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Embora este sistema seja complexo, a sua estratégia básica é simples: reconhecer o inimigo,
mobilizar forças e atacar. Compreender a anatomia e os componentes do sistema imunitário torna
possível ver como essa estratégia funciona.
Leucócitos (ou glóbulos brancos), têm origem na medula óssea, onde muitos deles também
amadurecem, e posteriormente migram para supervisionar os tecidos. Os leucócitos diferem entre
si quer na sua forma, quer na sua função. Assim podemos distinguir os leucócitos em dois grupos:
Neutrófilos
Granulócitos Eosinófilos
Basófilos
Leucócitos
(glóbulos brancos) Linfócitos B
Linfócitos
Linfócitos T
Agranulócito
s Monócitos/
Macrófagos
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Substâncias solúveis, que são moléculas que estão dissolvidas. Alguns exemplos são os
anticorpos, as proteínas do complemento e o interferão.
Um sistema de circulação próprio, constituído pelos vasos linfáticos. Nestes vasos, a linfa circula
por todo o organismo (excepto o cérebro) trocando substâncias com as células (fig. 1). A linfa (para
além de transportar leucócitos) remove produtos de excreção celular e, por outro lado, ajuda a
retornar a água, proteínas e outras substâncias para a corrente sanguínea.
Órgãos linfóides (gânglios linfáticos, amígdalas, adenóides, medula óssea, baço, apêndice,
fígado, timo, pulmões e placas de Payer nos intestinos) - fig. 2. Os gânglios linfáticos estão
geralmente aglomerados em áreas onde os vasos linfáticos se ramificam, como o pescoço, as
axilas e virilhas. É nos gânglios linfáticos que agentes infecciosos e células mortas são destruídos
pelos glóbulos brancos.
Células
Vaso linfático
Vaso sanguíneo
Fig. 1
Fig. 2
MECANISMOS DE DEFESA
Inflamação
Fagocitose
Imunidade inata ou natural
Interferão
Sistema complemento
Imunidade
Imunidade humoral
Imunidade adquirida
Imunidade mediada por células
A imunidade inata nasce com o indivíduo e protege o organismo contra agentes infecciosos e
toxinas, desde o nascimento. Os mecanismos de defesa não específica designam-se assim porque
actuam sempre da mesma forma contra qualquer tipo de corpos estranhos. As suas barreiras são:
A pele. A sua superfície é constituída por células mortas ricas em queratina, uma proteína que
impede a entrada de microorganismos. As secreções ligeiramente ácidas e lipídicas das glândulas
sebáceas e sudoríparas criam um microambiente cutâneo hostil ao crescimento excessivo de
bactérias.
A saliva e as lágrimas contêm enzimas bactericidas.
O suco gástrico (existente no estômago) é uma poderosa defesa contra bactérias, devido ao
baixo pH e enzimas destruidoras de bactérias.
No intestino, as numerosas bactérias da flora normal competem com potenciais agentes
infecciosos por comida e locais de fixação, diminuindo a probabilidade de estes últimos se
multiplicarem e causarem uma doença.
Todavia, há agentes infecciosos que conseguem transpor estas barreiras e, nesse caso, actuam
outros mecanismos de defesa não específica: a fagocitose, a inflamação, o interferão e o sistema
complemento. Todas estas respostas são rápidas (minutos).
Fagocitose
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Cerca de meia hora a uma hora após o início da reacção inflamatória, começam a passar para os
tecidos infectados os leucócitos fagocitários (principalmente neutrófilos e macrófagos). Estas
células têm a capacidade de estender porções celulares (pseudópodes) de forma direccionada,
englobando uma partícula ou microorganismo estranho e formando um vacúolo. Neste, a partícula
ou organismo é digerido devido a enzimas e ácidos (fig. 3).
Fig. 3
Inflamação
No local onde os agentes infecciosos conseguem penetrar no organismo vai produzir-se uma
reacção inflamatória para neutralizar ou destruir esses agentes (fig. 4). No tecido lesionado, alguns
tipos de leucócitos fagocitam o agente infeccioso e produzem substâncias que funcionam como
“sinalizadores químicos”. Estes atraem outros
leucócitos para a área danificada e provocam a
dilatação e o aumento da permeabilidade dos
vasos sanguíneos. Como consequência, vai
aumentar o fluxo sanguíneo (responsável pelo
calor e rubor local) e a quantidade de fluido
intersticial, originando um edema (inchaço). A
dor, normalmente associada, é devida à
distensão dos tecidos e à acção de várias
substâncias nas terminações nervosas.
Fig. 4
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Interferão
Sistema complemento
Macrófagos
Agente infeccioso
Sistema
complemento
Fig. 5
A imunidade adquirida refere-se à protecção que existe num organismo quando foi previamente
exposto a determinados agentes infecciosos. As características que definem a imunidade adquirida
são a grande especificidade para os diferentes “agressores” e a capacidade de "lembrar" e
responder mais vigorosamente às repetidas exposições ao mesmo agente infeccioso, apesar de
ser uma resposta mais lenta, pois demora dias.
A imunidade adquirida inclui a imunidade humoral e a imunidade mediada por células.
Imunidade humoral
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Fig. 6
Os linfócitos T têm capacidade para reconhecer alguns antigenes que se ligam à superfície de
certos leucócitos.
Por exemplo, se um determinado agente infeccioso for fagocitado por um macrófago, este exibe e
apresenta o antigene do agente infeccioso aos linfócitos. A exposição e ligação de linfócitos ao
antigene específico estimula a proliferação destas células (fig. 7). Assim, no caso de haver uma
nova “invasão” desse agente infeccioso, o organismo já tem defesas específicas contra ele e tem
capacidade rápida de resposta.
Este tipo de imunidade pode durar uma vida inteira, o que justifica porque é que só se tem certas
doenças uma vez na vida, como a varicela, papeira, rubéola, etc. Outro exemplo é o caso das
alergias: após cada exposição ao alérgeno, a resposta imunológica é cada vez mais rápida e
“intensa”.
Fig. 7