tirrefluxo.

S
HO
PR SA
É-
Máscara de RCP (Pocket Mask)

IA UI
NC SQ
Reanimador respiratório

GÊ PE
do tipo bolsa-valva-máscara
(BVM): constituído por uma bol-
sa reservatório de oxigênio, bol-

ER O E
sa flexível para ejeção manual do
ar, válvula unidirecional e antir-
EM IN refluxo e máscara.
DEENS

Reanimador respiratório do tipo bolsa-valva-máscara (BVM)


TO A
EN IN
M TR
DI U

Máscara facial: cobre boca


E N DO

e nariz do paciente. É utiliza-


da com ou sem bolsa de reser-
vatório de oxigênio.
AT DE
DE ÃO

Máscara facial com reservatório


TOSEÇ
EN

Cateter nasal tipo ócu-


los: tubo plástico fino com duas
pequenas cânulas acopladas que
AM

devem ser introduzidas e fixadas


no nariz. Utilizada para baixos
UP

fluxos de oxigênio.
GR

Cateter nasal tipo óculos


R
LA
Umidificador: frasco reservatório para a colocação
de água estéril ou soro fisiológico para umidificação do

TA
oxigênio, que sai seco do cilindro. Devido ao risco de
contaminação do frasco, a umidificação é utilizada com

PI
restrição no APH.

S
HO
PR SA
É-
Frasco umidificador

IA UI
NC SQ
GÊ PE

OXIGENOTERAPIA E OXIMETRIA DE PULSO


ER O E
Aspirador manual ou elétrico: utilizado para
manter as vias-aéreas livres de secreções ou sangue.
EM IN
DEENS

Máscara facial com reservatório


TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DO PACIENTE


Nenhum atendimento será eficaz sem a manipulação bem feita. A manip-
ulação e o transporte no trauma são pontos cruciais para a garantia da qualidade
da assistência. Socorristas devem ser constantemente treinados e atualizados
em técnicas de manipulação e encorajados a manter atitude que promova o zelo

R
com movimentação de pacientes vítimas de trauma. É importante destacar, que

LA
a manipulação só deverá ser realizada quando houver justificativa para tal.

TA
Profissionais de APH tem o dever de realizar a manipulação e o trans-
porte de pacientes com excelência. Rolamentos, elevações, arrastamen-

PI
tos e outras mobilizações devem ser realizados com estrita observância das
técnicas preconizadas pelas instituições empregadoras. Neste capítulo, serão

S
abordadas as seguintes técnicas de manipulação: colocação do colar cer-

HO
vical, rolamentos de 90º e 180º, elevação a cavaleiro, extricação veicu-

PR SA
lar com o uso de colete de imobilização dorsal e extricação veicular rápida.

É-
Além da imobilização em prancha rígida longa para o transporte de pacientes.

IA UI
NC SQ
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO

C ol a r c er vical

GÊ PE
O colar cervical é um dispositivo de imobilização da coluna cervical. Pos-

ER O E
suem a capacidade de limitar a flexão do pescoço em até 90% e a movimen-
tação lateral e rotação em 50 %. A aplicação de um colar cervical não dispensa
a estabilização manual da coluna cervical. A estabilização manual só deverá ser
EM IN
retirada após a estabilização com estabilizadores laterais de cabeça na prancha
rígida. O colar cervical só não deverá ser aplicado quando houver orientação
DEENS

médica contrária.

São necessários 2 socorristas para a aplicação, um para a estabilização


TO A

manual da coluna cervical e outro para realizar a colocação. O socorrista deverá


EN IN

realizar a inspeção e palpação de todo os pescoço, mandíbula e orelhas, além de


mensurar o tamanho correto do colocar cervical antes da aplicação.
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR

Colar cervical Mensuração do colar cervical


R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE

MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DO PACIENTE


ER O E
EM IN

Colocação do colar cervical

R o l am en t o d e 90 º
DEENS

É a técnica de preferência para pacientes que estão em decúbito dorsal


TO A

possuem lesões unilaterais (fraturas, entorses, luxações). Deve ser realizada por
EN IN

no mínimo 2 socorristas, mas é idealmente executa por 3 socorristas. Para mel-


hor compreensão das técnicas, os socorristas serão chamados de líder, socorrista
M TR

nº 1 e socorrista nº 2.
DI U

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
E N DO

1. O socorrista nº 1 estabiliza a cabeça


AT DE

e coluna cervical do paciente, que já


está com colar cervical. É o socorris-
DE ÃO

ta nº 1 que dá as vozes de comando


para a execução do rolamento.
TOSEÇ

1
2. O líder, após posicionar o braço do
paciente para o rolamento, se posi-
ciona na altura do tronco do paci-
EN

ente com uma das mãos segurando


o ombro e a outra a raiz da coxa do
AM

lado oposto do paciente.


UP

3. Após posicionar a prancha do lado


GR

oposto para onde se dará o rolamen-

2
to, o socorrista nº 2 se posiciona na
altura dos membros inferiores com
uma das mãos segurando o quadril
e a outra no terço médio da perna
do lado oposto do paciente.

R
LA
4. Preconiza-se o comando: Atenção

TA
equipe (guarnição), todos prontos

3
para o rolamento de 90º? Após a

PI
resposta positiva comanda 1,2,3 e

S
então a equipe realiza o rolamento,

HO
em monobloco.

PR SA
É-
5. Enquanto o líder inspeciona e palpa

IA UI
toda a região dorsal e posterior dos
membros inferiores, o socorrista nº

NC SQ
2, sem sair de sua posição, traz a

GÊ PE
prancha para próximo do paciente.

ER O E
6. Para rolar o paciente para a prancha
preconiza-se a seguinte voz de co-
mando: Para o posicionar o paciente
EM IN
na prancham todos prontos? Ao
DEENS

sinal de positivo, é dado o coman-


do 1,2,3 e o paciente é posicionado
com cuidado. Caso seja necessário,
TO A

o paciente é movimentado nova-


EN IN

mente para atingir o correto posi-


cionamento, sempre ao comando
5
M TR

do socorrista nº 1.

R ol a m en t o de 18 0 º
DI U
E N DO

Técnica de preferência para pacientes se encontram em decúbito ventral.


AT DE

Via de regra, o rolamento deverá ser realizado para o lado da nuca do paciente.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
DE ÃO
TOSEÇ

1. A prancha é colocada ao lado do pa-


ciente, no lado para onde se dará o
rolamento.

1
EN

2. O socorrista nº 1 posiciona-se no
mesmo alinhamento da prancha e
AM

em seguida, com os braços apoia-


dos, realiza a estabilização manual
UP

da coluna cervical.
GR

3. Após posicionar o braço do paciente


(acima da cabeça) para o rolamen-
to, o líder se posiciona na altura do
tronco do paciente, no lado para
onde se dará o rolamento. Uma de
suas mãos segura o ombro contrário
2

R
e a raiz da coxa contrária.

LA
TA
4. O socorrista nº 2 se posiciona na
altura dos membros inferiores, no

PI
lado para onde se dará o rolamento.

S
Um de suas mãos segura o quadril

HO
e a outra o terço médio da perna

PR SA
3
contrária.

É-
IA UI
5. O socorrista nº 1 diz: Atenção para
o rolamento de 180º, tempo 1, to-

NC SQ
dos prontos? Nas respostas positi-

GÊ PE
vas, ele comanda 1,2,3 e é realiza-

MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DO PACIENTE


do um primeiro rolamento de 90º,
em monobloco. Novamente coman-
ER O E
da 1, 2, 3 e mais um rolamento

4
de 90º ´realizado para posicionar
EM IN

o paciente na prancha. Caso seja


DEENS

necessário uma nova movimentação


poderá ser realizada para o correto
posicionamento.
TO A
EN IN

6. O colar cervical é colocado após a


correta colocação do paciente na
M TR

prancha.
DI U

El e v a ç ã o a c a v aleir o
E N DO

É emprega para elevar o paciente quando há impossibilidade de realizar


AT DE

o rolamento de 90º, como, por exemplo, em fraturas bilaterais e local estreitos.


Deve ser realizada com 4 socorristas.
DE ÃO

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
TOSEÇ

1. O socorrista nº 1 estabiliza cabeça e


pescoço do paciente, que já estará
com colar cervical.
EN

2. O líder posiciona-se sobrepondo o


AM

paciente, como um cavaleiro, na al-


tura do tórax. Flexiona seus joelhos
UP

1
e posiciona suas mãos de maneira a
GR

apoiar ombros e nuca.

3. Após o líder garantir seu posicio-


namento, o socorrista nº 1 poderá
liberar a cabeça e pescoço do paci-
ente.

R
LA
4. O socorrista número 2 posiciona-se

TA
na altura da cintura pélvica do paci-
ente, sobrepondo-o, como um cava-

PI
2
leiro. Flexiona seus joelhos e apoia

S
com firmeza a cintura pélvica.

HO
PR SA
5. As vozes de atenção e comando são

É-
IA UI
executadas pelo líder. Atenção para
a elevação a cavaleiro, todos pron-

NC SQ
tos? Ao sinal de positivo, comanda
1, 2, 3 e a elevação é realizada em
3

GÊ PE
monobloco.

ER O E
R et i ra da de capacet e
EM IN
Capacetes não devem ser retirados no APH quando apresentar deformi-
DEENS

dades e rachaduras aparentes, objetos encravados ou quando ao menor toque


no capacete, o paciente se queixar de dor.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
TO A
EN IN

1. O socorrista nº 1 estabiliza a cabeça


do paciente, apoiando, com leve
1
M TR

tensão, o capacete e a mandíbula.


DI U

2. O socorrista líder abre a viseira e


E N DO

libera as presilhas jugulares. Com


uma das mãos (braço apoiado no
solo) apoia a maior superfície pos-
AT DE

sível da nunca do paciente e com a


outra mão apoia a mandíbula, es-
tabilizando assim a coluna cervical.

2
DE ÃO

3. Com o líder realizando a estabili-


TOSEÇ

zação da coluna cervical, o socorris-


ta nº1 inicia a retirada do capacete,
liberando incialmente a região oc-
cipital e sem seguida a face.

4. Feita a retirada, o socorrista nº 1


EN

retorna para a estabilização da col-


una cervical.
3
AM
UP
GR
C olete de i m o bi l iz ação dor sal (KED®)

R
Embora tenha sido adaptado para outros tipos de imobilização, esse dis-

LA
positivo foi concebido para a extricação veicular, imobilizando toda a coluna ver-
tebral antes de se retirar a vítima do veículo. Seu uso se restringe a pacientes
não graves.

TA
PI
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA

S
1. O socorrista nº 1 estabiliza a cabeça

HO
do paciente.

PR SA
É-
IA UI
2. O socorrista líder avalia vias-aéreas,
respiração, circulação e estado neu-

NC SQ
rológico.

GÊ PE
1

MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DO PACIENTE


3. O socorrista nº 2 aplica o colar cer-
ER O E
vical.
EM IN

4. Após realizar a avaliação do paci-


ente, os socorristas líder e nº 2 com
DEENS

uma das mãos no dorso do paciente


e a outra sob a articulação do jo-
elho, reposicionam o paciente, af-
TO A

astando-o do encosto do banco. A


EN IN

2
movimentação é realizada ao co-
M TR

mando do socorrista nº 1.
DI U

5. Após a avaliação do dorso, o socor-


E N DO

rista nº 2 introduz o KED, de baixo


para cima e ajusta a altura com
AT DE

base na cabeça do paciente.


DE ÃO

6. O socorrista nº 1 passa a apoiar a


cabeça do paciente e as abas do dis-
TOSEÇ

positivo. Caso seja necessário, o es-


paço entre o dispositivo e a cabeça
3
do paciente é preenchido com um
EN

coxim pelo socorrista nº 2.


AM

7. O socorrista líder e o nº 2 realizam o


afivelamento dos tirantes, iniciando
UP

pelo central, seguido por inferior e


superior. São afivelados os tirantes
GR

de coxa, passando-os de fora para


dentro por baixo da perna. 4
8. O socorrista nº 2 rende o socorrista
nº 1 para que este realize a colo-
cação dos tirantes te cabeça. Após

R
a colocação, o socorrista nº 1 volta

LA
a sua função inicial.

TA
5
9. A movimentação do paciente é feita

PI
pelas alças de sustentação, levan-

S
do-o até uma prancha rígida, com

HO
as pernas fletidas.

PR SA
É-
IA UI
10. O paciente deverá ser retirado pref-
erencialmente por trás, em linha

NC SQ
reta ou diagonal, evitando-se o giro
da coluna cervical.

GÊ PE
6

ER O E
EM IN
DEENS
TO A

8 7
EN IN
M TR

C h a v e D e R aut eck
DI U
E N DO

É uma técnica de extricação rápida empregada com apenas 1 socorrista


em paciente graves e em situações de perigo iminente, tais como incêndios,
AT DE

riscos de novas colisões, etc.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
DE ÃO
TOSEÇ

1. O socorrista posiciona-se do lado de


fora do veículo e imobiliza a cabeça
do paciente posicionando os dedos
médios de ambas as mãos no zigo-
EN

mático, polegares na nuca e dedos


anelar e mínimo na mandíbula.
AM

2. Com seu rosto apoiando rosto do


UP

paciente, o socorrista movimenta-o,


1
GR

alinhando a coluna vertebral.

3. Uma das mãos é apoiada por baixo


da axila do paciente. A outra mão
segura firmemente o punho do pa-
ciente trazendo-o contra seu corpo.

R
LA
4. Assegurada a firmeza da estabili-

TA
zação, o socorrista realiza uma ro-
tação do paciente, voltando-o para

PI
a porta do veículo.
2

S
HO
5. Com as pernas afastadas e flexio-

PR SA
nadas, realize um movimento de

É-
IA UI
elevação do paciente, utilizando
para isso a musculatura das coxas

NC SQ
(retorno do agachamento). Retire o
paciente e coloque-o em local se-

GÊ PE

MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DO PACIENTE


3
guro.
ER O E
EM IN
DEENS
TO A

5 4
EN IN
M TR

T ra n s po r te de pacien t es
DI U
E N DO

O transporte de pacientes vítimas de trauma é realizado com o paciente


imobilizado na prancha rígida. A imobilização na prancha rígida é executada após
AT DE

a devida manipulação do paciente.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
DE ÃO
TOSEÇ

1. O socorrista líder rende o socorrista nº 1 na estabilização da coluna cervical


do paciente.

2. A equipe de socorrista realiza a colocação dos tirantes em todos o seguimento


EN

da prancha, imobilizando o paciente. São necessários pelo menos 3 tirantes


(tórax, quadril e terço médio das pernas.
AM

3. O socorrista nº 1 realiza a colocação dos estabilizadores laterais de cabeça,


UP

fixa-os com os tirantes de cabeça e dá o pronto para o líder. A partir desse


momento a estabilização manual da coluna cervical não é mais necessária.
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

ABORDAGEM DO PACIENTE
Qualquer que seja a urgência ou emergência a ser atendida, toda conduta
deverá ser precedida de uma avaliação criteriosa do paciente. É a partir dessa
avaliação que o socorrista investiga e identifica possíveis riscos à vida, para em

R
seguida empreender a assistência pré-hospitalar. No CBMDF essa assistência é
sistematizada por meio das avaliações primária e secundária do paciente.

LA
TA
Antes de iniciar seu atendimento, é fundamental, principalmente nos
eventos relacionados ao trauma e ao paciente clínico, que a equipe de socor-
rista gerencie os riscos da cena. Esse gerenciamento deve ser pautado em três

PI
dimensões: riscos para a equipe de socorro, para o paciente e para terceiros. O
atendimento não deve ser iniciado até que se consigam condições satisfatórias de

S
segurança. Durante o gerenciamento e dimensionamento da cena de emergên-

HO
cia, alguns elementos devem ser observados pela equipe de socorristas. São

PR SA
eles:

É-
IA UI
1. O evento condiz com o repassado?

NC SQ
2. É um evento clínico ou trauma?

GÊ PE
3. Qual a biomecânica envolvida? Ela é sugestiva de lesões?

ER O E
4. Qual o número de vítimas? São necessárias outras viaturas de APH no
local?
EM IN
5. São necessária viaturas de outras especializações no local?
DEENS

6. Preciso de auxílio de outras instituições?

7. A cena é de crime? Existem ameaças?


TO A
EN IN

Condutas relativas à biossegurança e isolamento da cena de emergências


são abordadas nos capítulos 2 e 3.
M TR

AVAL I A Ç Ã O PR I M ÁR I A
DI U
E N DO

A avaliação primária tem como principal objetivo a identificação e correção


de condições clínicas com potencial de ameaça à vida em curto prazo. Essas
condições deverão ser investigadas logo no contato inicial com o paciente, mo-
AT DE

mento em que o socorrista forma uma impressão geral do paciente, com atenção
voltada para as condições respiratórias, circulatórias e estado neurológico.
DE ÃO

Um paciente que interage e se comunica com facilidade, respondendo


bem às perguntas do socorrista, em geral, apresenta boas condições clínicas. Ao
TOSEÇ

contrário, indivíduos com comunicação insatisfatória, com rebaixamento da con-


sciência ou com agitação podem estar em sofrimento fisiológico. O nível de con-
sciência do paciente deve ser verificado por meio do método mnemônico AVDI:

Alerta – o paciente interage satisfatoriamente com o socorrista. Sua


EN

orientação também dever ser verificada. Para isso, utilize o método mnemônico
LOTEP para verificar se o paciente está Lúcido e Orientado no Tempo, Espaço e
AM

Pessoa.

Verbal – caso o paciente não esteja alerta, um estímulo verbal deve ser
UP

realizado. É importante saber que em pacientes que necessitem de estímulos


após ser verificado que não está alerta, o socorrista deve suspeitar de prejuízos
GR

respiratórios, circulatórios e neurológicos.

Dor – permanecendo a ausência de resposta, o socorrista deve realizar


um estímulo doloroso no paciente. É importante que esse estímulo seja realiza-
do acima da clavícula (trapézio, lóbulo da orelha, retroauricular), uma vez que
lesões vertebrais ou medulares altas os estímulos abaixo da clavícula (fricção do

R
esterno, por exemplo) podem ser inócuos.

LA
Inconsciente – pacientes que se apresentam inconscientes devem rece-

TA
ber cuidados imediatos direcionados à via-aérea, respiração, circulação e estado
neurológico.

PI
Para facilitar o aprendizado da avaliação primária, utilizaremos a sequên-

S
cia de prioridades ABCDE:

HO
A

PR SA
(Airway) – Via aérea e estabilização da coluna cervical

É-
B

IA UI
(Breathing) – Ventilação

NC SQ
(Circulation) – Circulação

GÊ PE
(Disability) – Estado neurológico

E
ER O E
(Exposition) – Exposição e Ambiente

V ias-a ére as e e stabi li zação d a co lu n a ce r vical


EM IN

ABORDAGEM DO PACIENTE
DEENS

Pacientes que tem dificuldade de preservas suas vias-aéreas pérvias de-


verão receber manobras de abertura, conforme a natureza do evento (trauma/
clínico). Além disso, a coluna cervical deverá receber estabilização manual asso-
ciada em seguida a um colar cervical, sempre que houver suspeita de lesão de
TO A

coluna vertebral e com manutenção da cabeça em posição neutra.


EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

Abertura de vias-aéreas. A – Inclinação da cabeça com elevação do queixo (clinico); B – empurre


mamdibular (trauma)
EN
AM
UP
GR
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
Mensuração do colar cervical. A: linha imaginária entre a mandíbula e o trapézio. B: mensuração

IA UI
realizada pelo posicionamento dos dedos. C: mensuração com o paciente deitado. D: ajuste do
colar cervical

NC SQ
Re spi raç ão

GÊ PE
A avaliação da respiração se dá pela inspeção dos movimentos respiratóri-
os, observados através da elevação do tórax ou abdômen. Nesse momento a

ER O E
atenção se volta para a análise da qualidade e estimativa da frequência. Para
isso, alguns aspectos devem ser verificados:
EM IN
1. O paciente respira?
DEENS

2. A respiração está lenta ou rápida? O socorrista não deve perder tempo


identificando quantas ventilação por minuto o paciente apresenta;
TO A

3. É uma respiração superficial ou tem profundidade adequada?


EN IN
M TR

4. Inspecione o tórax. Existe lesão aparente?


DI U

5. Qual a saturação periférica de oxigênio? Utilize um oxímetro de pulso


para monitorização.
E N DO

Em caso de ausência de respiração, manobras de reanimação respiratória


AT DE

devem ser adotadas imediatamente. Oxigênio suplementar deve ser adminis-


trado quando a saturação periferia de oxigênio for menor que 95% (10 – 15 L/
min, com máscara facial)) ou dificuldade/sofrimento respiratório mesmo com a
DE ÃO

saturação em níveis normais (2 – 5 L/min).

Circ ul aç ão
TOSEÇ

Anormalidades circulatórias devem ser identificadas precocemente e ten-


tativas de correção devem ser empreendidas tão logo as identifique. São impor-
tantes as seguintes avaliações:
EN

1. O paciente apresenta sinais de circulação? Pacientes inconscientes de-


AM

vem ter a respiração e circulação avaliados concomitantemente. A presença ou


não de circulação espontânea deve ser investigada por meio da avaliação de
pulsos centrais, carotídeo em adultos e crianças, e braquial ou femoral em lac-
UP

tentes. Caso se detecte a parada cardiorrespiratória, tentativas de reanimação


devem ser realizadas imediatamente.
GR

2. Existe sangramento externo? Em casos de sangramento, o socorrista


deverá aplicar técnicas de contenção da hemorragia.
3. O paciente apresenta sinais de choque circulatório? Pele fria, úmida e
alteração da coloração.

R
4. O pulso radial está presente? Como está sua frequência e qualidade?

LA
Rápido, lento, cheio, fraco.

Est ado ne uro l ó gic o

TA
PI
Embora ofereça um bom parâmetro do nível de consciência, o AVDI não
é um bom preditor do estado neurológico. Para isso, o socorrista deve utilizar

S
Escala de Coma de Glasgow.

HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN

ABORDAGEM DO PACIENTE
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U

Fonte: http://www.romulopassos.com.br
E N DO

Exposição e ambie nte


AT DE

Nessa fase do atendimento, o socorrista volta sua atenção para a queixa


DE ÃO

principal do paciente. As queixas são subjetivas, e variam conforme o evento e


o paciente. Para melhor avaliar, o socorrista deve expor (retirada de vestes) a
TOSEÇ

região onde se localiza a queixa, para assim melhor avaliar e tratar o problema.
Vestes só deverão ser retiradas caso de fato se vislumbre essa necessidade.

Outro método mnemônico, o ALICIA, é utilizado para melhor avaliação


da dor:
EN

Aparecimento: quando a queixa apareceu.


AM

Localização: onde, exatamente a queixa se localiza?


UP

Intensidade: o quanto aquela sensação incomoda o paciente.


GR

Cronologia: há quanto tempo a queixa persiste?


Incremento: algo intensifica a queixa?
Alívio: algo alivia a queixa?

R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
Escala de Dor

De c isão de tr an s p o r t e

NC SQ
GÊ PE
A avaliação primária e as intervenções dela decorrentes não devem ultra-
passar 10 minutos na cena de emergências. Essa tem sido uma decisão difícil
para a equipe de socorristas, com permanência prolongada na cena para que

ER O E
procedimentos não prioritários sejam realizados, atrasando dessa maneira o
transporte rápido para um hospital de referência para o tratamento resolutivo. O
socorrista deve ter a capacidade para decidir se após a avaliação inicial priorizam
EM IN
o transporte, ou permanecem na cena para a realização da avaliação secundária.

AVAL I A Ç Ã O SEC U ND ÁR I A
DEENS

A avaliação secundária é constituida por exame físico detalhado, obtenção


TO A

de sinais vitais e anamnese. Ela pode ser realizada na cena de emergência ou


EN IN

durante o transporte, conforme a gravidade do estado clínico do paciente.


M TR

Ex ame físic o
DI U

Lesões adicionais são investigadas utilizando-se o exame físico, que deve


E N DO

ser realizado no sentido céfalo-caudal.

Cabeça e pescoço
AT DE

Inspecione e palpe todo o crânio, observando se há presença de


DE ÃO

ferimentos, sangramentos ou deformidades;


TOSEÇ

Inspecione olhos, verifique a simetria das pupilas;

Inspecione e palpe nariz e orelhas;

Inspecione e palpe o pescoço. Essa inspeção e palpação deve pre-


EN

ceder a colocação do colar cervical.


AM

Tórax
UP

Inspeção: investigue a presença de ferimentos, deformidades ou


outras anormalidades estruturais;
GR

Palpação: a palpação das costelas, esterno e clavículas pode evi-


denciar deformidades e crepitações;
Abdômen

Inspeção: inspecione o contorno, forma, simetria e presença de

R
sinais de lesões;

LA
Palpação: palpe todos os quadrantes abdominais. A palpação não

TA
deve ser realizada quando houver objeto encravado no local.

PI
Pelve

S
HO
Realize pressão lateral;

PR SA
Pressione as vestes contra a pelve para investigar presença de san-

É-
gramentos ou priapismo (homem).

IA UI
Membros inferiores e superiores

NC SQ
GÊ PE
Inspecione e palpe cada membro investigando a presença de dor,
deformidade, ferimentos e crepitações;
ER O E
Avalie o pulso, perfusão, sensibilidade e motricidade local.
EM IN

ABORDAGEM DO PACIENTE
Dorso
DEENS

A menos que haja suspeita de lesão que indique avaliação rápida do


dorso, o exame físico desse local deve ser realizado durante a manipulação para
imobilização em prancha rígida.
TO A

Sin a is Vi tai s
EN IN

A respiração e o pulso radial já foram previamente qualificados na aval-


M TR

iação primária, mas sem precisar quantificar suas frequências. Agora, serão no-
vamente avaliados, acrescentando-se à avaliação, a temperatura e a pressão
DI U

arterial.
E N DO

Temperatura
AT DE

Avaliar sinais físicos que indicam temperatura anormal (tremor, ton-


tura, pele quente/fria)
DE ÃO

Erguer o braço do cliente, inserir o termômetro no centro da axila,


TOSEÇ

abaixar o braço e aguardar de 3 a 5 minutos se o termômetro for de mercúrio.

Lembrar de enxugar a axila e sacudir o termômetro com movimen-


tos circulares até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35ºC (caso o ter-
mômetro seja de mercúrio).
EN

Média oral/timpânica: 37ºC (36,5º a 37ºC)


AM

Média retal: 37,5ºC (37º a 37,5º)


UP

Média axilar: 36,5ºC (36º a 37ºC)

Febre: febrícula 37,3º a 37,7ºC; hipertermia 38ºC; hiperpirexia 40ºC


GR

Hipotermia: leve 34º a 36ºC; moderada: 30º a 34º; acentuada: ≤30ºC


Parâmetros para aferição de temperatura corporal
Frequência cardíaca

Determine o acesso/localização do pulso. Utilize, preferencialmente,

R
o pulso radial;

LA
Avalie sinais e sintomas e a existência de fatores que influenciam a

TA
frequência e o ritmo (exercícios, posição, medicações, temperatura e idade);

PI
Coloque as pontas dos primeiros dois dedos (indicador e médio) de
sua mão no sulco ao longo do lado radial, ou seja, do lado do polegar no punho

S
do paciente. Estenda suavemente o punho do paciente com a palma da mão vi-

HO
rada para baixo até que você perceba a pulsação mais forte;

PR SA
É-
Faça uma pressão da artéria contra o osso rádio, inicialmente realizando

IA UI
uma pressão maior para depois diminuir a pressão, de forma que a pulsação se
torne facilmente palpável.

NC SQ
Após sentir um pulso regularmente, olhe para o relógio na outra mão e

GÊ PE
comece a contar a frequência.

Se o pulso está regular, tome a frequência durante 30 segundos e multi-

ER O E
plique o total por dois.

EM IN
Se o pulso está irregular, tome a frequência durante 1 minuto. Avalie a
frequência e o padrão da irregularidade. Compare os pulsos radiais bilateral-
DEENS

mente
Frequência cardíaca - BPM
Idade
(batimentos por minutos)
TO A

Lactente 85 – 180
EN IN

Criança 80 – 140
M TR

Adulto 60 - 100
DI U

Variações aceitáveis da Frequência Cardíaca


E N DO

Frequência ventilatória
AT DE

Determine a necessidade de avaliar a respiração. Identifique fatores


de risco para alterações incluindo febre, dor, ansiedade, doenças na parede torá-
cica ou pulmonar, lesão cerebral e traumas.
DE ÃO

Observe o ciclo respiratório completo (inspiração e expiração). Uti-


TOSEÇ

lize o relógio e comece a contar a freqüência.

Se o ritmo estiver regular, conte o número de respirações em 30


segundos e multiplique por dois.
EN

Se o ritmo estiver irregular, conte durante 1 minuto.


AM

Observe a profundidade das respirações e o ritmo. Compare ambos


os lados do tórax.
UP

Frequência Respiratória - RPM


Idade
(respirações por minutos)
GR

Lactente 40 - 60

Criança 20 – 40
Adulto 12 - 20
Variações aceitáveis da Frequência Respiratória

R
Pressão arterial

LA
TA
Determine a necessidade de avaliar a pressão arterial, identificando
fatores de risco como condições clínicas ou lesão traumática;

PI
Obtenha a pressão arterial basal prévia do cliente, se disponível;

S
HO
Selecione um manguito adequado para cada paciente (tamanho), se

PR SA
possível;

É-
IA UI
Faça o paciente permanecer sentado ou deitado. Com ele sentado
ou deitado, posicione e examine o braço pesquisando alterações físicas e remova

NC SQ
roupas apertadas.

GÊ PE
Palpe a artéria braquial (braço) e coloque o manguito centralizado
acima da artéria. Posicione a seta marcada no manguito sobre a artéria.
ER O E
Localize novamente o pulso braquial ou o pulso radial. Palpe a
artéria enquanto infla o manguito rapidamente até o pulso desaparecer. Após o
desaparecimento do pulso, posicione o diafragma do estetoscópio sobre a artéria
EM IN

ABORDAGEM DO PACIENTE
braquial e infle mais 30mmHg. Solte lentamente o bulbo da válvula de pressão e
deixe a agulha do manômetro cair a uma taxa de 2 a 3 mmHg/segundo.
DEENS

O primeiro som claro é a pressão sistólica e o último som é a pressão


diastólica.
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

Variações aceitáveis da Frequência Respiratória

An am n ese
EN

A anamnese tem por objetivo a coleta de informações sobre o evento,


AM

condições do paciente no momento e história prévia. Abaixo são descritas algu-


mas orientações para sua realização:
UP

Chame o paciente peço nome ou pela forma que ele solicitar.


GR

Utilize perguntas claras e objetivas;


Não utilize linguagem técnica. Exemplo: Utilize pressão alta, no lu-
gar de hipertensão, problema de correção, no lugar de cardiopata.

R
A anamnese pode ser orientada pelo método mnemônico SAMPLA, dire-

LA
cionando as perguntas para o histórico de saúde.

TA
Sintomas: quais são os sintomas relatados? Qual a queixa principal?

PI
Alergias: pergunte por alergias, principalmente a medicamentos.

S
Medicações: o paciente faz uso de medicações?

HO
PR SA
Passado médico: possui histórico médico condizente com a queixa atual?

É-
Cirurgia recente?

IA UI
Líquidos e alimentos: pesquise se o paciente ingeriu líquidos ou alimentos

NC SQ
recentemente. Essa condição pode aumentar o risco de vômito e aspiração.

GÊ PE
Ambiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de
emergência.

ER O E
Transpo r te e re avaliação
EM IN
Pacientes com suspeita de lesão na coluna vertebral devem ser transpor-
tados, imobilizados em uma prancha rígida. Pacientes clínicos com dispinéia,
DEENS

angustia ou insuficiência respiratória devem ser mantidos em repouso e trans-


portados até a viatura.
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

CHOQUE CIRCULATÓRIO
O que é

R
O choque é uma falha circulatória grave, que acarreta circulação san-

LA
guínea sistêmica insuficiente e morte celular. À medida que não é contro-
lado, o choque causa um colapso no organismo, levando à falência gradual
dos órgãos.

TA
Para que ocorra uma circulação sanguínea efetiva, é necessário que

PI
haja bom funcionamento do coração, volume sanguíneo adequado e vasos

S
com pressão sanguínea suficiente. Qualquer que seja o agravo em um dess-
es componentes, o resultado é o desequilíbrio da circulação, que, conforme

HO
o dano, assume proporções gravíssimas e leva ao óbito.

PR SA
É-
Conforme a sua etiologia (origem), o choque circulatório é classifica-

IA UI
do em:

NC SQ
Cho que hi po vo lê mico : diz respeito ao volume de líquido cir-
culante. Nesse caso, indica baixo volume. É subdivido em:

GÊ PE
Choque hemorrágico: é o choque mais presente no trauma. Até de-

ER O E
terminado volume de sangue perdido, o organismo é capaz de utilizar me-
canismos compensatórios para retardar a evolução do choque. Entretanto,
quando a perda sanguínea é elevada, o organismo entra em colapso.
EM IN
Choque não hemorrágico: é o resultado de intensa perda de líqui-
DEENS

dos e eletrólitos por meio de diarreias e vômitos constantes. Também acon-


tece pela grande perda de plasma em grandes queimados.

Cho que c ardio g ê n ico : a origem desse choque é no coração.


TO A

Falhas cardíacas graves, Infartos Agudos do Miocárdio extensos e Insufi-


EN IN

ciências Cardíacas são as principais causas.


M TR

Cho que distr ibu t ivo : o sangue é ejetado (distribuído) e re-


torna ao coração por meio dos vasos sanguíneos. É justamente nesse com-
DI U

ponente cardiovascular que se encontra o problema no choque distributivo.


E N DO

Para uma circulação efetiva, os vasos, principalmente as artérias, devem


manter um calibre adequado. Determinados agravos são capazes de provo-
car intensa vasodilatação e consequentemente hipotensão severa. É subdi-
AT DE

vido em:

Choque anafilático: causado por uma reação de hipersensibilidade


DE ÃO

a um agente alergênico com o qual o indivíduo tem contato. É o choque da


alergia. O agente alergênico desencadeia uma resposta exacerbada do or-
TOSEÇ

ganismo que culmina em vasodilatação e hipotensão. Pode ser causado por


medicações, alimentos, picadas de insetos, etc.

Choque séptico: causado pela presença de microrganismos (bac-


téria, fungo) ou seus componentes e toxinas na corrente sanguínea. A re-
EN

sposta do organismo é uma intensa reação inflamatória, que tem, dentre


outros resultados, vasodilatação e hipotensão.
AM

Choque neurogênico: é causado por lesão medular, que acarre-


ta perda da inervação da musculatura vascular e consequentemente hipo-
UP

tensão nas regiões abaixo da lesão. É mais comum no trauma, porém pode
ser resultado de acidentes em induções anestésicas.
GR

Cho que o bstr u t ivo : a circulação é afetada por pressão exer-


cida ou no coração (tamponamento cardíaco) ou em grandes vasos do tórax
(pneumotórax hipertensivo). Não é um choque que se desenvolve rapidamente.

Co m o rec on h ec er

R
LA
Devido à sua gravidade, o choque circulatório deve ser rapidamente iden-
tificado no ambiente pré-hospitalar, para que dessa maneira as condutas ap-

TA
ropriadas sejam empreendidas o quanto antes e o transporte ao hospital de
referência providenciado precocemente.

PI
No geral, as manifestações clínicas do choque são semelhantes, indepen-

S
dentemente de sua etiologia, já que o resultado envolve má circulação em todos

HO
os casos. Contudo, alguns choques apresentam sinais específicos.

PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN

CHOQUE CIRCULATÓRIO
DEENS
TO A

Sinais e sintomas do choque circulatório


EN IN

Co n du t a
M TR
DI U

É importante que se mantenha uma via-aérea pérvia e boa ventilação,


mas os cuidados com a circulação, principalmente o controle de hemorragias
E N DO

externas é fundamental. Para a manutenção da permeabilidade das vias-aéreas,


pode ser necessária a aspiração de sangue e outras secreções da cavidade oral,
além da realização de manobra de abertura, nos casos em que o paciente não
AT DE

seja capaz de manter permeabilidade.


DE ÃO

A avaliação da respiração inclui a inspeção e palpação do tórax e deformi-


dade ou sinais de ferimentos devem ser investigados. Deve-se procurar manter
uma saturação periférica de oxigênio maior que 95%. Uma saturação menor
TOSEÇ

exige a administração de oxigênio suplementar em alta concentração (10 – 15 L/


min). A oximetria de pulso deve ser de uso rotineiro. Embora não seja o padrão
ouro para a avaliação da concentração de gases na corrente sanguínea, pode
oferecer um parâmetro razoável sobre a saturação periférica de oxigênio.
EN

Por se tratar de uma emergência de origem circulatória, os cuidados com


a circulação devem ser redobrados. Os sinais e sintomas do choque circulatório
AM

devem ser identificados precocemente e as intervenções realizadas o mais rápi-


do possível. A qualidade do pulso radial é um bom preditor do estado circulatório.
Quando ausente, estima-se uma pressão arterial sistólica menor que 90 mmHg.
UP

Em pacientes que apresentem sinais de choque, mas sem sangramento visível,


o socorrista deve suspeitar de sangramento interno. Sangramentos externos
GR

devem ser imediatamente contidos e devem receber atenção especial da equipe


de socorristas.
Para a contenção de hemorragias externas, admite-se atualmente duas
técnicas:

R
Pressão direta sobre o ferimento: pressão realizada com a mão enluvada

LA
ou em associação com gazes, diretamente sobre o ferimento (figura 34). É a pri-
meira técnica que deve ser realizada. Deve ser realizada com pressão suficiente
para a contenção da hemorragia. Em caso de múltiplos ferimentos ou quando

TA
seja necessária a realização de outros procedimentos, curativos compressivos
poderão ser utilizados.

S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
Pressão direta sobre o ferimento Curativo compressivo

ER O E
To rnique te : somente deve ser utilizado quando o sangramento não
for controlado com a pressão direta. É uma técnica agressiva e por isso deve ser
EM IN
realizada com cautela, e por pessoal treinado. Consiste em um laço que é torcido
por um bastão, até que a hemorragia seja controlada. A técnica de realização é
descrita abaixo.
DEENS
TO A
EN IN

Descritivo de realização do torniquete


M TR

Utilizar uma faixa de cerca de 10 cm de largura;


DI U

O torniquete deve ser posicionado proximal à lesão. Cerca de 3 a 5 cm distante


do ferimento;
E N DO

Um primeiro nó é feito (meia volta) e um bastão resistente e com tamanho ap-


ropriado é posicionado sobre esse nó. Em seguida um segundo nó é realizado
sobre o bastão;
AT DE

O socorrista deve torcer o bastão até que haja o controle da hemorragia e en-
tão fixá-lo. Não desfazer a torção após o controle da hemorragia.
Anote a hora de realização no torniquete realizado;
DE ÃO

O torniquete poderá ser realizado com o manguito do esfigmomanômetro ou


dispositivos comerciais.
TOSEÇ

Precauções
Torniquetes distais à lesão não deverão ser aplicados;
Não utilize cadarços, cordões ou outros materiais estreitos;
Uma vez controlada a hemorragia, a torção do torniquete deve ser interrom-
pida;
EN

Para melhor visualização de hemorragias recidivas, não cubra o torniquete;


O torniquete só deverá ser desfeito na unidade hospitalar de referência.
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
E N DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
Seq u ê nc ia para re al iz ação d o t o rn iqu e t e

HO
S PI
TA
LA
R

CHOQUE CIRCULATÓRIO
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
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TO A
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ER O E
GÊ PE
NC SQ
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PR SA
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HO
SPI
TA
LA
R
GR
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AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
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TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES


Compressas, ataduras e curativos

Compressa: material limpo ou estéril que se aplica diretamente sobre

R
um ferimento para proteger, mantê-lo limpo ou deter a hemorragia.

LA
Alguns tipos de compressas são:

TA
Absorvente _______________________________________________

PI
Anti-séptico _______________________________________________

S
HO
Atadura

PR SA
É-
Faixa de tecidos, gaze, crepom, elástica, que tem como finalidades:

IA UI
NC SQ
• Exercer pressão sobre uma parte do corpo;

GÊ PE
• Imobilizar uma região;

• Fixar curativos, proteger feridas, manter estética no curativo, etc.

ER O E
Curativo
EM IN
É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma
DEENS

cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de


promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação ou infecção.
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

Ao aplicar um curativo, o emergencista deve:

1. Assegure o controle de hemorragias.


EN

2. Abra e maneje as compressas de maneira asséptica.


AM

3. Cubra completamente os ferimentos.


UP

4. Assegure que o curativo esteja firme e fixo, mas não tão apertado a ponto de
GR

afetar a circulação.

5. Verifique perfusão ou pulso distal antes e depois de realizar o curativo.


6. Assegure que não fiquem pontas soltas que possam enganchar em outros ob-
jetos quando o paciente for movimentado.

R
7. Evite cobrir as extremidades dos dedos.

LA
Ferimentos em tecidos moles

TA
São lesões que ocorrem em todos os tecidos moles do corpo, comumente

PI
causadas por trauma.

S
Classificação dos ferimentos

HO
PR SA
fechado | aberto

É-
IA UI
Ferimento fechado

NC SQ
É aquele onde não existe uma perda da continuidade da superfície cutânea.

GÊ PE
Geralmente é causado pelo impacto de um objeto contundente.
ER O E

FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES


• Os ferimentos fechados podem variar desde danos aos tecidos subcutâ-
neos até lesões severas aos órgãos internos.
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U

Tratamento pré-hospitalar para os ferimentos fechados


E N DO

1. Use EPI (biossegurança) | 2. Verifique se a cena está segura |


3. Trate o choque | 4. Proteja a área lesionada | 5. Transporte o paciente.
AT DE

O sangue pode acumular-se no tecido danificado e formar um hemato-


DE ÃO

ma; em tais casos deve-se aplicar um curativo.


TOSEÇ
EN
AM
UP

Ferimento aberto
GR

É aquele onde existe uma perda de continuidade da superfície cutânea


Tipos de ferimentos abertos:

_______________________________________________________________

R
_______________________________________________________________

LA
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

TA
_______________________________________________________________

PI
_______________________________________________________________

S
Tratamento pré-hospitalar

HO
PR SA
1. Use EPI (biossegurança)

É-
IA UI
2. Verifique se a cena está segura

NC SQ
3. Exponha o ferimento. Retire a roupa que esteja sobre e ao redor do
ferimento. Não retire a roupa, passando-a por cima da cabeça ou das extremi-

GÊ PE
dades. O melhor método é simplesmente levantar e retirar a roupa ou cortá-la
longe do local do ferimento, de acordo com o protocolo local. Evite agravar os
ferimentos do paciente

ER O E
4. Não lave, limpe a superfície do ferimento retirando apenas o excesso.
EM IN
5. Controle hemorragias. Inicie com pressão direta.
DEENS

6. Previna a contaminação. Use um curativo estéril, roupa ou pano lim-


po para cobrir o ferimento.
TO A
EN IN

7. Mantenha o paciente em repouso e se possível cubra-o com um co-


bertor ou lençol.
M TR

8. Ofereça apoio emocional ao paciente


DI U
E N DO

9. Trate o choque

10. Transporte o paciente


AT DE

Outros tipos de ferimentos


DE ÃO

Pérfuro-cortante
TOSEÇ

1. Examine se tem saída.

2. Cubra completamente qualquer ferimento aberto.


EN

Objeto encravado
AM

1. Não o remova.
UP

2. Controle hemorragias.
GR

3. Estabilize o objeto .

Avulsão (extirpação) arrancamento parcial de um tecido


1. Limpe a superfície do ferimento.

2. Recoloque a pele.

R
LA
3. Controle hemorragias.

TA
4. Cubra o ferimento.

PI
Mutilação (amputação traumática)

S
HO
1. Controle as hemorragias e previna o choque.

PR SA
É-
2. Cubra as partes amputadas com curativos, limpe e as mantenha
refrigeradas.

IA UI
NC SQ
3. Guarde e conduza as partes amputadas junto com o paciente até
o hospital.

GÊ PE
Feridas abertas no abdômen
ER O E

FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES


1. Não recoloque nenhum órgão eviscerado.
EM IN

2. Oclua com plástico ou papel alumínio.


DEENS

3. Cubra com curativo volumoso e fixe-o.

O tratamento pré-hospitalar dos ferimentos em tecidos moles está dirigido a


TO A

controlar hemorragias e a prevenir a contaminação.


EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

Face e couro cabeludo

A face e o couro cabeludo recebem abundante irrigação de sangue através


de artérias e veias e as feridas, nestas áreas, sangram muito.
EN

Tratamento pré-hospitalar
AM

1. Use EPI (biossegurança).


UP

2. Verifique se a cena está segura.


GR

3. Controle a hemorragia com pressão direta.


4. Suspeite de uma lesão no encéfalo ou no pescoço diante de qualquer ferimen-
to na cabeça.

R
5. Não tente limpar a superfície de uma ferida no couro cabeludo. Com frequên-

LA
cia, isso é causa de hemorragia adicional, agrava lesões e provoca muita dor
caso exista uma fratura do crânio.

TA
6. Não aplique pressão no ferimento se existir a possibilidade de uma fratura no

PI
crânio.

S
Ferimentos nos olhos

HO
PR SA
Tratamento pré-hospitalar

É-
IA UI
1. Use EPI (biossegurança).

NC SQ
2. Verifique se a cena está segura.

GÊ PE
3. Não exerça pressão direta sobre os olhos.

ER O E
4. Caso encontre um objeto encravado ou ele encontra-se protruso, deverá:

EM IN
não remover os objetos.
DEENS

não recolocar o olho caso ele tenha sido expulso.

estabilizar com curativo específico (copo-atadura) sobre o olho, permitin-


do ao objeto encravado sair através da abertura. Cubra o olho não lesionado
TO A

para reduzir o movimento de ambos os olhos. Explique ao paciente porque está


EN IN

fazendo isso.
M TR

5. Trate o choque.
DI U

6. Preste suporte emocional ao paciente.


E N DO

Em um paciente inconsciente fechar os olhos antes de vendá-los para pre-


venir que se resseque o tecido e apareça risco de cegueira permanente. Fechan-
AT DE

do os olhos lhe permite lacrimejamento e humidade normais.


DE ÃO

Cuidar de um olho protruso da mesma forma que de um objeto encravado.


TOSEÇ

Considerações especiais:

Tratamento pré-hospitalar de queimaduras nos olhos

Por calor. Na maioria dos casos, somente as pálpebras são queimadas.


EN

1. Use EPI (biossegurança).


AM

2. Verifique se a cena está segura,


UP

3. Não abra os olhos caso haja sinais de pálpebras queimadas.


GR

4. Com as pálpebras do paciente fechadas, cubra os olhos com um curativo


frouxo e úmido. Caso não haja forma de umedecê-lo, aplique um curativo frouxo
e seco

5. Não use nenhum tipo de unguento para queimaduras nas pálpebras.

R
LA
Por luz (radiação). A “cegueira da neve” e a “cegueira do soldador” são
dois exemplos.

TA
Cubra ambos olhos com material escuro, mantendo as pálpebras fecha-

PI
das. Caso não haja, use vários curativos ou vende e coloque uma capa de mate-
rial opaco, como um plástico escuro.

S
HO
Por substâncias químicas nos olhos: Muitas substâncias químicas podem

PR SA
causar sério dano aos olhos.

É-
IA UI
1. Enxague os olhos com água abundante dependendo da substância. Não at-
rase o cuidado tentando encontrar água estéril. Use qualquer fonte de água boa

NC SQ
para beber. Se for possível, mantenha um jorro constante por, pelo menos, 20
minutos.

GÊ PE
2. Depois de lavar os olhos, com as pálpebras do paciente fechadas, aplique um
curativo frouxo e úmido. ER O E

FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES


EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
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AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
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EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

TRAUMA EM EXTREMIDADES
O QUE É

R
Os traumas em extremidades (membros superiores e inferiores) são

LA
lesões muito comuns no cenário pré-hospitalar. Fraturas, luxações e entorses
ocorrerão conforme a energia envolvida no trauma. Mesmo que muitas dessas
lesões sejam de fácil reconhecimento, devido à forma como se apresentam, em

TA
outras ocasiões suas confirmações só ocorrerão por meio de exames de imagem,
fato que não deve implicar em assistência negligenciada.

S PI
Fratura é a ruptura total ou parcial de um segmento ósseo (úmero, rá-
dio, ulna, tíbia, fíbula, fêmur, etc.). Ela é fechada quando ocorre associada a

HO
ferimento fechado, ou seja, não há visualização direta do osso fraturado, sem o

PR SA
rompimento da pele. A fratura é aberta, ou exposta, quando está presente um

É-
ferimento aberto, por onde é possível visualizar o osso fraturado, ou seja, a in-

IA UI
tegridade da pele é comprometida.

NC SQ
Luxações e entorses são lesões que ocorrem em articulações (punho,
cotovelo, ombro, joelho e tornozelo). Podem ou não ocorrer associadas a fratu-

GÊ PE
ras. Luxação é o desalinhamento das extremidades ósseas em uma articulação,
tendo como consequência a perda do contato entre as superfícies articulares. A
entorse é a distensão brusca de uma articulação, além do seu grau normal de

ER O E
amplitude.

C OM O R EC O NH EC ER
EM IN
DEENS

Os sinais e sintomas das fraturas, entorses e luxações são semelhantes.


É comum que essas lesões estejam acompanhadas de dor, deformidade, edema,
impotência funcional no membro atingido e alterações motoras, sensitivas e vas-
culares. Em determinadas fraturas também é possível observar a exposição de
TO A

fragmentos ósseos e perceber crepitação.


EN IN

Crepitação é uma sensação áspera produzida pelas extremidades ósseas


fraturadas, quando se tocam à palpação.
M TR

Lesões em extremidades não devem ser avaliadas isoladamente. A mag-


DI U

nitude de uma fratura, por exemplo, por vezes não determina a gravidade da
E N DO

condição clínica do paciente. Dessa forma, uma vez identificado o trauma em


extremidades, o socorrista deve avaliar se:
AT DE

1. Essa lesão está associada a risco de morte? Causou ou está causan-


do grande perda sanguínea?
DE ÃO

2. Mesmo que o trauma em extremidade em si não apresente grandes


riscos, existem condições sistêmicas desfavoráveis? O paciente apresenta sinais
TOSEÇ

de choque?
EN
AM
UP
GR

Trauma em extremidades. A – Fraturas fechada e aberta de úmero; B – Luxação de ombro;


C – Entorse de tornozelo.
CO ND U TA

R
A não ser que o trauma na extremidade ocasione uma condição clínica

LA
grave, como grande perda sanguínea, por exemplo, o socorrista deve ter sua
atenção voltada para problemas prioritários relacionados às vias-aéreas, respi-
ração, circulação e estado neurológico.

TA
A biomecânica envolvida deve ser considerada na investigação de agravos

PI
adicionais. O socorrista deve proceder a avaliação do paciente e tratar a lesão

S
na extremidade em momento apropriado. Em muitas situações, a equipe de so-
corristas reduzida pode ser um obstáculo para a imobilização ainda na cena de

HO
emergência.

PR SA
É-
Quando for possível, recomenda-se que o tratamento das lesões nas ex-

IA UI
tremidades seja realizado ao final da avaliação primária, logo após a exposição
do paciente e a identificação de lesões a partir da queixa principal. Lesões adi-

NC SQ
cionais poderão ser identificadas no exame físico detalhado, durante a avaliação
secundária.

GÊ PE
A imobilização provisória de membros fraturados, luxados ou com entors-
es tem o potencial de minimizar a dor, restabelecer a função vascular, além de
ER O E
prevenir lesões adicionais e o agravo das já existentes. Embora as imobilizações
possuam variações na sua forma de execução, alguns princípios devem ser se-

TRAUMA EM EXTREMIDADES
guidos:
EM IN
DEENS

1. Hemorragias devem ser controladas e curativos realizados em ferimen-


tos abertos;

2. Escolha do material mais adequado (tala de madeira? Tala moldável?


TO A

Tala de tração?); Talas devem ser mensuradas no membro correspondente não


EN IN

lesionado;
M TR

3. Avaliar a função vascular e sensitiva antes e após a imobilização do


membro. A função motora somente deve ser avaliada antes da imobilização e,
DI U

mesmo assim, apenas quando não houver evidências claras da lesão;


E N DO

4. Imobilizações devem ser realizadas por pelo menos dois socorristas. Um


deles realiza a manipulação cautelosa do membro lesionado e o outro imobiliza;
AT DE

5. Sempre que possível o membro lesionado deve ser alinhado, principal-


mente quando o pulso distal estiver ausente. Essa conduta deve ser evitada em
DE ÃO

situações em que houver resistência ao movimento ou dor intensa. Lesões em


articulações (luxações e entorses) devem ser imobilizadas na posição encontra-
TOSEÇ

da;

6. O membro deve ser todo exposto para avaliação e imobilização;

7. Para completa imobilização e redução da possibilidade de movimen-


EN

tação do segmento lesionado, sempre que a região do membro for propícia, as


imobilizações devem ser realizadas de maneira a atingir uma articulação acima
AM

e outra abaixo da lesão.


UP
GR
R
LA
TA
S PI
Imobilização de membro superior. Utilização de tipoia para melhor estabilização.

HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO

Imobilização de fêmur com a utilização de talas rígidas de madeira.


AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR

Imobilização de entorse ou luxação do joelho na posição encontrada com a utilização de talas


moldáveis.
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

LESÕES DE CRÂNIO, COLUNA E TÓRAX


T r a u m a t is mo C r anioencef álico
O Q UE É

R
LA
O trauma cranioencefálico (TCE) é aquele localizado no crânio e en-

TA
céfalo. O TCE é causa de elevada mortalidade pré-hospitalar. As lesões neu-
rológicas decorrentes devem ter seu avanço interrompido por uma abord-
agem otimizada por parte da equipe de socorristas, com reconhecimento

PI
e intervenções precoces e priorização do transporte para um hospital de

S
referência. Embora mereça sempre grande atenção, nem todo trauma cra-
niano acarreta lesão encefálica.

HO
PR SA
O crânio é especialmente constituído para proteger o encéfalo. É for-

É-
mado em sua maior parte por ossos espessos e fundidos em uma única es-

IA UI
trutura. Algumas regiões cranianas, como a temporal e etmoidal, são mais
delgadas e, por isso, são mais propícias a fraturas. As fraturas cranianas

NC SQ
podem ser fechadas e abertas. Nas fraturas fechadas não ocorre exposição
do conteúdo craniano enquanto das abertas, é possível visualizar meninges

GÊ PE
e o encéfalo.

Mesmo com grande proteção do crânio, impactos de grande ener-

ER O E
gia são capazes de gerar lesões encefálicas catastróficas. Do ponto de vis-
ta fisiopatológico, as lesões encefálicas são consequência tanto do trauma
encefálico direto (contusões, hemorragias) como também do agravo se-
EM IN
cundário ocasionado por isquemia, hipóxia, edema, hipertensão intracra-
niana ou condições fisiológicas sistêmicas capazes de agravar a o estado
DEENS

neurológico.

CO MO RECO NH EC ER
TO A
EN IN

Para o reconhecimento do TCE, é fundamental que na avaliação do


paciente a biomecânica seja considerada. Os sinais e sintomas do TCE in-
M TR

cluem:
DI U

• Dor localizada | • Náuseas e vômitos | • Alteração visual;


E N DO

• Alteração do nível de consciência;


AT DE

• Corte profundo, laceração ou hematoma no couro cabeludo, ou tes-


ta;
DE ÃO

• Deformidade no crânio;
TOSEÇ

• Sinais de contusão;

• Pupilas assimétricas;
EN

• Sangramento e/ou saída de líquor por ouvido e/ou nariz;


AM

• Hematoma periorbitário;
UP

• Arroxeamento retroauricular (sinal de Battle);


GR

• Flexão e/ou extensão anormais.


COND U TA
O nível de consciência deve ser avaliado por meio do AVDI. O rebaixam-

R
ento da consciência ou um estado de inconsciência podem ser decorrentes de

LA
hipóxia cerebral. A permeabilidade das vias-aéreas e a capacidade do paciente
de mantê-las permeáveis devem ser prontamente avaliadas. Se necessário, as

TA
vias-aéreas devem ser mantidas abertas com manobra apropriada, com cuidado
especial com a estabilização (manual e colar cervical) da coluna cervical. Lesões

PI
na face frequentemente causam sangramento na cavidade oral e por isso, a as-
piração deve ser considerada nesses casos.

S
HO
Como visto, a hipóxia é causa de lesão encefálica secundária. Desse
modo, é essencial que a função respiratória seja avaliação, incluindo a frequência

PR SA
respiratória, profundidade e efetividade da respiração, bem como a presença de

É-
lesões torácicas que possam prejudicar a respiração. A oximetria de pulso deve

IA UI
ser realizada e oxigênio suplementar oferecido em alta concentração (10 – 15 L/
min) se a %SpO2 estiver menor que 95%.

NC SQ
É comum que o TCE é acompanhado por choque circulatório. Na avaliação

GÊ PE
da circulação, sinais de choque devem ser precocemente identificados. A hipo-
tensão sistêmica decorrente do choque causará diminuição do fluxo sanguíneo

LESÕES DE CRÂNIO, COLUNA E TÓRAX


cerebral, provocando isquemia e hipóxia, agravando assim a lesão encefálica.
ER O E
Hemorragias devem ser contidas de imediato, com o cuidado de exercer pressão
discreta na contenção de hemorragias no crânio. Sangramento e saída de líquor
pelo nariz e ouvidos são indicativos de aumento da pressão intracraniana e por
EM IN

isso não devem ser contidas com pressão direta.


DEENS

A avaliação do estado neurológico é um procedimento de grande importân-


cia no pré-hospitalar. Ainda que seja útil para determinar o nível de consciência
de um paciente, o método AVDI não é um preditor do estado neurológico. Nesse
TO A

caso, o socorrista deve utilizar a Escala de Coma de Glasgow.


EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

ESCORE: < 8 = GRAVE | 9 a 12 = MODERADO | 13 a 15 = LEVE


Escala de coma de Glasgow

Após os cuidados com as lesões e agravos prioritários, a equipe de so-


EN

corristas deve investigar lesões adicionais e se possível for, trata-las no local. O


exame físico detalhado, os sinais vitais e a anamnese são devem ser feitas no
AM

local que as condições fisiológicas do paciente permitirem.

Tr aum a t i s m o v é r t ebr o- medular


UP

O QU E É
GR

O trauma vértebro-medular pode atingir somente a coluna vertebral, como


também a medula. Muitos desses traumatismos, que inicialmente lesionam ape-
nas a coluna vertebral, acabam por lesionar a medula posteriormente devido a
manipulações inadequadas. Além de contribuírem para uma morbimortalidade
significativa, as lesões medulares são uma das principais causas da perda de
independência em adultos jovens.

R
LA
As principais causas de lesões medulares no Brasil são as quedas, aci-
dentes automobilísticos e com motocicletas, armas de fogo e acidentes de mer-

TA
gulho. Ainda que pacientes vítimas de algum trauma possam não apresentar
lesões vértebro-medulares aparentes, a equipe de socorrista deve sempre con-

PI
siderar a biomecânica e energia envolvida no trauma.

S
HO
Desse modo, pacientes que tenham recebido impacto significativo na
cabeça ou coluna vertebral, aceleração ou desaceleração bruscas, quedas de al-

PR SA
turas significativas ou trauma por mergulho em águas rasas devem ter a coluna

É-
vertebral imobilizada.

IA UI
CO M RECO NHEC ER

NC SQ
Energias altas o suficiente para produzir lesão vértebro-medular são ca-

GÊ PE
pazes também de gerar outros tipos de lesões graves e por isso esse possível
panorama deve ser considerado pela equipe de socorristas. Como visto, em
determinadas situações, tais como recebido impacto significativo na cabeça ou

ER O E
coluna vertebral, aceleração ou desaceleração bruscas, quedas de alturas sig-
nificativas ou trauma por mergulho em águas rasas, a lesão vértebro-medular
deve ser considerada. EM IN
DEENS

Uma possível perda da inervação da musculatura dos vasos sanguíneos


causará vasodilatação e hipotensão. Nesse caso, os socorristas devem ficar aten-
tos a um possível choque neurogênico, com apresentação ainda de bradicardia e
pele quente nas extremidades. Além disso, devem ser considerados os seguintes
TO A

sinais e sintomas:
EN IN

• Dor local | • Deformidade na coluna vertebral | • Arreflexia flácida;


M TR

• Esforço respiratório;
DI U
E N DO

• Responsividade a estímulos apenas acima da clavícula;

• Paralisia total ou parcial de membros;


AT DE

• Formigamento ou fraqueza nas extremidades;


DE ÃO

• Priapismo;
TOSEÇ

• Respiração preponderantemente diafragmática

CO NDUTA
EN

Pacientes com trauma vértebro-medular podem apresentar dificuldade


em manter a via-aérea permeável e nessa situação deverão receber manobra de
AM

manutenção de permeabilidade de via-aérea para trauma. Mais do que qualquer


outro, esse paciente deve ter sua coluna cervical estabilizada com extrema cau-
UP

tela e um colar cervical deverá ser aplicado.


GR

Lesões vértebro-medulares altas podem produzir dificuldade respiratória.


Dessa maneira, tanto a frequência respiratória como a profundidade das respi-
rações devem ser avaliadas e oxigênio suplementar ofertado caso haja indicação
da oximetria de pulso. Os socorristas devem seguir com a avaliação primária, in-
vestigando hemorragias ou sinais de instabilidade hemodinâmica, além de aval-
iar o estado neurológico do paciente.

R
Após identificar e tratar anormalidades de potencial risco a vida, outras

LA
lesões, tais como fraturas devem ser identificadas de tratadas. Por se tratar de
trauma vértebro-medular, o foco volta-se nesse momento para a manipulação e
imobilização da coluna vertebral. Paciente com esse tipo de lesão somente de-

TA
vem ser manipulados por equipe treinada. Nesses casos, após a escolha da ma-
nipulação mais adequada para o caso, o paciente deve ter sua cabeça, pescoço,

PI
tronco, quadril e membros totalmente imobilizados em prancha rígida.

TR A U M AT I S M O T O R ÁC I C O

S
HO
PR SA
O QU E É

É-
IA UI
A caixa torácica abriga grandes vasos sanguíneos, órgãos e componentes

NC SQ
fundamentais do sistema cardiovascular e respiratório. Desse modo, traumatis-
mos torácicos tem o potencial de gerar graves prejuízos à circulação, ventilação
e oxigenação do ser humano. Por ser uma caixa óssea com grande revestimento

GÊ PE
muscular, lesões em órgãos torácicos normalmente são causadas por impactos
de grande energia.

LESÕES DE CRÂNIO, COLUNA E TÓRAX


ER O E
Os traumatismos torácicos variam desde fraturas simples ou múltiplas de
costelas, até lesões no coração, pulmões e grandes vasos. A maior parte dos
EM IN

traumatismos torácicos não requer grandes intervenções. Entretanto, determi-


nadas lesões demandam cuidados imediatos com a ventilação, oxigenação e
DEENS

circulação, além de procedimento cirúrgico de emergência.

COM O RECO NHECER


TO A

Os sinais e sintomas do traumatismo torácico dependerão da magnitude


EN IN

da lesão e das estrutura e órgãos atingidos.


M TR

Lesão Definição Sinais e sintomas


Fratura de costela Ruptura total ou parcial de Deformidade
DI U

uma costela
Dor local
E N DO

Hipersensibilidade
Dispneia
AT DE

Respiração superficial
Tórax instável Fratura de duas ou mais cos- Dor intensa
DE ÃO

telas adjacentes em pelo


Expressão de sofrimento
menos dois lugares
Taquipneia
TOSEÇ

Hipóxia
Movimento torácico parodoxal
Pneumotórax Fechado: Presença de ar Dor
no espaço pleural decor- Dificuldade respiratória
EN

rente de ferimento fecha-


do. Murmúrio vesicular diminuído
no lado da lesão
AM

Aberto: Presença de ar no
espaço pleural decorrente Ferimento aspirativo no tórax
de ferimento aberto. Timpanismo torácico
UP

Hipertensivo: Ocorro Desvio do mediastino para o


quando o ar dentro do lado contrário à lesão (pneu-
GR

espaço pleural causa au- motórax hipertensivo)


mento da pressão intrato-
rácica.
Hemotórax Presença de sangue no Dor torácica
espaço pleural. Dispneia

R
Sinais de choque hipovolêmico

LA
Murmúrio vesicular diminuído.
Abafamento de sons à percus-

TA
são torácica
Ta m p o n a m e n t o Presença de líquido no Dor torácica

PI
cardíaco saco pericárdico Abafamento de bulhas

S
Turgência jugular

HO
Hipotensão

PR SA
Caracterização dos traumatismos torácicos

É-
CO NDUTA

IA UI
NC SQ
Os mecanismos do trauma torácico devem ser considerados na avaliação
do paciente. Por se tratar de um trauma com impactos significativos na venti-

GÊ PE
lação, oxigenação e circulação, a avaliação primária deve ser priorizada.

A permeabilidade da via-aérea deve ser avaliada e, se necessário, devem

ER O E
ter sua permeabilidade mantida por meio de manobra para trauma. A oxime-
tria de pulso pode evidenciar má oxigenação. O oxigênio suplementar deve ser
oferecido caso a %SpO2 esteja em níveis inadequados (>95%) ou o paciente
EM IN
apresente sofrimento respiratório.
DEENS

Com frequência, o trauma torácico produz ferimentos abertos. Hemorra-


gias devem ser contidas por meio da pressão direta sobre o ferimento. Caso o
paciente não apresente sangramento externo, mas apresente sinais e choque
TO A

circulatório, o socorrista deve suspeitar imediatamente de hemorragia interna.


A palidez ou cianose, rebaixamento do nível de consciência, perfusão periférica
EN IN

inadequada e ausência de pulso radial são sinais de alerta para a presença do


choque.
M TR

Caso a situação permita, o exame secundário poderá ser feito no local da


DI U

emergência. Caso contrário, o exame físico completo, sinais vitais e anamnese


E N DO

devem ser realizados no interior da viatura, preferencialmente durante o descol-


amento para o hospital de referência. Ferimentos devem ser tratados conforme
o tipo de lesão.
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR

Condutas nos traumatismos torácicos


TR A U M AT I S M O A B D O MI NAL
O QU E É

R
LA
O trauma abdominal é uma das principais lesões identificadas em vítimas

TA
de agravos por causas externas, principalmente decorrentes de acidentes de
trânsito e perfuração por armas brancas e de fogo. Embora as estatísticas de
lesões abdominais sejam imprecisas, é sabido que essa lesão é uma das princi-

PI
pais causas de morte no trauma, principalmente devido ao choque decorrente

S
da perda sanguínea.

HO
A lesão de órgãos sólidos e muito vascularizados como o fígado e baço e

PR SA
também de grandes vasos (aorta abdominal, principalmente), gera sangramento

É-
intenso, que pode culminar em choque hipovolêmico. Já o conteúdo dos órgãos

IA UI
ocos (estômago, intestino), quando em contato com a cavidade abdominal
provoca inflamação do peritônio (peritonite) cujo os sinais e sintomas podem ser

NC SQ
percebidos no exame físico.

GÊ PE
Além do choque hemorrágico gerado pela perda sanguínea maciça, o
acúmulo de líquidos na cavidade abdominal aumenta muito a pressão interna

LESÕES DE CRÂNIO, COLUNA E TÓRAX


nessa região e empurra o conteúdo do abdome em direção ao tórax e pode gerar
ER O E
rompimento do diafragma. Em consequência disso, o quadro clínico do paciente
poderá ser agravado pela dificuldade de expansão torácica, tendo como reflexo
prejuízos respiratórios e cardíacos.
EM IN
DEENS

A partir do tipo de ferimento, o trauma abdominal é classificado em aber-


to, ou fechado.

Trauma aberto: decorre geralmente de ferimentos causados por armas


TO A

brancas e de fogo. Nesse caso, o projétil ou a lâmina avançam abdome a dentro


EN IN

lesionando estrutura e órgãos por anda passa.


M TR

Trauma fechado: é causado por forças de compressão ou cisalhamento. A


compressão abdominal é comumente gerada pelo cinto segurança ou impacto do
DI U

abdome contra o volante ou painel de veículos. O cisalhamento, como visto no


E N DO

capítulo de biomecânica do trauma, ocorre quando forças são aplicadas no mes-


mo sentido, mas em direções opostas. Quando um corpo sofre desaceleração
brusca e intensa, o órgão preso a uma estrutura abdominal é impulsionado para
cima ou para frente ao passo que ao mesmo tempo está preso. Essas forças de
AT DE

mesmo sentido e direções opostas causam esgarçamento e laceração do órgão.


DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM

COM O RECO NHECER


UP

Ainda que o ferimento aberto evidencie o trauma abdominal, o trauma


GR

fechado pode ser de difícil identificação. Dessa forma, é fundamental que o socor-
rista tenha especial atenção com a biomecânica envolvida. Assim, é necessária
a verificação de informações quanto ao tipo de colisão, utilização de cintos de
segurança e magnitude dos danos.
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
CO NDUTA

GÊ PE
Muitas situações que envolvem trauma abdominal estão associadas a ten-
tativas de homicídios, onde o risco de novas agressões, inclusive à equipe de

ER O E
atendimento, é iminente. As complicações relacionadas a via aérea, respiração e
circulação deverão ser prontamente verificadas. O choque circulatório predispõe
alterações nas funções respiratória, cardiovascular e no estado neurológicos.
EM IN
Dessa maneira o socorrista deverá intervir rapidamente em potenciais ameaças
à vida.
DEENS

Lesões torácicas associadas agravarão o quadro respiratório. A monitor-


ização da saturação periférica de oxigênio deverá ser realizada e oxigênio (10
– 15 L/min) ofertado caso a saturação esteja menor que 95% ou o paciente
TO A

apresente algum desconforto respiratório.


EN IN

A avaliação do estado circulatório é de extrema importância, já que a


M TR

perda intensa de sangue é comum no trauma abdominal. Hemorragias externas


deverão ser controladas por pressão direta. O aspecto da pele, a qualidade do
DI U

pulso periférico e o tempo de reenchimento capilar são parâmetros que também


E N DO

devem ser observados para identificação precoce do choque.

Objetos encravado no abdômen não deverão ser retirado no pré-hospita-


AT DE

lar, mas sim estabilizados para evitar maiores agravos durante o transporte. O
choque de origem inexplicada também deve levar o socorrista a suspeitar dessa
lesão. Nesse caso, o abdome deve ser exposto (vestes retiradas), inspecionado
DE ÃO

e palpado à procura de sinais e sintomas de lesão abdominal.


TOSEÇ

É de fundamental importância que o socorrista compreenda que muitos


traumas abdominais (perfuração profunda por arma branca ou arma de fogo, e
outras que apresentem choque associado) demandam transporte rápido. Nessas
situações, o transporte deve ser priorizado e as intervenções feitas no desloca-
mento para o hospital.
EN

A não ser que a situação exija, a avaliação secundária deverá ser realiza-
AM

da durante o deslocamento para o hospital. Uma avaliação física detalhada do


abdome deve ser realizada. Os sinais vitais devem ser verificados com atenção
à pressão arterial.
UP
GR
PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS EM TRAUMA ABDOMINAL
Objeto encravado Evisceração

R
• Não retirar objetos encravados. • Não tentar recolocar as vísceras
Tentar estabilizá-los; na cavidade abdominal;

LA
TA
• Se houver sangramento ativo ao • Cobrir as vísceras com curativo
redor do objeto, realizar pressão di- (limpo ou estéril) umedecidos com
reta com a mão ou compressa em solução salina e sem seguida reve-

PI
volta do ferimento; stir com material plástico ou pedaço
da manta aluminizada;

S
HO
• Não realizar palpação abdominal.
• Realizar curativo sanfonado.

PR SA
• Oferecer suporte emocional.

É-
• Oferecer suporte emocional.

IA UI
NC SQ
GÊ PE

LESÕES DE CRÂNIO, COLUNA E TÓRAX


ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
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TOSEÇ
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AM
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GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
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NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
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R
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TO A
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HO
SPI
TA
LA
R

QUEIMADURAS
O QUE É

R
Queimaduras variam desde aquelas com menor gravidade, até as que

LA
causam grandes repercussões sistêmicas. No geral, apenas as queimaduras
mais extensas requerem cuidados das equipes de atendimento pré-hospitalar.
Com frequência, a pele é o órgão humano mais atingido pelas queimaduras.

TA
A pele desempenha importantes funções no corpo humano, tais como

PI
proteção, termorregulação, sensibilidade, excreção e metabolismo. Ela é consti-

S
tuída por duas camadas: a epiderme e a derme. A epiderme, uma região avascu-
larizada e formada por epitélio estratificado, é a camada mais externa. A derme,

HO
a segunda camada da pele, é mais espessa e é formada por tecido conjuntivo,

PR SA
colágeno e elastina.

É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A

Condutas nos traumatismos torácicos


EN IN

C OM O R EC O NH EC ER
M TR

Conforme o agente causador, as queimaduras são classificadas em térmi-


DI U

cas, por substâncias químicas, eletricidade ou radiação. A profundidade das que-


E N DO

imaduras é determinada a partir da camada da pele ou outros tecidos atingidos:

1º grau (espessura superficial) – Atinge somente a epiderme e é


AT DE

caracterizada por eritema e dor local.

2º grau (espessura parcial) - Atinge a epiderme e porções variadas


DE ÃO

da derme. Além da dor local e vermelhidão, são caracterizadas por bolhas. Nas
queimaduras de 2º grau superficiais, as bolhas têm a base rósea e úmida. Nas
TOSEÇ

profundas, a base é branca e seca.

3 º grau (espessura completa) – Além de atingir a camada mais pro-


funda da derme, pode se estender para a tela subcutânea, músculos e ossos.
A pele nessas queimaduras apresenta-se enrijecida e esbranquiçadas, com as-
EN

pecto semelhante ao couro. Ao contrário do que foi largamente disseminado ao


longo dos anos, indivíduos com queimaduras de 3º grau referem dor local.
AM

Para se estimar a superfície corporal total queimada (SCTQ) utiliza-se a


chamada regra dos nove. Admite-se, por esse método, que as principais regiões do
UP

corpo são representadas por áreas de 9% de superfície corporal. A regra dos nove
é especialmente importante para se determinar o volume de líquido que deverá ser
GR

reposto. Embora seja aplicada também em crianças, devido à diferença de com-


pleição física entre as faixas-etárias pediátricas, a regra dos nove possui limitações
quando aplicada a esse público. São consideradas graves, as queimaduras que
atingem mais de 20% da SCTQ em adultos e 10 % em crianças.
Faixa-etária
Região
Adulto (%) Criança (%)

R
Cabeça e pescoço 9 18

LA
Tronco anterior 9 9
Tronco posterior 9 9

TA
Membros superiores 9 (cada) 9 (cada)
Membros inferiores 18 (cada) 14 (cada)

PI
Incluído nos membros
Genitais 1

S
inferiores

HO
Regra dos nove

PR SA
São fatores para se determinar a gravidade de uma queimadura:

É-
IA UI
• Extensão e profundidade da queimadura;

NC SQ
• Idade menor que 3 anos ou maior que 65 anos;

GÊ PE
• Lesão em vias-aéreas;
ER O E
• Traumas ou doenças associadas;
EM IN

• Áreas especiais.
DEENS

Áreas especiais: olhos, orelhas, face, pescoço, mão, pé, grandes articulações e

QUEIMADURAS
região genital.

O Q U E FA Z ER
TO A
EN IN

Seja qual for o agente causador da queimadura, a equipe de socorristas


M TR

deve ter especial atenção com a segurança da cena. A fonte de calor, o agente
químico, radiação e a fonte de eletricidade são fatores de grande risco e por
DI U

isso devem ser gerenciados e controlados pela equipe. Ainda nesse sentido, o
E N DO

agende causador deve ser eliminado. O calor deve ser interrompido, roupas com
substâncias químicas devem ser retiradas com cautela e proteção, e o corpo do
paciente lavado com água em abundância de maneira a se eliminar todos os
resquícios.
AT DE

Após assegurar a minimização dos riscos, os cuidados devem ser volta-


DE ÃO

dos para o ABCDE. Gases quentes ou irritantes inalados causam queimaduras


ou irritação nas vias respiratória e por isso a avaliação da via aérea deve ser
realizada. Ainda que não exista objeto obstrutor, o edema da via-aérea aumenta
TOSEÇ

a resistência ao fluxo de ar e pode provocar parada respiratória. Caso não seja


possível manutenção da permeabilidade da via aérea com manobra básica, aci-
one imediatamente o Suporte Avançado de Vida.

Os cuidados com a respiração deverão incluir inspeção do tórax. Queimad-


EN

uras torácicas circunferenciais tendem a dificultar a expansibilidade da parede


torácica e, como consequência, o paciente poderá apresentar ventilações pouco
AM

efetivas. Indivíduos que apresentem saturação periférica de oxigênio menor que


95% devem receber oxigênio suplementar com alto fluxo.
UP

Grandes queimados podem apresentar perda considerável de volume cir-


culante e como consequência desenvolvem choque circulatório. Desse modo, é
GR

fundamental que o socorrista esteja atento aos sinais e sintomas de instabilidade


hemodinâmica. Nesses casos, a equipe deverá acionar recurso adicional capaz
de realizar reposição volêmica conforme regulação médica. O paciente pode pre-
sentar prejuízos neurológicos decorrentes de traumas associados. Por isso, a
avaliação do déficit neurológico não dever ser dispensada nessas associações.

R
Verificadas as condições de ameaça grave à vida, é hora de retirar todas

LA
as vestes (aquelas não aderidas à pele) do queimado a fim de identificar o máx-
imo possível de lesões e dispensar as condutas específicas, tais como:

TA
Q ue imaduras t é rmicas

PI
• Interrompa o processo de queimadura;

S
HO
• Anéis, braceletes, pulseiras, brincos e cintos são fontes de calor e por

PR SA
isso devem ser retiradas a fim de se interromper o processo de queimadura.

É-
IA UI
• Caso seja uma queimadura menor (menor que 10% em crianças ou 20
% em adultos), irrigue toda a área queimada com soro fisiológico com água com

NC SQ
temperatura ambiente.

GÊ PE
• Queimaduras de maior extensão e gravidade não deverão ser irrigadas
devido ao risco de hipotermia.

ER O E
• Cubra todas as lesões com curativo limpo ou estéril.
EM IN
• Controle a temperatura corporal com a utilização de lençóis ou cober-
tores aluminizados.
DEENS

• Pomadas, mesmo as antibióticas, ou outros produtos não deverão ser


utilizados.
TO A

Q ue imaduras p o r s u bs t ân cias qu ímicas


EN IN
M TR

• Retire todas as vestes contaminadas utilizando material de proteção e


em seguida lave o local com água abundante por pelo menos 15 minutos;
DI U
E N DO

• Toda a extensão lesionada deve ser coberta com curativo limpo ou es-
téril;
AT DE

• Em queimaduras que atinjam os olhos, lave abundantemente com água


correte em seguida cubra os dois olhos com curativo limpo ou estéril;
DE ÃO

• Considere o acionamento de equipe especializada em produtos perigosos.


TOSEÇ

Po r radi aç ão
• Acione imediatamente equipe especializada em produtos perigosos;
EN

• A vítima deverá ser retirada do local de contaminação por pessoal com


equipamento de proteção apropriado;
AM

• Fora da área de contaminação, as vestes deverão ser removidas e irri-


gação iniciada a fim de se remover qualquer vestígio de material contaminante;
UP

Po r e l e tric idade
GR

• Avalie cuidadosamente a cena e gerencie riscos. Caso seja necessário,


recursos adicionais (equipe de salvamento, empresa de energia), deverão ser
acionados;

• Certifique-se que não há mais energização ante de abordar a

R
vítima;

LA
• Fique atento a possível parada respiratória ou cardiorrespi-

TA
ratória. Nesses casos, inicie imediatamente manobras de reanimação;

PI
• Cubra toda a extensão de ferimentos com curativo limpo ou es-
téril.

S
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS

QUEIMADURAS
TO A
EN IN
M TR
DI U
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DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
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GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
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EN IN
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GÊ PE
NC SQ
IA UI
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TA
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DE ÃO
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GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

INTOXICAÇÕES
O QUE É

R
Intoxicação é o prejuízo causado em sistemas orgânicos (nervoso, respi-

LA
ratório, cardiovascular, etc.) devido à absorção de alguma substância. Enquanto
algumas substâncias são capazes de causar efeitos deletérios com doses mín-
imas, para outras a intoxicação só ocorre a partir de quantidades maiores. As

TA
intoxicações podem ocorrer por ingestão, injeção, inalação ou contato.

PI
Em 2013, foram registrados 42.128 casos de intoxicação humana no Bra-

S
sil. Com exceção das categorias alimentos, abuso de drogas e intoxicação por
contato com animais, a maior parte dos casos ocorre na faixa-etária entre 1 e 4

HO
anos. Ressalvadas as intoxicações por álcool, que ocupam um caso à parte, nos

PR SA
adultos o maior número de registros está nas intoxicações medicamentosas, a

É-
maioria relacionada a tentativas de suicídio.

IA UI
No Brasil, maior número de ocorrências relacionadas a intoxicações estão

NC SQ
ligadas à ingestão excessiva de medicamentos e uso de drogas, principalmente
o álcool e o crack. Além das repercussões sistêmicas diretamente ligadas à in-

GÊ PE
toxicação, no caso específico do álcool observa-se significativa contribuição para
o aumento dos casos de homicídio, agressões, quedas, suicídios, acidentes de
trânsito e afogamentos.

ER O E
Nos últimos anos, o consumo de crack tem se tornado um grande desa-
fio para órgãos de segurança e saúde. Estima-se que metade do consumo de
EM IN
cocaína na população brasileira é feito na forma de crack. Assim como o álcool,
o consumo de crack tem forte relação com a violência e criminalidade, além de
DEENS

provocar enormes prejuízos à saúde. Como o consumo vem aumentando no


país, espera-se o maior acionamento dos serviços de emergência em decorrên-
cia dessa intoxicação.

C OM O R EC O NH EC ER
TO A
EN IN
M TR

Os sinais e sintomas variam conforme a categoria da substância in-


toxicante. O quadro abaixo apresenta um panorama geral do quadro clínico
nas principais alucinações.
DI U
E N DO
AT DE

Classificação Substância Sinais e sintomas


DE ÃO

•Bradicardia
•Hipotensão
TOSEÇ

Heroína •Alteração do nível de


Opiáceos
Morfina consciência
•Depressão respiratória
•Miose
EN

• Taquicardia
• Hipertensão
AM

Cocaína
• Taquipneia
Crack
• Ansiedade
Estimulantes Anfetaminas – MDMA
UP

• Hiperexcitabilidade
(Ecstasy)
• Midríase
• Hiperemia
GR

• IAM induzido
• Bradicardia
• Hipotensão
Barbitúricos • Depressão respiratória

R
Benzodiazepínico • Confusão

LA
• Sonolência
• Nistagmo

TA
• 0,2 g/l: calor, relaxam-
ento

PI
• 0,4 g/l: rubor, fala ex-
cessiva;

S
• 0,5 g/l: vertigem,
desinibição, capacidade

HO
de julgamento diminuí-

PR SA
da.

É-
• 0,6 g/l: julgamento

IA UI
prejudicado, tomada de
decisão afetada.

NC SQ
Etanol • 0,8 g/l: comprometi-
mento da coordenação
Depressores do SNC
motora, diminuição de

GÊ PE
reflexos.
• 1,5 g/l: prejuízo do
equilíbrio e movimento.
ER O E
• 4,0 g/l: inconsciência.
• 4,5 g/l: diminuição da
EM IN

frequência respiratória.
• 5,0 g/l: Morte por de-
pressão do centro respi-
DEENS

ratório.

INTOXICAÇÕES
• Confusão mental
• Irritabilidade
TO A

• Agitação
EN IN

• Sudorese
Abstinência por álcool • Febre
• Taquicardia
M TR

• Delírio e alucinações
(delirium tremens)
DI U

• Convulsões
E N DO

• Período inicia de eufo-


ria
• Relaxamento
AT DE

• Sonolência
• Coordenação motora
Canabinoide Maconha
diminuída
DE ÃO

• Hiperemia das con-


juntivas
TOSEÇ

• Boca seca
• Aumento do apetite

• Sensação de frio
• Midríase
EN

• Medo
• Angústia
AM

• Modificação do tempo
LSD
Alucinógenos vivido
MDMA (Ecstasy)
• Modificação do espaço
UP

• Sensualidade e erotis-
mo aumentados simboli-
GR

camente
• Alucinações.
O QUE FA ZER

R
Cenários de emergência que envolvem intoxicação podem apresentar

LA
riscos à equipe de socorristas. Dessa forma, é fundamental cuidados sejam em-
preendidos de forma a não ocorrer intoxicação acidental por parte dos socorris-
tas, principalmente quando houver o envolvimento de gases. Dependendo do

TA
tipo de exposição, considere o acionamento de equipe especializada em produ-
tos perigosos.

S PI
A permeabilidade das vias-aéreas deve ser garantida, principalmente
quando houver rebaixamento do nível de consciência ou inconsciência. Oxigênio

HO
suplementar deve ser iniciado quando a oximetria de pulso indicar saturação

PR SA
periférica menor que 95%. Ao avaliar a circulação, fique atento a manifestações

É-
clínicas de instabilidade hemodinâmica, em especial quando a intoxicação for por

IA UI
ingestão.

NC SQ
O estado neurológico deve ser avaliado quando houver trauma associado,
como por exemplo em traumatismos cranioencefálicos decorrentes de desmaios

GÊ PE
pós intoxicação. Vestes contaminadas deverão ser retiradas. Para isso, utilize
equipamentos de proteção. A retirada de vestes também é importante para se
avaliar lesões cutâneas.

ER O E
A descontaminação cutânea é necessária para se evitar o agravamento
de lesões e a redução da absorção. Com exceção de exposição a ácidos e bases
EM IN
fortes, lave o local atingido com água em abundância. A mesma coisa deve ser
feita em caso de exposição dos olhos. Em ingestões, caso a intoxicação não seja
DEENS

causada por ácidos e bases concentradas, cáusticos, não haja dor abdominal e o
paciente estiver consciente, ofereça água para diluir a substância tóxica.
TO A

A indução de vômitos está indicada para intoxicações recentes e que não


seja por substância cáustica ou corrosiva. Em intoxicações por estimulantes do
EN IN

sistema nervoso central e alucinógenos é importante que o socorrista mantenha


o ambiente calmo, com pouca iluminação e ruídos. Segue com o exame se-
M TR

cundário, com ênfase nos sinais vitais e na anamnese. Procure identificar o


agente intoxicante e o tempo de exposição.
DI U
E N DO

INTO X ICAÇÃO P O R M O X Ó C I DO DE C A RB O NO
A intoxicação por monóxido de carbono (CO) tem sido associada à alta
AT DE

morbimortalidade em vítimas de incêndios com lesão inalatória. Embora não seja


frequente acidentes com bombeiros militares, eles estão expostos a situações
DE ÃO

de grande risco quando em combate a incêndios em ambientes confinados. Fal-


has na vedação no equipamento de proteção respiratória ou esgotamento do ar
comprimido podem levar o bombeiro militar à grande exposição ao CO e cianeto.
TOSEÇ

Dessa forma, as orientações aqui contidas tanto servirão ao socorro de civis,


como também de bombeiros acidentados.

O CO é um gás inodoro e incolor, produto da combustão incompleta de hi-


drocarbonetos. Tem de 200 a 300 vezes mais afinidade pela hemoglobina que o
EN

oxigênio. Dessa forma, saturando a hemoglobina, impede a chegada de oxigênio


em nível celular. Em baixas concentrações provoca cefaleia, fadiga, mialgia, náu-
AM

seas e vômitos. Em intoxicações graves causa agina pectoris, depressão respi-


ratória, inconsciência, convulsões e coma.
UP

Em oxímetros comuns, a oximetria pode se apresentar normal mesmo


havendo intoxicação por CO. Atualmente já está disponível aparelho que afer-
GR

em tanto a saturação de oxihemoglobina como também de carboxihemoglobina


(COHb). Em indivíduos sadios, não fumantes, admite-se até 3% de COHb. Em
fumantes o valor é de 5 % ou mais. A intoxicação acontece em valores de COHb
maiores que 10-15%.
Associação entre a concentração de COHb e manifestações clínicas na intoxi-
cação por CO.

% de COHb Manifestações clínicas

R
LA
Dificuldade visual
10% Cefaleia

TA
Cefaleia
20% Desmaio

PI
Dores abdominais

S
Desmaios

HO
Paralisia
30%

PR SA
Distúrbios respiratórios

É-
Colapso circulatório

IA UI
Bloquei das funções respiratórias
50% Coma

NC SQ
Morte
Fonte: Adaptado de Oga, Camargo e Batistuzzo – Fundamentos de Toxicologia, 3ª ed.

GÊ PE
ER O E
A conduta pré-hospitalar imediata é retirada do intoxicado do ambiente
hostil e oferecer imediatamente oxigênio suplementar em alta concentração,
suporte ventilatório e hemodinâmico. O tempo de meia vida da COHb é de 5
EM IN

horas. O oxigênio a 100% diminui a meia vida em cerca de 4 vezes em pressão


atmosférica normal e para cerca de 13 vezes quando em câmara hiperbárica a
DEENS

3 atm.

INTOXICAÇÕES
INTOXIC A ÇÃ O PO R CIA NET O DE H I DRO G ÊNI O
TO A

O cianeto de hidrogênio (HCN) é resultado da combustão incompleta de


EN IN

materiais nitrogenados, tais como plásticos, lã, seda, madeira e espumas. Sua
afinidade com o ferro facilita seu transporte ligado à hemoglobina, chegando
M TR

até as células e bloqueando a respiração celular. Níveis séricos de 0,5 mg/L são
suficientes para causar intoxicação aguda. Entretanto, devido a sua gravidade,
DI U

deve-se suspeitar de intoxicação por HCN sempre que pacientes expostos à fu-
E N DO

maça em ambiente confinado apresentarem cefaleia, náuseas, vômitos, hiper-


ventilação, ansiedade, convulsões, bradicardia e hipotensão.
AT DE

Gravidade da intoxicação por HCN e manifestações clínicas.


DE ÃO

GRAVIDADE

Sem toxicidade
TOSEÇ

Grave Intermediária
significativa
ECG < 9, ou:
ECG entre 10 e 13
Instabilidade he- com ou sem sinais vitais ECG entre 14 e 15
EN

modinâmica (FC ≤ 40 anormais.


bpm, PAS < 90 mmHg)
AM

Fonte: Secretaria de Atenção à Saúde – Ministério da Saúde

Além dos cuidados com vias-aéreas, ventilação, circulação e estado


UP

neurológico, a oxigenoterapia em alta concentração (100%) é fundamental.


Recomenda-se ainda a utilização de Kits de antídotos para o HCN. A hidroxoco-
balamina (cyanokit®) é o tratamento de escolha, contudo não está disponível
GR

comercialmente no Brasil. Em outubro de 2015 o Ministério da Saúde aprovou o


Protocolo de Uso da Hidroxocobalamina na Intoxicação Aguda por Cianeto.
Em virtude do incêndio ocorrido na boate Kiss na cidade de Santa Maria
– RS em 2013, o governo norte americano doou 140 kits de hidroxocobalamina
para o Ministério da Saúde. Os kits não utilizados, 72, foram distribuídos para as
cidades sede da Copa do Mundo de 2014.

R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E OBSTRUÇÃO DE VIAS-AÉREAS
POR CORPO ESTRANHO
O QUE É

R
A parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação da atividade cardíaca. É

LA
um evento de extrema gravidade e que exige uma resposta assistencial rápida e
organizada dos serviços de urgência e emergência. A PCR diz respeito à ausência
de circulação e não ao movimento do coração em si, já que em determinados

TA
eventos, mesmo havendo atividade elétrica ou movimentos disformes, isso não
é capaz de gerar circulação.

S PI
Nas PCR’s, 4 ritmos são observáveis: fibrilação ventricular (FV), taquicar-
dia ventricular sem pulso (TVSP), atividade elétrica sem pulso (AESP) e assisto-

HO
lia. A FV e a TVSP são ritmos que, quando tratados com terapia elétrica (desfi-

PR SA
brilação) e reanimação cardiopulmonar (RCP) precoces, apresentam boas taxas

É-
de sobrevida. Já a AESP e a assistolia são ritmos em que a desfibrilação não é

IA UI
indicada e isso a assistência deve ser focada na RCP de qualidade, administração
de drogas e identificação de possíveis causas da PCR.

NC SQ
Para a otimização e maior efetividade da assistência à PCR fora do hospi-

GÊ PE
tal, preconiza-se que as condutas adotadas sejam interdependentes e unificadas
em uma cadeia de sobrevivência. Para o pré-hospitalar, a cadeia de sobrevivên-
cia é composta por:

ER O E
(1º e l o ) Reconhecimento da PCR e acionamento rápido do serviço de
emergência: é recomendável que a população seja treinada para o reconhe-
EM IN
cimento rápido da PCR e também acionar os serviços de emergência. Nesse
aspecto, também se faz necessário que os serviços de emergência possuam
DEENS

profissionais capacitados para orientar o reconhecimento e a RCP por telefone.


Este serviço deve ser bem acessível para a população.

(2º e l o ) RCP imediata e de qualidade: espera-se que um indivíduo em


TO A

PCR receba a RCP o mais precoce possível, seja de uma socorrista profissional,
EN IN

ou de um leigo. A RCP de qualidade é um ponto crucial para a obtenção de mel-


hores taxas de sobrevida.
M TR

(3 º e lo ) Desfibrilação precoce: Como visto, a FV e a TVSP são ritmos


DI U

desfibriláveis. Locais de grande aglomeração e circulação de pessoas devem


E N DO

possuir desfibriladores externos automáticos (DEA), distribuídos em seus es-


paços físicos e de fácil acesso.
AT DE

(4º e lo ) Serviços pré-hospitalares de emergência: equipes e recursos


pré-hospitalares devem ser prontamente disponibilizados para o atendimento da
DE ÃO

PCR.

(5º e lo ) Suporte Avançado de Vida (SAV) e Cuidados pós- PCR: por


TOSEÇ

meio do SAV a equipe de atendimento intervém com recursos invasivos a fim


de se conseguir a reversão do quadro por tratamento direto da PCR ou de suas
causas. Após o retorno espontâneo da circulação, é fundamental que o indivíduo
receba cuidados especializados para sua estabilização.
EN
AM
UP
GR

Cadeia de sobrevivência para a PCR extra hospitalar


CO M O R EC ONH EC ER

R
Os sinais clássicos definidores da PCR são a arresponsividade, ausência de

LA
respiração, e ausência de circulação (pulso central). A arresponsividade pode ser
constatada por meio do método mnemônico AVDI, visto no capítulo 9. A respi-

REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E OBSTRUÇÃO DE VIAS-AÉREAS POR CORPO ESTRANHO


ração é avaliada com a observação da ausência de movimentos respiratórios, ou

TA
de uma respiração não efetiva (gasping). Já a circulação é verificada pela pal-
pação (dedos indicador e médio) de artérias centrais em um tempo máximo de

PI
10 segundos. A escolha da artéria de preferência depende da idade do paciente.

S
Adultos (depois da puberdade): pulso carotídeo

HO
PR SA
Crianças (de 1 ano de idade até a puberdade): pulso carotídeo

É-
IA UI
Lactentes (28 dias de vida até um ano de idade): pulsos braquial ou femoral.

NC SQ
Orienta-se a verificação de pulso e respiração simultaneamente em até 10
segundos

GÊ PE
CO ND U TA ER O E
As condutas adotadas pela equipe de socorristas do CBMDF devem ser
EM IN

executadas com a estrita observância dos limites de sua competência legal e


profissional. Procedimentos invasivos apenas deverão ser realizados por profis-
sionais habilitados para tal função. A atuação dos socorristas deve reforçar os
DEENS

elos da cadeia de sobrevivência naquilo que lhes dizem respeito. Abaixo é descri-
ta a sequência de procedimentos de RCP:
TO A

1. Gerencie riscos;
EN IN

2. Avalie o nível de resposta do paciente;


M TR

3. Em pacientes sem resposta, avalie a respiração e o pulso simultanea-


DI U

mente, em no máximo 10 segundos;


E N DO

4. Solicite suporte avançado.


AT DE

P ar a da Re spi rató ri a (PR)


DE ÃO

Situação onde a circulação está presente, mas o paciente não respira, ou


apresenta gasping. Nesse caso a conduta é direcionada para a reanimação respi-
TOSEÇ

ratória, apenas com ventilações de resgate.

Adulto Criança Lactente


1 ventilação a cada 5 ou 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos, durante 2 minu-
6 segundos, durante 2 tos (24 – 40 ventilações). Ao final, cheque nova-
EN

minutos (20 – 24 venti- mente a respiração e pulso.


lações). Ao final, cheque
novamente respiração e
AM

pulso.
Após verificar novamente a respiração e o pulso, haja conforme o caso. Con-
UP

tinue a reanimação respiratória caso a PR persista, ou inicie RCP na presença


de PCR.
GR

Para a realização de qualquer ventilação de resgate, socorristas do CBMDF de-


vem utilizar algum dispositivo de barreira (BVM, Pocket Mask, etc.).
Cada ventilação com duração de 1 segundo.
Ventilações na reanimação respiratória
Parada c ardi o rre s p irat ó ria ( P C R)
Se durante a avaliação, não for constatado pulso presente, o paciente

R
está em PCR. Desse modo, a RCP deve ser iniciada imediatamente, intercalando

LA
compressões com ventilações, em quantidades previamente arbitradas. A qual-
idade do suporte básico de vida é essencial para obtenção de uma RCP efetiva.

TA
Para tanto é necessário que:

PI
As compressões sejam realizadas com uma frequência de 100 a 120
compressões por minuto;

S
HO
A profundidade das compressões devem ser entre 5-6 cm em adul-

PR SA
tos, crianças 5 cm e lactente 4 cm. Para uma medida mais proporcional em

É-
crianças e lactentes pode-se utilizar a medida de 1 terço da distância anteropos-

IA UI
terior do seu tórax para compressão;

NC SQ
Haja retorno do tórax após cada compressão;

GÊ PE
As interrupções das compressões sejam minimizadas;

ER O E
As ventilações sejam realizadas adequadamente.

A RCP deve ser realizada em superfície plana e rígida. Colchões tem o


EM IN
potencial de dissipar a força das compressões. O socorrista deve ficar ajoelhado
ao lado do paciente e posicionar suas mãos e braços corretamente, de acordo
DEENS

com a idade do paciente. Com os braços esticados, as mãos devem ser posicio-
nadas no centro do tórax em adultos e crianças. A utilização de uma ou duas
mãos em crianças dependerá da compleição física do paciente. Em lactentes, as
compressões são realizadas com dois dedos, posicionados logo abaixo da linha
TO A

imaginária entre os mamilos, podendo também ser utilizado também o abraço


EN IN

torácico com o emprego de um socorrista exclusivo para compressão.


M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

Posicionamento para as compressões e efeito. A – Adulto; B – Criança.


EN
AM
UP
GR

Posicionamento para as compressões e efeito. C; Lactente; D – Efeito das compressões


A alternância entre as compressões e as ventilações obedecerão ao esta-
belecido na figura abaixo.

R
LA

REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E OBSTRUÇÃO DE VIAS-AÉREAS POR CORPO ESTRANHO


TA
S PI
HO
Relação entre compressões e ventilações

PR SA
DESF IB RIL A ÇÃ O

É-
IA UI
A desfibrilação precoce é o 3º elo da cadeia de sobrevivência. É utilizada

NC SQ
emA desfibrilação precoce é o 3º elo da cadeia de sobrevivência. No suporte
básico de vida pré-hospitalar, a desfibrilação é realizada utilizando-se um des-

GÊ PE
fibrilador externo automático (DEA). Embora seja um dispositivo de fácil uti-
lização, é necessário que tanto os socorristas quanto os leigos recebam trein-
amento adequado. ER O E
O DEA deve ser instalado e utilizado assim que estiver disponível e é uti-
EM IN

lizado independente do ritmo cardíaco. Em casos de FV (Fibrilação Ventricular)


e TVSP (Taquicardia Ventricular Sem Pulso), o desfibrilador indicará o choque.
Caso o ritmo seja de atividade elétrica sem pulso (AESP) ou assistolia, ritmos
DEENS

não chocáveis, a assistência volta-se para a RCP de qualidade, administração


de drogas e tratamento de possíveis causas quando o suporte avançado de vida
está disponível.
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

Desfibrilador externo automático


EN
AM
UP
GR

Figura 42 – Fibrilação ventricular


R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS

Algoritmo da PCR

Tratame nto p ó s P C R
TO A
EN IN

De acordo com a Associação Brasileira de Cardiologia (2013) deve-se ter


M TR

alguns cuidados com paciente pós PCR ainda no atendimento pré-hospitalar.


Portanto, caso ele retorne a consciência é importante:
DI U
E N DO

• Deixar as pás instaladas e não desligar o aparelho até a chegada ao


hospital ou que o Suporte Avançado assuma o paciente;
AT DE

• Colocar o paciente em posição lateral de segurança (lado esquerdo);

• Monitoramento constante durante transporte.


DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM

Posição lateral de segurança


UP

OBSTRUÇÃO DE VIAS-AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (O VACE)


GR

Diversas são as causas de obstrução de vias aéreas (língua, trauma, etc.),


mas aqui o a atenção especial é para aquela obstrução causada por um corpo
estranho, como por exemplo, alimentos, dentes avulsionados, balas e chicletes.
Uma OVACE, se não revertida rapidamente, pode trazer graves consequências,
tais como uma parada respiratória ou cardiorrespiratória.

R
LA
Uma OVACE pode ser parcial ou total. Na parcial, as vias-aéreas ficam
mais estreitas, porém permite alguma passagem de ar e por isso o paciente

REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E OBSTRUÇÃO DE VIAS-AÉREAS POR CORPO ESTRANHO


ainda consegue respirar e até mesmo falar. Nesse caso, o socorrista deve ape-

TA
nas incentivar o paciente a tossir, para que o objeto obstrutor seja expelido. Na
obstrução total, o ar não encontra espaço para passar e o paciente entra em

PI
sofrimento respiratório grave, apresentando angústia e, por vezes, cianose. O
paciente deverá receber manobras de desobstrução imediatamente.

S
HO
No adulto e em crianças, utiliza-se a manobra de Heimlich (figura xx), que

PR SA
consiste em compressões abdominais, com exceção de gestantes, que deverão

É-
receber compressões torácicas. Em lactentes as tentativas de desobstrução são

IA UI
realizadas intercalando-se tapotagem (tapas entre as escápulas) e compressões
torácicas. As manobras devem ser realizadas até que ocorra a desobstrução ou

NC SQ
o paciente fique inconsciente. Nesse caso, o paciente deverá receber manobras
de RCP.

GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO

Manobras de Heimlich. A e B – Adultos; C – Gestantes; D – Crianças


TOSEÇ
EN
AM
UP
GR

Desobstrução em lactentes
CO NDUTA EM OVA C E
Como foi dito anteriormente, o paciente poderá apresentar parada respi-

R
ratória e como consequência parada cardiorrespiratória decorrente da obstrução

LA
das vias aéreas superiores. Diante disso, é necessário que o socorrista siga os
seguintes procedimentos:

TA
• Abordagem do paciente: perguntar se pode ajudar, com intuito de de-

PI
scobrir se a obstrução é parcial ou total;

S
• Estimular o paciente a tossir: o movimento da tosse ajuda a exercer

HO
pressão e expelir o objeto ou alimento (exceto lactente);

PR SA
É-
• Manobra de Heimlich: posicione-se atrás do paciente, de forma lateral-

IA UI
izada, com uma das mãos fechadas, face do polegar encostando entre o proces-
so xifoide e a cicatriz umbilical, com a outra mão espalmada sobre a primeira;

NC SQ
comprimir a região indicada, exercendo pressão até que o objeto/alimento seja
expelido ou o paciente fique inconsciente;

GÊ PE
• Paciente inconsciente (ausência de respiração, pulso presente): iniciar
30 compressões, realizar abertura de vias aéreas e observar a presença do ob-

ER O E
jeto/alimento, caso esteja visível, retirar o objeto pelo canto da boca, com os
dedos em formato de pinça (adulto/criança) ou utilizando o dedo mínimo (lac-
tente); EM IN
• Viabilidade de via aérea: caso o objeto não esteja visível, realizar 02
DEENS

ventilações, reposicionando as vias aéreas quando a primeira não for efetiva.


Não sendo as duas efetivas, retornar para as compressões citadas anterior-
mente;
TO A
EN IN

• Quando a ventilação for efetiva, checar o pulso central;


M TR

• Pulso presente e respiração ausente: iniciar o protocolo de PR;


DI U

• Pulso ausente e respiração ausente: iniciar protocolo de PCR.


EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM

Posição lateral de segurança


UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES E CEREBROVASCULARES


DO R TO RÁ CIC A DE O RI G EM C A RDÍ A C A I S Q UÊM I C A
O QUE É

R
LA
A dor torácica é uma queixa frequente no APH. Sua etiologia diversa e os
resultados de sua complicação, tornam essa emergência merecedora de espe-

TA
cial atenção por parte do socorrista. Nem toda dor torácica tem origem cardía-
ca ou isquêmica e por isso é necessário que o socorrista possua habilidades

PI
necessárias para investigá-la.

S
HO
Etiologia da dor torácica

PR SA
CARDÍACA NÃO CARDÍACA

É-
Isquêmica Não isquêmica Doenças gastroesofágicas

IA UI
(ruptura do esôfago, refluxo
Angina Pectoris Dissecção da aorta esofágico, gastrite)

NC SQ
Infarto Agudo do Pericardite Causas psicogênicas (estresse,

GÊ PE
Miocárdio ansiedade)

Prolapso da valva

ER O E
mitral Causas musculoesqueléticas
(dor da parece torácica, her-
pes-zóster)
EM IN
Causas pulmonares (embolia
DEENS

pulmonar, pneumotórax)
TO A
EN IN

Embora a causa da dor torácica não seja excludente de atenção, é a de


origem cardíaca isquêmica que gera maior preocupação, haja vista sua relação
com a Síndrome Coronariana Aguda (SCA): infarto agudo do miocárdio (IAM)
M TR

e angina instável. A SCA é causada pela interrupção do fluxo sanguíneo nas


artérias coronárias, geralmente provocada por placa aterosclerótica.
DI U

C OM O R EC O NH EC ER
E N DO
AT DE

Cerca de 75% a 85% do paciente com SCA apresentam a dor toráci-


ca como principal sintoma. A dor de origem cardíaca isquêmica é geralmente
precordial ou retroesternal, precipita-se com o esforço físico, irradia-se para
DE ÃO

mandíbula pescoço e membros superiores e é comumente prolongada (> 30


min).
TOSEÇ

Os pacientes referem dor em opressão, aperto ou queimação. Idosos, di-


abéticos, mulheres, ou pacientes com doença psiquiátrica de base podem man-
ifestar SCA sem apresentação de dor torácica. O conhecimento sobre a carac-
terística anginosa (da dor pode auxiliar o socorrista em suas decisões.
EN

Classificação da dor torácica


Tipo de dor Característica da dor
AM

Dor ou desconforto precordial ou ret-


roesternal, geralmente precipitada ao
UP

Definitivamente anginosa esforço físico, podendo irradiar para


ombro ou face interna dos braços,
aliviada pelo repouso ou nitrato.
GR

Possui a maioria das características


Provavelmente anginosa da dor definitivamente anginosa, mas
não todas.
Possui poucas características da dor
Provavelmente não anginosa
definitivamente anginosa.
Nenhuma característica da dor defin-

R
itivamente anginosa, mesmo quando
Definitivamente não anginosa

LA
localizada na região precordial ou ret-
roesternal.

TA
Outros sinais e sintomas podem estar presentes e fortalecem a suspeita
de origem cardíaca isquêmica: dispneia, náuseas, síncope, sudorese e fatores de

PI
risco associados (histórico de doença arterial coronariana, tabagismo, diabetes,
hipertensão, dislipidemia, obesidade, idade, abuso de drogas/estimulantes).

S
CO ND U TA

HO
PR SA
É-

EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES E CEREBROVASCULARES


O socorrista deve formar uma impressão geral do paciente e identificar

IA UI
potenciais ameaças à vida. Em se tratando de dor torácica de origem cardíaca
isquêmica, a avaliação primária deve ser realizada em até 10 minutos. O paci-

NC SQ
ente deve ser colocado em repouso e receber suporte emocional durante todo o
atendimento. Manter o paciente calmo pode auxiliar no controle da frequência

GÊ PE
cardíaca e aliviar a dor.

A avaliação do nível de consciência deve ser realizada constantemente. A


ER O E
parada cardiorrespiratória é uma possibilidade iminente e por isso é importante
que o socorrista esteja preparado para ofertar medidas de suporte básico de
EM IN

vida, incluindo desfibrilação.


DEENS

O socorrista deve monitorizar a saturação periférica de oxigênio e ofertar


4 L/min caso a saturação esteja menor que 95%, ou sinais de congestão pul-
monar e desconforto respiratório. A oferta excessiva ou prolongada de oxigênio
deve ser evitada, já que pode causar vasoconstrição com consequente redução
TO A

do débito cardíaco.
EN IN

É importante ressaltar que o retardo no reconhecimento de uma possível


M TR

SCA pode agravar a isquemia miocárdica e desencadear o choque cardiogênico.


Cerca de 50% dos pacientes com IAM que evoluem para esse tipo de choque
DI U

morrem. Por isso, é fundamental uma avalição criteriosa do estado circulatório


do paciente.
E N DO

O paciente deve ser transportado preferencialmente com a cabeceira da


AT DE

maca elevada em 45°. Com vistas a evitar o aumento da dor e da demanda de


oxigênio para o coração, a regra a ser observada é que a maca deve ir até o
paciente e não o contrário.
DE ÃO

O termo “tempo é coração” é de fundamental importância na assistência


TOSEÇ

pré-hospitalar à dor torácica de origem cardíaca isquêmica. Essa compreensão


busca diminuir a necrose do miocárdio e suas consequências, já que se confir-
mada uma obstrução coronária, o paciente deverá receber uma terapêutica de
reperfusão o mais rápido possível.
EN

Após realizar a avalição primária, o socorrista deve seguir com a se-


cundária. Além da avalição dos sinais vitais, uma entrevista é de grande im-
portância para a investigação da dor torácica. Sua conduta a partir daí será
AM

facilitada com uma rápida entrevista objetiva. Para isso, utilize o método mne-
mônico SAMPLA para orientar a coleta de dados.
UP

S intomas: quais são os sintomas relatados? Qual a queixa principal?


GR

A lergias: pergunte por alergias, principalmente a medicamentos.


M edicações: o paciente faz uso de medicações?
P assado médico: possui histórico médico condizente com a queixa atual?

R
LA
Cirurgia recente?

TA
íquidos e alimentos: pesquise se o paciente ingeriu líquidos ou alimen-
tos recentemente. Essa condição pode aumentar o risco de vômito e aspiração.

PI
mbiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de

S
emergência.

HO
PR SA
É-
IA UI
Como geralmente a queixa principal é a dor torácica, conhecer suas car-
acterísticas é fundamental para o atendimento. Utilize o método mnemônico

NC SQ
ALICIA:

GÊ PE
parecimento: o que o paciente estava fazendo quando surgiu a dor
torácica. Estava em repouso? Estava realizando atividade física?

L
ER O E
ocalização: a dor é precordial ou retroesternal? Irradia para pescoço,
mandíbula e membros superiores?
EM IN
I ntensidade: utilize a escala de dor e peça para o paciente relatar a inten-
DEENS

sidade da dor. Pergunte sobre a forma de apresentação da dor. É em opressão,


apertou ou queimação?

C ronologia: há quanto o paciente está sentindo a dor? É uma dor pro-


TO A

longada (> 20 min)?


EN IN

Incremento: o esforço piora a dor? Não é comum na SCA que a dor au-
M TR

mente com a palpação ou inspiração. Nesse caso, considere outras hipóteses.

A lívio: o repouso alivia a dor?


DI U
E N DO
AT DE

INS UFICIÊNCI A C A RDÍ A C A DES C O M P ENS A DA


O QUE É
DE ÃO
TOSEÇ

A insuficiência cardíaca (IC) é uma disfunção no coração que acarreta su-


primenA insuficiência cardíaca (IC) é uma disfunção no coração que acarreta su-
primento sanguíneo inadequado para órgãos e tecidos ou onde só consegue esse
suprimento às custas de elevadas pressões de enchimento. A IC é responsável
por elevada morbidade em todo o mundo e é considerada um grave problema
EN

de saúde pública.
AM

Como a maioria dos portadores de IC são idosos, o envelhecimento popu-


lacional constitui-se em um potencial gerador de indivíduos em risco. No Brasil,
em 2014, a IC foi causa de 224.290 internações hospitalares
UP
GR
Internações por insuficiência cardíaca no Brasil em 2014
REGIÃO Nº DE INTERNAÇÕES

R
Norte 11.894

LA
Nordeste 54.166
Sudeste 93.796

TA
Sul 47.988

PI
Centro-Oeste 16.446
Total 224.290

S
Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do SUS – Ministério da Saúde

HO
A insuficiência cardíaca pode apresentar-se de forma aguda, como no caso

PR SA
de um infarto agudo do miocárdio e miocardites, ou ser mantida de maneira

É-
crônica, resultado, dentre outros fatores, de doença arterial coronariana, hip-

EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES E CEREBROVASCULARES


IA UI
ertensão arterial sistêmica, diabetes, etc. Em muitos pacientes, fatores como a
ingesta excessiva de sal, uso inadequado de medicamentos e esforço físico ex-

NC SQ
cessivo resultam numa exacerbação da falha cardíaca e levam a um estado de
descompensação que requer atenção imediata desde o ambiente pré-hospitalar.

GÊ PE
Fatores associados à descompensação na insuficiência cardíaca
ER O E
Ingesta excessiva de sal | Uso inadequado de medicações | Esforço físico
excessivo | Isquemia miocárdica | Arritmias | Disfunção renal | Hipertensão
arterial não controlaUso de drogas (álcool, cocaína, etc.)
EM IN
DEENS

CO M O R EC ONH EC ER
TO A

O sinal mais frequente na IC descompensada é a dispneia. Entretanto


muitos outros sintomas podem estar associados. Devido ao quadro fisiopatológi-
EN IN

co do paciente, o socorrista deve estar atento a sinais e sintomas que indicam


estado congestão e perfusão tecidual. A partir do grau de congestão e de per-
M TR

fusão tecidual, o paciente é classificado em seco/úmido e frio/quente.


DI U

Sinais e sintomas indicativos de congestão e/ou má perfusão periférica.


E N DO

Congestão Perfusão periférica


Ortopneia Alteração do nível de consciência
AT DE

Estase jugular Sonolência


DE ÃO

Ascite Extremidades frias


TOSEÇ

Edema de membros inferiores Reenchimento capilar lento

Crépitos pulmonares Pressão de pulso estreitada


EN

Hipotensão
AM

Classificação segundo a congestão e perfusão periférica


Perfusão periférica
UP

Sim Não
GR

Congestão
Sim Frio e úmido Frio e seco

Não Quente e úmido Quente e seco


C OND UTA

R
A impressão geral auxiliará o socorrista a observar potenciais ameaças à

LA
vida. O repouso deve ser mantido, já que qualquer esforço poderá potencializar
os sinais e sintomas. Monitore o nível de consciência e esteja preparado para
empreender medidas de suporte básico caso o paciente desenvolva uma parada

TA
cardiorrespiratória.

PI
A monitorização da saturação periférica de oxigênio é uma medida pri-

S
mordial que a dificuldade respiratória e a congestão pode dificultar a troca gas-
osa. Oferte 10 a 15 L/min caso a saturação esteja menor que 95%, ou sinais de

HO
congestão pulmonar e desconforto respiratório.

PR SA
É-
O choque cardiogênico é uma realidade potencial na insuficiência cardía-

IA UI
ca e é um complicador da sobrevida do paciente. Durante todo o atendimento,
fique atendo ao surgimento dos sinais e sintomas de má perfusão periférica. A

NC SQ
elevação da cabeceira da maca de transporte em 45º pode trazer conforto respi-
ratório para o paciente. Portanto, a não ser que o paciente refira uma posição

GÊ PE
diferente que lhe proporcione conforto respiratório, esta deverá ser a posição de
transporte. O transporte deverá ser realizado com prioridade, preferencialmente
para centro especializado em cardiologia.

ER O E
Além da avalição dos sinais vitais, a obtenção da história do paciente é
fundamental para o atendimento. Utilize o método mnemônico SAMPLA para ori-
EM IN
entar a obtenção de informações do paciente ou familiar.

S intomas: quais são os sintomas relatados? Qual a queixa principal?


DEENS

A lergias: pergunte por alergias, principalmente a medicamentos.


TO A

M edicações: o paciente faz uso de medicações?


EN IN

P assado médico: possui histórico de cardiopatia ou outra disfunção


M TR

cardíaca?
DI U

L
E N DO

íquidos e alimentos: pesquise se o paciente ingeriu líquidos ou alimen-


tos recentemente. Essa condição pode aumentar o risco de vômito e aspiração.

A
AT DE

mbiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de


emergência.
DE ÃO

A queixa principal, geralmente dispneia poderá ser melhor investigada por


TOSEÇ

meio do método mnemônico ALICIA:

A parecimento: quando a queixa apareceu?


L ocalização: onde a queixa se localiza?
EN

I ntensidade: o quanto aquela sensação incomoda o paciente.


AM

C ronologia: há quanto tempo a queixa persiste?


UP

I ncremento: algo intensifica a queixa? A dificuldade de respirar aumenta


GR

quando o paciente está deitado (Ortopneia)?

A lívio: algo alivia a queixa? A dificuldade de respirar diminui quando pa-


ciente está sentado ou em pé?

CR ISE HIPERTENSIVA
O QUE É

R
LA
TA
A pressão arterial (PA), medida em mmHg (milímetros de mercúrio) é a
força que o sangue exerce na parede das artérias. Sua manutenção em níveis
arbitrados como adequados, é fundamental para homeostase do organismo. Em

PI
muitas condições, o indivíduo pode apresentar elevação dos níveis pressóricos.

S
Contudo, a caracterização da hipertensão arterial (HA) se baseia na elevação
constante e crônica desses níveis, tanto sistólico como diastólico.

HO
PR SA
É-

EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES E CEREBROVASCULARES


IA UI
Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no con-
sultório (> 18 anos)*

NC SQ
Classificação PA sistólica (mmHg) PA diastólica (mmHg)
Ótima < 120 < 80

GÊ PE
Normal < 130 < 85
Limítrofe** 130 – 139
ER O E 85 - 89
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 - 99
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109
EM IN

Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110


DEENS

Hipertensão sistólica
≥ 140 < 90
isolada
Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser
utilizada para classificação da pressão arterial.
TO A

*A natureza estressante do atendimento pré-hospitalar comumente provocará alteração nos


EN IN

níveis pressóricos.
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão – VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.
M TR
DI U
E N DO

Embora outros autores estipulem limites pressóricos na categorização das


crises hipertensivas, a Sociedade Brasileira de Hipertensão, na VI Diretrizes Bra-
AT DE

sileiras de Hipertensão não adota essa conduta, exceção do valor de pressão


diastólica na urgência hipertensiva. A crise hipertensiva é dividida em três cat-
egorias:
DE ÃO

U r gên c ia hi pe r te nsiv a: condição caracterizada por elevação


TOSEÇ

crítica da pressão arterial (geralmente PAD ≥ 120 mmHg), porém sem compro-
metimento de órgão-alvo. Requer controle gradual da PA dentro de 24 horas com
medicação oral.

Em er gênc ia hi pe r te nsiv a: condição clínica grave, resultado da


EN

elevação crítica da pressão arterial, com comprometimento órgão-alvo (cérebro,


coração e rins). Requer controle imediato da PA com medicação parenteral.
AM

P seudo c rise s hi pe r te nsivas : situações em que a elevação da


PA está relacionada com dor, ansiedade ou outros desconfortos. Apesar da PA
UP

elevada, não apresentada lesão de órgão alvo ou risco de lesão. Requer o trata-
mento da causa e medidas de controle da PA.
GR
Apresentações de emergências hipertensivas
Neurológicas Cardiovasculares Renais Obstétricas

R
Edema Agudo de
AVCH Pulmão

LA
Glomerulonefrite
aguda

TA
AVCI Síndrome coro-
Eclâmpsia
nariana aguda
P.O de transplante

PI
Encefalopatia renal
hipertensiva Dissecção aguda

S
da aorta

HO
C OM O R EC O NH EC ER

PR SA
É-
IA UI
Em geral, os pacientes em crise hipertensiva que acionam os serviços
de atendimento pré-hospitalar podem apresentar, além a PA elevada: cefaleia,

NC SQ
tontura, alteração visual, dispneia, náuseas, formigamentos nas extremidades,
sangramento pelo nariz e dor torácica. Devido ao risco de lesão em órgãos-alvo

GÊ PE
envolvido, o socorrista deve ficar atento a manifestações de emergências rela-
cionadas, principalmente de acidente vascular encefálico e síndrome coronariana
aguda.

ER O E
C OND UTA
EM IN
Os sinais e sintomas apresentados serão norteadores do atendimento. É
DEENS

importante que o paciente seja mantido em repouso e receba suporte emocio-


nal. A avalição primária deve ser realizada a fim de se identificar algum risco
imediato relacionado às vias-aéreas, ventilação e circulação.
TO A

A monitorização da saturação periférica de oxigênio indicará a necessi-


EN IN

dade ou não de oxigênio suplementar. Caso a saturação esteja menor que 95%,
oferte de 10 – 15 L/min de oxigênio. A avaliação da circulação é importante para
M TR

que se identifique possíveis anormalidades cardiovasculares decorrentes da el-


evação da PA.
DI U
E N DO

Em viaturas tripuladas por profissionais de saúde e vinculadas à uma


central de regulação médica, a intervenção medicamentosa poderá ser iniciada
no local do atendimento com posterior avaliação da melhora do quadro. Caso
contrário, o socorrista deverá priorizar o transporte para que a intervenção me-
AT DE

dicamentosa seja realizada em um hospital de referência.


DE ÃO

Os sinais vitais devem ser avaliados, com ênfase na pressão arterial. É


importante que se obtenha a história do paciente. Utilize o método mnemônico
SAMPLA.
TOSEÇ

Sintomas: quais são os sinais identificados e os sintomas relatados?


Eles são condizentes com crise hipertensiva? Parece haver uma urgência ou
emergência hipertensiva?
EN

Alergias: pergunte por alergias, principalmente a medicamentos.


AM

Medicações: A não ser que não tenha aderido ao tratamento, o indivíduo


hipertenso crônico faz uso de medicação anti-hipertensiva ou outros cardiovas-
UP

culares. O quadro 2 apresenta os fármacos mais utilizados no tratamento da


hipertensão.
GR

Passado médico: possui histórico de cardiopatia ou outra disfunção


cardíaca? Já passou por outra crise hipertensiva?
Líquidos e alimentos: pesquise se o paciente ingeriu líquidos ou alimen-
tos recentemente. Essa condição pode aumentar o risco de vômito e aspiração.

R
Ambiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de

LA
emergência.

TA
Quadro 2 – Principais anti-hipertensivos utilizado no tratamento da hiper-
tensão arterial.

PI
Classe
Hidroclorotiazida | Indapamina | Furo-

S
Diuréticos
semida | Espironolactona

HO
Atenolol | Propanolol | Carvedilol

PR SA
Betabloqueadores
Metoprolol

É-

EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES E CEREBROVASCULARES


| |

IA UI
Bloqueadores do canal de cálcio Diltiazem Verapamil Anlopidino
NIfedipino

NC SQ
Inibidores da Enzima Conversora de
Angiotensina Captopril | Enalapril

GÊ PE
Bloqueadores do receptor AT1 Losartana | Valsartana
Inibidor direto da renina ER O E Alisquireno

Caso exista alguma queixa indicativa de lesão de órgão-alvo (dor torácica,


formigamento ou paralisia de membros), investigue a fundo utilizando o método
EM IN

mnemônico ALICIA.
DEENS

ACIDENTE VASCUL A R CEREB RA L


O QUE É
TO A
EN IN

O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda causa de morte no mun-


do, responsável por cerca 5,7 milhões de óbitos por ano. Em 2010, no Brasil,
M TR

as doenças cerebrovasculares foram responsáveis por cerca de 9% do total de


óbitos e foi a primeira causa de mortes em mulheres.
DI U

Número de óbitos por doenças cerebrovasculares, 2003 – 2013.


E N DO

Região Ano
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
AT DE

Norte 3.886 3.881 4.182 4.562 4.738 5.202 5.134 5.129 5.323 5.479 5.755

Nordeste 20.436 21.272 23.179 26.634 26.815 27.366 27.147 27.056 28.183 28.621 28133
DE ÃO

Sudeste 43.129 43.626 41.595 43.913 43.072 43.966 44.289 44.455 44.200 43.332 43.493

Sul 16.295 16.695 15.887 16041 16.802 16.679 17.126 17.236 17.247 16.869 16.691
TOSEÇ

Centro- Oeste 5.303 5.456 5.163 5.419 5.377 5.749 5.566 5.856 5.798 5.893 5.978

Total 89.029 90.930 90.006 96.569 96.804 98.962 99.262 99.732 100.751 100.194 100.050

Recentemente houve a tentativa de adoção da terminologia acidente vas-


cular encefálico sob a justificativa de melhor adequação aos danos resultantes
EN

nas estruturas encefálicas, e não apenas nas cerebrais. No entanto, é preciso


considerar que a terminologia acidente vascular cerebral (AVC), amplamente
AM

difundida, possui excelente aceitação e é de fácil entendimento, embora o ter-


mo acidente seja questionável, uma vez que as causas, nesse caso, são em sua
maioria possíveis de se prevenir. Dessa forma, entendemos ser conveniente a
UP

continuidade da adoção da terminologia AVC.


GR

O AVC é uma lesão cerebral decorrente da interrupção do fluxo sanguíneo


cerebral. Ainda que popularmente seja referido como “derrame”, o AVC pode ser
resultado tanto de uma obstrução de vaso, como de uma hemorragia cerebral.
A partir disso, temos dois principais tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico:

AVC isquê mic o ( AV C I ) : resulta da obstrução de um vaso cerebral

R
por um trombo (trombótico) ou embolo (embólico) e correspondem por mais de

LA
80% dos casos de AVC. No evento trombótico, o estreitamento do vaso causado
pela placa de ateroma e a agregação plaquetária gera o desenvolvimento de
coágulos, que dependendo de seu tamanho, obstruem o fluxo sanguíneo cere-

TA
bral que culmina que isquemia e lesão celular. Já no AVC embólico a obstrução é
causada por ar, gordura, líquido amniótico, ou coágulos desprendidos que viajam

PI
pela corrente sanguínea até os vasos cerebrais.

S
AVC h e mo rrá gico ( AV C H ) : decorre de sangramento devido ao

HO
rompimento de vasos sanguíneos cerebrais enfraquecidos, presentes tanto na

PR SA
superfície (hemorragia subaracnóidea), como dentro do cérebro (hemorragia

É-
intracerebral). Assim como acontece no AVCI, o AVCH também resulta em is-

IA UI
quemia e lesão celular.

C OM O R EC O NH EC ER

NC SQ
GÊ PE
Os sinais e sintomas em geral refletem o déficit neurológico decorrente do
AVC. Ainda que determinados sinais e sintomas sejam indicativos de lesões em
estruturas encefálicas específicas, para o atendimento pré-hospitalar interessa

ER O E
as manifestações clínicas em geral, sem, no entanto, objetivar a diferenciação
da estrutura acometida pela isquemia.
EM IN
As manifestações clínicas do AVC incluem: fraqueza súbita, confusão
DEENS

mental, paralisia e hemiplegia unilateral, cefaleia intensa, sudorese, dispneia,


náuseas, episódios de vômitos, alteração visual e distúrbios da fala.

O AVC é um evento “tempo-dependente” e por isso é fundamental que


TO A

tanto os socorristas, como também familiares e populares reconheçam o quanto


EN IN

antes o seu surgimento. Assim como a expressão “tempo é coração” é útil na


Síndrome Coronariana Agudam, no AVC “tempo é cérebro”. Em todo o mundo,
M TR

os serviços de atendimento pré-hospitalar se valem de escalas preditoras que


indicam a probabilidade de ocorrência do AVC. No Brasil, a mais utilizada é a
DI U

Escala Pré-Hospitalar de AVC de Cincinnati, apresentada no quadro 1.


E N DO

A identificação do início de aparecimento dos sinais e sintomas é funda-


mental para auxiliar a tomada de decisão sobre a conduta intervencionista a
AT DE

ser adotada, principalmente em relação a terapia fibrinolítica, que é associada a


uma maior sobrevida. É preciso considerar a diferença entre o momento em que
o paciente foi visto pela última vez agindo normalmente e o momento em que
DE ÃO

se descobriu os sinais e sintomas. O último momento em que o paciente foi visto


sem os sinais e sintomas é considerado é considerado como início.
TOSEÇ

Número de óbitos por doenças cerebrovasculares, 2003 – 2013.


Sinal Como avaliar Normal Anormal
Ocorre desigualdade
Pede-se ao paciente Os lados da face na movimentação.
Queda facial para sorrir ou mostrar movem-se igual- Um dos lados não se
EN

os dentes. mente. move tão bem quanto


o outro.
AM

Pede-se ao paciente
Um dos braços não
para que feche os ol- Os braços movem-se
Debilidade dos se move ou um dos
hos e mantenha os igualmente ou não se
UP

braços braços sofre descaída


braços estendidos por movem igualmente.
em relação ao outro.
10 segundos.
GR

Pede-se para paciente


O paciente diz as pa- O paciente não fala ou
dizer uma frase (Ex:
Fala anormal lavras corretamente utiliza palavras incor-
O céu é mais azul em
que pronuncia clara. retas.
Brasília)
• A anormalidade de 2 parâmetros na escala de AVC de Cincinnati indica uma probabilidade de
72% de ocorrência de um AVC. A anormalidade em 3 parâmetros indica uma probabilidade é
de mais de 85%.

R
LA
• Embora a Escala de AVC de Cincinnati tenha sensibilidade alta (grande capacidade de iden-
tificar pessoas com AVC), sua especificidade (identificar pessoas que não tenham AVC) é mod-

TA
erada. Por isso, mesmo que o paciente não apresente anormalidade nos parâmetros, a suspeita
de AVC não deve ser descartada na presença de outros sinais e sintomas;

PI
Estudos recentes indicam que pacientes com janela (início dos sinais e

S
sintomas) de até 4,5 horas são candidatos para terapia fibrinolítica, desde que

HO
observados outros fatores de possível exclusão. Dessa forma, é fundamental que

PR SA
se considere transportar o paciente para um centro de referência neurológica,

É-
caso o tempo de janela esteja adequado para essa terapia.

EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES E CEREBROVASCULARES


IA UI
CO ND U TA

NC SQ
GÊ PE
A avaliação do paciente e as condutas prioritárias devem ser tomadas em
no máximo 10 minutos. A alteração do nível de consciência pode afetar a per-
meabilidade da via aérea e nesse caso o socorrista deve adotar medidas de ma-
ER O E
nutenção da via aérea permeável. A aspiração da via aérea pode ser necessária
devido ao acúmulo de saliva ou vômitos.
EM IN

A avaliação da respiração e a monitorização da saturação periférica de


oxigênio indicará a necessidade de ventilação assistida ou oxigênio suplementar.
DEENS

O oxigênio deve ser ofertado (10 – 15 L/min) se a saturação for < 95% ou o
paciente apresentar desconforto respiratório.
TO A

Disfunções circulatórias serão identificadas investigando-se o estado cir-


EN IN

culatório (pulso periférico, enchimento capilar, aparência e temperatura da pele).


Um parâmetro de extrema importância na conduta perante o AVC é a avaliação
M TR

do estado neurológico, já que o dano apresentado é em estruturas encefálicas.


Para tanto, o socorrista utiliza da Escala de Coma de Glasgow, para se avaliar a
extensão do déficit neurológico.
DI U
E N DO

É importante enfatizar que o paciente de AVC deve receber atendimento


prioritário e transportado o quando antes para um centro de referência neu-
rológico. Tanto durante o atendimento, como durante o transporte, o paciente
AT DE

deve ser mantido em repouso, em decúbito dorsal e com a cabeça ligeiramente


elevada.
DE ÃO

Uma vez avaliadas potenciais ameaças à vida, segue-se a avaliação se-


cundária, com avalição dos sinais vitais, anamnese e verificação da glicemia
TOSEÇ

capilar. Profissionais habilitados deverão realizar a correção da hipoglicemia con-


forme orientação do médico regulador. A avalição repetida da pressão arterial
é de suma importância, já que muitos AVCs estão associados à hipertensão ar-
terial. Realiza-se a anamnese com a utilização do método mnemônico SAMPLA.

S intomas: quais são os sintomas relatados? Qual a queixa principal?


EN

A lergias: pergunte por alergias, principalmente a medicamentos.


AM

M edicações: o paciente faz uso de medicações?


UP

P assado médico: possui histórico de cardiopatia ou outra disfunção


GR

cardíaca?
L íquidos e alimentos: pesquise se o paciente ingeriu líquidos ou ali-
mentos recentemente. Essa condição pode aumentar o risco de vômito e as-
piração.

R
A

LA
mbiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de
emergência.

TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
O QUE É

R
Emergências respiratórias são muito comuns na assistência pré-hospita-

LA
lar, principalmente em crianças, idosos, como consequência de doenças cardio-
vasculares ou exacerbações de afecções respiratórias (Asma, doença pulmonar
obstrutiva crônica). Embora deva considerar a origem do distúrbio respiratório,

TA
equipes de atendimento pré-hospitalar básico devem ter seu foco voltado para
as intervenções capazes de evitar o agravamento do quadro clínico.

S PI
Dentre as doenças respiratórias mais prevalentes, a asma e doença pul-
monar obstrutiva crônica (DPOC), são as que mais implicam em emergências

HO
respiratórias no APH. A diferenciação das duas patologias no pré-hospitalar é

PR SA
difícil, já que nos dois casos a inflamação das vias aéreas diminui o fluxo aéreo.

É-
Na asma, a inflamação causa estreitamento brônquico e aumento da sensibili-

IA UI
dade a alérgeno ou partículas ambientais nocivas. A DPOC é caracterizada pre-
dominantemente por enfisema (alteração da superfície alveolar e espaços aére-

NC SQ
os), com diminuição do volume expiratório.

GÊ PE
No mundo a principal doença respiratória é a asma, com cerca de 300
milhões de acometidos. A doença atinge 4,4% da população adulta brasileira. As
DPOC foram responsáveis por mais de 123 mil internações no Brasil em 2015.

ER O E
C OM O R EC O NH EC ER
EM IN
O surgimento e intensidade das manifestações clínicas dependerão da
DEENS

gravidade do caso. No geral, o paciente com uma emergência respiratória apre-


sentará dispneia e, dependendo do quadro, taquipneia, uso da musculatura
acessória, batimento de asas do nariz, tiragem intercostal e de fúrcula. Outros
sinais e sintomas são:
TO A
EN IN

• Sibilância ou roncos;
M TR

• Tosse, produtiva ou não;


DI U

• Intolerância ao esforço;
E N DO

• Opressão torácica;
AT DE

• Diaforese;
DE ÃO

• Ortopneia.
TOSEÇ

C OND UTA
Uma emergência respiratória pode ter sido causada por substâncias tóx-
EN

icas, inclusive ambientais e, por isso, é importante que o socorrista avalie e


gerencie os riscos. A dispneia pode ser evidenciada logo na impressão geral,
AM

tanto pelo relato de dificuldade de respirar, como pela identificação do uso da


musculatura acessória que, junto com a respiração paradoxal e cianose indicam
gravidade do caso.
UP

A via-aérea de um indivíduo com uma emergência respiratória deve ser


GR

mantida pérvia, se necessário, com uso de manobra de posicionamento, por


exemplo, a inclinação da cabeça com elevação do queixo para pacientes sem
evidência de trauma na coluna vertebral. Caso haja dificuldade em manter a
permeabilidade da via-aérea, informe ao médico regulador para que seja provi-
denciado suporte avançado de vida.

R
A ventilação é o parâmetro mais afetado numa emergência respiratória.

LA
Além de uma avaliação prévia do ritmo ventilatório (rápido/lento), o socorrista
deve realizar a inspeção do tórax, principalmente para verificar se há o uso da
musculatura acessória. O oxigênio suplementar deve ser utilizado com cautela.

TA
Caso o paciente se apresente como asmático, oxigênio deve ser iniciado com
%SpO2 de pelo menos 95%. Em pacientes com DPOC com saturação menor que

PI
90% a oxigenoterapia não deve ultrapassar 1-3 L/min. Estudos tem demonstra-
do diminuição de intubação e tempo de internação quando a ventilação é realiza-

S
da com pressão positiva contínua. Entretanto, a disponibilidade de dispositivos é

HO
pouco frequente.

PR SA
É-
Avalie o estado circulatório, principalmente quando a dificuldade respi-

IA UI
ratória é de origem cardiovascular. Em muitos pacientes, a hipóxia pode gerar
alteração do estado mental. Na avaliação secundária, priorize o exame de sinais

NC SQ
vitais e a anamnese. Na avaliação primária, uma estimativa do ritmo ventilatório
foi verificada. Nesse momento, identifique a frequência respiratória. Uma fre-
quência respiratória acima de 30 e abaixo de 6 ventilações por minuto indicam

GÊ PE
insuficiência respiratória. Nesta situação, indica-se a ventilação assistida. Utilize
o SAMPLA para identificar histórico de patologias que possam ter associação com
ER O E
a emergência respiratória ou situações que possam ter desencadeado a situ-
ação. Evite com que o paciente caminhe, exerça qualquer esforço físico e ofereça

EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
suporte emocional, para que se previna agravamento do quadro do clínico .
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

CONVULSÃO, DIABETES E ABDÔMEN AGUDO


O QUE É

R
A crise convulsiva é a manifestação clínica de descargas neuronais exces-

LA
sivas, provocadas por desiquilíbrio entre o controle excitatório e inibitório. Geral-
mente essas crises tem etiologia em intoxicações agudas (drogas estimulantes)
e os efeitos da abstinência, doenças neurológicas, principalmente a epilepsia não

TA
controlada, hipo/hiperglicemia, traumatismo cranioencefálico, acidente vascular
cerebral e febre alta, mais comum em crianças até 5 anos de idade. Convulsão

PI
e febre em adultos, associada a cefaleia, alteração aguda de comportamento,
pode ser originada em quadros infecciosos graves (meningite e/ou encefalite).

S
HO
As crises convulsivas podem ser geradas por anormalidades em áreas fo-

PR SA
cais do córtex cerebral ou de maneira disseminada. Os locais de contração e de

É-
abalos musculares estão relacionados com a amplitude da área cortical atingida

IA UI
e dessa maneira classifica-se em:

NC SQ
• Parcial simples: observa-se abalos em regiões localizadas do corpo
(membros superiores ou inferiores, sem a perda da consciência).

GÊ PE
• Parcial complexa: embora os abalos se restrinjam a regiões localizadas
do corpo, ocorre perda de consciência.

ER O E
• Generalizadas: são com abalos e contrações de cabeça, pescoço, tronco
EM IN
e membros, com perda da consciência.
DEENS

• Estado de mal epiléptico (status epilepticus): crises com duração maior


que 5 a 7 minutos ou crises recorrentes sem que haja recuperação do nível de
consciência entre as crises.

C OM O R EC O NH EC ER
TO A
EN IN
M TR

A crise convulsiva expressa-se tipicamente por contrações musculares


sustentadas e abalos rítmicos. Como frequentemente as crises são autolimita-
das, ou seja, cessam sem qualquer tipo de intervenção, na maior parte das vez-
DI U

es os socorristas se deparam com uma vítima no período pós ictal (após a crise),
E N DO

confuso, sonolento, e sem se lembrar dos fatos ocorridos.

As crises convulsivas podem ser caracterizadas somente por contração


AT DE

muscular sustentada, com membros estendidos (fase tônica). Uma outra carac-
terística bastante marcante é a presença de abalos repetitivos e rítmicos (fase
clônica). Em muitas crises tanto a fase tônica como a clônica estão presentes,
DE ÃO

quando se tem a crise convulsiva tônico-clônica. O quadro 01 apresenta o con-


junto de sinais e sintomas antes, durante e pós evento.
TOSEÇ

Sinais e sintomas antes, durante e após a crise convulsiva.

Antes (Aura) Durante Após (pós ictal)


EN

Rigidez muscular
Abalos musculares
AM

Perda de consciência Sonolência


Visão de luzes
Mastigação despropositada Cefaleia
Sensação gástrica
Perda de esfíncteres. Fadiga
Medo
UP

Trismo Mialgia
Cianose
Sialorreia
GR

A perda da consciência não é uma regra na crise convulsiva.


CO ND U TA

R
Por vezes, indivíduos que estão em crises sofrem lesões decorrentes do

LA
impacto de membros e cabeça contra o solo ou objetos próximos. Assim, além
de cuidar de sua segurança pessoal, o socorrista deve gerenciar riscos de lesões
para o paciente. Tal medidas devem incluir a retirada de objetos, móveis ou out-

TA
ros artefatos com os quais o paciente possa se chocar. A colocação de um traves-
seiro, almofada ou lençol dobrado pode ajudar no amortecimento do contado da

PI
cabeça do paciente com o solo.

S
Grande parte das crises convulsivas autolimitadas não requerem maiores

HO
cuidados e muitos desses pacientes sequer precisam ser transportados a um

PR SA
hospital de referência. Entretanto, crises prolongadas ou recorrentes, como por

É-
exemplo no estado de mal epilético merecem atenção especial do socorrista já

IA UI
que nesses casos o risco de morte é aumentado. Informações sobre o tempo de
crise e a recorrência delas devem ser obtidas logo na chegada na cena.

NC SQ
É comum que pacientes tenham sialorreia durante a crise e, nesse caso,

GÊ PE
o paciente deve ser lateralizado com segurança para proteção das vias-aéreas.

CONVULSÃO, DIABETES E ABDÔMEN AGUDO


Durante a crise, a cabeça deve ser apoiada, mas sem que haja resistência contra
a coluna cervical, minimizando dessa forma riscos de lesões cervicais. Oxigê-
ER O E
nio suplementar (10 – 15 l/min) deve ser administrado se a oximetria indicar
saturação menor que 95%. Pode ser necessário realizar controle de algum san-
gramento devido a ferimentos causados por uma possível queda ou choques
EM IN

contra o solo ou objetos.


DEENS

Cessada a crise, o exame secundário deve ser realizado. O SAMPLA aux-


iliará o socorrista na coleta de informações sobre o ocorrido. Informações de
familiares e acompanhantes são importantes para uma avaliação mais segura.
Muitos pacientes não lembram dos fatos ou não tem consciência de que passaram
TO A

por uma crise convulsiva. Um suporte emocional eficaz propiciará conforto para
EN IN

pacientes nessa situação. Os sinais vitais deverão ser aferidos.


M TR

Como um elevado número de crises convulsivas tem início devido á hipo-


glicemia, caso tenha habilitação técnica e equipamento adequado, o socorrista
DI U

deverá verificar a glicemia do paciente. Como dito, nem todos os pacientes que
E N DO

passaram por uma crise necessitam ser hospitalizados. Por isso, o contato com
um médico regulador se faz importante para verificar a necessidade de trans-
porte.
AT DE

Em crises provocadas por intoxicação é recomendado a verificação da ex-


istência de antídoto para o agente intoxicante e utilizá-lo, caso esteja disponível
DE ÃO

e não haja contraindicação.


Condutas gerais na crise convulsiva
TOSEÇ

Antes (Aura) Durante

Rigidez muscular
Apoiar e proteger a cabeça
Abalos musculares
Afrouxar roupas
Perda de consciência
EN

Lateralizar a cabeça se sialorreia


Mastigação despropositada
Não conter os movimentos
Perda de esfíncteres.
Afastar objetos
AM

Trismo
Não introduzir objetos na boca da víti-
Cianose
ma
Sialorreia
UP

A conduta para convulsões febris não difere das demais.


GR

Monitore o tempo de crise. O Estado de mal epiléptico é caracterizado por crise


convulsiva em tempo maior que 5 – 7 minutos ou crises recorrentes que em o
paciente recobre a consciência entre elas.
Hi po gl ic e mi a
O QUE É

R
LA
A hipoglicemia é definida como glicemia menor que 60 mg/dL, associada
a sinais e sintomas, tais como sudorese, palidez, tontura, taquicardia, cefaleia,

TA
alteração do nível de consciência e até mesmo crise convulsiva. Como as células
humanas são altamente dependentes de glicose para suas funções orgânicas, a

PI
hipoglicemia é uma emergência de considerável gravidade.

S
Nos pacientes diabéticos, a hipoglicemia é a emergência endócrina mais

HO
frequente. Nesses casos, geralmente, ela está associada a doses excessivas de

PR SA
insulina ou de hipoglicemiantes orais. Outras causas incluem ingesta deficiente

É-
de carboidratos, consumo excessivo de álcool, exercícios físicos extenuantes e

IA UI
insulinomas.

C OM O R EC O NH EC ER

NC SQ
GÊ PE
Indivíduos que apresentem alteração do nível de consciência, confusão
mental, agressividade e convulsão sem causa aparente devem ser investigados
para hipoglicemia. A definição do quadro leva em conta a hipoglicemia (< 60 mg/

ER O E
dL), sinais e sintomas de hipoglicemia e a melhora dos sinais e sintomas após a
infusão de glicose. As manifestações clínicas estão descritas no quadro abaixo.
EM IN
Sinais e sintomas da hipoglicemia
DEENS

Glicemia < 60 mg/dL

Alteração do nível de consciência Cefaleia


Tremores Confusão mental
TO A

Fraqueza Taquicardia
EN IN

Sudorese Convulsões
M TR

Em caso de hipoglicemia grave (em torno de 40 mg/dl) os pacientes


geralmente apresentam rebaixamento de consciência, convulsão e coma. A di-
DI U

minuição contínua dos níveis de glicemia para valores abaixo de 30 mg/dl podem
E N DO

levar o paciente a morte

C OND UTA
AT DE

Muitos pacientes com hipoglicemia podem apresentar-se agressivos. Des-


DE ÃO

sa forma, o socorrista deve ser cauteloso na abordagem, transmitir segurança


e oferecer suporte emocional para tranquilizar o paciente. Como boa parte dos
quadros hipoglicêmicos são decorrentes do controle glicêmico no diabetes, o
TOSEÇ

socorrista deve sempre suspeitar de hipoglicemia em indivíduos com que apre-


sentem os sinais e sintomas e tenham história de DM1 ou DM2.

O exame primário deve ser realizado e, se necessário, empreender inter-


venções, tal como proteção da via-aérea e administração de oxigênio quando a
EN

saturação for menor que 95%. No exame secundário o socorrista deve aferir
os sinais vitais e realizar a anamnese por meio do SAMPLA. É importante que
AM

se verifique o histórico de doenças, principalmente de diabetes e adesão ao


controle glicêmico. Muitos pacientes desenvolvem hipoglicemia devido a doses
excessivas de insulina e hipoglicemiantes orais. Uma anamnese bem minuciosa
UP

deve ser executada para identificar a possível causa da emergência. Em geral


isso ocorre por um descuido ou quebra da rotina do paciente.
GR

Nem todo socorrista básico está habilitado para a mensuração da glicemia


e administração de glicose. Caso possua habilitação, o socorrista deve mensurar
a glicemia capilar, se confirmada a hipoglicemia, administrar glicose endovenosa
conforme prescrição do médico regulador. Um opção pré-hospitalar viável para
pacientes que tenham o nível de consciência preservado, é o oferecimento de
açúcar (1 colher de sopa), suco de laranja ou refrigerante (150 ml). Após a ad-
ministração de glicose, oral ou endovenosa, a melhorar do quadro costuma ser

R
observada em cerca de 10 a 15 minutos. O transporte a um hospital de referên-

LA
cia deve ser verificado com o médico regulador

TA
H iper gli c e mia
O QUE É

S PI
HO
Valor glicêmico maior ou igual a 126 mg/dL (jejum) ou 200 mg/dL (após
ingestão de glicose) são utilizados para o fechamento do diagnóstico de diabe-

PR SA
tes. Embora, esses valores constituam um quadro de hiperglicemia, emergências

É-
relacionadas a níveis elevados de glicose acontecem com glicemia maior ou igual

IA UI
que 250 mg/dL, como no caso da cetoacidose diabética (CAD) e maior que 600
mg/dL, um dos achados no estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH).

NC SQ
O CAD é responsável por elevada mortalidade em pacientes com diabe-

GÊ PE

CONVULSÃO, DIABETES E ABDÔMEN AGUDO


tes tipo 1 (DM1) com menos de 25 anos. Apesar da CAD ser mais frequente no
DM1, também por ser uma complicação decorrente no diabetes tipo 2 (DM2). A
mortalidade por EHH também é alta, cerca de 15 %. A hiperglicemia decorrente
ER O E
das duas situações é resultado da diminuição da insulina circulante associada
à elevação de hormônios hiperglicemiantes (cortisol, catecolaminas, glucagon).

CO M O R EC ONH EC ER
EM IN
DEENS

Na assistência pré-hospitalar, não é relevante a diferenciação entre a CAD


e o EHH. Cabe nesse campo a identificação dos sinais e sintomas da hiperglice-
mia, ainda que variem entre a CAD e o EHH. Entretanto, é importante ressaltar
TO A

que em se tratando de valores glicêmicos, a CAD costuma ocorrer com glicemia


EN IN

maior ou igual a 250 mg/dL e o EHH quando maior que 600 mg/dL. O quadro 2
descreve os sinais e sintomas da hiperglicemia.
M TR

Sinais e sintomas da hiperglicemia


DI U

Náuseas e vômitos
E N DO

Sonolência
Dor abdominal
Fadiga
Hálito cetônico
Alteração do nível de consciência
Poliúria
AT DE

Polidipsia
Pele seca e com turgor diminuído**
Taquicardia
Hipotensão
Taquipneia
DE ÃO

*Cetoacidose diabética: Glicemia ≥ 250 mg/dL mais sinais e sintomas.


*Estado hiperglicêmico hiperosmolar: Glicemia > 600 mg/dL mais sinais
TOSEÇ

e sintomas.
**Sinais de desidratação, comum na hiperglicemia acentuada.

CO ND U TA
EN
AM

As crises hiperglicêmicas são situações graves e que requerem cuidados


imediatos. No exame primário o socorrista deve avaliar condições que ameacem
a vida. A broncoaspiração deve ser prevenida em caso de vômitos. O nível de
UP

consciência deve ser avaliado e monitorado já que é comum sua alteração. Prote-
ja a via-aérea se necessário e administre oxigênio (10 – 15 L/min) caso a satu-
GR

ração esteja menor que 95%. Socorristas habilitados devem hidratar o paciente
com infusão de solução fisiológica sob prescrição do médico regulador.
Os sinais vitais devem ser verificados e a história clínica e outras infor-
mações coletada com o auxílio do SAMPLA. Uma boa anamnese auxiliará o so-
corrista a diferenciar a crise hiperglicêmica de outras situações. Indivíduos que
fazem uso excessivo de álcool costumam apresentar hálito cetônico semelhante

R
ao do paciente com CAD. Comunique-se com o médico regular para definição do

LA
hospital de referência. Pacientes com crise hiperglicêmica geralmente precisam
ser transportado para correção da crise.

TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

PACIENTES QUE NECESSITAM DE ATENDIMENTO ESPECIAL


Todo paciente é especial, a partir do momento que necessita uma atenção dif-
erenciada, devido a uma característica particular que o distingue das demais
pessoas.

R
LA
Exemplos de pacientes com necessidades especiais:

TA
1. _____________________________________________________________

PI
2. _____________________________________________________________
3. _____________________________________________________________

S
4. _____________________________________________________________

HO
5. _____________________________________________________________

PR SA
6. _____________________________________________________________

É-
7. _____________________________________________________________

IA UI
Um dos principais cuidados ao se lidar com pacientes especiais

NC SQ
está na forma de interagir com esses pacientes.

GÊ PE
É fundamental que o socorrista mantenha sempre uma atitude atenciosa
e bastante profissional.

ER O E
DICAS PARA FACILITAR O TRABALHO DE COMUNICAÇÃO
EM IN
Posicione-se sempre de maneira que o paciente possa ______________ .
DEENS

Apresente-se e fale _________________, utilizando palavras simples que


o paciente possa compreender.
TO A

Mantenha contato _____________________________.


EN IN

Mantenha uma postura apropriada.


M TR
DI U

Ouça o paciente com calma, dando tempo para que ele possa responder
suas questões.
E N DO

COMO ATENDER PACIENTES ESPECIAIS


AT DE

1 . Os p a c i en t es cegos
DE ÃO

Pessoas que nascem privadas da visão são cegos congênitos, no entanto,


existem também a cegueira adquirida que é aquela proveniente de uma doença
TOSEÇ

ou acidente ocorrido ao longa do vida. Quando uma pessoa cega se envolve em


um acidente, sua capacidade de orientação se altera e, por isso, é muito impor-
tante que o socorrista lhe explique o que houve e a faça entender o que aconte-
ceu antes de iniciar o atendimento.

C on du t a com o pacient e cego


EN
AM

O atendimento pré-hospitalar prestado aos pacientes cegos é o mesmo


daqueles pacientes que enxergam normalmente.
UP

Diga calma e antecipadamente ao paciente tudo o que vai fazer e você


não terá dificuldades no cuidado com esse paciente.
GR

Lembre-se dessas recomendações ao lidar com portadores de deficiência


visual:
Comunique-se em tom de voz normal (não grite com o paciente).

Fale normalmente, usando as mesmas palavras que você usaria com um

R
paciente normal.

LA
Se precisar mover o paciente e ele puder caminhar, permita que ele se

TA
apóie em seu braço (advirta sobre os perigos e não empurre, nem puxe o paci-
ente cego, apenas conduza-o).

PI
No momento do tratamento pré-hospitalar, preste informações claras so-

S
bre os equipamentos que serão utilizados para tranquilizar o paciente quanto aos

HO
seus procedimentos.

PR SA
É-
Dicas para conduzir um paciente cego

IA UI

PACIENTES QUE NECESSITAM DE ATENDIMENTO ESPECIAL


Deixe que o paciente segure o seu braço, próximo ao cotovelo, isso fará

NC SQ
com que ele sinta os movimentos do seu corpo e tenha segurança para andar,
subir e descer escadas.

GÊ PE
Ao conduzi-lo para sentar-se, coloque sempre a mão direita do paciente
no encosto da cadeira e não tente sentá-lo empurrando seu corpo.
ER O E
Numa escada rolante, antes de chegar na escada, coloque a mão do pa-
EM IN

ciente no corrimão.
DEENS

Não saia de perto do paciente, ainda que rapidamente, sem antes comu-
nicar tal fato, para que ele não fique falando sozinho.

2. O paci en t e s u rdo ou s ur do- mudo


TO A
EN IN

Pessoas que não ouvem ou ouvem muito pouco são chamadas de surdas,
entretanto existem também os surdo-mudos que são aqueles que não ouvem e
M TR

também não falam.


DI U

Se uma pessoa não leva consigo um aparelho auditivo visível não há nen-
E N DO

huma indicação aparente de que seja surda. Entretanto, seus procedimentos


podem advertir sobre sua condição, assim, apesar de seu aspecto atento, se a
pessoa doente ou acidentada não responder as perguntas formuladas pelo so-
AT DE

corrista, poderemos supor que ela sofre de uma incapacidade auditiva.


DE ÃO

Co n du t a c om o pacient e s ur do
TOSEÇ

Para confirmar se uma pessoa é surda, o socorrista poderá confeccionar


um cartão com os dizeres “Você é surdo?” e apresentá-lo ao paciente.
EN

Utilize novamente a técnica do cartão escrito para questionar como o pa-


ciente surdo gostaria de comunicar-se com você (muitos deles conseguem ler o
AM

movimento dos lábios, comunicar-se através da escrita e leitura, comunicar-se


através do alfabeto dos sinais ou, ainda, através da linguagem dos sinais).
UP

Se o paciente puder compreender o que você diz através da leitura dos


movimentos dos lábios, certifique-se de que seu rosto esteja iluminado e voltado
GR

para o paciente enquanto você fala e comunique-se pausadamente.

Muitas pessoas surdas não estão treinadas para fazer a leitura labial, en-
tão os melhores métodos a serem utilizados são a escrita e os gestos.

Observação: Algumas pessoas surdas podem falar claramente, outras

R
falam com dificuldade, prejudicando a compreensão e outras nem falam. Se o

LA
paciente surdo fala com dificuldade, não finja entender (gesticule encolhendo os
ombros e mostrando as mãos com as palmas para cima em frente ao seu corpo,
como se dissesse “Não entendi o que você disse!”).

TA
3 . O p a c i en t e de língua es t r angeira

S PI
Problemas de comunicação poderão surgir quando a área de atendimento

HO
do Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar incluir comunidades onde habitam
pessoas que não falam a língua oficial do país, ou ainda, áreas turísticas, onde é

PR SA
grande o número de visitantes estrangeiros.

É-
Conduta com o paciente estrangeiro

IA UI
NC SQ
De forma geral, ao encontrar pacientes que não falam seu idioma, o so-

GÊ PE
corrista deverá comunicar-se através de gestos e não tardar em solicitar auxílio
de outros integrantes de sua equipe ou de pessoas da família e testemunhas que
possam ajudar na comunicação e tradução das falas.

ER O E
Os serviços de socorro poderão providenciar resumos traduzidos das prin-
cipais frases utilizadas pelos socorristas para facilitar a comunicação.
EM IN
4. P a c . c om def ic. f ís ica ou ment al
DEENS

O maior problema em lidar com pacientes que apresentam deficiência


física, seja ela nervosa, muscular ou esquelética, está na condução da avaliação
TO A

física detalhada, pois esses pacientes podem ter partes do corpo comprometidas
EN IN

ou não funcionais. Sempre que o socorrista encontrar uma área lesada, deverá
questionar o paciente, no sentido de averiguar se o problema já existia antes do
M TR

acidente. O socorrista deverá reunir o máximo de informações possíveis através


de uma boa entrevista e do exame físico detalhado.
DI U
E N DO

Já alguns pacientes, por deficiência, não desenvolveram partes da função


neurológica e podem apresentar retardamento mental ou de desenvolvimento.
Nessas situações, sua principal tarefa como socorrista é estabelecer um proces-
so de interação com o paciente, que permita entender o que está acontecendo e
AT DE

como você poderá ajudá-lo.


DE ÃO

A identificação do retardo mental ou deficiência de desenvolvimento nem


sempre é uma tarefa fácil.
TOSEÇ

Mantenha a calma e, caso seja necessário, explique pausada e repetida-


mente cada uma de suas ações e o que você quer que o paciente faça.

Finalmente, devemos entender que os pacientes com qualquer tipo de


EN

deficiência, assim como a maioria das pessoas, gosta de ser independente, por-
tanto, merece receber o mesmo tratamento de um paciente normal.
AM

Con du ta c om o p ac. com defic. física ou men t a l


UP

Avalie cuidadosamente o paciente e caso você suspeite que o paciente é


portador de alguma deficiência mental ou de desenvolvimento, trate-o da mes-
GR

ma forma como você trataria qualquer outro paciente da mesma idade, no en-
tanto, realize a entrevista e o exame físico mais lentamente e esteja preparado
para ações e respostas tardias.
Evite questionamentos mais elaborados, faça perguntas simples e obje-
tivas (por exemplo: ao invés de dizer “Como você está se sentindo?”, apalpe e
pergunte “Dói aqui?”).

R
LA
Observação: Cuidado para não confundir esses pacientes com out-
ros pacientes sob o efeito abusivo de álcool ou drogas ou que em função
de um acidente apresenta-se desorientado ou confuso.

TA
5 . O paci en t e i d os o

S PI
Infelizmente, grande parte da população tende a pensar que as capaci-

HO
dades de uma pessoa se medem de acordo com sua idade cronológica, entretan-
to, existem pessoas que ainda não completaram 65 anos e já apresentam sinais

PR SA
de senilidade, são doentes crônicos e apresentam completa dependência. Por

É-
outro lado, existem também pessoas de 70, 80 e até 90 anos que se mantem

IA UI
ativas, capazes e em bom estado de saúde. No desempenho de suas funções,

PACIENTES QUE NECESSITAM DE ATENDIMENTO ESPECIAL


socorristas serão chamados para atender pacientes idosos de uma ou outra cat-

NC SQ
egoria. Nessas oportunidades, quando o paciente se mostrar consciente, atento
e interessado, atenda-o da mesma forma como faria com outro paciente adulto.

GÊ PE
Se, pelo contrário, o paciente pelo envelhecimento apresentar perda de memória
ou desorientação em relação ao tempo-espaço-pessoa, sem dúvida, você terá
dificuldades de interação. De qualquer forma, a chave do sucesso na interação
ER O E
com pessoas idosas é a paciência.

Co n du t a c om o p acient e idos o
EM IN
DEENS

Apresente-se, solicite autorização para prestar o socorro e demonstre re-


speito tratando o paciente pelo nome (por exemplo: senhor João ou senhora
Aparecida).
TO A

Mantenha contato olho-a-olho e fale calma e diretamente ao paciente.


EN IN

Seja muito paciente, pois quando envelhecemos as palavras ficam mais


M TR

importantes. Não apresse a conversa.


DI U

Se o paciente estiver acompanhado pelo cônjuge ou algum amigo mais


E N DO

próximo, fique atento, pois devido à tensão causada pela situação você poderá
ter de atender outro paciente, normalmente devido a uma emergência clínica.
Seja amável e providencie apoio emocional para ambos.
AT DE

Observação: Ao atender uma emergência envolvendo pessoas ido-


DE ÃO

sas não se precipite, apesar da aparente gravidade da situação, você de-


verá ajustar suas perguntas e ações à capacidade que o paciente demon-
stra para entender e responder. Essa forma de atendimento, apesar de
TOSEÇ

tomar mais tempo, se justifica pela transmissão de segurança e confi-


ança que poderão ser importantes na continuidade do atendimento.

6. P a c . c o m a l te ra ç ão de compor t amen t o
EN

Para auxiliar pacientes com alteração de comportamento, o socorrista de-


verá observar atentamente as ações dessas pessoas, de forma a conseguir iden-
AM

tificar seu real estado e estabelecer um canal de comunicação com elas.


UP

Durante todo o atendimento é fundamental que o socorrista consiga iden-


tificar as mensagens verbais e extra-verbais (além da comunicação verbal, de-
vemos nos lembrar que existe uma comunicação não verbal, através de gestos
GR

e expressões, que podem dizer muito sobre uma pessoa), pois elas nos trans-
mitirão valiosas informações sobre nosso paciente.
Fique atento para o fato de que a capacidade de percepção desses paci-
entes poderá estar alterada e essa maneira distorcida de interpretar a realidade
poderá gerar situações inesperadas ou de perigo para o próprio paciente ou para
todos os demais que estejam próximos dele (por exemplo: o paciente demon-

R
stra querer agredir o socorrista, arregala os olhos com espanto e fala sozinho,

LA
demonstrando distúrbios de senso-percepção – ilusões, alucinações ou delírios).

TA
Lembre-se de que a maioria dessas vítimas é carente de afeto, reconhec-
imento e aceitação e reage com atitudes bem variadas, tais como de “chamar a

PI
atenção”, de “inibição” ou até de “agressividade”.

S
HO
Essas chamadas emergências emocionais podem ser resultado de uma
doença, de um acidente de origem traumática ou ainda, de alterações de com-

PR SA
portamento causadas por problemas independentes (neuroses, crises histéricas,

É-
depressões, psicoses, problemas psiquiátricos, abusos de drogas ou álcool, etc.).

IA UI
Os sinais externos que mais evidenciam essas emergências são: ansie-

NC SQ
dade, tensão desagradável e inquietação, angústia, agitação motora, histeria,
desmaios, convulsões, gagueira, mudez, gritos de dor, amnésia, dupla person-

GÊ PE
alidade, desânimo, abatimento, choro sem motivo aparente, alterações de com-
portamento, confusão mental, desorientação, crítica alterada, dentre outros.

ER O E
Se o paciente apresentar uma atitude suicida, acione imediatamente a
polícia local e inicie contato somente se a situação for segura. Adote uma abor-
dagem sem crítica e mantenha o controle da situação. Não deixe o paciente só.
EM IN
Diga: “Estou aqui para ajudá-lo. Quero aliviar seu problema, como posso aux-
iliar?” Transmita uma expectativa acerca do comportamento adequado e faça-o
DEENS

saber que existe ajuda à sua disposição.

Se um crime está ocorrendo ou se você suspeitar que um criminoso ou


TO A

pessoa perigosa ainda está no local da ocorrência, não se aproxime, nem inicie
EN IN

o atendimento sem antes acionar a polícia local e certificar-se de que a cena é


segura.
M TR

A seguir, apresentamos alguns sinais de que o local da ocorrência não é


DI U

seguro:
E N DO

Gritos, sinais de luta, ruídos de vidros ou móveis se quebrando, ou ainda,


sons de tiros;
AT DE

Armas visíveis em posse de pessoas próximas ao local;


DE ÃO

Sinais indicativos de abuso de álcool ou drogas pelas pessoas presentes;


TOSEÇ

Local escuro e muito quieto;

Endereço conhecido como local de violência e crime.


EN

Em situações de risco elevado, recomenda-se o emprego de coletes balísti-


cos por parte dos socorristas!
AM

Con du ta c om o p ac. com alteração de compor t a -


men to
UP
GR

Fique atento para as condições de segurança durante a abordagem de


pacientes potencialmente perigosos (hiperativos, violentos ou suicidas).

Nunca bloqueie passagens ou coloque a vítima contra uma parede.


Quando se aproximar do paciente, comunique-se e deixe-o saber o que
você irá fazer antes de iniciar os procedimentos (entrevista, aferição dos sinais
vitais, avaliação física).

R
LA
Tente acalmar o paciente e conquiste sua confiança antes de iniciar a aval-
iação e o tratamento.

TA
Avalie cuidadosamente a situação e elimine as possibilidades de um com-

PI
portamento alterado em função de emergências médicas ou traumas (AVE, hipo-
glicemia, traumatismos de crânio, etc.).

S
HO
Se perceber que o paciente é potencialmente perigoso e julgar necessário,
solicite ajuda de outros profissionais (equipes policiais, equipes médicas espe-

PR SA
cializadas, etc.).

É-
IA UI

PACIENTES QUE NECESSITAM DE ATENDIMENTO ESPECIAL


Evite conter o paciente, pois esses procedimentos poderão ferir o paci-

NC SQ
ente, machucar a equipe de socorristas ou iniciar uma reação ainda mais violen-
ta. As ações de contenção deverão ser realizadas somente por pessoal treinado
e com apoio policial.

GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR

*
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
Quando um socorrista for avaliar ou tratar um paciente pediátrico (criança
ou bebê), poderá, a princípio, sentir-se despreparado, não sabendo por onde
iniciar sua atuação.

R
LA
O termo pediatria refere-se a um grande grupo, que pode incluir qualquer
criança, desde um bebê até uma criança em idade escolar do ensino infantil ou
acima disso.

TA
PI
Lembre-se de que uma situação de emergência é uma nova e assustadora
experiência para qualquer criança, e será ainda maior se os pais ou responsáveis

S
não estiverem presentes.

HO
C ri a n ç a n ão é um adult o pequeno!

PR SA
É-
IA UI
1. Idade, tamanho e resposta

NC SQ
Quando o socorrista for determinar a idade de uma criança para realizar
uma manobra de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), deverá considerar a idade

GÊ PE
do recém-nascido até um ano como bebê ou lactente, a partir de 1 ano até o in-
ício da puberdade classificamos o menor como criança e, a partir da puberdade,
deverá ser tratado como adulto. Esses critérios são padronizados internacional-

ER O E
mente pela Associação Americana do Coração (American Heart Association).

Recomendamos que os socorristas utilizem um critério padronizado para


EM IN
classificar as crianças em categorias, levando em consideração itens como idade,
porte físico e resposta emocional.
DEENS

Categorias para distinguir pacientes pediátricos:


TO A

Neonato: do nascimento até 28 dias;


EN IN

Lactentes: de 29 dias até 1 ano;


M TR

Crianças: de 1 ano até 3 anos;


DI U
E N DO

Pré-escolares: de 3 a 6 anos;
AT DE

Idade escolar (ensino fundamental): de 6 a 12 anos;

Adolescente (ensino fundamental e médio): de 12 a 18 anos.


DE ÃO

Nos casos em que o emergencista não tiver informações sobre a idade do


TOSEÇ

paciente ele terá que estimar a idade, baseando-se no tamanho da criança e em


suas respostas emocionais.

2. Comparações estruturais e anatômicas do paciente pediátrico


EN

Você já percebeu que as crianças não são iguais aos adultos em tamanho,
AM

maturidade emocional e respostas em situações adversas. Você também precis-


ará estar atento a diferenças estruturais e anatômicas.
UP

2.1 A cabeça e o pescoço


GR

A cabeça da criança é proporcionalmente maior e mais pesada que seu


corpo. Em geral, o corpo irá equilibrar-se com o tamanho de sua cabeça, a partir
do quarto ano de vida.
A criança é mais propensa a traumas na cabeça. Suspeite sempre e
pesquise por ferimentos nessa região quando ocorrer uma queda ou trauma de
tórax e ombros. Também são mais vulneráveis a TRM’s.

R
LA
_______________________________________________________________

TA
2.2 Vias aéreas e o sistema respiratório

PI
As vias aéreas e o sistema respiratório do bebê e da criança ainda não es-

S
tão completamente desenvolvidos. A língua é grande para a cavidade oral (boca)
e as vias aéreas (nariz, boca, faringe, laringe e traquéia) são mais estreitas do

HO
que as do adulto e mais facilmente predispostas a uma obstrução. Os múscu-

PR SA
los do pescoço também não estão desenvolvidos completamente e não são tão

É-
fortes quanto os dos adultos. A colocação de uma toalha dobrada nas costas

IA UI
(embaixo da região dos ombros) ajudará a manter a cabeça alinhada e as vias
aéreas pérveas. A manobra de inclinação da cabeça e elevação da mandíbula,

NC SQ
largamente utilizada para abrir as vias aéreas de adultos (sem lesão cervical),
é desnecessária para bebês e crianças pequenas. No atendimento a pacientes
pediátricos, basta que o socorrista promova uma leve inclinação da cabeça para

GÊ PE
conseguir assegurar a abertura das vias aéreas.
ER O E
Cuidado com as obstruções das vias aéreas causadas por corpos estran-
hos (OVACE). Não faça pesquisa às cegas com os dedos quando tentar desob-

EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
struir as vias aéreas de crianças e lactentes, pois essas manobras poderão forçar
EM IN

a descida do corpo estranho a acabar obstruindo a faringe ou a laringe/traquéia.


DEENS

As crianças e os lactentes respiram automaticamente pelo nariz e no caso


de esse ficar obstruído, não abrirão a boca para respirar como um adulto. O
socorrista deverá remover as secreções das narinas para assegurar uma boa
respiração.
TO A
EN IN

Os músculos do tórax também não estão completamente desenvolvidos,


assim a criança usará muito mais o diafragma para respirar.
M TR

Frequência respiratória (FR):


DI U
E N DO

Adolescente = de ___ a ___ ventilações por minuto;


AT DE

Crianças = de ___ a ___ ventilações por minuto;

Nos lactentes = de ___ a ___ ventilações por minuto.


DE ÃO

2.3 O tórax e o abdome


TOSEÇ

O socorrista poderá avaliar melhor a respiração dos pacientes pediátricos


observando os movimentos respiratórios no abdômen, pois durante a respiração,
as crianças usam mais o diafragma, assim os movimentos respiratórios são mais
facilmente observáveis nessa região (abdômen), que no tórax.
EN

Devemos considerar também que a caixa torácica das crianças é mais


AM

elástica, assim, no caso de uma respiração forçada, produzida por uma situação
de dificuldade ou insuficiência respiratória, o uso de todos os músculos do tórax
UP

(entre as costelas), sobre o esterno e ao redor do pescoço e ombros, ficará bem


evidente.
GR

Da mesma forma que nos adultos, traumas no abdômen podem resultar


em dor, distensão e rigidez. Os músculos abdominais não são tão bem desen-
volvidos como nos adultos e oferecem pouca proteção. Os órgãos abdominais, de
forma especial o fígado e o baço, são bem grandes para o tamanho da cavidade
e, portanto, mais vulneráveis a um trauma.

R
As lesões abdominais que produzirem distensão ou edema (inchaço) pod-

LA
eram impedir o movimento livre do diafragma e acabar produzindo uma dificul-
dade respiratória grave.

TA
2.4 A Pelve

PI
Tal qual nos adultos, as crianças poderão perder quantidades consid-

S
eráveis de sangue dentro da cavidade pélvica, como resultado de um trauma

HO
grave nessa região. É recomendável que os socorristas permaneçam monitoran-
do constantemente os sinais vitais dos pacientes para identificarem a presença

PR SA
de choque hipovolêmico. A avaliação dos sinais vitais inclui a aferição da respi-

É-
ração, do pulso, da pressão arterial e da temperatura relativa da pele. O aspecto

IA UI
externo da pele também é importante para identificar uma perfusão deficitária.
O socorrista poderá checar a perfusão comprimindo a região distal das extremi-

NC SQ
dades do paciente (dorso da mão ou pé) e avaliando o tempo do enchimento
capilar (considerar grave quando o tempo do enchimento capilar for maior que

GÊ PE
dois segundos).

O socorrista não necessita precionar a unha da criança, mas sim, precio-

ER O E
nar a mão ou o pé, o antebraço ou a perna do paciente e terá o mesmo padrão
de perfusão do leito ungueal.
EM IN
2.5 As extremidades
DEENS

Como já vimos anteriormente, os ossos das crianças são menos desen-


volvidos e consequentemente mais flexíveis que os dos adultos. Dessa forma,
enquanto os ossos de adultos normalmente fraturam numa situação de trauma,
TO A

os ossos de crianças dobram e lascam antes de fraturar (quebrar). O socorrista


EN IN

deverá suspeitar de fraturas sempre que, ao avaliar uma extremidade, encontrar


sinais e sintomas tais como: dor, edema e deformações.
M TR

2.6 O Sistema tegumentar


DI U
E N DO

As crianças e lactentes poderão facilmente perder calor e sofrer de hipo-


termia, até mesmo em ambientes onde adultos estejam confortáveis, devido a
pouca massa e a desproporção entre o volume e a área da criança. Por isso é
AT DE

importante manter a criança coberta e aquecida.


DE ÃO

2.7 Volume sanguíneo

Quanto menores forem os pacientes, menores também serão seus vol-


TOSEÇ

umes sanguíneos. Fique atento, pois um paciente recém-nascido poderá apre-


sentar um volume de sangue inferior a 350 ml, sendo assim, qualquer perda
sanguínea, por menor que seja, representará uma emergência grave. Uma cri-
ança poderá apresentar, dependendo do seu tamanho, um volume sanguíneo
variável entre meio litro a 2 litros de sangue.
EN

3. ABUSO DE CRIANÇAS
AM

Atualmente, o abuso de crianças e a lesão intencional é uma ocorrência


UP

mais comum do que se imagina.


GR

3.1 Os principais abusos são:

Abusos emocionais ;
Abusos físicos;

Abusos sexuais ;

R
LA
Atos de negligência.

TA
3.2 Características que indicam o abuso e/ou negligência:

PI
Falta de condições de higiene;

S
HO
Sinais de cativeiro;

PR SA
É-
Fome/desnutrição;

IA UI
Ferimentos insistentes ou lesões múltiplas em diferentes estágios de cica-

NC SQ
trização no corpo da criança;

GÊ PE
Queimaduras (principal lesão referente a abuso físico);

Lesões prévias com relatos suspeitos;


ER O E

EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
Descrições contraditórias sobre o “acidente”.
EM IN

Um fato importante sobre o abuso de crianças é que os episódios são fre-


DEENS

quentemente repetidos com gravidade progressiva!

3.3 Como o socorrista deve proceder em casos de abuso:


TO A
EN IN

Não fazer diagnóstico;


M TR

No local, execute primeiramente os procedimentos de auxílio ao paciente,


deixando o relato de suas suspeitas e as ações policiais para um segundo mo-
DI U

mento.
E N DO

Anote seus achados e a história colhida na Ficha de APH e transmita essas


informações ao médico do Serviço de Emergência, quando da entrega do paci-
AT DE

ente no hospital, bem como ao responsável pelo Serviço de APH de sua organi-
zação, que deverá comunicar o fato às outras autoridades competentes.
DE ÃO

Ao tratar o paciente pediátrico, evite:


TOSEÇ

1. Assumir postura infantil;

2. Falar tudo no diminutivo;


EN

3. Alterar timbre de voz para o agudo;


AM

4. Mentir ou prometer que não irá doer!

3.4 Dicas para abordar e manipular o paciente pediátrico


UP

1. Mantenha a calma e transmita segurança, se possível, execute sua aborda-


GR

gem/atendimento ajoelhado ou sentado.

2. Acalme também os pais ou responsáveis que estejam presentes na cena.


3. Controle suas emoções e expressões faciais.

4. Solicite apoio e autorização dos pais ou responsáveis para executar o atendi-

R
mento (no caso de crianças e adolescentes).

LA
5. Explique os procedimentos que irá realizar para os pais e para o paciente.

TA
6. Use se necessário um “objeto de transição”.

PI
7. No caso de crianças muito pequenas, execute os procedimentos com o paci-

S
ente no colo da mãe ou responsável.

HO
PR SA
8. Utilize equipamentos de cores e tamanho adequado para cada faixa etária.

É-
IA UI
9. Crianças têm dificuldade para aceitar ficarem deitadas, explique a necessi-
dade.

NC SQ
10. Algumas crianças podem não ser receptivas às máscaras de oxigênio sobre

GÊ PE
a face, se necessário, use copinhos plásticos limpos e vazios para substituir as
máscaras comuns.

ER O E
11. Sorria para a criança e nunca minta, nem prometa nada que não possa cum-
prir. Dê um presente (distintivo ou certificado) ou cole na roupa da criança um
EM IN
adesivo institucional em troca do bom comportamento, cooperação e coragem.
DEENS

12. Os procedimentos de imobilização, aplicação de curativos, uso de bandagens


e fixação na prancha (maca rígida) pediátrica são similares aos procedimentos
utilizados em pacientes adultos.
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

PARTO
ES T R U T U RAS G ESTAC I O NAI S

R
LA
TA
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HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE

Feto
DE ÃO

Ser que está se desenvolvendo e crescendo dentro do útero. Até a 8ª se-


mana de gestação, o bebê é chamado de embrião e, após esse período, passa a
chamar-se feto.
TOSEÇ

Útero

Órgão muscular dentro do qual se desenvolve o feto. O útero contrai-se


EN

durante o trabalho de parto, empurrando o feto para o canal de parto.


AM

Colo uterino

Extremidade inferior do útero que se dilata permitindo que o feto entre na


UP

vagina. Também chamado de cérvix.


GR

Vagina

Canal por onde o feto é conduzido para o nascimento.


Saco ou bolsa amniótica

Estrutura tipo bolsa que se forma no interior do útero, é constituído por

R
uma membrana cheia de líquido que envolve e protege o feto.

LA
Líquido amniótico

TA
Líquido presente dentro do saco amniótico, sua função é manter a tem-

PI
peratura do feto e protegê-lo de impactos. Durante o parto concorre para formar
a bolsa das águas e lubrificar o canal do parto após a ruptura das membranas.

S
Sua cor normal é clara (branco opalescente), quando está ocorrendo anóxia e

HO
sofrimento fetal, esse líquido torna-se esverdeado.

PR SA
É-
Placenta

IA UI
Órgão especial, formado durante a gravidez, constituído por tecidos ma-

NC SQ
ternos e fetais, permitindo a troca de nutrientes entre a mãe e o feto. Normal-
mente expelido ao final do trabalho de parto. Tem formato discoidal ou ovular,

GÊ PE
com 15 a 20 cm de diâmetro, com aproximadamente 3 cm de espessura e 500 g
de peso, na gravidez de termo.
ER O E
Cordão umbilical
EM IN

Estrutura constituída por vasos sanguíneos, através da qual o feto se une


à placenta; seu comprimento é, em média, de 55cm.
DEENS

Parto

PARTO
É a expulsão do feto viável, através das vias genitais ou a extração por
TO A

meio cirúrgico.
EN IN

FA S ES D O T R A B A LH O D E PARTO
M TR
DI U

Primeira Fase: Inicia com as contrações e termina no momento em que


o feto entra no canal de parto (dilatação completa do colo do útero).
E N DO

Segunda Fase: Vai do momento em que o feto está no canal de parto até
AT DE

seu completo nascimento.

Terceira Fase: Vai do nascimento até a completa expulsão da placenta,


DE ÃO

que tem duração média de 10 a 30 minutos.

EV O LU Ç ÃO D O T RAB ALH O D E PAR TO


TOSEÇ

Importante: Antes de efetuar qualquer procedimento, o socorrista deverá


realizar uma entrevista com a parturiente, extraindo o maior número de dados
possíveis e alertando o SEM.
EN

Entrevista:
AM

Qual o nome e idade da mãe;


UP

Realizou exame pré-natal? Qual o nome de seu médico? Pergunte o que


GR

disse o médico, se há alguma complicação prevista;

É o primeiro filho? Se for primípara, o trabalho de parto poderá demorar


cerca de 16 horas. O tempo de trabalho de parto será mais curto a cada parto
subsequente;

R
A que horas se iniciaram as contrações? Já houve a ruptura da bolsa (per-

LA
da de líquidos)?;

TA
Sente pressão na bacia, vontade de defecar ou sente o bebê saindo pela
vagina?

PI
O socorrista deve avaliar as contrações quanto ao tempo que elas duram

S
e o tempo entre uma contração e outra;

HO
PR SA
Finalmente, o socorrista deverá pedir a mãe para retirar suas roupas e

É-
realizar uma avaliação visual.

IA UI
C OM O R EC O NH EC ER

NC SQ
• Sangramento ou presença de secreções pelo rompimento do saco

GÊ PE
amniótico;

ER O E
• Freqüência das contrações, abaixo de 5 minutos com duração de 30
segundos a 01 minuto;


EM IN
Abaulamento da vulva;
DEENS

• Apresentação da cabeça do feto;

• Necessidade frequente de urinar e/ou defecar.


TO A
EN IN

Se após a entrevista, o socorrista achar que o parto não é iminente, de-


verá proceder o transporte da parturiente ao hospital!
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

Abaulamento do vulva
EN
AM
UP
GR

Apresentação da cabeça do feto


CO ND U TA

R
1. Assegure a privacidade da parturiente, escolha um local apropriado.

LA
2. Explique à mãe o que fará e como irá fazê-lo. Procure tranquilizá-la

TA
recordando que o que está acontecendo é normal. Peça para que, após cada
contração, relaxe, pois isso facilitará o nascimento.

PI
3. Posicione a parturiente para o parto emergencial, deite-a em posição

S
ginecológica (joelhos flexionados e bem separados e os pés apoiados sobre a

HO
superfície que está deitada).

PR SA
É-
4. Coloque uma almofada debaixo da cabeça da mãe para observar os
seus movimentos respiratórios.

IA UI
NC SQ
5. Prepare o kit obstétrico e seu EPI (luvas estéreis, óculos, máscara e
avental), mantenha todo material necessário à mão.

GÊ PE
6. Disponha adequadamente os campos, lençóis ou toalhas limpas abaixo
das nádegas, logo abaixo da abertura vaginal, sobre o abdômen e sobre ambos
ER O E
os joelhos.
EM IN
DEENS

PARTO
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

7. Sinta as contrações colocando a palma da mão sobre o abdômen da


paciente, acima do umbigo.
EN

8. Aguarde a apresentação da cabeça do feto.


AM
UP
GR
9. Tente visualizar a parte superior da cabeça do bebê (coroamento).

10. Apóie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo com os dedos

R
bem separados. Apenas sustente a cabeça, ajudando com a outra mão, não

LA
tente puxá-la.

TA
S PI
HO
PR SA
É-
11. Se o cordão está envolvendo o pescoço do bebê, libere-o com muito

IA UI
cuidado. Se o saco amniótico não estiver rompido, corte-o com técnica e mate-
rial apropriado.

NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ

12. Geralmente a cabeça do bebê apresenta-se com a face voltada para


baixo e logo gira para a direita ou à esquerda. Guie cuidadosamente a cabeça
para baixo, sem forçá-la, facilitando assim a liberação do ombro e posterior-
mente todo o corpo.
EN
AM
UP
GR
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
13. Apóie o bebê lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa. Isso se
faz para permitir que o sangue, o líquido amniótico e o muco que estão na boca
e nariz possam escorrer para o exterior.
ER O E
EM IN
DEENS

PARTO
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP

TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DO RECÉM-NASCIDO


GR

1. Limpe as vias aéreas usando gaze estéril e a pêra de aspiração.

2. Observe a respiração do bebê.


3. Estimule a respiração, se necessário, massageando com movimentos circu-
lares a região das costas e/ou a planta dos pés.

R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO

4. Aqueça recém-nascido envolvendo-o em manta própria ou um campo estéril.

5. Amarre o cordão umbilical, utilize o clamp que se encontra no seu kit de par-
AT DE

to. Se não está com o kit, utilize barbantes limpos (não use arame). Aguarde
o término do pulsar do cordão umbilical antes de clampeá-lo. O primeiro clamp
deve estar há aproximadamente 25 cm a partir do abdômen do bebê. O segun-
DE ÃO

do, cerca de 5 cm (quatro dedos) do primeiro, em direção ao bebê.


TOSEÇ

6. Seccione o cordão umbilical com o bisturi ou tesoura do kit obstétrico. Esse


corte deve ser realizado entre as duas amarras. Nunca solte o clamp ou desate
o cordão após tê-lo cortado. Se houver sangramento, coloque outro clamp junto
ao anterior.
EN
AM
UP
GR
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
7. Anote o nome da mãe, o sexo do bebê, a data, a hora e o lugar do nascimento
EM IN

e fixe essas informações em local visível.

Mãe: Maria da Silva


DEENS

Bebê masculino nascido às 14h25 do dia 07 de dezembro de 2010

PARTO
TO A

Brasília - DF
EN IN

TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DA MÃE


M TR

Inclui os cuidados com a expulsão da placenta (dequitação), controle do


DI U

sangramento vaginal.
E N DO

1. A expulsão da placenta ocorrerá após cerca de 10 a 30 minutos. Guarde-a em


um saco plástico apropriado para posterior avaliação pelos médicos juntamente
AT DE

com o clamp. O cordão desce progressiva e espontaneamente, portanto não tra-


cione o cordão.
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
2. Controle o sangramento vaginal:

GÊ PE
Use um absorvente higiênico ou material similar estéril. Coloque-o sobre
a abertura vaginal (não introduza nada dentro na vagina).

ER O E
Oriente para que a parturiente abaixe, una e estenda suas pernas, sem
forçá-las. EM IN
DEENS

Apalpe e massageie o abdome da mãe, abaixo do umbigo, fazendo movi-


mentos circulares com o objetivo de estimular a contração uterina e, consequen-
temente, a diminuição da hemorragia.
TO A

3. Tranquilize a mãe fazendo-a sentir-se o melhor possível e registre todos os


EN IN

dados da ocorrência em relatório, transporte a mãe, o bebê e a placenta para o


hospital.
M TR

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO PARTO E SEUS TRATAMENTOS


DI U
E N DO

Apresentação das nádegas

As nádegas ou os pés do bebê são os primeiros a se apresentarem.


AT DE

C OND UTA
DE ÃO

1. Espere que as nádegas e tronco sejam expulsos espontaneamente.


TOSEÇ

2. Apóie os membros inferiores e o tronco à medida que são expulsos.

3. A cabeça geralmente é liberada espontaneamente, entretanto, algumas vezes


ela poderá não sair de imediato. Nos casos em que o bebê não for completa-
EN

mente expulso em até 3 minutos após a saída do tronco, o mais importante é


criar uma via aérea para o feto. Fale com a mãe o que vai ser feito e por quê.
AM

4. Forme com os dedos um “V“ entre a face do feto e a parede da vagina, criando
assim um espaço para que ele possa vir a respirar.
UP

5. Não puxe o bebê. Permita que o nascimento prossiga, mantenha a susten-


GR

tação da cabeça e do corpo do bebê.

6. Realize o transporte imediatamente. Mantenha as VA abertas durante todo o


transporte.

PROLAPSO DE CORDÃO UMBILICAL

R
LA
Quando durante o trabalho de parto, o cordão umbilical é o primeiro a se
apresentar.

TA
CO ND U TA

PI
1. Retire a parturiente da posição ginecológica, colocando-a em posição geno-

S
peitoral.

HO
PR SA
2. Não tente empurrar o cordão para dentro.

É-
IA UI
3. Não introduza a mão na vagina.

NC SQ
4. Envolva o cordão umbilical com gaze ou compressas cirúrgicas estéreis, para
mantê-lo aquecido.

GÊ PE
5. Monitore e transporte a parturiente para o hospital informado sobre o caso.
ER O E
Instrua a parturiente para que respire lenta e profundamente.
EM IN

HEMORRAGIA EXCESSIVA
DEENS

Se durante o período gestacional, a parturiente começar a ter um san-


gramento excessivo pela vagina, é muito provável que abortará. Quando a
hemorragia ocorrer durante o trabalho de parto ou na etapa final da gravidez,
provavelmente está ocorrendo um problema relacionado à placenta.

PARTO
TO A

CO ND U TA
EN IN
M TR

1. Posicione a parturiente em decúbito lateral esquerdo.


DI U

2. Coloque absorvente higiênico ou panos limpos na abertura da vagina.


E N DO

3. Coloque novos tampões quando estes estiverem embebidos.


AT DE

4. Guarde e conduza ao hospital todo o material ensanguentado, bem como,


todo e qualquer material expulso.
DE ÃO

5. Oferte oxigênio suplementar e previna o estado de choque.


TOSEÇ

6. Monitore os sinais vitais da parturiente até o hospital.

CIRCULAR DE CORDÃO UMBILICAL


EN

Durante a apresentação cefálica, o cordão umbilical poderá estar envol-


vendo o pescoço do feto, podendo ser comprimido, interrompendo precocemente
AM

o fluxo de oxigênio para o feto.

CO ND U TA
UP
GR

Após a completa apresentação da cabeça do feto, o socorrista deverá pas-


sar os seus dedos ao redor do pescoço do feto para verificar a presença de vol-
ta(s) do cordão umbilical, caso ocorra, o socorrista deverá pinçar com os dedos,
o cordão e puxá-lo para cima, no sentido face-crânio do bebê. Após liberada a
volta do cordão, o parto prossegue normalmente.

APRESENTAÇÃO DE MEMBROS

R
LA
Situação em que é expulso apenas um membro superior ou membro in-
ferior.

TA
C OND UTA

PI
1. Retire a parturiente da posição ginecológica e colocá-la em decúbito lateral

S
esquerdo.

HO
PR SA
2. Instrua para que respire lenta e profundamente.

É-
IA UI
3. Coloque um coxim ou travesseiro entre os joelhos da parturiente.

NC SQ
4. Oferte oxigênio suplementar e transportar para um hospital.

GÊ PE
ABORTAMENTO

ER O E
A expulsão de um feto antes que ele possa sobreviver por si só, ou seja,
no início da gravidez, até em torno da 20 semana, aproximadamente, é con-
siderado aborto. EM IN
C OND UTA
DEENS

1. Previna estado de choque da parturiente.


TO A

2. Deite a gestante e coloque absorvente higiênico ou similar sobre a abertura


EN IN

da vagina.
M TR

3. Acondicione e conduza ao hospital todos os tecidos ensanguentados e qualquer


material expulso
DI U
EN DO

4. Ofereça suporte emocional e transportar a parturiente até um hospital.


AT DE

OUTRAS SITUAÇÕES POSSÍVEIS

PARTO MÚLTIPLO
DE ÃO

Depois que o primeiro bebê nasce, voltam as contrações. O procedimento


TOSEÇ

para o nascimento do segundo bebê é o mesmo com relação à mãe e ao primeiro


bebê. Recomenda-se clampear o cordão umbilical do primeiro bebê antes do na-
scimento da segunda criança.

PARTO PREMATURO
EN

Os bebês que nascem antes da 37ª semana de gestação ou do 9º mês são


AM

considerados prematuros. Também são considerados prematuros aqueles com


menos de 2,5 kg. Os procedimentos para o parto são idênticos ao de um parto
UP

normal. O principal cuidado é mantê-los aquecidos.


GR

Todas as pacientes grávidas atendidas por socorristas devem ser con-


duzidas para atendimento médico!
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

RELATÓRIO E PREPARAÇÃO PARA OUTRA CHAMADA


R EG I S T R O D A O C O R R ÊNC I A

R
A ocorrência é finalizada no momento em que a equipe de APH transfere

LA
o paciente para a responsabilidade do médico no pronto-socorro. Feito isso, é
hora de registrar o atendimento, formalizando a atuação fazendo as anotações
do socorro em formulário próprio. O CBMDF possui ficha própria para o registo

TA
de todas as suas atuações no serviço pré-hospitalar, com campos que devem,
obrigatoriamente, ser preenchidos, conforme o evento e condição clínica do pa-

PI
ciente.

S
É fundamental que o socorrista compreenda que o preenchimento da ficha

HO
de atendimento é um instrumento de fortalecimento do serviço de APH, à medi-

PR SA
da que oferece informações com forte potencial de subsidiar ações de gestão do

É-
serviço, bem como propiciar estudos e pesquisas sobre violência, morbimortali-

IA UI
dade, condutas além de outras informações sóciodemográficas.

NC SQ
Ao finalizar o atendimento, algumas informações são de suma importân-
cia para o registro:

GÊ PE
• Sexo e idade;

ER O E
• Queixa principal da vítima;
EM IN
• Descrição do problema encontrado;
DEENS

• História médica passada;

• Se está sob tratamento médico;


TO A
EN IN

• Alergias;
M TR

• Outros problemas médicos, tais como: cardiopatias, diabetes, doenças


pulmonares obstrutivas, etc.;
DI U
E N DO

• Nível de consciência e condições gerais da vítima;


AT DE

• Sinais vitais;

• Tratamento ministrado pelo socorrista;


DE ÃO

• Procedimentos realizados.
TOSEÇ

PREPARAÇÃO PARA OUTRA CHAMADA E PASSAGEM DE SERVIÇO


Viaturas de APH são ambientes potencialmente contaminados e com
presença Viaturas de APH são ambientes potencialmente contaminados e com
EN

presença de microrganismos patogênicos. Dessa forma, é fundamental que a


equipe de socorristas mantenha a limpeza e descontaminação constante desse
AM

ambiente e dos materiais de socorro. É inadmissível, que as viaturas de APH se-


jam deslocadas para atendimento de urgências e emergências sem a execução
da limpeza e descontaminação prévia.
UP

Determinadas ocorrências geram uma grande quantidade de resíduos bi-


GR

ológicos e por isso é imperativo que a viatura seja desativada até que se conclua
seu processo de descontaminação. Aqui trataremos de condutas a serem obser-
vadas para a preparação para uma nova ocorrência.
São dois os tipos de desinfecção de viaturas. A desinfecção concorrente
é aquele realizada após cada ocorrência, com foco nos locais, equipamentos e
materiais que tiveram contato com o paciente. Já a desinfecção terminal é o pro-
cedimento completo de limpeza, descontaminação e desinfecção de toda a viatu-

AR
ra, materiais e equipamentos. Ela é realizada no CBMDF conforme agendamento
prévio para cada viatura ou após atendimento de paciente portador de doença

AL
infectocontagiosa. As condutas que devem ser adotadas em relação à viatura,
materiais e equipamentos são mostradas abaixo.

IT
SP
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ

RELATÓRIO E PREPARAÇÃO PARA OUTRA CHAMADA


GÊ PE
ER O E
EM IN

Níveis de energia de objeto penetrantes


DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TO EÇ
EN S
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
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DEENS
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ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
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GR
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AM
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TOSEÇ
DE ÃO
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DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS


Na rotina de atendimentos ao trauma das equipes de atendimento pré-hos-
pitalar incluem-se, na maior parte das vezes, ocorrências sem grande magni-
tude, mesmo havendo gravidade das vítimas envolvidas. Geralmente, nesses
eventos, uma, ou no máximo duas equipes de APH são suficientes para oferecer

R
assistência adequada. Contudo, determinados cenários são caracterizados por

LA
grande quantidade de vítimas, que, juntamente com outros fatores associados,
demandam uma resposta dos órgãos de emergências que inclua quantidade

TA
considerável de recursos humanos e materiais.

PI
No Brasil, diversos exemplos desses cenários foram noticiados nos últimos
anos, a maior parte devido a intempéries climáticas. No Distrito Federal, um aci-

S
dente com ônibus deixou 14 mortos e 5 feridos em setembro de 2003. Em 2008,

HO
135 pessoas morreram vítimas de deslizamentos de terra em Santa Catarina.

PR SA
No incêndio da boate Kiss, Santa Maria/RS, 2013, foram 242 mortes mais 145

É-
pessoas hospitalizadas. Em junho de 2016, um acidente com ônibus que trans-
portava estudantes em São Paulo deixou 18 mortos e 28 feridos.

IA UI
NC SQ
Além da gravidade e vultuosidade, todos esses eventos apresentam como
característica a necessidade de grande resposta dos serviços de emergência,
tanto em nível pré-hospitalar, como também intra-hospitalar, bem como de

GÊ PE
órgãos de apoio. Entretanto, é fundamental que tal resposta seja empreendida
de maneira organizada, articulada e idealmente preestabelecida, por meio de

ER O E
planos de acionamento municipais ou estaduais. É frequente a realização de
simulados de preparação para incidentes com múltiplas vítimas organizados por
uma única instituição, quando a realidade mostra a necessidade de articulação
EM IN
interinstitucional desde o treinamento.
DEENS

Para gerenciamento da resposta às situações de emergências de grande


vulto, os órgãos no Distrito Federal utilizam o Sistema de Comando de Inci-
dentes (SCI), coordenado pela Secretaria de Segurança Pública. As ações do
SCI são baseadas num staff composto por um comando centralizado/unificado,
TO A

além de uma cadeia de divisão de responsabilidades: operações, planejamento,


EN IN

logística e finanças. Visto que diferentes órgãos poderão estar envolvidos, a efe-
tividade do emprego dos recursos, por meio do SCI, se baseia em terminologia
M TR

comum, comunicações integradas, comando unificado, alcance de controle, pla-


no de ação no incidente, instalações padronizadas, organização modular, cadeia
de comando e manejo integral dos recursos.
DI U
E N DO

Estrutura do Sistema de Comando de Incidentes


AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR

Fonte: SENASP/MJ – Curso Sistema de Comando de Incidentes


TR IAGEM DE VÍTIMA S
Triagem significa escolha. Em atendimento pré-hospitalar, triar é um pro-

R
cesso pelo qual se busca determinar qual paciente será atendido primeiro com

LA
base em sua gravidade. Escolher qual paciente tratar primeiro pode ser um desa-
fio para a equipe de socorristas. Quem atender, salvar primeiro? Em situações de

TA
normalidade, ou seja, ocorrências com poucas vítimas, já está pacificado que o
atendimento prioritário é para aquela vítima que apresenta maior gravidade. To-

PI
davia, em incidentes com múltiplas vítimas (IMV), onde a quantidade de recur-
sos é insuficiente para atender a todas, a prioridade passa a ser salvar aquelas

S
que apresentam maior chance de sobrevida e o maior número de pessoas.

HO
O método de triagem pré-hospitalar conhecido como Simple Triage and

PR SA
Rapid Treatment, START (Triagem simples e tratamento rápido) é amplamente

É-
utilizado e permite a triagem de uma vítima em até 1 minuto, utilizando como

IA UI
parâmetros a respiração, a perfusão e o nível de consciência. Dessa forma, con-
forme os achados clínicos de cada paciente na cena de emergência, o paciente

NC SQ
é classificado em:

• 1ª pr io ridade (Ve rme lh o ) – Pacientes que possuem condições

GÊ PE
ou lesões críticas, mas com boa chance de sobrevida. Necessitam de tratamento

INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS


e transporte imediatos.
ER O E
• 2 ª pr ioridade ( A mare lo ) – Pacientes, que apesar de alguma
EM IN

lesão grave, podem esperar o tratamento e o transporte. Não deambulam na


cena. Exemplo: Trauma de extremidades.
DEENS

• 3ª pr io ridade (Ve rde ) – Pacientes, que, mesmo com lesão,


deambulam na cena. Podem ser utilizados para funções de baixa complexidade
no atendimento, tal como auxílio no transporte, manutenção de abertura de via
TO A

aérea e pressão direta em ferimentos com hemorragia.


EN IN

• Sem prio ridade (Pre to) – Pacientes com pouquíssima chance


M TR

de sobrevida ou com morte evidente.


DI U

Uma vez no cenário do incidente, a primeira equipe de triagem solicita que


E N DO

as vítimas que puderem andar se dirijam para alguma área pré-determinada. É


importante que a área de concentração de vítimas seja montada o quanto antes,
certificando-se que as vítimas triadas como verde não fiquem próximas de víti-
AT DE

mas graves ou sem prioridade. As vítimas que permanecem na cena deverão ser
abordadas e ter sua respiração imediatamente verificada.
DE ÃO

Se a vítima não respira, suas vias-aéreas deverão ser posicionadas e caso


continue sem respiração espontânea, é considerada como sem prioridade e rece-
TOSEÇ

be a cor preta. Caso volte a respirar deve ser classificada como de 1ª prioridade
imediatamente. A frequência respiratória deverá ser aferida naquelas vítimas
que respiram espontaneamente. Indivíduos com respiração maior ou igual a 30
vpm são de 1ª prioridade e recebem a cor vermelha. Aqueles com frequência
respiratória menor que 30 vpm deverão ter seu estado circulatório verificado.
EN

A perfusão (estado circulatório) é verificada por meio do reenchimento


capilar ou pulso radial. Socorristas podem ter dificuldade em verificar a o reen-
AM

chimento capilar em indivíduos de pele negra e, nesse caso, o estado circulatório


é verificado por meio da palpação do pulso radial. Ambiente frios e escuros,
UP

também dificultam a verificação do reenchimento capilar. Vítimas com reenchi-


mento capilar maior que 2 segundos, ou pulso radial ausente, ou sangramento
ativo significativo, que deve ser controlado imediatamente, são de 1ª prioridade
GR

(vermelho). Vítimas que não apresentem anormalidades circulatórias, segundo


o método START, terão seus estados neurológicos avaliados.
A avaliação do estado neurológico se baseia no cumprimento de ordem
simples. Os que não cumprem ordem simples são de 1ª prioridade (vermelho) e
os que cumprem são de 2ª prioridade (amarelo). Perceba que as vítimas de 2ª
prioridade têm respiração e estado neurológico normais, mas por algum motivo,

R
normalmente um trauma de membro inferior, não deambulam.

LA
O ideal é que as vítimas, após triadas, tenham fixados em seus corpos

TA
um cartão de triagem. Esse cartão, além de identificar a prioridade da vítima,
dispõe de campos para preenchimento de informações importantes, tais como:

PI
nome, idade, localização de lesões, sinais vitais, drogas recebidas, órgão re-
sponsável pelo transporte e hospital de destino. Caso esses cartões não estejam

S
disponíveis, fitas coloridas deverão ser utilizadas e fixadas nas vítimas.

HO
PR SA
Algoritmo do método START

É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DE VÍTIMAS (ACV)
E

R
POSTO MÉDICO AVANÇADO (PMA)

LA
A ár ea de co nc e ntraç ão de vít imas ( A C V ) é um local dis-
posto na zona fria da cena de emergência na qual serão fixados pontos de

TA
recebimento de vítimas, segundo sua classificação na triagem. Nesse local as
vítimas receberão assistência, enquanto não se realiza o transporte. As zonas

PI
da ACV deverão ser coordenadas por um médico ou enfermeiro.

S
O post o m é dic o av anç ado ( P M A )

HO
é uma estrutura coordenada
por um médico e que engloba a ACV. O coordenador do PMA, tem, entre

PR SA
outras funções, a coordenação do fluxo de pacientes que entram e saem

É-
do PMA e manutençãodo contato direto com o médico regulador do posto

IA UI
médico de regulação (PMR) para estabelecimento da unidade de saúde de
destino.

NC SQ
GÊ PE

INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS


Modelo de estrutura do PMA e ACV
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
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AT DE
DE ÃO

Fonte: Prefeitura da cidade de São Paulo – SP, 2014


TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
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GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
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GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R

AFOGAMENTO
O QUE É

R
Afogamento é a dificuldade respiratória causada pela aspiração de líquido

LA
durante processo de imersão ou submersão. A Organização Mundial de Saúde
estima que o afogamento é responsável por cerca de 372.000 mortes anual-
mente em todo o mundo. Por serem mortes consideradas evitáveis, é funda-

TA
mental que medidas preventivas sejam fortemente implementadas, tais como
sinalização de locais de risco, presença de guarda-vidas em piscinas coletivas,

PI
cercamento de piscinas, supervisão de adultos, não saltar em locais rasos, etc.

S
O afogamento é uma importante causa de parada cardiorrespiratória

HO
(PCR). Um estudo apontou que apenas 0,8% dos afogados com PCR atendidos

PR SA
em um serviço de emergência apresentaram sobrevida com função neurológica

É-
preservada após 30 dias. Maior probabilidade de sobrevida é geralmente asso-

IA UI
ciada à temperatura da água. Tripton e Golden propuseram que a reanimação é
extremamente improvável quando houver submersão por tempo maior que 30

NC SQ
minutos em água com temperatura maior que 6º C e submersão maior que 90
minutos, com temperatura da água menor que 6º C.

GÊ PE
Em 1986, nos Estados Unidos, uma criança de 2 anos e meio de idade
sobreviveu, com função neurológica preservada, após reanimação e cuidados

ER O E
pós-PCR, mesmo ficando 66 minutos submersa em água com temperatura de
cerca de 5º C. No Brasil, Szpilman sugere que a reanimação deve ser tentada
quando o tempo de submersão for menor que 60 minutos e não houver sinal de
morte evidente.
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO

Cadeia de sobrevivência do afogamento


AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
CO M O R EC ONH EC ER E C O ND U TA

R
Durante o processo de afogamento, as vítimas costumam apresentar

LA
comportamento estereotipado, com pedidos de socorro e agitação na água, se-
guida por fadiga e submersões intercaladas. De toda forma, este capítulo não
tem por objetivo orientações de salvamento aquático, mas sim de assistência

TA
pré-hospitalar ao afogado em terra, ainda que ventilações de resgate possam ser
realizadas por guarda-vidas dentro da água. Para maior clareza da conduta que

PI
deve ser empregada, o afogamento é dividido em 6 graus, conforme descrito no
quadro abaixo.

S
HO
GRAU SINAIS E SINTOMAS CONDUTA

PR SA
Sem tosse, espuma na • Avaliar via-aérea.

É-
-- boca e/ou nariz ou difi- • Liberar do local.

IA UI
culdade respiratória.
• Repouso, aquecimento e medidas

NC SQ
que visem o conforto e tranquilidade
Tosse, sem espuma na do banhista.
1

GÊ PE
boca e/ou nariz.
• Sem necessidade de hospitaliza-

AFOGAMENTO E ACIDENTES DE MERGULHO


ção
ER O E
• Oxigênio nasal a 5 litros/min.
• Aquecimento corporal, repou-
Pouca espuma na boca
EM IN

2 so, tranquilização.
e/ou nariz
• Observação hospitalar por 6 a
DEENS

24 h.
• Oxigênio por máscara facial a 15
litros/min no local do acidente.
Muita espuma na boca e/
TO A

ou nariz. • Posição Lateral de Segurança sob


3
o lado direito.
EN IN

Pulso radial palpável.


• Internação hospitalar para trata-
M TR

mento em CTI.
• Oxigênio por máscara a 15 litros/
DI U

min no local do acidente.


E N DO

• Observe a respiração com atenção


Muita espuma na boca e/ - pode haver parada da respiração.
ou nariz. • Posição Lateral de Segurança so-
AT DE

4
Pulso radial não palpá- bre o lado direito.
vel. • Ambulância urgente para melhor
DE ÃO

ventilação e infusão venosa de líqui-


dos.
TOSEÇ

• Internação em CTI com urgência


• Reanimação respiratória.
5 Parada respiratória • Tratar como grau 4 após retorno
da respiração.
• Reanimação cardiorrespiratória
EN

Parada cardiorrespirató- (compressão/ventilação)


6
ria • Tratar como grau 4 após retorno
AM

da circulação.
Tempo de submersão
UP

maior que 60 minutos ou


-- • Não iniciar RCP
sinais de morte eviden-
GR

te.
Os cuidados relativos ao ABCDE devem ser mantidos. As maiores compli-
cações relativas ao afogamento são a parada respiratória e cardiorrespiratória.
Caso haja condições (dupla de guarda-vidas ou guarda-vida com material flu-
tuante), e se o tempo de retorno à área seca seja de 3 a 10 vezes maior que o

R
tempo de acesso à vítima, a parada respiratória deve ser identificada e venti-

LA
lações de resgate feitas ainda dentro da água. Deverão ser realizadas 10 ven-
tilações de resgate. Se não houver retorno da respiração, o guarda-vidas deve

TA
realizar o resgate o mais rápido possível para que a vítima possa receber RCP.

PI
Em área seca, a vítima deve ser posicionada paralela à agua. Desde 2010,
a sequência de atendimento para uma PCR foi alterada para CAB. Entretanto,

S
devido a etiologia da PCR (hipóxia) no afogamento, a abordagem da vítima deve

HO
seguir o ABC. A via-aérea deve ser posicionada e a ventilação verificada. Estan-

PR SA
do ausente a respiração, o socorrista deve executar 5 ventilações de resgate e

É-
em seguida checar o pulso. Caso exista pulso palpável, mas a respiração conti-
nua ausente, a reanimação respiratória deve ser continuada com a execução de

IA UI
10 a 12 ventilações/minuto, com checagem de pulso a cada 2 minutos.

NC SQ
Se a vítima apresentar PCR, a RCP deve ser executa da seguinte maneira:
30 compressões por duas ventilações (30x2) quando houver apenas 1 socorris-

GÊ PE
ta ou 15 compressões por 2 ventilações quando houver 2 socorristas (15x2). O
pulso deve ser checado a cada 2 minutos (5 ciclos e 30x2 ou 10 ciclos de 15x2).

ER O E
Assim como na RCP em paradas cardiorrespiratórias de outras etiologias, os
socorristas devem inverter suas funções a cada 2 minutos para manutenção da
qualidade das compressões torácicas. O resgate de uma vítima em afogamento
EM IN
pode ser fisicamente extenuante e implicar na qualidade da RCP. Por isso, sem-
pre que possível, a RCP deve ser feita por socorrista ou guarda-vida que não
tenha participado da retirada da vítima da água.
DEENS

O uso de desfibriladores externos (DEA) em afogado é controverso, já


que na maioria das vítimas de afogamento o ritmo encontrado na PCR é AESP
TO A

ou assistolia. Mesmo assim, como a PCR pode ter sido ocasionada por patologia
EN IN

diversa, e, a partir daí, gerado o afogamento, recomenda-se a utilização do DEA


em afogados. Caso a vítima esteja inconsciente, mas esteja respirando, clas-
M TR

sifique-a conforme o grau de afogamento, posicione-a lateralmente sob o ladro


direito e forneça o tratamento apropriado.
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
E N DO
DI U
M TR
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TO A
DEENS
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ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
S PI
TA
LA
R

AFOGAMENTO E ACIDENTES DE MERGULHO

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