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Janeiro de 2015
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA DE TUCURUÍ
Tucuruí – PA
2015
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA DE TUCURUÍ
Este trabalho foi julgado em ____ /____ / ____ adequado para obtenção do Grau
de Engenheiro Eletricista, e aprovado na sua forma final pela banca examinadora que
atribuiu conceito ______________________.
BANCA EXAMINADORA:
Tucuruí – Pa
2015
3
DEDICATÓRIA
4
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ser meu refúgio nas horas de desespero, desânimo e falta de
confiança, além de me conceder saúde para que eu pudesse estudar sem interrupções e
por jamais ter me abandonado nos momentos difíceis colocando sempre um filho seu
para me ajudar na hora certa.
A minha namorada, amiga, esposa, companheira Marly Freitas por todos os bons
momentos que estivemos juntos, sempre me dando força, apoio e muito amor e um
maravilhoso filho, Daniel que será muito amado.
A minha mãe Waldilene Gomes e minha família por depositarem toda confiança
e não deixarem de acreditar em mim.
Aos meus amigos da minha turma George Rodrigo, André Veiga, Keila Alves,
Otacílio Rodrigues, Claiton Marinho, que sempre me deram suporte quando precisei e
em especial ao meu amigo e agora engenheiro Vanderson Carvalho por sempre me
esclarecer as dúvidas.
Aos meus amigos e companheiros de todas as horas do alojamento em especial
ao Fábio Valente, Luiz Antônio, José Miguel Vulcão, Josué Saldanha, Diego Oliveira,
Wendell Esdras, Sandinny Chaves, Yago Gomes, Técio Veneza e outros que não foram
citados, mas que nos momentos de dificuldades financeiras sempre nos juntávamos um
ajudando o outro, eu devo muito a essas pessoas.
A meu amigo e também engenheiro Wendell Esdras por ter sido meu melhor
amigo, companheiro de todas as horas jamais me abandonando e dando suporte nos
momentos difíceis.
Ao meu amigo de estágio Sidney Rodrigues (Sidão) pelos maravilhosos almoços
na casa dele e pelos deliciosos cafés da manhã que ele sempre organizou.
A UFPA em nome da PROEX por ter me concedido moradia e bolsa nestes
cinco anos de graduação, pois sem isto não teria possibilidades de seguir em frente.
Ao Denilson Vanderley por ter me ajudado a compreender este trabalho e
fornecendo informações cruciais para a sua realização, sempre se dispondo para
esclarecer as minha duvidas.
É claro ao meu Orientador, Amigo e Professor Jefferson de Souza Costa que me
propôs o tema deste trabalho e por ter sempre me dado suporte para realização deste
trabalho me recebendo até em sua casa para me orientar.
5
LISTA DE FIGURAS
6
Figura 4.1 – Conexão das cargas a rede de distribuição ................................................. 80
Figura 4.2 – Transformador de força abaixador 13,8kV/220 V ..................................... 80
Figura 4.3 – Quadro de leitura de energia da concessionária em conjunto a um disjuntor
........................................................................................................................................ 81
Figura 4.4 – Quadro de Transferência Automática ........................................................ 81
Figura 4.5 – Indicação de quem esta assumindo a carga ................................................ 82
Figura 4.6 – Quadro com o controlador acoplado ao GMG ........................................... 83
Figura 4.7 – Placa com as informações do grupo gerador.............................................. 84
Figura 4.8 - Quadro de distribuição de tensão ............................................................... 84
Figura 4.9 – Grupo Motor Gerador (GMG) da Cummins Power Generation ................ 85
Figura 4.10 – Sequência automática do GMG ............................................................... 85
7
LISTA DE TABELA
8
SUMÁRIO
RESUMO....................................................................................................................... 11
ABSTRACT .................................................................................................................. 12
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 13
1.1 Tarifa de Energia Elétrica ................................................................................ 13
1.2 Evolução das Tarifas de Fornecimento no Brasil ............................................ 16
1.3 Aumento Sobre o Custo de Energia Elétrica em 2014 .................................... 20
1.4 Cenário Mundial .............................................................................................. 22
1.4.1 Smart Grid (A rede elétrica inteligente) ................................................... 23
1.4.1.1 Primeiro Passo ...................................................................................... 24
1.4.1.2 Faixas de Consumo ............................................................................... 24
1.4.1.3 Cidade Modelo ...................................................................................... 24
1.4.1.4 Sustentabilidade .................................................................................... 25
1.4.1.5 Aparelhos Conscientes .......................................................................... 25
1.5 Alternativa para Utilização de Geração de Energia Auxiliar........................... 25
1.6 Justificativa ...................................................................................................... 26
1.7 Objetivo ........................................................................................................... 27
2. UNIDADE DE SUPERVISÃO E CONTROLE DE CORRENTE
ALTERNADA – USCA ................................................................................................ 28
2.1. Definição .......................................................................................................... 30
2.2. Princípios de Funcionamento........................................................................... 31
2.2.1. Modo Automático ..................................................................................... 31
2.2.2. Modo Off .................................................................................................. 32
2.2.3. Modo Manual ........................................................................................... 32
2.3. Principais Funções do QTA Mostradas no Display ......................................... 32
2.4. Sinais de Reconhecimento se Gerador entrou em Funcionamento .................. 35
2.5. Menu do Modo Programação .......................................................................... 35
2.5.1. Configuração de Partida ........................................................................... 35
2.5.2. Proteções ................................................................................................... 36
2.5.3. Sequência de Falhas.................................................................................. 38
2.5.4. Configurações Gerais ............................................................................... 39
2.5.5. (A) Partida Programada ............................................................................ 39
2.5.6. (A) Horário de Trabalho ........................................................................... 40
2.5.7. (A) Horário de Ponta ................................................................................ 41
2.6. Manutenção Preventiva .................................................................................... 42
2.7. Sistema de Proteção, Falhas e Avisos .............................................................. 43
9
2.8. Calibração para Medição de Grandezas Elétricas ............................................ 44
2.9. Sistemas de Medidas ........................................................................................ 44
2.9.1. Tensão AC ................................................................................................ 44
2.9.2. Corrente AC .............................................................................................. 45
2.9.3. Frequência ................................................................................................ 46
2.9.4. Tensão DC ................................................................................................ 46
2.9.5. Temperatura .............................................................................................. 46
2.9.6. Rotação ..................................................................................................... 47
2.10. Diagramas Funcionais .................................................................................. 47
2.11. Principais Grupos de Controles (USCA) ..................................................... 49
3. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS ENVOLVIDOS .............................................. 57
3.1. Definição de Grupo Motor Gerador – GMG ................................................... 57
3.2. Classificação dos Sistemas GMG Quanto ao Tamanho .................................. 58
3.3. Classificação do Sistema de Supervisão e Controle ........................................ 59
3.4. Topologia de um Sistema Pseudo-inteligente .................................................. 60
3.5. Topologia de um Sistema Inteligente .............................................................. 62
3.6. Sistemas de Partida .......................................................................................... 65
3.6.1. Funcionamento de um Motor de Partida .................................................. 65
3.6.2. Estágios de um Motor de Partida .............................................................. 67
3.6.3. Partida Automática ................................................................................... 68
3.6.4. Transferência com Rampa de Carga ......................................................... 70
4. SISTEMAS EM FUNCIONAMENTO IMPLANTADOS ................................ 75
4.1. Determinação da Potência................................................................................ 75
4.2. Consumidores Elétricos ................................................................................... 76
4.3. Fator de Simultaneidade .................................................................................. 76
4.4. Fator de Potência ............................................................................................. 77
4.5. Tipos de Carga ................................................................................................. 77
4.6. Estudo de Caso................................................................................................. 78
4.7. Conexões Externas e Internas .......................................................................... 79
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 87
5.1. Sugestões para Trabalhos Futuros ................................................................... 87
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 88
10
RESUMO
11
ABSTRACT
12
1. INTRODUÇÃO
13
apresentados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) na figura 1.1, em que se
demonstra que nos próximos anos não existirá problema de oferta de energia no setor
[13].
14
Fonte: IEA e Aneel, 2009
Figura 1.2 – Tarifas Médias Residenciais
No que diz respeito à tarifa industrial, segundo dados da Firjan (federação das
Indústrias do Rio de Janeiro), essa tarifa praticada no Brasil em 2011 é mais elevada do
15
que em qualquer país que compõem os chamados Brics (Brasil, Russia, Índia e China) e
do que aquela praticada por nossos vizinhos latinos (Tabela 1.1 e 1.2).
Tabela 1.1 - Tarifa média industrial (Brics)
Países Tarifa Média (R$/MWh)
Brasil R$ 329,00
Índia R$ 188,10
China R$ 142,40
Rússia R$ 91,00
Média de Rússia, Índia, China R$ 140,70
Fonte : Elaborado a partir de dados da Aneel (2011) e da Agência Internacional de Energia (2011)
16
(descontada a inflação medida pelo IPCA). Ao compararmos a evolução de dois índices
de preços IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) e IGP-DI (Índice Geral de
Preços - Disponibilidade Interna) com a das tarifas de fornecimento, ao longo desse
mesmo período, podemos observar que as tarifas se distanciaram continuamente dos
índices de preços, ou seja, apresentaram um crescimento que não corresponde ao
crescimento de nenhum componente de custo com reajustes próximos aos índices de
inflação (salário, materiais e equipamentos, etc.), [13].
Tabela 1.3 - Tarifas Médias de Fornecimento por classe de consumo
Classes de Consumo (R$/MWh) 1995 2003 2010
Residencial R$ 76,26 R$ 259,38 R$ 304,02
Industrial R$ 43,59 R$ 137,00 R$ 233,43
Comercial, Serviço e Outras R$ 85,44 R$ 236,27 R$ 285,98
Rural R$ 55,19 R$ 152,95 R$ 202,51
Tarifa Média Brasil R$ 59,58 R$ 194,76 R$ 268,38
Fonte: Aneel - 2010
Cabe ressaltar que esse distanciamento, apesar de contínuo, não apresentou um
comportamento homogêneo ao longo do período analisado. Entre 1995/2003, tanto as
tarifas como os índices de inflação apresentaram taxas médias anuais de crescimento
bem superiores àquelas verificadas no período subsequente, e que o comportamento das
tarifas por classe de consumidor foi distinto entre um período e outro. Outro aspecto é
que, entre 1995/2003, têm-se taxas de crescimento maiores para as tarifas residenciais e
comerciais do que para as tarifas industriais [13], mostradas na figura 1.4.
17
É necessário para entender o custo final de energia para o consumidor fazer a
analise dos componentes de custos que são incorporados ao valor final das tarifas de
fornecimento de energia elétrica. Para tanto, é preciso compreender a composição
dessas tarifas. O valor da tarifa de fornecimento de energia elétrica cobrada dos
consumidores finais é estabelecido de forma a remunerar os custos de seus
componentes: compra de energia, custos atrelados ao uso dos sistemas de transmissão e
de distribuição, custos da comercialização, custos dos encargos setoriais e custos dos
impostos incidentes sobre a tarifa. Segundo dados da Aneel, a tarifa média de
fornecimento aplicada aos consumidores finais, em 2010, apresentava a composição
mostrada na Figura 1.5 [13]
18
Fonte: Aneel - 2009
Figura 1.6 - Estrutura das contas de luz pagas pelos consumidores de energia elétrica para cada empresa
19
Diante de todos esses agravantes na tarifa de energia, é necessário estabelecer
um valor para o preço do kW para os consumidores residenciais e industriais. Este valor
é cobrado em R$/kWh e varia de acordo com cada concessionária de energia
responsável pelas regiões do brasil. Na Figura 1.8 será mostrado o exemplo de algumas
tarifas cobradas por algumas concessionarias de energia. O valor apresentado foi
recentemente atualizado neste ano de 2014 e terá vigência até 2015 segundo os dados da
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A taxa mostrada será apenas de
consumidores residenciais do País [13].
20
cenário de chuvas escassas e uso intenso de usinas térmicas, uma energia suja e cara, ou
seja, na prática, o valor da conta para o consumidor pode se tornar ainda maior [7].
No Brasil, desde o início do ano, a estiagem foi provocando a redução do nível dos
reservatórios das hidrelétricas. Para poupar a água, foram acionadas as usinas térmicas,
movidas a combustíveis fósseis, fazendo com que esta fique mais cara [6].
21
“O grande impacto nas contas de luz tem sido o amento do custo da energia elétrica,
esse tem sido um grande desafio neste ano. E, no caso da Light, não foi diferente”, disse o
diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino [5].
Os moradores do estado do Pará terão reajuste de 34,3% na conta de energia
elétrica. O aumento nas Centrais Elétricas do Pará (Celpa) foi aprovado pela diretoria da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no inicio de agosto deste ano. A mudança
vai atingir 2 milhões de residências. Nos casos de grandes consumidores, como
indústria, o reajuste chega a 36,4%. No Espírito Santo, o aumento, da Espírito Santo
Centrais Elétricas S.A (Escelsa), será de 24,7% e atingirá 1,4 milhões de casas. Em
Santa Catarina o aumento será de 22,7% nas residências, realizado pela Celesc
Distribuição S.A., e atingirá 2,6 milhões de unidades no mesmo período [15].
22
movimentação em diversos países – inclusive nos EUA, um dos maiores consumidores
de energia do mundo [16].
23
1.4.1.1 Primeiro Passo
24
produção de eletricidade estão sendo avaliadas em algumas residências para verificar a
eficiência deste tipo de rede [16].
1.4.1.4 Sustentabilidade
Além de inteligência, outra palavra que tem tudo a ver com Smart Grid:
sustentabilidade. Isso porque, uma das novidades nesta nova rede de energia é o
consumidor-produtor. A descentralização da produção de energia é uma das propostas
das redes inteligentes, sendo assim, qualquer um pode produzir energia e armazenar ou
vender o excedente. Muito se fala em energia eólica e solar e estas formas sustentáveis
de produção podem estar na sua casa, contribuindo para que sua fatura de luz diminua
[16].
25
visando também melhorar a qualidade da energia fornecida. Mesmo diante de futuras
opções vislumbradas neste novo mercado de energia elétrica o consumidor nacional
busca atualmente alternativas de baixo custo em programas de conservação energética,
aproveitando ao máximo os equipamentos já existentes em suas respectivas instalações
industriais ou comerciais [8] [9].
Além desta busca dos consumidores pela economia, cuja somatória contribui
para melhorar o fator de carga nacional, temos presenciado um certo grau de
preocupação do mercado consumidor de alta tensão com relação à qualidade de
fornecimento a partir do próximo ano. Isto se traduz não apenas com relação à
conformidade da energia recebida (qualidade da forma de onda de tensão), mas
principalmente com relação à disponibilidade da mesma a qualquer tempo, fundamental
para se garantir a continuidade do processo. Sabemos que a nossa capacidade de
geração e transmissão de energia elétrica não está totalmente esgotada, mas que em
determinados horários, valores próximos do limite de fornecimento do sistema são
alcançados, possibilitando riscos de blecaute [8] [9].
Em virtude disso temos presenciado um interesse crescente pela utilização de
alternativas de energia a fim de não só desafogar o sistema elétrico de potência, mas
também de economizar mais na conta de energia, visto que esta vem contribuindo muito
em relação às despesas das famílias brasileiras com uma das mais caras do mundo. Em
virtude disso as mais variadas formas de se produzir energia vêm sendo implantada no
Brasil, tais como, Energia Solar, Energia Eólica, Biogás, Energia dos Oceanos, Geração
à diesel, Termoelétricas entre outras.
Essas alternativas energéticas são utilizadas em substituição da energia fornecida
pela concessionária no horário de maior tarifação, chamado de horário de ponta, sendo
uma das principais razões a impossibilidade de remanejamento e suas cargas para outro
horário. Porém a utilização destes equipamentos não está restrita a este caso, podendo
os mesmos ser utilizados de forma economicamente estratégica no processo.
1.6 Justificativa
1.7 Objetivo
27
2. UNIDADE DE SUPERVISÃO E CONTROLE DE CORRENTE
ALTERNADA – USCA
O mercado brasileiro não era receptivo aos controles eletrônicos para grupos
geradores até o advento da tecnologia digital neste segmento.
Havia um entendimento geral de que os controles para grupos geradores
deveriam ser simples de operar e oferecer o máximo em termos de facilidades de
manutenção. As inovações eletrônicas introduzidas pelos fabricantes eram limitadas, já
que a maior parcela do volume das suas vendas era gerada por encomendas sob
especificação, as quais recusavam componentes desconhecidos. Os montadores,
buscando competitividade, ofereciam muitas alternativas, resultando daí que os clientes,
usuários de muitos equipamentos, como as empresas de telecomunicações e outros, não
conseguiam um nível de padronização aceitável para os seus equipamentos, como ainda
ocorre atualmente.
Na década de 70, começaram a surgir os primeiros controles eletrônicos
montados no Brasil e como havia a proteção de mercado para a indústria nacional,
praticamente nenhuma tecnologia importada era acrescentada aos produtos vendidos na
época. Além disso, as primeiras unidades lançadas no mercado apresentavam
desempenho medíocre e falhas constantes, acabando por cair no descrédito do
consumidor. Existia ainda certa rejeição por parte das empresas de telecomunicações
que, como maiores usuários de grupos geradores, eram formadoras de opinião, tornando
os controles eletrônicos aceitáveis por outros clientes apenas em função de preço, uma
vez que eram mais baratos. A despeito disso, muitas unidades foram vendidas e ainda
estão em operação até hoje [1].
Somente em 1996 os controles eletrônicos para grupos geradores alcançaram o
segmento de telecomunicações quando a Embratel adquiriu a sua primeira Unidade de
Supervisão de Corrente Alternada eletrônica, fabricada sob encomenda e com a
supervisão dos engenheiros do Departamento de Energia da Embratel, resultando daí o
equipamento padrão Telebrás. As empresas de telecomunicações, diante da diversidade
de produtos existentes no mercado, e com o objetivo de padronizar os grupos geradores
utilizados por elas, elaboraram normas técnicas específicas para serem observadas pelos
seus fornecedores, nascendo daí algumas nomenclaturas hoje bastante difundidas entre
os usuários de grupos geradores, tais como [1]:
28
USCA = Unidade de Supervisão de Corrente alternada
QTM = Quadro de Transferência Manual
QTA = Quadro de transferência Automática
QGD = Quadro Geral de Distribuição
QDCA = Quadro de Distribuição de Corrente Alternada e outras siglas aplicáveis aos
dispositivos de corrente contínua.
Conceitualmente, há diferenças entre as práticas adotadas nos mercados
americano e europeu. Nós, no Brasil, assimilamos os padrões europeus com maior
facilidade, provavelmente porque as nossas normas técnicas derivam, em muitos casos,
das normas europeias e porque somos familiarizados com o seu sistema de medidas.
Assim, definimos os nossos sistemas em kVA Potência aparente, enquanto nos Estados
Unidos, o padrão é definir as potências em kW potência ativa, independentemente de
fator de potência. Para nós, o entendimento é de que o quadro de comando do grupo
gerador é um componente à parte, afeto à parte elétrica do sistema. Entendemos que o
quadro de comando deve ser separado, onde todos os dispositivos de supervisão e
controle são instalados, à distância do motor Diesel (Padrão Telecomunicações). Na
maioria dos casos, não é aceitável o que se denomina de quadro de comando integrado
ou incorporado, conceito já há muito difundido nos Estados Unidos e Europa [1].
Decorrente da prática ao longo do tempo, para a maioria dos usuários, quadro de
comando automático ou USCA, inclui a Chave de Transferência Automática de Carga.
Somente em casos excepcionais, em função das distâncias envolvidas na instalação,
visando à economia de cabos, admite-se a utilização de QTA (Quadro de Transferência
Automática) à distância, em separado da USCA [1].
A grande maioria das especificações técnicas elaboradas pelas empresas de
engenharia para aquisição de grupos geradores, prevê a utilização de um único quadro
de comando auto suportado, onde se encontram controles, instrumentos e chave de
transferência automática [1].
Somente a partir do advento dos controles digitais observa-se a tendência de
mudança destes conceitos. Por entender que esta tecnologia é mais confiável, o
consumidor tende aceitar mais facilmente o “Quadro de Comando Integrado”. Há,
ainda, a dificuldade de aceitação do fato de alguns dispositivos serem inerentes
exclusivamente à Chave de Transferência (em armário à distância), como os sensores de
tensão e frequência, por exemplo. Portanto, o conceito de montagem dos grupos
geradores importados ainda encontra algumas resistências no mercado brasileiro,
29
resultantes de práticas enraizadas no passado. É de ressaltar, também, que durante
muitos anos, os grupos geradores, na sua maioria, eram fornecidos sob encomenda
fazendo com que os montadores não pudessem manter um padrão construtivo [1].
Os produtos considerados “de linha” não correspondiam exatamente às
exigências dos clientes. Ainda hoje, frequentemente, vemos especificações técnicas que
só podem ser atendidas com produtos fabricados especialmente, sob encomenda. São os
que os fabricantes/montadores chamam de “grupos geradores engenheirados”, que
alguns até declinam de fornecer, por incluírem dispositivos pouco usuais e
documentação técnica específica e complicada. Outra característica do mercado
brasileiro, em relação a controles, está diretamente relacionada ao conhecimento técnico
do produto por parte do comprador/usuário [1].
Há uma parcela significativa de usuários, onde se concentra o maior volume de
unidades vendidas (potências inferior a 500 kVA), que adquire pelo menor preço sem
diferenciar o produto. O comprador/usuário não distingue entre este ou aquele tipo de
controle, marca ou modelo de motor Diesel e alternador. Para atender estes clientes, são
fabricados os alternadores industriais, com excitação estática e sem preocupações
técnicas quanto à distorção harmônica, forma de onda e outras características. Todos os
componentes utilizados são os de menor custo possível [1].
No outro segmento estão os clientes que tem algum conhecimento técnico ou se
assessoram de consultores para fazer aquisição e instalação do seu grupo gerador,
identificando suas reais necessidades e adquirindo a solução para o seu problema de
energia e não somente um grupo gerador. Nestes casos, há uma especificação técnica
com requisitos mínimos a serem atendidos pelo fornecedor do equipamento [1].
2.1. Definição
Os termos mais antigos utilizavam USCA agora nos dias atuais o conceito mais
difundido nas literaturas é o de QTA. QTA é a sigla para quadro de transferência
automática. É usada principalmente no sistema de alimentação de emergência, mudando
automaticamente o circuito de carga de uma fonte de alimentação para outra (fonte de
alimentação standby) e assegurando o funcionamento contínuo e confiável de carga
importante [17].
Em poucas palavras o QTA ou USCA serve para automação de Grupos-
Geradores (Motor + Alternador) de pequeno, médio e grande porte, dependendo da
30
aplicação. É comum sua utilização em Hospitais, postos de combustíveis e
Supermercados, pois, na falta de energia da rede elétrica principal em poucos segundos
o sistema volta a funcionar normalmente. Isso acontece devido a estes estabelecimentos
utilizarem uma fonte de energia auxiliar em standby, que é acionada sempre que há falta
de energia ou quando programado para entrar em funcionamento.
Nos dias atuais, devido ao excesso do consumo de energia elétrica, ocasionada
pelo crescimento da população, ou até mesmo devido aos fenômenos naturais, o risco de
ocorrer falta de energia é eminente. Existem recursos emergenciais, como os GMG’s,
que solucionam este problema [12] [14].
Existem os mais diversos tipos de controles para os grupos geradores, que são
utilizados de acordo com a necessidade de cada usuário ou empresa. Vai desde os mais
simples executando apenas a transição entre a rede elétrica e o gerador auxiliar até os
mais avançados, com sistema de proteção e monitoramento por computadores.
31
No caso do motor não entrar em funcionamento, uma mensagem de FALHA aparecerá
no visor do Painel e um alarme sonoro será acionado. A chave Contator Manual deve
permanecer em OFF, [12] [14] [17].
Neste caso estudado, o GMG possui a opção Modo Off, mas para a maioria dos
outros modelos de controladores esta opção não esta inserida, na verdade nos dias de
hoje já é difícil de se encontrar GMG com chave para alteração do modo, mais comum
encontrar versões digitais com botões manual e automático.
Este modo faz com que o GMG fique inativo, ou seja, desligado.
32
Inicialização → Modo Automático -
Além de monitoramento e proteção faz a
transferência entre Rede e Gerador
33
Mostra a tensão da bateria usada para alimentar a USCA, pois está usa uma fonte
externa à rede, e número de partidas que o motor já realizou.
8ª Função → Temperatura da Água do
motor (10 a 115°C)
34
2.4. Sinais de Reconhecimento se Gerador entrou em Funcionamento
Em caso de falha da rede o controlador detecta esta falha e aciona o GMG, mas
para se tiver certeza que este entrou em funcionamento mesmo é só analisar os sinais
que comprovam se o grupo entrou ou não [12].
1- D+ do alternador: sinal de 12V - é um sinal que pode indicar que o motor entrou;
2- Óleo do Motor: sem sinal (com sinal de terra indica baixo nível de óleo – Gerador
Desligado);
3- Gerador: tensão AC acima de 100V.
Na Tabela 2.2 temos as opções de partida do motor, nesta função podem ser
alterados os parâmetros referentes à parda do grupo gerador.
Tabela 2.2 - Configurações de partida
35
2.5.2. Proteções
Esta proteção serve para que o motor não aqueça muito a ponto de danificar as peças.
36
Quando da utilização de Sensores de
Leitura de Temperatura, pode-se setar a
temperatura desejada para desligamento
emergencial do Motor.
Limite aceitável de temperatura de trabalho do motor, acima disso ele desliga o
motor.
Entrada de sinal através do pino E1/S1;
se este pino receber um sinal de terra o
sistema realizará uma parada
emergencial; pode-se ligar ou desligar
esta proteção. Esta função torna-se
desabilitada quando uma das duas
funções: Sinal Ext. Pressão ou Desl. Ger.
Remoto é habilitada
Nível de água, se o nível estiver a baixo do determinado para funcionamento do
motor, esta proteção é atuada e tira o motor do sistema.
Rotação do Motor – este valor é
mostrado através de um cálculo
utilizando o valor da frequência.
37
Proteção por baixa pressão de óleo do motor.
38
2.5.4. Configurações Gerais
Na tabela 2.5 pode-se observar alguns tipos de configurações.
Tabela 2.5 – Tabela com configurações de TC e Sistema elétrico.
Como já foi dito anteriormente (A) significa os modelos que possuem a opção de
partida automática habilitada. Na Tabela 2.6 é mostrado como adentrar as configurações
de programação do modo automático, lembrando que estas configurações são da USCA
STZ MG1000, mas os outros modelos possuem as mesmas funções [12].
Tabela 2.6 – Configurações de partida programada
39
Nesta plataforma é possível definir exatamente o momento em que se necessita do
funcionamento gerador.
E, o tempo em que o gerador irá ficar ligado no modo de partida programada, neste
caso o tempo máximo de funcionamento é de apenas 3 horas.
Programação da Transferência ou não
entre os contatores. Caso a opção seja
“Sim”, o contator da Rede é desligado e o
contator do Gerador é acionado dentro do
período da Partida Programada.
É necessário que a opção “transfere Contator” seja habilitada, ou seja, precisa
selecionar “SIM” para que dentro do período definido da partida a comutação entre
REDE E GERADOR ocorra realmente.
Fonte: Adaptado de Manual de operações STZ MG1000
40
Habilita o horário de funcionamento, ou seja, liga e desliga.
Início do Horário de Trabalho ⇒ Para
incrementar os valores deve-se pressionar
o botão Função/Seleção, e para alterar
entre hora, minuto, segundo e finalizar,
deve-se pressionar o botão Prog/Enter.
Definição no inicio do período do horário de trabalho, definindo hora, minutos e
segundos.
Fim do Horário de Trabalho ⇒ Para
incrementar os valores deve-se pressionar
o botão Função/Seleção e para alterar
entre hora, minuto, segundo e finalizar,
deve-se pressionar o botão Prog/Enter.
Definição do fim do período do horário de trabalho, com novamente hora, minutos e
segundos. Como foi dito, fora deste período mesmo que falte energia o gerador não
entrará em funcionamento.
Fonte: Adaptado de Manual de operações STZ MG1000
41
funcionamento do Gerador. Neste caso, o
contator da Rede é desligado e o contator
do Gerador é acionado durante este
período. Esta opção é normalmente
utilizada para economia de energia.
Nesta plataforma é possível habilitar o horário de ponta, determinando o inicio e o
fim do processo.
Início do Horário de Ponta ⇒ Para
incrementar os valores deve-se pressionar
o botão Função/Seleção e para alterar
entre hora, minuto, segundo e finalizar,
deve-se pressionar o botão Prog/Enter.
Tela com a hora, minuto e segundo de inicio do horário de ponta.
Fim do Horário de Ponta ⇒ Para
incrementar os valores deve-se pressionar
o botão Função/Seleção, e para alterar
entre hora, minuto, segundo e finalizar,
deve-se pressionar o botão Prog/Enter.
Definição do intervalo incrementado a hora, minuto e segundo finais do processo.
Opções para os dias de funcionamento do
GER em horário de Ponta ⇒ 1- Todos os
Dias; 2- Seg a Sex; e 3- Seg a Sab. Para
alterar estas opções basta pressionar o
botão Função/Seleção e para confirmar a
opção deve-se pressionar o botão
Prog/Enter.
É possível ainda definir os dias da semana que se deseja utilizar deste recurso. Existe
a opção de todos os dias, de segunda a sexta e segunda a sábado.
Fonte: Adaptado de Manual de operações STZ MG1000
42
vem de fábrica programada para 50 horas; as demais deverá ser informada pelo cliente
conforme manual do motor [12].
É extremamente importante realizar estas manutenções periódicas para garantir
um bom funcionamento do conjunto. É esta manutenção que vai garantir ao usuário, que
no momento que ele mais precisar, no caso de uma falha da rede elétrica, ele terá o bom
funcionamento do grupo gerador, sem essas manutenções o conjunto pode vir a falhar
em um momento crucial de operação, na falta de energia.
Abaixo na Tabela 2.9 estão listadas todas as proteções para este modelo de
aparelho e suas respectivas mensagens de falhas que aparecerão caso algum parâmetro
esteja fora dos valores programados.
Tabela 2.9 – Proteção, Falhas e Avisos
43
proteção atuar, sua falha será salva na memória, podendo ser verificada entrando no
Modo Programação / 3- Sequência de Falhas, podendo armazenar até 16 falhas.
Em caso de FALHA, atuando a Proteção do Motor, logo após retorno da REDE
o contator da REDE é acionado e mensagem de “GERADOR *FALHOU*” aparecerá
no visor. Importante ressaltar que, aparecendo esta mensagem, necessariamente deve-se
fazer busca de todas as falhas em Modo Programação / 3- Sequência de Falhas e corrigi-
las, ou seja, verificar a causa destas Falhas [12].
44
Onde; T é o período da forma de onda e Vi é a tensão senoidal de entrada.
2.9.2. Corrente AC
45
de um transformador de corrente que induz uma corrente no secundário, a qual é então
processada e mostrada no visor do LCD [12].
O tempo de atualização da medida das três correntes é menor que 1 segundo,
garantindo uma boa precisão na leitura dos valores. Sua precisão é de 3 Ampères.
O fundo de escala da medida depende do TC utilizado, que pode ser de 100 ou
de 200A.
2.9.3. Frequência
2.9.4. Tensão DC
2.9.5. Temperatura
A Figura 2.2 refere-se à interface do display da USCA STZ 1000MG que foi
utilizada para obter as configurações descritas neste trabalho.
47
Fonte: Mpagrogeradores, 2014
Figura 2.3 – Imagem real de um QTA
Observando a imagem na Figura 2.3 não é muito difícil de entender a lógica das
conexões, entretanto se analisarmos os circuitos deste quadro de transferência fica
ainda mais claro a sequencia de ligações destes circuitos. Vamos começar analisando
48
apenas a parte dos contatores, onde acontece a comutação da carga, da rede da
concessionaria para o gerador e vice versa.
Na Figura 2.4, (1) e (2) são as entrada para os sinais enviados pela placa de
controle do quadro.
49
Atualmente, podemos encontrar no mercado brasileiro diversos controles para os
grupos geradores comercializados. Dentre os principais, destacamos os seguintes [1]:
EMCP II+ - Caterpillar;
DEC340 – Decision Maker – Kohler;
ST2000 – Stemac;
SMART GEN – Atos Automação Industrial;
LSM2001 – Light Service;
M50, M150, S2500, R3000, A400 e MICS Process II – SDMO;
RGAM – LOVATO;
USCAMAQ – Maquigeral;
DPC-560 – Leon Heimer;
Novos Produtos Woodward;
MCSD – Atlas Copco e
K30 G enset – KVA Automação.
Abaixo pode-se observar a descrição de alguns dos principais grupos de
controles presentes os grupos geradores.
Tabela 2.11 – Apresentação do CATERPILLAR EMCP II
50
Pressão do óleo lubrificante; Chave seletora de fase;
Rotação do motor (rpm); Relé de demanda de carga e
Horas de operação e Relé programável sobressalente.
Diagnóstico do sistema.
Indicação luminosa Relés de proteção
Baixa pressão do óleo Relés programáveis:
lubrificante; Sobre e Sub-Tensão;
Alta temperatura do fluido de Relé de potência inversa;
arrefecimento; Sobre e Sub-Frequência e
Sobre-Corrente.
OPCIONAIS: Sinal de alternador gerando
Controles diversos (contato seco);
Governador eletrônico; Auxiliar de partida a frio (éter);
Divisor de carga (fornecido Módulo anunciador de alarme a
avulso); distância;
Módulos de alarme local – (com Link de comunicação digital para
buzina e botão silenciador); computador e
Controle de frequência; Painel luminoso.
Alarme comum (contato seco para Proteções
qualquer tensão); Baixo nível do fluido de
arrefecimento;
Temperatura do óleo lubrificante.
Fonte: CLAUDIO, 2014
51
Na versão ST2000A, encontram-se: A opção ST2000P tem a mesma
Supervisão de rede; configuração da opção ST2000S
Partida, parada e transferência acrescida das funções de:
automática; Operação automática em horário
Indicação digital de tensão (L-L e de ponta, paralelismo com outras
L-N), frequência, número de unidades e/ou com a rede;
partidas, horas de operação, Transferência ininterrupta em
temperatura do fluido de rampa;
arrefecimento do motor, horas Controle de demanda
para manutenção e tensão de (rejeição/inclusão de cargas);
bateria; Operação automática em picos de
Proteção contra alta temperatura, demanda (peak shave) e
baixa pressão de óleo, Regulagem eletrônica digital de
tensão/frequência anormais, falha velocidade
na partida/parada; A opção ST2000C é destinada a sistemas
Controle do pré-aquecimento; de paralelismo e conta com:
Funcionamento Funcionamento em
manual/automático/teste e manual/automático/teste;
Comunicação serial (opcional). Operação gerenciada através de
A opção ST2000B, além das funções PLC mestre para paralelismo com
acima, inclui indicação digital para outras unidades, paralelismo com
potência ativa e fator de potência e a rede e transferência de carga em
proteções contra sobrevelocidade, rampa (para uma ou mais chaves
sobrecorrente e sobrecarga. de transferência e/ou entradas de
A opção ST2000S, além das funções rede);
encontradas nas anteriores, acrescenta: Comunicação serial;
Indicação digital de potência Controle automático do pré-
reativa e Watt-hora; aquecimento;
Proteção contra baixo nível do Regulagem eletrônica digital de
combustível (opcional); velocidade e
Seis entradas/saídas analógicas e Possibilidade de controle de
digitais configuráveis pelo cliente quantidade de grupos e demanda,
e comunicação serial opcional. bem como monitoramento
52
remoto.
Fonte: CLAUDIO, 2014
53
uma frequência pré-ajustada da saída do devido resfriamento.
alternador, nesta condição o
temporizador de estabilização é ativado, PROTEÇÕES
permitindo que a as condições de Pressão Há um LED comum no painel frontal que
de Óleo, Alta Temperatura do Motor, acende para indicar parada e condições
Falha de Carga, Rotação Anormal e de falha que não tenham seus próprios
Sobrecarga sejam estabilizadas sem LED como exemplo o interruptor de
iniciar o processo de falha. Após pressão de óleo defeituoso, etc. As
transcorrido o tempo de estabilização é proteções são indicadas no painel frontal
efetuada a transferência de carga da rede e desligam imediatamente o grupo
para o grupo. gerador a reposição é dada com o seletor
Após o tempo de confirmação de retorno na posição OFF, neste caso a falha deverá
de rede estabilizada a carga é transferida ser removida
para a rede e inicializado o ciclo de
parada a partir de um retardo de parada
seguido de temporização de resfriamento
que
Fonte: CLAUDIO, 2014
54
Controle do Motor Controle de Potência Reativa (KVAr)
Controle para pré-aquecimento do Divisão de carga reativa entre os
motor; geradores para operação isolada;
Controle da válvula de Controle de fator de potência
combustível; através da referência interna e
Controle de partida; Controle de potência reativa
Controle de marcha ajustável através de sinal externo.
lenta/nominal; Sequência automática de partida
Monitoração de pressão de óleo; Partida automática baseada na
Monitoração da temperatura da demanda de carga ou processo;
água de refrigeração; Configuração de partida e parada
Monitoração da tensão da bateria conforme necessidade de carga
e temporizada e
Monitoração da proteção de Sequência de prioridade de
sobrevelocidade. geradores configurável via painel
Sincronismo do EGCP ou remotamente por
Processamento digital dos sinais computador PC.
imune à interferência de Proteção do gerador
harmônicos, ajuste de fase de Proteção de Sub-Tensão (27);
tensão e de tempo de Proteção de sobre tensão (59);
sincronismo; Proteção de sub e Sobre-
Identificação de barra Frequência (81);
desenergizada e sincronismo Proteção de potência reversa
automático; (32P);
Sincronização com outros Proteção de perda de excitação;
geradores e com a concessionária; Proteção de sobrecorrente;
Programação de várias tentativas Proteção de perda da
de sincronismo com tempo concessionária;
ajustável e Proteção de escorregamento de
Operação manual com ajuste de velocidade e frequência e
tensão e velocidade para Proteção de surto de potência no
sincronismo. gerador
Controle de Potência Ativa (kW) Proteção do Motor
55
Cálculo de potência real (RMS); Proteção de baixa e alta
Rampa de tomada e retirada de temperatura da água de
carga programável; refrigeração;
Operação em isócrono ou base de Proteção de baixa e alta pressão
carga com até 8 geradores em do óleo;
paralelo dividindo carga; Proteção de sobrevelocidade e
Controle em base de carga com Proteção de falha na partida.
máxima eficiência de controle de Comunicação
combustível; Protocolo aberto ModBus ou
Controle em base de importação e DDE comunicação através de
exportação para operação em porta serial padrão RS-422 e
paralelo com a concessionária; Rede de comunicação remota de
Transferência de carga suave e upload/download via computador
sem interrupção com a PC interface programável.
concessionária;
Possibilidade de ajuste externo
para operação em carga de base
ou controle de processo com taxas
de variação independentes e
Operação em droop disponível
para operação e controle de carga
manual.
Fonte: CLAUDIO, 2014
56
3. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS ENVOLVIDOS
57
Grupo Motor-Geradores: Acionados por motor a explosão (Ciclo Otto) estes
equipamentos se diferenciam pela queima direta do combustível sem a
necessidade de utilização de caldeiras. Podem ser implantados em sistemas de
médio e grande porte e utilizam combustíveis fluidos (gás natural, óleo diesel,
biogás e etc.) [8].
58
3.3. Classificação do Sistema de Supervisão e Controle
59
Fonte: Manual de operação USCA STZ 1000 MG
Figura 3.1 – Diagrama elétrico trifásico do sistema com o GMG instalado.
60
informações da demanda, ela também faz o controle da mesma. Isso não se tinha nos
sistemas anteriores, é algo novo no sistema de GMG’s.
No bloco azul da Figura 3.2, temos o Módulo de controle do nosso sistema para
onde vão todas as informações o conjunto e de onde partem os comandos elétricos para
se executar determinada ação, seja de partida ou parada do gerador.
Temos também os blocos de Detecção e Controle do sincronismo momentâneo
do gerador e da rede elétrica, assim como supervisão da tensão, além de monitoramento
de alarmes e chave de transferência. Vamos supor uma instalação que possua um
conjunto GMG instalado, em um determinado período do dia, no horário de trabalho
comercial, aconteça um problema na rede de distribuição que alimenta esta instalação.
Como acontece o reconhecimento desta falha e qual a ação tomada pelo sistema de
controle do grupo gerador?
Inicialmente, o sistema precisa estar no modo de operação Automático para que
se tenha uma ação do grupo gerador de forma autônoma. Partindo disso então, o
conjunto monitora as tensões e correntes da rede elétrica através dos sensores instalados
no sistema, neste caso um relé de falta de fase que lê as informações da rede, no
momento em que estes sensores reconhecem a falha eles enviam esta informação para o
sistema de controle, o sistema de controle aciona um relé na tentativa de religar à rede
se continuar sem fase ele espera mais alguns segundos e faz uma nova tentativa caso a
rede não volte, imediatamente o sistema aciona o grupo gerador com comado elétrico
61
que parte o motor, este é sincronizado com a rede (para o caso de existir rede presente)
daí então parte o comando elétrico que aciona os contatores do gerador e interliga a
carga ao grupo GMG.
Isso parece muito simples, mas por traz dessa ação existe uma série de coisas
que ocorrem que nós nem imaginamos que aconteça, mas que são de grande
importância neste processo de geração.
Até agora foi mostrado como são os sistemas que chamamos de convencionais,
mas agora vamos mostrar como seria um sistema considerado inteligente. Na Figura 3.3
temos a estrutura de sistema inteligente, é apenas um diagrama unifilar do sistema
interligado.
Observa-se que neste sistema existe a interligação do sistema de controle a um
microcomputador. A principal função deste micro é, além da supervisão de forma
remota, mas também de controle de forma remota, ou seja, neste sistema é possível
partir o gerador no modo manual de forma remota pelo micro. Isso além de sofisticar o
sistema de controle, facilita em muito, pois agora você não precisa ir até onde se
encontra o GMG, mas pode executar comandos através do computador.
Analisando a arquitetura do sistema inteligente acima vemos que o mesmo
concentra todas as operações na unidade de controle microprocessada o que torna
qualquer alteração de lógica, ou de parâmetros operacionais, fácil de ser implementada,
pois, é algo que depende apenas de software.
Notamos também a existência de uma IHM (Interface Homem Máquina)
responsável pela visualização local (via display de cristal líquido) dos dados obtidos
pelos instrumentos de medição (transdutores) do sistema e pela operação local via
teclado alfanumérico, podendo ser informados valores de pontos de operação para o
sistema, havendo ainda a possibilidade de operação manual em casos de emergência
(através da remoção da unidade de controle para manutenção). Na Figura 3.4 temos um
exemplo de IHM. O software de supervisão distribuída (vide exemplo na Figura 3.5)
instalado no microcomputador interage de forma padronizada com o operador
integrando o sistema de controle de demanda com o sistema de controle do GMG. Com
ele pode-se operar bem como realizar a manutenção de forma remota através de
modem’s [8].
62
Fonte: Gestal, 2014
Figura 3.3 – Estrutura de um sistema inteligente
63
possuir também os parâmetros para modificar o sistema. Ou seja, essa IHM é na
verdade nossa USCA, dita de outra forma. Este modelo é um modelo de fabricação
exclusiva da Gestal.
64
Fonte: Gestal, 2014
Figura 3.6 – Software de Supervisão com a interface do GMG
Na Figura 3.6 podemos observar alguns parâmetros do GMG, como por
exemplo, a alimentação, operação, nível de combustível e as proteções.
65
Na Figura 3.7 temos um motor de partida da BOSCH em corte para que você possa
identificar o que é um motor de partida no conjunto instalado.
66
Isso falando mecanicamente do processo, mas como acontece esse acionamento
mecânico que é a parte mais interessante deste processo. Esse trabalho mecânico
realizado nada mais é do que o resultado de comandos elétricos enviados a este motor
para que ele realize a partida do motor principal.
Para compreender melhor o processo de partida do motor de arranque vamos os
três estágios que este realiza para Partir o GMG.
67
elétrica. O induzido começa a girar lentamente e o pinhão engrena na cremalheira. A
ponte de contato da chave magnética liga imediatamente a bobina de campo e o
induzido e assim o pinhão procura engrenar-se [1].
68
e a sua alimentação, no caso a bateria e com isso a operação de acionamento do motor
de partida só é feita manualmente, ou seja, esta opção é válida no grupo gerador, mas
não é suficiente para que o grupo parta de forma autônoma no momento de falha da rede
elétrica [1][3].
Então uma opção adotada pelas montadoras de controladores microprocessados
de Grupo Geradores foi utilizar uma chave baseada na tecnologia de semicondutores, ou
seja, um comutador que fosse acionado a partir de um sinal elétrico em um de seus
terminais, neste caso um SRC [1][3].
O SCR é um diodo que opera como um circuito aberto quando nenhuma corrente
é aplicada ao GATE. Um sinal aplicado ao GATE fecha o circuito e faz com que ele se
mantenha fechado, conduzindo do ANODO para o CATODO, enquanto permanecer o
sinal. Uma vez removido o sinal, ele irá parar de conduzir quando a corrente circulante
atingir o valor zero [1][3].
Usando esta propriedade, é possível construir um sistema com controle
eletrônico gerando o sinal para o GATE e montar uma chave comutadora de fontes onde
é possível determinar o momento em que uma ou outra fonte será ativada ou desativada
[1][3].
69
Geralmente a tomada de carga por parte do gerador em um momento de falha é
feita de forma súbita na sua totalidade. Mas existe outra, chamada de transferência com
rampa de carga.
70
3.12. O paralelismo, feito por um sincronizador automático, controla tensão e
frequência do grupo gerador e verifica a sequência de fases. No caso de falha da rede e
entrada do grupo gerador na condição de emergência, teríamos a sequência mostrada na
Figura 3.13, abaixo (CLÁUDIO, 2014).
71
Fonte: CLÁUDIO, 2014
Figura 3.14 – Gráfico da tomada de carga em rampa para uma entrada com rede elétrica presente
72
E0V
P3 sen (4)
Xs
73
obtida propositalmente de acordo com a necessidade de rede, para fazer o equilíbrio das
potência do sistema. Controlando o sistema de excitação podemos determinar se o gerador
irá injetar ou consumir reativo da rede.
74
4. SISTEMAS EM FUNCIONAMENTO IMPLANTADOS
75
Consumidores especiais, por exemplo, com características de carga brusca
(golpe) ou requisitos extremos em relação à constância da tensão e frequência,
devem ser levados em conta.
O tipo de corrente, tensão e frequência deverão corresponder aos valores
nominais da rede pública local.
No caso de condições climáticas especiais no local de instalação (grande
altitude, temperaturas e umidade do ar elevadas), o motor e alternador não poderão
apresentar sua potência normal e deverão ter seus valores reduzidos [1] [3].
Este fator indica a percentagem do consumo total de energia instalada que estará
em operação ao mesmo tempo. Em geral, não se pressupõe que todos os consumidores
existentes estejam ligados simultaneamente. Com uma avaliação lógica do fator de
simultaneidade, o grupo gerador Diesel pode ser dimensionado com potência menor do
que a soma de todos os consumidores potenciais. Todavia a potência nominal do grupo
gerador não deverá ser calculada muito abaixo da potência total requerida pelos
consumidores, porque, após sua instalação, frequentemente anexam-se outros novos
76
consumidores. O fator de simultaneidade deve ser avaliado para cada projeto. Deve ser
evitada a adoção e um fator muito baixo. Alguns valores práticos para o fator de
simultaneidade [1] [3].
Tabela 4.1 – Valores do Fator de Simultaneidade
77
Carga brusca significa a aplicação súbita de uma parte considerável da carga
nominal ou ainda a aplicação temporária de sobrecarga. A aplicação da carga ativa (kW)
ocasiona uma queda temporária (dinâmica) da velocidade. Se isto não implicar em carga
no motor Diesel além da sua potência máxima pré-ajustada de bloqueio, a velocidade
subirá novamente até a velocidade nominal, dentro de um tempo de recuperação
relativamente breve, dependendo das características do governador utilizado no motor
Diesel [1] [3].
Em caso de uma sobrecarga momentânea de potência ativa, pode ser
eventualmente possível compensar o pico de potência por meio de um volante
particularmente pesado do motor Diesel, não sendo, portanto necessário um
superdimensionamento do motor e alternador em função de sobrecargas temporárias [1]
[3].
Ao dimensionar o grupo gerador, também é preciso observar se os motores
elétricos trifásicos de maior porte são ligados diretamente (partida direta) ou se por
meio de dispositivos auxiliares de partida, como chave estrela/triângulo ou
compensadora por autotransformador (partida com tensão reduzida). Em caso de partida
direta, a corrente de partida poderá superar em até 6 ou mais vezes a corrente nominal,
dependendo da construção adotada. Neste caso o alternador pode estar sujeito a uma
carga de corrente tão elevada que a tensão atingirá a ruptura. Como consequência disto,
os contatores e relés que compõem o sistema deixam de funcionar e o suprimento de
energia é interrompido [1] [3] [10].
Definidos esses detalhes de projeto é o momento de escolher o grupo gerador
que seja capaz de suprir a potência requerida no projeto para instalação do grupo
gerador. Para esta tarefa devemos considerar alguns fatores no momento de determinar
o grupo gerador para atender tal necessidade.
Primeiramente depois de encontrado o valor da potência do local a ser instalado,
ou seja, a demanda do estabelecimento é preciso considerar um GMG para instalação
com uma capacidade de 70 a 80 % a cima do valor nominal da demanda, pois se no
futuro o proprietário venha querer aumentar a capacidade de seu negócio ele não tenha
que comprar outro GMG, mas sim usar o que já existe instalado.
78
O sistema que será apresentado a seguir foi projetado para a rede de
supermercados SUPERNORTE na cidade de Tucuruí-Pa e analisado uma das filiais
desta rede. Especificamente falando, este sistema foi instalado no Bairro Getat na
mesma Cidade.
O projeto da demanda calculado para este supermercado foi de 67 KVA, uma
potência pequena se comparada com as outras unidades pertencentes a esta rede de
supermercados. Considerando esta demanda o GMG escolhido foi determinado
considerando ainda os fatores já descritos anteriormente. O valor da potência instalada
foi de 116 KVA. Na Tabela 4.2 temos estes valores dispostos.
79
Fonte: Autor
Figura 4.1 – Conexão das cargas a rede de distribuição
Fonte: Autor
Figura 4.2 – Transformador de força abaixador 13,8kV/220 V
80
isto é, ele transforma de 13,8 kV para 220 V tensão de linha para este caso. Mas é claro
que essa relação de transformação depende da tensão de trabalho dos equipamentos que
seroa utilizados.
Depois de rebaixada a tensão, ela passa por um medidor da concessionaria em
conjunto com um disjuntor para registrar o consumo do estabelecimento. É como uma
residência comum que possui o leitor de energia, registrando a potência consumida em
kWh (Quilowatts hora).
Fonte: Autor
Figura 4.3 – Quadro de leitura de energia da concessionária em conjunto a um disjuntor
Fonte: Autor
Figura 4.4 – Quadro de Transferência Automática
Na Figura 4.3 temos o leitor instalado pela Celpa, como é de responsabilidade da
mesma, não tivemos acesso interno a este quadro, apenas ao disjuntor, mas o importante
81
nisso é compreendermos o que existe nesse local. Quanto à imagem, esta mensagem foi
colocada a fim de proteger esse medidor e para facilitar a leitura. A saída do disjuntor
vai diretamente para o contator de carga presente no quadro de transferência.
Na Figura 4.4 é mostrado o quadro que possui a transferência automática onde
temos um único contator fazendo a comutação entre a rede externa e o GMG na parte
circulada maior, esse contator é mais moderno, pois sozinho faz a função de dois
contatores comuns como havíamos estudado anteriormente. Ele funciona com o mesmo
principio dos outros contatores, com ação eletromagnética, isto é, sua posição norma é
fechando contato com o gerador através de uma mola que puxa ele normalmente para
baixo. Mas na parte de cima dele possui uma bobina que, ao ser energizada, atrai o
contato móvel por meio de atração magnética fechando contato com a rede. Isso
significa dizer que, enquanto tiver corrente na rede elétrica esse contato permanece
fechado, a menos que um comando seja enviado pelo sistema de controle para que o
gerador entre em um determinado momento do dia.
Esta instalação analisada possui uma particularidade, ainda na Figura 4.4 é
possível perceber no circulo menor um equipamento instalado, esse equipamento é
responsável pelo controle da entrada programada. Neste equipamento é possível
determinar a hora de cada dia em que o GMG deve assumir as cargas.
Neste sistema a parte que controla todo o processo fica fixada junto ao GMG, e
no quadro de transferência fica apenas o controle de entrada programada e as partes
físicas. Na porta deste quadro tem apenas a indicação por meio do diagrama indicando
quem esta trabalhando no momento.
Fonte: Autor
Figura 4.5 – Indicação de quem esta assumindo a carga
Na Figura 4.5 pode ser observada em verde, a indicação de que o sistema esta
sendo alimentado pela rede elétrica. Neste mesmo quadro chega às conexões que vem
do GMG e as conexões da rede elétrica externa. E saem as conexões para a carga, mas
82
antes de alimentar as cargas diretamente é necessário passar por mais quadro de
distribuição, ai sim as cargas podem ser alimentadas.
Mas falando ainda da alimentação que vêm do GMG, como foi mencionado a
pouco, o quadro com o controlador esta acoplado ao grupo gerador neste modelo.
Fonte: Autor
Figura 4.6 – Quadro com o controlador acoplado ao GMG
Na parte superior da Figura 4.6 podemos perceber o controlador do sistema do
grupo gerador onde podemos visualizar os valores medidos das grandezas da rede e do
gerador, este grupo gerador é da marca CUMMINS POWER GENERATION, uma
marca de grupo gerador muito famoso e bastante utilizado no mercado de geradores
auxiliares, assim como outras marcas como: LEON HEIMER, STEMAC entre outras
marcas.
Seguindo a lógica de instalação desenvolvida, após sair do quadro de
transferência como já foi mencionado vai direto para o quadro de distribuição mostrado
na Figura 4.8. E, na Figura 4.7 é mostrada a placa com as informações técnicas do
GMG, contendo valores nominais de Potência, tensão, corrente, entre outros
parâmetros. Estas informações são muito para conhecer as possibilidades de conexões
para obter o valor de tensão terminal desejado.
83
Fonte: Autor
Figura 4.7 – Placa com as informações do grupo gerador
Fonte: Autor
Figura 4.8 - Quadro de distribuição de tensão
A partir deste quadro serão distribuídas as fases para toda a instalação,
distribuído de acordo com a necessidade de cada setor.
84
Fonte: Autor
Figura 4.9 – Grupo Motor Gerador (GMG) da Cummins Power Generation
1
Falha da Rede
8 2
Desligar Detectar
Gerador Falha
7
3
Transferir Monitoramento
‘’‘
Partir
carga Contínuo Gerador
para rede
6
Retorno da rede – 4
Checar tensão e Checar Tensão
frequência e Frequência
5
Transferir Carga
para Gerador
85
O motor da Figura 4.9 possui vários sensores que mandam informação para o
controlador (USCA) de diversos parâmetros deste motor para garantir o bom
funcionamento e evitar falhas no momento da partida do mesmo. Informações tais como
nível de combustível, nível de óleo do cárter, temperatura, rotação, nível de agua do
radiador, etc. Estas informações de grande importância, pois se um destes parâmetros
estiver fora dos níveis pré-programado o gerador poderá não partir, indicando falha em
um destes casos.
E, na Figura 4.10, pode ser observado a sequência de ações onde o sistema de
controle do GMG executa no momento de falha da rede, apresenta o passo a passo de
como proceder em entrada de emergência.
86
5. CONCLUSÃO
Este trabalho teve como propósito fazer um estudo sobre a utilização de Grupo
Motor Gerador (GMG) utilizado para entradas de emergência principalmente, mas
especificamente sobre o funcionamento do sistema de controle deste GMG,
compreendendo a sua importância além de entender ainda como programar este sistema.
Verificou-se durante o estudo a importância da utilização de grupo gerador em
instalações que não podem ficar muito tempo sem energia elétrica como hospitais e
supermercados, por exemplo.
Foi possível ainda durante a realização deste trabalho, verificar na pratica as
mais diversas marcas de grupo gerador e as suas disposições em cada instalação, sendo
que em cada uma destas instalações possui uma peculiaridade.
Como resultados podem considerar a visita às instalações de uma rede de
supermercados desta região, conhecendo cada parte que compõem o grupo gerador,
considerando as suas conexões e a sequência logica de ligação, assim como capacidade
de GMG frente à demanda.
O conhecimento das principais características do sistema de geração por meio de
geradores a diesel, foi de grande importância, pois aborda uma coisa que talvez muita
gente não dei tanta importância, que é a utilização de grupo geradores na condição de
emergência, principalmente se aplicado a instalações como hospitais.
Considerando ainda o estudo sobre grupo gerador executado neste trabalho pode-se
sugerir como estudo complementar:
Elaboração de um projeto de instalação de um GMG para determinada carga;
Acompanhar a execução de um projeto desde a sua planta até a instalação final
de todos os componentes que compõem o sistema;
Estudo sobre a viabilidade da utilização de GMG’s levando em consideração
valores reais além de fazem uma comparação com entre os gastos dos mesmos.
87
REFERÊNCIAS
[4] AMATO, Fabio. Consumidores da Região Norte Terão Alta de Até 54% nas Contas de
Luz – G1 Economia. 2014. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/10/consumidores-da-regiao-norte-terao-
alta-de-ate-54-nas-contas-de-luz.html>. Acessado em: 03 0ut, 2014.
[5] AMATO, Fabio. Conta de Luz de Clientes da Light Fica, em Média, 19,23% Mais Cara –
G1 Rio de Janeiro. 2014. Disponível em: < http://g1.globo.com/rio-de-
janeiro/noticia/2014/11/conta-de-luz-de-clientes-da-light-fica-em-media-1923-mais-
cara.html>. Acessado em: 05 0ut, 2014.
[7] SALES, Paulo. Conta de Luz Pode Subir 18,7% em 2015 – Nema. 2014. Disponível
em: < http://www.nema.com.br/conta-de-luz-pode-subir-187-em-2015/>. Acessado em:
05 0ut, 2014.
[9] SUPPA, Mauricio R.; TERADA, Marcos I.: Métodos de Controle da demanda de
energia elétrica - Eletricidade Moderna. Ed. 10/97. São Paulo.
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[12] CONTROLADOR PARA GERADOR: USCA STZ MG1000. Manual de
Operações.
[13] BININI, Mario Roque. Tarifas de Energia Elétrica: Evolução nos Últimos Anos
e Perspectivas – Grupo Economia/Funap. 2011.
[15] FERNANDES, Marcela. Três estados terão conta de luz até 34% mais cara a
parti de Agosto – Brasil
Post.2014.Disponívelem:<http://www.brasilpost.com.br/2014/08/05/aumento-conta-de-
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