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Saudações, caro aluno! Damos início agora ao nosso último encontro.

O programa de hoje é meio variado, abarcando aspectos soltos da matc-ria:

• Elaboração, gestão e avaliação anual do PPA.

• Mensuração de desempenho e controle orçamentário.

Esses são tópicos específicos, sem muitas questões correlacionadas. Vamos


examiná-los com a profundidade que o concurso exige.

Então, sigamos em frente. Boa aula!

GRACIANO ROCHA
SUMÁRIO

ELABORAÇÃO, GESTÃO E AVALIAÇÃO DO PPA 3


Introdução 3

Decreto 2.829/98 5

Elaboração do PPA . 9

Estrutura do PPA 2012-2015 11

Distinção PPA/Orçamento .....15

Lei do PPA (Lei 12.593/2012}: disposições gerais ...1G

Lei 12.593/2012: gestão do Plano 18

Lei 12.593/2012: monitoramento e avaliação do Plano 19

Lei 12.593/2012: revisão do PPA... 20

MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO 23
Introdução 23

Dimensões da avaliação de desempenho: eficiência, eficácia, efetividade. 24

Técnica do orçamento-programa 28

Controle sobre processos X controle sobre resultados 32

Apuração de custos das atividades e serviços públicos ,34

Indicadores de desempenho 37

CONTROLE ORÇAMENTÁRIO 39
Introdução 39

Conceitos de controle 40

M o m e n t o do controle 42

CONTROLE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA 46


QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 52
QUESTÕES ADICIONAIS 62
GABARITO 66
ELABORAÇÃO. GESTÃO E AVALIAÇÃO DO PPA

Introdução

Nos tópicos a seguir, trataremos de outros aspectos relativos ao PPA, que vão
além do tratamento constitucional visto na aula passada,

Como dissemos anteriormente, o PPA estabelece diretrizes, objetivos e


metas da administração pública federal para as despesas de capital, para as
despesas decorrentes das de capital e para as despesas relativas a programas
de duração continuada. E o que vêm a ser esses termos, exatamente?

O primeiro PPA elaborado segundo as orientações da CF/88 foi para o período


1991-1995 (nessa época, o mandato presidencial era de cinco anos). Na lei que
o instituiu (Lei 8.173/91), encontram-se as seguintes noções para as palavras
que destacamos:

• diretrizes: o conjunta de critérios de ação e de decisão que deve


disciplinar e orientar os diversos aspectos envolvidos no processo de
planejamento;

• objetivos: os resultados que se pretende alcançar com a realização das


ações governamentais;

• metas: a especificação e a quantificação física dos objetivos estabelecidos.

A cada nova edição, os PPAs foram se tornando mais complexos, na tentativa


de aliar o planejamento governamental com as realizações a cargo do setor
público. A tendência que se percebe nesse histórico obedece à ideia
constitucional, de eleger o PPA como instrumento maior de organização das
ações do governo.

Atualmente, segundo o Manual Técnico de Orçamento (MTO), os princípios que


norteiam o PPA são:

• identificação clara dos objetivos e das prioridades do governo;

• integração do planejamento e do orçamento;

• promoção da gestão empreendedora;

• garantia da transparência;
• estímulo às parcerias;

• gestão orientada para resultados; e

• organização das ações de governo em programas.

1. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/IPAJM-ES/2006) Uma das finalidades do plano


plurianual (PPA), que deve vigorar por quatro anosf é estabelecer as
diretrizes da administração pública.

2. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2010) O PPA organiza a atuação


governamental em programas orientados ao alcance dos objetivos
estratégicos definidos para o período de quatro anos. Os programas e
ações do PPA devem ser observados nas leis de diretrizes orçamentárias,
nas leis orçamentárias anuais e nas leis que as modifiquem.

3. CCESPE/ANALISTA/TCE-AC/2008) Os princípios que orientam o PPA são a


identificação clara dos objetivos e das prioridades do governo, a integração
do planejamento e do orçamento, a promoção da gestão empreendedora, a
garantia da transparência, o estímulo às parcerias, a gestão orientada para
resultados e a organização das ações de governo em programas.

A questão 1 está CERTA. Como já está bem firmado, diretrizes, objetivos e


metas para a administração constituem a matéria principal do PPA.

A questão 2 está ERRADA: os programas do PPA são reproduzidos na LOA, para


execução anual das parcelas correspondentes. A LDO nãc é organizada a partir
desses programas - embora possa fazer menção a eles, no momento de indicar
as prioridades para o exercício.

A questão 3 lista, literalmente, os princípios que orientam o PPA, como disposto


no MTO. Questão CERTA.
Decreto 2.829/98

A estruturação do PPA em programas, na forma como conhecemos hoje, deu-se


num processo de reorganização do governo federal no final da década de 90.
Desse período, vale destacar a edição do Decreto 2.829/98, que "Estabelece
normas para a elaboração e execução do Plano Plurianual e dos Orçamentos da
União", e da Portaria 42/99 do Ministério de Orçamento e Gestão, que alterou
as classificações funcional e programática da despesa.

Art.
Ari. l"Para
1" Para elaboração
elaboração e e execução
execução do
do Plano
Plano Plurianual
Plurianual 2Q00-2003
2000-2003 te dos
Orçamentos da União, a partir do exercício financeiro do ano de 2000, toda
ação finalística do Governo
Governo Federal
Federal de\>erá
deverá ser
ser estruturada em Programas
orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período
do Plano*
Plano,

Em conjunto, esses normativos procuraram transformar os programas em


instrumentos mais autônomos e mais flexíveis para organização das ações
governamentais. Para se ter uma ideia, antes dessa reformulação, todos os
entes federados deveriam executar os mesmos programas! Isso trazia
rigidez ee inadequação
inadequação da
da execução orçamentária para estados e municípios, jÉ

que a origem da classificação era baseada na experiência da União. Isso está
contido no seguinte trecho:

Ari. 33ooA classificação funcional-programática deverá ser aperfeiçoada de modo


Art
a estimular a adoção, em todas as esferas de governo, do uso do gerenciamento
por Programas.

Parágrafo único. Os Programas serão estabelecidos em atos próprios da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, respeitados os conceitos
definidos no âmbito federal, em portaria do Ministério do Planejamento e
Orçamento, a ser publicada até 30 de novembro de J998.
1998.

^ortanto,
^crtanto, a partir desse momento, a estrutura programática básica deveria ser
seguida por todos os entes, mas o conteúdo dos programas em si passou à
responsabilidade de cada um deles.

Vejamos os itens que formam o instrumento denominado programa, conforme o


Decreto 2.829/98:

Art.
Ari. 2"
2° Cada Programa deverá conter:
t~ objetivo;

II - órgão responsável;

III- valor global;

IV - prazo de conclusão;

V - fonte de financiamento;

VI - indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim


modificar;

VII - metas correspondentes aos bens e seniços necessários para atingir o


objetivo;
1
VIII - ações não integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à
consecução do objetivo;

IX - regionalização das metas por Estado.

Para imprimir um caráter gerencial à execução dos programas, o Decreto 2.829


trouxe a ideia de responsabilização não só por unidade, mas inclusive
individual pela gestão de cada um deles. Estabeleceu-se a figura do "gerente
de programa", que seria o gestor responsável pela execução e
acompanhamento do programa respectivo:

Art. 4" Será adotado, em cada Programa, modelo de gerenciamento que


compreenda:

I - definição da unidade responsável pelo gerenciamento, mesmo quando o


Pi ograma seja integrado por projetos ou atividades desenvolvidas por mais de
um órgão ou unidade administrativa;

II - controle de prazos e custos;

III - sistema informatizado de apoio ao gerenciamento, respeitados os conceitos


j serem definidos em portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento.

Parágrafo único. A designação de profissional capacitado para atuar como


gerente do Programa será feita pelo Ministro de Estado, ou pelo titular de órgão
vinculado à Presidência da Republica, a que estiver vinculado a unidade
responsável dó Programa.

O Decreto 2.829/98 também trouxe disposições referentes à avaliação que


deveria ser implementada sobre os programas - etapa que, conforme a técnica
do orçamento-programa, é absolutamente essencial:

Art. 5° Será realizada avaliação anual da consecução dos objetivos estratégicos


do Governo Federal e do resultado dos Programas, para subsidiar a elaboração
da lei de diretrizes orçamentárias de cada exercício.

Art 6o A avaliação física e financeira dos Programas e dos projetos e atividades


que os constituem é inerente às responsabilidades da unidade responsável e tem
por finalidade:

I- aferir o sen resultado, tendo como referência os objetivos e as metas fixadas;


* .

II - subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a politica de gastos


públicos e a coordenação das ações de governo;
* *

III - evitar a dispersão e o desperdício de recursos públicos.

Alguns dos princípios do PPA, como vimos mais acima, relatados pelo Manual
Técnico de Orçamento, apareceram já nesse decreto:

Art. 8o Os Programas serão formulados de modo a promover, sempre que


possível a descentralização, a integração com Estados e Municípios e a
formação de parcerias com o setor privado.

Por fim, vale destacar os passos anteriores à elaboração do FPA, nos dizeres do
Decreto:

Art. 9º- Para orientar a formulação e a seleção dos Programas que deverão
integrar o Plano Plurianual e estimular a busca de parcerias e fontes
alternativas de recursos, serão estabelecidos previamente, para o período do
Plano:

I - os objetivos estratégicos;

II - previsão de recursos.
4. (CESPE/ADMINISTRADOR/MDS/2006) A consecução dos objetivos
estratégicos do plano plurianual consubstancia-se nos programas
integrantes do orçamento, cujos gerentes serão designados pelos ministros
de Estado ou titulares dos órgãos vinculados à presidência da República,
segundo a vinculação da unidade responsável pelo programa.

5. (CESPE/ANALISTA/TCU/2004) A concepção e a técnica do chamado


orçamento-programa são conhecidas há bastante tempof inclusive no
Brasil. Apesar dos avanços ocorridos durante a segunda metade do século
XX, representadosr por exemplo, pela adoção, em 1974, da chamada
classificação funcional-programática, foi apenas com a edição do Decreto
n.° 2.829/1998 e das demais normas que disciplinaram a elaboração do
Plano Plurianual 2000-2003 e dos orçamentos anuais a ele vinculados, que
os esforços de implantação do orçamento-programa na érea federal
tiveram início efetivamente.

6. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/IPEA/2008) As ações finalfsticas do governo


federal são estruturadas em programas que, quando envolverem
atividades e projetos desenvolvidos por diversos órgãos ou unidades,
devem ter uma unidade responsável pelo seu gerenciamento, bem como
cada programa deve ter um gerente, a ser designado pelo ministro de
Estado ou titular de órgão vinculado à presidência da República/ a que
estiver vinculada a unidade responsável pelo programa.

7. (CESPE/CONSULTOR/CÂMARA/2003) O modelo de gerenciamento de cada


programa deve compreender o controle de prazos e custos, sistema
informatizado de apoio ao gerenciamento e a definição da unidade
responsável pelo gerenciamento, salvo nos casos em que o programa seja
integrado por projetos ou atividades desenvolvidas por mais de um órgão
ou unidade administrativa.

A questão 4 está CERTA. O enunciado constitui uma junção do art. 1° e do


parágrafo único do art. 4 o do Decreto 2.829/98.
A questão 5 faz um bom resumo da transição do sistema orçamentário que
indicamos no texto anterior, com alguns acréscimos. Questão CERTA.

Na questão 6, novamente o parágrafo único do art. 4° do Decreto estudado foi


utilizado como base. Questão CERTA.

A questão 7 está ERRADA. Conforme o art. 4 o , inc. I, do Decreto 2.829, mesmo


quando o programa seja integrado por projetos ou atividades desenvolvidas por
mais de um órgão ou unidade administrativa, será necessário definir a unidade
responsável pelo gerenciamento.

Elaboração do PPA

Segundo o Manual de Elaboração do PPA, a elaboração do PPA é orientada por


alguns princípios. No caso do PPA 2012-2015, o processo fundamentou-se, por
exemplo, na participação social, como interação entre o cidadão e o Estado,
com vistas efetividade das políticas públicas; no estabelecimento de
parcerias com os entes subnacionais, com a iniciativa privada e com a
sociedade civil, visando à união de esforços para alcance de objetivos comuns;
e a incorporação da dimensão territorial para alocação dos investimentos.

Além disso, foram utilizadas como parâmetros de elaboração do Plano a


eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais,
correspondentes ao aperfeiçoamento das diretrizes para priorização de
investimentos, à entrega de bens e serviços ao público no tempo e local
apropriados e à transformação da realidade, em termos socioeconómicos,
ambientais e institucionais.

Para além do planejamento de médio prazo que caracteriza o PPA, o


planejamento governamental de longo prazo (estratégico) tem seu ponto de
partida na chamada "Visão de Futuro", que estabelece "o que se espera como
um retrato nacional, assim reconhecido pelo povo brasileiro e por toda a
comunidade internacional

A Visão de Futuro refere-se a um panorama de conquistas vislumbrado para um


período de tempo superior ao prazo do PPA (e do mandato presidencial),
de quatro anos. Com isso, pretende-se alinhar a ação dos órgãos e entidades
da Administração Federal em torno dos desafios previstos para esse prazo mais
estendido no tempo.

A Visão de Futuro baseia-se em sete valores, conforme segue;

• Soberania

• Democracia

• Justiça Social

• Sustentabilidade

• Diversidade Cultural e Identidade Nacional

• Participação Social

• Excelência na Gestão

No intuito de associar a Visão de Futuro e os Valores a uma direção mais


concreta, foram definidos onze "Macrodesafios", que se vinculam aos valores
acima transcritos, para orientação das políticas públicas relativas aos
programas do PPA 2012-2015, conforme segue:

1. Projeto Nacional de Desenvolvimento;

2. Erradicação da Pobreza Extrema;

3. Ciência, Tecnologia e Inovação;

4. Conhecimento, Educação e Cultura;

5. Saúde, Previdência e Assistência Social;

6. Cidadania;

7. Infraestrutura;

8. Democracia e Participação Social;

9. Integridade e Soberania Nacional;

10. Segurança Pública;

11. Gestão Pública.


O PPA foi elaborado de modo a associar programas finalísticos
("programas temáticos") a cada macrodesafio.

Estrutura do PPA 2012-2015

Programas

Os programas do PPA, como no modelo anterior, são conceituados como


instrumentos de organização da ação governamental visando à
concretização dos objetivos pretendidos. Entretanto, o PPA 2012-2015
estabeleceu nova terminologia para os tipos de programa, embora a essência
não seja diferente dos anteriores.

Assim, hoje temos os programas temáticos (finalísticos), que expressam e


orientam a ação governamental para a entrega de bens e serviços
diretamente à sociedade, e os programas de gestão, manutenção e
serviços ao Estado, que funcionam como "programas de area meio", servindo
ao atendimento de necessidades da própria máquina estatal.

Assim como os macrodesafios abrangem programas temáticos, cada


programa temático é associado a um ou mais objetivos, que devem
expressar as escolhas do governo para determinada política pública.
Os programas temáticos são compostos por objetivos, indicadores, valor
global e valor de referência, que são definidos nos seguintes termos:

• os objetivos expressam o que deve ser feito mediante a intervenção


governamental e refletem as situações a serem alteradas;

• o indicador é uma referência que permite identificar e aferir,


periodicamente, aspectos relacionados a um programa, auxiliando o seu
monitoramento e avaliação;

• o valor global é uma estimativa dos recursos orçamentários necessários à


consecução dos objetivos;

• o valor de referência é um parâmetro financeiro que permite identificar


gastos categorizados como "empreendimentos", quando seu custo total
superar aquele valor.

Por outro lado, os programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado não


são relacionados a objetivos, já que não se vinculam à dimensão
estratégica do Plano, Nos orçamentos anuais, tais programas são associados
a ações orçamentárias de manutenção das atividades corriqueiras, de
custeio, dos órgãos e entidades. Dessa forma, cada órgão conta com um
programa desse tipo: Programa de Gestão e Manutenção da Saúde, da
Educação, dos Transportes etc.

Vale destacar que o PPA não abrange programas destinados apenas à


execução de operações especiais, ou seja, à transferência de recursos a
pessoas físicas ou jurídicas sem qualquer tipo de contrapartida para o governo
federal (a exemplo de aposentadorias, pensões, indenizações etc.).

O atributo "valor global" dos programas foi utilizado para um "atendimento


em massa" de uma disposição constitucional. Segundo o art. 167, § 1o, da
CF/88, "Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade

A título de cumprimento desse dispositivo, o art. 20 da Lei do PPA firma que o


investimento plurianual para o período de 2012 a 2015 "está incluído no
valor global dos programas". Significa dizer que qualquer investimento
cujo valor este;a compreendido no valor global do respectivo programa pode se
considerar "pré-incluído" no PPA.
O diagrama abaixo "continua" o anterior, relativo à dimensão estratégica:

PROGRAMAS TEMÁTICOS

Objetivos, metas e iniciativas

Conforme o Manual de Elaboração do PPA, os objetivos expressam as escolhas


do governo quanto às políticas públicas e apontam para as formas de sua
implementação.

Os objetivos apresentam as seguintes características:

• definem a escolha para a implementação da política pública desejada,


levando em conta aspectos políticos, sociais, econômicos, institucionais,
tecnológicos, legais e ambientais;

• orientam taticamente a ação do Estado no intuito de garantir a entrega à


sociedade dos bens e serviços necessários para o alcance das metas
estipuladas;

• expressam um resultado transformador da situação atual em que se


encontra um determinado tema;

• são exequíveis, pelo fato de estabelecer metas factíveis e realistas para o


governo e a sociedade no período de vigência do Plano;
• definem iniciativas, que declaram aquilo que deve ser ofertado na forma de
bens e serviços ou pela incorporação de novos valores à política pública,
considerando como organizar os agentes e os instrumentos que a
materializam;

• declaram as informações necessárias para a eficácia da ação


governamental, além de indicar os impactos esperados na sociedade.

Na sequência da classificação estabelecida pelo modelo do PPA, os objetivos,


relacionados aos programas temáticos, são detalhados em metas e
iniciativas.

As metas podem ser qualitativas ou quantitativas, e servem para mensurar a


realização do respectivo objetivo durante o período de vigência do PPA.
Vale destacar que, nos moldes anteriores, as metas eram tipicamente
quantitativas.

As iniciativas constituem outra novidade do PPA 2012-2015, servindo como


categoria intermediária de vinculação entre programas do Plano e
ações do orçamento (antes, as ações eram diretamente vinculadas aos
programas). Entretanto, as iniciativas podem ter seu financiamento proveniente
de outras fontes que não o orçamento federal.

Nos orçamentos anuais, para cada iniciativa, pode-se vincular uma ou mais
ações orçamentárias; em sentido inverso, como regra, cada ação só poderá
se vincular a uma iniciativa.

Conforme o Manual, as iniciativas "declaram as entregas à sociedade de bens e


serviços resultantes da coordenação de ações orçamentárias e outras", assim
como bens e serviços decorrentes da integração de políticas públicas e da
pactuação entre entes federados e entre Estado e sociedade. Além disso, as
iniciativas apresentam duas dimensões: fontes de financiamento e formas
de gestão e implementação.

Por fim, para cada objetivo, designado um órgão responsável, entendido


como o órgão cujas atribuições mais contribuem para a implementação do
objetivo.

Os projetos que apresentarem valor total, ndependentemente do período do


Plano, igual ou superior ao valor de referência serão destacados no Plano
como iniciativas. Os demais projetos, com valor inferior a esse corte, deverão
estar vinculados a outras iniciativas de forma agregada.

Mais uma vez, damos continuidade ao diagrama imediatamente anterior,


detalhando, desta feita, os objetivos:

Distinção PPA/Orcamento

O PPA 2012-2015 trouxe algumas modificações em relação aos conceitos


utilizados na estruturação de programas do governe. O pano de fundo, como já
anunciado, foi deixar o Plano com um caráter eminentemente
estratégico, relacionado à visão de longo prazo do governo.

Em complementação, os orçamentos anuais devem consubstanciar o nível


operacional da ação governamental, representado pela indicação de
alternativas para alcance dos objetivos, pela otimização dos recursos e pela
qualidade dos produtos entregue à sociedade e ao próprio governo.
No modelo anterior, o PPA estabelecia os programas, as ações a eles vinculadas
e até a regionalização dos gastos correspondentes aos programas. Segundo
alguns teóricos, isso representava um detalhamento excessivo do PPA, que
não deveria "descer" até ao menor nível de execução das despesas; o PPA era
considerado um "orçamentão" para o período de quatro anos.

Com essa sobreposição de conteúdo, os orçamentos anuais basicamente


repetiam a estrutura do Plano, mas restringindo a execução dos programas
a um exercício financeiro.

O novo modelo trazido pelo atual PPA evita essa sobreposição, de forma que o
Plano estabelece os programas de governo e reserva o respectivo
detalhamento por ações aos orçamentos anuais (mediante a vinculação de
ações orçamentárias a iniciativas).

Essa "independência" entre o PPA e os orçamentos anuais é pontuada também


pelo art. 9 o a Lei 12.593/2012, cujo enunciado estabelece que os objetivos, as
metas e o valor global dos programas não são limites para a programação e
a execução das despesas orçamentárias.

Lei do PPA ÍLei 12.593/2012): disposições aerais

Neste tópico e nos próximos, destacaremos os principais dispositivos da Lei do


PPA 2012-2015 que não tenham sido tratados anteriormente, bem como sobre
acréscimos mais relevantes trazidos pelo Decreto 7.866/2012, que
regulamentou a referida lei.

Para começar, alguns conceitos: a Lei do PPA define o planejamento


governamental como "atividade que, a partir de diagnósticos e estudos
prospectivos, orienta as escolhas de políticas públicas"; e o próprio PPA é
conceituado como

"instrumento de planejamento governamental que define diretrizes, objetivos e


metas com o propósito de viabilizar a implementação e a gestão das politicas
públicas, orientar a definição de prioridades e auxiliar na promoção do
desenvolvimento sustentável" .

O art. 4 o da Lei 12.593/2012 estabelece as diretrizes do PPA, concretizando a


previsão do art. 165, § 1o, da CF/88 (A lei que instituir o plano plurianual
estabelecerá... as diretrizesf objetivos e metas da administração pública
federal...).

Tais diretrizes compõem uma lista ampla, que abarca a maior parte da
atuação governamental em relação à entrega de produtos e serviços è
sociedade, senão vejamos:

• a garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais,


regionais, étnico-raciais e de gênero;

• a ampliação da participação social;

• a promoção da sustentabilidade ambiental;

• a valorização da diversidade cultural e da identidade nacional;

• a excelência na gestão para garantir o provimento de bens e serviços à


sociedade;

• a garantia da soberania nacional;

• o aumento da eficiência dos gastos públicos;

• o crescimento econômico sustentável; e

• o estímulo e a valorização da educação, da ciência e da tecnologia.

Estranhamente, a Lei do PPA elege "prioridades da administração pública


federal": o Programa de Aceleração do Crescimento e o Plano Brasil
sem Miséria, alem das explicitadas nas LDO f s.

Digo "estranhamente" porque, segundo o texto constitucional, a indicação de


metas para a administração pública federal cabe especificamente às leis de
diretrizes orçamentárias.

Empreendimentos de grande porte

Nos termos do PPA 2012-2015, entendem-se como "empreendimentos de


grande porte" aqueles cujo valor global estimado seja igual ou superior
ao valor de referência. No Plano, tais empreendimentos deverão ser
individualizados como iniciativas.
Além disso, o Ministério do Planejamento pode instituir outros critérios para
individualização de empreendimentos como iniciativas.

Equivalendo a uma iniciativa, os empreendimentos de grande porte poderão


comportar mais de uma ação orçamentária, nos orçamentos anuais e nas
leis de crédito adicional.

Não obstante, uma exceção a essa regra de individualização dos


empreendimentos de grande porte como iniciativas diz respeito àqueles
financiados com recursos provenientes de transferências dos entes
subnacionais. Nesse caso, os empreendimentos continuarão sendo
representados sob a forma de ações não orçamentárias.

Lei 12.593/2012: gestão do Plano

A gestão do PPA é um processo que abrange a implementação, o


monitoramento, a avaliação e a revisão dos programas, objetivos e
iniciativas. Além disso, a Lei 12.593/2012 indica, como princípios da gestão
do PPA, a publicidade, a eficiência, a impessoalidade, a economicidade e a
efetividade.

O art. 12 da Lei do PPA explicita os objetivos da gestão do Plano:

Ari. 12. A gestão do PP A 2012-2015 consiste na articulação dos meios


necessários para viabilizar a consecução das suas metas, sobretudo, para a
garantia de acesso dos segmentos populacionais mais vulneráveis às politicas
públicas, e busca o aperfeiçoamento:

I-dos mecanismos de implementação e integração das políticas públicas;


l
II - dos critérios de regionalização das politicas públicas; e

III - dos mecanismos de monitoramento, avaliação e revisão do PP A 2012-2015.

O art. 4 o do Decreto 7.866/2012 traz uma redação algo diferente, mas não
desarmônica, para o conceito de gestão do PPA: "articulação dos meios
necessários para viabilizar a implementação das políticas públicas
traduzidas nos Programas Temáticos".
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deverá manter sistema
informatizado destinado ao apoio da gestão do PPA 2012-2015, bem como
cadastrar, nesse sistema, os gestores responsáveis pela prestação de
informações sobre os objetivos de programas temáticos.

Lei 12.593/2012: monitoramento e avaliação do Plano

Conforme o Ministério do Planejamento, o conceito de monitoramento diz


respeito à "observação contínua de uma realidade nos seus aspectos mais
relevantes, no intuito de obter informações fidedignas e tempestivas". A Lei do
PPA acrescenta que o monitoramento é orientado para o alcance das
metas prioritárias da administração pública federal.

Conforme o Decreto 7.866/2012, o monitoramento do PPA 2012-2015


possibilita a produção, a organização e a interpretação de informações,
ampliando os conhecimentos sobre a implementação das políticas públicas.

Relativamente aos elementos do PPA 2012-2015, as atividades de


monitoramento contemplam tanto análises quantitativas como qualitativas,
incidindo sobre Indicadores, Objetivos, Metas e Iniciativas dos Programas
Temáticos.

Já a avaliação do PPA consiste na análise das políticas públicas e dos


programas com seus respectivos atributos, fornecendo subsídios para
eventuais ajustes em sua formulação e 'implementação.

As atividades de monitoramento e avaliação do PPA são estruturadas em forma


de sistema (Sistema de Monitoramento e Avaliação do PPA), que é regido pelas
seguintes diretrizes:

• considerar a realidade de implementação de cada política, em base


territorial;

• atender às necessidades dos órgãos setoriais e de coordenação de


governo, para subsidiar a tomada decisão nos diferentes níveis;

• considerar as lições aprendidas com as experiências de monitoramento e


avaliação no setor público em âmbito nacional e internacional;
• observar as contribuições resultantes dos diálogos com os Entes Federados
e sociedade durante o processo de elaboração do PPA;

• aproveitar estruturas de monitoramento e avaliação existentes na


Administração, trabalhando na busca de informações complementares;

• promover sua implantação, de forma progressiva, segundo as prioridades


estabelecidas pelo governo.

Os principais objetos a serem monitorados no âmbito do SMA são: o


cumprimento dos objetivos, metas e iniciativas dos programas; as agendas
prioritárias; as restrições concernentes a metas e iniciativas; a implementação
articulada de políticas complementares, em bases territoriais,

A seu turno, a avaliação do PPA deve focar os efeitos das políticas,


programas e agendas, bem como a consistência, pertinência e suficiência da
estrutura programática.

Conforme a legislação aqui destacada, o Poder Executivo deverá encaminhar ao


Congresso Nacional relatório anual de avaliação do PPA, até 31 de maio de
cada ano, que evidenciará a avaliação do comportamento das variáveis
macroeconômicas que embasaram a elaboração do Plano; a situação, por
programa, dos indicadores, objetivos e metas; e a execução financeira das
iniciativas.

Lei 12.593/2012: revisão do PPA

Conforme o art. 21 da Lei do PPA, estão compreendidas na revisão do Plano a


inclusão, a exclusão ou a alteração de programas. Nesse último caso,
entende-se como alteração de programa a inclusão, a exclusão ou a alteração
de objetivos ou de suas iniciativas e metas.

Por outro lado, o Decreto 7.866/2012 apresenta vocabulário distinto,


considerando como revisão do PPA a

"atualização de programas com vistas a proporcionar sua aderência à


especificidade e à gestão das politicas públicas, à efetivação de direitos, e
subsidiar o processo de elaboração das diretrizes governamentais e das
prioridades orçamentárias anuais "
Nesse tema, devemos diferenciar os instrumentos pelos quais pode se dar a
revisão do PPA:

• o Poder Executivo deve encaminhar ao Congresso projeto de lei de


revisão do PPA para inclusões, exclusões e alterações mais
significativas dos programas (por exemplo, alteração de objetivo);

• por outro lado, o Poder Executivo está autorizado a editar ato próprio
(decreto presidencial ou portaria ministerial, tipicamente) nos seguintes
casos:

o compatibilização de informações do Plano com alterações


promovidas pelos orçamentos anuais e pelos créditos adicionais;

o inclusão, exclusão ou alteração de informações gerenciais e de


atributos de "menor extensão" dos programas e objetivos
(indicadores, valor de referência, meta qualitativa, órgão
responsável e iniciativa sem financiamento orçamentário).

A inclusão de programa temático ou objetivo, mediante projeto de lei de revisão


do PPA, deve abranger também os atributos dessas categorias (valor
global, indicadores, iniciativas, etc.), como detalhado anteriormente.

Efetuando alguma das modificações mediante ato próprio, o Poder Executivo


deverá informar a Comissão Mista de Planos, Orçamentos e Fiscalização
sobre a medida,

8. (CESPE/TÉCNICO/IBAMA/2012) A promoção da sustentabilidade ambiental


é uma das diretrizes do plano plurianual (PPA) 2012-2015 do governo
federal.

9. (CESPE/TECNOLOGISTA/MCTI/2012) 4o listar políticas e prioridades, o PPA


parte do pressuposto de que garantir os direitos dos que mais precisam é
tarefa inalienável de competência exclusiva do Estado. Assim, construir
caminhos que democratizem as oportunidades é tarefa do poder público,
razão pela qual se torna Irrelevante a presença da Iniciativa privada nos
eixos estruturantes do Plano.

10. (CESPE/ANALISTA/MCTI/2012) Toda ação do governo está estruturada em


programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos
definidos para o período do plano plurianual (PPA), ou seja, quatro anos. O
PPA 2012-2015de acordo com o Manual Técnico de Orçamento 2012f é
constituído por programas finalísticos e de apoio às políticas públicas e
áreas especiais.

11. (CESPE/TÉCNICO/BASA/2012) No plano plurianual 2012-2015 do governo


federal, as ações de apoio administrativo à atuação governamental
inserem-se nos programas temáticos.

12. (CESPE/AUDITOR/TCE-ES/2012) As ações orçamentárias que constam no


plano plurianual do governo federal do período 2012-2015 devem ser
identificadas por um código alfanumérico de oito dígitos e classificadas em
projetosr atividades e operações especiais.

13. (CESPE/ANALISTA/TRT-10/2012) No PPA 2012-2015 do governo federal,


os programas destinados exclusivamente a operações especiais serão
classificados como programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado.

Como vimos, a promoção da sustentabilidade ambiental foi realmente listada


como diretriz do PPA 2012-2015 do governo federal. A questão 8 está CERTA.

A questão 9 está ERRADA. O Manual de Elaboração do PPA indica, como um dos


princípios do Plano, o estabelecimento de parcerias do governo federal com
entes subnacionais, com a iniciativa privada e com a sociedade civil.

A questão 10 também está ERRADA: o PPA 2012-2015 abrange os "programas


temáticos" e os "programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado".

Os programas temáticos tratam da atuação finalística do governo, no


fornecimento de bens e serviços à sociedade. Por outro lado, os programas de
gestão, manutenção e serviços ao Estado refletem a atuação na área meio do
governo, dando apoio ao funcionamento da máquina estatal. A questão 11 está
ERRADA.
A questão 12 contém uma pegadinha relativamente à nova estrutura do PPA: as
ações orçamentárias não integram mais o 'lano, mas apenas os orçamentos
anuais. Questão ERRADA.

A questão 13 também está ERRADA: programas constituídos apenas de


operações especiais não fazem parte òo PPA.

MENSURACÂO DE DESEMPENHO

Introdução

A partir da década de 80 do século passado, a visão predominante a respeito do


papel do setor público orientou-se no sentido de que os governos deveriam
ser responsabilizados pelo desempenho obtido com os recursos postos
a sua disposição.

Um dos principais desdobramentos dessa visão reside na submissão das


políticas e programas governamentais à aferição de desempenho. Com o
maior nível de informação sobre a execução de políticas públicas,
acompanhando a evolução da "sociedade do conhecimento", a sociedade exige
cada vez mais dos gestores públicos a otimização dos recursos em políticas
destinadas ao atendimento das necessidades coletivas.

Antes de seguir, vamos nivelar nosso vocabulário: uma definição útil para
"desempenho", que pode ser aplicada à realidade do setor público, é a que o
conceitua como a soma de esforços aplicados com vistas ao alcance de
resultados esperados.

Entretanto, essa definição simples contrasta com a intrincada cadeia de


realidades envolvidas na execução das atividades públicas, desde a esfera
"micro", corporificada na atuação individual de servidores, que levam para
seu trabalho a interferência de várias naturezas, orgânicas, sociais e
psicológicas, até a "macro", situada na direção central do governo, à qual
chegam incessantemente demandas de todos os setores.

Diante disso, a definição de objetivos (resultados) claros não é suficiente para


orientar a atuação coordenada dos atores envolvidos. Constata-se que o
desempenho, para além de ser simplesmente aferido, deve ser gerenciado,
ou seja, a mencionada "soma de esforços" necessita ser permanentemente
orientada aos resultados pretendidos. Com isso, cria-se uma cadeia
paralela de esforços, relativa à gestão do desempenho.

Determinado um conceito útil de desempenho, pode-se pensar no que seja a


mensuração do desempenho: conforme a própria etimologia da palavra
"mensuração", deve-se pensar em algum tipo de medida, ou seja, na tradução
de aspectos da realidade em forma de grandezas numéricas. A partir
dessa tradução em termos comparáveis, pode-se aferir em quanto o
desempenho realizado aproximou-se das metas planejadas.

Grosso modo, são esses os conceitos básicos ao se tratar da mensuração de


desempenho. Nos itens seguintes, trataremos dos principais aspectos e
ferramentas relativos ao assunto no âmbito do setor público, conforme exigido
pelas bancas organizadoras de concursos.

Dimensões da avaliação de desempenho: eficiência, eficácia, efetividade

A literatura sobre a administração das organizações distingue há bastante


tempo algumas dimensões dos resultados obtidos nas atividades desenvolvidas
institucionalmente. Essas dimensões envolvem comparações entre os recursos
empregados nas atividades, os resultados obtidos em si, as expectativas quanto
aos resultados, a modificação da realidade a partir deles e a percepção do
processo pelos beneficiários finais.

Nessa distinção já pacificada na literatura, temos como conceitos principais a


eficiência, a eficácia e a efetividade.

A eficiência é definida como a medida da relação entre os produtos


gerados a partir de uma atividade e os custos dos insumos
empregados, em um determinado período de tempo, e garantidos os padrões
requeridos de qualidade.

Em detalhamento à eficiência, podem-se citar algumas subdimensões


relevantes para a avaliação de desempenho, como:

• a produtividade, que diz respeito à relação entre o potencial produtivo


dos recursos disponíeis, o percentual utilizado na obtenção dos resultados
e o tempo gasto no processo;
• a economicidade, que revela o esforço no sentido de empregar o mínimo
de insumos para obtenção do resultado, sem desperdícios e sem perda de
qualidade, tentando-se utilizar as alternativas mais produtivas de ação.

A eficiência pode ser considerada sob duas óticas, quais sejam: a minimização
do custo total ou dos meios necessários para obter o produto, na mesma
quantidade e qualidade; e a otimização da utilização dos insumos para
maximizar o produto, sob condições de gasto total previamente fixado.

A eficácia refere-se ao grau de alcance das metas programadas em


determinado período de tempo (sem levar em conta os custos envolvidos).
Nesse aspecto, também se deve observar se os bens/serviços a serem providos
chegam ao público alvo na quantidade programada e respeitando a equidade na
distribuição/acesso.

Para que a medida da eficácia seja considerada confiável, deve-se proceder à


análise da razoabilidade da meta programada, sob pena de um alto grau
de eficácia mascarar, na verdade, uma meta subdimensionada.

A efetividade relaciona-se aos impactos gerados junto à sociedade em


razão do fornecimento dos bens/serviços decorrentes da ação governamental.
Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-atvo que se
possam atribuir aos efeitos da política pública avaliada.

Normalmente, a efetividade está vinculada ao atingimento dos objetivos da


política pública e ao grau de satisfação dos usuários dos bens e serviços. Vale
destacar que, para que a mensuração da efetividade seja válida, os impactos
relacionados à efetividade devem ter sido indicados no planejamento da
política.

Uma dificuldade na mensuração da efetividade reside na separação dos efeitos


da política pública dos efeitos relacionados a outros fatores que afetam o
público alvo dessa política. Para tanto, é necessário desenvolver uma
metodologia que aponte a causalidade entre a política pública e os efeitos
observados, em comparação com uma situação eventualmente verificada na
ausência da política.

Por fim, a avaliação da efetividade pressupõe a eficácia da política


pública, ou seja, é necessário que os bens e serviços tenham sido ofertados
conforme a previsão, para adequada verificação de seu impacto social.
Na esfera federal, o Plano Nacional de Gestão Pública acrescenta duas
dimensões de avaliação da gestão pública às comentadas acima, relacionadas
ao "esforço": a execução e a excelência. A execução equivale, basicamente,
à produtividade, que assinalamos antes, ao passo que a excelência corresponde
à conformidade da realização dos processos e atividades a critérios e padrões
de qualidade.

14. (ESAF/APOFP/SEFAZ-SP/2009) A realidade que surge da atuação do Estado


moderno exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentária do
setor público, A avaliação também é instrumento de promoção do
aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão de recursos
humanos, financeiros e materiais utilizados na execução dos programas.
Uma das opções abaixo é incorreta. Identifique-a.

a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais, busca


considerar os resultados obtidos em face dos recursos disponíveis.

b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que


orientaram a constituição de um determinado programaf expressa pela sua
contribuição variação alcançada dos indicadores estabelecidos peio Plano.

c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um


determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.

d) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente


utilizados para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou
programa, frente a padrões estabelecidos.

e) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na


execução), auxilia as avaliações da eficácia.

15. (ESAF/APO/MPOG/2010) Na literatura especializada sobre Avaliação, é


comum encontrar referências a dimensões desejáveis de desempenho de
organizações e programas avaliados, que podem ser traduzidas por
exigências de efetividadef de eficiência e de eficácia dos programas de
governo. Identifique a opção correta, referente ao princípio da eficácia.

a) A eficácia diz respeito à capacidade de se promover resultados


pretendidos.

b) A eficácia denota competência para se produzir resultados com


dispêndio mínimo de recursos e esforços.

c) A eficácia remete a condições controladas e a resultados desejados de


experimentos.

d) Inúmeros indicadores são utilizados na avaliação de eficácia,


especialmente aqueles que relacionam produtos finais com seus custos e com
os insumos principais.

e) A avaliação da qualidade do trabalho é uma questão ligada ã eficácia,


principalmente em certos tipos de realizações, como obras públicas.

16. (FCC/ANALISTA/TRF-02/2012) Indicador de desempenho estratégico que


mede o grau de satisfação, o valor agregado e os impactos gerados pelos
produtos/serviços, processos ou projetos no contexto em geral:

(A) economicidade.

(B) execução.

(C) eficiência.

(D) efetividade.

(E) excelência.

17. (FCC/ANALISTA/TRT-09/2010) As seis categorias de indicadores de


desempenho estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de valor
(insumosf processos, produtos e impactos) e dividem-se nas dimensões de

(A) execução e excelência.

(B) efetividade e esforço.

(C) outputs e outcomes.

(D) resultado e eficácia.


(E) resultado e esforço.

Dos enunciados das alternativas da questão 14, há erro apenas na alternativa


E: a incorporação de custos auxilia a avaliação sob a dimensão da eficiência,
que focaliza a racionalidade na aplicação de recursos.

Na questão 15, a letra A trata da efetividade; a B se refere à economicidade, a


D diz respeito à eficiência; e a letra E está mais próxima da dimensão da
excelência. A eficácia está retratada na letra C.

Na questão 16, o grau de satisfação e os impactos gerados pela ação


governamental dizem respeito à dimensão da efetividade. Gabarito: D.

Na questão 17, as "seis categorias de indicadores de desempenho" dizem


respeito àquelas listadas no Plano Nacional de Gestão Pública, como vimos
antes. Elas dividem-se em categorias de resultado e de esforço. Gabarito: E.

Técnica do orcamento-proarama

Para a doutrina, a raiz do orçamento moderno atual (orçamento-programa) foi


o Sistema de Planejamento, Programação e Orçamento (na sigla em
inglês, PPBS), adotado nos Estados Unidos na década de 1960.

Tendo o planejamento como atividade central, o PPBS propunha a


consideração de alternativas não só na fase prévia, de preparação do
orçamento, mas durante sua execução e na avaliação de seu desempenho.

As principais características do PPBS, nos dizeres da Secretaria do Tesouro


Nacional, eram "integração planejamento-orçamento; quantificação de
objetivos e fixação de metas; relações insumo-produto; alternativas
programáticas; acompanhamento físico-financeiro; avaliação de resultados; e
gerência por objetivos".

O PPBS fracassou nos Estados Unidos e deixou de ser adotado como modelo
orçamentário. Entretanto, seus pressupostos foram espalhados mundo afora,
principalmente a partir da ação da Organização das Mações Unidas, que
popularizou as características do orçamento-programa. Atualmente, o
orçamento-programa é aceito como a forma mais moderna de organização da
ação governamental.
A definição para "programa", no Brasil, está firmada na Portaria 42/99 do
Ministério do Orçamento e Gestão:

"o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização


dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no
plano plurianualn.

Nesse contexto, com o valor dado à mensuração dos resultados que caracteriza
o orçamento-programa, uma nova dimensão levada em conta na avaliação e no
controle do orçamento é a efetividade, que acabamos de destacar. De nada
vale a construção de uma ponte, com menos recursos que o previsto, em
menos tempo que o estimado, se ela não atender ao objetivo de facilitar o
fluxo de veículos e pedestres. Nessas condições, a ação de construção da ponte
seria eficiente e eficaz, mas não seria efetiva.

Portanto, o que justifica a realização dos programas, na técnica do orçamento-


programa, é uma necessidade social a atender, cujo alcance deve ser
medido por indicadores e metas.

Deixemos claro, portanto, que, no orçamento-programa, o principal não é, por


exemplo, simplesmente construir "X" hospitais. O raciocín ; o seria algo
assim: "para melhorar a área de saúde em "X" por cento, ou para ampliar os
atendimentos em "X" por cento, é necessário construir "Y" hospitaisf em tais
localidades, que custarão Z" milhões, a serem obtidos das fontes A, B e C".

A estrutura atual do orçamento-programa no Brasil foi delineada pelo Decreto


2.829/98. Segundo o art. 2 o desse normativo, todo programa deve conter:

• objetivo;

• órgão responsável;

• valor global;

• prazo de conclusão;

• fonte de financiamento;

• indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim


modificar:
• metas correspondentes aos bens e serviços necessários para atingir o
objetivo;

• ações não integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à


consecução do objetivo;

• regionalização das metas por Estado,

Esses elementos formadores dos programas, indicados na atividade de


planejamento, tentam trazer o máximo de concretude à ação do governo.

18. (ESAF/TÉCNICO SUPERIOR/ENAP/2006} No que tange a orçamento-


programa e suas característicasf assinale a única opção errada.

a) O orçamento-programa corresponde a uma sistemática que procura


ordenar a aplicação dos recursos financeiros, visando objetivos definidos,
dentro de uma programação e um planejamento coordenados.

b) O orçamento-programa destaca as metas> os objetivos e as intenções


do governo, consolidando um conjunto de programas a ser realizado durante
determinado período.

c) O orçamento-programa é um instrumento de planejamento mensal de


que dispõe a administração pública, com o objetivo de planejar e executar os
seus planos de desenvolvimento socioeconômico,

d) A avaliação de resultados é uma das principais características do


orçamento-programa.

e) No orçamento-programa, os custos são claramente definidos.

19. (ESAF/ACE/TCU/2006) O orçamento-programa é entendido como o plano


de trabalho do governo no qual são especificadas as proposições concretas
que se pretende realizar durante o ano financeiro. Assinale a única opção
incorreta em relação a orçamento-programa.
a) A integração planejamento-orçamento é característica do orçamento-
programa.

b) Orçamento-programa informa, em relação a cada atividade ou projetot


quanto vai gastar, para que vai gastar e por que vai gastar.

c) O orçamento-programa identifica programas de trabalho, objetivos e


metas, compatibiiizando-os com os planos de médio e longo prazos.

d) O orçamento-programa é o processo de elaboração do orçamento em


que é enfatizado o objeto de gasto,

e) Processo de elaboração do orçamento-programa é técnico e baseia-se


em diretrizes e prioridades, estimativa real de recursos e cálculo real das
necessidades.

20. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) O orçamento-programa se diferencia do


orçamento tradicional

(A) pela alocação de recursos visar ã consecução de objetivos e metas.

(B) pela ênfase na legalidade no cumprimento do orçamento.

(C) por estar dissociado dos processos de planejamento e programação das


ações públicas.

(D) pela inexistência de sistemas de acompanhamento e medição do


trabalho.

(E) por adotar como principais critérios de classificação: unidades


administrativas e elementos de despesa.

21. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2007) A definição clara de objetivos é


condição básica para o orçamento-programa. Um programa na área de
saúde, por exemplo, estaria mais bem justificado se, em vez de apontar o
número de hospitais a serem construídos ou ambulatórios a serem
instalados,indicasse o número de novos pacientes a serem atendidos ou
de novos atendimentos a serem realizados.

Na questão 18, que aborda alguns aspectos fora de nosso conteúdo mediato, o
erro está em dizer que o orçamento-programa é um instrumento de
planejamento mensal. Como ele se aplica aos orçamentos elaborados pelo
poder público, assume a periodicidade e temporalidade destes, que, na imensa
maioria dos países, inclusive no Brasil, é anual. Gabarito: C.

Na questão 19, a informação incorreta sobre o orçamento-programa é a de que


sua preocupação reside sobre os objetos do gasto, já que, como exposto, essa
técnica preocupa-se preponderantemente com o alcance dos objetivos do poder
público. Gabarito: D.

Na questão 20, devemos identificar qual das alternativas caracteriza o


orçamento-programa, de forma a distingui-lo do tradicional. Como visto, o
principal aspecto desse instrumento programático é a possibilidade de
racionalizar a ação pública, aplicando recursos no atingimento de objetivos e
metas de governo. Assim, tem-se a íntima relação entre os processos de
orçamentação e de planejamento, bem como a definição de formas de medição
dos resultados dos programas. Gabarito: A.

A questão 21 está CERTA: mostra-se a forma diferenciada de enxergar a


demanda social a atender, retirando o foco do objeto do gasto para priorizar
uma política planejada de saúde.

Controle sobre processos X controle sobre resultados

Pode-se dizer que, nos países de uma forma geral, a mensuração de


desempenho no âmbito da administração pública experimenta dificuldades
diversas. Entre essas dificuldades, podem ser citadas desde a resistência
intrínseca dos agentes públicos a se sujeitarem a algum tipo de avaliação,
até a indisponibilidade de instrumentos que permitam identificar dimensões
como "produtividade", "eficiência" ou "agregação de valor".

Por outro lado, há muitas razões que justificam as tentativas de implementação


da mensuração de desempenho no setor público: melhoria da qualidade dcs
serviços públicos; economia e aplicação mais racional de recursos;
transparência e prestação de contas à sociedade etc.

No Brasil, a cultura de avaliação de desempenho e de busca pela qualidade do


gasto público teve grande impulso com a chamada "reforma gerencial"
promovida pelo governo federa! a partir de 1995. Para pinçar um exemplo
simples, foi com a Emenda Constitucional 19/98 que a eficiência foi admitida
como principio fundamental da administração pública (art. 37, caput, da
CF/88).

No Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, documento base da


reforma gerencial de 95, propunha-se uma forma de funcionamento estatal
menos fundamentada no histórico controle sobre processos, ou seja, sobre
as condutas dos agentes públicos na realização da ação governamental, e
mais preocupada com o controle sobre resultados. A ideia era dar liberdade ao
gestor público para que este utilizasse os recursos necessários à
concretização dos programas e projetos, ao mesmo tempo em que se reservava
uma cobrança mais intensa ao final do processo.

Segundo o Plano Diretor,

Na administração publica gerencial a estratégia volta-se (1) para a definição


precisa dos objetivos que o administrador publico deverá atingir em sua
unidade, (2) para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos
recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição
para que possa atingir os objetivos contratados, e (3) para o controle ou
cobrança a posteriori dos resultados. (...)
ll
Os resultados da ação do Estado são considerados bons não porque os processos
administrativos estão sob controle e são seguros, como quer a administração
publica burocrática, mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo
atendidas.

Apesar de o governo central da época ter apostado na reforma gerencial, seus


princípios não foram adotados pela administração de uma forma geral; com
isso, na esfera federal, predomina ainda, como regra, o controle sobre
processos como característica da ação governamental.

22. (FMP/AUDITOR/TCE-RS/2011) Segundo o Plano Diretor da Reforma do


Aparelho do Estado (1995), na Administração Pública gerencial a estratégia
volta-se:
I, para a definição precisa dos objetivos que o administrador público
deverá atingir em sua unidade.

II. para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos


humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que
possa atingir os objetivos contratados.

III. para o controle ou cobrança a priori dos resultados.

As afirmações I, II e III são:

a) verdadeirat falsa, verdadeira.

b) verdadeira, verdadeiraf verdadeira.

c) verdadeira, verdadeira, falsa.

d) falsa, verdadeira, verdadeira.

e) verdadeira, falsa, falsa.

23. (CESPE/ANALISTA/STM/2011) Uma das manifestações do princípio da


eficiência está nas rotinas de controle de resultados a que se submete o
poder executivo.

Na questão 22, o único erro nas assertivas está na afirmação de que, na


reforma gerencial, prioriza-se o controle ou cobrança a priori, já que a tônica
dessa reforma é o controle a posteriori sobre os resultados. Gabarito: C.

A questão 23 está CERTA: o controle de resultados sobre as ações do governo


(no caso, identificado com o Poder Executivo) é uma das manifestações do
princípio constitucional da eficiência.

Apuração de custos das atividades e serviços públicos

A apuração de custos na administração pública é tema tratado na legislação


pátria desde, pelo menos, a Lei 4.320/64, sendo reforçada por diplomas
posteriores, até a chegada da Lei de Responsabilidade Fiscal, que determinou
expressamente a criação de um sistema informatizado de custos, para
avaliação e acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
Na esfera federal, o cumprimento dessa determinação deu-se em 2010, com a
criação do Sistema de Informações de Custos do Governo Federal (SIC).
A Secretaria do Tesouro Nacional aponta como principal objetivo do SIC
"subsidiar decisões governamentais e organizacionais que conduzam à alocação
mais eficiente do gasto público".

Ainda segundo a STN, o conceito de custo contempla duas dimensões: a física


e a monetária. A dimensão física refere-se à sua quantificação em termos
de peso, volume, área etc.; no caso da União, a dimensão física pode ser
expressa pelos produtos, programas e ações orçamentárias. A dimensão
monetária está relacionada à expressão econômico-financeira em moeda.

A importância da adoção do sistema de custos ; ilustrada por Nelson Machado e


Victor Holanda, respectivamente Secretário-Executivo e Diretor de Gestão
Estratégica do Ministério da Fazenda:

Os administradores do setor público necessitam de um conjunto de

informações gerenciais para cumprir com eficiência, eficácia e efetividade

as políticas públicas. Dessa forma, impõe-se a necessidade de um sistema

de informação de custos capaz de auxiliar decisões típicas, tais como

comprar ou alugar, produzir internamente ou terceirizar determinado

serviço ou atividade. Ou, ainda, permitir comparações entre os custos de

atividades ou serviços iguais produzidos por unidades organizacionais

diferentes, objetivando conhecer e estimular a melhoria do desempenho

de seus dirigentes. Além disso, as informações de custos associadas aos

benefícios das políticas públicas deveriam ser a base para a formulação

da proposta orçamentária, sendo o orçamento o fio condutor que permite

executar as despesas e prestar os serviços públicos planejados.

Ainda segundo os autores, no que diz respeito à identificação do que deve ser
mensurado na administração pública,

a definição das políticas públicas é o principal determinante dos custos do

setor público, derivando daí os programas e as ações, bem como a

identificação dos recursos necessários para executá-los. Os recursos

estimados e consumidos são acumulados diretamente nos projetos ou


atividades. A partir dos custos acumulados por projeto ou atividade, por

um processo de agregaç o, é possível encontrar os custos das funções e

dos centros de responsabilidade. Os custos unitários dos produtos ou

serviços derivam da relação entre os custos das atividades e as

quantidades físt as executadas.

Com o monitoramento dos custos incidentes sobre a execução das atividades e


serviços públicos, é possível obter informações confiáveis para comparação
com as metas fixadas no planejamento, favorecendo os procedimentos de
avaliação e controle.

Além disso, o mapeamento de custos pode estabelecer uma distribuição


ótima de alocação de recursos humanos e materiais para atividades
padronizadas, bem como um padrão de desempenho esperado, baseado em
indicadores, para avaliação de órgãos, unidades administrativas, e mesmo de
servidores.

Nesses termos, a mensuração de desempenho pode se tornar mais fidedigna e


mais justa, já que os responsáveis passam a ser avaliados pelos resultados
obtidos com os recursos postos a sua disposição, sem a interferência de
áreas e unidades que não estejam sob sua gestão.

24. (CE5PE/OFICIAL/ABIN/2010) Os sistemas de determinação de custos são


considerados como um dos componentes básicos no novo orçamento de
desempenho. Assim, com a adoção da estrutura programática,, é
necessário conhecer os custos e associá-los aos produtos e aos benefícios.

A questão 24 está CERTA. A mensuração do desempenho, nos parâmetros


atuais, necessita da atribuição de custos às atividades desempenhadas e aos
produtos ofertados pelo setor público.
Indicadores de desempenho

Ao estudarmos sobre a elaboração e a gestão do Plano Plurianual, vimos que


um dos componentes do programa temático é o indicador, definido como "uma
referência que permite identificar e aferir, periodicamente, aspectos
relacionados a um programa, auxiliando o seu monitoramento e avaliação".

Segundo o Ministério do Planejamento, as principais finalidades dos ind ; cadores


são:

• mensurar os resultados e gerir o desempenho;

• embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada


decisão;

• contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais;

• facilitar o planejamento e o controle do desempenhe; e

• viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização e do


desempenho de diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes
semelhantes,

Adicionalmente, consoante o Tribunal de Contas da União, indicadores têm a


finalidade de comparar o desempenho aferido com metas preestabelecidas,
servindo como informação útil ao processo decisório.

O Ministério do Planejamento defende, ainda, que os indicadores de


desempenho devem ser coerentes com os objetivos próprios da ação
avaliada e apuráveis em tempo oportuno.

Os componentes básicos dos indicadores de desempenho, conforme o


MPOG, são os seguintes:

• a medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as


características, resultados e consequências dos produtos, processos ou
sistemas;

• a fórmula, padrão matemático que expressa a forma de realização do


cálculo;

• o índice (número): valor de um indicador em determinado momento;


• o padrão de comparação, índice arbitrário e aceitável para uma avaliação
comparativa de padrão de cumprimento;

• a meta, número orientado por um indicador em relação a um padrão de


comparação a ser alcançado durante certo período.

25. (FCC/ANALISTA/SEFAZ-SP/2010) Uma das características do orçamento-


programa é a utilização sistemática de indicadores e padrões de medição
do trabalho e dos resultados. Para isso, é feita uma diferenciação entre os
produtos finais dos programas e os produtos intermediários necessários
para alcançar os seus objetivos. É produto final de um programa da área
de saúde:

a) o percentual da população atendida pelo programa de vacinação.

b) o número de postos de saúde construídos.

c) o número de medicamentos distribuídos.

d) o total de consultas médicas realizadas.

e) a redução da mortalidade infantil.

26. (ESAF/AFC/CGU/2012) De acordo com o Guia Referencial para Medição do


Desempenho da Gestão, de lavra da Secretaria de Gestão do Ministério do
Planejamento, indicadores de desempenho devem ser especificados por
meio de métricas estatísticasf comumente formadas por porcentagem,
média, número bruto, proporção e índice. Isso postof a grandeza
qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características,
resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas refere-se
ao seguinte componente básico de um indicador:

a) Medida,

b) Fórmula.

c) Índice.
d) Padrão de comparação.

e) Meta.

Na questão 25, o único produto final referente à área de saúde, ou seja, aquele
que representa o alcance do objetivo de uma política pública nessa área, e pode
representar a medida da efetividade, é a redução da mortalidade infantil. As
demais opções tratam de produtos mais afeitos à dimensão da eficácia.
Gabarito: E.

Na questão 26, o conceito reproduzido no enunciado diz respeito à medida dos


indicadores de desempenho, segundo o Ministério do Planejamento. Gabarito:
A.

CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

Introdução

O controle é uma das facetas da administração institucional, mais do que


apenas da administração pública. Nesse aspecto, há registros históricos que
apontam para o exercício de atividades de controle na maioria das civilizações
que deixaram sinais de sua organização.

Na ciência da administração, o controle integra a última parte do ciclo de


atividades, em conjunto com a avaliação, e antecedido pelo planejamento e
pela execução. Essa visão entende o controle como algo posterior à
execução de atividades controladas; entretanto, essa não é a forma única
para implementação do controle nas instituições e governos.

Um traço comum do controle, em qualquer ambiente no qual encontremos sua


ocorrência, diz respeito à verificação de um ato, situação ou procedimento, em
comparação com a descrição de uma norma, escrita ou não, que indica a
expectativa de ocorrência do ato, situação ou procedimento.

Assim, podemos dizer que a principal finalidade do controle é assegurar a


realização de atividades conforme as expectativas traçadas
previamente. Isso pode ocorrer mediante orientações, de viés "pedagógico";
mediante determinações, de teor obrigatório; e até mediante intervenções de
caráter punitivo.
Conceitos de controle

Nos itens seguintes, trataremos das principais formas sob as quais podemos
identificar o controle no âmbito da administração pública.

Controles internos administrativos: os órgãos e entidades públicas, durante


a própria execução das atividades, adotam procedimentos e cautelas de modo a
evitar riscos e ameaças aos objetivos institucionais. Assim, os chamados
controles internos administrativos são de responsabilidade da própria
organização, concretizados pelos respectivos dirigentes e servidores, e
encontram-se embutidos nos processos de trabalho da organização.

Um dos mais notórios aspectos dos controles internos é a chamada


segregação de funções, que implica a segmentação do processo de trabalhe
entre diferentes agentes e áreas. A finalidade é evitar o surgimento de erros e
fraudes devido ao desempenho de funções incompatíveis, como, por exemplo, a
concentração, em uma só pessoa, da responsabilidade pelo pagamento a
fornecedores e pelo atesto de recebimento dos bens e serviços, que favoreceria
fraudes relacionadas ao descompasso entre o que é pago e o que é
efetivamente recebido.

Outros exemplos relacionados aos controles internos são: a autorização para


realização de atividades por mais de um responsável; a emissão de pareceres
por áreas especializadas de assessoria; a supervisão de caráter finalístico
empreendida pelos Ministérios em relação ao desempenho das entidades da
administração ind;reta.

Vale ressaltar que a qualidade dos controles internos é um dos primeiros itens
verificados por agentes do controle interno e externo em suas fiscalizações,
pelo fato de relacionar-se de forma inversa com erros e desvios (quanto
melhores os controles internos, menor o nível esperado de irregularidades).

Controle interno: vamos utilizar aqui o conceito apresentado pelo Ministro-


Substituto Lincoln Magalhães da Rocha, do TCU: "Conjunto de procedimentos
adotados no âmbito de cada um dos Poderes do Estado, ou órgãos e entidades
que neles se integrem para, resumidamente, comprovar a legalidade e avaliar
os resultados".
Deve-se diferenciar o controle interno dos controles internos administrativos.
Como vimos, estes últimos integram-se aos próprios atos
administrativos e atividades da organização, de forma que, ao se observar
os métodos de trabalho, as sequências de procedimentos de uma organização,
estaremos examinando simultaneamente os controles internos,

Por outro lado, o controle interno compreende atividades de avaliação e


fiscalização externas à execução, mas também por estruturas integrantes
do órgão, entidade ou Poder controlado. Inclusive, como já dito, uma das
principais preocupações do controle interno, no momento de realizar seus
trabalhos de fiscalização, diz respeito à avaliação dos controles internos
administrativos.

Controle externo: como deixa claro sua denominação, o controle externo é


exercido por agentes e instituições não integrantes do órgão, entidade
ou Poder controlado. No arcabouço jurídico brasileiro, aplicamos o último
critério: o controle externo é exercido por estruturas afetas ao Poder
Legislativo (Casas Legislativas e Tribunais de Contas), que lança seus olhares
sobre os demais Poderes e sobre as áreas administrativas do próprio
Legíslativo. Também trataremos mais do controle externo ao examinar os
dispositivos constitucionais relacionados.

Controle judicial: os atos administrativos estão sujeitos à apreciação do Poder


Judiciário, no tocante à legalidade e à legitimidade dos atos apreciados
Mesmo os atos discricionários submetem-se a esse controle, à exceção dos
aspectos de oportunidade e conveniência, que pertencem somente ao juízo
do administrador público.

Nesse caso, trata-se de uma espécie de controle diferente, já que o Judiciário,


para atuar, necessita de provocação externa, o que não ocorre com os
demais tipos de controle.

Controle social: esta é considerada a atual "vedete'' da atividade de controle.


Sendo efetivo, o controle social sobre as atividades da administração pública
apresenta diversas vantagens: capilaridade, ou seja, presença próxima à
concretização das políticas públicas; apelo político, no sentido de constranger
os representantes políticos e gestores públicos a atuarem em favor dos
interesses da população; conscientização da sociedade a respeito de sua
titularidade sobre os recursos públicos; possibilidade de apresentação de
informações aos órgãos de controle, que favoreçam sua atuação etc.

A Constituição de 1988 positivou aspectos que favorecem a atuação do controle


social da coisa pública, entre os quais citamos: possibilidade de impetração de
ação popular junto ao Poder Judiciário (art. 5 o , inc. LXXIII), com vistas à
anulação de ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural; o direito de petição aos
Poderes Públicos, em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder
(art. 5 o , inc. XXXIV, "a"); a possibilidade de apresentar denúncia sobre
irregularidades aos Tribunais de Contas (art. 74, § 2 o ) etc.

Momento do controle

Outro aspecto bastante cobrado em provas diz respeito ao momento de


incidência do controle sobre a atividade administrativa controlada.

Dessa forma, temos os seguintes tipos:

• controle prévio: contempla procedimentos realizados antes da


concretização do ato controlado. Podem-se citar, a título de exemplo, a
emissão de pareceres previamente à assinatura de um convênio ou à
realização de uma licitação; a verificação da entrega de bens e serviços
por fornecedores, previamente ao pagamento; e, antigamente, a
autorização para realização de despesas pelos Tribunais de Contas;

• controle concomitante: nesse caso, os procedimentos de controle e


fiscalização incidem sobre o ato ou atividade controlada em seu decorrer,
com vistas ao ajustamento de sua execução aos critérios aplicáveis. Por
exemplo, temos a fiscalização da realização de obras públicas pelos
órgãos de controle interno e externo;

• controle posterior: trata-se da espécie mais afeita ao controle externo,


realizada depois da conclusão do ato ou atividade controlada. Para
ficarmos com um exemplo emblemático, temos o julgamento da gestão
dos administradores públicos pelos Tribunais de Contas.
27 (FCC/TÉCNICO/TRT-06/2012) O controle administrativo é o poder de
fiscalização e correção que a Administração pública exerce sobre

a) seus próprios atos.

b) os atos da sociedade.

c) a intenção entre a comunidade e os tribunais.

d) o número de atos aprovados e os de interesse dos tribunais de Justiça

e) a contabilidade e as finanças das entidades privadas.

28. (ESAF/AN ALISTA/RFB/2009) Para uma adequada prática da função


controle, é necessário saber que:

a) todos os possíveis objetos devem ser controlados de forma censitária.

b) controlar é, eminentemente, comparar.

c) a avaliação quantitativa é preferível ã avaliação qualitativa.

d) o controle prévio não gera feedback.

e) o controle prescinde do estabelecimento de padrões.

29. (ESAF/AN ALISTA/AN A/2009) Os controles internos administrativos


implementados em uma organização devem, prioritariamente, ter caráter
repressivo.

30. (FCC/ANALISTA/TJ-PI/2010) 0 processo constituinte e a promulgação da


Constituição Federal de 198S, introduziram importantes avanços capazes
de fortalecer o controle social que pode ser compreendido como

a) controle do Estado ou do movimento social sobre as massas.

b) desenvolvimento de estratégias e ações de coação social sobre as


decisões da população.
c) participação da população na elaboração, implementação e fiscalização
das políticas sociais.

d) mobilização da sociedade civil para assumir ações emergenciais nas


situações de calamidade pública.

e) organização da sociedade civil em redes sociais para execução de


políticas sociais.

31. (ESAF/AUDITOR/MTE/2010) Quanto ao controle da Administração Pública,


em especial\ quanto ao momento em que ele se efetiva, assinale:

(1) para controle prévio;

(2) para controle sucessivo ou concomitante;

(3) para controle corretivo ou posterior.

E escolha a opção que represente a sequência correta.

( ) Aprovação, pelo Senado Federal, de operação financeira externa de


interesse da União.

( ) Auditorias realizadas pelo TCU em obras públicas federais.

( ) Aprovação, pelo Senado Federal, dos Ministros do TCU indicados pelo


Presidente da República.

( ) Julgamento das contas dos gestores públicos pelo TCU,

( ) Registro, pelo TCU, das admissões, aposentadorias e pensões no âmbito


das pessoas jurídicas de direito público da Administração Pública Federal.

a)3/ 1/2/1/3

b) 2/2/1/3/3

c)2/3/3/1/2

d) 1/1/3/3/2

e) 1/2/ 1/3/3

32. (ESAF/TÉCNIC0 SUPERIOR/MPOG-SPU/2006) Parcerias entre sociedade


civil e governo possibilitam maior controle social direto.
Na questão 27, o controle administrativo é exercido pela própria Administração
que executa os atos controlados. Gabarito: A.

Analisando a questão 28:

A: um controle censitário, ou seja, sobre todos os objetos possíveis, é


impraticável e contrário à lógica da administração. Como princípio, o controle
não pode ser mais custoso do que o prejuízo decorrente de sua ausência.

B: realmente, o controle é, em essência, a comparação de um objeto


examinado com algum critério eleito anteriormente para aquele tipo de objeto.

C: não é possível sentenciar, dessa forma, qual o melhor tipo de avaliação,


entre a quantitativa e a qualitativa; a escolha por um dos tipos depende das
circunstâncias do controle a ser exercido.

D: ao contrário, espera-se que o controle prévio gere algum tipo de feedback, a


ser utilizado pelo executor do projeto/programa/política.

E: o controle fundamenta-se no estabelecimento de padrões aos quais os


objetos controlados deverão ser comparados.

Gabarito: B.

A questão 29 está ERRADA: os controles internos administrativos, na verdade,


não têm caráter fiscalizatòrío ou repressivo, mas coordenador, indicativo.

Das opções da questão 30, as letras A e B apresentam exatamente o oposto do


controle social, ou seja, o controle do Estado sobre a sociedade; e as letras D e
E apresentam situações em que a sociedade assume funções executivas, de
auxílio ao poder público. A alternativa C é a única opção que reflete o exercício
do controle social. Gabarito: C.

Na questão 31, temos as seguintes correlações:

Controle prévio: aprovações a cargo do Senado Federal;

Controle concomitante: auditorias em obras públicas;

Controle posterior: julgamento de contas pelo TCU e apreciação dos atos de


admissão, aposentadorias e pensões.

Gabarito: E.
A questão 32 está CERTA: desde que não haja "captura" de interesses de uma
esfera por outra, a parceria entre sociedade civil e poder público favorece o
estabelecimento de sistemáticas de controle efetivas, como é o caso de
experiências com conselhos municipais de saúde e educação.

CONTROLE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

O controle e a fiscalização da execução orçamentária tratam da legalidade dos


atos relativos à utilização dos recursos públicos, do alcance dos objetivos
atribuídos às despesas públicas e das cautelas que o governo deve ter em
relação ao equilíbrio entre as receitas e as despesas, para evitar situações de
inadimplência ou insolvência.

Sobre o tema relativo ao controle, a Lei 4.320/64 apresenta algumas


disposições bastante cobradas em provas atualmente:

Art. 75. O contrôle da execução orçamentária compreenderá:

I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a


realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;

II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens


e valores públicos;

III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em tê, mos monetários e


em termos de realização de obras eprestação de serviços.

'J
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será
prévia, concomitante e subseqüente.

Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei,
ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação
ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.

Portanto, como já antecipamos, a atividade de controle compreende


exercício próprio de controle pelas unidades executoras do orçamento e
atuação dos órgãos dos sistemas de controle interno e do controle externo
O sistema de controle interno deve ser instituído e mantido por todos os
Poderes e peio Ministério Público, segundo o mandamento do art. 74 da
CF/88, que estabelece atribuições para os integrantes desse sistema:

• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a


execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e


eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;

• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem


como dos direitos e haveres da União;

• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Além disso, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento


de qualquer irregularidade ou ilegalidade, elevem cientificar o Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

Por sua vez, o controle externo, que, reforçamos, faz pensar numa estrutura
de controle distinta daquela que executa as ações, recebeu, pela CF/88, a
titularidade do Congresso Nacional, que conta com o auxílio técnico do Tribunal
de Contas da União para essa tarefa.

No art. 166, § 1°, inc. II, da CF/88, indicam-se a Comissão Mista de


Orçamento e as demais comissões técnicas das Casas Legislativas como
responsáveis pelo acompanhamento e pela fiscalização orçamentária,

O principal dispositivo constitucional sobre a fiscalização orçamentária é o caput


do art. 70 da CF/88, como segue.

Art 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto
à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia
de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo,
e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Na Lei 4.320/64, os dispositivos sobre o controle externo apontavam uma


atuação mais restrita dos órgãos responsáveis, em relação à indicada na
CF/88. Àquela época, a ação do controle externo era fundamentada
basicamente na fiscalização contábil e financeira das unidades administrativas:

Ari. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por
objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos
dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.

Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo


no prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.

§ Ia As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder legislativo, com


Parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

§ 2° Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão


equivalente, a Câmara de Vereadores poderá designar peritos contadores para
verificarem as contas do prefeito e sobre elas emitirem parecer.

Atualmente,, a função de controle externo encontra-se ampliada pela CF/88, que


atribuiu ao TCU, entre outras, as seguintes competências:

• apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em
sessenta dias a contar de seu recebimento;

• julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por


dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

• realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado


Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de
natureza contábil, financei r a, orçamentária, operacional e patrimonial;

• fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União


mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estada, ao Distrito Federal ou a Município;
• aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá,
entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

• assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências


necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

• representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos


apurados.

Além disso, o art. 72 da CF/88 detalha a atuação do Congresso Nacional quanto


à função de controle externo, a partir de atribuições designadas à Comissão
Mista de Planos, Orçamentos e Fiscalização (CMO).

Diante de despesas não autorizadas (exemplificadas no texto constitucional


como "investimentos não programados ou de subsídios não aprovados"), a CMO
poderá solicitar à autoridade responsável que preste os esclarecimentos
necessários, no prazo de cinco dias.

Nesse caso, podem-se entender despesas não autorizadas como aquelas que
não foram objeto de crédito orçamentário na Lei Orçamentária Anual ou
em créditos adicionais.

Caso os esclarecimentos solicitados não sejam prestados, ou sejam prestados,


mas considerados insuficientes, a CMO solicita ao TCU pronunciamento
conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

Caso o TCU entenda irregular a despesa em análise, e a CMO julgar que dela
poderá ocorrer "dano irreparável ou grave lesão à economia pública", a
Comissão proporá ao Congresso Nacional (entenda-se "Plenário do CN") a
sustação da despesa.

33. (CESPE/CONTADOR/MIN. ESPORTE/2008) 0 controle da execução


orçamentária deve compreender, simultaneamente, a legalidade dos atos
de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; a fidelidade funcional
dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; e
o cumprimento do programa de trabalho, expresso em termos monetários
e em termos de realização de obras e prestação de serviços.

34. (CESPE/ANALISTA/MIN. COMUNICAÇÕES/2008) Uma das finalidades do


sistema de controle interno dos Três Poderes é avaliar o cumprimento das
metas previstas no PPAr bem como avaliar a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União,

35. (ESAF/PROCURADOR/TCE- G0/2007) Diante de indícios de despesas não


autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou
de subsídios não aprovados, é correto afirmar que a Comissão mista
permanente de orçamento do Congresso Nacional

a) deverá informar os fatos ao Tribunal de Contas da União para que este


os investigue.

b) decidirá soberanamentesem prejuízo do recurso regimental cabível ao


Plenário do Congresso Nacional, quanto à regularidade das despesas.

c) proporá ã Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federai a


sustação do ato causador das despesas.

d) determinará ao Tribunal de Contas da União que aplique as multas


previstas em lei aos responsáveis, se os devidos esclarecimentos não forem
prestados pela autoridade governamental responsável ou forem considerados
insuficientes.

e) poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo


de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários,

A questão 33 reproduz trechos da Lei 4.320/64, que destacamos acima (art. 75


e incisos). Questão CERTA.

A questão 34, por sua vez, reflete uma das finalidades do sistema de controle
interno trazidas na CF/88 (art. 74, inc. I). Questão CERTA.

Na questão 35, a providência a cargo da Comissão Mista de Orçamento é a


solicitação de esclarecimentos autoridade responsável, no prazo de cinco dias.
Gabarito: E.
Muito bem, caro aluno, finalizamos aqui nosso curso.

Espero que nossas aulas possam contribuir bastante para sua preparação.

Bons estudos, e boa sorte!

GRACIANO ROCHA
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/IPAJM-ES/2006) Urna das finalidades do plano


plurianual (PPA), que deve vigorar por quatro anos, é estabelecer as
diretrizes da administração pública,

2. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2010) O PPA organiza a atuação


governamental em programas orientados ao alcance dos objetivos
estratégicos definidos para o período de quatro anos. Os programas e
ações do PPA devem ser observados nas leis de diretrizes orçamentárias,
nas leis orçamentárias anuais e nas leis que as modifiquem.

3. (CESPE/ANALISTA/TCE-AC/2008) Os princípios que orientam o PPA são a


identificação clara dos objetivos e das prioridades do governo, a integração
do planejamento e do orçamento, a promoção da gestão empreendedora, a
garantia da transparência, o estímulo às parcerias, a gestão orientada para
resultados e a organização das ações de governo em programas.

4. (CESPE/ADMINISTRADOR/MDS/2006) A consecução dos objetivos


estratégicos do piano plurianual consubstancia-se nos programas
integrantes do orçamento, cujos gerentes serão designados pelos ministros
de Estado ou titulares dos órgãos vinculados à presidência da República,
segundo a vinculação da unidade responsável pelo programa.

5. (CESPE/ANALISTA/TCU/2004) A concepção e a técnica do chamado


orçamento-programa são conhecidas há bastante tempo, inclusive no
Brasil. Apesar dos avanços ocorridos durante a segunda metade do século
XX, representados, por exemplo, pela adoção, em 1974, da chamada
classificação funcional-programática, foi apenas com a edição do Decreto
n.° 2.829/1998 e das demais normas que disciplinaram a elaboração do
Plano Plurianual 2000-2003 e dos orçamentos anuais a eie vinculados, que
os esforços de implantação do orçamento-programa na área federal
tiveram início efetivamente

6. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/IPEA/2008) As ações finalísticas do governo


federal são estruturadas em programas que : quando envolverem
atividades e projetos desenvolvidos por diversos órgãos ou unidades,
devem ter uma unidade responsável pelo seu gerenciamento, bem como
cada programa deve ter um gerente, a ser designado pelo ministro de
Estado ou titular de órgão vinculado à presidência da República, a que
estiver vinculada a unidade responsável pelo programa.

7. (CESPE/CONSULTOR/CÂMARA/2003) O modelo de gerenciamento de cada


programa deve compreender o controle de prazos e custos, sistema
informatizado de apoio ao gerenciamento e a definição da unidade
responsável pelo gerenciamento, salvo nos casos em que o programa seja
integrado por projetos ou atividades desenvolvidas por mais de um órgão
ou unidade administrativa.

8. (CESPE/TÉCNICO/IBAMA/2012) A promoção da sustentabilidade ambiental


é uma das diretrizes do plano plurianual (PPA) 2012-2015 do governo
federal.

9. (CESPE/TECNOLOGISTA/MCTI/2012) Ao listar políticas e prioridades, o PPA


parte do pressuposto de que garantir os direitos dos que mais precisam é
tarefa inalienável de competência exclusiva do Estado. Assim, construir
caminhos que democratizem as oportunidades é tarefa do poder público,
razão pela qual se torna irrelevante a presença da iniciativa privada nos
eixos estruturantes do Plano.

10. (CESPE/ANALISTA/MCTI/2012) Toda ação do governo está estruturada em


programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos
definidos para o período do plano plurianual (PPA), ou seja, quatro anos. C
PPA 2012-2015, de acordo com o Manual Técnico de Orçamento 2012, é
constituído por programas finalísticos e de apoio às políticas públicas e
áreas especiais.

11. (CESPE/TÉCNICO/BASA/2012) No plano plurianual 2012-2015 do governo


federal, as ações de apoio administrativo à atuação governamental
inserem-se nos programas temáticos.

12. (CESPE/AUDITOR/TCE-ES/2012) As ações orçamentárias que constam no


plano plurianual do governo federal do período 2012-2015 devem ser
identificadas por um código alfanumérico de oito dígitos e classificadas em
projetos, atividades e operações especiais.

13. (CESPE/ANALISTA/TRT-10/2012) No PPA 2012-2015 do governo federal,


os programas destinados exclusivamente a operações especiais serão
classificados como programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado.
14. (ESAF/APOFP/SEFAZ-SP/2009) A realidade que surge da atuação do Estado
moderno exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentaria do
setor público. A avaliação também é instrumento de promoção do
aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão de recursos
humanos, financeiros e materiais utilizados na execução dos programas.
Uma das opções abaixo é incorreta. Identifique-a.

a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais, busca


considerar os resultados obtidos em face dos recursos disponíveis.

b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que


orientaram a constituição de um determinado programa, expressa pela sua
contribuição à variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano.

c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um


determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.

d) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente


utilizados para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou
programa, frente a padrões estabelecidos.

e) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na


execução), auxilia as avaliações da eficácia.

15. (ESAF/APO/MPOG/2010) Na literatura especializada sobre Avaliação, é


comum encontrar referências a dimensões desejáveis de desempenho de
organizações e programas avaliados, que podem ser traduzidas por
exigências de efetividade, de eficiência e de eficácia dos programas de
governo. Identifique a opção correta, referente ao princípio da eficácia.

a) A eficácia diz respeito à capacidade de se promover resultados


pretendidos.

b) A eficácia denota competência para se produzir resultados com


dispêndio mínimo de recursos e esforços.

c) A eficácia remete a condições controladas e a resultados desejados de


experimentos.

d) Inúmeros indicadores são utilizados na avaliação de eficácia,


especialmente aqueles que relacionam produtos finais com seus custos e
com os insumos principais.
e) A avaliação da qualidade do trabalho é uma questão ligada à eficácia,
principalmente em certos tipos de realizações, como obras públicas.

16. (FCC/ANALISTA/TRF-02/2012) Indicador de desempenho estratégico que


mede o grau de satisfação, o valor agregado e os impactos gerados pelos
produtos/serviços, processos ou projetos no contexto em geral:

(A) economicidade.

(B) execução.

(C) efic ; i ncia.

(D) efetividade.

(E) excelência.

17. (FCC/ANALISTA/TRT-09/2010) As seis categorias de indicadores de


desempenho estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de valor
(insumos, processos, produtos e impactos) e dividem-se nas dimensões de

(A) execução e excelência

(B) efetividade e esforço

(C) cutputs e outcomes.

(D) resultado e eficácia.

(E) resultado e esforço.

18. (ESAF/TÉCNICO SUPERIOR/ENAP/2006) No que tange a orçamento-


programa e suas características, assinale a única opção errada.

a) O orçamento-programa corresponde a uma sistemática que procura


ordenar a aplicação dos recursos financeiros, visando objetivos definidos,
dentro de uma programação e um planejamento coordenados.

b) O orçamento-programa destaca as metas, os objetivos e as intenções


do governo, consolidando um conjunto de programas a ser realizado
durante determinado período.
c) O orçamento-programa é um nstrumento de planejamento mensal de
que dispõe a administração pública, com o objetivo de planejar e executar
os seus planos de desenvolvimento socioeconómico.

d) A avaliação de resultados é uma das principais características do


orçamento-programa.

e) No orçamento-programa, os custos são claramente definidos,

19. (ESAF/ACE/TCU/2006) O orçamento-programa é entendido como o plano


de trabalho do governo no qual são especificadas as proposições concretas
que se pretende realizar durante o ano financeiro. Assinale a única opção
incorreta em relação a orçamento-programa.

a) A integração planejamento-orçamento é característica do orçamento-


programa.

b) Orçamento-programa informa, em relação a cada atividade ou projeto,


quanto vai gastar, para que vai gastar e por que vai gastar.

c) O orçamento-programa identifica programas de trabalho, objetivos e


metas, compatibilizandc-os com os planos de médio e longo prazos.

d) O orçamento-programa é o processo de elaboração do orçamento em


que é enfatizado o objeto de gasto.

e) Processo de elaboração do orçamento-programa é técnico e bastia-se


em diretrizes e prioridades, estimativa real de recursos e cálculo real das
necessidades.

20. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) O orçamento-programa se diferencia do


orçamento tradicional

(A) pela alocação de recursos visar à consecução de objetivos e metas

(B) pela ênfase na legalidade no cumprimento do orçamento.

(C) por estar dissociado dos processos de planejamento e programação das


ações públicas.

(D) pela inexistência de sistemas de acompanhamento e medição do


trabalho.
(E) por adotar como principais critérios de classificação: unidades
administrativas e elementos de despesa.

21. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2007) A definição clara de objetivos é


condição básica para o orçamento-programa. Um programa na área de
saúde, por exemplo, estaria mais bem justificado se, em vez de apontar o
número de hospitais a serem construídos ou ambulatórios a serem
instalados, indicasse o número de novos pacientes a serem atendidos ou
de novos atendimentos a serem realizados.

22. (FMP/AUDITOR/TCE-RS/2011) Segundo o Plano Diretor da Reforma do


Aparelho do Estado (1995), na Administração Pública gerencial a estratégia
volta-se:

I para a definição precisa do s objetivos que o administrador públic o


deverá atingir em sua unidade.

II. para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos


humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição
para que possa atingir os objetivos contratados.

III. para o controle ou cobrança a priori dos resultados.

As afirmações I, II e III são:

a) verdadeira, falsa, verdadeira.

b) verdadeira, verdadeira, verdadeira.

c) verdadeira, verdadeira, falsa.

d) falsa, verdadeira, verdadeira.

e) verdadeira, falsa, falsa.

23. (CESPE/ANALISTA/STM/2011) Uma das manifestações do princípio da


eficiência está nas rotinas de controle de resultados a que se submete o
poder executivo.

24. (CESPE/OFICIAL/ABIIN/2010) Os sistemas de determinação de custos são


considerados como um dos componentes básicos no novo orçamento de
desempenho. Assim, com a adoção da estrutura programática, é
necessário conhecer os custos e associá-los aos produtos e aos benefícios.
25. (FCC/ANALISTA/SEFAZ-SP/2010) Uma das características do orçamento-
programa é a utilização sistemática de indicadores e padrões de medição
do trabalho e dos resultados. Para isso, é feita uma diferenciação entre os
produtos finais dos programas e os produtos intermediários necessários
para alcançar os seus objetivos. É produto final de um programa da área
de saúde:

a) o percentual da população atendida pelo programa de vacinação.

b) o número de postos de saúde construídos,

c) o número de medicamentos distribuídos.

d) o total de consultas médicas realizadas.

e) a redução da mortalidade infantil.

26. (ESAF/AFC/CGU/2012) De acordo com o Guia Referencial para Medição do


Desempenho da Gestão, de lavra da Secretaria de Gestão do Ministério do
Planejamento, indicadores de desempenho devem ser especificados por
meio de métricas estatísticas, comumente formadas por porcentagem,
média, número bruto, proporção e índice. Isso posto, a grandeza
qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características,
resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas refere-se
ao seguinte componente básico de um indicador:

a) Medida

b) Fórmula.

c) Índice

d) Padrão de comparação.

e) Meta,

27. (FCC/TÉCNICO/TRT-06/2012) O controle administrativo é o poder de


fiscalização e correção que a Administração pública exerce sobre

a) seus próprios atos.

b) os atos da sociedade.

c) a intenção entre a comunidade e os tribunais,


d) o número de atos aprovados e os de interesse dos tribunais de Justiça

e) a contabilidade e as finanças das entidades privadas

28. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) Para uma adequada prática da função


controle, é necessário saber que:

a) todos os possíveis objetos devem ser controlados de forma censitária

b) controlar é, eminentemente, comparar.

c) a avaliação quantitativa é preferível à avaliação qualitativa.

d) o controle prévio não gera feedback.

e) o controle prescinde do estabelecimento de padrões.

29. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) Os controles internos administrativos


implementados em uma organização devem, prioritariamente, ter caráter
repressivo.

30. (FCC/ANALISTA/TJ-PI/2010) O processo constituinte e a promulgação da


Constituição Federal de 1988, introduziram importantes avanços capazes
de fortalecer o controle social que pode ser compreendido como

a) controle do Estado ou do movimento social sobre as massas.

b) desenvolvimento de estratégias e ações de coação social sobre as


decisões da população.

c) participação da população na elaboração, implementação e fiscalização


das políticas sociais.

d) mobilização da sociedade civil para assumir ações emergenciais nas


situações de calamidade pública.

e) organização da sociedade civil em redes sociais para execução de


políticas sociais.

31. (E5AF/AUDITOR/MTE/2010) Quanto ao controle da Administração Pública,


em especial, quanto ao momento em que ele se efetiva, assinale:

(1) para controle prévio;

(2) para controle sucessivo ou concomitante;


(3) para controle corretivo ou posterior.

E escolha a opção que represente a sequência correta.

( ) Aprovação, pelo Senado Federal, de operação financeira externa cie


nteresse da União.

( ) Auditorias realizadas pelo TCU em obras públicas federais.

( ) Aprovação, pelo Senado Federal, dos Ministros do TCU indicados pelo


Presidente da República.

( ) Julgamento das contas dos gestores públicos pelo TCU.

( ) Registro, pelo TCU, das admissões, aposentadorias e pensões no âmbito


das pessoas jurídicas de direito público da Administração Pública Federal.

a) 3 / 1 / 2 / 1 / 3

b) 2 / 2 / 1 / 3 / 3

c) 2 / 3 / 3 / 1 / 2

d) 1 / 1 / 3 / 3 / 2

e) 1 / 2 / 1 / 3 / 3

32. (ESAF/TÉCNICO SUPERIOR/MPOG-SPU/2006) Parcerias entre sociedade


civil e governo possibilitam maior controle social direto.

33. (CESPE/CONTADOR/MIN. ESPORTE/2008) O controle da execução


orçamentária deve compreender, simultaneamente, a legalidade dos atos
de que resultem a arrecadação a receita ou a realização da despesa, o
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; a fidelidade funcional
dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; e
o cumprimento do programa de trabalho, expresso em termos monetários
e em termos de realização de obras e prestação de serviços.

34. (CESPE/ANALISTA/MIN. COMUNICAÇÕES/2008) Uma das finalidades do


sistema de controle interno dos Três Poderes é avaliar o cumprimento das
metas previstas no PPA, bem como avaliar a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União.
35. (ESAF/PROCURADOR/TCE-GO/2007) Diante de indícios de despesas não
autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou
de subsídios não aprovados, é correto afirmar que a Comissão mista
permanente de orçamento do Congresso Nacional

a) deverá informar os fatos ao Tribunal de Contas da União para que este


os investigue.

b) decidirá soberanamente, sem prejuízo do recurso regimental cabível ao


Plenário do Congresso Nacional, quanto à regularidade das despesas.

c) proporá à Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal a


sustação do ato causador das despesas.

d) determinará ao Tribunal de Contas da União que aplique as multas


previstas em lei aos responsáveis, se os devidos esclarecimentos não
forem prestados pela autoridade governamental responsável ou forem
considerados insuficientes,

e) poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo


de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
QUESTÕES ADICIONAIS

36. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) No âmbito do PPA, o programa pode


ser entendido como um conjunto de operações limitadas no tempo, ou
seja, que serão executadas ao longo dos orçamentos que ntegram o plano.
Essas operações resultam em atividade ou projeto, que corroboram para a
expansão e o aperfeiçoamento da ação do governo.

37. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/IPEA/2008) Os objetivos básicos do PPA


incluem a organização em programas das ações que resultem em
incremento de bens ou serviços que atendam demandas da sociedade.

38. (CESPE/ANALISTA/CETURB-ES/2009) As ações do governo devem estar


estruturadas em programas orientados para a realização dos objetivos
estratégicos definidos para o período do PPA.

39. (CESPE/CONTADOR/MDS/2006) As ações não integrantes do Orçamento


Geral da União, ainda que necessárias à consecução de um objetivo, não
integram as ações finalísticas do governo federal estruturadas sob a forma
de programas.

40. (CESPE/ANALISTA/MMA/2011) Em razão de o plano plurianual (PPA) ser


um instrumento de gestão e acompanhamento da execução, ele deve ser
detalhado por órgão, unidades orçamentárias, programa e ação. No PPA,
devem constar, além dos programas finalísticos, os programas destinados,
exclusivamente, a operações especiais.

41. (ESAF/ANALISTA/CVM/2010) A melhor forma de se proceder à avaliação


de desempenho da execução orçamentária é fortalecer os mecanismos de
controle prévio.

42. (CESPE/TÉCNICO/STM/2011) Os objetivos e propósitos, os programas e


seus custos e as medidas de desempenho são componentes essenciais do
orçamento-programa.

43. (CESPE/TÉCNICO/MIN. SAÚDE/2010) Caberá ao controle interno verificar


o desempenho da gestão da entidade, visando a comprovação da
legalidade e a legitimidade dos atos, além de examinar os resultados
quanto à economicidade, à eficácia, e à eficiência da gestão orçamentária,
financeira, patrimonial, de pessoal e demais sistemas administrativos
operacionais,

44. (CESPE/ANALISTA/INSS/2008) De acordo com as classificações


orçamentárias, o programa, que constitui o elo entre o plano plurianual e
os orçamentos anuais, corresponde j articulação de um conjunto de ações,
cujo resultado esperado é expresso por indicadores que permitem avaliar o
desempenho da administração.

45. (FCC/ANALISTA/TRT-11/2012) O principal indicador utilizado pelo


Programa de Qualidade no Serviço Público para medir o sucesso das
organizações públicas que aderiram ao Programa é o índice de

(A) satisfação dos usuários.

(B) absenteísmo dos servidores

(C) produtividade média.

(D) execução orçamentária.

(E) efetividade.

46. ( F C C / T É C I N I C O SUPERIOR/PGE-RJ/2009) No Brasil, os sistemas de


avaliação de desempenho na gestão pública ainda são incipientes. A gestão
por resultados poderia ser priorizada pela iniciativa de

(A) adotar princípios, tais como: tratar o cidadão como cliente, controle por
objetivos e metas ou governo por parcerias.

(B) redirecionar o sistema de avaliação dentro da administração


governamental para uma ação centrada no eixo da avaliação de custo do
serviço prestado.

(C) elaborar e divulgar sistemas de indicadores de produtividade dos


servidores públicos, punindo os improdutivos com demissão ou redução
salarial,

(D) garantir uma ampla divulgação e acompanhamento dos princípios e


valores promovidos pelos órgãos públicos, permitindo o controle pela
sociedade
(E) orientar as políticas de recursos humanos pelos parâmetros de
avaliação de pesquisas de opinião pública.

47. (FCC/ANALISTA/TRT-09/2010) O indicador de desempenho que afere os


impactos gerados pelos produtos e serviços, processos ou projetos de um
determinado sistema (organização, programa, política pública, rede) no
beneficiário final, é denominado indicador de

(A) efetividade.

(B) eficiência.

(C) eficácia.

(D) economicidade.

(E) excelência.

48. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) No que diz respeito ao controle da


Administração, analise:

I. O controle administrativo é um controle de legalidade e de mérito


derivado do poder-dever de autotutela da Administração.

II. O controle legislativo configura-se, sobretudo, como um controle


político, podendo ser controlados aspectos relativos legalidade e à
conveniência pública dos atos do Poder Executivo.

III. O controle judicial, regra geral, é exercido a priori e de ofíc!o,


concernente à legalidade e à conveniência dos atos administrativos,
produzindo efeitos ex nunc.

IV. Dentre outros, são ; nstrumentos de controle judicial a ação popular, a


representação, o mandado de segurança e os processos administrativos
em geral.

Nesses casos, é correto o que consta APENAS em

a) II, III e IV.

b) I, III e IV.

c) I, II e IV.

d) II e III.
e) I e II.

49. (FCC/ANALISTA/TJ-PA/2009) A respeito do controle da Administração é


correto afirmar:

a) Trata-se de controle externo a ação de órgãos ou agentes do Poder


Judiciário para verificação da legitimidade e da regularidade dos atos
praticados ainda que pelo próprio judiciário.

b) O Poder Judiciário, quando provocado pelo interessado ou por


legitimado, no exercício do controle judicial do ato administrativo, pode
revogar ato praticado pelo Poder Executivo se constatado a sua ilegalidade

c) Compete ao Congresso Nacional, exclusivamente por meio da Câmara


dos Deputados, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo,

d) A fiscalização da execução de um contrato durante a sua vigência é


denominado controle prévio.

e) O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar do Congresso Nacional e


a ele compete, dentre outras funções, fiscalizar as contas nacionais das
empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma
direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.

50. (FCC/AUXILIAR/TCE-SP/2010) A fiscalização contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo sistema de controle interno de cada Poder e, mediante
controle externo, pelo

(A) Senado Federal, com o auxílio do Banco Central.

(B) Ministro da Fazenda, com o auxílio do Banco Central.

(C) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

(D) Presidente da República, com o auxílio do Ministro do Planejamento.

(E) Ministro da Fazenda, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.


GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

c E C C C C E C E E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E E E E C D E C D A

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C C C C E A A B E C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

E C C C E E C C E E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

E C C C A A A E E C

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