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MEMÓRIA
DA PRAÇA
FÉLIX MARTINS
José Luiz Machado Rodrigues e Nilza Cantoni(*)
D
ata de 1890 a primeira notícia que se tem do Largo do Capitão Fé-
lix, como ao local se referiu o Subdelegado de Polícia Francisco
Fortes de Bustamante ao definir os limites do 7º quarteirão da área
urbana de Leopoldina (1). Uma propriedade que fazia divisa com o Enge-
nho Central de beneficiamento de café localizado (2) ao lado da Estação
Ferroviária, onde hoje se encontra o prédio da Caixa Econômica Federal;
com as atuais ruas Plóbio Cortes e Francisco de Andrade Bastos até a
ponte do Feijão Cru; e, no outro lado, com a Fazenda do Desengano, con-
forme nos conta Luiz Rousseau (3):
Ao lado da leiteria havia então apenas duas casas que margeavam a es- Linha férrea ao lado da praça
trada que ia para a Chácara do Desengano; as tais casas sumiram-se e
em seu lugar há muitas outras, novas. No fim dessa rua fica o Grupo Es-
colar Ribeiro Junqueira, onde era o depósito de lixo da cidade.
Registre-se que a citada leiteria ficava onde hoje está o Shopping LAC e
que entre ela e o Engenho Central havia o leito da ferrovia e a Estação.
Conta-nos Mauro Almeida (4) que “a Praça General Ozório era apenas
o fim da Rua Municipal, numa porteira que dava acesso às terras da Fa-
zenda Desengano, atravessando a alagada várzea, atual Félix Martins”.
Lembramos que a Rua Municipal é a atual Cotegipe.
No início do século XX o largo se tornou Parque após os serviços de deli-
neamento e preparação do terreno realizado pelo engenheiro Osório Re-
zende Meirelles, filho do fazendeiro Antonio Belizandro dos Reis Meire-
les, que voltara para Leopoldina, contratado como “superintendente dos
serviços urbanos” pela Prefeitura Municipal, conforme citado por Barroso
Júnior. Em 1916 o logradouro foi assim mencionado por Capri (5):
Para Barroso Júnior (6): Na Rua Manoel Lobato, onde, noutros tempos
era estrada de tropas, se ergueu um rancho frequentado de tropeiros.
Essa rua liga a Praça Professor Ângelo a outra, a Félix Martins, que se
chamou Parque[...]. Praça Félix Martins vista da antiga rodoviária - Década de 1960
Notas:
1 Gazeta de Leste, 1890, 11 outubro, edição nº 2, p 3.
2 BOTELHO, Luiz Eugênio. Leopoldina de Outrora. Belo Horizonte: s.n., 1963. p.39
3 BOTELHO, Luiz Rousseau. Coração de Menino. Belo Horizonte: Vega/Novo Espaço, 1984. p.169
4 PEREIRA, Mauro de Almeida. O Escrivão. Belo Horizonte: Editora B, 2015. p.132
5 CAPRI, Roberto. Minas Gerais e seus Municípios. São Paulo: Pocai Weiss & Cia, 1916 p. 246
6 BARROSO JÚNIOR, João Pereira. Nossa Terra: o centenário da Cidade de Leopoldina, em Minas Gerais. In: Revista Eu Sei
Tudo, nº 11, abril 1932, p.14
7 ABREU, Maurício de Almeida. Escritos sobre espaço e história. Rio de Janeiro, Garamond, 2014. p. 279-280
8 Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, TP 114, Registro de Terras de Leopoldina. Praça Felix Martins