DOSSIÊ DO PROFESSOR MACS 11

AVALIAÇÃO
FICHA DIAGNÓSTICA

NOME N.º TURMA DATA AVALIAÇÃO PROFESSOR

Nas questões que se seguem apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver de efetuar
e todas as justificações que entender necessárias. Uma resposta certa sem justificação não será considerada.

1. Um Concelho adquiriu 25 viaturas de Emergência Médica e pretende distribuí-las pelas Unidades Locais de Saúde
situadas nas suas três freguesias, de acordo com o número de habitantes em cada uma delas, de modo que todas
elas recebam pelo menos uma viatura. Na tabela abaixo encontra-se o número de habitantes de cada freguesia:

Freguesia Número de Habitantes

A 378

B 4570

C 5052

1.1. Determine o valor do Divisor Padrão.

1.2. Utilize o Método de Webster para fazer a distribuição das viaturas pelas três freguesias.
1.3. Sabe-se que inicialmente tinha sido proposto usar o Método de Jefferson para fazer a distribuição das viaturas,
mas essa ideia acabou por ser rejeitada.
Faça uma nova distribuição das viaturas, usando o Método de Jefferson e aponte uma razão para este método não
ter sido aprovado.
(NOTA: Se necessitar use um Divisor Modificado igual a 380.)

2. Dois irmãos estão a dividir entre si os itens herdados de um tio: uma cadeira antiga, uma televisão LED; um
conjunto de churrasco; um tapete turco e uma moto pequena. Acordaram em utilizar o método das licitações
secretas. As licitações, em euros, estão apresentadas na tabela seguinte:

Itens Laura Mário

Cadeira antiga 290 245

Televisão LED 2200 2500

Conjunto de churrasco 345 250

Tapete turco 560 475

Moto 350 490

2.1. Qual o valor de uma parte justa para cada irmão?

2.2. Quem fica com que itens?
2.3. Quanto é que é depositado na banca, após a divisão dos itens?
2.4. Qual a distribuição final, após os eventuais ajustes monetários necessários?

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3. Considere o método seguinte para dividir uma porção de bolo entre três pessoas:
I. o António divide a porção naquilo que ele considera serem exatamente fatias de um terço (A) e dois
terços;
II. o Bruno corta a fatia que o António considera ser dois terços naquilo que ele acredita serem
metades (B e C);
III. a Carla escolhe a primeira fatia;
IV. depois escolhe o Bruno;
V. o António fica com a fatia que resta.
Este método pode satisfazer todos os intervenientes? Justifique a sua resposta ilustrando-a com um
exemplo.

4. Num posto de abastecimento inquiriram-se 500 camionistas acerca do tempo que estiveram a
conduzir desde a última paragem. Com esses resultados construiu-se o seguinte diagrama de
extremos e quartis:

4.1. o 1.º quartil é:

(A) 20 minutos. (B) 25%. (C) 75%. (D) 110 minutos.
(Selecione a única resposta correta.)
4.2. Qual das seguintes proposições é falsa?
(A) A Amplitude Amostral é 340 minutos.
(B) A Amplitude Interquartil é 170 minutos.
(C) 250 camionistas conduziram mais do que 180 minutos.
(D) 100 camionistas conduziram ente 110 e 180 minutos.
(Selecione a única resposta correta.)

5. Em baixo, apresenta-se um excerto de um artigo do suplemento da revista Visão, do dia 13 de março

de 2002, intitulado “O estado da nação: 150 indicadores e análises sobre a situação do País”.

Básico – a grande revolução ocorreu no ano letivo de

1987/88, quando a escolaridade obrigatória passou para
nove anos. A medida não teve efeitos imediatos, mas no
ano letivo de 1990/91 a totalidade dos jovens entre os 6
e os 14 anos já andava na escola. No início da década
de 80, a situação era bem diferente: 27% das crianças
entre os 12 e os 14 anos não andavam na escola e dos
que andavam apenas 26% frequentavam o 3.º ciclo.
Porquê? “Reflexo de um sistema educativo bastante
seletivo, com valores de repetência e de abandono
bastante elevados”, afirmam os autores do estudo Uma
Leitura Quantitativa do Sistema Educativo.

5.1. Na notícia afirma-se que, “no ano letivo de 1990/91, a totalidade dos jovens com idades
compreendidas entre os 6 e os 14 anos já andava na escola”. De acordo com o gráfico, esta
afirmação não é verdadeira. Justifique por que razão não é verdadeira, utilizando dados do gráfico.
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5.2. Ao analisar as informações do gráfico, apresentado numa aula de Matemática, a professora e os
alunos concordaram que elas não eram muito credíveis. Refira, pelo menos, dois dados do gráfico
que possam justificar a desconfiança manifestada e explique porquê.

6. O imposto sobre os rendimentos de pessoas singulares (IRS) é definido de forma que sejam aplicadas
taxas de imposto mais altas às famílias com rendimentos que se enquadram nos escalões mais
elevados. Para calcular o imposto a pagar por uma determinada família, num certo ano, é necessário
calcular o “rendimento coletável” e a “coleta” relativos a essa família.
O “rendimento coletável” é a parte do rendimento global auferido por um contribuinte, durante um ano,
sujeita a imposto. No caso de um casal sem filhos, o rendimento coletável é calculado dividindo por dois
a soma dos rendimentos do marido e da mulher, no ano considerado. Na tabela seguinte, são
apresentados os escalões, os rendimentos coletáveis, as taxas correspondentes e, na última coluna, um
montante em euros denominado “Parcela a abater”.
A “coleta” é o imposto a pagar, caso não haja deduções a fazer.
Os escalões de rendimento coletável e as respetivas taxas, para os contribuintes residentes no
Continente, em 2013, eram:

ESCALÕES RENDIMENTO COLETÁVEL (EM EUROS) TAXA (EM %) PARCELA A ABATER (EM EUROS)

1 Até 7000 14,5 245

2 De 7000,01 até 20 000 28,5 2500

3 De 20 000,01 até 40 000 37 250

4 De 40 000,01 até 80 000 45 475

5 Mais de 80 000 48 490

A seguir apresenta-se o procedimento simplificado para o cálculo do imposto a pagar por casais sem
filhos. Trata-se de um exemplo em que o rendimento global do casal é de 80 000 € (soma dos
rendimentos do marido e da mulher), ao qual corresponde um rendimento coletável de 40 000 €, e que
se encontra, portanto, no quinto escalão.

• Aplicar a taxa de imposto ao rendimento

Cálculo do rendimento global do casal:
coletável do casal:
• Contribuinte A (marido), com um rendimento total
40 000 € × 0,37 = 14 800 €;
de 45 000 €.
• Subtrair, ao valor anteriormente obtido, a
• Contribuinte B (mulher), com um rendimento total
parcela a abater:
de 35 000 €.
14 800 € – 2680 € = 12 120 €;
• O rendimento global deste casal é 80 000 €
• A coleta do casal obtém-se multiplicando por
(45 000 € + 35 000 €).
2 o valor anterior:
Cálculo do rendimento coletável:
12 120 € × 2 = 24 240 €.
• O rendimento coletável é 40 000 € (80 000 : 2).
Cálculo do IRS:
Cálculo da coleta do casal:
• IRS = coleta – deduções = 24 240 €.
• Consultar a tabela anterior e verificar em que
Neste caso simplificado, como não existem
Nas escalão
alíneas se encontrasempre
seguintes, o rendimento
que forcoletável (taxaproceder a arredondamentos, utilize duas casas
necessário deduções a fazer, a coleta coincide com o
a aplicar: 37%; parcela a abater: 2680 €);
decimais. valor do IRS.

6.1. Em 2013, o rendimento global de dois contribuintes casados, o Rui e a Luísa, foi de 20 950 €, dado
que os rendimentos do Rui foram 10 950 € e os da Luísa 10 000 €.
Determine o correspondente valor de IRS que este casal pagou, relativo ao ano de 2013, admitindo
que não houve quaisquer deduções a fazer à coleta e utilizando o procedimento simplificado
apresentado na página anterior.

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6.2. Em dezembro de 2013, o Manuel e a Joana verificaram que o rendimento global do casal, nesse
ano, era de 13 000 €. Os rendimentos da Joana foram 12 500 € e os do Manuel 500 €. Foi-lhes
proposto prestarem um serviço, no Natal desse ano, pelo qual receberiam a quantia de 1500 €. O
Manuel, após consultar a tabela das taxas de IRS, resolveu não aceitar o serviço, dizendo à Joana
que “não queria perder dinheiro, dado que passariam do escalão de 14,5% para o de 28,5%”.
Escreva um pequeno texto mostrando que o Manuel não tem razão. Apoie os seus argumentos em
cálculos do IRS, com e sem a prestação do referido serviço. Suponha que o casal não estava sujeito,
naquele ano, a quaisquer deduções à coleta.
Utilize o procedimento simplificado anteriormente apresentado.
O texto deve incluir:
• o cálculo do IRS com a prestação do serviço, no Natal;
• o cálculo do IRS sem a prestação do serviço, no Natal;
• a comparação dos rendimentos e uma conclusão.

FORMULÁRIO
MÉTODO DE WEBSTER
1.º Calcular o Divisor Padrão;
2.º Calcular a Quota Padrão para cada Estado;
3.º Atribuir a cada Estado:
• a sua Quota Inferior, se a parte decimal da
Quota Padrão for menor do que 0,5 (ou se a
Q.P. for menor que a média aritmética das suas
Q.I. e Q.S.);
• a sua Quota Superior, se a parte decimal da
Quota Padrão for maior ou igual a 0,5 (ou se a
Q.P. for maior que a média aritmética das suas
Q.I. e Q.S.).
4.º Se a soma das Quotas Arredondadas (por
excesso ou por defeito, conforme o caso) for
igual ao número de lugares a atribuir, este é,
para cada Estado, igual à quota arredondada
correspondente.
Se a soma das Quotas Arredondadas for
diferente do número de lugares a atribuir,
então é necessário encontrar, por tentativas,
um Divisor Modificado (para substituir o
Divisor Padrão) de modo a calcular a Quota
Modificada de cada Estado.
As Quotas Modificadas são de seguida
arredondadas de acordo com o 3.º passo,
obtendo-se assim as Quotas Modificadas
Arredondadas cuja soma é exatamente o
número de lugares a atribuir.
A cada Estado corresponde um número de
lugares igual à sua Quota Modificada
Arredondada.
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MÉTODO DE JEFFERSON
1.º Calcular o Divisor Padrão;
2.º Calcular a Quota Padrão para cada Estado;
3.º Atribuir a cada Estado a Quota Inferior;
4.º Se a soma das Quotas Inferiores for igual ao
número de lugares, a partilha está feita; caso
contrário, é necessário encontrar por
tentativas um número, o Divisor Modificado
para substituir o Divisor Padrão de modo
que, quando procedermos ao
arredondamento das Quotas Modificadas, a
soma de todas as quotas (arredondadas por
defeito) seja exatamente o número de
lugares a atribuir.
Método das Licitações Secretas
• Cada interveniente atribui um valor aos itens a
dividir;
• É determinada uma parte justa para cada
participante;
• Cada item é dado ao participante que lhe fez a
licitação mais alta;
• A cada participante é descontado o valor que
atribui aos itens que recebeu no passo
anterior.
Se este valor for negativo, o participante terá
de pagar essa diferença à banca; se este valor
for positivo, a banca terá de dar ao participante
o que falta para a parte que este considera
justa;
• A quantia restante na banca, se existir, é
dividida igualmente entre os intervenientes.
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