Professional Documents
Culture Documents
FEVEREIRO/2003
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
ELABORAÇÃO:
FRANCISCO HUMBERTO DE CARVALHO JÚNIOR
Engenheiro Civil, M. Sc. Saneamento Ambiental
CONTATO:
frabeto@baydenet.com.br
Fone: 85 – 264 6497/ 262-6903
2
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
APRESENTAÇÃO
3
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
SUMÁRIO
4
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
7 - COLETA ......................................................................................................... 60
7.1 -Tipos de Coletas........................................................................................... 60
7. 2 - Dimensionamento de uma Coleta Domiciliar ................................................. 61
7.3 - Dimensionamento de uma Coleta Regular ..................................................... 61
7.4. - Etapas para Dimensionar uma Coleta Domiciliar ........................................... 62
7.4.1- Passos .................................................................................................. 62
7.5 - Custos de Coleta e Transporte...................................................................... 71
7.5.1 - Custos .................................................................................................. 71
7.5.1.1 - Classificação .................................................................................. 71
7.5.2 - Custos Unitários .................................................................................... 73
5
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
9 - TRATAMENTO ............................................................................................... 90
9.1 – Segregação de Materiais e Reciclagem ........................................................ 91
9.2 – Compostagem ............................................................................................ 93
6
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Roma, cidade fundada em 753 a.C., era dotada de serviço de esgoto e tinha a melhor
rede de estradas da época, mas não dispunha de nenhum serviço de limpeza pública. Os
Romanos costumavam atirar seu lixo em qualquer lugar e já naquela época, os
governantes colocavam placas com as inscrições "não jogue lixo aqui".
Em Londres, um edital de 1354 publicados na capital, dizia que o lixo deveria ser
removido da frente das casas uma vez pôr semana. Embora várias leis zelassem pelo
recolhimento do lixo, o método mais comum na época era a população jogá-lo nos rios.
No ano de 1407, os londrinos foram instruídos a guardar o lixo dentro de casa até ser
levado pelo coletor. Esta forma de recolhimento durou cinco séculos sem mudanças. As
autoridades, contudo, encontraram dificuldades em manter os regulamentos. Até mesmo
o pai de Shakespeare foi punido, flagrado jogando lixo na rua em 1551.
7
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
1608, Paris ficou conhecida como a cidade mais suja da Europa. Este problema só
começou a ser superado a partir de 1919, quando 300 veículos circulavam na cidade
para fazer a coleta. O uso obrigatório da lata de lixo, instituído pelo prefeito Poubelle,
levou os franceses a adotarem o nome "poubelle" para as cestas coletoras.
Viena é até hoje conhecida como a cidade mais limpa da Europa, título conquistado
desde a época do Império Austro-Húngaro. Por volta de 1340, em Boemia, na antiga
Tchecoslováquia, já se estudava a melhor maneira de se limpar uma cidade.
Cada cidade, cada país, ao longo da sua história, se defrontou com a problemática do
lixo. Cada qual deu sua solução para o problema, de acordo com seu desenvolvimento
tecnológico, seus recursos econômicos e a vontade de resolver a questão.
No Brasil, aos olhos do Governador Mém de Sá, edificar a cidade em região aquosa, era
um problema quase insolúvel que demandava gasto de muito dinheiro, tempo e
engenharia.
No Rio do século XVI, dinheiro não se contava em notas de papel, mas em barras de
melaço, a forma pela qual a cana de açúcar era beneficiada e exportada para a Europa.
Foi exatamente nesta conjuntura, em que predominou o espírito mercantilista - o mínimo
de investimento para o máximo de lucro - que o Rio de Janeiro começou a se formar
como cidade. Edificada sem método e crescendo ao sabor das circunstâncias, sejam de
ordem econômica ou outra ordem do momento, a cidade do Rio se desenvolveu sem
preocupações que fossem além do futuro imediato.
Em 1760, a cidade chegava aos 30 mil habitantes. Nessa época, atirava-se lixo por todas
as partes.
E assim cresceu o Rio, num quadro sanitário e de higiene que prenunciava uma crise. A
manter-se a defasagem entre o ritmo de crescimento da população, da cidade e da
melhoria de sua condição higiênico-sanitária, o século XIX iria assistir trágicas
conseqüências desta crise.
8
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
definem proibições e estabelecem sanções quanto ao despejo de lixo nas vias públicas.
No entanto, mesmo algumas dessas posturas já se traduzem num arremedo do que
seriam os serviços de limpeza pública no futuro. Vários outros projetos e tentativas no
que tange à limpeza da cidade pedindo concessões são apresentados à Câmara, a
maioria deles indeferidos. Aqueles que não foram indeferidos acabaram antes de
começar.
Mas, sua proposta não teve sucesso, sendo recusada pelo governo. Gary, no entanto, se
mantém como responsável pelo serviço de limpeza na cidade e remoção de lixo para
Sapucaia até 1891, data do término do seu contrato. Nesse mesmo ano, Aleixo Gary se
afasta da empresa deixando seu parente, Luciano Gary. No ano seguinte, porém, a
empresa parece ter sido extinta, pois em documento de 1892, o Ministério da Justiça se
dirige ao Prefeito requisitando "O pagamento a Aleixo Gary e Cia de 232.238 contos de
réis pelo qual o governo adquiriu o material de extinta empresa de limpeza".
Cria-se a Superintendência de
Limpeza Pública e Particular da
Cidade. Gary deixara marca na
história da limpeza urbana
pública no Rio de Janeiro. Tão
forte foi a atuação desse
empresário que os empregados
encarregados pela limpeza, os
lixeiros, passaram a ser
chamados de "garis".
9
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
SÉCULO XX
Uma medida inovadora do DLU foi o uso dos caminhões coletores compactadores, até
hoje utilizados, e a introdução do hábito de embalar o lixo em sacos por parte da
população.
Em 1975, o Estado de Guanabara uniu-se ao antigo Estado do Rio de Janeiro. Esta fusão
transformou a cidade do Rio de Janeiro em Município, capital do novo Estado. O antigo
DLU passou pelo nome de Celurb, e, com a fusão, passou a chamar-se COMLURB,
agora uma empresa da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Em 1996, mais de 100 anos após o surgimento da empresa Aleixo Gary e 20 anos depois
da constituição da COMLURB, observa-se que o serviço de limpeza continua a ser um
dos mais visados pela opinião pública.
Da coleta do lixo pela tração animal chegou-se à tração mecânica, evoluindo para o
caminhão e modernizando-se com a coleta semi - automatizada.
10
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Até 1869, os paulistanos tinham de enterrar o lixo no quintal ou então utilizá-lo para
adubar hortas. Não havia serviço de coleta na cidade. A partir desse ano, a prefeitura
coloca nas ruas veículos de tração animal para coletar o lixo domiciliar.
Em 1892, foi criado o Serviço de Limpeza Pública e em 1893, foi celebrado novo contrato
com uma empresa de limpeza, incluindo, além da coleta domiciliar, serviços de varrição e
lavagem de ruas, limpeza de bueiros e bocas de lobo, incineração do lixo e limpeza de
mercados.
No início do século XX, a população da cidade de São Paulo contava com 240 mil
habitantes e produzia aproximadamente, 10 t/dia de lixo, as quais eram destinadas a
locais a céu aberto, sem qualquer controle ambiental ou sanitário.
Em 1940, a frota de veículos contava com 1.500 animais, além de uma equipe de
veterinários, cavalariços e infra-estrutura de selarias, cocheiras e pasto.
11
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Atualmente, a cidade produz 12 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. Hoje
existem três aterros em operação - Bandeirantes, São João e Santo Amaro, que recebem
90% dos resíduos produzidos. Há ainda um quarto aterro, somente para material inerte: o
Itaitinga recebe mil toneladas/dia de entulhos de construção e terra. São Paulo conta com
apenas duas usinas de compostagem: Vila Leopoldina e São Matheus. O lixo hospitalar e
de serviços de saúde vira cinza em dois incineradores - Ponte Pequena e Vergueiro. As
cinzas vão para o aterro. O centro de triagem e reciclagem de Pinheiros recebe material
reciclável. Existem ainda duas estações de transbordo, para redução dos custos de
transportes da coleta. A prefeitura pretende construir mais dois incineradores na cidade,
para aumentar a vida útil dos aterros atuais, em fase de esgotamento.
Dos tempos imperiais aos dias atuais, os serviços de limpeza urbana vivenciaram
momentos bons e ruins. Hoje, a situação da gestão dos resíduos sólidos se apresenta em
cada cidade brasileira de forma diversa, prevalecendo, entretanto, uma situação nada
alentadora.
Considerado um dos setores do saneamento básico, a gestão dos resíduos sólidos não
tem merecido a atenção necessária por parte do poder público. Com isso, compromete-
se cada vez mais a já combalida saúde da população, bem como degradam-se os
recursos naturais, especialmente o solo e os recursos hídricos. A interdependência dos
conceitos de meio ambiente, saúde e saneamento é hoje bastante evidente, o que
reforça a necessidade de integração das ações desses setores em prol da melhoria da
qualidade de vida da população brasileira.
Com um retrato desse universo de ação, há de se considerar que mais de 70% dos
municípios brasileiros possuem menos de 20 mil habitantes, e que a concentração
urbana da população no país ultrapassa a casa dos 80%. Isso reforça as preocupações
com os problemas ambientais urbanos e, entre estes, gerenciamento dos resíduos
sólidos, cuja atribuição pertence à esfera da administração pública local.
12
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
2.1 – Conceito
13
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
14
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
2.4.1 – Objetivo
15
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
16
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Concessão
Terceirização
Consórcio
17
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
18
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
19
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
A gestão de resíduos sólidos de uma cidade deve ter como um dos seus
objetivos reduzir a geração dos mesmos e a quantidade de materiais a serem destinados
para o sistema de disposição final. Isso é conseguido reduzindo-se a geração de
resíduos sólidos e promovendo-se o reaproveitamento de materiais, através da
reutilização e da reciclagem (MOTA, 2000).
20
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE
RESÍDUOS
REUTILIZAÇÃO
DE RESÍDUOS
RECICLAGEM
DE RESÍDUOS
DESTINO FINAL
21
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Como fazer O que fazer
2ª Fase
Serviços de Limpeza
4ª Fase
Tratamento
- O quadro de gerenciamento se apresenta em dois grandes campos: o de “como fazer” e o de “o que fazer”. As suas subdivisões são detalhadas na seqüência;
- As etapas de implantação, numeradas de 1 a 10, permitem estabelecer as escalas de tempo entre as diversas ações.
22
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Etapas de Implantação
Como fazer que fazer
1 2
2ª Fase Fase independente
1ª Fase Serviços de Limpeza
Lixo de serviços
Diagnóstico 3ª Fase de saúde
e Disposição Final e Hospitalar Administração
Administração 4ª Fase Centralizada –
Tratamento é o serviço
executado pela
Escolher a prefeitura
Fazer o diagnóstico da situação forma de
atual e futura do município. administrar os
Planejar as ações para os serviços de
serviços de limpeza pública. limpeza
pública Administração
descentralizada
– é o serviço
executado por
terceiros
Atenção:
O planejamento deverá
ser global e reavaliado
periodicamente
prevendo-se as ações
para os serviços de
limpeza, disposição final
e tratamento de forma
integrada.
23
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Como fazer que fazer
Etapas de Implantação
3 4 5 6 7
Implantar e/ou
expandir os Avaliar
O lixo Estudar frota,
Implantar e/ou serviços periodicamente
municipal não itinerário e total de
expandir a especiais de o desempenho
é todo lixo gerado e
coleta e coleta e dos serviços
coletado e outros fatores, para
transporte do transporte:
transportado implantar e/ou
expandir o serviço lixo municipal entulho, poda,
limpeza de
Não logradouros etc.
24
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Como fazer que fazer
Etapas de Implantação
4 5 6 7 8
Não
25
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Etapas de Implantação
5 6 7 8 9 10
Operação de Avaliar
coleta seletiva periodicamente o
Avaliar desempenho
Não existe tratamento. periodicamente
Custos e fatores ambientais esta situação
apontam ou impõe a Implantar/adequar
necessidade de redução do (ampliação ou
lixo redução) segregação Escolher forma Operação da Rejeito*
Não (volume/composição)para a de materiais que de triagem usina de triagem
Fazer estudo
disposição? tenham escoamento
mercadológico sobre o
possível escoamento Material sem Escoamento
(venda e/ou doação) dos escoamento* de materiais
Sim materiais no lixo, como:
Existe tratamento
matéria orgânica
do lixo municipal? Não putrescível pela
Operar usina de Cinzas*
compostagem, papel, incineração de lixo
vidro, metal, plástico etc. Avaliar quantidade x Estudar municipal
opção de tratamento implantação
Sim Existe tratamento.
Sim (incineração) ou destino de uma
Ele está final (aterro sanitário)
atendendo os usina de
Avaliar para materiais que não
objetivos e as incineração
periodicamente o tenham escoamento Avaliar
necessidades? desempenho periodicamente a
operação com
monitoramento
* Os materiais sem escoamento, os rejeitos da usina de triagem, bem como as cinzas da usina de incineração deverão ser depositadas no Aterro Sanitário.
26
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
O lixo de serviços de saúde e hospitalar é considerado como uma fase independente por não Não
ser responsabilidade direta do poder municipal.
Implantar/operar usina de incineração de
lixo de serviços de saúde hospitalar
27
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
O tema lixo tem chamado atenção no mundo privado e no mundo público por
diversos motivos. E não é para menos. Num sistema que tem como o princípio o
consumo, o volume de lixo gerado nas grandes cidades é cada vez maior. Em artigo
publicado no jornal Folha de São Paulo, em 06/06/96, tem-se notícia que Londres produz,
em média, 10.000 ton. de lixo por dia. São Paulo chega a produzir cerca de 12.000
ton./dia. Fortaleza, segundo dados do Departamento de Limpeza Urbana da EMLURB,
produz atualmente uma média de 3.300 ton./dia. São números que impressionam, mas
são resultados de uma sociedade consumista e de produção industrial.
Nos últimos vinte anos, o Brasil mudou muito, e o seu lixo também. O
crescimento acelerado das cidades e, ao mesmo tempo, as mudanças no consumo dos
cidadãos também são fatores comuns a esses municípios, o que vem gerando um lixo
muito diferente daquele que as cidades produziam há trinta anos atrás.
76% em lixões;
13% em aterros controlados e 10% em aterros sanitários;
1% passa por tratamento (compostagem, reciclagem e incineração).
28
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
12
10
0
2 bilhões
8
4 bilhões
6 6 bilhões
8 bilhões
4
10 bilhões
0
1750 1850 1950 2050
Até o século passado, o lixo era, em grande parte, jogado nas ruas, beiras de
rios ou mar ou queimado nos quintais. Na literatura nacional, nas obras de ficção, são
descritas cenas em que os escravos jogam ao mar ou em pequenas ruas o lixo e dejetos
das casas. A prova disso é que até hoje, em São Luís-Ma, uma rua tem o sugestivo nome
de Rua da Bosta.
29
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
KG/CAPITA
800
700
600
500
400
300
200
KG/CAPITA
100
0
TURQUIA
POLÔNIA
GRÉCIA
BRASIL
JAPÃO
EUA
HOLANDA
CANADÁ
Esta figura demonstra que a produção per capita é maior nos países mais
industrializados, os quais têm maior poder aquisitivo e uma produção maior de
descartáveis.
30
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
4.1 – Conceito
- o teor de umidade.
- o peso específico.
- o teor de matéria orgânica.
31
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
√ Resíduos classe III – inertes (NBR - 100004): são aqueles que, por
suas características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e que
apresentam constituintes solúveis em água e em concentrações
superiores aos padrões de potabilidade.
d) Resíduos Especiais – os provenientes do meio urbano e rural que pelo seu volume,
ou por suas propriedades intrínsecas exigem sistemas especiais para acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final, de forma a evitar
danos ao meio ambiente;
32
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
70,00%
60,00%
50,00%
40,00% vidro
metal
plástico
papel
30,00% outros
20,00%
10,00%
0,00%
Fortal. S.Paulo Salvad. S.Carlos B.Horiz.
33
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
A figura 11 indica como deve ser feita uma caracterização física do lixo.
1 2
3
4
5 6 7
1. Caminhão da coleta.
2. 4 montes de lixo.
3. Misturar o conteúdo de cada monte separadamente. 100 kg.
4. Misturar, dois a dois os montes. 200kg.
5. Primeiro quarteamento.
6. Misturar novamente. 100 kg.
7. Segundo quarteamento.
8. Amostra para composição física. 100 kg.
34
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
TIPOS DE RESÍDUOS %
Metais Ferrosos ( latas, ferro comum, flandes, etc. ). 3,03
Metais não ferrosos (bronze, chumbo, cobre, alumínio, etc.). 0,89
Papel 6,98
Papelão 7,58
Plástico 10,69
Vidro 2,15
Madeira 2,33
Couro 0,39
Borracha ( pneus e similares ) 0,83
Matéria orgânica ( folhagem, alimentos, etc. ). 38,14
Trapos 3,45
Coco 8,68
Entulhos de construções 3,84
Resíduos de Saúde 1,39
Animais 0,36
Restos de caranguejos 0,01
Outros materiais (pilhas, baterias, eletrodomésticos, etc.). 3,70
Rejeitos (pontas de cigarro, terra, etc. ). 5,56
TOTAL 100,00
FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA - EMLURB- DEP. LIMPEZA URBANA.
Caracterização dos Resíduos Sólidos da Cidade de Fortaleza. Fortaleza - 1996.
35
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
CARACTERIZAÇÃO DETERMINAÇÃO
Umidade - % 47,41
pH 5,31
Nitrogênio Total - N ( % ). 0,65
Fósforo Total - P2O5 0,30
Potássio - K ( % ) 0,21
Cálcio - Ca ( % ) 0,95
Enxofre - S ( % ) 0,04
Carbono fixo 3,50
Poder calorífico superior (cal/g) 2.323,75
Relação C/N 5,16
FONTE: SEDURB - GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ – 1986
TIPO PRODUTOS
MATERIAL PARA PINTURA Tintas, solventes, pigmentos, vernizes.
PRODUTOS PARA JARDINAGEM E Pesticidas, inseticidas, repelentes, herbicidas.
ANIMAIS.
PRODUTOS PARA MOTORES. Óleos lubrificantes, fluídos de freio e transmissão,
baterias.
OUTROS ÍTENS. Pilhas, frascos de aerossóis em geral, lâmpadas
fluorescentes.
Referência: Manual de gerenciamento Integrado, 1995 - IPT - Instituto de pesquisas Tecnológicas
e CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem
36
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
37
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
5 - LIXO E POLUIÇÃO
Além destes organismos, que utilizam o lixo durante toda a sua vida, outros
os fazem apenas em determinados períodos. Este fenômeno migratório pode constituir-
se num grande problema, pois o lixo passa a ser uma fonte contínua de agentes
patogênicos e, portanto, uma ameaça real à sobrevivência do homem.
38
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
5.2 - Poluição do Ar
39
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
40
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
41
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
6.1 - Introdução
ORÇAMENTO MUNICIPAL
Os serviços de limpeza,
em geral, absorvem entre 7 a
15% dos recursos de um Fatia absorvida
orçamento municipal, dos pelos serviços
quais cerca de 50% são de limpeza
destinados à coleta e ao urbana.
transporte do lixo.
42
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
43
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
44
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Acondicionamento
Coleta e transporte do lixo domiciliar
Coleta e transporte do lixo dos serviços de saúde e hospitalar
Serviços Outros serviços de limpeza
• varrição
de • capinação e roçagem
• limpeza de praias
Limpeza • limpeza de feiras livres
• limpeza de boca-de-lobo, galerias e córregos
• remoção de animais mortos
• pintura de meio-fio
• coleta de resíduos volumosos e entulho
45
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
6.4.1 - Acondicionamento
Os recipientes devem:
46
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Sacos plásticos.
47
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Tambores.
Recipiente basculante
48
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
CONDIÇÕES
ALTERNATIVA VANTAGENS DESVANTAGENS
FAVORÁVEIS
Sacos Plásticos. Diminui peso a ser • Sacos se rompem Coleta na
levantado. quando muito cheios. calçada.
Elimina maus odores. • Podem atrair animais. Coleta
Limita atração de • Inadequados para regular.
vetores. objetos pontudos,
Aumenta velocidade e pesados ou volumosos.
eficiência da coleta. • Tempo longo de
Reduz contato com o decomposição do
lixo. plástico
Elimina latas de lixo na
calçada.
Recipientes Econômicos e • Tampas podem se Coleta
metálicos ou reutilizáveis. perder ou não funcionar dentro dos
plásticos Tamanho razoável após algum tempo. lotes.
(75 - 120 l). para poder levantar. • Espaço na calçada.
49
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
a) Freqüência.
A coleta de lixo domiciliar deve ser feita em toda a cidade, de acordo com as
características de cada região. Com relação à freqüência é comum adotar-se:
c) Transportes.
d) Veículos Coletores
50
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
B. Quanto ao carregamento:
51
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
A destinação apropriada;
Evitar a contaminação de resíduos não-perigosos;
Manejo seguro de resíduos infectantes.
a) Fases
52
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
2. Transporte interno.
3. Acondicionamento.
Os sacos plásticos para lixo contaminado devem ser fabricados com material
incineráveis, de cor branca. IPT – NEA 59 ou NBR – 9191.
4. Armazenamento.
• A fase externa
Os veículos adequados para coleta podem ser dos tipos: utilitários, para a
coleta de pequenos geradores, e compactadores, para grandes geradores. O grau de
compactação, nesse caso, deve ser mínimo, para evitar o rompimento dos sacos. Devem
também possuir equipamentos auxiliares para o basculamento de contêineres e calhas
para contenção de líquidos.
53
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
♦ VARRIÇÃO MANUAL.
54
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
b) Auxiliar de Campo.
55
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
c) Gerente Setorial.
ÁREA PILOTO
A escolha desta área como piloto, se deve a fatores tais como: área que tem
residências e pequenos comércios, representativa da maioria dos bairros de Fortaleza;
nível alto de exigência da população residente, o que facilita a qualidade de atendimento;
localização da área; ajuda à fiscalização dos serviços.
MÃO-DE-OBRA NECESSÁRIA
♦ Varrição Mecanizada.
56
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
• Capinação Manual.
• Capinação Mecânica
• Capinação Química
• Roçagem
57
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
A coleta de materiais diversos também tem seu custo alto, pelo mesmo
motivo do seu peso específico. A coleta de restos de móveis e eletrodomésticos, e outros
resíduos constitui o tipo desta coleta.
A limpeza deve ser feita imediatamente após o seu encerramento, por garis
munidos de vassourões, pás e carrinhos de mão. As áreas de feiras, principalmente os
locais onde foram comercializados peixes, carnes e frutas, devem ser lavados,
desinfetados ou desodorados. Contêineres podem ser utilizados quando houver grandes
volumes de lixo.
58
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Pode-se citar serviços ainda não dimensionados, tais como: limpeza de vias e
logradouros públicos em datas cívicas e festas religiosas e populares, raspagem de vias
ou de material carreado por enxurradas e alagamentos e limpeza da orla marítima em
períodos como "ressaca do mar".
59
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
7 - COLETA
2 - Coleta Especial - É a coleta destinada a remover resíduos, que não são removíveis
pela coleta regular em virtude de suas características próprias, origem e quantidade.
Exemplos: Entulhos, animais mortos, móveis velhos, colchões, podação, materiais
diversos, monturos, etc.
3 - Coleta Particular - É a coleta de qualquer tipo de resíduo urbano, pelo qual cidadãos
ou empresas pagam para retirar os resíduos. Exemplo: Lixo industrial, entulho de
construção, etc.
60
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
- INFORMAÇÕES INICIAIS
e) Viagem - Parte do trajeto efetuado por um veículo coletor desde o ponto inicial da
coleta até um ponto de descarga e ida ao novo ponto inicial. Caso seja a primeira viagem
de um trajeto, inclui a saída da garagem até o ponto inicial. Caso seja a última, inclui o
retorno à garagem.
f) Tempo de Coleta - é o tempo gasto para efetuar a coleta num determinado itinerário.
Podendo ser tempo ocioso ou tempo efetivo.
61
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
l) Tempo de viagem - tempo que um veículo leva para completar uma viagem.
n)Parâmetros da coleta - São os dados fundamentais para dimensionar uma coleta, que
são abaixo discriminados.
o)Capacidade de coleta - é a quantidade de lixo que pode ser coletada por uma
determinada equipe, com um determinado equipamento, num itinerário de coleta, em um
espaço de tempo; geralmente é dado em KG/H, incluindo-se aí o tempo gasto para o
transporte e a descarga do lixo.
7.4.1- Passos
Obs.1 - Para coleta cuja freqüência não seja diária (duas ou três vezes por semana), a
quantidade coletada nesse roteiro deve ser dividida pelo número de dias. Por exemplo:
dividir por dois, caso a coleta seja alternada, de forma a se obter a quantidade de lixo
gerada em um dia.
Obs.2 - Quando a coleta acontece na Segunda-feira, divide-se por dois, pois não
aconteceu a coleta aos domingos.
62
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
DICAS:
• Custos
• Disponibilidade da Frota
Em regiões tipo: comerciais, calçadões, praias, etc., a coleta deve ser diária,
para evitar acúmulo de lixo. Existem locais onde poderão acontecer coletas mais de uma
vez por dia.
• Domingos e Feriados
• Sazonalidades
63
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Obs. 1. Definir o horário final de cada turno, para evitar atrasos na manutenção
preventiva (lavagem, lubrificação, etc.).
♦ dimensionar a frota
- Levantamento de Dados
64
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
A = 0,65 kg/hab./dia
B = população a ser atendida.
C = Taxa de crescimento populacional - %
D = Taxa de incremento futuro do serviço de limpeza pública - %
E = Taxa de incremento por geração per capita de lixo - %
65
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Comparando com o peso específico do lixo solto, que é 273 Kg/m³, tem-se
mais que o dobro para o lixo compactado.
Domiciliar 273,00
Varrição 303,00
Comercial 172,00
Mercado público 293,00
Super mercado 113,00
Feiras-livres 150,00
Serviços de saúde 286,00
Especial urbano 1.255,00
Entulhos de construção 1.200,00
FONTE: EMLURB. Fortaleza – 1996.
66
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
A frota total não é a soma das frotas obtidas para os setores, porque a
coleta não acontece em todos os setores nos mesmos dias e horários.
A frota total necessária é o maior número de veículos que precisam
operar, simultaneamente, num mesmo dia e horário.
Exemplo:
Elaborar Tabela
Exemplo:
67
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
DICAS:
Exemplo:
Outros dados:
SOLUÇÃO:
68
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Setor A = 63 ton./dia
6 ton./viagem
Setor C = 187,20
6ton/viagem
Setor B = 24,26
2
N.V.B = 12 Veículos.
Setor C = 31,20
2
N.V.C = 16 Veículos.
69
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
3. Cálculo da guarnição
Total de Motoristas = 6 + 17 = 23
Total de Garis = 17 + 51 = 68
70
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
7.5.1 - Custos
7.5.1.1 - Classificação
Admite-se, para efeito de cálculo, como sendo de cinco anos a vida útil de
um veículo. O valor a ser depreciado calcula-se em torno de 80% do preço de um veículo
novo, sem pneus. Considera-se um valor residual de 20%.
0 a 1 ano: 0,2667;
1 a 2 anos: 0,2133;
2 a 3 anos: 0,1600;
3 a 4 anos: 0,1067;
4 a 5 anos: 0,0533;
71
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
0 a 1 ano: 1,00;
1 a 2 anos: 0,733;
2 a 3 anos: 0,520;
3 a 4 anos: 0,360;
4 a 5 anos: 0,2533;
mais de 5 anos: 0,200.
São os custos de energia elétrica, gás, telefone, água, uniformes, material de escritório,
serviços de terceiros, etc.
• CUSTOS VARIÁVEIS
72
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Cálculo:
A.
Quantidade de insumo por veículo.
Número de km percorridos.
D. Pneus/km = N X CN + R X CR
VN + R X VR
N = Número de rodas.
R = Número de recapagens.
VN = Vida útil de um pneu novo, em km.
VR = ídem, para um pneu recapado.
CR = Custo de uma recapagem.
CN = Custo de um pneu novo.
Obs: Para peças de reposição, os valores totais gastos são divididos pelo número total
de km percorridos.
Obs: Para peças de reposição, divide-se o valor total gastos pelo número total de horas
operadas.
Os custos unitários são os custos que irão representar o custo final por uma
determinada medida. Estes custos podem ser: Custo por quilométrico, custo por tonelada
coletada, custo por pessoa atendida, etc.
73
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
8.1 - Introdução
75
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
demais sistemas, o que não impede que se promovam programas redutores de resíduos,
tais como a coleta seletiva, por exemplo. Portanto, escolhe-se neste primeiro momento, a
construção de um aterro sanitário, sobretudo por apresentar certas vantagens
relacionadas ao meio ambiente. A figura 17, segundo MOTA (1997), apresenta uma
matriz onde são analisadas interações que direta ou indiretamente afetam o meio
ambiente, cujo resultados beneficiaram o empreendimento quanto a saúde pública e o
próprio meio.
76
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
VANTAGENS:
DESVANTAGENS :
77
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Considerando o que foi determinado acima e que houve aprovação por parte
do órgão ambiental entre outras alternativas apresentadas, deve-se observar os passos
seguintes:
Dados Técnicos:
I - lixo domiciliar
78
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
II - lixos diversos
79
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
DIA (T/DIA)
1 45.020,00 15,76 5.751,31 5.751,31
2 46.370,60 16,23 5.923,84 11.675,15
3 47.761,72 16,72 6.101,56 17.776,71
4 49.194,57 17,22 6.284,61 24.061,31
5 50.670,41 17,73 6.473,14 30.534,46
6 52.190,52 18,27 6.667,34 37.201,80
7 53.756,23 18,81 6.867,36 44.069,16
8 56.368,92 19,38 7.073,38 51.142,54
9 57.029,99 19,96 7.285,58 58.428,12
10 58.740,89 20,56 7.504,15 65.932,27
11 60.503,12 21,18 7.729,27 73.661,54
12 62.318,21 21,81 7.961,15 81.622,69
13 64.187,76 22,47 8.199,99 89.822,68
14 66.113,39 23,14 8.445,99 98.268,66
15 68.09679 23,83 8.699,36 106.968,03
16 70.139,69 24,55 8.960,35 115.928,37
17 72.243,88 25,29 9.229,16 125.157,53
18 74.411,20 26,04 9.506,03 134.663,56
19 76.643,54 26,83 9.791,21 144.454,77
20 78.942,84 27,63 10.084,95 154.539,72
21 81.311,13 28,46 10.387,50 164.927,22
Resultados:
80
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Para este tipo de aterro, a abertura de trincheiras deverá estar de acordo com
a planta planialtimétrica e a definição do número de células e uma seqüência lógica de
escavação. Realiza-se a escavação a partir de um ponto mais alto em direção a um
ponto mais baixo.
Após, implantar os drenos horizontais e verticais (um dreno central único com
poço coletor colocado no final do dreno para a captação do chorume e colocação de
drenos verticais para a exalação de gases. Por ocasião da construção das valas, sugere-
se um dreno horizontal (60 cm x 60 cm) e um dreno vertical, colocado no centro da
célula, em cima deste mesmo dreno horizontal.
81
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Importante: a utilização de máquinas pesadas será feita para a abertura das trincheiras e
devidamente acompanhada por técnico habilitado, de acordo com o projeto e
recomendações necessárias.
Após atingir a cota máxima pelo método da área, a célula deverá ser selada
com material impermeável. Deverá também estar executada com uma inclinação de 2%
para escoamento das águas pluviais.
82
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Obs: O lixo hospitalar deverá ser coletado de forma separada e construído uma vala
especial para este fim. Este lixo, por sua vez, não deverá ser compactado, porém,
coberto imediatamente ao seu descarrego.
Havendo balança, a pesagem deverá ser feita na entrada e na saída (no caso
de adquirir a balança). Não havendo a balança, deverão ser consideradas as cubagens
dos caminhões que serão comparadas ao peso de cadastro. Será registrada a hora de
entrada, hora de saída, o peso, e o número do veículo, que no final de cada dia darão
origem a um relatório, que se destinará aos órgãos envolvidos no sistema da coleta.
Neste exemplo considerar a existência de uma balança.
83
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
8.9 - Conclusão
8.10 – Figuras
84
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
85
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
6 7
86
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
87
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Primeiro passo
LICENÇA PRÉVIA
a considerar:
ä condições de acesso
ä localização
ä recursos hídricos
ä topografia
ä geologia
ä pedologia
ä climatologia - pluviometria
ä área total disponível
ä pesquisa: residências, industrias, plano diretor
ä legalização da área (APA, AE, APM, etc.)
ä projeção de vida útil ( quadro populacional x lixo gerado ) ( período ideal: 20 anos )
Segundo passo
LICENÇA DE INSTALAÇÃO
ä Capa (com logotipo do município)
ä apresentação
ä introdução
ä localização e acesso
ä justificativa técnica
ä projeção populacional x volume de lixo gerado
ä peso específico
ä cálculo da utilização da área
ä sistema operacional (concepção e sistema operacional)
ä dimensionamento de pessoal e de equipamentos
ä estudos complementares (coleta e tratamento do chorume, recirculação,estação
elevatória, poços, lagoas de estabilização)
ä projetos executivos: arquitetura, instalações elétricas e hidro sanitárias, sistema
viário, paisagismo, drenagem, arborização, outros)
ä topografia, sondagens, teste de permeabilização
ä modelo de gestão ( dimensionamento de custos mensais, pessoal e equipamentos )
ä bibliografia
ä equipe técnica
ä A.R.T’s.
ä ANEXOS :
ä documentação fotográfica
ä plantas
ä planilhas ( custos de implantação e dos equipamentos - tratores, caçambas )
ä comprovante da compra da área
ä definir forma de gerenciamento: concessão ou administração direta (Prefeitura
Municipal)
88
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Terceiro passo
LICENÇA DE OPERAÇÃO
Observar:
89
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
9 - TRATAMENTO
COLETA SELETIVA
USINA DE
LIXO RECICLAGEM
90
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Benefícios da Reciclagem:
• Diminui a quantidade de lixo a ser enterrado (conseqüentemente
aumenta a vida útil dos aterros sanitários);
• preserva os recursos naturais;
• economiza energia;
• diminui a poluição do ar e das águas;
• gera empregos, através da criação de indústrias recicladoras.
CEMPRE(1995)
91
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
• Papel e papelão;
• Plástico;
• Vidro;
• Metais;
• Matéria orgânica.
A reciclagem, no entanto, não pode ser vista como a principal solução para o
lixo. É uma atividade econômica que deve ser encarada como um elemento dentro de um
conjunto de soluções. Estas são integradas no gerenciamento, já que nem todos os
materiais são técnica ou economicamente recicláveis.
92
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
9.2 – Compostagem
Vantagens da Compostagem:
• economia de aterro;
• aproveitamento agrícola da matéria orgânica;
• reciclagem de nutrientes para o solo;
• processo ambientalmente seguro;
• eliminação de patógenos.
CEMPRE (1995)
93
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
10.1 – Conceito
94
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
10.2.1 – Diagnóstico
• Caracterização do município
• Aspectos legais
• Estrutura administrativa
• Estrutura operacional
95
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
• Aspectos sociais
• Estrutura financeira
10.2.2 – Proposições
Deverá ser elaborada uma avaliação, com ênfase nos aspectos operacionais
e financeiros, das vantagens e desvantagens encontradas na forma de execução dos
serviços (direta, indireta, terceirizada ou concedida, total ou parcial) que vierem a ser
propostos. Serão observadas: coleta de lixo domiciliar e comercial; coleta dos resíduos
sólidos dos serviços de saúde; coleta de resíduos especiais; coleta do lixo com uso de
caçambas estacionárias; varrição e limpeza (capina, roçada, raspagem, etc.) de vias e
logradouros públicos; operação do aterro sanitário e das demais unidades destinadas à
recepção, triagem, e tratamento de
resíduos reaproveitáveis (recicláveis ou
compostáveis).
96
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
• Estrutura operacional
• Aspectos organizacionais
• Aspectos legais
• Remuneração e custeio
97
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
• Plano Social
98
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
Objetivos:
99
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
SERVIÇOS DE COLETA:
1- FERRAMENTAL:
3- FARDAMENTO:
Motorista:
01 Conjunto de calça/camisa; - 3 meses
01 Sapato vulcanizado (par). - 6 meses
Gari:
01 Macacão curto ou conjunto de calça/camisa; - 3 meses
01 Bota de couro cano curto (par); - 4 meses
01 Meia grossa cano curto (par); - 1 mês
01 Luva cano curto (par); - 1 mês
01 Capa plástica. - 12 meses
100
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
SERVIÇOS DE VARRIÇÃO:
1- FERRAMENTAL:
01 pá quadrada; - 3 meses
01 vassourão; - 15 dias
01 vassoura; - 15 dias
01 machadinha; - 3 meses
15 sacos plásticos de 100 litros.
101
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
01 vassoura. - 15 dias
2- PESSOAL:
3- FARDAMENTO:
1- FERRAMENTAL:
2- PESSOAL:
102
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
3- FARDAMENTO:
DADOS ESTIMADOS:
103
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
104
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
11)Peso médio do lixo transportado pôr viagem para cada tipo de veículo, tipo
de lixo e condições de operacionalização (Kg).
105
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
106
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
almoço
merenda
cesta básica
total geral
12– BIBLIOGRAFIA
DIAS, R. O bom negócio dos resíduos sólidos, in: Bio – Revista Brasileira de Saneamento
e Meio Ambiente, ano XI, no 20. ABES, São Paulo, 2001.
107
Resíduos Sólidos: Coleta e Destinação Final
ABES - Francisco Humberto de Carvalho Jr
108