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IDEIAS

Nesse modelo, a transferência de tecnologia dos centros de pesquisa para os


agricultores se dá através do processo de comunicação unilateral, com o único propósito de
promover mudanças no modelo de produção existente, considerado subdesenvolvido a partir
da Segunda Guerra Mundial. Os processos de transferência de tecnologia foram levados a
cabo com a ideia de convencer os agricultores, mediante técnicas de persuasão, a adotarem
determinadas tecnologias que promovessem o aumento da produção agrícola. Com esse
intuito, foram utilizados de forma intensiva recursos audiovisuais para repassar aos
agricultores as mensagens dos cientistas e dos técnicos. O mesmo modelo serviu de base para
a implantação, após a Segunda Guerra Mundial, do serviço de extensão nos países
subdesenvolvidos da América Latina, entre os quais o Brasil. Lembra Fonseca (1985) que o
grande mentor do modelo clássico de difusão de tecnologia foi Everett Mitchell Rogers: De
acordo com a teoria difusionista de Rogers, a difusão e alocação de ideias novas significa
“transferência de certos traços de cultura de uma das áreas civilizadas a outra não civilizada”.
Se distingue, geralmente, a difusão por migração da população e por contato da população. O
fato cultural que surge pode ser material (uma técnica, um instrumento) ou moral (uma
instituição, um costume, etc.) (p. 44). Ainda segundo a mesma autora, percebe-se que, para
Rogers, o conceito de inovação se fundamenta na capacidade individual de cada pessoa. A
dinâmica utilizada no processo de difusão pressupõe a alteração de hábitos, atitudes e
costumes, com a introdução de novos modelos e sistemas sociais: [...] um processo mental por
onde passa o indivíduo desde a primeira notícia de inovação até decidir adotá-la ou rejeitá-la e
confirmar depois sua resolução. Temos conceituado quatro funções dentro do processo: 1)
conhecer, 2) persuadir, 3) decidir, 4) confirmar. A adoção consiste em de decidir usar
plenamente a ideia nova, como a melhor opção para atuar. [...] Nessa perspectiva o
desenvolvimento econômico e social é entendido como a passagem de uma sociedade do tipo
tradicional, onde predominam padrões de conservadorismo, de afetividade, particularismos,
compadrio, soluções tradicionais e antirraciais para os problemas comuns – para um tipo de
sociedade moderna onde predominam padrões 19 ......EAD de lucro, neutralidade afetiva,
universalismo, especializações e soluções técnicas e científicas para os problemas comuns (p.
44). Na essência, o paradigma de Rogers baseava-se na teoria pedagógica de que, para
alcançarem o desenvolvimento econômico e social, os povos rurais de áreas tradicionais ou
subdesenvolvidas deveriam modificar seu comportamento adotando novas tecnologias
cientificamente válidas, pois somente assim conseguiriam resolver seus problemas. O modelo
extensionista que foi implantado na América Latina estava alicerçado nesse modelo clássico
americano de adoção difusionista. O modelo necessitava, porém, de ajustes em sua
operacionalização, devido às especificidades das populações rurais latino-americanas, que se
caracterizavam como populações tradicionais. Consequentemente, as ações de Extensão Rural
na América Latina, inclusive no Brasil, buscavam a solução de problemas de bem-estar social
das comunidades rurais, e não apenas a extensão do conhecimento científico, pois de acordo
com os pressupostos relativos à capacidade de adoção de inovações, segundo Rogers (apud
FONSECA, 1985, p. 49), tais comunidades não
Opeações do Pronaf, segundo Mattei (2001, p. 3), o objetivo geral desse
Programa é "propiciar condições para aumentar a capacidade produtiva, a geração de

emprego e de renda de t busca da autonomia camponesa a partir da apropriação da agrofloresta e a construção


social de mercados: um estudo sobre o assentamento Mário Lago em Ribeirão Preto – SP
Mônica Hashimoto Iha

Resumo

Atualmente, o agronegócio tornou-se o principal modelo de desenvolvimento agrário e agrícola do


campo brasileiro. Apesar de apresentar-se vinculado a uma imagem de um futuro promissor, este modelo
está fundamentado em um processo de expansão territorial de grandes monoculturas e dependentes de
insumos industrializados, através do qual se afirma o processo de desenvolvimento desigual vigente no
Brasil. Diante da magnitude dos impactos sociais e ambientais negativos, movimentos sociais de luta pela
terra irão propor novos caminhos como alternativa ao modelo agroquímico, denominado Revolução Verde.
Nesse contexto, no ano de 2007, surgiu na cidade de Ribeirão Preto – SP, o Assentamento Mário Lago,
formado por 264 famílias organizadas pelo MST com o compromisso de conciliar a vida no campo à
recuperação e a conservação ambiental. A produção ecológica de alimentos a partir da agrofloresta trouxe,
entre outros desafios, a necessidade de estabelecer formas de organização coletiva de comercialização
direta, visando garantir o escoamento da produção e um preço mais justo. Este artigo apresenta a
alternativa criada por este grupo na organização de um sistema de comercialização direta, caracterizando a
construção social de mercados. Estes processos configuram-se como novas formas de lutas cotidianas, dos
camponeses, pela autonomia.

Palavras-chave

al forma a melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares."


Com a criação da (SEAP/PR), em 2003, as ações do Pronaf procuram atender outros
públicos e cria o Pronaf-Pesca para pescadores, aqüicultores e suas organizações. Esse
programa financia projetos de infra-estrutura e produção, apetrechos de pesca,
embarcações, motores, freezeres, câmaras frigoríficas, balanças, caixas térmicas, entre
outros, bem como a capacitação de pescadores artesanais e obedece aos grupos A, B, C
e D (BRASIL, s.d., p. 3).

O enquadramento a essas linhas de financiamento não difere em nada dos


procedimentos utilizados para financiamento do Pronaf, antes da criação da SEAP/PR. A
intenção da SEAP/PR, quando direcionou a política de financiamento para a categoria de
aqüicultores e pescadores, era a de facilitar o acesso ao crédito, mediante a
desburocratização desses financiamentos. Até o presente momento, não houve
alterações nas exigências de acesso ao crédito. O que se realizou foi apenas a
caracterização do referido financiamento ao possível beneficiário, pescador ou aqüicultor,
dando-lhe nome: Pronaf Pesca!

Esses depoimentos dão sinais de que os pescadores estão insatisfeitos com a política do
Pronaf Pesca. A burocracia e o valor do recurso não permitem que se vislumbre uma
melhoria qualitativa desse público na atividade pesqueira. As dificuldades em acessar as
linhas do Pronaf Pesca, de maior valor financiado, são o maior empecilho encontrado pelo
pescador ou aqüicultor.

O IAG – Instituto Arcanjo Gabriel, localizado em Belo Horizonte e

inaugurado em 2008, está situado no Bairro Colégio Batista, Rua Pitangui-nº 900,

esquina com Sabará.

Sua proposta de vanguarda tem como fonte de inspiração a experiência de

décadas do Instituto Edouard Claparede – IBEC- que encerrou suas atividades

em dezembro de 2007.

Em 2008, Niege Celso Vidal, assumiu a direção resgatando a prática pedagógica

ímpar e pioneira dos 42 anos do IBEC, porém com uma proposta inovadora.

Uma escola regular e inclusiva que atende crianças, adolescentes e jovens em

um circuito que vai do Ensino Infantil, Fundamental ao Ensino Médio.

O IAG privilegia um ensino aberto à diversidade e ao pluralismo de concepções

pedagógicas direcionadas ao desenvolvimento e ajuste social dos alunos.

Em pleno século XXI, o Instituto Arcanjo Gabriel acredita que somente através de

uma proposta que considera as múltiplas inteligências, os vários interesses, os

ritmos e formas diferenciadas de aprender, é possível formar cidadãos capazes,

independentes e felizes.
A pedagoga e psicopedagoga Niege Celso Vidal de Oliveira responde pela direção

do Instituto, que apresenta em seu quadro de pessoal, números signifcativos de

professores e técnicos.

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