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N º7 ANO 2 SE T|OU T 2012

revistalettering.com.br
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Ser melhor. Esse é o combustível que move toda a equipe Lettering a cada
nova edição. Ser melhor na escolha dos assuntos, ser melhor na qualidade das
fotos, ser melhor na diagramação, ser melhor em todas as outras ações que
envolvem o projeto de fortalecer o mercado regional, por meio das ferramentas
da Comunicação.

Esse desejo de ser melhor foi ainda mais intenso na preparação desta edição,
porque ela marca o início de uma nova fase da revista, uma fase de maior contato
com o público-leitor – a classe empresarial do Vale do Paraíba –, uma fase de
amadurecimento editorial e também do projeto gráfico: tudo pensado para que
a Lettering tenha vida longa e possa acompanhar o desenvolvimento de uma
região que não para de pulsar.

Sobre o que vamos falar nas próximas páginas? Da venda de produtos por
catálogo ou pela internet, das vantagens de se anunciar em mídias tradicionais
ou nas chamadas mídias alternativas, de que conteúdo colocar nas redes sociais
e também sobre como saber enfrentar uma crise de imagem. Assuntos variados
e com a opinião de quem entende do bordado.

Gostou? Comece, então, a folhear a edição que tem em mãos. Enquanto você faz
isso, nossa equipe já está a todo o vapor para produzir uma outra revista, ainda
melhor.

Você merece.

>

fotografia original: ilustração: RODRIGO ABREU revistalettering.com.br


Astronaut on Mars - Joshua Smith
Banco de Imagens: StockVault

colorização: thiago gustavo


EDITORA LETICIA MARIA MtB: 27.773
DIRETORA DE CRIAÇÃO KARINA R DIAS
SECRETÁRIA DE REDAÇÃO MARIA CLARA CARVALHO

CONSELHO EDITORIAL
AISLAN GRECA
CASSIO ROSAS
GUSTAVO GOBATTO
JOSUÉ BRAZIL
OSWALDO RODRIGUES

IMPRESSÃO RESOLUÇÃO GRÁFICA

Editora Papel Brasil


Rua Coronel Gomes Nogueira 44 - Sala 11
Centro - Taubaté-SP
12010-120

10 MIL EXEMPLARES

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA

PUBLICIDADE
comercial@revistalettering.com.br

revistalettering.com.br
@Lettering_
facebook.com/revistalettering

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e


ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos
artistas ou do editor da revista lettering.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não
refletem necessariamente a opinião da revista.

10 cara de conteúdo 18 sua marca na tela 24 vitrine móvel


fernanda guerra júlia freire redação

34 quando a crise chegar 44 chiques & famosos 52 revista


redação andré leite redação

thiago gustavo é fotógrafo. fer-


nanda guerra é jornalista. rodri-
go abreu é ilustrador. ELUANDA
ANDRADE é ESTUDANTE DE PROPA-
GANDA. JULIA FREIRE é jornalista.
Luzimar goulart gouvêa é revi-
sor. marina duarte é ESTUDANTE
DE PROPAGANDA. ANDRÉ LEITE É JOR-
NALISTA. VÍVIAN MISAWA É ESTUDANTE revistalettering.com.br
DE WEBDESIGN. vanessa campos é
escritora e ilustratora.
@mateixeira Encontre seu exemplar
Hoje é dia de ler a revista @lettering_ de cabo a Taubaté/SP
rabo :) Amo Café
Rua Pedro Costa, 105 – Centro
Loja 02
@raphasacchi
Ao Leite Café
@Lettering_ Parabéns pela revista, temas Rua Anizio Ortiz Monteiro, 615 – Centro
super pertinentes sobre comunicação numa Café Chicão
abordagem ousada, inusitada e inovadora. Rua Jacques Félix, 470 – Centro

Doces Vera
Rua Francisco de Barros, 148 – Centro
@DiaboliqViolet
Donna Bella – Casa de Delícias
Eu quero, eu quero! RT@Lettering_ Tem Praça Félix Guisard, 229
#lettering6 na banca de jornais e revistas Santa Empório Buena Vista
Terezinha, em Taubaté. Rua Dr. Emilio Winther, 299 – Centro

Padaria do Jarbas
Praça Barão do Rio Branco, 65 – Centro
@alexandrepuppio
Pizzaria e Restaurante Peperone
@Lettering_ A era já permite paixão pela Rua XV de Novembro, 348 – Centro
primeira leitura? Tô amando a revista! Sucesso!
São José dos Campos/SP

Fran’s Café
Av: Anchieta, 175

Provence – Casa de Chá e Café


AV: Barão do Rio Branco, 646 – Jardim Esplanada II

Quiosque Philosofy
Dione Nègre Rua Fagundes Varela, 141 – Jardim Maringá
Amo Lettering...apaixonada eternamente!
Bibliotecas de faculdades, centros
universitários e universidades dos
Regiane Giangola cursos de Comunicação e Negócios

Parabéns a toda equipe Lettering!!!!!!!! Rotas atualizadas www.revistalettering.com.br

Leandro Almeida
Puro sucesso!!!

a foto da edição 6 foi


feita por thiago gustavo.

tendo como missão


valorizar a comunicação
sob suas mais variadas
vertentes, é postura da
lettering respeitar as
imagens de suas capas,
não estampando nelas
manchetes e outras
chamadas.
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uma isca chamada
CONTEÚDO
Há quem diga que as conversas que isto aconteça, é necessário haver
nas redes sociais parecem com diálo- um gerenciamento de todos os pontos
gos de elevador ou de botequim: uma de contato que os stakeholders (públi-
sucessão de bons-dias, como está o cos de interesse) têm com a marca.
tempo, lugares comuns, frases feitas, “Isso inclui estabelecer uma lin-
filosofias baratas e reclamações sobre guagem que a marca irá usar sempre,
a vida. Mas para as empresas que en- cores, logotipo, comunicação e tudo
xergam nas mídias sociais uma opor- que expresse o DNA desta marca. Uma
tunidade de interação com os clientes, estratégia de Branding é holística, 360
elas podem se configurar como um graus.”
espaço estratégico para a ampliação Para a diretora de Conteúdo e Mí-
da reputação e do alcance das marcas dias Sociais da In Press Porter Novel-
e produtos. li, Renata Santiago, para se pensar no
Mais do que curtições, retuítes ou conteúdo, é preciso ter claro quais os
visualizações, é a fidelização do clien- objetivos da empresa nas redes so-
te que está em jogo, e, para isso, todo ciais. “O conteúdo deve ser aderente
o cuidado é pouco no momento de ao DNA da empresa, pois, se diferen-
escolher que tipo de conteúdo gerar te, as redes acabam revelando, em um
para alcançar os públicos de interesse. dado momento, qualquer distancia-
Pesquisadora da área de Comuni- mento ou discrepância da realidade
cação, professora e coordenadora do empresarial”, ressalta.
curso de pós-graduação em Branding Ela alerta que, como cada platafor-
da FGV São Paulo e diretora da Fox ma social tem funcionalidades diferen-
Branding SP, Berenice Ring acredita tes, é recomendado que as empresas
que as redes sociais para as empresas e marcas tenham clara a missão da
devem ser vistas como mídias e veícu- sua presença digital, a partir de uma
los, em que suas marcas têm a opor- estratégia que preveja como as redes
tunidade de se relacionar com seus poderão ser utilizadas juntas e para
públicos, uma vez que estão lá, muitas quais fins. Feito isso, cada plataforma
vezes, já conversando sobre suas mar- deve ter seu tom, linguagem e conteú-
cas. do adequados.
“Oferecer conteúdo que lhes seja “A definição de como falar aconte-
de interesse os trará para perto de suas ce na construção do que chamamos
marcas, independentemente da forma de ‘social voice’, ou voz social. Trata-
como você o faça – veiculando anún- -se de um exercício que define as ca-
cios ou oferecendo conteúdo, artigos, racterísticas da marca nos canais so-
conversas, promoções. E, lembre-se, o ciais, como se fosse uma pessoa. Por
conteúdo deve estar em linha com sua exemplo: marca X é jovem, sonhadora,
estratégia de Branding”, afirma. comenta sobre música, interage com
Ela explica que as marcas são per- amigos de 16 a 20 anos, tem recorrente
cepções que as pessoas têm de produ- crise de alta-estima, é dramática, opi-
THIAGO GUSTAVO
tos/serviços, empresas, ONGs, gover- na sobre beleza, aceita críticas.”
nos, celebridades, outras pessoas ou Outra questão importante, se-
mesmo qualquer coisa. Para ela, uma gundo a especialista, é a questão da
estratégia de Branding procura gerar interação, pois os canais sociais são,
percepções desejáveis de forma orga- por sua essência, meios de diálogo
nizada, que interesse à marca e, para incompatíveis com o formato unilate-
REDES SOCIAIS >

para se relacionar bem com os internautas


e reforçar o valor de suas marcas, empresas
devem provocar interações por meio de um
diálogo estratégico

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Entrada nas redes deve ser planejada
Para acertar no conteúdo produzido em suas redes sociais, as
empresas devem fugir dos improvisos. A dica dos especialistas
é não arriscar a entrada nas redes, sem antes fazer uma análise
cuidadosa do público, do canal escolhido, dos objetivos a serem
alcançados e da atuação da própria empresa.
“Acredito que o primeiro passo é planejamento. Antes de criar
qualquer perfil, deve ser analisado qual é a melhor mídia e qual
tipo de conteúdo vai ser o foco das publicações. Afinal, é preci-
so ter coerência”, afirma Stella Veloso, assistente de Marketing do
Villarreal Supermercados.
Designar um responsável dentro da empresa ou contratar
uma agência para gerenciamento de conteúdo periódico, para
garantir uma interação rápida e, principalmente, promover o mo-
nitoramento e a geração de relatórios também são imprescin-
díveis na opinião de Stella. “A empresa não pode pensar só em
lançar as redes. Manter-se ativo e interessante é muito mais difícil
do que o lançamento. E também é preciso medir o impacto das
ações e refletir sobre novas estratégias”, complementa.
Ela acredita que entre os erros mais comuns e que po-
dem comprometer a imagem das empresas nas redes – e fora
delas – é a falta de tato para lidar com as críticas recebidas por
meio das redes sociais. Afinal, uma reclamação mal administrada
pode ser potencializada pela capacidade de viralização das redes.
“Sem dúvida, devem ser evitadas discussões com o cliente.
Caso haja alguma crítica que, mesmo após resposta, não deixou
o cliente satisfeito, é preciso encontrar um caminho ainda mais
Cleber Fischer
próximo de Comunicação, como o telefone ou mesmo o agenda-
mento de uma visita à loja para uma conversa com o responsável.
Já tivemos caso de uma cliente postar uma mensagem de insa-
tisfação e após interação pelo Facebook e telefonema do gerente Para renata santiago,
da loja, ela se sentir tão bem atendida que se tornou uma das da in press porter
principais evangelizadoras da marca, sempre curte e compartilha novelli, ao abrir canais
nossos posts.” de comunicação na
Para Renata Santiago, da In Press Porter Novelli, o principal internet, deve-se ouvir o
erro das empresas nas redes sociais é criar estratégias sem ob- consumidor: “quando ele
servar o comportamento do seu público nelas. “Esse erro é uma se manifesta é porque
herança do modelo tradicional de Marketing e Comunicação das quer contribuir com o
empresas, que sempre trabalhou uma comunicação unilateral negócio da empresa”
e não um diálogo com os seus consumidores. Um modelo em
que a empresa emitia uma mensagem e não era questionada. E o
desafio é inserir-se em um cenário de relacionamento em que o
consumidor não só espera uma conversa, como espera contribuir
com o negócio da empresa.”
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ral da propaganda, enquanto conteú- e fazer do conteúdo um aliado na di-
do. “Podem ser utilizados na ativação vulgação de um produto e da consoli-
de produtos? Sim. Mas não como um dação de uma marca de forma positiva
canal de propaganda, meramente. É nas redes sociais.
uma boa prática identificar as possibi- Idealizada pela equipe de Marke-
lidades de diálogo sobre o mundo dos ting do Villarreal Supermercados, a dis-
consumidores do determinado produ- tribuição dos kits foi cuidadosamente
to ou serviço, travar esse diálogo via planejada e executada com o objetivo
redes sociais, mas não falar do quanto de fazer da experiência da degustação
esse produto é bom, somente. É como da feijoada um fator de promoção do
se um amigo próximo só soubesse produto em um mês tradicionalmente
falar do mesmo assunto, entende? E aliado a comidas substanciosas.
você cansa de ouvir a mesma história. “A data foi escolhida, estrategica-
Bem como a rede cansa de ouvir e se mente, por ser o dia em que a feijoada
relacionar com a marca.” é o prato principal servido em restau-
rantes. A chegada do inverno também
Pega como gripe foi fator fundamental para a escolha.
Quarta-feira + frio + feijoada = Ao ganhar o presente, o cliente tam-
sucesso nas mídias sociais. Esse foi o bém recebeu um cartão incentivando
resultado conquistado por um dos ca- o compartilhamento dessa experiên-
ses de maior repercussão em 2012 no cia com os amigos do Facebook. Além
Vale do Paraíba, que ganhou as ruas e disso, ele deveria indicar um amigo
as páginas do Facebook no dia 20 de para ganhar um segundo kit, ‘mar-
junho, quando 11 clientes do Villarreal cando’ o Villarreal Supermercados na
Supermercados foram surpreendidos postagem. Para retirar o kit, esse amigo
com kits feijoada. deveria comparecer em uma loja do
O que poderia ser considerado Villarreal mais próxima. Assim, caso
apenas uma ação simpática da marca, não fosse cliente, poderia conhecer
revelou-se como uma estratégia bem- o ambiente, o mix de produtos e ser-
-sucedida de interação entre ações viços e os diferenciais”, explicou Stel-
dos tipos on-line e off-line para gerar la Veloso, assistente de Marketing do

ito
zer bon is
arte: ELUANDA ANDRADE

Pa r a f a
ia
es soc
nas red

Preparar a casa
Como serão os canais? Qual será o conteúdo?
Quais as etapas de implementação?
Definição do status social Como convido para conversar comigo?
Qual a minha realidade, hoje, nos canais sociais?
Quem fala comigo? Como falam comigo? O que
falam comigo? Em que tipo
de conversa estou inserido?

Abrir a casa
Arrumar a casa Como aviso que estou pronto para conversar?
Estou preparado para atuar nas redes sociais? Como consolido relacionamento com
Sei aonde quero chegar? influenciadores do meu setor?
Como posso chegar? Tenho equipe para isso? Estou no tom certo?
Quem faz o que? Como posso atuar? Estou rápido o suficiente?
Continuo interessante? Trago insumos
relevantes para o negócio?

PERGUNTINHAS BÁSICAS PARA AJUDAR SUA


EMPRESA A ENCONTRAR O RUMO CERTO
DANILO C MONTEIRO

Villarreal. das nossas redes com links, vídeos e,


Deu certo: foram 17 novos fãs no principalmente, fotos. E aí temos uma gerenciar a interação
dia da ação, mais 180 visualizações grande vantagem, pois as fotos dos cliente/empresa é
da página, mais 220 “curtir” nos posts, nossos produtos alimentícios e cursos condição básica
mais 46 compartilhamentos, mais 88 culinários fazem muito sucesso. Outro para qualquer
comentários e alcance viral de mais de ponto forte da divulgação on-line são ação nas redes: “É
6.200 pessoas. A movimentação tam- os eventos, concursos e cursos realiza- preciso medir o seu
bém foi percebida nas lojas físicas da dos ao longo de cada campanha, inte- impacto para definir
rede: as vendas do produto dobraram grando o on-line e o off-line.” novas estratégias”,
durante a segunda quinzena de junho. Para garantir a proximidade com diz Stella Veloso,
Para Stella, o sucesso da ação de- os clientes e internautas, a linguagem do Villarreal
veu-se ao fato de que, mais do que pro- utilizada nas redes também faz parte supermercados
moção, a rede de supermercados bus- da estratégia da empresa, que busca
ca, no ambiente virtual, a construção oferecer, no ambiente virtual, o mes-
de uma estratégia de relacionamento. mo sentimento de acolhimento que
“No Villarreal, temos um posiciona- procura estabelecer nas lojas físicas.
mento de posts institucionais e infor- “Por ser uma rede de supermer-
mativos. Nunca divulgamos mensa- cados regional, a proximidade com o
gens de vendas ou preço de produtos, cliente é muito grande. Uma vez que
pois não queremos ser reconhecidos o cliente frequenta regularmente o su-
pelo menor preço e, sim, pela melhor permercado, ele se sente parte dele. E
qualidade e por nossos diferenciais nas redes sociais, principalmente o fa-
de produtos e serviços. Além disso, cebook, também é assim. Eles comen-
um dos objetivos é apresentar o know tam posts e solicitam fotos dos even-
how na área de atuação, com dicas e tos. Dessa forma, também recebemos
sugestões dos diversos setores das lo- opiniões e até críticas. E esse canal é
jas. Procuramos mesclar o conteúdo muito bacana porque funciona.”
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OOH >

seja o CENTRO
DAs atenções
Quem já reparou nas enormes te- vos na aceitação do OOH.
las de uma das avenidas mais concor- O mercado de grandes cidades,
ridas do mundo, a Times Square, em como São Paulo e Rio de Janeiro, já
Nova York, pode não ter se dado conta está mais maduro e a mídia Out Of
de que presenciava uma forte tendên- Home tem feito parte dos planejamen-
cia da propaganda. Cada vez mais sur- tos estratégicos de Marketing como
preendentes, as mídias Out Of Home forma de incrementar a divulgação de
(OOH) têm conquistado mais espaço produtos e serviços. No primeiro se-
nas estratégias de Marketing de em- mestre deste ano, a Rede apresentou
presas focadas em atingir seu público- um crescimento de 49% em receita pu-
-alvo com agilidade e eficiência. blicitária. A tendência também é apon-
Explorando a convergência da in- tada em pesquisa encomendada pela
ternet e dos meios eletrônicos, o OOH Associação Brasileira de Mídia Out of
é uma ferramenta de Comunicação de Home (ABDOH), mostrando um cres-
grande impacto, presente em diversas cimento do mercado de 33,4% no pri- Telas de todos
cidades brasileiras. O alcance é tama- meiro trimestre de 2012, se compara- os tamanhos,
nho que elevadores, salas de espera, do ao mesmo período do ano passado. que hoje
supermercados, bancos, prédios co- Com uma franquia em São José dos encontramos até
merciais, academias e mesmo alguns Campos, a Elemídia está investindo no
em elevadores,
banheiros tornaram-se espaços pre- mercado valeparaibano, com expec-
ciosos no mercado anunciante, que tativas de expandir os atuais 55 mo-
viram aposta
alia inovação e tecnologia em busca nitores instalados na região, a maioria de empresas do
da maturidade dessa nova mídia. em um canal de uma grande rede de vale para atingir
Líder do segmento na América supermercados. Para Tsukimoto, o tra- público-alvo
Latina, a Rede Elemídia chegou ao balho de prospecção fora do eixo das com agilidade e
mercado em 2003, com a missão de capitais nunca demonstrou tantos in- eficiência
transformar elevadores em um novo teresses mútuos como no último ano.
veículo de mídia de massa. Hoje, mui- “Como a mídia OOH é muito flexível
to além deles, a Elemídia está presen- e acessível tanto a pequenos como a
te em mais de 2.500 locais no Brasil e grandes empresários, é possível ma-
na Argentina, com 9.405 monitores e pear os locais onde os monitores estão
operação e audiência de mais de 16 instalados e se enquadram no perfil
milhões de pessoas por semana. esperado de público. Esse é um dos
Os números não impressionam o motivos do veloz crescimento no in-
diretor de franquias, Douglas Tsuki- terior. Grupos de Comunicação regio-
moto, que aponta os motivos desse nais e empresas que desenvolvem ne-
crescimento. “As oportunidades de gócios rentáveis em suas cidades têm
informar e atingir o consumidor du- nos procurado para inovar suas ofertas
rante o dia são inúmeras e extrapolam de mídias”, destaca.
o horário nobre da televisão. A mídia Presente no mercado taubateano,
OOH surgiu em um momento em que o Guia Taubaté opera a mídia há pou-
o mundo web possibilita novas formas co mais de quatro meses e já acumu-
de interação com diversos públicos e la resultados positivos e 9 monitores
veio para somar forças com os demais em funcionamento. “Investimos na
canais”, lembra Tsukimoto, que aponta OOH porque a procura pela mídia nos
ainda a flexibilidade do conteúdo e sua chamou a atenção. Mesmo sendo um
THIAGO GUSTAVO

sustentação como elementos decisi- formato relativamente novo, nossos

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clientes querem uma gestão de con- Tsukimoto. Exemplificando, podemos
teúdo dinâmica, que atenda neces- analisar um canal de uma academia.
sidades específicas. Acredito que o Pela manhã, são priorizadas notícias e
formato veio para ficar justamente por atualidades, já que muitas pessoas vão
permitir a integração entre os meios”, malhar antes do trabalho e precisam
analisa o diretor Alex Miranda. Tanto a começar o dia bem informadas. Du-
Elemídia, quanto o Guia Taubaté desta- rante o dia, o conteúdo assume uma
cam a relação custo x benefício como forma mais feminina, enquanto a noi-
atrativo do OOH, pois, além de evitar te, o assunto é prioritariamente jovem.
desperdício de material, se enquadra O conteúdo deve ser super relevante
facilmente no orçamento do empresá- para chamar a atenção do espectador.
rio, que desembolsa uma quantia fixa Não adianta investir em uma mensa-
por monitor para a exibição do con- gem de economia em um momento
teúdo, normalmente com período de de descontração e relaxamento, por
veiculação semanal, podendo ainda exemplo.
escolher os pontos de maior interesse Além dos canais específicos, a mí-
para seu negócio. dia OOH costuma concentrar-se em
locais de espera forçada. Daí o suces-
Dentro da Estratégia so dos monitores nos elevadores. Não
A expansão da mídia OOH é mo- existe competição por atenção. “Uma
tivada por uma característica peculiar pesquisa do Datafolha apontou que o
às grandes cidades. As pessoas têm índice de atenção na chamada indús-
passado cada vez mais tempo fora de tria da interrupção (como comerciais
casa e, mesmo ávidas por informação, publicitários) é em média de 17%. Com
dispõem de pouco tempo livre para uma estratégia e conteúdo adequa-
selecionar os temas que mais lhe in- dos, esta nova mídia aproveita a falta
teressam. A mídia OOH assume en- de competição para ajudar a pessoa
tão uma postura narrowcast que, ao a passar o momento. Nestes casos, o
segredo é estar contrário dos grandes meios de co- índice de atenção pode chegar a 94%,
presente em locais municação em massa (broadcasting), segundo a mesma pesquisa”, analisa o
e horários em que o prioriza a disseminação de conteúdo diretor de franquias da Elemídia.
público-alvo poderá para um público específico. Alinhada Por ser uma mídia flexível, on-line,
ser impactado pela à tecnologia e à internet, a mídia Out o OOH oferece uma de série possibili-
mensageM: índice de Of Home tem a vantagem de permitir dades direcionadas. Para o gerente da
atenção pode chegar a personalização de conteúdo, repre- Multicoisas de Taubaté, recentemente
a 94%, segundo a rede sentando uma mudança fundamental inaugurada, Sérgio Landman, essa foi
elemídia no processo de transmissão da infor- uma das vantagens do investimento.
mação. “Grande parte dos meios de divulga-
Para o diretor de franquia da Rede ção pode ser apresentada aos possí-
Elemídia, a vantagem de poder custo- veis clientes em momentos inoportu-
mizar a mensagem para o local e para nos e isso, normalmente, não ocorre
o momento do consumidor aumenta com a mídia OOH, presente onde as
a afinidade com o meio. “A mensagem pessoas têm tempo para ler seu con-
é planejada para atender pontualmen- teúdo ou perceber a ideia de versati-
te a necessidade do espectador, in- lidade que queremos transmitir. Fize-
dependentemente da mensagem ter mos estudos de viabilidade, na cidade,
conteúdo editorial ou publicitário”, diz dos mais diversos tipos de divulgação.
ATENção!
Essa é a palavra-chave no atual relacionamento empresa/público de acordo
com o professor e especialista em mídia, Josué Brazil. “Está cada vez mais difícil
conversar com o público-alvo nas mídias tradicionais, justamente em função
da vida atribulada das pessoas. Não podemos mais, anunciantes e agências de
Comunicação, comprar audiência e/ou circulação. Temos de comprar aten-
ção”, enfatiza.
Dentro desse contexto, o especialista vê a mídia OOH como uma excelente
para o gerente
oportunidade de Comunicação dirigida, ou mesmo como mídia complemen-
da Multicoisas de
tar, em uma ação de Comunicação integrada. Isso porque o OOH tem a capa-
Taubaté, Sérgio
cidade de circular em locais específicos, capturando a atenção do público-alvo
landman, uma
do anunciante. “Um planejamento sério, feito por especialistas, é o primeiro
das vantagens de
passo de qualquer ação. É preciso compreender e definir o que realmente cha-
se investir nesse
ma a atenção de cada público-alvo com clareza, avaliando a fundo o que cada
tipo de mídia é
mídia e meio de Comunicação consegue fazer”, lembra Brazil. Atenção e plane-
poder se dirigir ao
jamento garantem a integração das mídias, otimização de custos e resultado.
consumidor sem
ser inoportuno

DANILO C MONTEIRO

revistalettering.com.br 21
De todos os meios analisados, a Multi- lidades de uma boa mensagem insti-
coisas optou por aqueles que podem tucional ou publicitária, o OOH pode
trazer um retorno adequado ao tipo até possibilitar o Marketing direto, ta-
de negócio, e a mídia OOH superou manha a possibilidade e a facilidade
diversos meios tradicionais, como TV do gerenciamento de conteúdo e do
e outdoor”, diz Landman. Os anúncios direcionamento da mensagem”.
e mensagens da empresa são veicu- Com planejamento e assessoria,
lados em um ponto gerenciado pelo o resultado pode chegar na forma de
Guia Taubaté em uma das padarias fortalecimento da imagem institucio-
mais tradicionais da cidade, dois mi- nal, fidelização de clientes e reflexo
nutos distribuídos em cada hora. positivo na venda de produtos e ser-
viços. “O enfoque depende muito do
Para atrair o foco momento do negócio. No início, inves-
Se a ideia é aproveitar o momento timos no institucional, pois queríamos
e a pessoa certa, o conteúdo deve re- apresentar a Multicoisas e conquistar
fleti-los objetivamente e estar alinha- a confiança de nossos clientes. Agora,
do à estratégia de marketing de cada já com um certo tempo em operação,
negócio. Os profissionais de Comuni- estamos trabalhando na transição des-
cação estão atentos às novas mídias e sa mensagem. A intenção é focar no
às mudanças do mercado, que exigem interesse de nosso público pelas ofer-
a produção de conteúdos específicos. tas, buscando aumentar nossas opera-
Alex Miranda, do A Elemídia possui uma equipe de jor- ções”, explica Sérgio Landman.
guia taubaté, diz que nalistas que publica diariamente, entre O OOH pode ser a mídia que falta-
o diferencial é a 400 e 500 notas informativas, nacio- va em seu planejamento e o início do
personalização do nais e regionais, para veiculação nos fim do tédio das longas esperas.
conteúdo veiculado: canais de OOH distribuídos em 49 ci- DANILO C MONTEIRO
“tudo é discutido dades brasileiras. O desafio? Cada in-
em conjunto com o formação jornalística tem que ter 120
cliente. a mensagem caracteres, menos que um tweet.
deve ser adequada ao Para Alex Miranda, do Guia Tau-
ambiente” baté, a personalização do conteúdo
veiculado ao público de interesse é a
chave da mídia. “Em nosso formato, os
vídeos têm 30 segundos de duração.
Ao planejá-lo, sentamos com nosso
cliente e trabalhamos uma mensagem
que traduza sua necessidade, defi-
nindo características de seu público-
-alvo e direcionando a mídia OOH.
Imaginem uma empresa de suple-
mentos nutricionais anunciando em
um ponto, como uma churrascaria ou
um fastfood. O resultado certamente
não será satisfatório”, alerta. O diretor
da Elemídia ainda completa. “Levando
em consideração esse fator e prepa-
rando um material que reúna as qua-
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me leve para aonde vocÊ for

utilizados cada vez mais em feiras e eventos


empresariais, catálogos ajudam a sedimentar a imagem
da empresa e até a refoçar a decisão de compra

DANILO C MONTEIRO
estratégia >

Tudo começou em 1969. No iní- catálogo de produtos. Ali estão as prin-


cio, existiam apenas um laboratório e cipais novidades em itens de higiene e
uma pequena loja, em São Paulo. Cin- beleza. É como se a própria empresa
co anos mais tarde, a empresa decidiu surgisse diante dos olhos do consu-
apostar na estratégia das vendas dire- midor, se apresentando e oferecendo
tas. E deu muito certo: assim, surgiu a seus serviços. “O catálogo é como
maior fabricante brasileira de cosmé- um portfólio da empresa. É nele que
ticos e produtos de higiene e beleza. a empresa pode se apresentar, contar
Atualmente, a Natura está presente sua história e expor seus produtos ou
em 7 países – Brasil, Argentina, Peru, serviços. Funciona como uma vitrine
Chile, México, Colômbia e França. Em móvel”, destaca Liliane Sonnewend,
2011, a empresa teve uma receita lí- webdesigner da Agência Bravura, de
quida de mais de 3 bilhões de dólares, São José dos Campos.
o que representa aproximadamente 6 Estimular o consumo é um dos
bilhões de reais. Com esse faturamen- principais benefícios de um catálogo.
to, o grupo ficou em quarto lugar na Esse tipo de material faz com que o
pesquisa internacional da DSN Global cliente pense na compra, mesmo es-
100, que lista as marcas que obtiveram tando fora da loja. Além disso, ele abre
os melhores resultados no segmento um leque enorme de opções, já que
das vendas “porta em porta” ao redor ali estão listados todos os produtos
do mundo. que a empresa oferece. “O catálogo
Para alcançar números tão expres- se encaixa bem em feiras e eventos
sivos, a empresa conta com o apoio corporativos, quando você tem con-
de um enorme exército: 1,5 milhão sumidor perto da empresa, e o catálo-
de consultoras, sendo 280 mil só no go vai apresentar todas as soluções da
exterior. “Nosso modelo de negócio empresa de uma só vez. Depois, com
é a venda direta, somos 100% venda calma, o consumidor pode pesquisar
direta. Em um mundo cada vez mais cada detalhe que lhe interessa com
conectado digitalmente, o tratamento mais cautela. Isso se encaixa bem para
personalizado para cada consumidor produtos com bastantes detalhes téc-
ganha ainda mais relevância”, comen- nicos, opções e configurações”, explica
ta Marcus Rissel, diretor comercial da Rodolfo Bazetto, diretor de criação da
Natura no Estado de São Paulo. BZ Propaganda e Marketing.
Mas como fazer com que as con- Qualquer empresa – seja pequena,
sultoras consigam preservar a identi- média ou grande – precisa de um ca-
dade da marca na hora das vendas? É tálogo. É uma ferramenta fundamental
simples: tudo é feito com base em um tanto para o departamento comercial,
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Pic Imagens

quanto para clientes e fornecedores. presas. Todos estão competindo pela


Rodolfo Bazetto, da Ser apenas um bom vendedor não é mesma atenção, por isso qualquer de-
BZ Propaganda, de garantia de um bom negócio. Os se- talhe pode ser crucial. Nessa hora, dá
São josé dos Campos, res humanos são muito mais visuais o primeiro passo rumo à vitória aquele
esclarece que a do que auditivos. Por isso, não basta que se destacar visualmente. “O visual
qualidade deve ser o ter apenas uma boa lábia. É preciso é muito importante, porque muitas ve-
principal atrativo: “A traduzir isso num papel, com informa- zes nós nos convencemos de comprar
escolha da gráfica ções sobre o produto e suas qualida- coisas e serviços só pela boa apresen-
e do material É des. tação”, salienta Liliane Sonnewend.
fundamental para se Com esse tipo de material, as em- Depois disso, um bom catálogo
ter um catálogo de presas se fortalecem. Além disso, evi- deve manter uma Comunicação fácil
sucesso” tam que alguma venda deixe de ser e direta com o potencial comprador. É
fechada por falta de conhecimento importante que ele não se disperse e
dos produtos e serviços que elas ofe- acabe desistindo de ler até o fim. “Um
recem. “A Natura trabalha com ciclos catálogo, para ser atrativo, deve ter
que duram em média 21 dias. A cada uma identidade que traduza os valores
ciclo, lançamos uma nova revista, da empresa. É necessário também que
com promoções e produtos novos. Só os produtos sejam bem apresentados,
em 2011, lançamos 164 novos produ- junto com informações claras dos be-
tos”, revela Marcus Rissel. nefícios, características e suas vanta-
gens”, comenta Rodolfo Bazetto.
Simples, porém atraente A objetividade é muito importan-
Tente imaginar essa cena – prova- te em um catálogo. As descrições dos
velmente ela deve se repetir todos os produtos precisam ser bem elabora-
dias por aí: um comprador está tranca- das. Isso porque, muitas vezes, o clien-
do em seu escritório, sentado à mesa, te vai consultar o material sozinho, e
tentando decidir com qual fornecedor não terá ninguém a seu lado para sa-
vai fazer negócios. À frente dele estão nar uma eventual dúvida. Por isso, as
diversos catálogos, de inúmeras em- informações devem ser passadas de
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forma clara. apresentados, falo de uma produção
Um catálogo de qualidade valo- fotográfica uniforme de todos os itens
riza os produtos e serviços de uma e de uma impressão excelente. A esco-
empresa. Mas, por outro lado, caso o lha da gráfica e do material utilizado é
material deixe a desejar, o efeito pode fundamental para um catálogo de su-
ser bastante negativo, atrapalhando a cesso“, opina Rodolfo.
venda e a imagem da marca. “O aca- Se o catálogo é uma forma de con-
bamento não pode faltar, pois ajuda na solidar produtos e serviços, o empre-
apresentação”, afirma Liliane. E o que sário não pode deixar que sua marca
deve ser evitado? “A poluição visual. O seja lembrada por algo que não deu
exagero de informação. Menos é mais. certo.
Para que seja atrativo, tem de ser agra-
dável de ver, de pegar, de ler e de se E-catálogo
entender rapidamente do que se trata”, É com uma versão dançante e re-
completa. mixada da famosa canção “Moves Like
O catálogo é material do dia a Jagger”, da banda californiana Maroon
dia de uma empresa. Ele vai ficar nas 5, que o internauta é recepcionado.
mãos de clientes e fornecedores, que Aos poucos, a página vai tomando for-
podem tecer comentários positivos ou ma. O cenário é Londres. Ao fundo, o
negativos sobre a marca, apenas com Palácio de Westminster, onde funciona
base na publicação. Por isso, nada de o parlamento britânico, endereço do
economizar nessa área. Arriscar não famoso Big Ben. No primeiro plano,
compensa. A dica é procurar profis- duas belas jovens caminham pela rua.
sionais capacitados e com experiência Elas estão vestidas com as últimas ten-
nesse tipo de Publicidade. “Essa apre- dências da moda. Essa é a tela inicial
“ele é o portfólio da sentação deve ser feita por agências do catálogo “Outono / Inverno 2012”
empresa: ali ela se com especialização em design gráfi- que a Riachuelo disponibiliza na inter-
apresenta, conta a co, com visão do mercado corporati- net.
sua história e expõe vo. Quando eu falo dos produtos bem Esse é só o começo do passeio. Por
seus pordutos e
DANILO C MONTEIRO
serviços”, define
Liliane sonnewend, da
agência bravura, de
são josé dos campos

VOCÊ É {O QUE VOCÊ LÊ }
Tem gente que é da TV, do jornal, da agência, da gráfica, da A revista premiou os melhores trabalhos da região,
rádio, da universidade. Tem gente que é cliente. Tem gente movimentando o mercado e fazendo todos esperarem pelas
que anda com a gente, que fala da gente, que gosta da novidades das edições. Também divulgou um manifesto
gente e até que não gosta tanto assim. A gente é do Vale e que, além de criar oportunidades, ajudou a abrir a cabeça
gosta de fazer bonito. dos nossos clientes.
Há um ano, a comunicação regional recebeu uma surpresa. A Supera continuou fiel aos talentos regionais, ganhou
Melhor que presente de aniversário, de debutante ou de 4 prêmios Lettering e seguiu buscando sempre fazer melhor.
formando. Algo que vem em um momento especial, Nesta edição, queremos agradecer a essa revista feita para
sabe? Se o mercado estava órfão de uma revista de todo tipo de gente.
qualidade, conteúdo e relevância, essas necessidades Inclusive, se hoje podemos escrever um anúncio com esta
seriam supridas. quantidade de texto em um veículo regional, os créditos
Nascia a Lettering. E, por obra do destino, a Nova Supera também vão para ela.
também nascia. Histórias diferentes, mas que se cruzaram
e já têm muitas realizações para compartilhar. VALEU, REVISTA LETTERING!
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NÓS TEMOS FÉ NA COMUNICAÇÃO.


w w w. s u p e r a c o m u n i c a c a o . c o m . b r
divulgação Natura

meio de um menu simples, é fácil na- ções e projetos em 3D”, argumenta


vegar pelos produtos que a marca vai Rodolfo Bazetto. “No mundo virtual, as
oferecer em suas lojas nos próximos coisas podem ter movimento. Então,
“em um mundo
meses. O cliente pode conhecer as no- ao invés de só terem fotos dos produ-
conectado, a
vidades sem sair de casa. São diversas tos e textos, os catálogos podem ter ví-
personalização é
fotos, que podem ser ampliadas com deos de demonstração e explicativos.
ainda mais relevante”,
observa marcus apenas um clique. Também é possível As pessoas podem ter mais interativi-
Rissel, diretor da assistir aas modelos desfilando na tela dade com o que estão vendo”, comple-
natura no estado de do computador, e até mesmo contro- menta Liliane Sonnewend.
são paulo lar os movimentos deles, pedindo que Mas, antes de se aventurar no
eles deem uma ‘voltinha’. E o principal: mundo da internet, o empresário pre-
se você tiver uma webcam, pode ver cisa ponderar se vai conseguir atingir
como aquelas roupas ficariam no seu seu público-alvo com essa ferramen-
corpo. É o provador virtual! Primeira- ta. “Cada cliente tem uma necessida-
mente, o programa auxilia você a tirar de diferente e nem sempre o virtual
uma foto sua. Depois, basta imaginar pode ser a melhor solução. E para se
que está em um camarim e simular a criar um catálogo em ambiente virtual,
troca das peças. o investimento pode ser ainda maior,
Num universo cada vez mais digital, pois envolve tecnologia, criação de
investir nos catálogos virtuais é muito aplicativos específicos e mão de obra
mais do que apenas uma tendência. ainda mais especializada”, explica Ro-
Para marcas de apelo com o grande dolfo. “Também acredito que as pes-
público, isso é uma necessidade. Uma soas ainda gostem de poder apalpar
alternativa que, como no exemplo da um objeto, ‘ver com a mão’. Por isso, o
Riachuelo, pode vir acompanhada de catálogo de papel ainda está na moda”,
bastante criatividade. “A vantagem de finaliza Liliane.
fazer um catálogo em ambiente virtual Pelo jeito, a exemplo da ginga do
é que podemos interagir mais com o Jagger, o velho e bom catálogo conti-
conteúdo, incluindo vídeos, anima- nua impressionando...
Know--how
-how
Know-how
Know

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Por que eu invisto
em Comunicação?

Sergio Brito
Diretor presidente da Uniodonto

Revista Lettering: Há quanto tempo a Uniodonto investe


em Comunicação?
Sérgio Brito: Há cerca de 16 anos.

RL: Como avalia os resultados obtidos com apoio da Co-


municação em seu ramo de atuação?
SB: Acredito que em todos os ramos, ou melhor, em nos-
sos relacionamentos, a Comunicação é fundamental. Já dizia
o “mestre” da Comunicação no Brasil, o Chacrinha, “Quem
não se comunica, se estrumbica”. Os resultados obtidos estão
refletidos na força da nossa marca em nossa região.

RL: Quais são os canais de Comunicação mais utilizados


“é preciso contar
para atingir o seu consumidor?
com uma assessoria
SB: Utilizamos, ao longo destes anos, diversos formas de
especializada para
nos comunicarmos com o nosso público. Mídias de massa
‘dar o tiro certo’.
(TV, Rádio, Jornais) e mídias específicas para um público-alvo.
É muito importante
Os nossos canais são muitos diversificados.
nos cercarmos de
pessoas competentes”
RL: A que o senhor atribui o desempenho da marca Unio-
donto?
SB: Além do investimento em Comunicação (mídia), a for-
ça da marca Uniodonto está na qualidade do atendimento dos
nossos dentistas cooperados. Eles são os nossos comunica-
dores mais eficazes.

RL: O que recomendaria para o empresário que começa a


investir em Comunicação?
SB: Primeiramente, uma análise de quem é o seu público-
-alvo e contar com uma assessoria especializada para “dar
o tiro certo”. É muito importante nos cercarmos de pessoas
competentes.
revistalettering.com.br 33
Era de vidro e
se quebrou
Um acidente com mortes numa
empresa de ônibus. Demissões pro-
vocadas pela queda de rentabilidade.
Greve. Um desastre ambiental causado
por uma empresa química.
Nem é preciso fazer esforço para
saber do que se trata essa breve intro-
dução: estamos falando das tão temi-
das (e, muitas vezes, inevitáveis) crises.
Definidas por especialistas como
qualquer acontecimento indesejável,
previsível ou não, que causa danos à
organização, comunidade ou pessoas,
as crises podem afetar o negócio de
forma irreversível, por atingirem um
dos seus principais ativos: a sua repu-
tação.
A má notícia é que ela pode bater
à porta da sua empresa, pelo menos
uma vez na vida. A boa é que, se você
estiver preparado para enfrentá-la,
seus efeitos podem ser minimizados e,
quem sabe, consiga até, como dizem
por aí, fazer do limão uma limonada.

O que os especializas dizem?


“A máxima do ‘prevenir é o melhor
remédio’ faz todo sentido quando tra-
tamos de uma situação de crise. Re-
conhecer que situações podem acon-
tecer é o primeiro passo. A partir daí,
toda uma estratégia deve ser elabora-
da. A natureza da atividade da organi-
zação está diretamente relacionada ao
grau de sofisticação dessa estratégia”,
esclarece o consultor José F. Junior,
da JR Consultoria e Desenvolvimento
Empresarial e Humano, de Taubaté.
Ele está falando de planejamento,
de tentar prever que tipos de situações
negativas se está sujeito a enfrentar,
THIAGO GUSTAVO
tendo em vista as características do
negócio.
“As organizações precisam desen-
volver um processo de preparação,
ou seja, fazer uma avaliação de todas
as possíveis crises para poder, numa
eventualidade, enfrentá-las. É preciso
CRISE DE IMAGEM >

prever possíveis situações de risco é


condição básica para minimizar os efeitos
de um acontecimento indesejável

revistalettering.com.br 35
Tamanho nem sempre é documento
Na era da informação, todo o cuidado é pouco quando o assunto é reputação.
Uma atitude impensada pode dar início a uma crise de imagem, muitas vezes
irreversível.
Seja pela possibilidade de gerar conteúdo com câmeras de celulares, câme-
ras de circuito interno e até câmeras tradicionais, seja pela disseminação desses
mesmos conteúdos pela internet, o fato é que nunca estivemos tão expostos a
cair em desgraça diante da opinião pública quanto agora.
“Em meio a essa revolução tecnológica, com a interatividade no centro, o
mundo está muito mais próximo de cada um de nós. Com isso, o tamanho do
desgaste causado por uma exposição em grande escala pode ser muito maior
que o tamanho do erro”, avalia o consultor Mário Rosa.
O consultor josé Uma das passagens mais marcantes, que ilustram essa observação, relem-
F. júnior, da JR brada até hoje, é a do episódio conhecido como “a dança da pizza”, protago-
Consultoria e nizado pela vereadora de São José dos Campos, Ângela Guadagnin, na época
desenvolvimento deputada federal pelo PT.
empresarial e Durante a sessão que absolveu o então deputado João Magno (isso, esse
humano, de taubaté, mesmo do mensalão), ela foi flagrada pela TV Câmara, enquanto comemorava o
chama a atenção resultado. “Passei a ser vista, xingada, desprezada como a ‘dançarina da pizza’. Eu
para a criação de um não respondia e não respondo a qualquer processo, seja por falta de decoro, por
manual que auxilie improbidade ou qualquer outro desvio de conduta, mas fui condenada pela mídia
a empresa nessas sem qualquer julgamento”.
eventualidades
Isso acontece muitas vezes: é que o tribunal da opinião pública acaba sendo
mais implacável que o da Justiça. E é aí que mora o perigo.

DANILO C MONTEIRO
Lições pós-crise
fonte: www.comunicacaoecrise.com/
Seja coerente

Seja rápido
Seja honesto,
não minta ou engane ninguém

Seja conservador*
Seja comunicativo

Seja transparente
Seja consistente

ANDRADE
ELUANDA
ARTE Esteja preparado

Seja claro no que


você diz ou faz
Seja visível
(evite se esconder)
*entende-se aqui o conservadorismo de
precaução, não tentar ser avançado demais

estudar os pontos onde a empresa ou mesmo que nunca pegue fogo; um


instituição é mais vulnerável e a partir carro que tenha seguro, mas que nun-
daí estabelecer-se o plano de ação”, diz ca tenha se envolvido em um acidente;
Junior. se ter um plano de saúde e morrer aos
Essas previsões costumam com- 120 anos. Embora pode ser que nun-
por o que é conhecido como Manual ca use, é fundamental que se tenha”,
de Gestão de Crises. alerta.
“Ele pode ser comparado aos ins-
trumentos de um avião no caso de Fora dos portões
uma pane. Ou seja, quando a visão fica A amplitude de uma crise está di-
prejudicada por uma série de inter- retamente ligada à repercussão que é
ferências externas, o melhor é deixar dada a ela pela imprensa.
se levar pela técnica, que foi definida Por isso, além dos setores de co-
tendo em conta variáveis que podem mando da organização, incluindo a
passar despercebidas num momento presidência, o financeiro e o jurídico,
de crise”, diz o consultor de imagem, o setor de Comunicação tem papel
Mário Rosa. fundamental no processo de gestão da
Autor dos livros A Era do Escân- crise, mais especificamente o setor de
dalo e A Reputação na Velocidade do atendimento à imprensa.
Pensamento e A Síndrome de Aquiles, “Informação rápida, uniforme, pre-
o consultor ressalta a importância de cisa, objetiva e humana se faz neces-
toda empresa tentar refletir, de tempos sária nesse momento. A adoção de
em tempos, sobre que situações de um porta-voz, seja ele o presidente
crise pode ter de enfrentar e compara: da empresa, um diretor ou até mesmo
“São cuidados básicos, como um pré- um jornalista especializado, garante
dio que tem uma escada de incêndio, que essas características citadas sejam

revistalettering.com.br 37
atendidas”, esclarece José F. Junior.
O assessor de imprensa Pasquarelli
Junior, da Alameda Assessoria de Co-
municação, de São José dos Campos,
chama a atenção para que esse traba-
Falem bem de mim lho seja feito por profissionais expe-
rientes, que podem, além de promover
Toda empresa bem planejada jamais passará por uma crise um relacionamento amistoso com os
de imagem, certo? Não, não necessariamente. Por mais que veículos, orientar devidamente quem
se prevejam situações inerentes à natureza do negócio, pode irá falar em nome da empresa.
existir um momento em que o imprevisível pode acontecer. “Um planejamento de administra-
E agora, José? Como sair dessa? ção de crises depende principalmente
Para o consultor Mario Rosa, uma das principais estratégias do tipo da organização, da crise, da cir-
de qualquer organização que pretende minimizar os efeitos de cunstância, do ambiente. De qualquer
uma crise, previsível ou não, é cuidar de forma permanente de forma, existe consenso sobre esse ge-
sua reputação. renciamento. Um dos que mais gosto é
Ele explica que a reputação é uma espécie de poupança, uma definição do próprio Mário Rosa:
em que se deve investir diariamente. Como? Por meio do re- ‘a administração de crises não é uma
forço de valores positivos existentes na empresa junto aos seus fórmula, é uma forma de pensar’. É aí
diferentes públicos: seja junto aos funcionários, investidores, que entra o jornalista.”
clientes ou à comunidade. Para ele, ela tem de estar enraizada
na cultura organizacional. A tal limonada
“A reputação é a condição básica de sobrevivência hoje Uma crise de imagem não é uma
de qualquer organização. É ela que vai servir de sustentação sentença de morte. Muito pelo con-
quando uma crise colocar o nome da empresa em cheque”, trário. Os casos de empresas que vi-
diz. veram seus piores momentos – os
E coloca mesmo. Considerada o principal ativo das empre- dois acidentes da TAM ou o caso do
sas, ela foi apontada recentemente pelo Economist Intelligen- medicamento Tylenol, da Johnson &
ce, instituto da revista The Economist, como sendo detentora Jonhnson, para citar exemplos mun-
de 65% do valor de mercado das organizações. Isso significa dialmente conhecidos – e ressurgiram
que qualquer deslize sob o ponto de vista da imagem, gerada com força total após os episódios, são
por uma crise, pode trazer sérios danos a todo o restante. inúmeros.
Por isso, ela acaba sendo essencial também para determi- Algumas marcas, por incrível que
nar a linha a ser seguida pela organização, no caso do estouro pareça, conseguem sair ainda mais
de uma crise inesperada. fortalecidas, explorando um outro viés,
“Nos imprevistos, poderemos questionar: que valores fa- desviando o foco da crise que envolve
zem parte da minha empresa? Entender porque trabalhar esses o seu nome e a sua reputação.
bons conceitos diariamente é fundamental”, revela. “Um exemplo recente é o Banco
No mais, só rezando. BMG, que estava no centro do escân-
dalo do mensalão. Por mais que o pro-
cesso tenha implicações jurídicas, do
ponto de vista de imagem, eles saíram
mais fortes”, lembra Mário Rosa.
Ele se refere ao patrocínio do ban-
co à, praticamente, metade dos times
de futebol da série A, em 2011. “Mais
um exemplo de que a saída para uma
crise não é se esconder.”
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o seu negócio e
a internet

DANILO C MONTEIRO

Idealizadora do “Bate-papo sobre e-commerce” – rede social focada no de-


senvolvimento do comércio eletrônico brasileiro –, Lígia Dutra é referência quan-
do o assunto é negócios pela Internet. Tendo passado pelos renomados BuscaPé,
Flytex, Netshoes, Shoestock e NK Store, Lígia foi procurada pela Lettering para fa-
lar sobre as tendências e perspectivas do setor e indicar alguns caminhos a quem
tem interesse em começar a alavancar os seus negócios com as ferramentas da
Internet. Uma constatação: como tecnologia e negócios acenam como uma par-
ceria inevitável, é necessário estar preparado, de uma vez por todas, para deixar
de ser apenas off e tornar-se off/on.
ENTREVISTA >

Revista Lettering: O e-commerce é LD: Pelas visitas que fiz e pelos


apontado como a principal tendência eventos que organizei, em parceria
de vendas daqui para frente. Na sua com a Vincere Comunicação, senti
opinião, como esse crescimento se que as pessoas nesta região são muito
dará? Que áreas terão mais destaque? inovadoras e buscam muito a qualida-
Lígia Dutra: Primeiro, acredito de no serviço de entrega e atendimen-
que é válido definir alguns termos. E- to, principalmente. As empresas estão
-commerce, para mim, são negócios investindo mais, afinal nosso evento
conduzidos exclusivamente em for- estava cheio. Ainda não temos estatís-
mato eletrônico (isso começou com a ticas da região.
automação comercial, por exemplo) e
i-commerce são negócios conduzidos RL: No início do e-commerce, o
em formato eletrônico pela Internet comum eram empresas que inves-
(daí é fácil identificar que a Internet é tiam no comércio virtual. Hoje, muitas
apenas mais um canal entre muitos. empresas são criadas para esse fim. É
Poderoso, mas apenas um canal e não possível identificar vantagens de pen-
o motivo de um negócio existir). As- sar uma empresa específica para o co-
sim, o fato de o comércio ser tomado mércio eletrônico? Temos exemplos
pela tecnologia (falando de meios ele- aqui no Vale?
trônicos) já é uma realidade e vai cres- LD: Para responder a essa pergun-
cer ainda mais. Esse crescimento deve ta, devemos voltar à primeira respos-
ocorrer de forma muito natural graças ta, na qual definimos a diferença entre
a nova geração de pessoas e aplicati- comércio eletrônico e comércio na Entender como as
vos. Boto muita fé nas áreas de moda, internet. Se você está falando de em- pessoas consomem e
qualidade de vida e educação empre- presas que vendem exclusivamente interagem em rede é
endedora. pela Internet, no Vale, sabemos de ca- o principal desafio.
ses que já possuem um varejo físico e isso exige uma quebra
RL: Quando o assunto é comércio querem também investir no canal on-
de paradigmas muito
eletrônico, o que é mais importante: line, como a Gamaia Esportes.
grande e o ser
o sistema informacional ou a logística
humano nem sempre
de entrega? RL: Muitas empresas estão partin-
gosta de mudanças
LD: O sistema. Afinal, logística, para do para a segmentação, assim como
dar certo, precisa de processos muito vemos exemplos de outras áreas no
bem elaborados e inseridos num siste- mundo digital. Na sua opinião, isso é
ma bem feito. bom?
LD: Acho ótimo, afinal a Internet é
RL: Os consumidores têm confiado um canal de nicho. Com a segmenta-
mais nas compras on-line? ção, as MPEs possuem mais chance de
LD: Sim, sim. Muito mais! Tanto os crescimento, afinal saem um pouco da
bancos, com sistemas anti-fraude e in- concorrência de grandes magazines.
termediadores de pagamento, como o
Paypal ajudaram muito neste processo RL: As compras coletivas pela in-
de aumento da confiança do consumi- ternet prejudicaram as atividades de
dor. e-commerce?
LD: Não, apesar do exagero e da
RL: Como você avalia a região do bolha que se formou, acredito que foi
Vale do Paraíba nesse processo? As uma onda que trouxe mais internau-
empresas daqui estão investindo mais tas interessados em comprar, além de
nessa área? navegar.
revistalettering.com.br 41
DANILO C MONTEIRO
RL: Qual o investimento necessário
para quem quer ingressar nesse uni-
verso?
LD: Não há um padrão para isso.
Depende do planejamento de cada em-
preendedor. O importante é encarar o
canal Internet com a mesma seriedade
com que se encara o canal físico.

RL: Que outras dicas é possível dar


para quem tem interesse em investir
em e-commerce?
LD: Vá além de aprender sobre sis-
temas e negócios. Experimente sobre
o que é trabalhar em rede. Fazer negó-
cios de forma eletrônica para atender
a demanda da Internet vai exigir mais
aspectos humanos do que técnicos
do empreendedor. Afinal, abrir uma
empresa e equipá-la, muitos já sabem
como fazer, aprender sobre novas tec-
nologias também não é nenhum bicho
de 7 cabeças, mas entender como as RL: Onde encontrar mão de obra
pessoas consomem e interagem em especializada? Quem precisa contratar?
O comércio ser rede, este, sim, é o desafio. Isso exi- LD: Há muitas escolas formando
tomado pelos meios ge uma quebra de paradigmas muito profissionais focados em gerenciar ca-
eletrônicos já é uma grande, e o ser humano nem sempre nais on-line e cursos universitários que
realidade que vai gosta de mudanças. adicionaram esta disciplina em suas
crescer ainda mais. grades.
Esse crescimento vai RL: Qual qualificação profissional Além desses locais, vale a pena fre-
acontecer de forma deve-se ter para trabalhar em e-com- quentar eventos, afinal muitas lojas que
natural pela nova merce? foram pioneiras formaram seu próprio
geração de pessoas e LD: Como já expliquei nas outras time especializado.
pelo desenvolvimento questões, o e-commerce é uma evolu-
de novos aplicativos ção do próprio comércio. RL: Existem diferenças no que diz
É a mesma essência do varejo, po- respeito à defesa do consumidor?
rém, com o advento da tecnologia em Apenas em relação a desistência
todos os canais (telefone, loja física, loja da compra, que é permitida dentro do
virtual, mobile etc.) prazo de 7 dias, e obriga a loja a reem-
Portanto, a exigência seria cobrar bolsar o cliente no valor integral da
do profissional que já trabalha no co- compra.
mércio uma atualização quanto ao uso
das tecnologias e um entendimento RL: Quais os primeiros passos para
sobre os aspectos humanos que envol- quem quer entrar nesse ramo?
vem a interação entre as pessoas, nes- LD: Estudar muito e conhecer o
te formato mais horizontal de se fazer máximo de pessoas que já trabalham
negócios. nisso.
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a marca pede
carona
A atriz bonitona que protagoniza É recomendável, sempre antes de
a novela das oito, o cantor de carreira escalar uma celebridade para repre-
meteórica que é dono do hit do mo- sentar uma marca, fazer uma pesqui-
mento, ou, quem sabe, o simpático sa junto ao público-alvo e estabelecer
apresentador que comanda o pro- uma lista com os mais “queridos”. Além
grama líder de audiência na grade disso, é fundamental o discernimento,
global. Qual é o empresário que nun- tanto da agência, quanto do empre-
ca cogitou ter um famoso, uma cele- sário que está investindo na Comu-
bridade ou uma personalidade como nicação, porque nem sempre o mais
garoto(a)-propaganda da sua empresa “querido” pelo público se enquadra no
ou produto? perfil do negócio em questão.
O motivo é óbvio. Mais que apre- “Temos pessoas famosas e que-
sentar novidades, mudanças ou sim- ridas, com perfil inadequado para o
plesmente estrelar uma campanha produto proposto. É como colocar o
publicitária, figuras já conhecidas do Renato Aragão falando sobre a serie-
grande público normalmente têm o dade de um banco. Ele é conhecido,
poder de endossar o discurso da mar- tem boa imagem, mas, neste caso, não
ca a qual estão associadas. E a explica- é adequado”, explica o diretor da OK
ção é simples. Quando o garoto-pro- Ideias.
paganda é escolhido corretamente, Ainda segundo ele, outra coisa im-
a publicidade consegue gerar uma portante a ser considerada é a rejeição,
maior identificação e engajamento do pois, assim como os políticos, uma
público. personalidade pode ser conhecida e
Vale lembrar que uma escolha er- querida por uma parte do público e re-
rada também pode ser problemática e jeitada por outra parte. “Uma rejeição
produzir efeitos contrários, de grande alta, mesmo com uma parcela de acei-
influência negativa para os negócios tação alta, elimina uma personalidade
da empresa, como a perda da credi- da lista.”
bilidade, por exemplo. Por isso, Dimas
Soares, diretor da agência OK Ideias, Cases bem sucedidos
de São José dos Campos, afirma que Tudo isso foi levado em conside-
campanhas bem sucedidas com per- ração quando a OK Ideias produziu o
sonalidades sempre levam em consi- comercial do residencial Villa Branca,
deração a imagem que esta figura tem de São José dos Campos, apostando
junto ao público que se quer atingir. na figura do apresentador Vinícius Val-
“As melhores campanhas com per- verde. Neste caso, especificamente, a
sonalidades medem a capacidade de agência e o cliente queriam alguém
Comunicação, a visibilidade e a ima- com ligação com a região e que, ao
gem percebida pelo público que se mesmo tempo, fosse uma pessoa mui-
quer atingir de algumas pessoas pré- to conhecida. Então, não houve dúvida
-selecionadas, que tenham projeção na escolha.
social, ou econômica, ou artística, ou “Fizemos uma pesquisa qualitativa
política etc. A imagem percebida é o com dois grupos de classes sociais e
fator mais importante, porque o públi- idades diferentes, apenas para ver a
co deve sempre ter um conceito posi- imagem percebida e a possível rejei-
tivo do personagem proposto”, afirma ção. Acontece que o Vinícius é uma
Soares. pessoa muito simpática. Então, não
CELEBRIDADES >

GUSTAVO R DIAS E DANILO C MONTEIRO

Quando bem escolhidas, personalidades podem valorizar


marcas, produtos e serviços. Para não errar na escolha,
deve-se optar por quem tem perfil condizente com o que
está sendo anunciado

revistalettering.com.br 45
houve rejeição. A grande maioria o soa correta para comunicar as infor-
aprovou como um personagem ani- mações e consolidar, junto ao público
mado, divertido e batalhador. Foi tão do shopping, a mensagem de inova-
perfeito que ele anuncia os produtos ção, a mudança e as transformações
do Villa Branca há vários anos, porque pelas quais o Shopping irá passar nos
confere credibilidade ao produto”, afir- próximos meses. Fora isso, outro argu-
ma Dimas Soares, que garante sempre mento usado é que a imagem de Ana
ter retornos positivos com as campa- Furtado também repercute muito bem
nhas estreladas pelo apresentador. entre as outras faixas dos clientes do
Outra aposta que deu certo foi a Shopping e, também por isso, o resul-
do Colinas Shopping, também de São tado foi extremamente positivo.
José dos Campos, que é atendida lo- “Além de comunicar a expansão
calmente pela Alameda Comunicação. nas mídias regionais, veiculamos a
Para anunciar o projeto de expansão versão impressa do anúncio em veí-
do empreendimento, escalaram a atriz culos de circulação nacional. Nosso
e apresentadora Ana Furtado para rea- departamento de comercialização co-
lizar a tarefa. memora o retorno de grandes marcas
“O Colinas Shopping tem entre um nacionais que entraram em contato,
de seus públicos mais fiéis as mulheres interessados em participar da expan-
da classe A/B, na faixa etária entre 25 são do shopping”, conta a gerente de
e 35 anos. A Ana Furtado se enquadra Marketing.
neste perfil e transmite muita serieda- Anteriormente a Ana Furtado, Tony
de e credibilidade”, afirma Margarete Ramos já havia anunciado a primeira
Sato, gerente de Marketing do Shop- fase de expansão do Colinas, o que,
ping. segundo Margarete, também rendeu
Segundo Margarete, a equipe ti- ótimos resultados para os negócios da
nha certeza de que a atriz seria a pes- empresa. Para ela a utilização de cele-

Pic Imagens

“Temos de ter cuidado


com que imagem
passar. É como
colocar o Renato
araGão falando
sobre a seriedade de
um banco”, alerta
dimas Soares, da OK
Ideias, de são josé dos
campos
ARTE MARINA DUARTE

bridades para personificar ou identifi- que frequentemente estão envolvidos


car um produto, serviço ou marca em em escândalos ou em ‘crises’ com a
uma campanha é sempre bem-vinda. imprensa devem ser descartados”, afir-
ma Margarete.
Restrições Outra dúvida que pode surgir na
“Mas o uso desse recurso depende hora de eleger a cara da empresa ou
sempre da estratégia adotada, do im- da marca em uma Publicidade é apos-
pacto que se pretende causar, e logi- tar em celebridades que aparecem
camente, da qualidade e do potencial muito, em várias campanhas. Segun- o mais importante:
do produto. Quando estas caracterís- do a gerente de Marketing do Colinas O produto tem
ticas não são muito bem analisadas, Shopping isso não chega a ser um pro- de ser bom.
a personalidade pouco pode ajudar a blema, mas desde que a imagem deste caso contrário,
consolidar a campanha e muito me- famoso esteja sempre associada à em- investir numa
nos atingir o público-alvo”, diz a ge- presas éticas e responsáveis. personalidade
rente. Já na opinião de Dimas Soares, da para ser a estrela
Não adianta, por exemplo, atrelar Ok Ideias, personalidades que apare- de um comercial
uma figura conhecida, popular e bem cem muito em campanhas publici- pode ser dinheiro
vista a um produto sem um forte apelo tárias tendem a diluir sua identidade jogado fora
comercial. Mais problemático que isso e sua imagem pela associação que o
é ter um produto com grande poten- público faz a diversos produtos, servi-
cial de venda atrelado a uma persona- ços e situações.
lidade sem credibilidade. “Isso é ruim. Sem falar da saturação
“É importante avaliar o grau de da superexposição. Se você vê uma a
credibilidade da pessoa e a estabilida- pessoa a todo momento, vai acabar
de de sua carreira profissional. Artistas enjoando dela, com raras exceções.”
revistalettering.com.br 47
ClickNow lança solução Mestra Comunicação conquista contas importantes
interativa, utilizando A Mestra Comunicação, de São José dos Campos, conquistou mais um
sensor de movimento cliente importante: o CenterVale Shopping. A agência terá por missão acompa-
nhá-los nesse momento importante de expansão.
Foi pensando em ações A primeira delas já foi desenvolvida. Trata-se da ação do Lego, para as
que despertem a atenção crianças, e que se encontra disponível no espaço de eventos do Shopping.
das pessoas que a ClickNow E tem mais novidade por aí. A agência ganhou também a conta do World
desenvolveu sua mais nova Trade Center Business Club, considerado o maior complexo de negócios da
solução em interatividade, o América Latina. A Mestra será responsável por toda a Comunicação do WTC
MoveNow. O usuário é quem junto com a Agência de Imprensa (empresa do Grupo), que cuidará da parte de
dá as ordens, não é preciso assessoria de imprensa.
tocar em telas ou acionar bo-
tões para emitir os comandos,
basta um gesto. Novos clientes chegam à Alameda Comunicação
O MoveNow pode ser
A Alameda Assessoria de Comunicação, de São José dos Campos, firmou
usado em aplicações, jogos
contrato recentemente com o Hospital Pró-Visão e com a Imobiliária Excel.
e apresentações que utilizem
No mês de setembro, a Alameda Comunicação também assumiu o traba-
funções como: transição de
lho de assessoria de imprensa da operada de telefonia celular TIM, para todo
telas ou cenários, ampliação
o interior de São Paulo. Outras novidades da Alameda são as contratações dos
ou redução de objetos, mar-
jornalistas Camila Garcez e Megui Donadoni.
cação ou seleção de itens e,
ainda, geração de sons ou
tiros (para games).
Tríadaz fortalece sua equipe com mais contratações
Rodrigo Abreu e Aline Siane são os novos integrantes da agência Tríadaz
Propaganda e Marketing, sediada em Taubaté. Rodrigo entra em jogo para
agregar sua vasta experiência de mercado a área de criação; e Aline, formada
Ateliê de Letras assina
em Jornalismo com especialização em Marketing, veste a camisa do atendi-
roteiros importantes mento para alavancar a Comunicação corporativa e integrada.
O Ateliê de Letras Redação
Estratégica, de São Jose dos
Campos foi contrato para ela- Parabéns Supera Comunicação!
borar os roteiros dos vídeos da A Supera Comunicação, de São José dos Campos, completou mais um
Mercedes-Benz para o Salão ano de vida no mês de setembro.
Internacional do Automóvel São 365 dias de conquistas, aprendizado, união e bastante trabalho para a
2012. A produção ficou sob equipe. Um ano de vivências marcantes e muita fé na Comunicação, ao lon-
responsabilidade do Estúdio go do qual conseguiram evoluir e proporcionar o melhor aos clientes.
WDB.
Outro trabalho do Ateliê de
Letras nesse segundo semes-
Arriba passa a atender a rede Record de TV no Vale
tre é o roteiro para o vídeo
institucional da farmacêutica Os diretores da Arriba Comunicação, de São José dos Campos, Daniele
Pfizer para o segmento de Botelho Rojas e Gustavo Gobbato, comemoram mais um contrato fechado,
saúde animal. desta vez com a TV Record Vale do Paraíba. A afiliada regional foi inaugurada
em maio de 2012, na cidade de São José dos Campos, e é transmitida para 32
cidades da região do Vale, 3 da Serra da Mantiqueira e mais 4 do Litoral.

revistalettering.com.br 49
NASCEU HÁ
UM ANO E JÁ É
RESPONSÁVEL
PELO FIM DO
MUNDO.
Quando surgiu, um ano atrás, a Lettering era
uma revista voltada ao mercado publicitário.

Nesse curto espaço de tempo, extrapolou


o tradicional, demonstrando que a comunicação,
hoje, tem de ser feita de forma integrada e
vai muito além do advertising.

Não foi à toa que o Prêmio Lettering já chegou


valorizando também o marketing, pesquisas,
eventos, assessoria de imprensa e o jornalismo.

Nós, do Grupo Mestra, acreditamos nesse mesmo


formato. Por isso apoiamos e parabenizamos a
iniciativa de acabar de vez com o velho mundo.

Acesse www.mestracomunicacao.com.br e conheça o nosso trabalho.

Publicidade e Propaganda :: Eventos :: Jornalismo Empresarial :: Assessoria de Imprensa :: Pesquisas


revistalettering.com.br
Informação de valor

Pode até parecer advogar em cau- outros meios.


sa própria, mas acredite: anunciar em “Leitores envolvidos têm probabi-
revista é considerada uma das formas lidade 35% maior de tomar uma ati-
mais eficazes de se ter retorno do di- tude em resposta à publicidade em
nheiro investido. revistas”, observou Caco Alzugaray,
E não é a Lettering que diz isso da Editora Três, durante sua apresen-
sozinha: especialistas em mídia expli- tação no Fórum da Aner (Associação
cam que, como veículo impresso, ela Nacional dos Editores de Revistas).
consegue, além de prender a atenção Para ele, além desse aspecto, a
do leitor pelo tato – textura mais nobre periodicidade das revistas também
do papel, cores e projeto gráfico mais conta mais pontos a favor junto aos
agradável, o que incide num tempo leitores, porque, com assuntos mais
maior de exposição –, atrai pela credi- perenes (diferentemente do jornal,
bilidade das informações, por ser uma por exemplo), tem mais chances de
mídia em que é possível aprofundar os que o leitor veja os anúncios mais de
temas abordados. uma vez.
Ou seja, o anunciante que estiver “O público de revista a consome
compartilhando o mesmo espaço sai- rapidamente e com impacto dura-
rá ganhando em quantidade (como se douro: uma revista mensal acumula
“perde” mais tempo com uma revista aproximadamente 60% de seu consu-
nas mãos, os anúncios também são mo por seu público dentro do perío-
vistos com mais “calma” pelo leitor) do de um mês; e uma revista semanal
e em qualidade, já que seu produto, acumula quase 80% de seu consumo
marca ou serviço estarão imbuídos de por seu público em duas semanas.
outras informações de credibilidade. Geralmente, os consumidores recor-
Mas os estudos nesse campo vão rem à mesma revista inúmeras vezes,
além e mostram, por exemplo, no caso até mesmo guardando-a, proporcio-
da atenção, que os consumidores, ao nando aos anunciantes oportunida-
lerem revistas, estão menos propen- des de múltipla exposição”, salientou
sos a se envolver com outras mídias o empresário.
ou participar de outras atividades não- A publicitária Ana Lucia Junquei-
-mídia em comparação com usuários ra, da Regional Marketing, de São
de TV, rádio ou Internet. José dos Campos, considera essa
Segundo levantamento feito pela questão como sendo uma das princi-
BIGresearch, instituto americano de pais razões para a revista ser uma mí-
pesquisas, apenas 10% dos leitores de dia de impacto para quem anuncia.
revistas estão, ao mesmo tempo, aces- “Ela acaba tendo um número médio
sando a Internet, 16% ouvem rádio e 1 de leitores sempre superior aos ou-
em cada 4 (25%) assistem à TV, ou seja, tros meios. É também uma mídia que
a atenção é quase exclusiva. confere status ao que é ali anuncia-
Com o foco no que está sendo lido, do”, diz.
THIAGO GUSTAVO
o maior envolvimento do leitor está
diretamente relacionado ao aumento Coadjuvante
no recall de publicidade. Assim, o ín- Um plano de mídia eficiente, isto
dice de memorização da mensagem e, é, decidir em quais veículos você vai
consequentemente, à tomada de deci- anunciar os seus produtos, sua marca
são, é mais eficiente se comparado a ou os seus serviços, leva em conside-
MÍDIA >

Tanto pela forma quanto pelo conteúdo, revistas prendem


a atenção de leitores por um período de tempo maior.
Resultado? Maior índice de memorização das marcas
anunciadas e retorno do investimento

revistalettering.com.br 53
A publicitária ana lúcia junqueira,
da regional marketing, de são
josé dos campos: “além do
número médio de leitores ser
considerável, a revista confere
status ao que ali é anunciado”

ração, dentre outros aspectos, a verba


disponível, o tipo de negócio e de que
forma o público-alvo será melhor im-
pactado e convencido a consumir o
que o anúncio oferece.
É claro que, quanto maior a verba,
mais chances de que isso aconteça.
Numa situação em que contem-
pla a utilização de outras mídias, a
revista também pode ter um papel
fundamental, uma posição estratégi-
Pic Imagens
ca, quando se analisa todo o proces-
so de vendas. A combinação de TV e
revistas, por exemplo, dependendo do
Falar a quem se interessa: a força da segmentação
caso, pode produzir um aumento mais
Dirigir-se a um público específico, que compartilha dos mesmos de- significativo do que a TV associada à
sejos e necessidades, é apontado como um dos motivos do índice de cre- mídia on-line.
dibilidade alcançado pelas revistas, em comparação com outras mídias. Outra contribuição ao assunto
É só dar uma passada rápida pelas bancas e perceber que cada seg- dada por Alzugary foi a de que esse
mento – seja ele por sexo, cor, religião, profissão, estilo de vida – tem ao veículo fomenta anúncios em outras
menos um título à sua disposição, com informações e entretenimento mídias, especialmente as digitais. Se-
para fazê-lo sentir-se ainda mais próximo de suas escolhas. gundo ele, pesquisas mostram que a
A segmentação, explica a publicitária Ana Junqueira, incide também “publicidade em revistas influencia os
na regionalização de algumas publicações para se tentar falar, cada vez consumidores a iniciar pesquisas por
mais, a linguagem do público-alvo. Como exemplo, ela cita a aposta de produtos em websites mais do que
grandes títulos, como a revista Veja, em tabelas diferenciadas de preço qualquer outra mídia, destacando-se
para os exemplares circulados em determinadas regiões. entre ambos os sexos dos públicos,
“Hoje, anunciar numa revista como a Veja é perfeitamente possível. bem como diversas faixas etárias. Além
Seu anúncio circula entre leitores qualificados, que consomem informa- do mais, a Publicidade em revistas au-
ções de repercussão nacional, e com uma tabela de preços adequada ao menta o tráfego em geral na Internet e
mercado local”, observa. em todo o processo de vendas”.
Como existe essa segmentação, com informações jornalísticas mais Convencido? Agora, para saber
direcionadas, os anúncios de revistas também podem ser mais específi- mais detalhes sobre quanto investir,
cos, falando diretamente com o público desejado, que tem a revista em quando investir e em qual revista seu
mãos, ou seja, com inúmeros títulos voltados a diversos perfis, estilos de produto, sua marca ou seu serviço
vida e interesses, os anunciantes podem atingir com mais eficiência o pode ter um retorno mais garantido,
público-alvo que atende às suas necessidades. Mais um ponto para ela, não tem outro jeito: contrate uma boa
para a revista. agência de Publicidade que ela cuidará
dos detalhes para você.
revistalettering.com.br
Nós compreendemos o seu público alvo, eles são:

<:o) Festeiros

:): Cultos

8-) inteligentes

E conhecemos muito bem nossos clientes, eles são:

:-) Felizes

www.facebook.com/cruzeferreira
O tempo passa... o tempo voa...
e eu continuo consumidor numa boa
Desde a chegada do cinematógra- de emissor passivo a um emissor/ pro-
fo que a imagem em movimento tem dutor de conteúdo. O consumo deixa
um grande papel na rotina do recep- de ser massivo e passa a ser individuali-
tor. Lentamente, as pessoas foram se zado, mas continua consumo.
adaptando a essa nova arte, que, além Esse mini flashback da história dos
de ser novidade, trabalhava com magia, meios de Comunicação de massa nos
ilusão e fantasia. Rapidamente, o meio coloca de frente com a transformação,
foi percebido como uma fábrica de so- com a chamada convergência midiáti-
nhos e, como consequência, um ótimo ca – vivenciamos vários momentos e
instrumento para implantar ideologias compramos sempre. Cada vez mais, a
e satisfazer desejos. Assim, o que era tecnologia propicia a busca do consu-
considerado, no início, uma invenção midor ideal para o seu produto perfeito.
científica tornou-se indústria, que se E a imagem em movimento continua
emancipou com os estúdios hollywoo- exercendo um grande fascínio nesse
dianos. receptor.
A década de 30 trouxe para a Europa A Internet propicia e multiplica o
e Estados Unidos o aparelho de televi- poder dos meios. Ela acelera esse pro-
são, nova magia vista como uma janela cesso de disseminação das imagens e
para o mundo. A imagem em movi- das marcas e contribui para a produção
mento invade as casas, em tamanho e para e circulação desses conteúdos.
menor, mas com enorme influência, Vivemos a era do espetáculo! (Guy
pois continua alimentando os sonhos Debord já nos afirma isso desde a dé-
e desejos do, agora, telespectador. No cada de 70). Todos os meios de Comu-
Brasil, esse processo começa a acon- nicação vão nos propiciar o espetáculo.
tecer nos anos 50 e tem o seu grande Cada vez mais, a tecnologia e a pes-
momento a partir da década de 80. Dé- quisa vão auxiliar na busca do consu-
cada em que surgem os equipamentos midor perfeito - aquele que consome
e dispositivos que possibilitaram o apa- SEMPRE. Os meios de Comunicação de
recimento de uma cultura do disponí- massa valorizam e buscam incessante-
vel e do transitório, como o aparelho mente a audiência e, para isso, promo-
de videocassete, as fitas de vídeo, as vem o espetáculo.
videolocadoras, os videoclips e os vide- Os meios passam a ser, cada vez
ogames, possibilitando, cada vez mais, mais, máquinas de fabricação de so-
a disseminação de idéias e fantasias à la nhos e imagens, que se tornam reais
carte. É bom lembrar que, desde o iní- à medida que posso consumir deter-
cio, tivemos, como referência, o triunfo minados produtos, pois, para esse es-
do modelo norte-americano. petáculo ser real, precisamos de com-
Progressivamente, chegamos à pradores reais. E as marcas desfilam e
era digital. A Internet veio fortalecer a se oferecem em uma imensa vitrine,
cultura do disponível e nos presentear segundo por segundo.
com a cultura do acesso. O receptor O que já foi chamado de cultura de
continua consumidor, mas, com os massas, pelos integrados, e indústria
meios digitais, ele pode ter uma busca cultural, pelos apocalípticos, hoje tam-
mais dispersa, alinear e fragmentada. bém pode ser considerado “mainstre-
Ele lê, ouve, segue e produz conteú- am”. O tempo passou, a tal hipermoder-
do. É um sobrevivente que consome nidade chegou, mas não adianta negar,
cultura de massa, cultura das mídias e ainda estamos todos em busca do “o Edilene Maia
a cibercultura ao mesmo tempo. Passa que faz você feliz”? Professora da Universidade de Taubaté
revistalettering.com.br 57
Vanessa Campos
facebook.com/vanaeu
revistalettering.com.br

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