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RESUMO
O presente artigo relata a respeito do ensino/aprendizagem de Física, disciplina vista por muitos
estudantes como um obstáculo. As dificuldades na aprendizagem aparecem em sala de aula com
frequência entre os alunos, causando alguns questionamentos acerca do ensino de física como: A
formação está adequada? Que metodologias estão sendo utilizadas para a resolução de problemas? No
entanto esta pesquisa objetiva analisa quais as principais dificuldades enfrentadas pelos os alunos na
resolução de problemas em Física. A pesquisa foi do tipo qualitativa aplicada através de estudo de
caso com estudantes das series finais do ensino médio de 3º ano de uma escola pública municipal de
Tianguá com questionários concomitantes em sala de aula. Para tanto tomamos por base alguns
teóricos que contribuíram para fundamentar a pesquisa como: POZO (1998), XAVIER ( 2005) e
G.POLYA (1945). Após a coleta dos dados verificamos que é necessário um ensino de física que
desenvolva nos alunos a capacidade de aprender a aprender uma vez que, esse tipo de ensino
possibilitara que os mesmos não só construa o conjunto de conhecimentos que constitui a
cultura e a ciência de nossa sociedade, mas forneça a eles habilidades e estratégias que lhe
permitam aprender, por si mesmo, novos conhecimentos relacionados ao ensino de Física.
INTRODUÇÃO
Após fazermos várias visitas nas escolas e ouvir relatos de alunos acerca do ensino de
física no ensino médio, verificou-se que a resolução de problemas de Física apresenta ainda
um grande desafio para os alunos. Alguns destes se queixam que a resolução de tais
problemas é uma tarefa árdua e difícil uma vez que necessita de muita imaginação e
criatividade para se compreender os diversos fenômenos que a Física estuda e descreve.
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Graduando em Licenciatura em Física pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Ceara – Campos Tianguá. E-mail: lailsonpsy@gmail.com
2
Professora do pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceara – Campos
Tianguá. Especialista psicopedagogia. E-mail:
Determinados alunos passam toda a sua vida escolar sem estabelecer uma relação
satisfatória com a resolução de problemas vinculados à Física, realidade essa que é
responsável pelos seguintes questionamentos: será que essa realidade está correlacionada à
metodologia abordada pelos professores de Física durante suas aulas? Ou ao comodismo dos
mesmos por não procurarem mudar suas estratégias diante dos diversos processos de ensino-
aprendizagem?
Estas indagações estão presentes no dia a dia dos professores e também dos gestores da
escola que em geral objetivam melhorar a qualidade do ensino e dos resultados brasileiros em
todas as áreas, inclusive da Física.
O conhecimento Físico é fundamental para o nosso cotidiano, pois é através dele que as
pessoas conseguem entender os fenômenos, e é na escola que todo cidadão tem direito de
aprender e dominar essa disciplina entre outros conteúdos.
Os professores, no entanto, por mais que se esforcem para que os seus educandos
adquirem autonomia no processo de ensino/aprendizagem e, consequentemente, na resolução
de problemas recorrentes do cotidiano escolar, muitas vezes seus esforços são em vão por não
conseguirem propiciar uma aula atrativa e dinâmica diante de um sistema de ensino,
essencialmente, conteudista que são obrigados a seguir. Por exemplo, isso é observado,
principalmente, nas etapas de avaliação que requer a memorização de uma grande quantidade
de equações e conceitos dos assuntos abordados.
Nesta pesquisa, buscamos analisar através de questionários a dificuldade dos educandos
no momento em que são compelidos a resolver problemas de física e o que os professores
utilizam como estratégias de ensino para suprir essa dificuldade.
O presente trabalho objetiva-se analisar quais as principais dificuldades enfrentadas
pelos os alunos no curso de física, verificar se a metodologia do professor de Física está
adequada diante das dificuldades de aprendizagem de seus educandos, verificar se os mesmos
estão utilizando metodologias diferenciadas ou outros recursos nas suas aulas.
A escolha da temática foi idealizada inicialmente durante a disciplina de estágio de
observação na qual tivemos oportunidade de observar as aulas em uma instituição de ensino.
Durante essa prática percebemos a necessidade do educando obter autonomia no processo de
ensino/aprendizagem.
Por isso, optamos pela a abordagem do tipo qualitativa com estudo de caso, considerando
a temática e o contexto da pesquisa.
Para Minayo:
A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares, ou seja, ela trabalha
com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores, e atitudes, o
que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos e dos
fenômenos que não podem ser reduzidas à operacionalidade de variáveis. (1993, p.
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O processo de ensino escolarizado no Brasil vem sendo construído ao longo dos anos
fortemente apoiados em questões de ordem política, o que de certo modo, tem proporcionado
um descaso e uma falta de compromisso com a formação cultural, moral, intelectual e
científica do nosso povo. O ensino das Ciências é um reflexo desta situação educacional, já
que não existe uma política nacional para o desenvolvimento da mesma, nem mesmo para
direcionar de forma estratégica seu ensino, como já vem acontecendo em países como a
Inglaterra, França, Alemanha e outros. Nestes países a política estrategista existe desde o
século XVIII, definindo como se deve ensinar, qual a prioridade e a inclinação que necessitam
ser dadas a Ciência e ao seu ensino nas escolas e nas universidades.
Em 1934 foi criado o primeiro curso de graduação em Física no Brasil Sciencias
Physicas, junto à Faculdade de Philosophia, Sciencias e Letras da Universidade de São Paulo.
Este curso visava formar bacharéis e licenciados em Física, sendo os últimos destinados a
lecionar em escolas desde o ensino fundamental até o ensino superior.
Porém, foi a partir dos anos de 1950 que o ensino de Física passou a fazer parte dos
currículos desde o ensino fundamental até o médio, tendo sua obrigatoriedade ocorrido em
função da intensificação do processo de industrialização no país. A este fator somou-se o
incentivo dado ao ensino de Ciências nas escolas de formação básica nos anos pós-guerra
(após o fim da II Guerra Mundial) como forma de atrair estudantes para a formação superior
nessa área do conhecimento.
Na década de 1960, os investimentos em educação continuavam dependendo do capital
estrangeiro, porém, ao mesmo tempo, iniciava-se um movimento de reforma da educação
brasileira, principalmente, com a instituição da primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), em 1961. No ensino de Física, identifica-se esta época com os
consideráveis investimentos na aquisição de materiais para aulas experimentais, sobretudo
através de convênios com instituições e governos estrangeiros. Chegavam as escolas os kits
de materiais didáticos, sempre acompanhados de livros que serviam de roteiros-guia para as
atividades dos professores, perpetuando, desta forma, o modelo de ensino difundido nos
programas.
Segundo Popkewitz
Sabemos que os alunos consideram as disciplinas de Física difícil e até são confundidas
com as disciplinas da Matemática. Essa confusão é até razoável uma vez que os educandos
aprendem desde cedo que as leis da Física são expressas através de equações matemáticas, ao
invés de se aprender que as teorias matemáticas são usadas somente para quantificar algumas
variáveis física. Logo a linguagem Matemática é muitas vezes considerada responsável pelo
baixo desempenho dos alunos, portanto, é comum professores do ensino médio alegarem que
seus alunos não compreendem Física devido à sua deficiência nos conhecimentos
matemáticos. Para alguns professores, ter uma boa base na disciplina de Matemática garante
ao aluno um grande sucesso no ensino/aprendizagem de Física.
Verifica-se isso na prática do dia a dia uma vez que, é muito fácil achar alunos
descrevendo as equações que esclarece determinadas grandezas físicas, tais como a
velocidade média e aceleração, ao invés de descrever quais os significados físicos dessas
grandezas. Portanto, isso mostra que no lugar dos professores trabalharem os conceitos físicos
em sala de aula, os mesmos estão trabalhado apenas os elementos matemáticos, ou seja, ainda
ensinam conceitos físicos através de formulações de funções e equações, entre outros.
Segundo PIETROCOLA (2002), alguns educadores, em todos os níveis de escolaridade,
acreditam que sem os conhecimentos matemáticos não é possível aprender os conceitos
físicos.
Acerca desse contexto, encontra-se em SILVA (2007) a descrição de um levantamento
que mostra o grande desinteresse dos discentes das escolas públicas pela disciplina de Física e
que a deficiência de aprendizagem está relacionada com a dificuldade da aprendizagem dos
conceitos vistos nas disciplinas de Matemática e de Língua Portuguesa. Pois é através dessas
duas disciplinas que os alunos conseguem interpretar e resolver os cálculos dos problemas.
COGNITIVOS
Os cognitivos se dividem-se nas seguintes categorias:
Conceituais: Neste quesito destaca-se a não compreensão pelos alunos dos conceitos
envolvidos nos problemas científicos. Segundo POZO (1998), isso se deve muitas vezes a um
uso muito limitado do conceito cientifico na solução de problemas do cotidiano.
Conforme CACHAPUZ et ali (2005), Habitualmente, se concebe a ciência de modo
descontextualizado, neutro, algorítmico, não problemático e não histórico, em que portanto é
inútil para os alunos.
Interpretativos: Para COSTA e MOREIRA (2005) umas das grandes dificuldades dos
alunos na resolução de problemas é não saber interpretar os problemas escolares. Essa
dificuldade pode ser tanto inerente aos mesmos como também estimulada por deficiências na
formulação ou apresentação dos problemas.
De acordo com BOMBONATO, citado por LIMA (2004) a discalculia prejudica os
alunos quanto à resolução de problemas nos seguintes aspectos: leitura e interpretação dos
problemas; representação mental das questões; operações de cálculo envolvidas com os
problemas.
Para FÁVERO e SOUSA (2005) a não compatibilidade entre o nível de desenvolvimento
mental do educando e o que exige o problema, influência o desempenho na resolução de
problema.
Segundo POZO (1998) em cada tipo de problema escolar, seja ele quantitativo,
qualitativo ou mesmo pequenas pesquisas, surgem erros em sua formulação que podem
dificultar a sua resolução, a saber: formulação muito aberta com enunciados muitos ambíguos,
superposição entre problemas científicos e matemáticos, utilização de problemas quantitativos
fechados no formato de exercício, reprodução fictícia é focado no método científico.
A pesquisa tem como locus uma escola de E.M pública do município de Tianguá, situada
na rua Teófilo Ramos, nº 55 – centro, como mencionado na introdução deste trabalho. Os
sujeitos foram escolhidos por estarem numa serie considerada o grande foco no ENEM e
vestibulares. Foram realizados 30 questionários com alunos do 3° ano do ensino médio,
contendo 6 questões.
Durante algumas visitas realizadas com os sujeitos do 3º ano com idade de 17 a 18 anos,
verificamos que há grande dificuldade na hora de se resolver problemas de física, em seguida
geramos um gráfico para ver as maiores dificuldades encontradas pelos mesmo.
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Podemos observar que a maioria dos alunos questionados não gostam de estudar física.
De acordo com Pietrocola (2002) e Silva (2007) os mesmos associam o estudo da física com
os cálculos matemáticos e a interpretação de textos.
Segundo Xavier (2005), outro fator importante é que os mesmos chegam ao Ensino
Médio com medo e muitas vezes traumatizados com o Ensino de Física pois, muitos têm em
mente esta disciplina como algo dificílimo de se aprender e sem noção que a Física é uma
ciência experimental e de grande aplicação no nosso cotidiano.
MARTINI (2006), argumenta que alguns educadores e professores de Física,
especialmente aqueles que atuam no nível médio, são adeptos da ideia de que se poderia
promover um aprendizado em Física mais significativo se o uso das relações matemáticas
fosse mais limitado para a compreensão dos alunos.
Portanto essa argumentação baseia-se no fato de que, hoje em dia, uma grande parte dos
alunos no nível médio apresenta conhecimento dos conceitos físicos associados ao uso de
equações matemáticas e que no estudo dos fenômenos e processos físicos deveriam ser
abordados os aspectos conceituais ou fenomenológicos, sem prejuízo para o conhecimento e a
aprendizagem do aluno.
Dos que gostam de estudar Física, podemos verificar que eles depositam expectativas na
disciplina, na qual lhes proporciona uma melhor compreensão do mundo e das coisas que os
cercam diariamente.
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A razão que explica de o aluno não interpretar o enunciado do problema está relacionada
com o que foi previsto por COSTA (2005) e MOREIRA (2005) quanto à não interpretação
pelos os mesmos dos problemas escolares, envolvendo o conhecimento semântico e o
especifico do enunciado da questão.
As dificuldades dos alunos na resolução de tais problemas está também associado à falha
dos mecanismos de interpretação do texto, ou seja, para a resolução desses problemas é
necessária a leitura crítica e interpretativa, o que implica o uso de técnicas de leitura para o
desenvolvimento da obtenção de conhecimento e da capacidade de compreensão do que foi
lido.
Sem essas diretrizes no ensino da leitura, os resultados configurarão em um quadro
educativo de dificuldades que agravam problemas posteriores. Em relação a isto, segundo
GASPAR (2008) para a resolução de um problema não basta saber a teoria. Resolver um
problema é um novo aprendizado uma vez que, é preciso saber identificar ou decodificar as
grandezas e as variáveis relevantes apresentadas no enunciado, saber utilizar as expressões
matemáticas adequadas, saber equacioná-las e resolvê-las e, por fim, saber expressar as
respostas adequadamente.
Os discentes vivenciam nas escolas uma deficiência na compreensão da relação entre um
assunto e uns argumentos que se apoiam na leitura de um texto, limitando-os a resolução de
problemas propostas pelo educador. Neste sentido, os resultados demonstram claramente a
necessidade de metodologias mais apropriadas para favorecer a expansão do raciocínio. Se
houver uma negligência na aprendizagem no ensino fundamental, obviamente os mesmos
chegarão ao ensino médio não conseguindo desenvolver a compreensão nas disciplinas
voltadas para o raciocínio lógico, como a Matemática e a Física.
Logo, o ensino fundamental é um ponto crucial da educação, cuja fase é propícia para a
aprendizagem correta e crítica da leitura, sem contar que a falta de habilidades e técnicas de
mecanismos de leitura também parte dos professores. Então, se faz necessário desenvolver de
forma interdisciplinar técnicas de mecanismos de leitura interpretativa em atividades
pedagógicas que contemplem a apreensão do texto e seu significado para que as dificuldades
dos educandos sejam sanadas já no ensino fundamental.
Segundo OLIVEIRA (2007) Quando o aluno entende e interpreta os enunciados dos
problemas corretamente, ele consegue explicar o modelo físico que está sendo descrito,
passando para outra forma de linguagem, como a Matemática, que possa proporcionar a
resolução dos problemas ou exercícios.
Análise das respostas, pergunta: você consegue encontrar uma relação entre o problema
e o cotidiano?
O resultado apresentado no gráfico da figura 03 mostra que 76,6% dos alunos
questionados não conseguem encontrar uma relação entre o problema e o cotidiano, já os
24,4% dos estudantes responderam que conseguiam encontrar uma relação entre o problema e
seu cotidiano.
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A grande dificuldade encontrada pelos alunos para relacionar o problema com o seu
cotidiano se justifica exatamente pelo fato de que conforme POZO(1998), os contextos
escolares apresentam problemas muito fechados que desmotivam os mesmos a resolve – lo.
Também neste caso o comportamento do professor é de forte influência pois se ele não
souber relacionar os problemas de física com o cotidiano dos seus alunos, os mesmos vão
sentir uma enorme dificuldade em resolver os demais problemas físicos que ocorrem no seu
dia a dia. Logo é preciso que os educadores ao ensinarem os conceitos da disciplina devem
relacionar os problemas com o cotidiano dos mesmos.
Análise das respostas, pergunta: você utiliza as informações contidas nos problemas
para poder resolve – ló?
Nesta quarta pergunta, 70% responderam que não utilizam as informações nos problemas
para poder resolve - ló, como mostrado no gráfico da Figura 04, já a minoria que corresponde
a 30% dos alunos entrevistados responderam que conseguem utilizar as informações contidas
no problemas de Física.
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Análise das respostas, pergunta: você consegui resolver os cálculos exigidos pelos
problemas?
Na Figura 05 é mostrado um gráfico com os resultados da resposta da quinta pergunta.
Cerca de 80% dos questionados responderam que não conseguem resolver os cálculos
exigidos pelos problema, e apenas 20% conseguem resolver os cálculos das questão.
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Figura 05 – Gráfico das respostas referente a quinta pergunta
Podemos ver que a maioria dos alunos questionados não conseguem resolver os cálculos
exigido pelo problema, pois, conforme foi proposto por LIMA (2004) a aprendizagem que os
mesmos trazem ao longo de sua vida escolar, principalmente a discalculia é muito fraca. Há
outros fatores também que justificam essa dificuldade, uma delas está relacionado com o fato
de que os alunos do primeiro ano em sua maioria são oriundos do ensino fundamental, onde o
ensino de Física é visto de forma muito superficial, no qual são propostos mais exercícios do
que verdadeiramente problemas. Outra razão está ligada ao comportamento do professor
durante a resolução de problemas, uma vez que o mesmo não aborda os conceitos físico com
o cotidiano do aluno.
Logo a linguagem Matemática é muitas vezes considerada responsável pelo baixo
desempenho dos alunos, por tanto é comum professores no ensino médio alegarem que seus
alunos não compreendem Física devido à sua deficiência nos conhecimentos matemáticos.
Para alguns professores, ter uma boa base na disciplina de Matemática garante ao aluno um
grande sucesso na resolução de problemas em Física.
Análise das respostas, pergunta: o professor utiliza metodologia adequada para sua
compreensão?
O resultado apresentado no último gráfico da figura 06 mostra que 66,6% dos alunos
questionados responderam que o professor não utiliza metodologias adequadas, já os 34,4%
dos estudantes responderam que alguns professores usam metodologias adequadas para a
compreensão de seus alunos.
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Na última pergunta podemos perceber que o professor não utiliza metodologias adequada
para a resolução de problemas, pois ao adentrarem na sala de aula dão uma pequena
introdução sobre o assunto abordado e em seguida passam para a resolução de problemas,
com isso os alunos não conseguem ter um raciocínio lógico para responder as questões.
Pensando nisso o G.POLYA (1945), em seu famoso livro “A arte de resolver problemas”
propõe uma série de passos na solução de problemas, baseado em observações que ele fez
como professor de matemática, que não se limitam à didática de seu campo específico de
trabalho. Com essa metodologia o professor levaria o aluno a entender o problema de forma
mais clara e seguir um raciocínio lógico na hora de resolver os problemas de Física.
CONCLUSÃO
Como vimos esse artigo é resultado de um estudo sobre a dificuldade dos alunos no
ensino de física na série final do ensino médio. Dentro dessa pesquisa apontamos algumas
situações a respeito da metodologia do professor, das dificuldades na resolução de problemas
e do ensino/aprendizagem de física.
Com relação à metodologia do professor é necessário que haja mudança uma vez que, os
mesmos devem refletir sobre sua prática, nesse caso o profissional deve trazer para o âmbito
escolar fatos do cotidiano e vivencias do estudante, assim o mesmo iria tornar o momento de
estudo em algo prazeroso e significativo para a vida escolar.
Outro aspecto importante a ser destacado é sobre a seleção dos conteúdos de Física que
devem ser trabalhados em cada momento da vida do aluno, sempre levando em consideração
o aspecto cultural e social em que o aluno convive.
Em contra partida, encontramos pontos relevantes nesta pesquisa, professores presos a
velhos paradigmas, onde baseiam seus ensinamento, unicamente, em livros didáticos, onde o
principal método é cópia e memorização mecânica dos conteúdos, logo tudo isso nos leva a
pensar que toda aprendizagem imposta só acrescenta e contribui para o fracasso escolar dos
discentes que não conseguem se identificar com a Física.
No entanto se faz necessário um ensino de física que desenvolva no discente a
capacidade de aprender a aprender uma vez que, esse tipo de ensino possibilita que os
mesmos não só construa o conjunto de conhecimentos que constitui a cultura e a ciência de
nossa sociedade, mas forneça a eles habilidades e estratégias que lhe permitam aprender, por
si mesmo, novos conhecimentos relacionados ao ensino/aprendizagem de Física.
REFERENCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.
BONADIMAN, H., A aprendizagem é uma conquista pessoal do aluno. O aluno
como mediador, oferece condições favoráveis e necessárias para está caminhada.
UNIJUÌ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2005.
Disponível:file:///C:/Users/user/Downloads/35-721-1-PB.pdf. Acessado em 01 de
novembro de 2014
COSTA, Sayonara Salvador Cabral; MOREIRA, Marco Antonio. Resolução de Problemas III:
Fatores que Influenciam na Resolução de Problemas em Sala de Aula. Disponível em
<http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol2/n2/article3.htm>. Acesso em 03 de novembro de
2011.
MOREIRA M., Por que, apesar do grande avanço da pesquisa acadêmica sobre
ensino de Física no Brasil, ainda há pouca aplicação dos resultados em sala de
aula? Revista Brasileira do Ensino de Física, v. 26, n. 4, p. 293 – 295, (2004).
POLYA, G. A arte de resolver problemas. (Tradução de How to solve it, 1945). Rio de
Janeiro, Interciência, 1995.
ROSA, W.C., Revista Electrónica de Enseñanza de lãs Ciências vol.4, Nº1, 2005.