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Universidade federal rural do semiárido – UFERSA

Bacharelado em ciência e tecnologia-Campus caraúbas


Disciplina: Materiais de construção mecânica
Professora: Adiana Nascimento Silva

Prática 01: Tratamento térmico (têmpera)

Aluna: Maria Graziele de Carvalho Tenório

Caraúbas/2019
Introdução
Os tratamentos térmicos são utilizados com o intuito de provocar
modificações nas características físicas e químicas na superfície de aços e ligas
especiais a partir de operações controladas de aquecimento e resfriamento do
material.
A microestrutura (fase) de um metal é constituída por cristais menores (grãos)
que podem crescer ou encolher de acordo com o tratamento empregado, podendo
gerar diferentes fases. Tais alterações na disposição molecular resultam em
mudanças nas propriedades do material.
Os principais tipos de tratamento térmico incluem: Recozimento,
normalização, têmpera e revenimento, sendo que os três primeiros envolvem
transformação de fase a partir da austenita. A escolha do método adotado varia de
acordo com a finalidade do metal, isto é, de acordo com as características
preferíveis ao material (Dureza, ductilidade, resistência, tenacidade, dentre outras).
O recozimento visa à redução da dureza do aço, facilitar o trabalho a frio,
aumentar a usinabilidade ou atingir propriedades desejadas ou microestrutura
apropriada. Existem três tipos básicos de recozimento: Recozimento pleno, no qual
a austenitização é seguida por resfriamento lento a uma temperatura de +/- 50°C
acima de A3 (aço hipoeutetoide) e A1 (aço hiporeutetoide); Recozimento subcrítico,
no qual o aquecimento se dá a uma temperatura abaixo de A1 e esferoidização, que
podem gerar estruturas de carbonetos globulares em matriz ferrítica devido a longo
período á temperatura abaixo de A1.

Figura01: Gráfico de temperaturas para o recozimento

Fonte: Costa e Silva (2010)


Na normalização, após a austenitização completa do aço inicia-se o
resfriamento ao ar (calmo ou forçado). É indicado para homogeneização da
temperatura após o forjamento e antes de têmpera e revenimento. Vale destacar
que as ligas que temperam (endurecem) ao ar não precisam ser normalizadas.

Figura02: Comparação entre as faixas de temperatura para o recozimento e


normalização

Fonte: Costa e Silva (2010)

A têmpera consiste no resfriamento do aço, após a austenitização, a uma


velocidade suficientemente rápida para evitar as transformações perlítica e bainítica,
obtendo assim a transformação metaestável martensítica. A combinação de
resistência e tenacidade representa uma das principais características dos aços para
a construção mecânica, a estrutura clássica que permite tal junção é a martensita
revenida.
Figura03: Temperatura e taxa de resfriamento (°C/s) medidas no centro de uma
barra de 25mm

Fonte: Costa e Silva (2010)

Os estágios do resfriamento da têmpera em meio líquido são classificados


em: Estágio A, taxa de resfriamento baixa (filme, isolante térmico); estágio B, no qual
é fundamental a agitação do meio para evitar a permanência de bolhas e estágio C,
onde o resfriamento ocorre por condução e convecção.
O revenimento é empregado para a obtenção de valores adequados de
resistência mecânica e tenacidade, costuma ser empregado logo após a têmpera,
uma vez que a martensita temperada é extremamente dura e frágil.

Figura04: Ciclo de têmpera + revenimento

Fonte: Costa e Silva (2010)


Materiais utilizados:
- Forno mufla microprocessado mod. Luca-2000B/DI;
- Duas peças de metal;
- Recipiente com água.

Procedimento experimental

1- Duas peças de metal devidamente tratadas foram aquecidas no forno mufla


microprocessado mod. Luca-2000B/DI a aproximadamente 800°C, para garantir a
austenitização do material, durante 30 minutos.

Imagem 01: Forno mufla microprocessado mod. Luca-2000B/DI

Fonte: Autora

2- Após o término do tempo de aquecimento sucedeu-se a têmpera em meio líquido


da primeira peça, que foi retirada e colocada em um recipiente contendo água, onde
se efetuou o resfriamento com agitação do meio.
Foto 02: Têmpera em meio líquido Foto 03: Peça após têmpera

Fonte: Autora Fonte: Autora

2- A segunda peça foi retirada e, seguindo o processo de normalização, foi deixada


resfriando ao ar calmo, neste caso.

Imagem 05: Peça resfriando ao ar

Fonte: Autora
Resultados e discussões

A prática consistiu na observação do procedimento de têmpera em uma peça


de metal e normalização na segunda peça. Durante o processo de têmpera, o
Carbono fica retido na martensita e o aumento de sua quantidade no material
influência no aumento de dureza.

Conclusão

O procedimento permitiu conciliar o conteúdo referente ao tratamento térmico


ministrado em sala de aula com a execução dos procedimentos de têmpera e
normalização na prática.
Referências

BEARZI, Fabio ; OLIVEIRA, Carlos Augusto Silva de. O Tratamento Térmico de


Esferoidização. [S. l.], 8 abr. 2009. Disponível em: https://www.cimm.com.br.
Acesso em: 28 maio 2019.

COSTA e SILVA, A. L. da; MEI, P. R. Aços e Ligas Especiais. 3. ed. São Paulo:
Edgard Blucher, 2010.

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