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PRÉ-HOSPITALAR BÁSICO
SEÇÃO DE DOUTRINA, ENSINO E PESQUISA
R
e ininterrupta com a Atenção Básica (Unidades Básicas de Saúde e Estratégia
LA
de Saúde da Família), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e rede hospitalar.
TA
O Atendimento Pré-Hospitalar é a assistência oferecida ao indivíduo acom-
etido por quadros agudos de origem clínica, traumática, obstétrica ou em saúde
PI
mental fora do ambiente hospitalar e que devido a condição clínica apresentada
estão sob risco de morte ou sequelas. O APH é definido como fixo quando ofere-
S
cido por unidades ou equipes não hospitalares, tais como Unidades Básicas de
HO
Saúde, Unidades Não Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências
e equipes da Estratégia de Saúde da Família ou Programa de Agentes Comu-
PR SA
nitários de Saúde. Já o APH móvel é o atendimento que se desloca até a vítima e
É-
quem tem como serviços públicos aqueles realizados pelos Corpos de Bombeiros
IA UI
e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
NC SQ
No Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), relatos de
serviços de APH são observados ainda nos primórdios de sua implantação na
GÊ PE
capital federal, mas somente entre o final da década de 1980 e início da década
de 1990 é que se percebe essa modalidade de assistência de maneira estrutura-
da e orgânica, principalmente a partir da criação do primeiro curso de especial-
ER O E
ização em APH na corporação, o Estágio de Socorros de Urgência, em seguida
substituído pelo Curso de Socorros de Urgência em Atendimento Pré-Hospitalar
(CSU/APH). Um marco fundamental para a consolidação do APH como serviço
EM IN
ofertado pelo CBMDF foi à criação da 1ª e 2ª Companhias Independentes de
Emergência Médica (CIAEM e em seguida CIEM), o que atualmente é o Grupa-
DEENS
1991, incluído pela Lei Federal nº 12.086, de 2009 e que já em meados da déca-
da de 1990, a Lei Distrital nº 891, de 26 de julho de 1995, já atribuía ao CBMDF
a execução de atividades de Atendimento Pré-Hospitalar ao Trauma.
AT DE
PREVENÇÃO
AM
ACIONAMENTO DO
REFERÊNCIA
SERVIÇO
RESOLUTIVA
(CIADE, CENTRAL
UP
(CONFORME A
DE REGULAÇÃO
COMPLEXIDADE)
MÉDICA)
GR
RECURSOS
(HUMANOS E
MATERIAIS)
R
de socO profissional de atendimento pré-hospitalar é comumente denominado
LA
de socorrista. Ainda que frequentemente haja confusão entre os termos socor-
rista e emergencista, adotaremos o primeiro por ser o termo consagrado no
TA
serviço de APH. No CBMDF, socorrista é o profissional bombeiro militar capacita-
do e habilitado por meio de cursos de especialização e atualizações para realizar
atividades de atendimento pré-hospitalar em dois níveis de atuação:
PI
HO
cia (CTE) ou Curso de Socorros de Urgência em Atendimento Pré-Hospitalar para
viaturas do tipo C (UR) além de Curso de Técnico em Enfermagem, com registro
PR SA
em conselho de classe, para viaturas do tipo B.
É-
IA UI
• Auxiliar de guarnição: os que preenchem os requisitos para Re-
sponsáveis Técnicos, além dos possuidores do Curso de Atendimento Pré-Hospi-
NC SQ
talar Básico (CAPH-B ou APH-B).
GÊ PE
Assim como qualquer outro profissional, o socorrista deve possuir atrib-
utos específicos para o desempenho do APH. Dessa forma, espera-se do socor-
ER O E
rista:
PACIÊNCIA E EMPATIA
DEENS
Tais atributos criam condições mais propícias para que as ações desses profis-
sionais sejam orientadas com a mais profunda observância de direitos e deveres,
tanto os relativos à sua atuação, quanto os relacionados ao indivíduo atendido.
TO A
R
tos éticos sobre até onde o socorrista deve agir nesses casos, já que a natureza
LA
de urgência e emergências dos eventos possuem potencial risco de morte. Dessa
forma, é importante que sejam abordados conceitos de consentimento explícito
TA
e implícito.
PI
• Consentimento explícito: é o consentimento manifestado pelo paciente
quando goza em plenitude de suas faculdades mentais, ou, em casos de impos-
S
sibilidade, é manifestado por familiar ou responsável legal.
HO
PR SA
• Consentimento implícito: é implícito o consentimento inferido em
É-
situações de grave perigo à vida ou risco de lesões adicionais e sequelas, em
IA UI
condições de inconsciência, alteração mental e ainda quando o atendimento é
direcionado à menores sem a presença do responsável legal.
NC SQ
O socorrista, quando em atuação no Atendimento Pré-Hospitalar, também
está sujeito a observância de normas legais. Assim, poderá ser responsabilizado
GÊ PE
criminalmente quando agindo culposamente por imprudência, negligência ou
imperícia se o resultado for danoso ao paciente.
ER O E
Vale ressaltar ainda que culpa é a prática voluntária de uma conduta sem
a devida atenção ou cuidado da qual, deflui o resultado previsto na lei como
EM IN
crime, não desejado nem previsto, mas previsível. E dolo é a conduta intencional
de violar a lei por ação ou omissão com pleno conhecimento da criminalidade do
DEENS
lembrar que esse tipo de conduta está ligada a ação do agente que não tem
EN DO
R
LA
• Abandono de incapaz: Abandonar pessoa que está sob seu cuidado
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se
TA
dos riscos resultantes do abandono.
R ECU RS OS M AT ER I AI S
PI
PR SA
que os serviços coloquem à disposição dos socorristas equipamentos e materiais
É-
de qualidade e em quantidade suficiente. Para melhor apresentação dos recursos
IA UI
materiais, eles serão classificados conforme sua destinação
NC SQ
Eq uipame nto s de Pro teção I n dividu al ( E P I )
GÊ PE
Luvas (látex, couro) | Óculos de proteção | Máscara (cirúrgica ou N95)
Capacete | Joelheiras.
ER O E
Eq uipame nto s para av a liação do p acie n t e
EM IN
A OCORRÊNCIA
As urgências e emergências pré-hospitalares resultam em ocorrências,
que podem ser eventos de natureza acidental ou intencional, geradas por trau-
ma ou condição patológica capaz de causar sofrimento e risco de lesões, se-
quelas e morte. Ao ser acionada para responde-los, nem sempre temos a exata
R
informação sobre o que se trata ou a magnitude da cena de emergência. Assim,
LA
é de suma importância que determinadas informações sejam o quanto antes
confirmadas, tais como: local exato da ocorrência, com citação de pontos de
TA
referência, que auxiliem a localização; o tipo de emergência; número de vítimas
e gravidade presumida. Dessa maneira a equipe de socorro, durante o desloca-
PI
mento, será capaz de elaborar um planejamento prévio de suas ações iniciais.
S
Seja qual for a natureza da ocorrência (trauma ou clínico) para o Aten-
HO
dimento Pré-Hospitalar é imprescindível que a equipe de socorro empreenda
PR SA
ações que visem o gerenciamento da cena de emergência, com foco especial
para riscos potenciais para a segurança da equipe, da vítima e de terceiros. O
É-
socorrista pode se valer de fitas de isolamento, cones, meios de fortuna (gal-
IA UI
hos de árvores etc.) ou “cordão” humano. O importante é que crie uma área de
atuação segura e isolada da interferência de terceiros e que permita a atuação
NC SQ
e disposição de materiais. Em acidentes de trânsito ou eventos que envolvam
maior risco, a cena de emergência deve ser controlada a partir da divisão em
GÊ PE
três áreas distintas exemplificadas didaticamente da seguinte maneira:
ER O E
5 metros de raio. Nesse ambiente devem permanecer apenas bombeiros mili-
tares (APH, Salvamento e Combate a Incêndio) e outros profissionais atuantes
EM IN
no suporte direto à vítima, desde que autorizados. Sua delimitação é apenas
virtual, não sendo necessária a utilização de material de isolamento.
DEENS
Zona fria: segue o fim da zona morna até o mínimo de 5 metros de raio.
M TR
guir:
R
LA
Pistas sinuosa: quem trafega deve visualizar o primeiro cone de sinal-
ização antes mesmo de visualizar o acidente, mesmo que a distância ultrapasse
TA
o previsto para pistas retas.
PI
Aclive ou declive: seguem as mesmas orientações para pistas sinuosas
S
reforçando a necessidade de medidas de precaução, tal como a utilização de
freio motor e redução da velocidade em declives, tão logo se tome ciência do
HO
acidente.
PR SA
É-
Em outras condições adversas, tal como clima, a distância deve ser au-
IA UI
mentada o suficiente para que se ofereça condições de segurança. Observadas
todas essas condições e uma vez estabelecido o gerenciamento dos riscos, o
NC SQ
socorrista deve iniciar a avaliação do paciente.
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
A OCORRÊNCIA
TO A
EN IN
BIOMECÂNICA DO TRAUMA
A atuação da equipe de socorristas será facilitada à medida que sua con-
duta receba auxílio de conhecimentos oriundos de outros campos do saber, tal
como a física, principalmente quando se relaciona com o estudo do movimento
AR
e suas consequências por meio da mecânica. Dessa fusão de saberes, surge a
biomecânica do trauma, disciplina que busca estabelecer relação entre a apli-
cação de forças externas sobre o corpo humano e potenciais consequências
AL
danosas.
IT
Esse conhecimento adicional é de suma importância em qualquer evento
SP
relacionado ao trauma. A partir dele, o socorrista é capaz de inferir ou suspeitar
de possíveis lesões, tendo como ponto de partida da sua análise a apresentação
do cenário de emergência, tais como avarias e danos presentes em veículos,
HO
sinais de violência, etc. Para melhor compreensão, iniciaremos a abordagem do
PR SA
conteúdo com alguns conceitos da física aplicáveis à biomecânica.
É-
IA UI
LEIS E PRINCÍPIOS DA FÍSICA APLICADOS À MECÂNICA DO TRAUMA
NC SQ
Primeira Lei de Newton – o princípio da inércia
GÊ PE
Inércia é a resistência de um corpo para alterar seu estado de movimen-
to. Este princípio estabelece que, quando a resultante das forças externas que
ER O E
atuam sobre determinado corpo for nula, esse corpo permanecerá em repou-
so ou em movimento retilíneo uniforme. Em outras palavras, isso significa que
qualquer corpo em repouso permanecerá em repouso ou em movimento per-
EM IN
manecerá em movimento, a não ser que uma força atue sobre ele.
DEENS
F= m.a
AT DE
Sendo:
DE ÃO
m: a massa do corpo;
EN S
Vemos dessa maneira, que quanto maior a força resultante, maior será a
aceleração e quanto menor for a força, menor será a aceleração. Note também,
que se a inércia é tida como a resistência que um corpo apresenta para alterar o
M
seu estado de movimento, a segunda lei estabelece a massa como uma medida
A
AR
Princípio da Conservação da Energia
AL
Numa reação, a quantidade de energia não é criada ou perdida, mas sim
transformada (em outra forma de energia). Podemos nos valer nesse caso, de
IT
Lavoisier, que filosoficamente estabeleceu que “na natureza nada se cria, nada
se perde, tudo se transforma”.
SP
A energia cinética de um veículo em movimento, por exemplo, é transfor-
HO
mada em energia mecânica quando em uma colisão e, por sua vez, pode provo-
PR SA
car danos estruturais no veículo e ocupantes.
É-
IA UI
Transferência de energia
NC SQ
A compreensão dos mecanismos de transferência de energia entre corpos
é um fator de grande importância na avaliação da biomecânica dos traumas.
GÊ PE
Para isso abordaremos agora dois fatores fundamentais: densidade e superfície.
BIOMECÂNICA DO TRAUMA
EM IN
Superfície: a energia recebida pelo corpo, quando colide com algum ob-
jeto, depende da superfície atingida e também da energia do objeto agressor.
Objetos com superfícies maiores atingirão maiores áreas do corpo humano e vice
TO A
e versa.
EN IN
Primeiro impacto: é aquele que ocorre quando o veículo colide contra ob-
DE ÃO
AR
mento para baixo pante para baixo do • Extremidades inferiores
painel ou coluna de di- • Abdômen
reção • Coluna vertebral
AL
Traseira O corpo do ocupante se • Coluna vertebral
IT
desloca para frente e
provoca hiperextensão
SP
do pescoço
Lateral Rotação do corpo do • Face | • Crânio
HO
ocupante com colisão • Coluna vertebral
da cabeça contra par-
PR SA
tes internas
É-
Capotamento Mecanismos diversos • Lesões de difícil previsão
IA UI
Padrões de colisão
NC SQ
Mo to c ic le tas
GÊ PE
O aumento de automóveis em circulação nas grandes cidades colaborou
significativamente para que a opção por motocicletas crescesse no país. Esse
ER O E
panorama, aliado a uma precária educação no trânsito, fez com que os acidentes
envolvendo motociclistas aumentasse significativamente nos últimos anos, com
o número de óbitos passando de 1421 em 1996, para 14.666 em 2011. Assim
EM IN
como nos acidentes com automóveis, os com motocicletas apresentam padrões
de colisão e impacto, que não devem ser negligenciados pela equipe de socor-
DEENS
ristas:
inferiores, já que essa região fica comprimida entre a motocicleta e o objeto que
EN DO
a atinge lateralmente.
A tro pe lame n t o s
TO EÇ
Fase Descrição
A
AR
3ª fase po é lançado ao solo, com grande possibilidade de
lesão de cabeça e coluna cervical.
AL
4ª fase Possível atropelamento secundário.
Fases do atropelamento
IT
Quedas de nív e l
SP
HO
Nesses acidentes, os padrões de lesões são diversos, já que os impactos
podem ser múltiplos. É importante que o socorrista avalie a altura da queda, a
PR SA
superfície onde se deu o impacto e tente determinar qual a primeira parte do
É-
corpo tocou o solo:
IA UI
A vítima cai em pé: Primariamente sofre lesões de membros inferiores
NC SQ
(calcâneo, tíbia, fíbula, fêmur) e pelve; seguindo, secundariamente, de lesões
por compressão da coluna vertebral.
GÊ PE
A vítima cai sobre as mãos: maior frequência de lesões de membros su-
ER O E
periores (punho, rádio, ulna, úmero).
BIOMECÂNICA DO TRAUMA
EM IN
Explosõe s
Explosões ocorrem tanto de maneira acidental, como deliberada e volun-
TO A
lesões:
M TR
F er im ento s pe ne trante s
EN S
DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
São frequentes os acidentes com material biológicos com trabalhadores
da área de urgência em emergência. No pré-hospitalar, condições desfavoráveis
como situação da cena de emergência, permanência em ambientes reduzidos e
a pressão por um atendimento rápido são fatores predisponentes à ocorrência
AR
desses acidentes. Dessa forma, é necessário que gestores e profissionais as-
sistenciais dessa modalidade de atenção estejam imbuídos de comportamento
AL
promotor de segurança ocupacional.
IT
Para darmos continuidade à leitura, é necessária a compreensão de al-
guns conceitos. Vamos a eles:
SP
Contaminação: é a presença de agentes infecciosos em determinada
HO
superfície ou ambiente.
PR SA
É-
Contágio: é a transmissão de uma doença de um indivíduo para outro.
IA UI
Ou seja, é a transmissão de uma moléstia infecciosa de um doente para uma
pessoa sadia em relação àquela moléstia.
NC SQ
Infecção: é a invasão de microrganismos (vírus, parasitas, fungos ou
GÊ PE
bactérias) capazes de se multiplicar e desenvolver um estado patológico no or-
ganismo superior.
Sexual (esperma e
secreção vagina
DE ÃO
Leite materno
EN S
Sexual
Hepatite B HBV
Sangue (parenteral e
vertical)
M
Sangue, principalmente
por via parenteral
A
UP
Hepatite C HCV
É possível a transmissão
sexual e por leite mater-
GR
no
Modo direto: contato
pessoa a pessoa, por
meio de gotículas expel-
AR
idas ao falar, tossir ou
Influenza Vírus Influenza espirrar
AL
Modo indireto: contato
com secreções do doente
IT
Contato direto pessoa a
SP
pessoa, doente ou por-
Meningite bacteriana Haemophilus Influenzae
tador, por meio das vias
HO
respiratórias.
PR SA
Contato pessoa a pes-
M. tuberculosis (bacilo soa, principalmente por
É-
Tuberculose
de Koch) meio da fala, tosse ou
IA UI
espirro
NC SQ
Bi o s s eg u r a n ç a
GÊ PE
ER O E
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), biossegu-
DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
rança é a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destina-
das a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que
EM IN
possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. Para que tão
condição seja alcançada, é necessário que todos os envolvidos na assistência
DEENS
mova uma cultura de segurança no serviço. Para tanto, torna-se elementar que
qualquer que seja o atendimento, ele deve ser realizado com a utilização dos eq-
M TR
AR
Limpeza: é um processo antimicrobiano realizado para remover matérias
orgânicas ou sujeiras de artigos, dependências, equipamentos e instalações.
AL
Obrigatoriamente é o primeiro procedimento técnico para obter a desinfecção
e/ou esterilização. É realizado por meio da aplicação de força mecânica, com o
IT
auxílio de água, sabão e utensílios básicos de limpeza. É a etapa mais impor-
tante em qualquer processo de desinfecção ou esterilização, pois, se um artigo
SP
estiver com resíduos de matéria orgânica, não conseguirá ficar totalmente livre
de microrganismos por melhor que seja o processo de desinfecção/esterilização.
HO
PR SA
Desinfecção: processo de destruição de agentes etiológicos em sua for-
É-
ma vegetativa em superfícies e pela aplicação de meios físicos ou químicos. Os
IA UI
processos de desinfecção poderão ser realizados de forma concorrente ou termi-
nal. Na concorrente a desinfecção é feita logo após o atendimento do paciente
NC SQ
em todo o material exposto à matéria orgânica. Na terminal todo o recinto e
seus materiais são submetidos a desinfeção periodicamente.
GÊ PE
Esterilização: processo de destruição ou eliminação total de todas as
formas de vida na forma vegetativa e esporulada, por meios físicos ou químicos.
ER O E
As medidas de segurança e precauções universais a serem adotados por
todos os integrantes do serviço de APH são:
EM IN
DEENS
AR
Descartar materiais perfurocortantes em locais apropriados;
AL
Descartar resíduos infectantes de forma correta em local apropriado;
IT
Limpar e descontaminar aa viatura e materiais sob sua responsabilidade;
SP
Acondicionar corretamente materiais, equipamentos e lençóis sujos;
HO
Cuidar da limpeza de seu uniforme;
PR SA
É-
Abster-se de utilizar locais de uso comum (camas, sofás, cadeiras, etc)
IA UI
quando com o uniforme contaminado.
NC SQ
GÊ PE
ER O E
DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
Vacinas de realização e atualização obrigatórias para o socorrista.
EM IN
DEENS
ioprofilaxia deve ser iniciada o mais rápido possível após a exposição, sendo o
prazo máximo 72 horas. Após esse intervalo não há mais eficácia. A duração
AM
da quimioprofilaxia é de 28 dias.
UP
O CORPO HUMANO
Ainda que não se exija do socorrista básico conhecimentos aprofundados
de anatomia, é importante que se compreenda determinados conceitos anatômi-
cos, para assim aprimorar o atendimento e a comunicação de lesões. Este
R
capítulo tem por objetivo apresentar ao socorrista termos, posições e referências
anatômicas e divisão do corpo humano. Vamos a eles.
LA
TA
POSIÇÃO ANATÔMICA
PI
Qualquer que descrição a ser utilizada, o socorrista deve ter como referên-
cia a posição anatômica (Figura 10), descrita da seguinte maneira
S
HO
• Em pé, ereto, olhando para frente.
PR SA
É-
• Membros superiores pendentes ao lado do corpo com as palmas das
IA UI
mãos voltadas para a frente.
NC SQ
• Membros inferiores aproximados, pé voltados para a frente.
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
Posição Anatômica
AT DE
PLANOS ANATÔMICOS
DE ÃO
querdo.
EN
AM
UP
GR
Plano Medial
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
Plano Transversal Plano Frontal
ER O E
EM IN
TERÇO PROXIMAL
PROXIMA
DEENS
O CORPO HUMANO
TERÇO MÉDIO L
TERÇO DISTAL
TERÇO PROXIMAL
TERÇO MÉDIO
TO A
FALANGE
M TR
FALANGE MÉDIA
E N DO
TERÇO PROXIMAL
TERÇO MÉDIO
FALANGE DISTAL
TERÇO DISTAL
AT DE
Terços Anatômicos
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
Cabeça e Pescoço.
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
Tronco Humano.
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
CAVIDADES CORPORAIS
UP
Cavidade torácica
GR
R
LA
Órgãos: coração, pulmões (2), grandes vasos, parte da traqueia e parte
do esôfago
TA
Ossos: 12 pares de costelas, 1 esterno e 12 vértebras dorsais.
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
O CORPO HUMANO
TO A
EN IN
Cavidade Torácica.
M TR
Cavidade abdominal
DI U
QSD QSE
EN
AM
UP
QID QIE
GR
Cavidade Abdominal.
Cavidade pélvica
R
LA
Limite superior: Espinha ilíaca Antero superior
TA
Limite posterior: vértebras sacrais e cóccix
PI
Limite inferior: músculo do diafragma urogenital
S
HO
Órgãos: bexiga, reto e ânus; mulher: ovários, útero, Tubas uterinas; no
homem: próstata.
PR SA
É-
Ossos: 2 ossos ilíacos, 05 vértebras sacras unidas.
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
R
sanguínea pode ser avaliada pela oximetria de pulso.
LA
No APH, a oximetria de pulso permite ao socorrista a monitorização da
TA
saturação periférica de oxigênio (%SpO2) e a detecção de hipoxemia. É consid-
erado um método confiável de monitorização não invasiva, pelo qual se verifica o
PI
quanto a hemoglobina do sangue arterial periférico está saturada com oxigênio.
Embora apresente alguma variação de precisão, os valores obtidos pela oxime-
S
tria de pulso são considerados semelhantes aos obtidos por meio da gasometria
HO
arterial. As precauções a serem observadas para maior precisão na leitura do
PR SA
oxímetro estão descritas abaixo.
É-
Precauções Problemas que interferem na leitura
IA UI
• Use o equipamento • Os problemas mais comuns de uma leitura impre-
NC SQ
adequado ao paciente. cisas de SaO2 incluem:
• Verifique se o alinha- • Fazer a leitura com a viatura em movimento.
mento da luz do sensor • Sensores úmidos.
GÊ PE
esteja correto. • Colocar o sensor não adequado ao paciente.
• Evite colocar o sensor • Paciente em um quadro de hipotermia tendo uma
ER O E
em membro lesionado má perfusão ou vasoconstrição.
(ferimentos, edemas). • Anemia.
• Remova qualquer es- • Intoxicação por monóxido de carbono.
malte de unha ou outras EM IN
substâncias que possam
DEENS
estar presentes.
Precauções para a correta leitura da oximetria
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
Oximêtro de pulso
um procedimento que, embora pareça inofensivo, deve ser realizado com caute-
la para se evitar toxicidade e qualquer outro resultado deletério decorrente sua
utilização.
UP
R
LA
Evitar o contato com óleos ou graxas. Estes, com oxigênio em altas
concentrações, podem ocasionar uma combustão.
TA
PI
Evitar quedas do cilindro. Um impacto que rompa a válvula pode fazer
com que o cilindro seja impulsionado como um míssil.
S
Precações para a utilização do oxigênio
HO
Eq uipame nto do o x i gê nio
PR SA
É-
IA UI
É constituído por:
NC SQ
Cilindro de oxigênio com
sua válvula: oxigênio medic-
GÊ PE
inal é acondicionado em cilin-
Regulador de pressão
DEENS
ao paciente.
DI U
Equipamento de oxigênio
E N DO
TA
moldagem no rosto no paciente
e com válvula unidirecional e an-
PI
tirrefluxo.
S
HO
PR SA
É-
Máscara de RCP (Pocket Mask)
IA UI
NC SQ
Reanimador respiratório
GÊ PE
do tipo bolsa-valva-máscara
(BVM): constituído por uma bol-
sa reservatório de oxigênio, bol-
ER O E
sa flexível para ejeção manual do
ar, válvula unidirecional e antir-
EM IN refluxo e máscara.
DEENS
fluxos de oxigênio.
GR
TA
oxigênio, que sai seco do cilindro. Devido ao risco de
contaminação do frasco, a umidificação é utilizada com
PI
restrição no APH.
S
HO
PR SA
É-
Frasco umidificador
IA UI
NC SQ
GÊ PE
R
com movimentação de pacientes vítimas de trauma. É importante destacar, que
LA
a manipulação só deverá ser realizada quando houver justificativa para tal.
TA
Profissionais de APH tem o dever de realizar a manipulação e o trans-
porte de pacientes com excelência. Rolamentos, elevações, arrastamen-
PI
tos e outras mobilizações devem ser realizados com estrita observância das
técnicas preconizadas pelas instituições empregadoras. Neste capítulo, serão
S
abordadas as seguintes técnicas de manipulação: colocação do colar cer-
HO
vical, rolamentos de 90º e 180º, elevação a cavaleiro, extricação veicu-
PR SA
lar com o uso de colete de imobilização dorsal e extricação veicular rápida.
É-
Além da imobilização em prancha rígida longa para o transporte de pacientes.
IA UI
NC SQ
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO
C ol a r c er vical
GÊ PE
O colar cervical é um dispositivo de imobilização da coluna cervical. Pos-
ER O E
suem a capacidade de limitar a flexão do pescoço em até 90% e a movimen-
tação lateral e rotação em 50 %. A aplicação de um colar cervical não dispensa
a estabilização manual da coluna cervical. A estabilização manual só deverá ser
EM IN
retirada após a estabilização com estabilizadores laterais de cabeça na prancha
rígida. O colar cervical só não deverá ser aplicado quando houver orientação
DEENS
médica contrária.
R o l am en t o d e 90 º
DEENS
possuem lesões unilaterais (fraturas, entorses, luxações). Deve ser realizada por
EN IN
nº 1 e socorrista nº 2.
DI U
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
E N DO
1
2. O líder, após posicionar o braço do
paciente para o rolamento, se posi-
ciona na altura do tronco do paci-
EN
2
to, o socorrista nº 2 se posiciona na
altura dos membros inferiores com
uma das mãos segurando o quadril
e a outra no terço médio da perna
do lado oposto do paciente.
R
LA
4. Preconiza-se o comando: Atenção
TA
equipe (guarnição), todos prontos
3
para o rolamento de 90º? Após a
PI
resposta positiva comanda 1,2,3 e
S
então a equipe realiza o rolamento,
HO
em monobloco.
PR SA
É-
5. Enquanto o líder inspeciona e palpa
IA UI
toda a região dorsal e posterior dos
membros inferiores, o socorrista nº
NC SQ
2, sem sair de sua posição, traz a
GÊ PE
prancha para próximo do paciente.
ER O E
6. Para rolar o paciente para a prancha
preconiza-se a seguinte voz de co-
mando: Para o posicionar o paciente
EM IN
na prancham todos prontos? Ao
DEENS
do socorrista nº 1.
R ol a m en t o de 18 0 º
DI U
E N DO
Via de regra, o rolamento deverá ser realizado para o lado da nuca do paciente.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
DE ÃO
TOSEÇ
1
EN
2. O socorrista nº 1 posiciona-se no
mesmo alinhamento da prancha e
AM
da coluna cervical.
GR
R
e a raiz da coxa contrária.
LA
TA
4. O socorrista nº 2 se posiciona na
altura dos membros inferiores, no
PI
lado para onde se dará o rolamento.
S
Um de suas mãos segura o quadril
HO
e a outra o terço médio da perna
PR SA
3
contrária.
É-
IA UI
5. O socorrista nº 1 diz: Atenção para
o rolamento de 180º, tempo 1, to-
NC SQ
dos prontos? Nas respostas positi-
GÊ PE
vas, ele comanda 1,2,3 e é realiza-
4
de 90º ´realizado para posicionar
EM IN
prancha.
DI U
El e v a ç ã o a c a v aleir o
E N DO
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
TOSEÇ
1
e posiciona suas mãos de maneira a
GR
R
LA
4. O socorrista número 2 posiciona-se
TA
na altura da cintura pélvica do paci-
ente, sobrepondo-o, como um cava-
PI
2
leiro. Flexiona seus joelhos e apoia
S
com firmeza a cintura pélvica.
HO
PR SA
5. As vozes de atenção e comando são
É-
IA UI
executadas pelo líder. Atenção para
a elevação a cavaleiro, todos pron-
NC SQ
tos? Ao sinal de positivo, comanda
1, 2, 3 e a elevação é realizada em
3
GÊ PE
monobloco.
ER O E
R et i ra da de capacet e
EM IN
Capacetes não devem ser retirados no APH quando apresentar deformi-
DEENS
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
TO A
EN IN
2
DE ÃO
R
Embora tenha sido adaptado para outros tipos de imobilização, esse dis-
LA
positivo foi concebido para a extricação veicular, imobilizando toda a coluna ver-
tebral antes de se retirar a vítima do veículo. Seu uso se restringe a pacientes
não graves.
TA
PI
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
S
1. O socorrista nº 1 estabiliza a cabeça
HO
do paciente.
PR SA
É-
IA UI
2. O socorrista líder avalia vias-aéreas,
respiração, circulação e estado neu-
NC SQ
rológico.
GÊ PE
1
2
movimentação é realizada ao co-
M TR
mando do socorrista nº 1.
DI U
R
a colocação, o socorrista nº 1 volta
LA
a sua função inicial.
TA
5
9. A movimentação do paciente é feita
PI
pelas alças de sustentação, levan-
S
do-o até uma prancha rígida, com
HO
as pernas fletidas.
PR SA
É-
IA UI
10. O paciente deverá ser retirado pref-
erencialmente por trás, em linha
NC SQ
reta ou diagonal, evitando-se o giro
da coluna cervical.
GÊ PE
6
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
8 7
EN IN
M TR
C h a v e D e R aut eck
DI U
E N DO
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
DE ÃO
TOSEÇ
R
LA
4. Assegurada a firmeza da estabili-
TA
zação, o socorrista realiza uma ro-
tação do paciente, voltando-o para
PI
a porta do veículo.
2
S
HO
5. Com as pernas afastadas e flexio-
PR SA
nadas, realize um movimento de
É-
IA UI
elevação do paciente, utilizando
para isso a musculatura das coxas
NC SQ
(retorno do agachamento). Retire o
paciente e coloque-o em local se-
GÊ PE
5 4
EN IN
M TR
T ra n s po r te de pacien t es
DI U
E N DO
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
DE ÃO
TOSEÇ
ABORDAGEM DO PACIENTE
Qualquer que seja a urgência ou emergência a ser atendida, toda conduta
deverá ser precedida de uma avaliação criteriosa do paciente. É a partir dessa
avaliação que o socorrista investiga e identifica possíveis riscos à vida, para em
R
seguida empreender a assistência pré-hospitalar. No CBMDF essa assistência é
sistematizada por meio das avaliações primária e secundária do paciente.
LA
TA
Antes de iniciar seu atendimento, é fundamental, principalmente nos
eventos relacionados ao trauma e ao paciente clínico, que a equipe de socor-
rista gerencie os riscos da cena. Esse gerenciamento deve ser pautado em três
PI
dimensões: riscos para a equipe de socorro, para o paciente e para terceiros. O
atendimento não deve ser iniciado até que se consigam condições satisfatórias de
S
segurança. Durante o gerenciamento e dimensionamento da cena de emergên-
HO
cia, alguns elementos devem ser observados pela equipe de socorristas. São
PR SA
eles:
É-
IA UI
1. O evento condiz com o repassado?
NC SQ
2. É um evento clínico ou trauma?
GÊ PE
3. Qual a biomecânica envolvida? Ela é sugestiva de lesões?
ER O E
4. Qual o número de vítimas? São necessárias outras viaturas de APH no
local?
EM IN
5. São necessária viaturas de outras especializações no local?
DEENS
AVAL I A Ç Ã O PR I M ÁR I A
DI U
E N DO
mento em que o socorrista forma uma impressão geral do paciente, com atenção
voltada para as condições respiratórias, circulatórias e estado neurológico.
DE ÃO
orientação também dever ser verificada. Para isso, utilize o método mnemônico
LOTEP para verificar se o paciente está Lúcido e Orientado no Tempo, Espaço e
AM
Pessoa.
Verbal – caso o paciente não esteja alerta, um estímulo verbal deve ser
UP
R
esterno, por exemplo) podem ser inócuos.
LA
Inconsciente – pacientes que se apresentam inconscientes devem rece-
TA
ber cuidados imediatos direcionados à via-aérea, respiração, circulação e estado
neurológico.
PI
Para facilitar o aprendizado da avaliação primária, utilizaremos a sequên-
S
cia de prioridades ABCDE:
HO
A
PR SA
(Airway) – Via aérea e estabilização da coluna cervical
É-
B
IA UI
(Breathing) – Ventilação
NC SQ
(Circulation) – Circulação
GÊ PE
(Disability) – Estado neurológico
E
ER O E
(Exposition) – Exposição e Ambiente
ABORDAGEM DO PACIENTE
DEENS
IA UI
realizada pelo posicionamento dos dedos. C: mensuração com o paciente deitado. D: ajuste do
colar cervical
NC SQ
Re spi raç ão
GÊ PE
A avaliação da respiração se dá pela inspeção dos movimentos respiratóri-
os, observados através da elevação do tórax ou abdômen. Nesse momento a
ER O E
atenção se volta para a análise da qualidade e estimativa da frequência. Para
isso, alguns aspectos devem ser verificados:
EM IN
1. O paciente respira?
DEENS
Circ ul aç ão
TOSEÇ
R
4. O pulso radial está presente? Como está sua frequência e qualidade?
LA
Rápido, lento, cheio, fraco.
TA
PI
Embora ofereça um bom parâmetro do nível de consciência, o AVDI não
é um bom preditor do estado neurológico. Para isso, o socorrista deve utilizar
S
Escala de Coma de Glasgow.
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
ABORDAGEM DO PACIENTE
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
Fonte: http://www.romulopassos.com.br
E N DO
região onde se localiza a queixa, para assim melhor avaliar e tratar o problema.
Vestes só deverão ser retiradas caso de fato se vislumbre essa necessidade.
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
Escala de Dor
De c isão de tr an s p o r t e
NC SQ
GÊ PE
A avaliação primária e as intervenções dela decorrentes não devem ultra-
passar 10 minutos na cena de emergências. Essa tem sido uma decisão difícil
para a equipe de socorristas, com permanência prolongada na cena para que
ER O E
procedimentos não prioritários sejam realizados, atrasando dessa maneira o
transporte rápido para um hospital de referência para o tratamento resolutivo. O
socorrista deve ter a capacidade para decidir se após a avaliação inicial priorizam
EM IN
o transporte, ou permanecem na cena para a realização da avaliação secundária.
AVAL I A Ç Ã O SEC U ND ÁR I A
DEENS
Ex ame físic o
DI U
Cabeça e pescoço
AT DE
Tórax
UP
R
sinais de lesões;
LA
Palpação: palpe todos os quadrantes abdominais. A palpação não
TA
deve ser realizada quando houver objeto encravado no local.
PI
Pelve
S
HO
Realize pressão lateral;
PR SA
Pressione as vestes contra a pelve para investigar presença de san-
É-
gramentos ou priapismo (homem).
IA UI
Membros inferiores e superiores
NC SQ
GÊ PE
Inspecione e palpe cada membro investigando a presença de dor,
deformidade, ferimentos e crepitações;
ER O E
Avalie o pulso, perfusão, sensibilidade e motricidade local.
EM IN
ABORDAGEM DO PACIENTE
Dorso
DEENS
Sin a is Vi tai s
EN IN
iação primária, mas sem precisar quantificar suas frequências. Agora, serão no-
vamente avaliados, acrescentando-se à avaliação, a temperatura e a pressão
DI U
arterial.
E N DO
Temperatura
AT DE
R
o pulso radial;
LA
Avalie sinais e sintomas e a existência de fatores que influenciam a
TA
frequência e o ritmo (exercícios, posição, medicações, temperatura e idade);
PI
Coloque as pontas dos primeiros dois dedos (indicador e médio) de
sua mão no sulco ao longo do lado radial, ou seja, do lado do polegar no punho
S
do paciente. Estenda suavemente o punho do paciente com a palma da mão vi-
HO
rada para baixo até que você perceba a pulsação mais forte;
PR SA
É-
Faça uma pressão da artéria contra o osso rádio, inicialmente realizando
IA UI
uma pressão maior para depois diminuir a pressão, de forma que a pulsação se
torne facilmente palpável.
NC SQ
Após sentir um pulso regularmente, olhe para o relógio na outra mão e
GÊ PE
comece a contar a frequência.
ER O E
plique o total por dois.
EM IN
Se o pulso está irregular, tome a frequência durante 1 minuto. Avalie a
frequência e o padrão da irregularidade. Compare os pulsos radiais bilateral-
DEENS
mente
Frequência cardíaca - BPM
Idade
(batimentos por minutos)
TO A
Lactente 85 – 180
EN IN
Criança 80 – 140
M TR
Adulto 60 - 100
DI U
Frequência ventilatória
AT DE
Lactente 40 - 60
Criança 20 – 40
Adulto 12 - 20
Variações aceitáveis da Frequência Respiratória
R
Pressão arterial
LA
TA
Determine a necessidade de avaliar a pressão arterial, identificando
fatores de risco como condições clínicas ou lesão traumática;
PI
Obtenha a pressão arterial basal prévia do cliente, se disponível;
S
HO
Selecione um manguito adequado para cada paciente (tamanho), se
PR SA
possível;
É-
IA UI
Faça o paciente permanecer sentado ou deitado. Com ele sentado
ou deitado, posicione e examine o braço pesquisando alterações físicas e remova
NC SQ
roupas apertadas.
GÊ PE
Palpe a artéria braquial (braço) e coloque o manguito centralizado
acima da artéria. Posicione a seta marcada no manguito sobre a artéria.
ER O E
Localize novamente o pulso braquial ou o pulso radial. Palpe a
artéria enquanto infla o manguito rapidamente até o pulso desaparecer. Após o
desaparecimento do pulso, posicione o diafragma do estetoscópio sobre a artéria
EM IN
ABORDAGEM DO PACIENTE
braquial e infle mais 30mmHg. Solte lentamente o bulbo da válvula de pressão e
deixe a agulha do manômetro cair a uma taxa de 2 a 3 mmHg/segundo.
DEENS
An am n ese
EN
R
A anamnese pode ser orientada pelo método mnemônico SAMPLA, dire-
LA
cionando as perguntas para o histórico de saúde.
TA
Sintomas: quais são os sintomas relatados? Qual a queixa principal?
PI
Alergias: pergunte por alergias, principalmente a medicamentos.
S
Medicações: o paciente faz uso de medicações?
HO
PR SA
Passado médico: possui histórico médico condizente com a queixa atual?
É-
Cirurgia recente?
IA UI
Líquidos e alimentos: pesquise se o paciente ingeriu líquidos ou alimentos
NC SQ
recentemente. Essa condição pode aumentar o risco de vômito e aspiração.
GÊ PE
Ambiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de
emergência.
ER O E
Transpo r te e re avaliação
EM IN
Pacientes com suspeita de lesão na coluna vertebral devem ser transpor-
tados, imobilizados em uma prancha rígida. Pacientes clínicos com dispinéia,
DEENS
CHOQUE CIRCULATÓRIO
O que é
R
O choque é uma falha circulatória grave, que acarreta circulação san-
LA
guínea sistêmica insuficiente e morte celular. À medida que não é contro-
lado, o choque causa um colapso no organismo, levando à falência gradual
dos órgãos.
TA
Para que ocorra uma circulação sanguínea efetiva, é necessário que
PI
haja bom funcionamento do coração, volume sanguíneo adequado e vasos
S
com pressão sanguínea suficiente. Qualquer que seja o agravo em um dess-
es componentes, o resultado é o desequilíbrio da circulação, que, conforme
HO
o dano, assume proporções gravíssimas e leva ao óbito.
PR SA
É-
Conforme a sua etiologia (origem), o choque circulatório é classifica-
IA UI
do em:
NC SQ
Cho que hi po vo lê mico : diz respeito ao volume de líquido cir-
culante. Nesse caso, indica baixo volume. É subdivido em:
GÊ PE
Choque hemorrágico: é o choque mais presente no trauma. Até de-
ER O E
terminado volume de sangue perdido, o organismo é capaz de utilizar me-
canismos compensatórios para retardar a evolução do choque. Entretanto,
quando a perda sanguínea é elevada, o organismo entra em colapso.
EM IN
Choque não hemorrágico: é o resultado de intensa perda de líqui-
DEENS
vido em:
tensão nas regiões abaixo da lesão. É mais comum no trauma, porém pode
ser resultado de acidentes em induções anestésicas.
GR
Co m o rec on h ec er
R
LA
Devido à sua gravidade, o choque circulatório deve ser rapidamente iden-
tificado no ambiente pré-hospitalar, para que dessa maneira as condutas ap-
TA
ropriadas sejam empreendidas o quanto antes e o transporte ao hospital de
referência providenciado precocemente.
PI
No geral, as manifestações clínicas do choque são semelhantes, indepen-
S
dentemente de sua etiologia, já que o resultado envolve má circulação em todos
HO
os casos. Contudo, alguns choques apresentam sinais específicos.
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
CHOQUE CIRCULATÓRIO
DEENS
TO A
Co n du t a
M TR
DI U
R
Pressão direta sobre o ferimento: pressão realizada com a mão enluvada
LA
ou em associação com gazes, diretamente sobre o ferimento (figura 34). É a pri-
meira técnica que deve ser realizada. Deve ser realizada com pressão suficiente
para a contenção da hemorragia. Em caso de múltiplos ferimentos ou quando
TA
seja necessária a realização de outros procedimentos, curativos compressivos
poderão ser utilizados.
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
Pressão direta sobre o ferimento Curativo compressivo
ER O E
To rnique te : somente deve ser utilizado quando o sangramento não
for controlado com a pressão direta. É uma técnica agressiva e por isso deve ser
EM IN
realizada com cautela, e por pessoal treinado. Consiste em um laço que é torcido
por um bastão, até que a hemorragia seja controlada. A técnica de realização é
descrita abaixo.
DEENS
TO A
EN IN
O socorrista deve torcer o bastão até que haja o controle da hemorragia e en-
tão fixá-lo. Não desfazer a torção após o controle da hemorragia.
Anote a hora de realização no torniquete realizado;
DE ÃO
Precauções
Torniquetes distais à lesão não deverão ser aplicados;
Não utilize cadarços, cordões ou outros materiais estreitos;
Uma vez controlada a hemorragia, a torção do torniquete deve ser interrom-
pida;
EN
HO
S PI
TA
LA
R
CHOQUE CIRCULATÓRIO
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
R
um ferimento para proteger, mantê-lo limpo ou deter a hemorragia.
LA
Alguns tipos de compressas são:
TA
Absorvente _______________________________________________
PI
Anti-séptico _______________________________________________
S
HO
Atadura
PR SA
É-
Faixa de tecidos, gaze, crepom, elástica, que tem como finalidades:
IA UI
NC SQ
• Exercer pressão sobre uma parte do corpo;
GÊ PE
• Imobilizar uma região;
ER O E
Curativo
EM IN
É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma
DEENS
4. Assegure que o curativo esteja firme e fixo, mas não tão apertado a ponto de
GR
afetar a circulação.
R
7. Evite cobrir as extremidades dos dedos.
LA
Ferimentos em tecidos moles
TA
São lesões que ocorrem em todos os tecidos moles do corpo, comumente
PI
causadas por trauma.
S
Classificação dos ferimentos
HO
PR SA
fechado | aberto
É-
IA UI
Ferimento fechado
NC SQ
É aquele onde não existe uma perda da continuidade da superfície cutânea.
GÊ PE
Geralmente é causado pelo impacto de um objeto contundente.
ER O E
Ferimento aberto
GR
_______________________________________________________________
R
_______________________________________________________________
LA
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
TA
_______________________________________________________________
PI
_______________________________________________________________
S
Tratamento pré-hospitalar
HO
PR SA
1. Use EPI (biossegurança)
É-
IA UI
2. Verifique se a cena está segura
NC SQ
3. Exponha o ferimento. Retire a roupa que esteja sobre e ao redor do
ferimento. Não retire a roupa, passando-a por cima da cabeça ou das extremi-
GÊ PE
dades. O melhor método é simplesmente levantar e retirar a roupa ou cortá-la
longe do local do ferimento, de acordo com o protocolo local. Evite agravar os
ferimentos do paciente
ER O E
4. Não lave, limpe a superfície do ferimento retirando apenas o excesso.
EM IN
5. Controle hemorragias. Inicie com pressão direta.
DEENS
9. Trate o choque
Pérfuro-cortante
TOSEÇ
Objeto encravado
AM
1. Não o remova.
UP
2. Controle hemorragias.
GR
3. Estabilize o objeto .
2. Recoloque a pele.
R
LA
3. Controle hemorragias.
TA
4. Cubra o ferimento.
PI
Mutilação (amputação traumática)
S
HO
1. Controle as hemorragias e previna o choque.
PR SA
É-
2. Cubra as partes amputadas com curativos, limpe e as mantenha
refrigeradas.
IA UI
NC SQ
3. Guarde e conduza as partes amputadas junto com o paciente até
o hospital.
GÊ PE
Feridas abertas no abdômen
ER O E
Tratamento pré-hospitalar
AM
R
5. Não tente limpar a superfície de uma ferida no couro cabeludo. Com frequên-
LA
cia, isso é causa de hemorragia adicional, agrava lesões e provoca muita dor
caso exista uma fratura do crânio.
TA
6. Não aplique pressão no ferimento se existir a possibilidade de uma fratura no
PI
crânio.
S
Ferimentos nos olhos
HO
PR SA
Tratamento pré-hospitalar
É-
IA UI
1. Use EPI (biossegurança).
NC SQ
2. Verifique se a cena está segura.
GÊ PE
3. Não exerça pressão direta sobre os olhos.
ER O E
4. Caso encontre um objeto encravado ou ele encontra-se protruso, deverá:
EM IN
não remover os objetos.
DEENS
fazendo isso.
M TR
5. Trate o choque.
DI U
Considerações especiais:
R
LA
Por luz (radiação). A “cegueira da neve” e a “cegueira do soldador” são
dois exemplos.
TA
Cubra ambos olhos com material escuro, mantendo as pálpebras fecha-
PI
das. Caso não haja, use vários curativos ou vende e coloque uma capa de mate-
rial opaco, como um plástico escuro.
S
HO
Por substâncias químicas nos olhos: Muitas substâncias químicas podem
PR SA
causar sério dano aos olhos.
É-
IA UI
1. Enxague os olhos com água abundante dependendo da substância. Não at-
rase o cuidado tentando encontrar água estéril. Use qualquer fonte de água boa
NC SQ
para beber. Se for possível, mantenha um jorro constante por, pelo menos, 20
minutos.
GÊ PE
2. Depois de lavar os olhos, com as pálpebras do paciente fechadas, aplique um
curativo frouxo e úmido. ER O E
TRAUMA EM EXTREMIDADES
O QUE É
R
Os traumas em extremidades (membros superiores e inferiores) são
LA
lesões muito comuns no cenário pré-hospitalar. Fraturas, luxações e entorses
ocorrerão conforme a energia envolvida no trauma. Mesmo que muitas dessas
lesões sejam de fácil reconhecimento, devido à forma como se apresentam, em
TA
outras ocasiões suas confirmações só ocorrerão por meio de exames de imagem,
fato que não deve implicar em assistência negligenciada.
S PI
Fratura é a ruptura total ou parcial de um segmento ósseo (úmero, rá-
dio, ulna, tíbia, fíbula, fêmur, etc.). Ela é fechada quando ocorre associada a
HO
ferimento fechado, ou seja, não há visualização direta do osso fraturado, sem o
PR SA
rompimento da pele. A fratura é aberta, ou exposta, quando está presente um
É-
ferimento aberto, por onde é possível visualizar o osso fraturado, ou seja, a in-
IA UI
tegridade da pele é comprometida.
NC SQ
Luxações e entorses são lesões que ocorrem em articulações (punho,
cotovelo, ombro, joelho e tornozelo). Podem ou não ocorrer associadas a fratu-
GÊ PE
ras. Luxação é o desalinhamento das extremidades ósseas em uma articulação,
tendo como consequência a perda do contato entre as superfícies articulares. A
entorse é a distensão brusca de uma articulação, além do seu grau normal de
ER O E
amplitude.
C OM O R EC O NH EC ER
EM IN
DEENS
nitude de uma fratura, por exemplo, por vezes não determina a gravidade da
E N DO
de choque?
EN
AM
UP
GR
R
A não ser que o trauma na extremidade ocasione uma condição clínica
LA
grave, como grande perda sanguínea, por exemplo, o socorrista deve ter sua
atenção voltada para problemas prioritários relacionados às vias-aéreas, respi-
ração, circulação e estado neurológico.
TA
A biomecânica envolvida deve ser considerada na investigação de agravos
PI
adicionais. O socorrista deve proceder a avaliação do paciente e tratar a lesão
S
na extremidade em momento apropriado. Em muitas situações, a equipe de so-
corristas reduzida pode ser um obstáculo para a imobilização ainda na cena de
HO
emergência.
PR SA
É-
Quando for possível, recomenda-se que o tratamento das lesões nas ex-
IA UI
tremidades seja realizado ao final da avaliação primária, logo após a exposição
do paciente e a identificação de lesões a partir da queixa principal. Lesões adi-
NC SQ
cionais poderão ser identificadas no exame físico detalhado, durante a avaliação
secundária.
GÊ PE
A imobilização provisória de membros fraturados, luxados ou com entors-
es tem o potencial de minimizar a dor, restabelecer a função vascular, além de
ER O E
prevenir lesões adicionais e o agravo das já existentes. Embora as imobilizações
possuam variações na sua forma de execução, alguns princípios devem ser se-
TRAUMA EM EXTREMIDADES
guidos:
EM IN
DEENS
lesionado;
M TR
da;
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
R
LA
O trauma cranioencefálico (TCE) é aquele localizado no crânio e en-
TA
céfalo. O TCE é causa de elevada mortalidade pré-hospitalar. As lesões neu-
rológicas decorrentes devem ter seu avanço interrompido por uma abord-
agem otimizada por parte da equipe de socorristas, com reconhecimento
PI
e intervenções precoces e priorização do transporte para um hospital de
S
referência. Embora mereça sempre grande atenção, nem todo trauma cra-
niano acarreta lesão encefálica.
HO
PR SA
O crânio é especialmente constituído para proteger o encéfalo. É for-
É-
mado em sua maior parte por ossos espessos e fundidos em uma única es-
IA UI
trutura. Algumas regiões cranianas, como a temporal e etmoidal, são mais
delgadas e, por isso, são mais propícias a fraturas. As fraturas cranianas
NC SQ
podem ser fechadas e abertas. Nas fraturas fechadas não ocorre exposição
do conteúdo craniano enquanto das abertas, é possível visualizar meninges
GÊ PE
e o encéfalo.
ER O E
gia são capazes de gerar lesões encefálicas catastróficas. Do ponto de vis-
ta fisiopatológico, as lesões encefálicas são consequência tanto do trauma
encefálico direto (contusões, hemorragias) como também do agravo se-
EM IN
cundário ocasionado por isquemia, hipóxia, edema, hipertensão intracra-
niana ou condições fisiológicas sistêmicas capazes de agravar a o estado
DEENS
neurológico.
CO MO RECO NH EC ER
TO A
EN IN
cluem:
DI U
• Deformidade no crânio;
TOSEÇ
• Sinais de contusão;
• Pupilas assimétricas;
EN
• Hematoma periorbitário;
UP
R
ento da consciência ou um estado de inconsciência podem ser decorrentes de
LA
hipóxia cerebral. A permeabilidade das vias-aéreas e a capacidade do paciente
de mantê-las permeáveis devem ser prontamente avaliadas. Se necessário, as
TA
vias-aéreas devem ser mantidas abertas com manobra apropriada, com cuidado
especial com a estabilização (manual e colar cervical) da coluna cervical. Lesões
PI
na face frequentemente causam sangramento na cavidade oral e por isso, a as-
piração deve ser considerada nesses casos.
S
HO
Como visto, a hipóxia é causa de lesão encefálica secundária. Desse
modo, é essencial que a função respiratória seja avaliação, incluindo a frequência
PR SA
respiratória, profundidade e efetividade da respiração, bem como a presença de
É-
lesões torácicas que possam prejudicar a respiração. A oximetria de pulso deve
IA UI
ser realizada e oxigênio suplementar oferecido em alta concentração (10 – 15 L/
min) se a %SpO2 estiver menor que 95%.
NC SQ
É comum que o TCE é acompanhado por choque circulatório. Na avaliação
GÊ PE
da circulação, sinais de choque devem ser precocemente identificados. A hipo-
tensão sistêmica decorrente do choque causará diminuição do fluxo sanguíneo
O QU E É
GR
R
LA
As principais causas de lesões medulares no Brasil são as quedas, aci-
dentes automobilísticos e com motocicletas, armas de fogo e acidentes de mer-
TA
gulho. Ainda que pacientes vítimas de algum trauma possam não apresentar
lesões vértebro-medulares aparentes, a equipe de socorrista deve sempre con-
PI
siderar a biomecânica e energia envolvida no trauma.
S
HO
Desse modo, pacientes que tenham recebido impacto significativo na
cabeça ou coluna vertebral, aceleração ou desaceleração bruscas, quedas de al-
PR SA
turas significativas ou trauma por mergulho em águas rasas devem ter a coluna
É-
vertebral imobilizada.
IA UI
CO M RECO NHEC ER
NC SQ
Energias altas o suficiente para produzir lesão vértebro-medular são ca-
GÊ PE
pazes também de gerar outros tipos de lesões graves e por isso esse possível
panorama deve ser considerado pela equipe de socorristas. Como visto, em
determinadas situações, tais como recebido impacto significativo na cabeça ou
ER O E
coluna vertebral, aceleração ou desaceleração bruscas, quedas de alturas sig-
nificativas ou trauma por mergulho em águas rasas, a lesão vértebro-medular
deve ser considerada. EM IN
DEENS
sinais e sintomas:
EN IN
• Esforço respiratório;
DI U
E N DO
• Priapismo;
TOSEÇ
CO NDUTA
EN
R
Após identificar e tratar anormalidades de potencial risco a vida, outras
LA
lesões, tais como fraturas devem ser identificadas de tratadas. Por se tratar de
trauma vértebro-medular, o foco volta-se nesse momento para a manipulação e
imobilização da coluna vertebral. Paciente com esse tipo de lesão somente de-
TA
vem ser manipulados por equipe treinada. Nesses casos, após a escolha da ma-
nipulação mais adequada para o caso, o paciente deve ter sua cabeça, pescoço,
PI
tronco, quadril e membros totalmente imobilizados em prancha rígida.
TR A U M AT I S M O T O R ÁC I C O
S
HO
PR SA
O QU E É
É-
IA UI
A caixa torácica abriga grandes vasos sanguíneos, órgãos e componentes
NC SQ
fundamentais do sistema cardiovascular e respiratório. Desse modo, traumatis-
mos torácicos tem o potencial de gerar graves prejuízos à circulação, ventilação
e oxigenação do ser humano. Por ser uma caixa óssea com grande revestimento
GÊ PE
muscular, lesões em órgãos torácicos normalmente são causadas por impactos
de grande energia.
uma costela
Dor local
E N DO
Hipersensibilidade
Dispneia
AT DE
Respiração superficial
Tórax instável Fratura de duas ou mais cos- Dor intensa
DE ÃO
Hipóxia
Movimento torácico parodoxal
Pneumotórax Fechado: Presença de ar Dor
no espaço pleural decor- Dificuldade respiratória
EN
Aberto: Presença de ar no
espaço pleural decorrente Ferimento aspirativo no tórax
de ferimento aberto. Timpanismo torácico
UP
R
Sinais de choque hipovolêmico
LA
Murmúrio vesicular diminuído.
Abafamento de sons à percus-
TA
são torácica
Ta m p o n a m e n t o Presença de líquido no Dor torácica
PI
cardíaco saco pericárdico Abafamento de bulhas
S
Turgência jugular
HO
Hipotensão
PR SA
Caracterização dos traumatismos torácicos
É-
CO NDUTA
IA UI
NC SQ
Os mecanismos do trauma torácico devem ser considerados na avaliação
do paciente. Por se tratar de um trauma com impactos significativos na venti-
GÊ PE
lação, oxigenação e circulação, a avaliação primária deve ser priorizada.
ER O E
ter sua permeabilidade mantida por meio de manobra para trauma. A oxime-
tria de pulso pode evidenciar má oxigenação. O oxigênio suplementar deve ser
oferecido caso a %SpO2 esteja em níveis inadequados (>95%) ou o paciente
EM IN
apresente sofrimento respiratório.
DEENS
R
LA
O trauma abdominal é uma das principais lesões identificadas em vítimas
TA
de agravos por causas externas, principalmente decorrentes de acidentes de
trânsito e perfuração por armas brancas e de fogo. Embora as estatísticas de
lesões abdominais sejam imprecisas, é sabido que essa lesão é uma das princi-
PI
pais causas de morte no trauma, principalmente devido ao choque decorrente
S
da perda sanguínea.
HO
A lesão de órgãos sólidos e muito vascularizados como o fígado e baço e
PR SA
também de grandes vasos (aorta abdominal, principalmente), gera sangramento
É-
intenso, que pode culminar em choque hipovolêmico. Já o conteúdo dos órgãos
IA UI
ocos (estômago, intestino), quando em contato com a cavidade abdominal
provoca inflamação do peritônio (peritonite) cujo os sinais e sintomas podem ser
NC SQ
percebidos no exame físico.
GÊ PE
Além do choque hemorrágico gerado pela perda sanguínea maciça, o
acúmulo de líquidos na cavidade abdominal aumenta muito a pressão interna
fechado pode ser de difícil identificação. Dessa forma, é fundamental que o socor-
rista tenha especial atenção com a biomecânica envolvida. Assim, é necessária
a verificação de informações quanto ao tipo de colisão, utilização de cintos de
segurança e magnitude dos danos.
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
CO NDUTA
GÊ PE
Muitas situações que envolvem trauma abdominal estão associadas a ten-
tativas de homicídios, onde o risco de novas agressões, inclusive à equipe de
ER O E
atendimento, é iminente. As complicações relacionadas a via aérea, respiração e
circulação deverão ser prontamente verificadas. O choque circulatório predispõe
alterações nas funções respiratória, cardiovascular e no estado neurológicos.
EM IN
Dessa maneira o socorrista deverá intervir rapidamente em potenciais ameaças
à vida.
DEENS
lar, mas sim estabilizados para evitar maiores agravos durante o transporte. O
choque de origem inexplicada também deve levar o socorrista a suspeitar dessa
lesão. Nesse caso, o abdome deve ser exposto (vestes retiradas), inspecionado
DE ÃO
A não ser que a situação exija, a avaliação secundária deverá ser realiza-
AM
R
• Não retirar objetos encravados. • Não tentar recolocar as vísceras
Tentar estabilizá-los; na cavidade abdominal;
LA
TA
• Se houver sangramento ativo ao • Cobrir as vísceras com curativo
redor do objeto, realizar pressão di- (limpo ou estéril) umedecidos com
reta com a mão ou compressa em solução salina e sem seguida reve-
PI
volta do ferimento; stir com material plástico ou pedaço
da manta aluminizada;
S
HO
• Não realizar palpação abdominal.
• Realizar curativo sanfonado.
PR SA
• Oferecer suporte emocional.
É-
• Oferecer suporte emocional.
IA UI
NC SQ
GÊ PE
QUEIMADURAS
O QUE É
R
Queimaduras variam desde aquelas com menor gravidade, até as que
LA
causam grandes repercussões sistêmicas. No geral, apenas as queimaduras
mais extensas requerem cuidados das equipes de atendimento pré-hospitalar.
Com frequência, a pele é o órgão humano mais atingido pelas queimaduras.
TA
A pele desempenha importantes funções no corpo humano, tais como
PI
proteção, termorregulação, sensibilidade, excreção e metabolismo. Ela é consti-
S
tuída por duas camadas: a epiderme e a derme. A epiderme, uma região avascu-
larizada e formada por epitélio estratificado, é a camada mais externa. A derme,
HO
a segunda camada da pele, é mais espessa e é formada por tecido conjuntivo,
PR SA
colágeno e elastina.
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
C OM O R EC O NH EC ER
M TR
da derme. Além da dor local e vermelhidão, são caracterizadas por bolhas. Nas
queimaduras de 2º grau superficiais, as bolhas têm a base rósea e úmida. Nas
TOSEÇ
corpo são representadas por áreas de 9% de superfície corporal. A regra dos nove
é especialmente importante para se determinar o volume de líquido que deverá ser
GR
R
Cabeça e pescoço 9 18
LA
Tronco anterior 9 9
Tronco posterior 9 9
TA
Membros superiores 9 (cada) 9 (cada)
Membros inferiores 18 (cada) 14 (cada)
PI
Incluído nos membros
Genitais 1
S
inferiores
HO
Regra dos nove
PR SA
São fatores para se determinar a gravidade de uma queimadura:
É-
IA UI
• Extensão e profundidade da queimadura;
NC SQ
• Idade menor que 3 anos ou maior que 65 anos;
GÊ PE
• Lesão em vias-aéreas;
ER O E
• Traumas ou doenças associadas;
EM IN
• Áreas especiais.
DEENS
Áreas especiais: olhos, orelhas, face, pescoço, mão, pé, grandes articulações e
QUEIMADURAS
região genital.
O Q U E FA Z ER
TO A
EN IN
deve ter especial atenção com a segurança da cena. A fonte de calor, o agente
químico, radiação e a fonte de eletricidade são fatores de grande risco e por
DI U
isso devem ser gerenciados e controlados pela equipe. Ainda nesse sentido, o
E N DO
agende causador deve ser eliminado. O calor deve ser interrompido, roupas com
substâncias químicas devem ser retiradas com cautela e proteção, e o corpo do
paciente lavado com água em abundância de maneira a se eliminar todos os
resquícios.
AT DE
R
Verificadas as condições de ameaça grave à vida, é hora de retirar todas
LA
as vestes (aquelas não aderidas à pele) do queimado a fim de identificar o máx-
imo possível de lesões e dispensar as condutas específicas, tais como:
TA
Q ue imaduras t é rmicas
PI
• Interrompa o processo de queimadura;
S
HO
• Anéis, braceletes, pulseiras, brincos e cintos são fontes de calor e por
PR SA
isso devem ser retiradas a fim de se interromper o processo de queimadura.
É-
IA UI
• Caso seja uma queimadura menor (menor que 10% em crianças ou 20
% em adultos), irrigue toda a área queimada com soro fisiológico com água com
NC SQ
temperatura ambiente.
GÊ PE
• Queimaduras de maior extensão e gravidade não deverão ser irrigadas
devido ao risco de hipotermia.
ER O E
• Cubra todas as lesões com curativo limpo ou estéril.
EM IN
• Controle a temperatura corporal com a utilização de lençóis ou cober-
tores aluminizados.
DEENS
• Toda a extensão lesionada deve ser coberta com curativo limpo ou es-
téril;
AT DE
Po r radi aç ão
• Acione imediatamente equipe especializada em produtos perigosos;
EN
Po r e l e tric idade
GR
R
vítima;
LA
• Fique atento a possível parada respiratória ou cardiorrespi-
TA
ratória. Nesses casos, inicie imediatamente manobras de reanimação;
PI
• Cubra toda a extensão de ferimentos com curativo limpo ou es-
téril.
S
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
QUEIMADURAS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
INTOXICAÇÕES
O QUE É
R
Intoxicação é o prejuízo causado em sistemas orgânicos (nervoso, respi-
LA
ratório, cardiovascular, etc.) devido à absorção de alguma substância. Enquanto
algumas substâncias são capazes de causar efeitos deletérios com doses mín-
imas, para outras a intoxicação só ocorre a partir de quantidades maiores. As
TA
intoxicações podem ocorrer por ingestão, injeção, inalação ou contato.
PI
Em 2013, foram registrados 42.128 casos de intoxicação humana no Bra-
S
sil. Com exceção das categorias alimentos, abuso de drogas e intoxicação por
contato com animais, a maior parte dos casos ocorre na faixa-etária entre 1 e 4
HO
anos. Ressalvadas as intoxicações por álcool, que ocupam um caso à parte, nos
PR SA
adultos o maior número de registros está nas intoxicações medicamentosas, a
É-
maioria relacionada a tentativas de suicídio.
IA UI
No Brasil, maior número de ocorrências relacionadas a intoxicações estão
NC SQ
ligadas à ingestão excessiva de medicamentos e uso de drogas, principalmente
o álcool e o crack. Além das repercussões sistêmicas diretamente ligadas à in-
GÊ PE
toxicação, no caso específico do álcool observa-se significativa contribuição para
o aumento dos casos de homicídio, agressões, quedas, suicídios, acidentes de
trânsito e afogamentos.
ER O E
Nos últimos anos, o consumo de crack tem se tornado um grande desa-
fio para órgãos de segurança e saúde. Estima-se que metade do consumo de
EM IN
cocaína na população brasileira é feito na forma de crack. Assim como o álcool,
o consumo de crack tem forte relação com a violência e criminalidade, além de
DEENS
C OM O R EC O NH EC ER
TO A
EN IN
M TR
•Bradicardia
•Hipotensão
TOSEÇ
• Taquicardia
• Hipertensão
AM
Cocaína
• Taquipneia
Crack
• Ansiedade
Estimulantes Anfetaminas – MDMA
UP
• Hiperexcitabilidade
(Ecstasy)
• Midríase
• Hiperemia
GR
• IAM induzido
• Bradicardia
• Hipotensão
Barbitúricos • Depressão respiratória
R
Benzodiazepínico • Confusão
LA
• Sonolência
• Nistagmo
TA
• 0,2 g/l: calor, relaxam-
ento
PI
• 0,4 g/l: rubor, fala ex-
cessiva;
S
• 0,5 g/l: vertigem,
desinibição, capacidade
HO
de julgamento diminuí-
PR SA
da.
É-
• 0,6 g/l: julgamento
IA UI
prejudicado, tomada de
decisão afetada.
NC SQ
Etanol • 0,8 g/l: comprometi-
mento da coordenação
Depressores do SNC
motora, diminuição de
GÊ PE
reflexos.
• 1,5 g/l: prejuízo do
equilíbrio e movimento.
ER O E
• 4,0 g/l: inconsciência.
• 4,5 g/l: diminuição da
EM IN
frequência respiratória.
• 5,0 g/l: Morte por de-
pressão do centro respi-
DEENS
ratório.
INTOXICAÇÕES
• Confusão mental
• Irritabilidade
TO A
• Agitação
EN IN
• Sudorese
Abstinência por álcool • Febre
• Taquicardia
M TR
• Delírio e alucinações
(delirium tremens)
DI U
• Convulsões
E N DO
• Sonolência
• Coordenação motora
Canabinoide Maconha
diminuída
DE ÃO
• Boca seca
• Aumento do apetite
• Sensação de frio
• Midríase
EN
• Medo
• Angústia
AM
• Modificação do tempo
LSD
Alucinógenos vivido
MDMA (Ecstasy)
• Modificação do espaço
UP
• Sensualidade e erotis-
mo aumentados simboli-
GR
camente
• Alucinações.
O QUE FA ZER
R
Cenários de emergência que envolvem intoxicação podem apresentar
LA
riscos à equipe de socorristas. Dessa forma, é fundamental cuidados sejam em-
preendidos de forma a não ocorrer intoxicação acidental por parte dos socorris-
tas, principalmente quando houver o envolvimento de gases. Dependendo do
TA
tipo de exposição, considere o acionamento de equipe especializada em produ-
tos perigosos.
S PI
A permeabilidade das vias-aéreas deve ser garantida, principalmente
quando houver rebaixamento do nível de consciência ou inconsciência. Oxigênio
HO
suplementar deve ser iniciado quando a oximetria de pulso indicar saturação
PR SA
periférica menor que 95%. Ao avaliar a circulação, fique atento a manifestações
É-
clínicas de instabilidade hemodinâmica, em especial quando a intoxicação for por
IA UI
ingestão.
NC SQ
O estado neurológico deve ser avaliado quando houver trauma associado,
como por exemplo em traumatismos cranioencefálicos decorrentes de desmaios
GÊ PE
pós intoxicação. Vestes contaminadas deverão ser retiradas. Para isso, utilize
equipamentos de proteção. A retirada de vestes também é importante para se
avaliar lesões cutâneas.
ER O E
A descontaminação cutânea é necessária para se evitar o agravamento
de lesões e a redução da absorção. Com exceção de exposição a ácidos e bases
EM IN
fortes, lave o local atingido com água em abundância. A mesma coisa deve ser
feita em caso de exposição dos olhos. Em ingestões, caso a intoxicação não seja
DEENS
causada por ácidos e bases concentradas, cáusticos, não haja dor abdominal e o
paciente estiver consciente, ofereça água para diluir a substância tóxica.
TO A
INTO X ICAÇÃO P O R M O X Ó C I DO DE C A RB O NO
A intoxicação por monóxido de carbono (CO) tem sido associada à alta
AT DE
R
LA
Dificuldade visual
10% Cefaleia
TA
Cefaleia
20% Desmaio
PI
Dores abdominais
S
Desmaios
HO
Paralisia
30%
PR SA
Distúrbios respiratórios
É-
Colapso circulatório
IA UI
Bloquei das funções respiratórias
50% Coma
NC SQ
Morte
Fonte: Adaptado de Oga, Camargo e Batistuzzo – Fundamentos de Toxicologia, 3ª ed.
GÊ PE
ER O E
A conduta pré-hospitalar imediata é retirada do intoxicado do ambiente
hostil e oferecer imediatamente oxigênio suplementar em alta concentração,
suporte ventilatório e hemodinâmico. O tempo de meia vida da COHb é de 5
EM IN
3 atm.
INTOXICAÇÕES
INTOXIC A ÇÃ O PO R CIA NET O DE H I DRO G ÊNI O
TO A
materiais nitrogenados, tais como plásticos, lã, seda, madeira e espumas. Sua
afinidade com o ferro facilita seu transporte ligado à hemoglobina, chegando
M TR
até as células e bloqueando a respiração celular. Níveis séricos de 0,5 mg/L são
suficientes para causar intoxicação aguda. Entretanto, devido a sua gravidade,
DI U
deve-se suspeitar de intoxicação por HCN sempre que pacientes expostos à fu-
E N DO
GRAVIDADE
Sem toxicidade
TOSEÇ
Grave Intermediária
significativa
ECG < 9, ou:
ECG entre 10 e 13
Instabilidade he- com ou sem sinais vitais ECG entre 14 e 15
EN
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E OBSTRUÇÃO DE VIAS-AÉREAS
POR CORPO ESTRANHO
O QUE É
R
A parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação da atividade cardíaca. É
LA
um evento de extrema gravidade e que exige uma resposta assistencial rápida e
organizada dos serviços de urgência e emergência. A PCR diz respeito à ausência
de circulação e não ao movimento do coração em si, já que em determinados
TA
eventos, mesmo havendo atividade elétrica ou movimentos disformes, isso não
é capaz de gerar circulação.
S PI
Nas PCR’s, 4 ritmos são observáveis: fibrilação ventricular (FV), taquicar-
dia ventricular sem pulso (TVSP), atividade elétrica sem pulso (AESP) e assisto-
HO
lia. A FV e a TVSP são ritmos que, quando tratados com terapia elétrica (desfi-
PR SA
brilação) e reanimação cardiopulmonar (RCP) precoces, apresentam boas taxas
É-
de sobrevida. Já a AESP e a assistolia são ritmos em que a desfibrilação não é
IA UI
indicada e isso a assistência deve ser focada na RCP de qualidade, administração
de drogas e identificação de possíveis causas da PCR.
NC SQ
Para a otimização e maior efetividade da assistência à PCR fora do hospi-
GÊ PE
tal, preconiza-se que as condutas adotadas sejam interdependentes e unificadas
em uma cadeia de sobrevivência. Para o pré-hospitalar, a cadeia de sobrevivên-
cia é composta por:
ER O E
(1º e l o ) Reconhecimento da PCR e acionamento rápido do serviço de
emergência: é recomendável que a população seja treinada para o reconhe-
EM IN
cimento rápido da PCR e também acionar os serviços de emergência. Nesse
aspecto, também se faz necessário que os serviços de emergência possuam
DEENS
PCR receba a RCP o mais precoce possível, seja de uma socorrista profissional,
EN IN
PCR.
R
Os sinais clássicos definidores da PCR são a arresponsividade, ausência de
LA
respiração, e ausência de circulação (pulso central). A arresponsividade pode ser
constatada por meio do método mnemônico AVDI, visto no capítulo 9. A respi-
TA
de uma respiração não efetiva (gasping). Já a circulação é verificada pela pal-
pação (dedos indicador e médio) de artérias centrais em um tempo máximo de
PI
10 segundos. A escolha da artéria de preferência depende da idade do paciente.
S
Adultos (depois da puberdade): pulso carotídeo
HO
PR SA
Crianças (de 1 ano de idade até a puberdade): pulso carotídeo
É-
IA UI
Lactentes (28 dias de vida até um ano de idade): pulsos braquial ou femoral.
NC SQ
Orienta-se a verificação de pulso e respiração simultaneamente em até 10
segundos
GÊ PE
CO ND U TA ER O E
As condutas adotadas pela equipe de socorristas do CBMDF devem ser
EM IN
elos da cadeia de sobrevivência naquilo que lhes dizem respeito. Abaixo é descri-
ta a sequência de procedimentos de RCP:
TO A
1. Gerencie riscos;
EN IN
pulso.
Após verificar novamente a respiração e o pulso, haja conforme o caso. Con-
UP
R
está em PCR. Desse modo, a RCP deve ser iniciada imediatamente, intercalando
LA
compressões com ventilações, em quantidades previamente arbitradas. A qual-
idade do suporte básico de vida é essencial para obtenção de uma RCP efetiva.
TA
Para tanto é necessário que:
PI
As compressões sejam realizadas com uma frequência de 100 a 120
compressões por minuto;
S
HO
A profundidade das compressões devem ser entre 5-6 cm em adul-
PR SA
tos, crianças 5 cm e lactente 4 cm. Para uma medida mais proporcional em
É-
crianças e lactentes pode-se utilizar a medida de 1 terço da distância anteropos-
IA UI
terior do seu tórax para compressão;
NC SQ
Haja retorno do tórax após cada compressão;
GÊ PE
As interrupções das compressões sejam minimizadas;
ER O E
As ventilações sejam realizadas adequadamente.
com a idade do paciente. Com os braços esticados, as mãos devem ser posicio-
nadas no centro do tórax em adultos e crianças. A utilização de uma ou duas
mãos em crianças dependerá da compleição física do paciente. Em lactentes, as
compressões são realizadas com dois dedos, posicionados logo abaixo da linha
TO A
R
LA
PR SA
DESF IB RIL A ÇÃ O
É-
IA UI
A desfibrilação precoce é o 3º elo da cadeia de sobrevivência. É utilizada
NC SQ
emA desfibrilação precoce é o 3º elo da cadeia de sobrevivência. No suporte
básico de vida pré-hospitalar, a desfibrilação é realizada utilizando-se um des-
GÊ PE
fibrilador externo automático (DEA). Embora seja um dispositivo de fácil uti-
lização, é necessário que tanto os socorristas quanto os leigos recebam trein-
amento adequado. ER O E
O DEA deve ser instalado e utilizado assim que estiver disponível e é uti-
EM IN
Algoritmo da PCR
Tratame nto p ó s P C R
TO A
EN IN
R
LA
Uma OVACE pode ser parcial ou total. Na parcial, as vias-aéreas ficam
mais estreitas, porém permite alguma passagem de ar e por isso o paciente
TA
nas incentivar o paciente a tossir, para que o objeto obstrutor seja expelido. Na
obstrução total, o ar não encontra espaço para passar e o paciente entra em
PI
sofrimento respiratório grave, apresentando angústia e, por vezes, cianose. O
paciente deverá receber manobras de desobstrução imediatamente.
S
HO
No adulto e em crianças, utiliza-se a manobra de Heimlich (figura xx), que
PR SA
consiste em compressões abdominais, com exceção de gestantes, que deverão
É-
receber compressões torácicas. Em lactentes as tentativas de desobstrução são
IA UI
realizadas intercalando-se tapotagem (tapas entre as escápulas) e compressões
torácicas. As manobras devem ser realizadas até que ocorra a desobstrução ou
NC SQ
o paciente fique inconsciente. Nesse caso, o paciente deverá receber manobras
de RCP.
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
Desobstrução em lactentes
CO NDUTA EM OVA C E
Como foi dito anteriormente, o paciente poderá apresentar parada respi-
R
ratória e como consequência parada cardiorrespiratória decorrente da obstrução
LA
das vias aéreas superiores. Diante disso, é necessário que o socorrista siga os
seguintes procedimentos:
TA
• Abordagem do paciente: perguntar se pode ajudar, com intuito de de-
PI
scobrir se a obstrução é parcial ou total;
S
• Estimular o paciente a tossir: o movimento da tosse ajuda a exercer
HO
pressão e expelir o objeto ou alimento (exceto lactente);
PR SA
É-
• Manobra de Heimlich: posicione-se atrás do paciente, de forma lateral-
IA UI
izada, com uma das mãos fechadas, face do polegar encostando entre o proces-
so xifoide e a cicatriz umbilical, com a outra mão espalmada sobre a primeira;
NC SQ
comprimir a região indicada, exercendo pressão até que o objeto/alimento seja
expelido ou o paciente fique inconsciente;
GÊ PE
• Paciente inconsciente (ausência de respiração, pulso presente): iniciar
30 compressões, realizar abertura de vias aéreas e observar a presença do ob-
ER O E
jeto/alimento, caso esteja visível, retirar o objeto pelo canto da boca, com os
dedos em formato de pinça (adulto/criança) ou utilizando o dedo mínimo (lac-
tente); EM IN
• Viabilidade de via aérea: caso o objeto não esteja visível, realizar 02
DEENS
R
LA
A dor torácica é uma queixa frequente no APH. Sua etiologia diversa e os
resultados de sua complicação, tornam essa emergência merecedora de espe-
TA
cial atenção por parte do socorrista. Nem toda dor torácica tem origem cardía-
ca ou isquêmica e por isso é necessário que o socorrista possua habilidades
PI
necessárias para investigá-la.
S
HO
Etiologia da dor torácica
PR SA
CARDÍACA NÃO CARDÍACA
É-
Isquêmica Não isquêmica Doenças gastroesofágicas
IA UI
(ruptura do esôfago, refluxo
Angina Pectoris Dissecção da aorta esofágico, gastrite)
NC SQ
Infarto Agudo do Pericardite Causas psicogênicas (estresse,
GÊ PE
Miocárdio ansiedade)
Prolapso da valva
ER O E
mitral Causas musculoesqueléticas
(dor da parece torácica, her-
pes-zóster)
EM IN
Causas pulmonares (embolia
DEENS
pulmonar, pneumotórax)
TO A
EN IN
C OM O R EC O NH EC ER
E N DO
AT DE
R
itivamente anginosa, mesmo quando
Definitivamente não anginosa
LA
localizada na região precordial ou ret-
roesternal.
TA
Outros sinais e sintomas podem estar presentes e fortalecem a suspeita
de origem cardíaca isquêmica: dispneia, náuseas, síncope, sudorese e fatores de
PI
risco associados (histórico de doença arterial coronariana, tabagismo, diabetes,
hipertensão, dislipidemia, obesidade, idade, abuso de drogas/estimulantes).
S
CO ND U TA
HO
PR SA
É-
IA UI
potenciais ameaças à vida. Em se tratando de dor torácica de origem cardíaca
isquêmica, a avaliação primária deve ser realizada em até 10 minutos. O paci-
NC SQ
ente deve ser colocado em repouso e receber suporte emocional durante todo o
atendimento. Manter o paciente calmo pode auxiliar no controle da frequência
GÊ PE
cardíaca e aliviar a dor.
do débito cardíaco.
EN IN
facilitada com uma rápida entrevista objetiva. Para isso, utilize o método mne-
mônico SAMPLA para orientar a coleta de dados.
UP
R
LA
Cirurgia recente?
TA
íquidos e alimentos: pesquise se o paciente ingeriu líquidos ou alimen-
tos recentemente. Essa condição pode aumentar o risco de vômito e aspiração.
PI
mbiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de
S
emergência.
HO
PR SA
É-
IA UI
Como geralmente a queixa principal é a dor torácica, conhecer suas car-
acterísticas é fundamental para o atendimento. Utilize o método mnemônico
NC SQ
ALICIA:
GÊ PE
parecimento: o que o paciente estava fazendo quando surgiu a dor
torácica. Estava em repouso? Estava realizando atividade física?
L
ER O E
ocalização: a dor é precordial ou retroesternal? Irradia para pescoço,
mandíbula e membros superiores?
EM IN
I ntensidade: utilize a escala de dor e peça para o paciente relatar a inten-
DEENS
Incremento: o esforço piora a dor? Não é comum na SCA que a dor au-
M TR
de saúde pública.
AM
R
Norte 11.894
LA
Nordeste 54.166
Sudeste 93.796
TA
Sul 47.988
PI
Centro-Oeste 16.446
Total 224.290
S
Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do SUS – Ministério da Saúde
HO
A insuficiência cardíaca pode apresentar-se de forma aguda, como no caso
PR SA
de um infarto agudo do miocárdio e miocardites, ou ser mantida de maneira
É-
crônica, resultado, dentre outros fatores, de doença arterial coronariana, hip-
NC SQ
cessivo resultam numa exacerbação da falha cardíaca e levam a um estado de
descompensação que requer atenção imediata desde o ambiente pré-hospitalar.
GÊ PE
Fatores associados à descompensação na insuficiência cardíaca
ER O E
Ingesta excessiva de sal | Uso inadequado de medicações | Esforço físico
excessivo | Isquemia miocárdica | Arritmias | Disfunção renal | Hipertensão
arterial não controlaUso de drogas (álcool, cocaína, etc.)
EM IN
DEENS
CO M O R EC ONH EC ER
TO A
Hipotensão
AM
Sim Não
GR
Congestão
Sim Frio e úmido Frio e seco
R
A impressão geral auxiliará o socorrista a observar potenciais ameaças à
LA
vida. O repouso deve ser mantido, já que qualquer esforço poderá potencializar
os sinais e sintomas. Monitore o nível de consciência e esteja preparado para
empreender medidas de suporte básico caso o paciente desenvolva uma parada
TA
cardiorrespiratória.
PI
A monitorização da saturação periférica de oxigênio é uma medida pri-
S
mordial que a dificuldade respiratória e a congestão pode dificultar a troca gas-
osa. Oferte 10 a 15 L/min caso a saturação esteja menor que 95%, ou sinais de
HO
congestão pulmonar e desconforto respiratório.
PR SA
É-
O choque cardiogênico é uma realidade potencial na insuficiência cardía-
IA UI
ca e é um complicador da sobrevida do paciente. Durante todo o atendimento,
fique atendo ao surgimento dos sinais e sintomas de má perfusão periférica. A
NC SQ
elevação da cabeceira da maca de transporte em 45º pode trazer conforto respi-
ratório para o paciente. Portanto, a não ser que o paciente refira uma posição
GÊ PE
diferente que lhe proporcione conforto respiratório, esta deverá ser a posição de
transporte. O transporte deverá ser realizado com prioridade, preferencialmente
para centro especializado em cardiologia.
ER O E
Além da avalição dos sinais vitais, a obtenção da história do paciente é
fundamental para o atendimento. Utilize o método mnemônico SAMPLA para ori-
EM IN
entar a obtenção de informações do paciente ou familiar.
cardíaca?
DI U
L
E N DO
A
AT DE
CR ISE HIPERTENSIVA
O QUE É
R
LA
TA
A pressão arterial (PA), medida em mmHg (milímetros de mercúrio) é a
força que o sangue exerce na parede das artérias. Sua manutenção em níveis
arbitrados como adequados, é fundamental para homeostase do organismo. Em
PI
muitas condições, o indivíduo pode apresentar elevação dos níveis pressóricos.
S
Contudo, a caracterização da hipertensão arterial (HA) se baseia na elevação
constante e crônica desses níveis, tanto sistólico como diastólico.
HO
PR SA
É-
NC SQ
Classificação PA sistólica (mmHg) PA diastólica (mmHg)
Ótima < 120 < 80
GÊ PE
Normal < 130 < 85
Limítrofe** 130 – 139
ER O E 85 - 89
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 - 99
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109
EM IN
Hipertensão sistólica
≥ 140 < 90
isolada
Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser
utilizada para classificação da pressão arterial.
TO A
níveis pressóricos.
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão – VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.
M TR
DI U
E N DO
crítica da pressão arterial (geralmente PAD ≥ 120 mmHg), porém sem compro-
metimento de órgão-alvo. Requer controle gradual da PA dentro de 24 horas com
medicação oral.
elevada, não apresentada lesão de órgão alvo ou risco de lesão. Requer o trata-
mento da causa e medidas de controle da PA.
GR
Apresentações de emergências hipertensivas
Neurológicas Cardiovasculares Renais Obstétricas
R
Edema Agudo de
AVCH Pulmão
LA
Glomerulonefrite
aguda
TA
AVCI Síndrome coro-
Eclâmpsia
nariana aguda
P.O de transplante
PI
Encefalopatia renal
hipertensiva Dissecção aguda
S
da aorta
HO
C OM O R EC O NH EC ER
PR SA
É-
IA UI
Em geral, os pacientes em crise hipertensiva que acionam os serviços
de atendimento pré-hospitalar podem apresentar, além a PA elevada: cefaleia,
NC SQ
tontura, alteração visual, dispneia, náuseas, formigamentos nas extremidades,
sangramento pelo nariz e dor torácica. Devido ao risco de lesão em órgãos-alvo
GÊ PE
envolvido, o socorrista deve ficar atento a manifestações de emergências rela-
cionadas, principalmente de acidente vascular encefálico e síndrome coronariana
aguda.
ER O E
C OND UTA
EM IN
Os sinais e sintomas apresentados serão norteadores do atendimento. É
DEENS
dade ou não de oxigênio suplementar. Caso a saturação esteja menor que 95%,
oferte de 10 – 15 L/min de oxigênio. A avaliação da circulação é importante para
M TR
R
Ambiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de
LA
emergência.
TA
Quadro 2 – Principais anti-hipertensivos utilizado no tratamento da hiper-
tensão arterial.
PI
Classe
Hidroclorotiazida | Indapamina | Furo-
S
Diuréticos
semida | Espironolactona
HO
Atenolol | Propanolol | Carvedilol
PR SA
Betabloqueadores
Metoprolol
É-
IA UI
Bloqueadores do canal de cálcio Diltiazem Verapamil Anlopidino
NIfedipino
NC SQ
Inibidores da Enzima Conversora de
Angiotensina Captopril | Enalapril
GÊ PE
Bloqueadores do receptor AT1 Losartana | Valsartana
Inibidor direto da renina ER O E Alisquireno
mnemônico ALICIA.
DEENS
Região Ano
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
AT DE
Norte 3.886 3.881 4.182 4.562 4.738 5.202 5.134 5.129 5.323 5.479 5.755
Nordeste 20.436 21.272 23.179 26.634 26.815 27.366 27.147 27.056 28.183 28.621 28133
DE ÃO
Sudeste 43.129 43.626 41.595 43.913 43.072 43.966 44.289 44.455 44.200 43.332 43.493
Sul 16.295 16.695 15.887 16041 16.802 16.679 17.126 17.236 17.247 16.869 16.691
TOSEÇ
Centro- Oeste 5.303 5.456 5.163 5.419 5.377 5.749 5.566 5.856 5.798 5.893 5.978
Total 89.029 90.930 90.006 96.569 96.804 98.962 99.262 99.732 100.751 100.194 100.050
R
por um trombo (trombótico) ou embolo (embólico) e correspondem por mais de
LA
80% dos casos de AVC. No evento trombótico, o estreitamento do vaso causado
pela placa de ateroma e a agregação plaquetária gera o desenvolvimento de
coágulos, que dependendo de seu tamanho, obstruem o fluxo sanguíneo cere-
TA
bral que culmina que isquemia e lesão celular. Já no AVC embólico a obstrução é
causada por ar, gordura, líquido amniótico, ou coágulos desprendidos que viajam
PI
pela corrente sanguínea até os vasos cerebrais.
S
AVC h e mo rrá gico ( AV C H ) : decorre de sangramento devido ao
HO
rompimento de vasos sanguíneos cerebrais enfraquecidos, presentes tanto na
PR SA
superfície (hemorragia subaracnóidea), como dentro do cérebro (hemorragia
É-
intracerebral). Assim como acontece no AVCI, o AVCH também resulta em is-
IA UI
quemia e lesão celular.
C OM O R EC O NH EC ER
NC SQ
GÊ PE
Os sinais e sintomas em geral refletem o déficit neurológico decorrente do
AVC. Ainda que determinados sinais e sintomas sejam indicativos de lesões em
estruturas encefálicas específicas, para o atendimento pré-hospitalar interessa
ER O E
as manifestações clínicas em geral, sem, no entanto, objetivar a diferenciação
da estrutura acometida pela isquemia.
EM IN
As manifestações clínicas do AVC incluem: fraqueza súbita, confusão
DEENS
Pede-se ao paciente
Um dos braços não
para que feche os ol- Os braços movem-se
Debilidade dos se move ou um dos
hos e mantenha os igualmente ou não se
UP
R
LA
• Embora a Escala de AVC de Cincinnati tenha sensibilidade alta (grande capacidade de iden-
tificar pessoas com AVC), sua especificidade (identificar pessoas que não tenham AVC) é mod-
TA
erada. Por isso, mesmo que o paciente não apresente anormalidade nos parâmetros, a suspeita
de AVC não deve ser descartada na presença de outros sinais e sintomas;
PI
Estudos recentes indicam que pacientes com janela (início dos sinais e
S
sintomas) de até 4,5 horas são candidatos para terapia fibrinolítica, desde que
HO
observados outros fatores de possível exclusão. Dessa forma, é fundamental que
PR SA
se considere transportar o paciente para um centro de referência neurológica,
É-
caso o tempo de janela esteja adequado para essa terapia.
NC SQ
GÊ PE
A avaliação do paciente e as condutas prioritárias devem ser tomadas em
no máximo 10 minutos. A alteração do nível de consciência pode afetar a per-
meabilidade da via aérea e nesse caso o socorrista deve adotar medidas de ma-
ER O E
nutenção da via aérea permeável. A aspiração da via aérea pode ser necessária
devido ao acúmulo de saliva ou vômitos.
EM IN
O oxigênio deve ser ofertado (10 – 15 L/min) se a saturação for < 95% ou o
paciente apresentar desconforto respiratório.
TO A
cardíaca?
L íquidos e alimentos: pesquise se o paciente ingeriu líquidos ou ali-
mentos recentemente. Essa condição pode aumentar o risco de vômito e as-
piração.
R
A
LA
mbiente: Condições que acarretaram o acionamento do serviço de
emergência.
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
O QUE É
R
Emergências respiratórias são muito comuns na assistência pré-hospita-
LA
lar, principalmente em crianças, idosos, como consequência de doenças cardio-
vasculares ou exacerbações de afecções respiratórias (Asma, doença pulmonar
obstrutiva crônica). Embora deva considerar a origem do distúrbio respiratório,
TA
equipes de atendimento pré-hospitalar básico devem ter seu foco voltado para
as intervenções capazes de evitar o agravamento do quadro clínico.
S PI
Dentre as doenças respiratórias mais prevalentes, a asma e doença pul-
monar obstrutiva crônica (DPOC), são as que mais implicam em emergências
HO
respiratórias no APH. A diferenciação das duas patologias no pré-hospitalar é
PR SA
difícil, já que nos dois casos a inflamação das vias aéreas diminui o fluxo aéreo.
É-
Na asma, a inflamação causa estreitamento brônquico e aumento da sensibili-
IA UI
dade a alérgeno ou partículas ambientais nocivas. A DPOC é caracterizada pre-
dominantemente por enfisema (alteração da superfície alveolar e espaços aére-
NC SQ
os), com diminuição do volume expiratório.
GÊ PE
No mundo a principal doença respiratória é a asma, com cerca de 300
milhões de acometidos. A doença atinge 4,4% da população adulta brasileira. As
DPOC foram responsáveis por mais de 123 mil internações no Brasil em 2015.
ER O E
C OM O R EC O NH EC ER
EM IN
O surgimento e intensidade das manifestações clínicas dependerão da
DEENS
• Sibilância ou roncos;
M TR
• Intolerância ao esforço;
E N DO
• Opressão torácica;
AT DE
• Diaforese;
DE ÃO
• Ortopneia.
TOSEÇ
C OND UTA
Uma emergência respiratória pode ter sido causada por substâncias tóx-
EN
R
A ventilação é o parâmetro mais afetado numa emergência respiratória.
LA
Além de uma avaliação prévia do ritmo ventilatório (rápido/lento), o socorrista
deve realizar a inspeção do tórax, principalmente para verificar se há o uso da
musculatura acessória. O oxigênio suplementar deve ser utilizado com cautela.
TA
Caso o paciente se apresente como asmático, oxigênio deve ser iniciado com
%SpO2 de pelo menos 95%. Em pacientes com DPOC com saturação menor que
PI
90% a oxigenoterapia não deve ultrapassar 1-3 L/min. Estudos tem demonstra-
do diminuição de intubação e tempo de internação quando a ventilação é realiza-
S
da com pressão positiva contínua. Entretanto, a disponibilidade de dispositivos é
HO
pouco frequente.
PR SA
É-
Avalie o estado circulatório, principalmente quando a dificuldade respi-
IA UI
ratória é de origem cardiovascular. Em muitos pacientes, a hipóxia pode gerar
alteração do estado mental. Na avaliação secundária, priorize o exame de sinais
NC SQ
vitais e a anamnese. Na avaliação primária, uma estimativa do ritmo ventilatório
foi verificada. Nesse momento, identifique a frequência respiratória. Uma fre-
quência respiratória acima de 30 e abaixo de 6 ventilações por minuto indicam
GÊ PE
insuficiência respiratória. Nesta situação, indica-se a ventilação assistida. Utilize
o SAMPLA para identificar histórico de patologias que possam ter associação com
ER O E
a emergência respiratória ou situações que possam ter desencadeado a situ-
ação. Evite com que o paciente caminhe, exerça qualquer esforço físico e ofereça
EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
suporte emocional, para que se previna agravamento do quadro do clínico .
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
R
A crise convulsiva é a manifestação clínica de descargas neuronais exces-
LA
sivas, provocadas por desiquilíbrio entre o controle excitatório e inibitório. Geral-
mente essas crises tem etiologia em intoxicações agudas (drogas estimulantes)
e os efeitos da abstinência, doenças neurológicas, principalmente a epilepsia não
TA
controlada, hipo/hiperglicemia, traumatismo cranioencefálico, acidente vascular
cerebral e febre alta, mais comum em crianças até 5 anos de idade. Convulsão
PI
e febre em adultos, associada a cefaleia, alteração aguda de comportamento,
pode ser originada em quadros infecciosos graves (meningite e/ou encefalite).
S
HO
As crises convulsivas podem ser geradas por anormalidades em áreas fo-
PR SA
cais do córtex cerebral ou de maneira disseminada. Os locais de contração e de
É-
abalos musculares estão relacionados com a amplitude da área cortical atingida
IA UI
e dessa maneira classifica-se em:
NC SQ
• Parcial simples: observa-se abalos em regiões localizadas do corpo
(membros superiores ou inferiores, sem a perda da consciência).
GÊ PE
• Parcial complexa: embora os abalos se restrinjam a regiões localizadas
do corpo, ocorre perda de consciência.
ER O E
• Generalizadas: são com abalos e contrações de cabeça, pescoço, tronco
EM IN
e membros, com perda da consciência.
DEENS
C OM O R EC O NH EC ER
TO A
EN IN
M TR
es os socorristas se deparam com uma vítima no período pós ictal (após a crise),
E N DO
muscular sustentada, com membros estendidos (fase tônica). Uma outra carac-
terística bastante marcante é a presença de abalos repetitivos e rítmicos (fase
clônica). Em muitas crises tanto a fase tônica como a clônica estão presentes,
DE ÃO
Rigidez muscular
Abalos musculares
AM
Trismo Mialgia
Cianose
Sialorreia
GR
R
Por vezes, indivíduos que estão em crises sofrem lesões decorrentes do
LA
impacto de membros e cabeça contra o solo ou objetos próximos. Assim, além
de cuidar de sua segurança pessoal, o socorrista deve gerenciar riscos de lesões
para o paciente. Tal medidas devem incluir a retirada de objetos, móveis ou out-
TA
ros artefatos com os quais o paciente possa se chocar. A colocação de um traves-
seiro, almofada ou lençol dobrado pode ajudar no amortecimento do contado da
PI
cabeça do paciente com o solo.
S
Grande parte das crises convulsivas autolimitadas não requerem maiores
HO
cuidados e muitos desses pacientes sequer precisam ser transportados a um
PR SA
hospital de referência. Entretanto, crises prolongadas ou recorrentes, como por
É-
exemplo no estado de mal epilético merecem atenção especial do socorrista já
IA UI
que nesses casos o risco de morte é aumentado. Informações sobre o tempo de
crise e a recorrência delas devem ser obtidas logo na chegada na cena.
NC SQ
É comum que pacientes tenham sialorreia durante a crise e, nesse caso,
GÊ PE
o paciente deve ser lateralizado com segurança para proteção das vias-aéreas.
por uma crise convulsiva. Um suporte emocional eficaz propiciará conforto para
EN IN
deverá verificar a glicemia do paciente. Como dito, nem todos os pacientes que
E N DO
passaram por uma crise necessitam ser hospitalizados. Por isso, o contato com
um médico regulador se faz importante para verificar a necessidade de trans-
porte.
AT DE
Rigidez muscular
Apoiar e proteger a cabeça
Abalos musculares
Afrouxar roupas
Perda de consciência
EN
Trismo
Não introduzir objetos na boca da víti-
Cianose
ma
Sialorreia
UP
R
LA
A hipoglicemia é definida como glicemia menor que 60 mg/dL, associada
a sinais e sintomas, tais como sudorese, palidez, tontura, taquicardia, cefaleia,
TA
alteração do nível de consciência e até mesmo crise convulsiva. Como as células
humanas são altamente dependentes de glicose para suas funções orgânicas, a
PI
hipoglicemia é uma emergência de considerável gravidade.
S
Nos pacientes diabéticos, a hipoglicemia é a emergência endócrina mais
HO
frequente. Nesses casos, geralmente, ela está associada a doses excessivas de
PR SA
insulina ou de hipoglicemiantes orais. Outras causas incluem ingesta deficiente
É-
de carboidratos, consumo excessivo de álcool, exercícios físicos extenuantes e
IA UI
insulinomas.
C OM O R EC O NH EC ER
NC SQ
GÊ PE
Indivíduos que apresentem alteração do nível de consciência, confusão
mental, agressividade e convulsão sem causa aparente devem ser investigados
para hipoglicemia. A definição do quadro leva em conta a hipoglicemia (< 60 mg/
ER O E
dL), sinais e sintomas de hipoglicemia e a melhora dos sinais e sintomas após a
infusão de glicose. As manifestações clínicas estão descritas no quadro abaixo.
EM IN
Sinais e sintomas da hipoglicemia
DEENS
Fraqueza Taquicardia
EN IN
Sudorese Convulsões
M TR
minuição contínua dos níveis de glicemia para valores abaixo de 30 mg/dl podem
E N DO
C OND UTA
AT DE
saturação for menor que 95%. No exame secundário o socorrista deve aferir
os sinais vitais e realizar a anamnese por meio do SAMPLA. É importante que
AM
R
observada em cerca de 10 a 15 minutos. O transporte a um hospital de referên-
LA
cia deve ser verificado com o médico regulador
TA
H iper gli c e mia
O QUE É
S PI
HO
Valor glicêmico maior ou igual a 126 mg/dL (jejum) ou 200 mg/dL (após
ingestão de glicose) são utilizados para o fechamento do diagnóstico de diabe-
PR SA
tes. Embora, esses valores constituam um quadro de hiperglicemia, emergências
É-
relacionadas a níveis elevados de glicose acontecem com glicemia maior ou igual
IA UI
que 250 mg/dL, como no caso da cetoacidose diabética (CAD) e maior que 600
mg/dL, um dos achados no estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH).
NC SQ
O CAD é responsável por elevada mortalidade em pacientes com diabe-
GÊ PE
CO M O R EC ONH EC ER
EM IN
DEENS
maior ou igual a 250 mg/dL e o EHH quando maior que 600 mg/dL. O quadro 2
descreve os sinais e sintomas da hiperglicemia.
M TR
Náuseas e vômitos
E N DO
Sonolência
Dor abdominal
Fadiga
Hálito cetônico
Alteração do nível de consciência
Poliúria
AT DE
Polidipsia
Pele seca e com turgor diminuído**
Taquicardia
Hipotensão
Taquipneia
DE ÃO
e sintomas.
**Sinais de desidratação, comum na hiperglicemia acentuada.
CO ND U TA
EN
AM
consciência deve ser avaliado e monitorado já que é comum sua alteração. Prote-
ja a via-aérea se necessário e administre oxigênio (10 – 15 L/min) caso a satu-
GR
ração esteja menor que 95%. Socorristas habilitados devem hidratar o paciente
com infusão de solução fisiológica sob prescrição do médico regulador.
Os sinais vitais devem ser verificados e a história clínica e outras infor-
mações coletada com o auxílio do SAMPLA. Uma boa anamnese auxiliará o so-
corrista a diferenciar a crise hiperglicêmica de outras situações. Indivíduos que
fazem uso excessivo de álcool costumam apresentar hálito cetônico semelhante
R
ao do paciente com CAD. Comunique-se com o médico regular para definição do
LA
hospital de referência. Pacientes com crise hiperglicêmica geralmente precisam
ser transportado para correção da crise.
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
EN DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
GR
UP
AM
EN
TOSEÇ
DE ÃO
AT DE
EN DO
DI U
M TR
EN IN
TO A
DEENS
EM IN
ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
R
LA
Exemplos de pacientes com necessidades especiais:
TA
1. _____________________________________________________________
PI
2. _____________________________________________________________
3. _____________________________________________________________
S
4. _____________________________________________________________
HO
5. _____________________________________________________________
PR SA
6. _____________________________________________________________
É-
7. _____________________________________________________________
IA UI
Um dos principais cuidados ao se lidar com pacientes especiais
NC SQ
está na forma de interagir com esses pacientes.
GÊ PE
É fundamental que o socorrista mantenha sempre uma atitude atenciosa
e bastante profissional.
ER O E
DICAS PARA FACILITAR O TRABALHO DE COMUNICAÇÃO
EM IN
Posicione-se sempre de maneira que o paciente possa ______________ .
DEENS
Ouça o paciente com calma, dando tempo para que ele possa responder
suas questões.
E N DO
1 . Os p a c i en t es cegos
DE ÃO
R
paciente normal.
LA
Se precisar mover o paciente e ele puder caminhar, permita que ele se
TA
apóie em seu braço (advirta sobre os perigos e não empurre, nem puxe o paci-
ente cego, apenas conduza-o).
PI
No momento do tratamento pré-hospitalar, preste informações claras so-
S
bre os equipamentos que serão utilizados para tranquilizar o paciente quanto aos
HO
seus procedimentos.
PR SA
É-
Dicas para conduzir um paciente cego
IA UI
NC SQ
com que ele sinta os movimentos do seu corpo e tenha segurança para andar,
subir e descer escadas.
GÊ PE
Ao conduzi-lo para sentar-se, coloque sempre a mão direita do paciente
no encosto da cadeira e não tente sentá-lo empurrando seu corpo.
ER O E
Numa escada rolante, antes de chegar na escada, coloque a mão do pa-
EM IN
ciente no corrimão.
DEENS
Não saia de perto do paciente, ainda que rapidamente, sem antes comu-
nicar tal fato, para que ele não fique falando sozinho.
Pessoas que não ouvem ou ouvem muito pouco são chamadas de surdas,
entretanto existem também os surdo-mudos que são aqueles que não ouvem e
M TR
Se uma pessoa não leva consigo um aparelho auditivo visível não há nen-
E N DO
Co n du t a c om o pacient e s ur do
TOSEÇ
Muitas pessoas surdas não estão treinadas para fazer a leitura labial, en-
tão os melhores métodos a serem utilizados são a escrita e os gestos.
R
falam com dificuldade, prejudicando a compreensão e outras nem falam. Se o
LA
paciente surdo fala com dificuldade, não finja entender (gesticule encolhendo os
ombros e mostrando as mãos com as palmas para cima em frente ao seu corpo,
como se dissesse “Não entendi o que você disse!”).
TA
3 . O p a c i en t e de língua es t r angeira
S PI
Problemas de comunicação poderão surgir quando a área de atendimento
HO
do Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar incluir comunidades onde habitam
pessoas que não falam a língua oficial do país, ou ainda, áreas turísticas, onde é
PR SA
grande o número de visitantes estrangeiros.
É-
Conduta com o paciente estrangeiro
IA UI
NC SQ
De forma geral, ao encontrar pacientes que não falam seu idioma, o so-
GÊ PE
corrista deverá comunicar-se através de gestos e não tardar em solicitar auxílio
de outros integrantes de sua equipe ou de pessoas da família e testemunhas que
possam ajudar na comunicação e tradução das falas.
ER O E
Os serviços de socorro poderão providenciar resumos traduzidos das prin-
cipais frases utilizadas pelos socorristas para facilitar a comunicação.
EM IN
4. P a c . c om def ic. f ís ica ou ment al
DEENS
física detalhada, pois esses pacientes podem ter partes do corpo comprometidas
EN IN
ou não funcionais. Sempre que o socorrista encontrar uma área lesada, deverá
questionar o paciente, no sentido de averiguar se o problema já existia antes do
M TR
deficiência, assim como a maioria das pessoas, gosta de ser independente, por-
tanto, merece receber o mesmo tratamento de um paciente normal.
AM
ma forma como você trataria qualquer outro paciente da mesma idade, no en-
tanto, realize a entrevista e o exame físico mais lentamente e esteja preparado
para ações e respostas tardias.
Evite questionamentos mais elaborados, faça perguntas simples e obje-
tivas (por exemplo: ao invés de dizer “Como você está se sentindo?”, apalpe e
pergunte “Dói aqui?”).
R
LA
Observação: Cuidado para não confundir esses pacientes com out-
ros pacientes sob o efeito abusivo de álcool ou drogas ou que em função
de um acidente apresenta-se desorientado ou confuso.
TA
5 . O paci en t e i d os o
S PI
Infelizmente, grande parte da população tende a pensar que as capaci-
HO
dades de uma pessoa se medem de acordo com sua idade cronológica, entretan-
to, existem pessoas que ainda não completaram 65 anos e já apresentam sinais
PR SA
de senilidade, são doentes crônicos e apresentam completa dependência. Por
É-
outro lado, existem também pessoas de 70, 80 e até 90 anos que se mantem
IA UI
ativas, capazes e em bom estado de saúde. No desempenho de suas funções,
NC SQ
egoria. Nessas oportunidades, quando o paciente se mostrar consciente, atento
e interessado, atenda-o da mesma forma como faria com outro paciente adulto.
GÊ PE
Se, pelo contrário, o paciente pelo envelhecimento apresentar perda de memória
ou desorientação em relação ao tempo-espaço-pessoa, sem dúvida, você terá
dificuldades de interação. De qualquer forma, a chave do sucesso na interação
ER O E
com pessoas idosas é a paciência.
Co n du t a c om o p acient e idos o
EM IN
DEENS
próximo, fique atento, pois devido à tensão causada pela situação você poderá
ter de atender outro paciente, normalmente devido a uma emergência clínica.
Seja amável e providencie apoio emocional para ambos.
AT DE
6. P a c . c o m a l te ra ç ão de compor t amen t o
EN
e expressões, que podem dizer muito sobre uma pessoa), pois elas nos trans-
mitirão valiosas informações sobre nosso paciente.
Fique atento para o fato de que a capacidade de percepção desses paci-
entes poderá estar alterada e essa maneira distorcida de interpretar a realidade
poderá gerar situações inesperadas ou de perigo para o próprio paciente ou para
todos os demais que estejam próximos dele (por exemplo: o paciente demon-
R
stra querer agredir o socorrista, arregala os olhos com espanto e fala sozinho,
LA
demonstrando distúrbios de senso-percepção – ilusões, alucinações ou delírios).
TA
Lembre-se de que a maioria dessas vítimas é carente de afeto, reconhec-
imento e aceitação e reage com atitudes bem variadas, tais como de “chamar a
PI
atenção”, de “inibição” ou até de “agressividade”.
S
HO
Essas chamadas emergências emocionais podem ser resultado de uma
doença, de um acidente de origem traumática ou ainda, de alterações de com-
PR SA
portamento causadas por problemas independentes (neuroses, crises histéricas,
É-
depressões, psicoses, problemas psiquiátricos, abusos de drogas ou álcool, etc.).
IA UI
Os sinais externos que mais evidenciam essas emergências são: ansie-
NC SQ
dade, tensão desagradável e inquietação, angústia, agitação motora, histeria,
desmaios, convulsões, gagueira, mudez, gritos de dor, amnésia, dupla person-
GÊ PE
alidade, desânimo, abatimento, choro sem motivo aparente, alterações de com-
portamento, confusão mental, desorientação, crítica alterada, dentre outros.
ER O E
Se o paciente apresentar uma atitude suicida, acione imediatamente a
polícia local e inicie contato somente se a situação for segura. Adote uma abor-
dagem sem crítica e mantenha o controle da situação. Não deixe o paciente só.
EM IN
Diga: “Estou aqui para ajudá-lo. Quero aliviar seu problema, como posso aux-
iliar?” Transmita uma expectativa acerca do comportamento adequado e faça-o
DEENS
pessoa perigosa ainda está no local da ocorrência, não se aproxime, nem inicie
EN IN
seguro:
E N DO
R
LA
Tente acalmar o paciente e conquiste sua confiança antes de iniciar a aval-
iação e o tratamento.
TA
Avalie cuidadosamente a situação e elimine as possibilidades de um com-
PI
portamento alterado em função de emergências médicas ou traumas (AVE, hipo-
glicemia, traumatismos de crânio, etc.).
S
HO
Se perceber que o paciente é potencialmente perigoso e julgar necessário,
solicite ajuda de outros profissionais (equipes policiais, equipes médicas espe-
PR SA
cializadas, etc.).
É-
IA UI
NC SQ
ente, machucar a equipe de socorristas ou iniciar uma reação ainda mais violen-
ta. As ações de contenção deverão ser realizadas somente por pessoal treinado
e com apoio policial.
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
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GR
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TOSEÇ
DE ÃO
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ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
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SPI
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TO A
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ER O E
GÊ PE
NC SQ
IA UI
PR SA
É-
HO
SPI
TA
LA
R
EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
Quando um socorrista for avaliar ou tratar um paciente pediátrico (criança
ou bebê), poderá, a princípio, sentir-se despreparado, não sabendo por onde
iniciar sua atuação.
R
LA
O termo pediatria refere-se a um grande grupo, que pode incluir qualquer
criança, desde um bebê até uma criança em idade escolar do ensino infantil ou
acima disso.
TA
PI
Lembre-se de que uma situação de emergência é uma nova e assustadora
experiência para qualquer criança, e será ainda maior se os pais ou responsáveis
S
não estiverem presentes.
HO
C ri a n ç a n ão é um adult o pequeno!
PR SA
É-
IA UI
1. Idade, tamanho e resposta
NC SQ
Quando o socorrista for determinar a idade de uma criança para realizar
uma manobra de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), deverá considerar a idade
GÊ PE
do recém-nascido até um ano como bebê ou lactente, a partir de 1 ano até o in-
ício da puberdade classificamos o menor como criança e, a partir da puberdade,
deverá ser tratado como adulto. Esses critérios são padronizados internacional-
ER O E
mente pela Associação Americana do Coração (American Heart Association).
Pré-escolares: de 3 a 6 anos;
AT DE
Você já percebeu que as crianças não são iguais aos adultos em tamanho,
AM
R
LA
_______________________________________________________________
TA
2.2 Vias aéreas e o sistema respiratório
PI
As vias aéreas e o sistema respiratório do bebê e da criança ainda não es-
S
tão completamente desenvolvidos. A língua é grande para a cavidade oral (boca)
e as vias aéreas (nariz, boca, faringe, laringe e traquéia) são mais estreitas do
HO
que as do adulto e mais facilmente predispostas a uma obstrução. Os múscu-
PR SA
los do pescoço também não estão desenvolvidos completamente e não são tão
É-
fortes quanto os dos adultos. A colocação de uma toalha dobrada nas costas
IA UI
(embaixo da região dos ombros) ajudará a manter a cabeça alinhada e as vias
aéreas pérveas. A manobra de inclinação da cabeça e elevação da mandíbula,
NC SQ
largamente utilizada para abrir as vias aéreas de adultos (sem lesão cervical),
é desnecessária para bebês e crianças pequenas. No atendimento a pacientes
pediátricos, basta que o socorrista promova uma leve inclinação da cabeça para
GÊ PE
conseguir assegurar a abertura das vias aéreas.
ER O E
Cuidado com as obstruções das vias aéreas causadas por corpos estran-
hos (OVACE). Não faça pesquisa às cegas com os dedos quando tentar desob-
EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
struir as vias aéreas de crianças e lactentes, pois essas manobras poderão forçar
EM IN
elástica, assim, no caso de uma respiração forçada, produzida por uma situação
de dificuldade ou insuficiência respiratória, o uso de todos os músculos do tórax
UP
R
As lesões abdominais que produzirem distensão ou edema (inchaço) pod-
LA
eram impedir o movimento livre do diafragma e acabar produzindo uma dificul-
dade respiratória grave.
TA
2.4 A Pelve
PI
Tal qual nos adultos, as crianças poderão perder quantidades consid-
S
eráveis de sangue dentro da cavidade pélvica, como resultado de um trauma
HO
grave nessa região. É recomendável que os socorristas permaneçam monitoran-
do constantemente os sinais vitais dos pacientes para identificarem a presença
PR SA
de choque hipovolêmico. A avaliação dos sinais vitais inclui a aferição da respi-
É-
ração, do pulso, da pressão arterial e da temperatura relativa da pele. O aspecto
IA UI
externo da pele também é importante para identificar uma perfusão deficitária.
O socorrista poderá checar a perfusão comprimindo a região distal das extremi-
NC SQ
dades do paciente (dorso da mão ou pé) e avaliando o tempo do enchimento
capilar (considerar grave quando o tempo do enchimento capilar for maior que
GÊ PE
dois segundos).
ER O E
nar a mão ou o pé, o antebraço ou a perna do paciente e terá o mesmo padrão
de perfusão do leito ungueal.
EM IN
2.5 As extremidades
DEENS
3. ABUSO DE CRIANÇAS
AM
Abusos emocionais ;
Abusos físicos;
Abusos sexuais ;
R
LA
Atos de negligência.
TA
3.2 Características que indicam o abuso e/ou negligência:
PI
Falta de condições de higiene;
S
HO
Sinais de cativeiro;
PR SA
É-
Fome/desnutrição;
IA UI
Ferimentos insistentes ou lesões múltiplas em diferentes estágios de cica-
NC SQ
trização no corpo da criança;
GÊ PE
Queimaduras (principal lesão referente a abuso físico);
EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
Descrições contraditórias sobre o “acidente”.
EM IN
mento.
E N DO
ente no hospital, bem como ao responsável pelo Serviço de APH de sua organi-
zação, que deverá comunicar o fato às outras autoridades competentes.
DE ÃO
R
mento (no caso de crianças e adolescentes).
LA
5. Explique os procedimentos que irá realizar para os pais e para o paciente.
TA
6. Use se necessário um “objeto de transição”.
PI
7. No caso de crianças muito pequenas, execute os procedimentos com o paci-
S
ente no colo da mãe ou responsável.
HO
PR SA
8. Utilize equipamentos de cores e tamanho adequado para cada faixa etária.
É-
IA UI
9. Crianças têm dificuldade para aceitar ficarem deitadas, explique a necessi-
dade.
NC SQ
10. Algumas crianças podem não ser receptivas às máscaras de oxigênio sobre
GÊ PE
a face, se necessário, use copinhos plásticos limpos e vazios para substituir as
máscaras comuns.
ER O E
11. Sorria para a criança e nunca minta, nem prometa nada que não possa cum-
prir. Dê um presente (distintivo ou certificado) ou cole na roupa da criança um
EM IN
adesivo institucional em troca do bom comportamento, cooperação e coragem.
DEENS
PARTO
ES T R U T U RAS G ESTAC I O NAI S
R
LA
TA
S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
Feto
DE ÃO
Útero
Colo uterino
Vagina
R
uma membrana cheia de líquido que envolve e protege o feto.
LA
Líquido amniótico
TA
Líquido presente dentro do saco amniótico, sua função é manter a tem-
PI
peratura do feto e protegê-lo de impactos. Durante o parto concorre para formar
a bolsa das águas e lubrificar o canal do parto após a ruptura das membranas.
S
Sua cor normal é clara (branco opalescente), quando está ocorrendo anóxia e
HO
sofrimento fetal, esse líquido torna-se esverdeado.
PR SA
É-
Placenta
IA UI
Órgão especial, formado durante a gravidez, constituído por tecidos ma-
NC SQ
ternos e fetais, permitindo a troca de nutrientes entre a mãe e o feto. Normal-
mente expelido ao final do trabalho de parto. Tem formato discoidal ou ovular,
GÊ PE
com 15 a 20 cm de diâmetro, com aproximadamente 3 cm de espessura e 500 g
de peso, na gravidez de termo.
ER O E
Cordão umbilical
EM IN
Parto
PARTO
É a expulsão do feto viável, através das vias genitais ou a extração por
TO A
meio cirúrgico.
EN IN
FA S ES D O T R A B A LH O D E PARTO
M TR
DI U
Segunda Fase: Vai do momento em que o feto está no canal de parto até
AT DE
Entrevista:
AM
R
A que horas se iniciaram as contrações? Já houve a ruptura da bolsa (per-
LA
da de líquidos)?;
TA
Sente pressão na bacia, vontade de defecar ou sente o bebê saindo pela
vagina?
PI
O socorrista deve avaliar as contrações quanto ao tempo que elas duram
S
e o tempo entre uma contração e outra;
HO
PR SA
Finalmente, o socorrista deverá pedir a mãe para retirar suas roupas e
É-
realizar uma avaliação visual.
IA UI
C OM O R EC O NH EC ER
NC SQ
• Sangramento ou presença de secreções pelo rompimento do saco
GÊ PE
amniótico;
ER O E
• Freqüência das contrações, abaixo de 5 minutos com duração de 30
segundos a 01 minuto;
•
EM IN
Abaulamento da vulva;
DEENS
Abaulamento do vulva
EN
AM
UP
GR
R
1. Assegure a privacidade da parturiente, escolha um local apropriado.
LA
2. Explique à mãe o que fará e como irá fazê-lo. Procure tranquilizá-la
TA
recordando que o que está acontecendo é normal. Peça para que, após cada
contração, relaxe, pois isso facilitará o nascimento.
PI
3. Posicione a parturiente para o parto emergencial, deite-a em posição
S
ginecológica (joelhos flexionados e bem separados e os pés apoiados sobre a
HO
superfície que está deitada).
PR SA
É-
4. Coloque uma almofada debaixo da cabeça da mãe para observar os
seus movimentos respiratórios.
IA UI
NC SQ
5. Prepare o kit obstétrico e seu EPI (luvas estéreis, óculos, máscara e
avental), mantenha todo material necessário à mão.
GÊ PE
6. Disponha adequadamente os campos, lençóis ou toalhas limpas abaixo
das nádegas, logo abaixo da abertura vaginal, sobre o abdômen e sobre ambos
ER O E
os joelhos.
EM IN
DEENS
PARTO
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
10. Apóie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo com os dedos
R
bem separados. Apenas sustente a cabeça, ajudando com a outra mão, não
LA
tente puxá-la.
TA
S PI
HO
PR SA
É-
11. Se o cordão está envolvendo o pescoço do bebê, libere-o com muito
IA UI
cuidado. Se o saco amniótico não estiver rompido, corte-o com técnica e mate-
rial apropriado.
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
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E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
PARTO
TO A
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M TR
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AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
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S PI
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
5. Amarre o cordão umbilical, utilize o clamp que se encontra no seu kit de par-
AT DE
to. Se não está com o kit, utilize barbantes limpos (não use arame). Aguarde
o término do pulsar do cordão umbilical antes de clampeá-lo. O primeiro clamp
deve estar há aproximadamente 25 cm a partir do abdômen do bebê. O segun-
DE ÃO
PARTO
TO A
Brasília - DF
EN IN
sangramento vaginal.
E N DO
GÊ PE
Use um absorvente higiênico ou material similar estéril. Coloque-o sobre
a abertura vaginal (não introduza nada dentro na vagina).
ER O E
Oriente para que a parturiente abaixe, una e estenda suas pernas, sem
forçá-las. EM IN
DEENS
C OND UTA
DE ÃO
4. Forme com os dedos um “V“ entre a face do feto e a parede da vagina, criando
assim um espaço para que ele possa vir a respirar.
UP
R
LA
Quando durante o trabalho de parto, o cordão umbilical é o primeiro a se
apresentar.
TA
CO ND U TA
PI
1. Retire a parturiente da posição ginecológica, colocando-a em posição geno-
S
peitoral.
HO
PR SA
2. Não tente empurrar o cordão para dentro.
É-
IA UI
3. Não introduza a mão na vagina.
NC SQ
4. Envolva o cordão umbilical com gaze ou compressas cirúrgicas estéreis, para
mantê-lo aquecido.
GÊ PE
5. Monitore e transporte a parturiente para o hospital informado sobre o caso.
ER O E
Instrua a parturiente para que respire lenta e profundamente.
EM IN
HEMORRAGIA EXCESSIVA
DEENS
PARTO
TO A
CO ND U TA
EN IN
M TR
CO ND U TA
UP
GR
APRESENTAÇÃO DE MEMBROS
R
LA
Situação em que é expulso apenas um membro superior ou membro in-
ferior.
TA
C OND UTA
PI
1. Retire a parturiente da posição ginecológica e colocá-la em decúbito lateral
S
esquerdo.
HO
PR SA
2. Instrua para que respire lenta e profundamente.
É-
IA UI
3. Coloque um coxim ou travesseiro entre os joelhos da parturiente.
NC SQ
4. Oferte oxigênio suplementar e transportar para um hospital.
GÊ PE
ABORTAMENTO
ER O E
A expulsão de um feto antes que ele possa sobreviver por si só, ou seja,
no início da gravidez, até em torno da 20 semana, aproximadamente, é con-
siderado aborto. EM IN
C OND UTA
DEENS
da vagina.
M TR
PARTO MÚLTIPLO
DE ÃO
PARTO PREMATURO
EN
R
A ocorrência é finalizada no momento em que a equipe de APH transfere
LA
o paciente para a responsabilidade do médico no pronto-socorro. Feito isso, é
hora de registrar o atendimento, formalizando a atuação fazendo as anotações
do socorro em formulário próprio. O CBMDF possui ficha própria para o registo
TA
de todas as suas atuações no serviço pré-hospitalar, com campos que devem,
obrigatoriamente, ser preenchidos, conforme o evento e condição clínica do pa-
PI
ciente.
S
É fundamental que o socorrista compreenda que o preenchimento da ficha
HO
de atendimento é um instrumento de fortalecimento do serviço de APH, à medi-
PR SA
da que oferece informações com forte potencial de subsidiar ações de gestão do
É-
serviço, bem como propiciar estudos e pesquisas sobre violência, morbimortali-
IA UI
dade, condutas além de outras informações sóciodemográficas.
NC SQ
Ao finalizar o atendimento, algumas informações são de suma importân-
cia para o registro:
GÊ PE
• Sexo e idade;
ER O E
• Queixa principal da vítima;
EM IN
• Descrição do problema encontrado;
DEENS
• Alergias;
M TR
• Sinais vitais;
• Procedimentos realizados.
TOSEÇ
ológicos e por isso é imperativo que a viatura seja desativada até que se conclua
seu processo de descontaminação. Aqui trataremos de condutas a serem obser-
vadas para a preparação para uma nova ocorrência.
São dois os tipos de desinfecção de viaturas. A desinfecção concorrente
é aquele realizada após cada ocorrência, com foco nos locais, equipamentos e
materiais que tiveram contato com o paciente. Já a desinfecção terminal é o pro-
cedimento completo de limpeza, descontaminação e desinfecção de toda a viatu-
AR
ra, materiais e equipamentos. Ela é realizada no CBMDF conforme agendamento
prévio para cada viatura ou após atendimento de paciente portador de doença
AL
infectocontagiosa. As condutas que devem ser adotadas em relação à viatura,
materiais e equipamentos são mostradas abaixo.
IT
SP
HO
PR SA
É-
IA UI
NC SQ
R
assistência adequada. Contudo, determinados cenários são caracterizados por
LA
grande quantidade de vítimas, que, juntamente com outros fatores associados,
demandam uma resposta dos órgãos de emergências que inclua quantidade
TA
considerável de recursos humanos e materiais.
PI
No Brasil, diversos exemplos desses cenários foram noticiados nos últimos
anos, a maior parte devido a intempéries climáticas. No Distrito Federal, um aci-
S
dente com ônibus deixou 14 mortos e 5 feridos em setembro de 2003. Em 2008,
HO
135 pessoas morreram vítimas de deslizamentos de terra em Santa Catarina.
PR SA
No incêndio da boate Kiss, Santa Maria/RS, 2013, foram 242 mortes mais 145
É-
pessoas hospitalizadas. Em junho de 2016, um acidente com ônibus que trans-
portava estudantes em São Paulo deixou 18 mortos e 28 feridos.
IA UI
NC SQ
Além da gravidade e vultuosidade, todos esses eventos apresentam como
característica a necessidade de grande resposta dos serviços de emergência,
tanto em nível pré-hospitalar, como também intra-hospitalar, bem como de
GÊ PE
órgãos de apoio. Entretanto, é fundamental que tal resposta seja empreendida
de maneira organizada, articulada e idealmente preestabelecida, por meio de
ER O E
planos de acionamento municipais ou estaduais. É frequente a realização de
simulados de preparação para incidentes com múltiplas vítimas organizados por
uma única instituição, quando a realidade mostra a necessidade de articulação
EM IN
interinstitucional desde o treinamento.
DEENS
logística e finanças. Visto que diferentes órgãos poderão estar envolvidos, a efe-
tividade do emprego dos recursos, por meio do SCI, se baseia em terminologia
M TR
R
cesso pelo qual se busca determinar qual paciente será atendido primeiro com
LA
base em sua gravidade. Escolher qual paciente tratar primeiro pode ser um desa-
fio para a equipe de socorristas. Quem atender, salvar primeiro? Em situações de
TA
normalidade, ou seja, ocorrências com poucas vítimas, já está pacificado que o
atendimento prioritário é para aquela vítima que apresenta maior gravidade. To-
PI
davia, em incidentes com múltiplas vítimas (IMV), onde a quantidade de recur-
sos é insuficiente para atender a todas, a prioridade passa a ser salvar aquelas
S
que apresentam maior chance de sobrevida e o maior número de pessoas.
HO
O método de triagem pré-hospitalar conhecido como Simple Triage and
PR SA
Rapid Treatment, START (Triagem simples e tratamento rápido) é amplamente
É-
utilizado e permite a triagem de uma vítima em até 1 minuto, utilizando como
IA UI
parâmetros a respiração, a perfusão e o nível de consciência. Dessa forma, con-
forme os achados clínicos de cada paciente na cena de emergência, o paciente
NC SQ
é classificado em:
GÊ PE
ou lesões críticas, mas com boa chance de sobrevida. Necessitam de tratamento
mas graves ou sem prioridade. As vítimas que permanecem na cena deverão ser
abordadas e ter sua respiração imediatamente verificada.
DE ÃO
be a cor preta. Caso volte a respirar deve ser classificada como de 1ª prioridade
imediatamente. A frequência respiratória deverá ser aferida naquelas vítimas
que respiram espontaneamente. Indivíduos com respiração maior ou igual a 30
vpm são de 1ª prioridade e recebem a cor vermelha. Aqueles com frequência
respiratória menor que 30 vpm deverão ter seu estado circulatório verificado.
EN
R
normalmente um trauma de membro inferior, não deambulam.
LA
O ideal é que as vítimas, após triadas, tenham fixados em seus corpos
TA
um cartão de triagem. Esse cartão, além de identificar a prioridade da vítima,
dispõe de campos para preenchimento de informações importantes, tais como:
PI
nome, idade, localização de lesões, sinais vitais, drogas recebidas, órgão re-
sponsável pelo transporte e hospital de destino. Caso esses cartões não estejam
S
disponíveis, fitas coloridas deverão ser utilizadas e fixadas nas vítimas.
HO
PR SA
Algoritmo do método START
É-
IA UI
NC SQ
GÊ PE
ER O E
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
AT DE
DE ÃO
TOSEÇ
EN
AM
UP
GR
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DE VÍTIMAS (ACV)
E
R
POSTO MÉDICO AVANÇADO (PMA)
LA
A ár ea de co nc e ntraç ão de vít imas ( A C V ) é um local dis-
posto na zona fria da cena de emergência na qual serão fixados pontos de
TA
recebimento de vítimas, segundo sua classificação na triagem. Nesse local as
vítimas receberão assistência, enquanto não se realiza o transporte. As zonas
PI
da ACV deverão ser coordenadas por um médico ou enfermeiro.
S
O post o m é dic o av anç ado ( P M A )
HO
é uma estrutura coordenada
por um médico e que engloba a ACV. O coordenador do PMA, tem, entre
PR SA
outras funções, a coordenação do fluxo de pacientes que entram e saem
É-
do PMA e manutençãodo contato direto com o médico regulador do posto
IA UI
médico de regulação (PMR) para estabelecimento da unidade de saúde de
destino.
NC SQ
GÊ PE
AFOGAMENTO
O QUE É
R
Afogamento é a dificuldade respiratória causada pela aspiração de líquido
LA
durante processo de imersão ou submersão. A Organização Mundial de Saúde
estima que o afogamento é responsável por cerca de 372.000 mortes anual-
mente em todo o mundo. Por serem mortes consideradas evitáveis, é funda-
TA
mental que medidas preventivas sejam fortemente implementadas, tais como
sinalização de locais de risco, presença de guarda-vidas em piscinas coletivas,
PI
cercamento de piscinas, supervisão de adultos, não saltar em locais rasos, etc.
S
O afogamento é uma importante causa de parada cardiorrespiratória
HO
(PCR). Um estudo apontou que apenas 0,8% dos afogados com PCR atendidos
PR SA
em um serviço de emergência apresentaram sobrevida com função neurológica
É-
preservada após 30 dias. Maior probabilidade de sobrevida é geralmente asso-
IA UI
ciada à temperatura da água. Tripton e Golden propuseram que a reanimação é
extremamente improvável quando houver submersão por tempo maior que 30
NC SQ
minutos em água com temperatura maior que 6º C e submersão maior que 90
minutos, com temperatura da água menor que 6º C.
GÊ PE
Em 1986, nos Estados Unidos, uma criança de 2 anos e meio de idade
sobreviveu, com função neurológica preservada, após reanimação e cuidados
ER O E
pós-PCR, mesmo ficando 66 minutos submersa em água com temperatura de
cerca de 5º C. No Brasil, Szpilman sugere que a reanimação deve ser tentada
quando o tempo de submersão for menor que 60 minutos e não houver sinal de
morte evidente.
EM IN
DEENS
TO A
EN IN
M TR
DI U
E N DO
R
Durante o processo de afogamento, as vítimas costumam apresentar
LA
comportamento estereotipado, com pedidos de socorro e agitação na água, se-
guida por fadiga e submersões intercaladas. De toda forma, este capítulo não
tem por objetivo orientações de salvamento aquático, mas sim de assistência
TA
pré-hospitalar ao afogado em terra, ainda que ventilações de resgate possam ser
realizadas por guarda-vidas dentro da água. Para maior clareza da conduta que
PI
deve ser empregada, o afogamento é dividido em 6 graus, conforme descrito no
quadro abaixo.
S
HO
GRAU SINAIS E SINTOMAS CONDUTA
PR SA
Sem tosse, espuma na • Avaliar via-aérea.
É-
-- boca e/ou nariz ou difi- • Liberar do local.
IA UI
culdade respiratória.
• Repouso, aquecimento e medidas
NC SQ
que visem o conforto e tranquilidade
Tosse, sem espuma na do banhista.
1
GÊ PE
boca e/ou nariz.
• Sem necessidade de hospitaliza-
2 so, tranquilização.
e/ou nariz
• Observação hospitalar por 6 a
DEENS
24 h.
• Oxigênio por máscara facial a 15
litros/min no local do acidente.
Muita espuma na boca e/
TO A
mento em CTI.
• Oxigênio por máscara a 15 litros/
DI U
4
Pulso radial não palpá- bre o lado direito.
vel. • Ambulância urgente para melhor
DE ÃO
da circulação.
Tempo de submersão
UP
te.
Os cuidados relativos ao ABCDE devem ser mantidos. As maiores compli-
cações relativas ao afogamento são a parada respiratória e cardiorrespiratória.
Caso haja condições (dupla de guarda-vidas ou guarda-vida com material flu-
tuante), e se o tempo de retorno à área seca seja de 3 a 10 vezes maior que o
R
tempo de acesso à vítima, a parada respiratória deve ser identificada e venti-
LA
lações de resgate feitas ainda dentro da água. Deverão ser realizadas 10 ven-
tilações de resgate. Se não houver retorno da respiração, o guarda-vidas deve
TA
realizar o resgate o mais rápido possível para que a vítima possa receber RCP.
PI
Em área seca, a vítima deve ser posicionada paralela à agua. Desde 2010,
a sequência de atendimento para uma PCR foi alterada para CAB. Entretanto,
S
devido a etiologia da PCR (hipóxia) no afogamento, a abordagem da vítima deve
HO
seguir o ABC. A via-aérea deve ser posicionada e a ventilação verificada. Estan-
PR SA
do ausente a respiração, o socorrista deve executar 5 ventilações de resgate e
É-
em seguida checar o pulso. Caso exista pulso palpável, mas a respiração conti-
nua ausente, a reanimação respiratória deve ser continuada com a execução de
IA UI
10 a 12 ventilações/minuto, com checagem de pulso a cada 2 minutos.
NC SQ
Se a vítima apresentar PCR, a RCP deve ser executa da seguinte maneira:
30 compressões por duas ventilações (30x2) quando houver apenas 1 socorris-
GÊ PE
ta ou 15 compressões por 2 ventilações quando houver 2 socorristas (15x2). O
pulso deve ser checado a cada 2 minutos (5 ciclos e 30x2 ou 10 ciclos de 15x2).
ER O E
Assim como na RCP em paradas cardiorrespiratórias de outras etiologias, os
socorristas devem inverter suas funções a cada 2 minutos para manutenção da
qualidade das compressões torácicas. O resgate de uma vítima em afogamento
EM IN
pode ser fisicamente extenuante e implicar na qualidade da RCP. Por isso, sem-
pre que possível, a RCP deve ser feita por socorrista ou guarda-vida que não
tenha participado da retirada da vítima da água.
DEENS
ou assistolia. Mesmo assim, como a PCR pode ter sido ocasionada por patologia
EN IN