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U F P E - Universidade Federal de Pernambuco

Centro Acadêmico do Agreste


Núcleo de Tecnologia
Engenharia Civil

Ensaio de Solos e Instrumentação

Caruaru – 2018
Alunos: Érika Julliany de Oliveira Mendes
Júlio César Borges Dias Gomes
Laura Augusta Vasconcelos de Albuquerque
Vanderlan Vieira dos Santos

Ensaio de Solos e Instrumentação


Permeabilidade do Solo sob carga constante

Relatório solicitado pelo professor Dr. José Moura


Soares, como instrumento parcial de avaliação
Curricular da disciplina de Ensaio de Solos e
Instrumentação do Curso de Graduação em Engenharia
Civil da UFPE-Campus Agreste.

Caruaru – 2018
Sumário

1. Introdução .......................................................................................................................... 4
2. Objetivos............................................................................................................................. 4
3. Materiais e Métodos......................................................................................................... 5
3.1. Materiais....................................................................................................................... 5
3.2. Métodos: ...................................................................................................................... 5
4. Resultados ......................................................................................................................... 6
4.1. Cálculo do Valor de K ................................................................................................ 6
4.2. Cálculo das Tensões.................................................................................................. 7
4.2.2. Cálculo da tensão na parte inferior: ................................................................. 8
4.2.3. Cálculo da tensão no centro: ............................................................................ 9
4.2.4. Cálculo da Tensão na parte superior: ............................................................. 9
5. Conclusões ...................................................................................................................... 10
6. Bibliografia ....................................................................................................................... 10
4

1. Introdução
Permeabilidade do solo é a propriedade em que expressa a capacidade de um
líquido fluir ao longo de um determinado tipo de solo específico. Em materiais granulares
não coesivos como é o caso das areias, por exemplo, há uma grande porosidade devido
a isto ocorre uma grande facilidade do líquido em percolar ao longo do solo analisado,
já no caso de materiais mais finos e coesivos, como é o caso de argilas, ocorre o inverso
o que torna este tipo de material ideal para barragens por apresentar baixa
permeabilidade.
A permeabilidade do solo normalmente é apresentada nas literaturas através da
letra K, que pode ser obtido através de dois tipos de ensaios em laboratório. Para
materiais granulares de alta permeabilidade é utilizado o ensaio de carga constante e
para os materiais de baixa permeabilidade são utilizados os ensaios de carga variável.
Através do coeficiente de permeabilidade que é uma grandeza que tem como
característica medir a facilidade com que o fluído escoa através de um meio poroso.
Seu valor depende da viscosidade do fluído, do índice de vazios, do grau de saturação,
do tamanho e da forma das partículas. Sua determinação é feita a partir da lei de Darcy
para escoamento laminar, segundo a qual a velocidade de percolação é diretamente
proporcional ao gradiente hidráulico, e pode ser feita em laboratório por permeâmetros
(carga constante ou variável). O conhecimento do coeficiente de permeabilidade é importante
em problemas de drenagem, percolação, rebaixamento do nível d’água e recalques.

Figura 1 – Permeâmetro de carga constante

2. Objetivos
Realização do ensaio de permeabilidade através do permeâmetro de carga de carga
constante em solo não coeso, em busca de estimar seu coeficiente de percolação. Para
realização dos cálculos, fizemos o uso do Excel e da Lei de Darcy.
Em 1856, Darcy enunciou a lei do regime de escoamento:
5

𝑄 =𝐾∗𝑖∗𝐴
Ou:
𝑣 =𝑘∗𝑖
Onde;

𝑖=
𝐿

A velocidade de descarga da água de um regime de escoamento laminar é


diretamente proporcional ao gradiente hidráulico (i), isto é, a perda de carga por
comprimento da amostra. Sendo: 𝑣 = 𝑘 ∗ 𝑖 , onde temos:

v = velocidade de descarga em (cm/s ou m/s)


K = Coeficiente de permeabilidade em (cm/s ou m/s)
i = Gradiente hidráulico
i = h/L, onde:
L = Altura da amostra (cm)
h = Carga hidráulica (cm)
A = Área do corpo de prova (cm²)

3. Materiais e Métodos

3.1. Materiais

 Peneira;
 Balança;
 Permeâmetro;
 Mangueira;
 Cronômetro;
 Filtro;
 Reservatório de Água;
 Banco de madeira;
 Proveta;

3.2. Métodos:
6

Neste ensaio a amostra é submetida a uma carga hidráulica constante durante o


ensaio (permeâmetro de nível contante). O coeficiente de permeabilidade é determinado
pela quantidade de água que percola a amostra para um dado intervalo de tempo. A
quantidade de água é medida por uma proveta graduada, determinando-se a vazão (Q),
conforme mostra a Figura 2. Este permeâmetro é muito utilizado para solos de
granulação grossa (solos arenosos).

Figura 2

4. Resultados
Para calcular a permeabilidade do solo em (cm/s), usa-se:
- Permeabilidade de carga constante:
𝑄∗𝐿
𝐾=
𝐴∗ℎ∗𝑡

i= h/L= 11/34,4=0,32

4.1. Cálculo do Valor de K

Tabela 1 – resultados
7

Kxt
0.25
Coeficiente de Permeabilidade

0.2

0.15

0.1

0.05

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo

Figura 3 – Coeficiente de Permeabilidade ao longo do tempo

4.2. Cálculo das Tensões


Tensões no solo submetido à percolação:

Onde:
8

sat= Razão entre o peso do solo saturado (Pt sat) e o volume total do solo
(Vt).

Na condição saturada: Vv = Vw.

4.2.2. Cálculo da tensão na parte inferior:


𝐸𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 sat em 20KN/m³
10KN 1𝑔𝑓
w = =
m3 𝑐𝑚3
𝛾𝑠𝑢𝑏 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑤
𝛾𝑠𝑢𝑏 = 20 − 10 = 10KN/m³
𝑗 = 0.32 ∗ 10 = 3.2

Na parte inferior,
Tensão de percolação: 𝜎 = 𝐿 ∗ (𝛾𝑠𝑢𝑏 − 𝐽)
𝜎 = 0.344 ∗ (10 − 3.2)
𝑻𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒅𝒆 𝑷𝒆𝒓𝒄𝒐𝒍𝒂çã𝒐 𝒏𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆 𝒊𝒏𝒇𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 (𝜎) = 2.34𝐾𝑃𝑎
𝐿 34.2
𝐶𝑜𝑚 𝐿 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜 = = = 17.1
2 2
9

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 0.32 ∗ 17.1 = 5.472

4.2.3. Cálculo da tensão no centro:

𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 ∶ 𝜎 = 𝛾𝑤 ∗ ℎ + 𝛾𝑛 ∗ (𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜)


𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 ∶ 𝜎 = 10 ∗ 0.11 + 18 ∗ (0.095)
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 ∶ 𝜎 = 2.81KPa

 Carga total no centro:

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = (𝐿 + 𝑍 + 𝐻) ∗ ∆ℎ


𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = (19 + 3 + 11) ∗ 3.5
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = 29.5𝑐𝑚
𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜
𝐻𝑝 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 −
2
𝐻𝑝 = 29.5 − 9.5
𝐻𝑝 = 20 𝑐𝑚

 Poropressão:
𝑢 = ℎ𝑝 ∗ 𝛾𝑤
𝑢 = 0.20 ∗ 10
𝑢 = 2KPa

 Tensão Efetiva no centro:


𝜎′ = 𝜎 − 𝑢
𝜎 ′ = 2.81 − 2
𝜎 ′ = 0.81KPa

4.2.4. Cálculo da Tensão na parte superior:


𝜎 = 𝛾𝑤 ∗ ℎ
𝜎 = 10 ∗ 0.11
𝜎′ = 𝜎
10

5. Conclusões
O objetivo do ensaio foi terminar o coeficiente de permeabilidade à carga
constante e as tensões em 3 partes do solo, com percolação de água através do solo
em regime de escoamento laminar. Na aplicação destes métodos foi utilizado corpos-
de-prova talhados ou moldados, obtidos a partir da compactação de amostras
deformadas.
O ensaio de carga constante é aplicado a solos granulares ou solos com alta
permeabilidade. O ensaio em laboratório não fornece um valor exato para o coeficiente
de permeabilidade (k) do solo por várias razões, tais como:
• O solo no permeâmetro nunca possui a mesma posição que se encontra no campo.
Ela é sempre deturpada.
• A orientação da estratificação “in situ” para o fluxo d’água provavelmente não é
reproduzida. Para areias, o que geralmente ocorre, é uma relação entre o fluxo
horizontal e o vertical de 3 a 4 ou mais (kh / kv = 3 ou mais).
•. As condições de contorno do solo em campo não são as mesmas em laboratório. As
paredes lisas do molde facilitam os caminhos de fluxo. Se o solo for verticalmente
estratificado o fluxo se modificará em diferentes níveis, sendo está situação de
reprodução impossível em laboratório.
• A carga hidráulica h é sempre maior em laboratório, o que causa carreamento de
material fino nos contornos da amostra, com possível redução do valor de k. No
campo o gradiente hidráulico é da ordem de 0,5 a 1,5 enquanto que em laboratório
chega a 5 ou mais.
• O efeito do ar “entrapped” na amostra de laboratório será maior, mesmo para
pequenas bolhas de ar de uma pequena amostra.

6. Bibliografia
https://pt.slideshare.net/LudimilaPeloso/relatrio-de-ensaio-de-permeabilidade
<acesso em 08, dezembro 2018>
http://www.lagetec.ufc.br/wp-content/uploads/2016/03/Ensaios-para-
determina%C3%A7%C3%A3o-da-permeabilidade-de-material-granular.pdf <acesso
em 08, dezembro 2018>
https://www.ebah.com.br/content/ABAAABdOoAD/permeabilidade-dos-solos <
acesso em 08, dezembro 2018>
PINTO, Carlos de Souza. Curso Básico de Mecânica dos Solos, em 16 Aulas. 1
ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
NBR 13292 – ABNT – “Solo – Determinação do coeficiente de permeabilidade
de solos granulares à constante”

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