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INTRODUÇÃO

A vaidade do ser humano é muito antiga. Sabe-se que o ser humano sempre foi vaidoso
e isso tem comprovações na história, onde até os nossos antecedentes já usavam
adornos feitos de sementes, plantas, pedras, metais e muitos outros tipos. Já
usavam a pintura do próprio corpo como meio de se diferenciar.
Segundo Dickie (2008), os problemas que fazem parte da estética são vários e
parecem heterogêneos, tornando o estudo sobre a estética um assunto que levanta
perplexidades.
As vertentes históricas básicas sobre os problemas da estética evoluíram desde a
Grécia antiga até meados do século XX.
Enquanto na antiguidade os filósofos discutiam a natureza da beleza, os pensadores
do século XVIII começaram a interessar-se por conceitos adicionais: o sublime, o
pitoresco, assim, a estética evoluiu como um modo de complementar a beleza com
conceitos adicionais (DICKIE, 2008).
Atualmente não é diferente. Vários produtos são criados a todo o momento, que
prometem as mais diferentes vantagens, como tratamento de pele, eliminação de
estrias, celulites, eliminação de olheiras, etc. Até pouco tempo eram as mulheres
que mais buscavam por estes serviços, atualmente, tem crescido muito o número de
homens que também buscam encontrar soluções estéticas que garantam a beleza (AS
CLÍNICAS, 2008).
Infelizmente, com o aumento do número de salões que oferecem serviços estéticos,
muitos profissionais não habilitados estão desenvolvendo atividades sem
regulamentação, (Ibid, 2008), e através disso percebe-se a necessidade de adequação
dos cuidados aos clientes por profissionais treinados para este fim.
Com a evolução da estética, os problemas também evoluíram e, segundo Dickie (2008),
muitos profissionais que se acham competentes para aplicar e atuar na estética não
estão habilitados para atuar nos possíveis momentos de perigos que ela oferece.
O interesse pela pesquisa foi despertado pela observância das condições dos
aparelhos e equipamentos de uso na clínica, bem como sua manipulação e ainda, de
fatores que podem comprometer o atendimento; e por não existir uma rotina de
cuidados específicos contra acidentes intra-clínicas. A preocupação com os riscos
que possam ocorrer e a falta de subsídios para a assistência no momento do acidente
foi o fator relevante para a definição do tema, o que justifica um embasamento
científico com este fim, sendo esta a questão norteadora estabelecida para a
realização desta pesquisa.
O objetivo deste artigo é estudar os perigos e riscos possíveis na clínica de
estética, com sentido de embasar os cuidados adequados de primeiros socorros a fim
de nortear os profissionais da área a prestarem um atendimento completo, visando a
qualidade e o cuidado adequado com o cliente.
PRINCIPAIS ACIDENTES EM CLÍNICAS DE ESTÉTICA
Segundo Almeida (2008) a estética não inclui apenas um conjunto de conceitos sobre
beleza, mas sim, uma série de problemas variados.
Várias são as causas que podem gerar acidentes dentro de uma clínica, as mais
comuns é a falta de atenção e conhecimento. Atualmente, muitos aparelhos e produtos
estão sendo comercializados, exigindo conhecimento para trabalhar com eles, mas nem
sempre é o que acontece.
Constantemente a população tem sido alertada sobre os perigos dos raios
ultravioletas (UV), assim como do perigo das câmaras de bronzeamento artificial e
das lâmpadas artificiais, que podem levar a sérias queimaduras. A radiação é
prejudicial e dependendo de sua penetração, podem além de queimaduras,
desenvolverem câncer de pele, explica Bonassi (1999).
A queimadura é uma lesão, geralmente restrita a pele, decorrente da aplicação de
calor ao corpo. Elas variam muito de importância e gravidade, dependendo do agente
causador, que pode ser liquido aquecido, fogo, combustíveis, eletricidade, agentes
químicos, como os produtos usados em estética e beleza, etc.
Além disso, também é muito importante o tempo de contato deste agente com o corpo,
a extensão do corpo atingida e o tempo transcorrido entre o acidente e o primeiro
socorro. A queimadura elétrica que pode advir de um aparelho mal conectado ou com
falta de manutenção ou até mesmo conhecimento de uso, pode causar lesão da pele (em
alguns casos o tecido gorduroso, músculos e até ossos podem estar comprometidos)
causada pela transformação da energia radiante em calor, onde são invariavelmente
graves podendo resultar até mesmo em morte no local do acidente devido às
peculiaridades das lesões. Já a queimadura química causa lesões de pele decorrentes
da ação cáustica aguda causada por um determinado agente químico. Dependendo do
agente, estas queimaduras se revestem de grande importância e gravidade. Por isso é
fundamental o mais rápido atendimento (SCOLPIRE, 2007).
Em qualquer tipo de acidente é muito importante que se observe se o acidentado está
respirando bem e para isso as noções de dados vitais em primeiros socorros é
primordial. Nas queimaduras mais comuns, que são as causadas por líquidos
aquecidos, fogo ou eletricidade, a melhor conduta é resfriar as lesões seja através
de água corrente (torneira, chuveiro, mangueira) ou por aposição de toalhas ou
panos umedecidos em água gelada ou em temperatura ambiente. Essa medida interrompe
o calor residual que permanece mesmo após o acidente melhorando imensamente a dor.
Em seguida, deve-se levar o acidentado a um hospital, de preferência que tenha um
cirurgião plástico de plantão. (SCOLPIRE, 2007).
Segundo Campos (2007), devem-se retirar os objetos que armazenam calor como anéis e
outros objetos de metal e lembra que o arrefecimento da área queimada com água fria
corrente da torneira, por alguns minutos é fundamental pois a área queimada está
aquecida e continua a lesar a pele, podendo aprofundar-se, formando bolhas e quanto
mais rapidamente for arrefecida, menos grave será a queimadura. A queimadura é uma
lesão estéril, por isso deve-se ter cuidado ao manuseá-la e evitando ao máximo
contaminá-la.
As queimaduras químicas geralmente ocorrem por contato da pele a produtos químicos,
neste caso, a roupa deve ser removida e deve ser espalhado pó seco no local, e em
seguida a área deve ser lavada, porém, se a lesão for à área dos olhos, lave-os
abundantemente, enxugue e cubra com curativo limpo e seco. Em queimaduras com
líquidos, remova as roupas e comece a lavar com água imediatamente. (EID, 2009) As
queimaduras elétricas também podem ocorrer principalmente onde muitos aparelhos
estão sendo utilizados, como nas clinicas onde a demanda é grande. Nos pacientes
com distúrbios de sensibilidades, pode haver lesões pelo fato do cliente não
relatar incômodo diante de uma aplicação, ou se o paciente estiver passado na pele
cosméticos inflamáveis, contendo álcool ou éter, que pode sofrer queimadura por
fogo, desencadeado pelo faiscamento do aparelho de alta freqüência. Em casos deste
tipo de acidente, retire o fio da tomada ou desligue a energia geral, mas nunca
toque na vítima enquanto ela estiver em contato com a eletricidade. Depois,
verifique se ela está respirando e cubra a queimadura com uma gaze estéril ou pano
limpo.
Por falar em aparelhos de alta freqüência, não se pode esquecer que o
envelhecimento celular está ligado à ação dos radicais livres, e o oxigênio é um
dos precursores desta ação, através da oxidação das estruturas orgânicas. Sendo
assim, os eletrodos de alta freqüência por produzirem ozônio no nível da pele, que
também é um radical livre, possui efeito oxidante, e por isso, quando empregado
descriteriosamente, é um meio de se envelhecer mais rápido. (PALATA, 2009).
Por falar em envelhecimento, com os peelings usados nos tratamentos cutâneos
através do uso de substâncias químicas, abrasivas ou laser sobre a pele, o médico
consegue a reversão de várias alterações como manchas, rugas, melhora da
elasticidade, com uma renovação importante do aspecto e conseguindo um
rejuvenescimento considerável.
Porém, esse procedimento pode gerar algumas complicações, por exemplo, o esquema
pré-condicionante que antecede a aplicação do peeling é realizado com produtos
químicos com ácido hialurônico, sendo que alguns podem induzir a má formação no
feto em uma gravidez no período de até 2 anos após o procedimento, explica Rosa
(2009). O peeling químico pode causar vermelhidões, manchas esparsas, formação de
cicatrizes, etc., e quando usado com fenol, produz uma queimadura química
controlada e previsível de espessura parcial e raramente aparecem cicatrizes, mas
se aplicada em proporções errôneas, a queimadura pode ser maior. Devido a sua
toxicidade e contra-indicações, o fenol deve ser aplicado cuidadosamente segundo a
técnica recomendada, e o paciente deve ser monitorado para se obter a máxima
eficácia do peeling e também minimizar os efeitos sistêmicos, explica Madeira
(2009).
Este tipo de peeling também é um tratamento perigoso para pacientes que sofrem do
coração, por que pode desencadear arritmias cardíacas, devendo ser realizado apenas
por médicos, obedecendo a todas as precauções necessárias. O fenol deve ser
aplicado lentamente, para evitar uma absorção rápida, o que desencadearia os
efeitos colaterais e aumentaria o risco de arritmias cardíacas.
Em casos de uma arritmia cardíaca, o profissional não pode se apavorar, para não
perder o controle do que está fazendo. Em algumas situações você poderá se deparar
com casos em que o coração da vítima deixou de pulsar, porém, com possibilidade de
restabelecimento, nesses casos, a forma mais correta de se diagnosticar a parada
cardíaca será a verificação dos sinais vitais e não havendo pulso deve-se chamar o
serviço de emergência e proceder as manobras de ressuscitação cárdio-pulmonar até
que o serviço chegue. Casos parecidos podem ocorrer quando da aplicação de
eletroterapia em pacientes que fazem uso de marca-passos. (PREVENÇÃO, 2009).
Irritações de olhos, pele, bem como reações alérgicas ou intoxicações podem ocorrer
devido a produtos químicos. O formol é um dos grandes vilões que pode provocar
reações alérgicas e se torna ainda mais perigoso quando misturado a outros produtos
químicos. Tudo depende da sensibilidade de cada um ao produto, mas já foram
registrados inúmeros casos de queda de cabelo, queimaduras e irritações. (MARTINS,
2009). Martins (2009) lembra que produtos químicos podem causar reações como
irritação à pele, com vermelhidão, dor e queimaduras, irritação aos olhos, causando
dor, lacrimação, vermelhidão e visão embaçada. Ao inalar o produto, pode ocorrer
dor na garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da freqüência respiratória,
irritação e sensibilização do trato respiratório, e o uso freqüente ou prolongada
exposição ao produto pode causar hipersensibilidade, levando às dermatites e reação
alérgica mais intensa.
Segundo as Noções Básicas de Primeiros Socorros (2009), as irritações e
sensibilidades cutâneas, ou até mesmo as intoxicações podem se dar por absorção da
pele, aspiração pelas vias aéreas ou por injeções dos produtos. A conduta deve ser
suspender a aplicação imediatamente e lavar abundantemente a área lesada, já as
intoxicações por inalação de produtos químicos, as vias aéreas deve ser hidratadas
tomando-se bastante líquidos e indo até um local mais arejado.
Intoxicação é problema sério e um médico deve ser consultado, pois dependendo do
grau de intoxicação, pode haver convulsões e até mesmo chegar à inconsciência.
A toxina botulínica, muito antes de virar moda para atenuar rugas e marcas de
expressão, já era utilizada para fins terapêuticos, injetada em pequenas doses a
fim de bloquear a liberação de um químico chamado acetilcolina pelas células
nervosas, o qual sinaliza a contração muscular. Ao interferir seletivamente com a
capacidade de contração dos músculos as linhas de expressão são suavizadas e em
muitos casos, ficam praticamente invisíveis em uma semana, explica Madeira (2009),
mas o problema, segundo Duarte e Frutuoso (2007), é que uma aplicação estética mal
feita ou com doses elevadas atingiria outros músculos além dos desejados. O
resultado pode ser uma intoxicação que leva aos sintomas do botulismo, que é uma
doença que enfraquece o sistema muscular. Apesar do alerta sobre o efeito da toxina
para uso terapêutico, não há registros de reações graves em tratamentos estéticos e
os riscos que existem são remotos. Porém, segundo Tamura (apud Madeira 2009) a
baixa dose da toxina usada no procedimento estético não livra o paciente de outros
pequenos perigos que ao invés de valorizar podem piorar a aparência, como
arqueamento excessivo das sobrancelhas, falha nas funções de mastigação, fala e
salivação não estão descartados. O local da injeção também pode ficar roxo. Hoje,
segundo Steiner (apud MADEIRA, 2009) a prática da aplicação faz com que essas
complicações sejam praticamente nulas.
A BIBLIOMED (2007) descreve como problemas adversos da Toxina Botulínica, a ptose
superciliar se for injetada em excesso no músculo frontal, a ptose do supercílio
lateral ou da pálpebra (ou de ambos) e produzir um aspecto de cansaço caso a
injeção for aplicada lateral à linha mesopupilar. A aplicação excessiva na região
da boca pode causar dificuldade para rir e por isso não é recomendada para cantores
e músicos. As reações alérgicas nos procedimentos estéticos faciais com o uso da
toxina são raras, porém, podem aparecer equimoses transitórias que são amenizadas
com pressão depois das injeções. O profissional deve saber diferenciar um desvio
facial excessivo produzido pela toxina de um sintoma de acidente vascular cerebral
ou de uma convulsão.
A drenagem linfática manual ou com ultra-som são os aliados na recuperação precoce
de pós lipoaspiração, reduzindo os edemas que é o mais importante objetivo na
recuperação de pacientes que se submetem às cirurgias estéticas reparadoras. Tanto
as faciais como as corporais, uma vez que com a instalação do edema, a circulação
sanguínea fica prejudicada pela sobrecarga hídrica, dificultando também as trocas
metabólicas. Com a drenagem, que é iniciada logo após a retirada da sutura, o
escoamento do edema é direcionado para os gânglios linfáticos, evitando assim, o
comprometimento da circulação local, a dor na tração da cicatriz e conseqüentemente
hipertrofia da mesma. A pressão das manobras deve ser mais suave do que a habitual,
pois o local operado está muito mais sensível, geralmente com hematomas, equimoses
(de coloração azul esverdeada) e edemas, ocasionados principalmente pela
dificuldade do retorno venoso e linfático. Uma má conduta técnica, com
direcionamento errôneo da linfa, comprometerá o resultado da cirurgia, conclui a
esteticista Palata (2009), podendo ainda, com a força da manobra, haver a abertura
da cicatriz cirúrgica, provocando sangramentos.
“Nas grandes lipoaspirações, assim como nas abdominoplastias, por conta da
compressão abdominal podem ocorrer flebite, embolia gordurosa e principalmente o
TEP (trombo embolismo pulmonar)", afirma o médico João de Moraes Prado Neto,
presidente da SBCP-SP, assim sendo, as clínicas que recebem os pacientes pós
operatórios devem estar preparadas para perceber essas alterações e estar adequando
o atendimento ou até mesmo orientando a procura do cirurgião.
O sintoma mais comum é a dificuldade respiratória e a cianose de extremidades. A
dor por si só desencadeada por fatores emocionais já causa alteração dos dados
vitais. Muitas pessoas com dor pós-operatória fazem uso de analgésico, sem pensarem
no risco a que estão se expondo.
A aspirina (AAS, Melhoral, Bayaspirina, e outros) apesar de um excelente
analgésico, não deve ser usada nessas condições. Com inúmeras indicações de uso, e
excelente em outras infinidades de situações médicas, este produto causa uma
diminuição no início do processo de coagulação do sangue, podendo agravar a
situação causando um aumento do sangramento.
Sangramentos ocorrem quando os vasos sanguíneos se rompem por algum motivo, como a
deiscência, por exemplo, que é o rompimento dos pontos operatórios. Toda hemorragia
deve ser controlada imediatamente, pois grandes perdas sangüíneas podem levar ao
estado de choque e à morte em poucos minutos.
Nessas situações de hemorragia, a primeira medida de tratamento a ser estabelecida
é estancar o sangramento e atentar-se rapidamente para evitar o agravamento da
situação, e deve-se dar muita atenção para os sinais de pulso fraco e acelerado,
pele fria e pálida, mucosas dos olhos e da boca brancas, mãos e dedos arroxeados
pela diminuição da irrigação sanguínea, sede, tontura e inconsciência. A maneira
mais simples de se estancar uma hemorragia é com uma leve compressão no local do
sangramento. A utilização de um lenço ou de um guardanapo (bem um limpo) pode
permitir uma compressão uniforme, não exagerada, que interrompa o fluxo do sangue
(CAMPOS, 2008).
A cânula para implantes do fio de polipropileno, também conhecido como fio russo, é
outro procedimento comum em clínicas de estética, que perfura a pele como uma
agulha de injeção. Por isso, o sangramento é inexpressivo, o que evita o risco de
hematoma (manchas roxas) e de edema (inchaço). Em pacientes com fragilidade capilar
poderão ocorrer discretos edemas ou hematomas, que desaparecem na primeira semana
pós-implante. Em perfurações errôneas, além dos hematomas ou a rejeição do fio, os
sintomas incluem, mal estar, queda da pressão arterial e dor que devem ser
amenizados imediatamente. São vários os acidentes que podem ocorrer intra-clínica e
entre eles está as quedas, que podem ocorrer por escorregões em superfícies lisas
ao saírem de banhos de produtos com a pele escorregadia, quedas de desníveis como
degraus, tropeços em tapetes, quedas da maca durante a troca de decúbito, enfim,
que podem vir a causar lesões como simples contusões que deixam hematomas até
luxações de articulações ou fraturas. Os traumas produzidos por quedas com apoio
nas extremidades, principalmente apoio sobre as mãos, fazem com que essas
superfícies articulares saiam de sua posição, causando perda da congruência
articular e de sua função, a qual é conhecida por luxação, as quais são mais comuns
nas articulações do ombro, quadril e dedos da mão. (FALAVINHA, 2007). Já a fratura
é a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
esmagamento, que pode ser de duas formas, as fechadas, que, apesar do choque,
deixam a pele intacta, e as expostas, quando o osso fere e atravessa a pele.
Em caso de suspeita de fratura, não movimente a vítima até imobilizar o local
atingido e não o alimente, nem mesmo água. Imobilize o osso ou articulação atingida
com uma tala e aplique compressas de gelo para reduzir o edema, a dor e a
progressão do hematoma. Tente manter a pessoa calma, verificando sempre se as
extremidades estão arroxeando por uma interrupção da circulação sanguínea.
As fraturas exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou
gaze e procure socorro imediato, pois apresentam dor ou grande sensibilidade em um
osso ou articulação, incapacidade de movimentar a parte afetada, além do
adormecimento ou formigamento da região, inchaço e pele arroxeada, acompanhado de
uma deformação aparente do membro machucado. A contusão é uma área afetada por uma
pancada ou queda sem ferimento externo. Pode apresentar sinais semelhantes aos da
fratura fechada. Se o local estiver arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob
a pele (hematoma).
Os primeiros socorros para as luxações e os possíveis entorses são também
semelhantes aos da fratura fechada. Lembre-se de que não se deve fazer massagens na
região, nem tentar recolocar o osso no lugar. Em caso de fraturas ou luxações, o
manuseio deve ser cuidadoso e por profissional, pois manobras inadequadas e
intempestivas podem agravar a lesão já existente e produzir um dano adicional aos
tecidos vizinhos ou fraturar o que está luxado. (FALAVINHA, 2007).
Os riscos que existem são remotos, e nem apenas estes acima citados, mas podem
expor a vida do cliente. Pessoas desqualificadas para prestar o atendimento correto
nem sempre estarão preocupadas com a procedência do material, conduta adequada e
resultados, podendo gerar desde uma intoxicação, uma queimadura, entre outros
efeitos, ou seja, uma aplicação estética mal feita ou com doses elevadas pode gerar
efeitos além dos desejados, explicam Frutuoso & Duarte (2007).
METODOLOGIA
Trata-se de um trabalho de revisão de literatura cuja área de conhecimento é de
ciências da saúde, na área de atuação de estética, cujo intuito é promover de forma
descritiva qualitativa, o conhecimento dos primeiros socorros realizados em clínica
de estética e fundamentar num conteúdo sólido sobre importância da preparação do
profissional na assistência ao paciente em situação de emergência.
A pesquisa foi delineada com o propósito de clarificar as implicações para reduzir,
prevenir ou assistir casos de emergência em clínica de estética. Este tema foi
escolhido por tratar-se de tópico pouco comum, mas de grande valor intra-clínica. A
meta foi definir os tipos de acidentes possíveis em clínica de estética,
apresentando suas possíveis causas e meios de eliminar os fatores de risco, bem
como explicar os primeiros socorros prestados em cada situação de emergência.
Para a resposta aos objetivos levantados, foram utilizadas as referências indexadas
por meio de material eletrônico (internet) e nos acervos encontrados nas
bibliotecas técnicas da cidade, que abordam o assunto de forma clara e objetiva.
Foi pensando na facilitação do aprendizado dos alunos do curso de Técnólogo em
Estética que este assunto foi aqui abordado, de forma a exemplificar a atuação
destes frente a emergências intra-clínica e assim, sendo julgado importante meio de
veiculação local.
CONCLUSÃO
A importância da qualificação do profissional que assiste os pacientes nas clínicas
de estética estar preparado não apenas para adotar as medidas corretas, mas
intervir de acordo com a necessidade, ou seja, estando ciente da prevenção dos
agravos, valorizando a prestação de assistência.
Os equipamentos e produtos usados na clínica de estética podem causar efeitos
adversos uma vez que as clínicas não estão isentas de acidentes com o cliente, por
isso, o conhecimento técnico de primeiros socorros é indispensável já que situações
de risco ocorrem em qualquer lugar e a falta de subsídios para o atendimento na
hora da emergência pode causar constrangimento e pânico.
Sendo assim, pode-se perceber que todos os produtos trazem consigo as suas contra-
indicações os seus efeitos colaterais o qual chamamos de previsíveis, porém, muitos
profissionais não estão preparados para a ocorrência dos acidentes não previsíveis.

Em suma cabe ao profissional se ater na prevenção dos acidentes começando pelas


possíveis eliminações dos fatores de risco. Uma estratégia é orientação adequada e
conhecimento de cada fator adverso que pode ser causado pelo aparelho ou produto
aplicado, ou ainda pelos equipamentos móveis da clínica. Uma sugestão é que sejam
elaborados manuais de procedimentos específicos que englobem medidas de prevenção e
controle para os riscos.
Vale ressaltar a importância de uma estrutura de preparo e um bom conhecimento de
primeiros socorros, que por apesar de existirem serviços móveis de urgência, até a
equipe ser avisada e chegar até o local, o cliente da clínica é responsabilidade do
profissional que o assiste, que muitas vezes vai ser responsabilizado pelo ato
acidental ocorrido.
Também, encontrou-se a dificuldade de associar a ocorrência dos acidentes ao
socorro adequado por não existirem publicações relacionadas ao assunto, já que
muitas pessoas se abstêm de divulgarem os acidentes ocorridos por temerem as
responsabilidades. Por fim, sugere-se que os acidentes ocorridos intra-clínicas
sejam divulgados e estudos prospectivos longitudinais possam evidenciar
cientificamente a confiabilidade dos produtos, uma vez que é por meio de estudos e
divulgações dos que se consegue caminhar junto com a modernidade em rumo à
satisfação do cliente e qualidade do atendimento prestado.
REFERÊNCIAS
As clínicas de estética e os perigos que elas trazem. 7/10/2008. Disponível em:
http://www.baixinho.net/as-clinicas-de-estetica-e-os-perigos-que-elas-trazem/
Acesso em: 19/04/2009.
BIBLIOMED. Peelings no tratamento do envelhecimento facial. Equipe Editorial
Bibliomed http://www.guiadaplastica.com.br Acesso em 20/04/2009.
BONASSI, M. Previna-se contra perigos do bronzeamento. Jornal O Vale do Paraíba:
domingo, 07/11/1999. Disponível em:
http://jornal.valeparaibano.com.br/1999/11/07/social/. Acesso em 19/04/2009.
CAMPOS, S. Cirurgia plástica x cicatrizes. 2007 Disponível em:
http://www.drashirleydecampos.com.br. Acesso em 19/04/2009.
DICKIE, G. Introdução à estética. Chicago, Bizâncio 2008. Tradução: GUERREIRO, V.
In:__Indrodução à história da estética. Disponível em:
http://criticanarede.com/introest.html. Acesso em: 24/04/2009.
EID, C.A. Primeiros socorros em queimaduras. Disponível em: http://
vmerchc.no.sapo.pt/Pag/aprenda/barras/trabalhos/queimados/prim_socorr.htm. Acesso
em 24/04/2009.
Falta de regulamentação expõe profissionais de institutos de beleza a riscos de
saúde. 27/09/06. Disponível em: http://www.viaseg.com.br/noticia/5155-
saude_ocupacional_risco_em_estetica.html Acesso em 18/04/2009.
FRUTUOSO, S.; DUARTE, S. O milagre estético sob suspeita: Reações graves provocadas
pela toxina botulínica em tratamentos terapêuticos levantam dúvidas sobre o uso no
combate às rugas. 2007. Disponível em:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR81764-5856,00.html. Acesso em
19/04/2009.

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