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DO FATO:
A autora firmou com o Réu Caetano Veloso, e com Gilberto Gil, um negócio
jurídico para fins de formarem um grupo musical, e para tanto fizeram um empréstimo
com Roberto Carlos Braga, e tornaram-se devedores solidários da totalidade da dívida no
valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), com vencimento para o dia
20/05/19.
Em razão da longa amizade com Caetano, Roberto Carlos exonerou-o da
solidariedade, e Gilberto Gil tornou-se insolvente em 10/01/2019.
Todavia, o pagamento deveria ter sido realizado pelos três, porém o credor
exonerou Caetano da solidariedade, ficando R$ 100.000,00 (cem mil reais) para Maria e
Gilberto que continuaram devedores da sua cota equivalente, Gilberto no entanto e tornou
insolvente, não tendo condições de pagar a dívida, e Caetano embora exonerado da
solidariedade, fica ainda responsável pelo pagamento de R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais). Porém, mesmo diante desses fatos, autora pagou a dívida total de R$150.000,00
(cento e cinquenta mil reais) no dia do vencimento.
DO DIREITO
Conforme diz o art. 283 e art. 284 do Código Civil:
Art. 283 “O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito
a exigir de cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se
igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-
se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores.”
Art. 284. “No caso de rateio entre os codevedores, contribuirão
também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte
que na obrigação incumbia ao insolvente.”
Diante disso, é evidente que Maria tem direito de cobrar de Caetano, que embora
exonerado anteriormente, ainda tem reponsabilidade sobre sua cota e sobre a cota de
Gilberto juntamente com Maria, pois este se tornou insolvente e não possui condições de
pagar tal dívida. Dessa forma, é justo que Caetano pague R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil
reais) a Maria, totalizando a metade da cota parte pertencente a Gilberto Gil.
Além disso, o art. 305 do Código Civil também trás a possibilidade de reaver a
parte que terceiro não interessado paga a dívida:
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu
próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não
se sub-roga nos direitos do credor.
DOS PEDIDOS
Conforme o que foi exposto, requer:
a) A citação do Requerido ou de seu representante legal, para responder aos termos
desta ação, sob pena de revelia;
b) Que o Requerido pague à Requerida o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil
reais), mais juros e correções monetárias até o efetivo pagamento;
c) A condenação ao Requerido ao pagamento de custas processuais e honorários
advocatícios.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento
Local, data.
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Advogado
OAB/UF