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Introdução

Toda estrutura ou edifício é fundado no solo e impõe cargas que suportam a fundação.
As tensões podem causar deformações no solo de três maneiras: Deformação elástica
das partículas do solo (quase desprezível); Mudança no volume resultante da expulsão
da água dos vazios do solo (adensamento). Deslizamento entre as partículas do solo
(ruptura por cisalhamento que ocorre quando as tensões cisalhantes excedem as
resistências máximas do solo). Por exemplo, quando uma sapata de fundação é
carregada até a ruptura ou quando ocorre escorregamento de taludes. O presente
relatório tem por objectivo, descrever os ensaios triaxiais e de cisalhamento directo,
suas finalidades, vantagens e desvantagens.
Resumo teórico

Ensaios triaxiais
O ensaio de compressão triaxial é um dos mais confiáveis métodos disponíveis para a
determinação dos parâmetros da resistência ao cisalhamento. É usado amplamente para
ensaios de pesquisa e convencionais.

Neste ensaio, o corpo de prova é envolvido por uma fina membrana de borracha e colocado
dentro de uma câmara cilíndrica que é normalmente preenchida com água ou glicerina. O
corpo de prova é submetido a uma pressão de confinamento por compressão do fluido na
câmara. Para provocar a ruptura por cisalhamento no corpo de prova, deve-se aplicar uma
tensão axial por meio de uma haste de carregamento vertical.

A carga axial aplicada pela haste de carregamento correspondente a uma dada deformação
axial é medida por um anel dinamométrico ou célula de carga fixada à haste.

Segundo (Valejos, 2005) Este tipo de ensaio é mais eficaz e oferecem bons resultados
para a determinação da resistência do solo. Basicamente consiste num corpo de prova
cilíndrico envolvidos por uma membrana impermeável e que é colocado dentro de uma
câmara.
Esses ensaios são os mais utilizados na actualidade, por sua condição de aparelhagem,
mais refinadas, capazes de garantir uma impermeabilização total da amostra, controle
absoluto da drenagem e medida do valor da pressão neutra.

Objectivo do ensaio
Os ensaios de compressão triaxial são ensaios bastante utilizados em laboratórios, cujo
objectivo é analisar o comportamento e medir as propriedades mecânicas e obtenção de
parâmetros de resistência ao cisalhamento e deformabilidade dos solos. Além disso tem
o objectivo de determinar propriedades de rocha para um grande intervalo de tensão e
temperatura (DAS, 2007).

Equipamento para o ensaio


 Prensa de compressão;
 Unidade de controle de pressões;
 Compressor;
 Reservatório de água desgazificada; e
 Microcomputador (monitoramento e aquisição de dados automática).
Figura 1: Prensa para ensaio de compressão (vista em corte).

Figura 2: Prensa para ensaio de compressão.


Figura 3: Equipamento completo para ensaio de compressão.

Tipos de ensaio triaxial


Os ensaios triaxiais podem de ser de tres tipos:

 Ensaio adensado drenado ou ensaio drenado (ensaio CD).


 Ensaio adensado não-drenado (ensaio CU).
 Ensaio não-adensado não-drenado ou ensaio não-drenado (ensaio UU).

Ensaio triaxial adensado drenado (CD)


Também chamado impropriamente de ensaio lento, devido à condição de ser um ensaio
muito lento, no ensaio CD, o corpo de prova saturado é submetido primeiro a uma
pressão de confinamento em toda a sua volta, por compressão do fluido da câmara.
Neste ensaio há permanente drenagem do corpo de prova. Aplica-se a tensão confinante
(σ3) e espera-se o corpo de prova adensar (24 a 48 horas). A seguir, a tensão axial (σd)
é aplicada lentamente, permitindo a dissipação do excesso de pressão neutra (u) gerada
pelo carregamento (até uma semana).

Desta maneira a pressão neutra durante o carregamento permanece nula e as tensões


totais medidas são às tensões efectivas.
 Este tipo de ensaio é aplicado na análise da resistência ao cisalhamento em solos
de alta permeabilidade consolidados, no caso de estabilidade de estruturas de
solos argilosos a longo tempo com relação a taludes e empuxos, ou de estruturas
de solos arenosa.
 Parâmetros buscados: Resistência em termos de tensões efectiva.
(Marangon,1997).

Figura 4: Gráfico do ensaio adensado drenado.

Ensaio triaxial adensado não drenado (CU)


O ensaio adensado não-drenado é o tipo mais comum de ensaio triaxial. Nesse ensaio,
aplica-se a tensão de confinamento permitindo-se a drenagem do corpo de prova
(adensamento), até a completa dissipação do excesso de pressão neutra gerada pela
aplicação da tensão confinante. Na sequência aplica-se o carregamento axial σ1, espera
estabilizar e rompe sem drenagem. Este ensaio fornece a resistência não drenada em
função da tensão de adensamento. Se as pressões neutras forem medidas, ter-se-á a
resistência em termos de tensões efectivas, sendo por essa razão bastante empregado por
permitir determinar a envoltório de resistência em termos de tensão efectiva em cerca de
dois dias;

 Rápido pré-adensado (R): este ensaio é o que melhor representa as condições do


solo para a análise da estabilidade de um aterro certo tempo após a sua construção,
ou da estabilidade de uma barragem em virtude de um rebaixamento rápido do
reservatório.
 Este tipo de ensaio é aplicado para análise a curto prazo da resistência ao
cisalhamento de solos de baixa permeabilidade consolidados; No caso de barragens
de terra quando há possibilidade de rápido esvaziamento. (Marangon, 1997).

Figura 5: Gráfico de ensaio adensado não drenado.

Ensaio triaxial não adensado não drenado (UU)


Também chamado de ensaio rápido, este, é recomendado quando se deseja obter a
coesão e ângulo de atrito por exemplo, um talude.

Em ensaios não-adensados não-drenados, a drenagem do corpo de prova do solo não é


permitida durante a aplicação da pressão da câmara. O corpo de prova do ensaio é
cisalhado até a ruptura pela aplicação da tensão desviadora, e a drenagem é impedida.
Como a drenagem não é permitida em nenhum estágio, o ensaio pode ser realizado
rapidamente. Por causa da aplicação da pressão de confinamento da câmara, a poro
pressão no corpo de prova do solo aumentará. Um aumento adicional na poropressão
ocorrerá por causa da aplicação da tensão desviadora.

Este ensaio normalmente é realizado em corpos de prova de argila e depende de um


conceito de resistência muito importante para solos coesivos, se o solo for
completamente saturado e demora cerca de 1 a 2 horas.
 É aplicado para análises a curto prazo da resistência ao cisalhamento de solos de
baixa permeabilidade não consolidados.
 Solos argilosos abaixo de fundações de edifícios, estruturas de terra em cortes
provisórios, fundações de aterros em solos moles. (Valejos, 2005)

Figura 6: Gráfico do ensaio não drenado não adensado.

Procedimento do ensaio triaxial


1afase: Preparação da amostra.

 Moldar um corpo de prova cilíndrico a partir de amostra indeformado;


 Neste tipo de ensaio, se utiliza um corpo de prova cilíndrico envolvido por uma
membrana de látex;
 O corpo de prova é inserido dentro de uma câmara de ensaio transparente já
envolvido pela membrana de látex;
 O espaço entre a membrana e a parede da câmara é preenchido com água à qual se
aplica uma pressão, que é chamada pressão confinante ou pressão de confinamento
do ensaio. Esta pressão atua em todas as direcções, inclusive na direcção vertical. O
corpo de prova fica sob um estado hidrostático de tensões. (Marangon,1997).

 A prensa comprime o corpo de prova contra o pistão (ou êmbolo) com velocidade
constante, até a ruptura por cisalhamento, neste processo, permite-se medir variação
de altura da amostra (∆𝐻) e força axial actuante no pistão (N).
2afase: Adensamento ou consolidação.

Como foram referidos três tipos de ensaio triaxial, a segunda fase do ensaio, vai de
acordo com o tipo de ensaio. Portanto, tem-se:
 Quando for realizado o ensaio Consolidado Drenado (CD) (ensaio lento): Há
permanente drenagem do corpo de prova. Aplica-se a pressão confinante e espera-se
que o corpo, com a dissipação da pressão neutra, adense. A seguir, a tensão axial é
aumentada lentamente, para que a água sob pressão possa sair. Desta forma, a
pressão neutra durante todo o carregamento é praticamente nula, e as tensões totais
aplicadas indicam as tensões efectivas que estavam ocorrendo, sendo portanto os
parâmetros determinados em termos de tensões efectivas. Se o solo for muito
permeável (areias), o ensaio pode ser realizado em poucos minutos, mas, para
argilas, o carregamento axial pode requerer 20 dias ou mais.

 Quando for realizado o ensaio Consolidado Não-Drenado (CU) (ensaio rápido):


Nesse ensaio, aplica-se a tensão de confinamento permitindo-se a drenagem do
corpo de prova (adensamento), até a completa dissipação do excesso de pressão
neutra gerada pela aplicação da tensão confinante. Fecham-se os registro do canal de
drenagem e aplica-se a tensão axial (desviadora) até a ruptura, medindo-se as
pressões neutras geradas pelo carregamento. Logo, após aplicar 𝜎3, fecha-se as
válvulas de saída de água pelas pedras porosas dando garantia da condição pré-
estabelecida, independente da velocidade em que essa carga axial seja aplicada.
 Quando for realizado para o ensaio Não-Consolidado Não-Drenado (UU) (ensaio
rápido): Para solos de baixa permeabilidade não-consolidados (não-adensados).
Mantendo a drenagem do corpo de prova fechada, aplicar 𝜎𝐶 (tensão confinante).
As válvulas de comunicação entre as pedras porosas e as buretas de medição serão
fechadas impedindo a drenagem da mesma durante as aplicações das tensões. No
ensaio, aplica-se a pressão hidrostática 𝜎3 e, de imediato, se rompe o corpo de prova
com a aplicação da pressão axial 𝜎1, em velocidades padronizadas. Não se
conhecem as pressões efectivas em nenhuma das fases de execução do ensaio nem
tão pouco sua distribuição. (Caracterizacao Mecanica de Rocha)
3a fase: Ruptura ou cisalhamento.

 Esta fase corresponde ao cisalhamento da amostra propriamente dito e também


deverá ser executada de acordo com as condições de drenagem anteriormente
escolhida, ou seja, se será permitida a geração de pressão neutra durante o ensaio ou
não. No caso de ser executada sem drenagem o valor da poropressão deve ser
mantido durante o ensaio para possibilitar a determinação do estado de tensões
efectivas do corpo de prova durante o ensaio. (Marangon,1997).

Aplicações de ensaios triaxiais


Os ensaios triaxiais são aplicados, de acordo com as condições previstas de ocorrência
na obra, as condições de ensaio em relação à compressão ou expansão, condição de
drenagem, condição de deformação, entre outras. De acordo com a importância da obra
e/ou com as características do solo e dos previstos esforços solicitantes, poderemos
criar, em laboratório, condições que sejam condizentes com cada problema de projecto
em questão. (DAS, 2007).

Parâmetros medidos/estudados ou finalidade do ensaio


Um ensaio de compressão triaxial envolve, como mínimo, as leituras de força aplicada
ao pistão (utilizando um anel dinamométrico ou uma célula de carga), e as leituras de
deformação do corpo de prova, conseguidas com o auxílio de um extensômetro ou de
um transdutor de deslocamento, além da pressão confinante aplicada ao corpo de prova.
É muito comum, também efectuar a leitura de pressões neutras ou a leitura de variação
de volume do corpo de prova.
As pressões neutras, nos ensaios não drenados, podem ser medidas através de
manómetros ou de transdutores de pressão em contacto com a água intersticial, seja pela
base, pelo topo ou, menos usualmente, pela lateral do corpo de prova. Em solos não
saturados, a pressão na água pode ser medida da mesma forma, dentro de certos limites.
A variação do volume do corpo de prova, no caso de solo saturado e ensaio drenado,
pode ser conseguida pela leitura do volume de água que drena do corpo de prova,
através de uma bureta graduada conectada a uma ou a ambas as conexões de drenagem.
(Valejos, 2005).
Durante o ensaio triaxial é realizada a aquisição dos seguintes dados ao longo do tempo:
 Tensão desviadora e confinante;
 Deformação axial e radical.
 Resistência ao corte;
Com esses dados calcula-se poisson (V), módulo de deformabilidade (E) e módulo de
deformabilidade no descarregamento (EU), que corresponde ao módulo de elasticidade.
Vantagens e Desvantagens do Ensaio Triaxial
Vantagem
 Várias trajectórias de tensões;
 Controle de drenagem;
 Conhecimento do estado de tensão em qualquer plano durante todo o ensaio;
 O plano de ruptura não é pré-determinado;
 É possível a obtenção da pressão neutra em qualquer estágio do ensaio;
 Não ocorre ruptura progressiva.

Desvantagem
 Custo relativamente elevado;
 Ensaio axi-simétrico (considera dois planos com mesmo estado de tensões).
(Valejos, 2005)

Ensaio de cisalhamento directo


O ensaio de resistência ao cisalhamento se baseia no critério de Coulomb. Em que uma
tensão normal é aplicada num plano e verifica-se a tensão cisalhante que provoca a
ruptura. Os aspectos da resistência ao cisalhamento podem ser divididos em quatro
categorias:
 A resistência ao cisalhamento de solos não coesivos e de drenagem livre (areias e
pedregulhos) que é independente do tempo.
 A resistência ao cisalhamento drenada dos solos coesivos, que dependem da
velocidade de deslocamento lenta o bastante para permitir a drenagem total
durante o ensaio.
 A resistência ao cisalhamento residual dos solos como as argilas
“overconsolidated” para as quais o movimento de deslocamento deve ser lento e
longo.
 A resistência ao cisalhamento de solos coesivos fofos, sem drenagem, ou seja, a
tensão cisalhante é aplicada relativamente rápida.

Equipamento e acessórios do ensaio de cisalhamento directo


• Prensa de cisalhamento directo: O aparelho compreende uma unidade móvel, uma
caixa de cisalhamento, um suporte para carga e outros itens que podem ser colocadas
em uma mesa ou em um pedestal. Quando o carregamento excede a 200 kg deve
haver uma protecção para a base do aparelho.
 Suporte de carga para aplicação das tensões normais (σ).
 Sistema de alavancas para aplicação de σ.
 Jogo de pesos
 Extensômetros para medir as tensões horizontais com certificado de calibração
 Unidade eléctrica de deslocamento com multi-velocidades com motor reversível
indo de 5 mm/min a 0,0003 mm/min. Para os ensaios rápidos: 10 – 20 min a
velocidade é de 1 mm/min.
 Alavanca de carga
 Unidade de balanço de cargas
 Micrômetro de 12 mm com intervalo de 0,002 mm para deslocamentos verticais;
 Micrômetro de 25 mm com intervalo de 0,01 mm para deslocamentos horizontais;

Figura 7: Caixa de cisalhamento desmontada.

Figura 8: Caixa de cisalhamento da prensa de cisalhamento directo.


Figura 9: Prensa de cisalhamento directo.

Objectivo do ensaio
 A tensão de corte é uma grandeza dependente de ângulo de atrito interno e
coesão dos grãos, assim o objectivo deste ensaio centra-se na obtenção de
parâmetros que determinam a resistência ao cisalhamento do solo: Coesão (c);
Ângulo de atrito interna (φ).
𝜏′𝑓 = 𝑐 ′ + 𝑡𝑎𝑔𝜃′
 Como não é possível a medição dos valores de pressão neutra, os ensaios em areias são
feitos sempre de forma a que as pressões neutras se dissipem. Assim, os resultados são
considerados em termos de tensões efectivas. Para atingir o mesmo resultado, mas
usando um conceito oposto, nas argilas, aplica-se os carregamentos de forma muito rápida
para impossibilitar a saída de água, não permitindo a dissipação da poropressão.

Procedimentos do ensaio
 Molda-se um corpo de prova, nas dimensões internas da caixa de cisalhamento, com uma
amostra indeformada, ou compacta-se a amostra deformada nas mesmas condições
daquelas encontradas no local d origem.
 O corpo de prova do solo é colocado parcialmente na caixa de cisalhamento, ficando com
sua metade superior dentro de um anel.
 Instalar na prensa a caixa de cisalhamento contendo o corpo de prova entre as pedras
porosas e placas dentadas, de tal maneira que o corpo-de-prova fique no meio, entre as
partes inferior e superior da caixa;
 Aplica-se inicialmente uma força vertical N, por meio de acréscimo de anilhas no pendural.
- Após, força tangencial T é aplicada ao anel que contém a parte superior do corpo de
prova, por meio do motor eléctrico, provocando seu deslocamento, medindo-se a força
suportada pelo solo.
 As forças T e N, divididas pela área da seção transversal do corpo de prova, indicam as
tensões 𝜎 𝑒 𝜏 que nele estão ocorrendo.
 A tensão 𝜏 pode ser representada em função do deslocamento no sentido do cisalhamento
(horizontal), onde se identificam a tensão de ruptura, 𝜏𝑚𝑎𝑥 , e a tensão residual, que o
corpo de prova ainda sustenta, após ultrapassada a situação de ruptura, 𝜏𝑟𝑒𝑠 . O
deslocamento vertical durante o ensaio também é registrado, indicando se houve
diminuição ou aumento de volume durante o cisalhamento.

A se repetir os ensaios com diversas tensões normais, obtém-se a envoltória de resistência.

Vantagens e desvantagens do ensaio cisalhamento directo


Desvantagens

 A amostra de solo é predeterminada a romper segundo um plano horizontal.


 A distribuição de tensões na superfície de ruptura não é uniforme.
 As direcções dos planos principais sofrem rotação quando a tensão cisalhante
aumenta.
 Nenhum controle de drenagem existe, exceto com a variação da velocidade de
deslocamento.
 Poropressão não é medida
 A deformação que pode ser aplicada ao solo é limitada pelo máximo comprimento
do aparelho.
 A área de contacto entre o solo e as duas metades do aparelho diminui com a
execução do ensaio.

Vantagens

 Ensaio rápido é simples quando comparado ao triaxial;


 Os princípios básicos são bem entendidos;
 Preparação de recompactação das amostras não é difícil;
 O princípio pode ser estendido para solos pedregulhosos e outros materiais;
 O atrito entre rocha e solo e o ângulo do atrito entre solos e muitos outros
materiais de engenharia podem ser medidos;
 O aparelho pode ser utilizado para ensaios drenados e para a medição da
resistência residual através do processo multi-reversivo.

CONCLUSÕES O novo equipamento veio dotar o Laboratório de Geotecnia da


SAECiviL da capacidade realizar ensaios triaxiais com um maior grau de fiabilidade
e controlo das tensões e, devido à sua estrutura modular, são maiores as
possibilidades de fácil expansão do sistema para a realização futura de ensaios
triaxiais mais avançados como, por exemplo, os ensaios triaxiais em extensão (com
a incorporação da câmara triaxial de Bishop-Wesley) ou ensaios triaxiais com
medição das velocidades de propagação de ondas sísmicas com recurso aos
“bender elements” (Hooker, 2002). Outra mais valia associada ao sistema
automático com os actuadores/controladores digitais é a possibilidade da
realização de ensaios automáticos de consolidação hidráulica dos tipos taxa de
carregamento constante, gradiente hidráulico constante, taxa de deformação
constante e carregamento escalonado, bastando para tal a substituição da câmara
triaxial pela célula de consolidação de Rowe-Barden, também disponível no
laboratório. No presente, o equipamento tem sido rotinado fundamentalmente
com a realização de um volume de ensaios triaxiais no âmbito do projecto final de
curso dos alunos co-autores deste artigo, não obstando a sua função didática nas
disciplinas geotécnicas. Ao nível da investigação, a partir daqui, perspectiva-se uma
actividade mais intensa.

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