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REFORMA AGRÁRIA
1 INTRODUÇÃO
1
O MST. Reforma Agrária no Brasil. Disponível em <http://reforma-agraria-no-brasil.info/o-
mst.html>. Acesso em 12/05/2019
2.2 POVOS INDÍGENAS
2.3 OS QUILOMBOLAS
O povo negro brasileiro luta pela sua sobrevivência desde o período escravista.
Os quilombos, que estiveram nesse período organizados em todo território nacional
são símbolo da resistência. Hoje os “remanescentes” de antigos quilombos
constituem-se em comunidades rurais formadas por descendentes de negros
escravizados ou não. Segundo a Fundação Cultural Palmares foram certificadas 1.342
comunidades quilombolas entre os anos de 2004 a 2009 em todas as regiões do
Brasil.
Os quilombos se inserem nos debates a respeito da Reforma Agrária. Nesse
ponto, uma das principais conquistas dos quilombos foi a aprovação do art. 68 do Ato
de Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, que garantiu aos
quilombos propriedade e titulação de suas terras:
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que
estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva,
devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.2
2
Disposições Constitucionais Transitórias. Disponível em:
<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/conadc/1988/constituicao.adct-1988-5-outubro-1988-322234-
publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 12/09/19.
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GARCIA, M. F. MONTEIRO, K. dos S. Dos territórios de reforma agrária à territorialização quilombola:
o caso da comunidade negra de Gurugi, Paraíba. Revista Pegada Eletrônica, Presidente Prudente, vol.
11, n. 2, 31 dezembro 2010. Disponível em: . Acesso em: 12/05/19.
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FIABANI, Adelmir. Mato, palhoça e pilão: o quilombo da escravidão às comunidades remanescentes
(1532- 2004). 1.ed.São Paulo: Expressão Popular, 2005. p. 390
No que tange a Reforma Agrária e demarcação de terras, dessa maneira os
grupos devem ser entendidos. Sob a perspectiva de um conceito atual e que inclua as
comunidades, dando real solução para o problema.
Apesar da função social visada pela reforma agrária, ela se caracteriza por
adotar o modelo de agricultura familiar na produção, este modelo, conforme definição
legal6, é definido como "aqueles que praticam atividades no meio rural, possuem área
de até quatro módulos fiscais, mão de obra da própria família e renda vinculada ao
próprio estabelecimento e gerenciamento do estabelecimento ou empreendimento por
parentes.". Uma dos contrapontos apresentado7 pelos grandes latifundiários, é que as
fazendas industriais são maiores e mais eficientes, pois podem adquirir maquinário
mais moderno, produzir em escalas muito maiores, conseguem fazer uso do
monocultivo, produzir o mesmo grão repetidamente, e a consequência disso é que
são capazes de vender a sua produção por um preço muito maior, ou seja, acaba
atingindo a sua função social. Os avanços tecnológicos da agricultura e a urbanização
do país, jogaram a reforma agrária na lata de lixo da História.
A reforma agrária, é vista hoje como uma das bandeiras mais caras da
esquerda brasileira, no governo Dilma o número de assentamentos caiu bastante, os
4 CONCLUSÃO
Não obstante aos temas polêmicos gerados pela Reforma Agrária, o intuito da
referida ação governamental possui condão humanitário e inicialmente desvinculado
de crenças ideológicas, com a intenção principal de distribuição e oferecimento de
subsistência para pessoas menos agraciadas de fontes monetárias.
A presente análise tem temas teve como objetivo esclarecer qual a visão dos
movimentos sociais sobre a reforma, como interferem em sua atuação e quais os
impactos das mudanças legislativas no cenário atual, com conseguinte avaliação dos
pontos críticos da reforma.
8 Dados veiculados pela plataforma G1, em São Paulo e em Brasília, Editorial Dilma assentou
menos famílias que Lula e FHC; meta é 120 mil até 2018, de autoria de Thiago Reis e Renan
Ramalho, disponível em <http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/03/dilma-assentou-menos-familias-
que-lula-e-fhc-meta-e-120-mil-ate-2018.html> acesso em 13/05/2019
9 BRASIL247, uma das mais conhecidas plataformas de esquerda nos dias atuais,